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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ


PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
COORDENADORIA GERAL DE PESQUISA
Programa de Iniciação Científica Voluntária - ICV
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Programa ICV 2011-2012


Relatório Final

Análise da Qualidade das Águas


do Rio Parnaíba no Meio Urbano da Cidade de
Teresina – PI

Orientador: Prof. Dr. Carlos Ernando da Silva


Orientando: Bruno Duarte Moura
1. Introdução

É percebida a grande importância dada aos recursos hídricos, devido aos


grandes impactos ambientais causados pelo homem ao meio-ambiente e à nossa
intrínseca dependência de tais recursos para sobrevivência. O rio Parnaíba é o principal
fornecedor de água para muitas cidades do Piauí, e o maior contribuidor para o
abastecimento hídrico da capital piauiense, Teresina. A qualidade de sua água, então,
deve ser constantemente verificada, para atuais e posteriores análises de sua
permissividade ao tratamento e ao uso geral da população para suas necessidades
específicas. Na área urbana, onde a poluição das águas do rio é maior, torna-se muito
importante essa verificação periódica.
Esse trabalho teve como objetivo principal monitorar a qualidade das águas do
rio Parnaíba, entre os meses de Setembro de 2011 à Julho de 2012. Para isso, foram
realizadas: campanhas mensais de coleta nos pontos de monitoramento, todos dentro da
cidade de Teresina; análise da águas coletadas, no laboratório de Saneamento da UFPI
e; obtenção de resultados para posterior cálculo do índice de qualidade da água, o IQA.
A revisão bibliográfica foi realizada através de pesquisa de artigos e documentos
obtidos através dos sítios eletrônicos como Google Acadêmico e Portal de Periódicos da
CAPES.

2. Revisão Bibliográfica

2.1. Rio Parnaíba


O rio Parnaíba é o principal rio de sua bacia hidrográfica. É a divisa natural
entre os estados do Piauí e do Maranhão. Possui aproximadamente 1.458 Km de
extensão, nascendo a uma altitude de 700 m, na Chapada das Mangabeiras, com o nome
de riacho de Águas Quentes, e desaguando no oceano Atlântico, com sua foz em
formato de delta. Seus principais afluentes são: o rio Balsas, no Maranhão, e os rios
Poti, Canindé, Longá e Gurgueia, no Piauí (CODEVASF, 2006).
A bacia do rio Parnaíba é a segunda mais importante de todo o nordeste
brasileiro, atrás da bacia do rio São Francisco. Abrange áreas no Maranhão e no Ceará,
e compreende quase toda a extensão do estado do Piauí. Em porcentagem, a bacia
possui 6%, 19% e 75% nos estados do Ceará, Maranhão e Piauí, respectivamente
(CODEVASF, 2006).
O enquadramento de um rio pelo CONAMA é um artifício utilizado para
classificar-se um rio de acordo com sua importância e, diante disso, planejar ações de
gestão e desenvolvimento do corpo d’água. O enquadramento oficial do rio Parnaíba
não foi realizado ainda, sendo assim, segundo a Resolução CONAMA nº 357/2005, Art.
42, ele é considerado um rio de Classe 2, utilizado para consumo humano após
tratamento convencional, recreação, irrigação e pesca (BRASIL, 2005). Assim, todas as
comparações de valores de concentrações dos parâmetros analisados serão comparados
com os padrões designados pelo CONAMA para águas de classe 2.
2.2. Índice de Qualidade da Água
Devido à necessidade do homem de analisar as qualidades físico-químicas das
águas, foi desenvolvido um parâmetro que sintetizasse os principais fatores que
contribuíam para uma água de boa ou má qualidade, e sabendo da qualidade da água em
questão, seriam realizados planos de gestão dessa água.
O índice de qualidade da água utilizado no Brasil foi adaptado pela CETESB
(Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), a partir de um estudo feito em 1970
pela National Sanitation Foundation (NSF), nos EUA, que criou o IQA. Inicialmente
foram escolhidos 35 parâmetros, dentre os quais 9 foram logrados como os principais
para se determinar a qualidade da água, que são: temperatura, potencial hidrogeniônico,
oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO5/20), coliformes
termotolerantes, turbidez, sólidos totais, fósforo total e nitrato total (ANA, 2005). Neste
trabalho, utilizamos ainda o parâmetro de condutividade. Cada um destes parâmetros
possui um peso (w) e um fator de qualidade (q), determinados pela CETESB para o
cálculo do IQA.

