Você está na página 1de 68

CURSOS DE IDIOMAS

GflOBO
TOPLEVEL
ITALIANO
AUDIOVISUAL
INTERATIVO
INTERATIV O
PROGRAMADO

9
i Oi I O B "
OOBO
Top L e v e l

ITALIANO
V o i . 0 9

U N I T À 2 2 - 2 3 - 2 4

Q
OOBO
C U B O S DE P O M A S A) Conversazione que atá seis meses após seu recolhimento. As publi-
1. Ouça na Irta o diálogo extraído do filme. cações atrasadas são vendidas pelo preço da última

OOBO 2. A seguir, ouça pequenas sequências do diálogo,


lendo o texto correspondente.
edição lançada (corrigido, caso não haja alguma
edição em bancas). Vocã pode escolher enlre as op-
3. Ouça de novo o diálogo, lendo o texto inteiro. ções abaixo:
A. Leia o texto do diálogo, consultando as respecti-
vas notas. 1. N A S BANCAS
Top L e v e l B ) italiano per u s i s p e c i a l i
Através do jornaleiro ou distribuidor Chinaglia de sua
cidade.
Asco/Tale
1. Antes de ouvir a fita, cubra o texto do diálogo e leia 2. PESSOALMENTE
atentamente a indicação que precede o exercido. Dirija-se aos endereços abaixo:

I t a l i a n o
2. Ouça o diálogo. Durante ou depois da audição, Sâo Paulo: Pça. Alfredo Issa, 1 8 - Centro -
faça o exercido. Fone: (011) 230-9299.
3. Verifique a correcão das suas respostas no qua- Rio de Janeiro: Rua Teodoro da Silva. 821 -Grajaú -
dro Respostas dos exercícios e ouça novamente o Fones: (021) 577-4225 e 577-2355.
diálogo.
3. P O R C A R T A
Osservale Giratamente á Editora Globo, setor de Números Atra-
4. Leia atentamente a apresentação e a explicação sados: Caixa Postal 239, CEP 06453-990. Alphaville,
relativa a utilização das diversas estruturas e fun- Barueri, SP.
ções linguisticas. OBS.: Os pedidos serão atendidos via correio acres-
cidos das despesas de envio.
Esercizi
GLDBO--DlGJTflU.
P14DDJTQE DE OMitJfllJÍ H 5. Faça os exercícios, depois de observar com aten- O Editorial Planeta De Agostini S.p.A,. Barcelona
ção o exemplo. (1987).
G. Verifique a exatidão de suas respostas no quadro O Editora Globo S A (1995). Direitos mundiais para
Respostas dos exercícios. a língua portuguesa, e m território brasileiro.
7. Consulte o vocabulário.
As lotos não creditadas pertencem à obra original.
C ) Dal v i v o
1. Escute na fita as frases da conversação. Gravação e m i xagem d a i fitas
í Volle a ouvir as frases, lendo o texto no fascículo. Cirrus Produções
PLANO G E R A L DA OBRA 3. Leia atentamente as notas correspondentes.
Cursos d * Idioma* Globo - Top Lavei - Italiano é 4. Modi dl dire. Ouça as expressões idiomáticas e Todos os direitos reservados. Nenhuma parle desta
uma obra audio vis usi interativa programada, publi- teias as notas correspondentes. publicação pode ser reproduzida, armazenada em
cada cm 9 edições quinzenais de 64 páginas cada computador ou transmitida de qualquer forma e por
uma. Para perielio aproveitamento oo curso, obser- D) U n p o ' di g r a m á t i c a quaisquer meios, eletrônicos, mecânicos, por foto-
ve a sequência das Unidades na alio das páginas. 1. Faça por escrito os exercícios, depois d e t e r ob- cópia, gravação ou outros, sem a permissão expres-
servado atentamente o exemplo. sa e escrita do titular dos direitos autorais.
AS FITAS 2. Leia as notas gramaticais correspondentes.
As lições apresentadas e m cada uma das edições 3. Confira as respostas dos exercícios pelo quadro Editora Globo S.A.
são reproduzidas em 9 tilas cassete que acompa- Respostas dos exercícios.
nham cada publicação. 4. Leia atentamente a lista do vocabulário. Rua Domingos S. dos Anjos, 277,1» andar,
CEP 05136-170, São Paulo. SP. Brasil.
COMO ACOMPANHAR O C U R S O E) Lettura Distribuidor exclusivo para o Brasil:
• Ao inicio de cada lição, coloque a fita cassete cor- Leia o texto e m Ballano e. se encontrar dificuldade Fernando Chinaglia Distribuidora 5.A.
respondente no gravador. de compreensão, consulle a tradução para o portu- Rua Teodoro da Sirva, 907, CEP 20563-032.
guês. R o de Janeiro. RJ.
Adone a teda play no ponto indicado ISBN 65.250.1469-9
por este simbolo.
Acione a tecla sfop no ponto indicado NÚMEROS ATRASADOS
por este símbolo. A Editora Globo mantém suas publicações em esto- Impressão; 4\ ™™

Cá C O N S E L H O DE ADMINISTRAÇÃO
Roberto Irineu Marinho (presidente)
João Roberto Marinho (vice-presidente)
Colaboradora!
Editora Página Viva (edição), Carlos Tranjan (tradução). Omella
Ac quadro (consultoria)
Roberto Irineu Marinha. José Roberto Marinho, Luiz Marketing
GÉOBO
Eduardo Velho da Silva Vasconcelos (conselheiros) Heitor de Souza Paixão (diretor), Atílio Roberto Bonon
(gerente de produção). Elisabete Blanco (supervisora de produto).
DIRETOR1A EXECUTIVA Eliane Soares (assistente de marketing), Zita Stellzer R.
Ricardo A. Fischer (diretor geral), Fernando A. Costa. Arias (coordenadora de produção)
Flávio Barros Pinto. Carlos Alberto R. Loureiro. José Circulação
Francisco Oueirõz (direlares) Wandertei Américo Medeiros (diretor)
Marketing Direto e Serviços ao Cliente
DIVISÃO D E FASCÍCULOS E LIVROS Wilson Paschoal Jr. (diretor)
Diretor Assinatura
Flávio Barros Pinto Ubirajara Romero (diretor)
Editorial Comunicação
Sandra R. F. Espilotro (editora executiva) Mauro Costa Santos (diretor)
Aníbal dos Santos Monteiro (editor de arte), Edenir da Silva Serviço de Apolo Editorial
(assistente de redaçáo) Antonio Carlos Marques (gerente)
,s:-l!i"!:.
i
WGLDBa--DlG.TflL -. !
FflGTJiraS DE Q L F U T E E * " l

Italiano p e r u s i speciali

mia invenzione, i n q u a l i sanzioni incorrerebbe?