Parâmetro Peso (w)


Oxigênio Dissolvido 0,17
Coliformes Termotolerantes 0,15
PH 0,12
DBO5/20 0,10
Temperatura da água 0,10
Nitrato Total 0,10
Fósforo Total 0,10
Turbidez 0,08
Sólidos Totais 0,08
Tabela 1 – Peso relativo dos parâmetros do IQA
O fator de qualidade (nota do parâmetro) é encontrado a partir das curvas de
concentração de cada parâmetro, concentração esta obtida nas análises. Calcula-se então
o IQA produtório, obtido através do produto ponderado das notas individuais de cada
um dos parâmetros, como se vê na equação:

Onde:
IQA = Índice de qualidade da água a ser encontrado, variando de 0 a 100;
wi = Peso relativo do i-ésimo parâmetro;
qi = Nota de qualidade do i-ésimo parâmetro, obtido através da concentração
encontrada na análise laboratorial;
n = Número de parâmetros.
Há ainda o IQA somatório, sendo este calculado pela soma ponderada das
notas dos parâmetros encontrados. Este último não foi utilizado nesse trabalho. O valor
do IQA encontrado classifica a água do rio, seguindo a Resolução CONAMA nº
357/2005:
Qualidade da Nota do IQA
água
Ótima 80-100
Boa 52-79
Razoável 37-51
Ruim 20-36
Péssima 0-19
Tabela 2 – Qualidade da água a partir do IQA

As análises realizadas na obtenção das concentrações dos parâmetros do IQA


foram desenvolvidas pela APHA (American Public Health Association) (ANA, 2005).
Para a verificação das notas de qualidade de cada parâmetro, utilizou-se o sítio
eletrônico do Water Quality Index
2.3. Parâmetros do IQA
Cada parâmetro do IQA possui importância na qualidade da água como um
todo. O valor do IQA pode indicar uma água de boa qualidade, mas não implica dizer
que todos os parâmetros analisados estão na mesma situação (ANA, 2005):
Oxigênio Dissolvido: Analisa a quantidade de oxigênio disponibilizado para a
respiração dos seres que vivem na água. Uma alta concentração pode indicar poluição,
resultado do produto da fotossíntese realizada por algas, em águas eutrofizadas. Uma
baixa concentração também pode indicar poluição, já que águas poluídas por esgotos
perdem seu oxigênio devido à decomposição da matéria orgânica;
Coliformes Termotolerantes: Provenientes do intestino de animais de água
quente, esse parâmetro pode indicar que o corpo d’água está poluído por esgotos
domésticos;
PH: Um pH alterado pode afetar o metabolismo de seres vivos existentes no
rio e aumentar o efeito de substâncias tóxicas;
DBO5/20: A demanda bioquímica de oxigênio indica a quantidade de oxigênio
que é necessária para degradar a matéria orgânica presente na água, por bactérias
aeróbicas. Essa análise é realizada verificando-se a quantidade de oxigênio degradado
em cinco dias, a uma temperatura de 20°C;
Temperatura: Influencia no desenvolvimento da vida aquática, quando há
grande alteração em seus valores. Pode indicar o lançamento de esgotos em altas
temperaturas de indústrias;
Nitrogênio Total e Fósforo Total: São importantes fatores de eutrofização do
corpo d’água, levando ao crescimento de algas no rio. O nitrogênio, em forma de
nitrato, é tóxico ao ser humano, e pode chegar à água através do esgoto industrial e
doméstico. Já o fósforo vem de esgotos domésticos e de efluentes de indústrias de
fertilizantes e abatedouros;
Turbidez: Uma água turva impede a entrada da luz na água, e sua principal
fonte é a erosão dos solos. Uma água muito turva encarece o tratamento da água;
Sólidos Totais: Provocado também pela erosão das margens dos rios, pode
indicar o grau de assoreamento do rio (ANA, 2005).
Para CONAMA, cada parâmetro tem um indicador de qualidade individual, ao
qual o parâmetro não deve exceder (valores para rios de classe 2):
Parâmetro Padrão de Qualidade
Coliformes Fecais 1000 coliformes / 100 mL
DBO5/20 ≤ 5 mg/L O2
Oxigênio Dissolvido ≥ 5 mg/L O2
Nitrogênio Total 10 mg/L
Fósforo Total 0,05 mg/L
Temperatura -
Turbidez 100 UNT
Sólidos Totais 500 mg/L
pH 6,9 - 9,0
Tabela 3 – Valores Máximos para os parâmetros

3. Metodologia

Para a realização do monitoramento da qualidade da água do rio Parnaíba,


escolheu-se estrategicamente seis pontos de coleta de água ao longo de seu percurso,
sendo o ponto inicial próximo à zona rural, para melhor efeito de comparação, e os
outros cinco na parte do rio que corta a zona urbana de Teresina.

Figura 1 – Localização dos pontos de monitoramento no rio Parnaíba.


Abaixo a identificação de cada ponto:
P-0 – Atlantic City Word Nautic Club (Zona Rural);
P-1 – ETA – Estação de Tratamento de Águas de Teresina;
P-2 – Ponte Engenheiro Noronha (Ponte Velha);
P-3 – Ponte José Sarney (Ponte Nova);
P-4 – Ponte Engenheiro João Luís Ferreira (Ponte Metálica);
P-5 – Av. Boa Esperança, S.N. (Próximo ao Parque Encontro dos Rios).

Figura 2 – P-0 Figura 3 – P-1

Figura 4 – P-2 Figura 5 – P-3


Figura 6 – P-4 Figura 7 – P-5
As campanhas de coleta iniciaram em Setembro de 2011 e terminaram em Julho
de 2012, sendo realizada uma coleta por mês. In Loco, eram feitas as análises de pH,
temperatura e oxigênio dissolvido. Para a análise de coliformes, sacos plásticos
esterilizados Whirl-Pak de 100 mL eram preenchidos com a água coletada em cada
ponto e colocados em isopor, para posterior análise em laboratório. A água coletada em
cada ponto era transportada em galões em isopor refrigerado para o laboratório de
Saneamento da UFPI, onde o restante das análises era feita.
As análises químicas utilizadas são amplamente difundidas no meio acadêmico,
estabelecidas principalmente pela APHA. São elas:
1. Oxigênio dissolvido: Método titulométrico de Winkler modificação Azida;
2. Demanda bioquímica de Oxigênio (DBO5/20): Método dos frascos padrões;
3. Sólidos totais: Método gravimétrico;
4. Condutividade: Método da resistência elétrica;
5. Temperatura: Método do filamento de Mercúrio;
6. Fósforo total: Método Espectrofotométrico do Ácido Ascórbico com pré-
digestão pelo Persulfato de Amônia;
7. Nitrato total: Método de Salicilato de Sódio;
8. Coliformes termotolerantes: Método Colitag™;
9. PH (Potencial Hidrogeniônico): Método potenciométrico;
10. Turbidez: Método nefelométrico.
Logo após a obtenção de cada valor de concentração dos parâmetros nas
análises, utilizava-se o site Water Quality Index para o cálculo da nota de cada um. Com
isso, obtinha-se o valor do IQA produtório para cada ponto. Todos os dados obtidos nas
análises, entre concentrações, notas de qualidade e IQAs, eram devidamente digitados
em planilhas eletrônicas, para posteriores consultas.
4. Resultados e Discussão

Foram realizadas ao todo 11 coletas mensais, o que permitiu uma visão geral
do comportamento do rio Parnaíba em relação a cada parâmetro durante um intervalo de
quase um ano, e o que permitiu também visualizar a variação da qualidade do rio, nos
períodos chuvosos de Dezembro de 2011 e Abril de 2012, e nos períodos secos de
Setembro de 2011 a Novembro de 2011 e Março de 2012 a Julho de 2011.
Na tabela abaixo, os valores médios obtidos para cada um dos parâmetros, em
cada ponto, durante o período analisado:
Parâmetro Unidade P-0 P-1 P-2 P-3 P-4 P-5
pH - 7,9 7,8 7,7 7,7 7,6 7,6