Signor Bulzo Questa persona verrebbe convocata davanti a u n tribunale
e obbligata a pagare una m u l t a proporzionata al danno causato al l e g i t t i m o
p r o p r i e t a r i o del b r e v e t t o . Se le può interessare, le d i c o subito che lei potrà
esportare la sua p r o d u z i o n e anche all'estero, d o p o aver i n o l t r a t o regolare
d o m a n d a ai vari Paesi i n c u i la volesse vendere.
Signor Bozzi L a ringrazio m o l t o . Farò subito tutte le pratiche necessarie
perché v o r r e i essere i s c r i t t o all'albo degli i n v e n t o r i al più presto! LMj
1. Pesante s e d i z i n d i s t i n t a m e n - dem imediatamente o substanti- 4. Observe que, neste caso, an- e a f i n s , a o contrário d o p o r t u -
t e de q u e m t e m ura peso m u i t o vo: rum so che/quali documenti dare a não equivale a " i r a", m a s a guês, regem o m o d o s u b j u n t i v o .
s u p e r i o r ao n o r m a l , d e a l g o q u e servano ("nào sei que d o c u m e n - "acabar, t e r m i n a r por". 7. Recare s i g n i f i c a "levar, t r a z e r "
exige m u i t o esforço e resistência tos s e r v e m " ) ; non ricordo quali 5. E m italiano, quindi p o d e sig- e também "causar": m i h a n n o re-
e também de algo que p r o d u z té- sono/siano i nomi dei candidati n i f i c a r i n d i s t i n t a m e n t e " p o r con- cato questa notizia in ritardo
d i o e enfado; una borsa pesante ("não l e m b r o quais são os nomes seguinte, p o r i s s o " e, c o m o neste ("me t r o u x e r a m esta n o t i c i a c o m
("uma bolsa pesada"); u n a dos candidatos"). caso, "então, depois": piove a t r a s o " ) ; può recar danno ad
p e s a n í e responsabilità ("uma 3. E m i t a l i a n o , as i n t e r r o g a t i v a s troppo, quindi non esco ("chove altre persone ( " p o d e causar d a n o
g r a n d e r e s p o n s a b i l i d a d e " ) ; un i n d i r e t a s , d i f e r e n t e m e n t e d o que m u i t o , p o r isso não saio"); prima a o u t r a s pessoas").
libropesante ("um livro tedioso"). ocorre e m português, são valuteremo la domanda, quindi 8. A q u i , dovere não t e m v a l o r de
2. Lembre-se d e que nas orações construídas c o m frequência n o le daremo una risposta ("primei- obrigação e supõe eventualidade:
interrogativas indiretas podem subjuntivo: non so quali r o avaliaremos a solicitação, de- se qualcuno dovesse telefonare,
ser usados i n d i s t i n t a m e n t e che e documenti servano /servono ("não pois a responderemos"). dica che non ci s o n o ("se alguém
quale/quali, q u a n d o estes prece- sci que d o c u m e n t o s servem"). lì. E m italiano, o verbo supporre telefonar, diga que não estou").

Responda as seguintes perguntas, escolhendo a resposta correta.

1. Perché i l signor Bozzi si rivolge a u n U f f i c i o Internazionale d i B r e v e t t i e


Marche?
— p e r avere i l m a r c h i o esclusivo d i u n p r o d o t t o alimentare.
— p e r avere i n f o r m a z i o n i sulle pratiche necessarie p e r brevettare una
sua invenzione
— p e r chiedere d i essere assunto i n tale u f f i c i o
2. A c h i si devono i n o l t r a r e le d o m a n d e d i brevetto?
— d i r e t t a m e n t e alla Camera d i C o m m e r c i o
— al M i n i s t e r o del L a v o r o
— a l l ' U f f i c i o B r e v e t t i e M a r c h e , che a sua volta le inoltrerà al M i n i s t e r o
del L a v o r o
3. Ê possibile ottenere i l brevetto d i q u a n t o si è inventato se v i è già
qualcosa d i simile i n c o m m e r c i o ?
— sì, purché c i si metta d'accordo c o n l ' a l t r o inventore
—sì, a meno che le due invenzioni n o n siano esattamente uguali
— n o , i n nessun caso
4. È p u n i b i l e c o l u i che copia un brevetto già depositato?
—sì, e c o n una m u l t a p r o p o r z i o n a t a al d a n n o causato
—sì, m a solo c o n u n ' a m m o n i z i o n e giudiziaria
— n o , è sufficiente che porga le sue scuse all'altro i n v e n t o r e .

Quando se relacionam duas orações independentes, uma das quais resulta oposta ou con-
Osservate trária à outra, podem ocorrer os seguintes casos:

a) quando o sujeito das orações é distinto, usam-sewieníí-e, mentre invece, quando, quando
invece + verbo conjugado (usam-se os mesmos tempos e modos uuiizados em português).

f xemplos:
sempre insoddisfatto e scontento, mentre potrebbe essere felice.

513
'prauTos DE QUIIÍ,LIÍI)L L
!

Italiano p e r u s i speciali

Pretende le mie scuse, quando d o v r e b b e essere l u i a scusarsi c o n me.


L o aspettavamo oggi, m e n t r e invece arriverà d o m a n i .

b) na linguagem algo culta e bterária, estas formas se substituem com frequência pelo
advérbio menos usado laddove.