Temperatura °C 29,0 29,2 29,4 29,7 29,7 29,7


Turbidez UNT 56,46 53,67 56,40 59,34 56,56 52,49
Coliformes NPM/100 247,2 1555,2 2252,3 427,5 481,1
2659,45
Termotolerantes mL 4 4 2 0 8
DBO5/20 mg/L 0,67 0,65 2,81 2,74 4,03 3,92
Oxigênio Dissolvido mg/L 6,93 6,78 6,36 6,67 6,94 6,52

328,1 121,8 180,0


Sólidos Totais mg/L 146,36 597,45 160,91
8 2 0
Nitrogênio Total mg/L 0,045 0,070 0,057 0,081 0,058 0,072
Fósforo Total mg/L 0,171 0,156 0,185 0,192 0,172 0,185
Condutividade μS/cm 36,48 35,92 32,32 33,52 32,51 33,72
Tabela 4 – Valores médios das concentrações dos parâmetros

Conforme mostra a tabela, o pH de todos os pontos está dentro dos padrões, no


intervalo de 6,0 a 9,0. A temperatura se mantém aproximadamente constante, da mesma
forma que a turbidez, que não chega ao valor máximo de 100 UNT. Já nos pontos P-1,
P-2 e P-5, há uma alteração nos valores de coliformes termotolerantes, que excede o
proposto pela CONAMA para rios de classe 2, que é de 1000 coliformes por 100 mL.
Em relação à DBO, nenhum ponto excede o valor máximo de 5 mg/L de O2, e o
oxigênio dissolvido não fica abaixo dos 5 mg/L de O2 indicados pela resolução.
O ponto P-2 está localizado próximo à coroas do rio Parnaíba, e talvez seja
essa a explicação para o valor que excede os 500 mg/L no parâmetro de sólidos totais.
No parâmetro de nitrogênio total, nenhum ponto analisado excedeu o limite permitido,
enquanto todos os pontos excederam o limite em fósforo total. Analisando os resultados
obtidos para esse parâmetro, verifica-se que a partir do mês de Fevereiro de 2012 a
maioria dos valores ultrapassaram o limite de 0,050 mg/L permitido pela CONAMA
(ver Apêndice).
O IQA produtório do rio Parnaíba no período monitorado foi obtido com o
resultado das análises dos parâmetros. Para cada ponto de monitoramento, encontrou-se
o IQA produtório correspondente, e a média mensal de todos os IQAs dos pontos
forneceu o IQA produtório do rio Parnaíba como um todo. Tais dados podem ser
verificados na tabela e gráfico a seguir:
Pontos Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
55,5 75,9 69,8 78,1 75,9 84,1 65,0 74,6 70,1 73,7
72,01
P-0 6 6 7 0 0 7 0 6 5 1
52,6 73,1 67,1 67,6 73,3 72,7 66,5 62,8 65,4 62,7
64,08
P-1 0 6 3 2 7 1 7 9 5 4
52,6 82,5 64,8 72,8 72,4 57,4 71,0 68,7 64,7 69,2
52,37
P-2 0 8 1 2 8 6 9 4 2 7
58,6 66,3 71,3 66,2 73,2 75,9 70,4 67,2 68,5 68,9
64,64
P-3 9 1 6 8 4 4 9 4 6 1
52,6 64,2 81,1 63,6 74,6 81,3 71,5 69,6 67,1 66,6
57,44
P-4 8 9 8 0 5 7 0 6 7 7
57,3 62,1 63,9 64,7 65,9 59,4 65,6 75,5 59,0 58,3
61,32
P-5 4 3 4 9 5 2 8 1 0 1
Tabela 5 – Valores do IQA produtório entre Set 2011 e Jul 2012

Gráfico 1 – Média do IQA para cada ponto de monitoramento


Na Tabela 5, verificamos que apenas 3 pontos obtiveram uma nota de IQA
Ótima: P-0 em Fevereiro de 2012, P-2 em Outubro de 2011 e P-4 em Novembro de
2011 e Fevereiro de 2012. Todos os outros pontos, nos outros meses, obtiveram uma
nota de qualidade Boa. Verifica-se também na tabela que os maiores valores obtidos do
IQA situam-se em sua maioria nos meses chuvosos, o que pode demonstrar que uma
maior vazão no rio diminui a concentração de tais parâmetros analisados, e melhora sua
qualidade como um todo.
No Gráfico 1, a média geral do valor do IQA produtório, em cada ponto no
período analisado mostra que entre Setembro de 2011 e Julho de 2012, o IQA não
passou de uma nota Boa, e verifica-se também que o ponto localizado na zona rural, P-
0, obteve a melhor nota de qualidade, mas não chegando a ser uma nota Ótima, e o pior
desempenho sendo do ponto P-5, localizado já próximo de sua saída da cidade.
Abaixo, o resultado para o IQA do rio Parnaíba, no período de estudo:

Gráfico 2 – IQA produtório do rio Parnaíba

De acordo com a Resolução CONAMA nº 357/2005, em todos os meses de


coleta, a água do rio Parnaíba avaliada esteve na categoria Boa, que é a água com um
valor de IQA entre 52 e 79. O melhor valor para o IQA produtório foi de 72,60, no mês
de Janeiro de 2012, período que em Teresina é caracterizado por suas chuvas de verão.
O pior valor de IQA registrado está localizado no mês de Setembro de 2011, no período
chamado de “B-R-O-BRÓ”, o mais seco do ano.
Esse valor do IQA não mostra de forma evidente as deficiências do rio em
relação a cada um dos parâmetros analisados, sendo visto mais como uma ferramenta de
qualidade geral do corpo d’água.

5. Conclusão

Os resultados do IQA produtório do rio Parnaíba mostram que sua água,


mesmo que de boa qualidade, não poderia ser local de destino para esgoto doméstico,
nem possuir, ocupando suas margens, algumas fábricas e construtoras, o que altera os
valores de parâmetros, principalmente coliformes termotolerantes e fósforo total. Mas a
maioria de seus parâmetros estava de acordo com os padrões físico-químico e
microbiológico da Resolução CONAMA nº 357/2005 para um rio de classe 2.
Os melhores resultados do IQA se encontraram nos pontos iniciais de coleta,
sem muitos impactos do meio urbano, enquanto que os piores índices estavam
localizados já no fim da cidade de Teresina, onde o rio já havia passado por toda a zona
urbana.

6. Referências Bibliográficas

American Public Health Association (APHA). Standart Metods for the Examination of
Water and Wastewater. 19 ed. Washington D.C.: APHA-AWWA-WPCF, 1995.

ANDRADE, E. M. et al. Índice de qualidade de água, uma proposta para o vale do rio
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BRASIL. Ministério do Meio-Ambiente. Agência Nacional de Águas (ANA). Cadernos


de recursos hídricos 1: Panorama da qualidade das águas superficiais no Brasil.
Brasília: TDA Desenho & Arte Ltda , 2005;

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DOS VALES DO SÃO FRANCISCO E


DO PARNAÍBA (CODEVASF). Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da
Bacia do Parnaíba (PLANAP): Atlas da Bacia do Parnaíba. Brasília, DF: TDA
Desenho & Arte Ltda., 2006;

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL (CETESB).


Disponível em: < http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/%C3%81guas-Superficiais/42-
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CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA). Resolução nº 357, de


17 de março de 2005. Ministério do Meio Ambiente, 23p, 2005;

CRUZ. P. et al. Estudo comparativo da qualidade físico-química da água no período


chuvoso e seco na confluência dos rios Poti e Parnaíba em Teresina/PI. In: II Congresso
de Pesquisa e Inovação da Rede Norte Nordeste de Educação Tecnológica. João
Pessoa, 2007.