Exemplo:
Ha agito t r o p p o impulsivamente laddove sarebbe stata o p p o r t u n a una
maggior prudenza.

c) quando o sujeito das duas orações é o mesmo, usam-se invece di, in luogo di, piuttosto
che/di, anziché + infinitivo.

Exemplo:
Invece d i
I n luogo d i trasportare a m a n o m a t e r i a l i v o l u m i n o s i , c i si potreb-
Piuttosto che/di be servire d i u n c a r r e l l o sollevatore.
Anziché

d) dado que em italiano se usa indistintamente mentre, tanto nas orações temporais si-
multâneas {mentre = "enquanto") quanto nas adversativas {mentre - "ao passo que"), ambas
as orações se distinguem por meio de uma pausa (graficamente, uma vírgula).

Exemplos:
L u i g i legge mentre i o studio (=Luís lê enquanto eu estudo).
L u i g i lavora, mentre i o studio (=Luís trabalha, ao passo que eu estudo).

A Una as duas frases usando qualquer uma das formas indicadas nos pontos a) e b), con-
Esercizi jugando o verbo entre parênteses.

1. A n n u n c i a r o n o che c i sarebbe stata una p e r t u r b a z i o n e : ... ( n o i , avere)


una giornata stupenda.
2. C r e d e v o che fosse u n lavoro da n i e n t e : ... (volerci) delle ore.
3. T u t t i pensavano che i l c o n c e r t o sarebbe stato una cosa eccezionale: ...
{esso, essere) una grossa delusione.
4. Persero del t e m p o prezioso nel prendere una decisione: ... (essere)
necessario i n t e r v e n i r e tempestivamente.
5. E r o sicuro che m i avrebbero c a m b i a t o d i u f f i c i o : . . . (rimanere) t u t t o tale
e quale.
6. Assunsero t u t t i i c a n d i d a t i i n d i s c r i m i n a t a m e n t e : ... (essere) o p p o r t u n o
fare una rigorosa selezione.

B Complete as frases com mentre + verbo conjugado ou invece di/anziché + infinitivo,


segundo a necessidade.

1. ... (tu, fare,a me) t u t t i questi regali i n u t i l i , potresti r e s t i t u i r m i i soldi che


m i devi.
2. M i a moglie ha prenotato u n albergo i n montagna, ... (io, preferire)
prendere una casa i n affitto.
3. ... ( v o i , lamentarsi) i n v a n o per la situazione i n c u i v i t r o v a t e , sarebbe
meglio che v i deste da fare per c a m b i a r l a

514
,s:-l!i"!:.
i
WGLDBa--DlG.TflL -. !

FflGTJiraS DE QlflLIHE *"l

Italiano p e r u s i speciali

4. D o v r e s t i i n f o r m a r t i meglio su q u a n t o stai d i c e n d o ... ( t u , parlare) a


vanvera.
5. I g e n i t o r i gli avevano suggerito d i iscriversi alla Facoltà dì G i u r i s p r u d e n -
za ... (egli, preferire) iscriversi a M e d i c i n a .
6. ... ( t u , dire) delle fesserie, perché n o n te ne stai zitto?
7. Carla lavora i n p r o p r i o , . . . { M a r c o , lavorare) c o m e dipendente in una
fabbrica.
8. ... ( t u , m o r i r e ) d i fame per non ingrassare,faresti bene a fare u n po' più d i
sport.

Vocabolario

alho (s.m.) album


aggirarsi (u. pron.~) girar em torno de
attestato (s.m.) certificado, atestado
brevettare (v.i.) patentear
carrello sollevatore {s.m. empilhadeira
confluire (v.i.) confluir
inoltrare (v.t.) apresentar, encaminhar
miglioramento {s.m.) melhoria, melhoramento
particolare (s.m.) detalhe
rilasciare (v.t.) expedir
simile (ari?.) parecido, similar
tenere (v.t.) guardar

Respostas dos exercícios

Ascoltate
1. Per avere informazioni sulle pratiche necessarie per brevettare una 6. Assunsero tutti i candidati indiscriminatamente, laddove sarebbe
sua invenzione stato opportuno lare una rigorosa selezione
2. All'Ufficio Brevetti e Marche, che a sua volta le inoltrerà al Ministero
del Lavoro B
3 No. in nessun caso.
4 Si. e con una multa proporzionata al danno causato 1. Invece di/anziché farmi lutti questi regali inutili, protresli restituirmi i
soldi che mi devi.
Osservate 2 Mia moglie ha prenotato un albergo m montagna, mentre io avrei pre-
ferito prendere una casa in affitto.
A
3. Invece di/anziché lamentarvi invano per la situazione in cui vi trovate,
(Esta é apenas uma das possibilidades: há outras respostas igualmen- sarebbe meglio che vi deste da fare per cambiarla
te possiveis.) 4 Dovresti intorniarti meglio su guanto stai dicendo invece di/anziché
1 Annunciarono che ci sarebbe stata una perturbazione, invece abbia- parlare a vanvera.
mo avuto una giornata stupenda 5 I genitori gli avevano suggerito di iscriversi alla Facoltà di Giurispru-
2. Credevo che fosse un lavoro da niente, mentre invece Ci sono volute denza, egli invece ha preferito iscriversi a Medicina.
delie ore. 6 Invece di/anziché dire delle fesserie, perchè non te ne stai zitlo?
3 Tutti pensavano che il concerto sarebbe stato una cosa eccezionale, 7. Carla lavora in proprio, mentre Marco lavora come dipendente in una
invece fu una grossa delusione. fabbrica.
4. Persero del tempo prezioso nel prendere una decisione, laddove sa- B Invece di/anziché morire di lame per non ingrassare, faresti bene a fa-
rebbe stato necessario intervenire tempestivamente re un p o ' più di sport.
5 Ero sicuro che mi avrebbero cambiato di ufficio, mentre invece tutto è
rimasto tale e quale

515
w:GLDBa--DiGJTfl -. L!

F,u[:i]:/-;D Ì , I / . , I H , ••!

C/UNITÀ DAL VIVO


Ouça na fita as seguintes
frases, observando as
diferenças léxicas e
sintáticas entre os dois
registros linguísticos.

a - língua coloquial
familiar
b - língua comum
padrão

,rar 1. a) C i a o ' b e l l o ! Faceio uri salto i n ospedale da G i g i : m i hanno d e t t o


che sta male e che ha i l m o r a l e a t e r r a . T u sai cosa ha c o m b i n a t o ?
2

b) C i a o carissimo! Sto andando i n ospedale a trovare G i g i : h o saputo


che n o n sta affatto bene e che per d i più è m o l t o demoralizzato! Sai
cosa g l i sia successo?

2. a) Si, andava i n b i c i a tutta b i r r a ed è andato a sbattere c o n t r o u n


3

c a m i o n . Per p o c o n o n si r o m p e l'osso del c o l l o ! È t u t t o u n gesso!

b) Sì, andava i n b i c i c l e t t a a folle velocità e si è scontrato c o n u n


a u t o t r e n o . H a rischiato d i ammazzarsi! Adesso è completamente
ingessato!

3. a) N o n gliene va m a i bene u n a , p o v e r a c c i o ! È d u r a i n c h i o d a t i a l e t t o :
4

per questo a l l o r a è giù d i c o r d a ! 5

b) È p r o p r i o sfortunato, p o v e r e t t o ! C e r t o n o n è un disagio da p o c o
essere costretto all'immobilità c o m p l e t a . Posso capire che sia m o l t o
abbattuto!

1. A o c u m p r i m e n t a r alguém, u t i 4. a) Però n o n è da lui'' buttarsi giù così. A n c h e se poteva lasciarci le penne


lizam-se basicamente as seguintes
formas: ouonaiorno/buonasera n o n deve darsi per v i n t o . D i g l i d i stare i n g a m b a , m i raccomando"! 7

( f o r m a i ) , doo (íntimo) e saJue (for-


m a intermediária, u s a d a q u a n d o b) N o n è nel suo carattere scoraggiarsi a tal p u n t o ! A n c h e se ha rischia-
entre os i n t e r l o c u t o r e s não existe
m u i t a f a m i l i a r i d a d e e, ao m e s m o
t o la v i t a , adesso deve reagire. Fagli coraggio, anche da parte m i a , t i
t e m p o , não se deseja m a n t e r exces- prego! M3
siva distância).

2. Morale, neste caso, s i g n i f i c a


"estado de ânimo"; a f e r e f i m o r a t e dare la birra a alguém ("superar, t r a estar m u i t o desanimada. I m e e se d i s p o n i l a a superar u m a d i -
a terra, é u m m o d i s m o c o m o q u a l bater alguém", especialmente e m 6. Non essere da me, le... se diz do ficuldade; equivale em português a
se dá a entender que alguém está competições esportivas). que, não sendo próprio o u caracte- "ânimo!".
m u i t o desanimado. 4. Non andargliene mai bene rístico d a pessoa indicada, desdiz 8. Mi raccomando, fornia com aqual
3. C o m a palavra birra ("cerveja") una, expressão c o l o q u i a l usada o seu m o d o de s e r non è da me se exorta alguém c o m insistência para
se c o n s t r o e m diversas expressões c o m o sentido de 'não conseguir scialacquare i soldi ("não é do m e u fazer algo que está sendo sugerido:
coloquiais: a íutía b i r r a ("a t o d a fazer nada b o m " . feitio desperdiçar, e s b a r j a r " ) . mi raccomando, n o n correre troppo
v e l o c i d a d e " ) ; avere m o l l a birra 5. Essere giù e essere giù di cor* 7. A expressão in gamba! é usa- in autostrada' ("sobretudo, não cor-
("ter m u i t a energia e resistência"); d a se diz de pessoa que d e m o n s - da para pedir a alguém que se a n i - ra mufto na estrada").

516
F , u [ : i ] : / - ; D Í , I / . , I H , ••!

Modi di dire

1. Cacciarsi/mettersi nei pasticci. BiO


Significa meter-se em situações difíceis, embaraçosas e comprometedoras.

2. T o g l i e r e q u a l c u n o d a i p a s t i c c i .

Significa bvrar alguém de uma situação difícil, embaraçosa e comprometedora.

3. Essere u n p a s t i c c i o n e .

Pasticcio, literalmente "pastel", pode ter o significado figurado do português "embrulha-


da, confusão". Essere un pasticcione se diz de quem trabalha mal e desordenadamente,
atrapalhando as coisas e as idéias; corresponde em português a "ser um atabalhoado".

Literalmente "ter as mãos na massa"; significa estar bem introduzido em uma situação
; empreendimento e, desse modo, estar em condições de tirar proveito.

517
' m u n a s ut auíii.rjiiDí !L

D/UNITÀ UN PO' DI GRAMMATICA


Complete com qualche, alcunio}, quatcunfoj, segundo a necessidade . 1

Esercizio
Exemplos:
Uno Se risuliasse affine a ... altro brevetto.
Se risultasse affine a qualche altro brevetto.

Se ... altro dovesse copiare la mia invenzione.


Se qualcun altro dovesse copiare la mia invenzione.

1. Se c'è ... che ha urgenza d i parlare c o n me, lo faccia subito, perché p o i


devo scappare.
2. Parlerà apertamente senza ... t i m o r e .
3. ... è riuscito a fuggire p r i m a che arrivassero i n e m i c i , . . . invece è stato
fatto p r i g i o n i e r o .
4. ... ha ... altra domanda da fare?
5. I o m i r i f i u t o d i svolgere questa indagine: affidatela a ... a l t r o !
6. H o l e t t o ... d e i suoi scritti e l i ho t r o v a t i davvero interessanti.
7. A b b i a m o esposto le nostre teorie: ... è d e l nostro parere,... a l t r o ha
sollevato delle o b i e z i o n i .
8. N o n t r o v o i l p o r t a f o g l i , eppure da ... parte dovrà p u r essere!
9. Se quel q u a d r o è andato cosi a r u b a , deve p u r avere ... valore!
10. A l funerale c'era solo ... parente stretto d e l m o r t o .