MACÊDO, Jorge Antônio Barros de. Métodos Laboratoriais de Análises Físico-


Químicas e Microbiológicas. 3 ed. Belo Horizonte: CRQ-MG, 2005;

OLIVEIRA, Livânia Norberta de. Estudo da variabilidade sazonal da qualidade da


água do rio Poti em Teresina e suas implicações na população local. Dissertação do
Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente. Teresina: UFPI, 2012;

VON SPERLING, E. Afinal, quanta água temos no planeta? Revista Brasileira de


Recursos Hídricos, Vol. 11, n.4, out-dez., 2006: 189 – 199;

Water Quality Index. Disponível em: < http://www.waterresearch.


net/watrqualindex/index.htm >;

Apêndice
Resultado das análises das concentrações de cada parâmetro do IQA, entre Setembro de
2011 e Julho de 2012.

1 – Temperatura (°C):
Pontos Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
P-0 29,0 30,5 30,0 30,0 29,0 29,0 29,0 29,0 29,0 28,0 27,0
P-1 29,5 30,5 30,0 30,0 28,5 29,0 29,0 29,0 29,0 28,5 28,0
P-2 30,0 31,0 30,0 30,0 29,0 29,0 29,0 29,0 29,0 29,0 28,0
P-3 30,0 31,0 30,0 31,0 29,0 29,0 29,0 30,0 30,0 29,5 28,0
P-4 30,5 31,5 30,0 30,0 29,0 29,0 29,0 30,0 30,0 29,5 28,0
P-5 30,0 31,5 30,0 30,0 29,0 29,0 29,0 30,0 30,0 30,0 28,0

2 – Oxigênio Dissolvido (mg/L):


Pontos Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
P-0 7,26 7,6 9,3 7,08 7,89 6,46 5,00 5,93 6,11 6,82 6,73
P-1 7,53 7,9 8,06 5,84 7,61 6,38 5,84 5,84 6,11 6,45 6,99
P-2 7,08 7,0 7,35 5,75 6,05 6,08 5,93 5,75 5,93 6,45 6,55
P-3 6,91 7,7 8,15 6,02 6,13 6,49 6,91 5,75 6,02 6,45 6,82
P-4 8,15 8,3 9,12 6,37 6,50 6,13 6,73 5,93 6,02 6,44 6,64
P-5 7,35 7,5 7,44 6,73 6,11 6,05 6,20 5,75 5,66 6,37 6,55

3 – DBO5/20 (mg/L):
Pontos Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
P-0 1,86 1,9 0,97 0,19 0,11 0,09 0,53 0,45 0,53 0,36 0,36
P-1 0,97 1,1 0,88 0,56 0,38 0,35 0,62 0,17 1,06 0,62 0,44
P-2 1,80 1,5 7,1 1,10 6,00 1,50 0,85 4,85 3,10 2,25 0,90
P-3 6,90 5,5 0,9 5,35 0,15 0,35 1,35 2,65 3,45 2,20 1,35
P-4 13,30 4,0 4,9 6,20 4,50 0,35 1,75 3,55 0,90 3,10 1,80
P-5 4,90 6,0 6,65 5,15 4,70 3,25 1,35 5,75 1,35 2,65 1,35

4 – Sólidos Totais (mg/L):


Pontos Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
P-0 260 120 2.140 110 390 250 50 50 180 10 50
P-1 10 170 130 150 60 190 130 50 420 80 220
P-2 60 70 4.240 170 210 580 140 192 360 120 430
P-3 10 90 230 120 250 180 30 80 230 80 40
P-4 240 70 110 160 230 210 120 120 300 40 380
P-5 110 120 130 150 180 350 160 90 370 40 70

5 – Condutividade (μS/cm):
Pontos Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
P-0 41,00 44,00 42,00 36,00 36,00 27,01 35,20 28,30 52,08 24,15 35,55
P-1 33,00 47,00 40,00 36,00 46,00 31,04 43,70 32,49 25,53 24,06 36,34
P-2 34,00 42,00 37,00 39,00 35,00 26,15 31,20 28,37 25,30 22,94 34,52
P-3 36,00 45,00 39,00 39,00 37,00 26,88 30,50 30,17 25,46 22,41 37,28
P-4 27,00 42,00 35,00 43,00 34,00 26,39 32,00 29,79 26,00 24,23 38,17
P-5 37,00 43,00 38,00 38,00 35,00 29,24 30,80 31,61 25,00 24,44 38,83