1. L e m b r e o u s o d o s a d j e t i v o s e p r o n o m e s i n d e f i n i d o s gualche,
alcun(o), quatcun(o), osqiLais p o d e m c o n f i i n d i r - s e f a c i l m e n t e c o m os
portugueses "alguém, a l g u m " .

a) qualche, adjetivo invariável, pode s i g n i f i c a r


in spiaggia c'è solo qualche persona m a i s d e urna, nào m u i t a s
— sarà a n d a t o da qualche parte u m a indeterminada
— è un l i b r i ) d i qualche interesse certo

b j alcuno (a, i, ej/alcun, a d j e t i v o e p r o n o m e , pode significar:


— alcuni v e n n e r o , a l t r i n o n p o t e r o n o pronome plural
—alcune ragazze sono straniere adjetivo plural
— n o n h o disonno d i alcun consiglio s o m e n t e e m frases negativas
e no singular

c ) qualcuno (aj/qualcun, p r o n o m e singular, p o d e s i g n i f i c a r


— h o visto qualcuno d e i suoi f i l m m a i s d e u m , nào m u i t o s
—qualcuno ha t e l e f o n a t o u m a s ó pessoa
-qualcun a l t r o ha p a r l a t o ùnico caso de t r u n c a m e n t o
- qualcun altra ha p a r l a l a ùnico caso d e elisão

Esercizio Complete as frases seguintes com uma construção temporal adequada.

r ) i w i Exemplo:
*-* * ™ Vorrei brevettare una macchina che progettai (cinque anni).
Vorrei brevettare una macchina che progettai cinque anni fa.
1. N o n d i m e n t i c h e r e m o mai che (tanti anni) lei seppe risolvere la crisi che
la nostra azienda stava attraversando.
2. (5 mesi) n o n riuscivamo più a fare una cenetta insieme! Sono veramente
commossa!

518
^Ì3irJBD--DBJT«.,-.
FflGOJraS DE Q l t U H E H

U n po' di grammatica.

3. (10 m i n u t i ) i l capostazione sembra intenzionato a dare i l via m a per o r a


n o n ha ancora né fischiato né alzato la b a n d i e r i n a rossa.
4. (25 anni) lei lavora q u i da n o i c o n u n ' efficienza degna d i lode e siamo
felici d i darle questo p r e m i o !
5. Che noia! H a c o m i n c i a t o a parlare (un' ora) e va avanti c o m e se niente
fosse!
6. ( Q u a n d o siamo p a r t i t i ) g l i sto dicendo d i n o n sporgere i l capo e d i
chiudere i l finestrino, m a n o n m i dà retta.
7. (25 anni) q u a n d o v e n n i assunto i n questa d i t t a , ebbi l'onore d i conoscere
suo padre e d i c o l l a b o r a r e c o n l u i .
8. S a r e m m o d o v u t i arrivare (2 ore) e invece n o n si vede ancora la città
n e m m e n o in lontananza.

Conjugue o verbo entre parênteses no indicativo ou subjuntivo, segundo a necessidade.


Esercizio
Exemplo:
Tre Non credo che ... lesserei il mio caso.
Non credo che sia il mio caso.

1. —Non v i pare che v i . . . (voi,stare) abbuffando un po' t r o p p o m e n t r e i o sto


solo a guardarvi? —Temo che ... ( t u , avere) ragione!
2. Penso che ... (essere) m e n o rischioso attraversare la strada sulle strisce
pedonali!
3. Sembra p r o p r i o che quelle tre sciocche ... (divertirsi) u n sacco raccon-
tandosi i soliti pettegolezzi!
4. Sarebbe o p p o r t u n o che anche ... ( t u , mangiare) qualcosa, C a r l o , invece
d i ostinarti a stare a d i e t a !

519
'praUTOS DE QUÍll.fJIIEE !
L

U n po' di g r a m m a t i c a

5. Sono sicura che si ... (fare) p r i m a usando i l metrò p i u t t o s t o che l'auto-


mobile.
6. V e d o che nonostante n o n ... (incontrarsi) da anni le tre amiche n o n ...
(perdere) la confidenza reciproca.
7. N o n t i sembra che a questo pesce ... (mancare) u n po' d i sale?
8. M i farebbe piacere che t u . . . (accettare) u n passaggio sulla m i a a u t o , m a ,
visto l'intasamento che c'è, conviene che t u ... (andare) a piedi.

Dê a forma contrária do verbo em grifo, fazendo as modificações oportunas.


Esercizio
Exemplo;
Quattro [„.] in cui si negherà che la sua invenzione \...\.
(...) in cui si affermerà che la sua invenzione [...].

1. D a questa cifra dovrà detrarre le spese d i spedizione.


2. L o umiliarono più d i q u a n t o fosse necessario.
3. Senza rendercene c o n t o c i allontanammo sempre più dalla f r o n t i e r a .
4. C o n questa m o d a che c o n t i n u a a c a m b i a r e , ora sono costretta ad allun-
gare t u t t i i vestiti.
5. Le spiace alzarsi da lì?
6. Questa m a t t i n a ho pulito le scarpe.
7. Fai riscaldare la minestra perché così è i m m a n g i a b i l e !
8. È stato difficile accendere i l fuoco, ma alla fine c i siamo r i u s c i t i !

520
'PfluTJUTDS DE aUíli.rjUDE !
L

U n po' di g r a i n m a t i c a

Vocabolario

abbuffarsi (v. pron.) corner erti excesso


andare avanti (v.i.) seguir, prosseguir
capostazione (s.m.) chefe de estação
dar retta (v.i.) dar atenção
esporre {v.t.) expor
fischiare (v.i. e t.) apitar, assobiar
funerale (s.m.) enterro, funeral
in lontananza (ì.a.) ao longe
intasamento (s.m.) c ongestionamento
lode (s.f.) elogio
mosso (p.p. de muòvere, v.i.) movido
pettegolezzo {s.m.) intriga, mexerico
pezzo (s.m.) peça
portafoglio (s.m.) carteira
rifiutare (v.i.) rechaçar, refutar
scappare (v.i.) sair correndo, escapar
sciocco (adj.') bobo
sollevare (v.i.) levantar, sublevar
spòrgere (v.t. e t.) assomar
strisce pedonali {s.f.) faixa de pedestres
teca (s.f. ) relicário, caixinha

Respostas dos exercícios

E s e r c i z i o Uno 8. Saremmo dovuti arrivare due ore fa e invece non si vede ancora la cit-
tà nemmeno in lontananza.
1. Se c'è qualcuno che ha urgenza di parlare con me, lo faccia subito,
perché poi devo scappare.
Esercizio Tre
2 Parlerà apertamente senza alcun timore
3. Qualcuno è riuscito a fuggire prima che arrivassero i nemici, qualcu- 1. - N o n vi pare che vi stiate abbuffando un po' troppo mentre iostosolo
no invece è slato fatto prigioniero. a guardarvi? - T e m o che t u abbia ragione!
4. Qualcuno ria qualche altra domanda da fare? 2 Penso che sia meno rischioso attraversare la strada sulle strisce pe-
5 lo m i rifiuto di svolgere questa indagine: affidatela a qualcun altro! donali.
6 Ho letto alcuni dei suoi scrini e li ho trovati davvero interessanti 3 Sembra proprio che quelle tre sciocche si divertano un sacco raccon-
7. Abbiamo esposto le nostre teorie: qualcuno é del nostro parere. tandosi i soliti pellegolezzi!
qualcun altro ha sollevalo delle obiezioni. 4. Sarebbe opportuno che anche t u mangiassi qualcosa. Carlo, invece
8 Non trovo il portafogli, eppure da qualche parte dovrà pur esserel di ostinarti a stare a dieta.
9. Se quel quadro è andato cosìa ruba, deve pur avere qualche valore! 5. Sono sicura che si fa prima usando il metrù piuttosto che l'automo-
10. Al funerale c'era solo qualche parente stretto del morto. bile.
6 Vedo che nonostante non si incontrino da anni, le tre amiche non han-
E s e r c i z i o Due no perso la confidenza reciproca!
7. Non ti sembra che a questo pesce manchi un po' di sale?
1 Non dimenticheremo mai che lanti anni fa lei seppe risolvere la crisi
8. Mi farebbe piacere che tu acceitassi un passaggio sulla mia auto, ma
che la nostra azienda stava attraversando.
visto l'intasamento che c'è. conviene che tu vada a piedi.
2 Da cinque mesi non riuscivamo più a lare u n a c e n e l l a insieme! Sono
veramente commossa!
3. Sono dieci minuti che il capostazione sembra intenzionato a dare il Esercizio Quattro
via. ma per ora non ha ancora né fischiato né aliato la bandierina rossa. 1. A questa cifra dovrà aggiungere le spese di spedizione
4 Da venticinque anni lei lavora qui da noi con un'efficienza degna di lo- 2. Lo gratificarono più di quanto fosse necessario
de e siamo felici di darle questo premio. 3 Senza rendercene conto ci avvicinammo sempre più alla frontiera.
5. Che noia! Ha cominciato a parlare un'ora (a e va avanti come se niente 4. Con questa moda che continua a cambiare, ora sono costretta ad ac-
fosse! corciare tutti i vestiti.
6 Da quando siamo partiti gli sto dicendo di non sporgere il capo dal f i - 5. Le spia ce sedersi II?
nestrino, ma non mi dà retta. 6 Questa mattina ho sporcato le scarpe
7. Venticinque anni fa. quando venni assunto in questa ditta, ebbi l'ono- 7. Fai raffreddare la minestra perchè così è immangiabile!
re di conoscere suo padre e di collaborare con lui. 8 è stalo difficile spegnere il fuoco, ma alla fine ci siamo riusciti!

521
F e d e r i c o T o z z i , escritor toscano (1883-1920), i n i -
c i o u sua atividade literária c o m dois livros de poe-
sia (La zampogna verde, 1911, e La città della
Vergine, 1912), i n f l u e n c i a d o s p e l o t r a b a l h o de
Gabriele D ' A n n u n z i o . A b a n d o n o u sua t e r r a n a t a l
para estab elee e r-se e m Roma, onde f o i r e d a t o r de
alguns j o r n a i s e t r a v o u c o n t a t o c o m os maiores re-
presentantes das novas correntes literárias do m o -
m e n t o , s o b r e t u d o c o m Pirandello. Nesta época, p u -
b l i c o u as duas obras que lhe valeram u m a posição
relevante na n a r r a t i v a i t a l i a n a do século XX: Con
gli occhi chiusi (1913) e Bestie (1917). E m 1920,
f o r a m publicadas algumas novelas curtas e as duas
obras que lhe d e r a m m a i o r popularidade: Tre croci,
de c u n h o naturalista, e II podere. A o b r a Gli egoisti
(1923), de caráter autobiográfico, a s s i m c o m o
Novale (1925) e suas memórias, intituladas Ricordi
di un impiegalo (1927), apareceram p o s t u m a m e n -
te. Nos anos recentes, a o b r a de Tozzi f o i revaloriza-
da, e a crítica passou a considerá-la c o m o represen-
t a t i v a d o n a t u r a l i s m o e psicologismo próprios da
n a r r a t i v a europèi a contemporânea e das experiên-
cias de Italo Svevo e L u i g i Pirandello. E m 1979, f o i
p u b l i c a d a sua novela Adele. Tozzi demonstra o men-
c i o n a d o s i n c r e t i s m o em sua obra mais aclamada,
Con gli occhi chiusi, comovente relato de u m a fra-
cassada história de a m o r e do desmoronamento de
u m a propriedade.
WGLDBQ-DJGJTÍIJ.:-.
Facrjuras DE Q l t U H E h