6 – Turbidez (UNT):
Pontos Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
P-0 8,25 53,00 29,08 52,58 126,25 176,00 63,08 47,58 28,00 24,66 12,58
P-1 8,58 50,58 25,25 59,16 118,41 170,00 48,50 44,58 30,25 23,33 11,75
P-2 9,50 52,33 25,16 59,83 141,75 166,33 52,80 46,75 29,75 24,58 11,66
P-3 9,08 61,00 25,66 62,63 145,41 170,10 58,83 51,41 28,50 24,75 15,41
P-4 9,25 51,25 23,83 62,00 147,75 156,16 58,58 45,58 26,80 27,25 13,66
P-5 7,25 60,16 21,66 62,50 103,75 159,03 48,08 47,16 27,30 26,16 14,33

7 – Nitrogênio Total (mg/L):


Pontos Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
P-0 0,01 0,11 0,04 0,09 0,04 0,04 0,029 0,046 0,030 0,034 0,024
P-1 0,01 0,36 0,04 0,05 0,07 0,07 0,030 0,043 0,035 0,037 0,026
P-2 0,05 0,15 0,02 0,1 0,05 0,05 0,034 0,057 0,051 0,041 0,028
P-3 0,30 0,10 0,07 0,1 0,07 0,07 0,029 0,046 0,033 0,045 0,031
P-4 0,04 0,14 0,08 0,1 0,04 0,04 0,048 0,041 0,047 0,038 0,024
P-5 0,31 0,03 0,04 0,11 0,06 0,06 0,027 0,043 0,037 0,037 0,038
8 – Fósforo Total (mg/L):
Pontos Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
P-0 0,063 0,006 0,024 0,009 0,013 0,11 0,13 0,44 0,605 0,340 0,140
P-1 0,101 0,004 0,031 0,005 0,013 0,14 0,14 0,23 0,550 0,380 0,122
P-2 0,057 0,012 0,031 0,006 0,008 0,22 0,06 0,48 0,550 0,440 0,171
P-3 0,074 0,004 0,008 0,006 0,002 0,40 0,03 0,47 0,526 0,550 0,042
P-4 0,075 0,001 0,028 0,004 0,001 0,12 0,11 0,48 0,544 0,520 0,012
P-5 0,090 0,007 0,042 0,008 0,001 0,30 0,12 0,37 0,563 0,465 0,067

9 – Coliformes Termotolerantes (NPM/100 mL):


Pontos Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
P-0 976,8 59 31,2 60,2 150, 115,2 1159 67 44 42 14,6
8
P-1 4839, 207,8 2092,4 976,8 1095 2092,4 1159 3466 94 775 310,6
2
P-2 6498, 10 80,5 202 192 12098 480 55 61 43 5056
5
P-3 260 441 618 666,5 466 581 765 283 26 38 559,5
P-4 410 1049 5 1454,5 154, 184 618 86 86 68 1179,5
5
P-5 506 1179,5 1827 1377,5 757, 12098 1628 7068 605 1241 967,5
5

10 – Potencial Hidrogeniônico - pH:


Pontos Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
P-0 8,2 8,0 8,1 8,4 8,7 7,8 7,4 7,4 7,8 7,3 7,7
P-1 8,5 7,9 8,0 8,1 8,4 7,6 7,6 7,0 7,7 7,0 7,6
P-2 8,1 7,9 7,9 8,2 8,5 7,7 7,7 7,3 7,5 6,9 7,4
P-3 8,0 7,8 7,8 8,1 8,7 7,6 7,5 7,6 7,3 6,8 7,5
P-4 7,9 7,7 7,7 7,9 8,4 7,8 7,5 7,4 7,4 6,7 7,5
P-5 7,9 7,8 7,5 7,9 8,7 7,8 7,3 7,3 7,1 6,7 7,4

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