Lettura

Un altro anno; e s'era alla fine di marzo, il giorno d i San lira ano mais, e já estávamos no final de março, dia de
Giuseppe. São José.
Da Poggio a' Meli s'udivano gli scampanìi, che si rimesco- De Poggio a'Meli, ouvia-se um repique de sinos que se
lavano alla rinfusa nel cielo come un suono che crescesse mesclava confusamente no céu como um som sempre cres-
sempre.quasi immobile,con una romba greve. E a Pietro era cente, quase imóvel, com uma reverberação pesada. E
venuta un'allegria insolita, un'allegria simile ad un benesse- Pietro foi tomado por uma alegria insólita, uma alegria
re troppo forte, che lo faceva più nervoso. que se assemelhava a um bem-estar demasiado forte, que
Vorrei parlare di questi indefinibili turbamenti del marzo, o punha mais nervoso.
a cui è unita quasi sempre una sottile voluttà, un desiderio di Quisera falar destas indefiníveis perturbações de mar-
qualche bellezza. ço, às quais vai unida quase sempre uma sutil voluptuo-
Questi soli ambigui, questi cinguettìi ancora nascosti e sidade, um desejo de beleza.
che si dimenticano presto.queste nuvole biancheggianti che Esses sóis ambíguos, esses trinados ainda ocultos e que
sembrano venute prima del tempo! E le foglie secche, che se esquecem logo, essas nuvens branquejantes que pare-
sono ancora sopra i grani germogliati, mescolando il pallore cem ter chegado antes do tempo. E as folhas secas, que
della morte con il pallore della vita! Queste foglie di tutte le estão ainda sobre os grãos germinados, mesclando a pali-
specie, che si trovano ancora sopra l'erbe per rinnovarsi; le dez da morte com a palidez da vida. Essas folhas de todas
piante potate, e i loro rami e i loro tralci, sparsi a terra, che as espécies, que se encontram ainda sobre o relvado para
saranno portali via per sempre! E questi rami secchi tagliati renovar-se, as plantas podadas e seus ramos e seus ga-
dai frutti, che esitano ancora a fiorire su le rame nuove! La lhos, espalhados pelo solo, que serão levados para sempre.
terra un poco umida.che s'attacca alla punta delle vanghe,e E esses ramos secos, quebrados, dos frutos, que ainda he-
i contadini sono costretti a pulirle con i pollici; eie zolle che sitam em florescer sobre os ramos novos. A terraum pou-
rimangono agli zoccoli di legno! E quest'amore quasi matri- co ùmida, que se agarra na ponta das enxadas, e os cam-
moniale e sconosciuto a noi d i tutti gli esseri che s'aiutano; e poneses se vêem obrigados a limpá-las com os polegares; e
anche i loro odii! E il vischio che nasce sui rami dei testucchi, os torrões que aderem aos tamancos de madeira. E essi
(agliaio con un colpo di pennato! Ma farà subito il ributto. E amor quase matrimonial, e desconhecido entre nós, dt
le gemme dei castagni! todos os seres que se ajudam; e também seus ódios. E c
Domenico andò nel campo, seguito dai suoi assalariati, visco que nasce sobre os ramos dos vasos de barro, cortado
per combinare le faccende dell'indomani. a golpes depodadeira. Mas logo brotará de novo. E os bo-
Pietro era grasso, ma pallido e con un'aria di gracilità: tões dos castanheiros.
entrava in quindici anni. Credeva che fosse ridicola e disa- Domenico foi ao campo, seguido por seus assalariados,
datta alla sua età la giubba con i l bavero alla mannaia, taglia- para combinar os trabalhos do dia seguinte.
ta per economia da una veste vecchia. Pietro era gordo, mas pálido, e tinha um aspecto frágil:
Entrò svelto in casa di Giacco; i l quale, come i l solito, gli entrava nos 15 anos. Considerava ridícula e inadequada
mise una mano su la spalla: à sua idade a jaqueta com gola de marinheiro, cortada
—Come cresce a fretta! Scommetto che mi ha portato da por economia de uma roupa velha.
fumare. Entrou veloz na casa de Giacco, o qual, como sempre,
Pietro gli prese i baffi e glieli tirò dì qua e d i là; Giacco per lhe pós uma mão no ombro;
non sentir male era pronto a girare il collo. - Como cresce depressa! Suponho que tenha me trazido
Il ragazzo rise, guardando Masa, che disse: tabaco.
—Più forte. Pietro agarrou-lhe os bigodes e pwxou-os daqui e dali;
—No, no; ora hasta. Giacco, para evitar a dor, virava o pescoço.
E lo allontanò da sé a poco a poco, ma risolutamente. Poi 0 menino riu, olhando Masa, que disse:
chiese: - Mais forte.
—Dunque, né meno una cicca? -Não, não; agora chega.
Rebecca, spazzando la trattoria, metteva in serbo le cic- E o afastou de si pouco a pouco, mas resolutamente.
che trovate, e lo incaricava di portargliele. Depois perguntou:
Masa intervenne un'altra volta: -Então, nem uma ponta de cigarro?
—Non fuma mica il padroncino! Rebecca, limpando a sala, separava as pontas de cigar-
E ne rise insieme con lui come di una burla. Dopo avere ro e o encarregava de levá-las.
riso, storceva le labbra e se le mordeva. I l vecchio cavò dal Masa interveio novamente.
taschino una pipa sbocconcellala, con una cannuccia corta - 0 senhorzinho não fumai
quanto i l palmo della mano. E riu com ele, como de uma piada.
—Grazie a Dio, ci ho sempre quello che la sua mamma mi Depois derir, retorcia os lábios e os mordia. O velho tiroudo
dette la settimana passata. Guardi se non è vero! bolsinho umeachimbo mordiscado, com um tubinho curto como
Batté la pipa in proda alla tavola: schizzò fuori una specie apalmadamão.
di polvere incenerita. Egli la radunò insieme, la mescolò e la -GraçasaDeus,sempwguoráooqmsuamãe
rimise dentro. Poi prese, dal focolare, un fuscello acceso. A passada Veja se não é verdade!
stento,gli usci di bocca un poco di fumo, azzurro chiaro. Ed Bateu o cachimbo contra a borda da mesa, tirando de
egli, guardandolo, disse: dentro dele uma espécie de pó cinzento. Juntou tudo de
—Oh. c'è poco trinciato, oggi! novo, misturou e voltou a enché-lo. Depois pegou, do
Indi con i l pollice che aveva l'unghia mozzata da un taglie fogão, um tição em brasa. A duras penas, lhe saiu da boca

523
w:GLDBa--DiGJTfl -. L!

F , u [ : i ] : / - ; D Ì , I / . , I H , ••!

qioecto
Chiusi

fattosi da giovine, pigiò dentro il pezzetto di brace rimasta umpouco defumaça, azul e clara. E ele, olhando-a, disse;
nella pipa. - Oh! Há pouco tabaco trinchado hoje!
Pietro vide un'altra volta quel fumo, e, dentro di sé, come Depois, com o polegar que tinha uma cicatriz de um cor-
una cosa reale, che gli dette un malessere, la mamma che te sofrido quando jovem, empurrou para dentro o pedaci-
andava a un cassetto, in casa, e voleva prendere qualche nho de brasa que tinha ficado no cachimbo.
cosa. Ma tutti s'erano allontanati da lei! E mentr'eila si Pietro viu uma vez mais essa fumaça, e, dentro de si,
ostinava, i l cassetto spariva nel muro. Allora gli parve d i como uma coisa real que lhe produziu mal-estar, a mãe
sentire sul volto le sue mani, come un grande bacio,come se que ia até uma gaveta, na casa, e que queria tirar algo.
le mani lo baciassero. Mas todos se tinham afastado dela. E enquanto ela se obs-
Masa. meravigliata della sua espressione sbigottita, gli tinava, a gaveta desaparecia no muro. Então pareceu-lhe
chiese: sentir sobre o rosto suas mãos, como um grande beijo, como
—A che pensa? se as mãos o beijassem.
Il vecchio si avvicinò all'uscio, e disse: Masa, estupefataporsua expressão consternada, pergun-
—Bisogna che vada a governare le vacche. D a m m i la tou-lhe:
fune. -Em que pensa?
Ma Masa, preoccupata dì vedere il padroncino così, rispo- 0 velho se aproximou da poria e disse;
se di malumore: - Tenho de ir cuidar das vacas. Me dê a corda.
—Dove l'hai messa? Mas Masa, preocupada em ver o pa trãozinho assim, res-
E Giacco: pondeu com mau humor:
—Cercamela. - Onde você a colocou?
•Non s:ii mai quello che fili. Poi li ci vuole la moglie E Giacco disse;
intorno per darti quello che ti manca. - Procure-a.
—Quanto chiacchieri! Se tu avessi trovato la fune, senza - Você nunca sabe o que faz. E depois precisa que sua
rispondermi niente? Non avresti fatto meglio? esposa esteja por perto para lhe dar o que procura.
—Io chiacchiero quanto mi pare; quanto te. - Quanta conversa! Se você tivesse encontrado a corda
Poi chiese a Pietro,per distrarlo; credendo che soffrisse di sem responder-me não teria sido melhor?
qualche rimbrotto: -Eu falo quanto quero. Igual a você.
—Ha visto Ghìsola oggi? Depois perguntou a Pietro, para distraí-lo, acreditando
Rispose egli sbadatamente: que algo o mortificava:
—Non è qui? - Viu a Ghìsola hoje?
—È voluta andare alla messa a Siena. Respondeu ele, distraidamente;

524
-GLDBQ--DJGJTFIL -. z

Frau ias DE QMVCflCE h

Lettura

Disse Giacco, con l'aria di chi ripiglia un baltibecco. Ma -Não está aqui?
Masa la difese: - Quis ir à missa em Siena - disse Giacco, com ar de
—Ha fatio bene. Qui a Poggio a' Meli non si vede mai quem retoma uma discussão.
nessuno. Mas Masa a defendeu:
E a Pietro soggiunse: -Fez bem. Aqui, em Poggio a'Meli, nunca se vê uma alma.
—Credevo che l'avesse incontrala! E dirigindo-se a Pietro acrescentou:
I due vecchi divennero pensierosi, guardandosi con oc- -Achei que a tivesse encontrado.
chiate che Pieiro non comprendeva. Masa esclamò so- Os dois velhos ficaram pensativos, trocando olhares que
spirando: Pietro não entendia. Masa, suspirando, exclamou.'
—Sarà quel che Dio vuole! -Seja o que Deus quiser!
—Di che cosa? -chiese Pietro. —Ditemelo. -A respeito do quê? -perguntou Pietro. -Diga-me.
Un'acre curiosità lo invase: Uma mordaz curiosidade o invadiu.
—Ma dov'è? Tornerà Ira poco? -Mas onde está? Voltará logo?
Si sentì sbigottito: e sì vide subito dai suoi occhi azzurri, Sentiu-se consternado, e o demonstrou de imediato atra-
sempre così buoni che tulli lo sapevano: le palpebre gli vés de seus olhos azuis, sempre tão sinceros que todos o
sembrarono come acqua calda. adivinhavam: as pálpebras lhe pareceram água quente.
II cavallo attaccato al calesse, legato nel piazzale ad una 0 cavalo, amanado à caleça, e esta a uma argola de
campanella di ferro, si ripiegava tutto da una parte, riposan- ferro da ampla praça, se inclinava de um lado, descan-
dosi. Toppa finiva un seccarello terroso; tenendolo fermo sando. Toppa terminava um pedaço depão duro terroso,
con le zampe, per roderlo meglio. prendendo-o com as patas para roé-lo melhor.
Pietro non era ancora calmo quando scorse Ghìsola. Pietro ainda não tinha se acalmado quando viu Ghìsola.
Era divenula una giovinetta. I suoi occhi neri sembravano Tinha se transformado em uma mulherzinha. Seus olhos
due olive che si riconoscono subito nella rama, perché sono negros pareciam duas azeitonas que se distinguiam logo
le più belle: quasi magra, aveva le labbra sottili. no ramo, por serem as mais belas; quase delgada, tinha os
Egli si sentì esaltare: ella camminava adagio smuovendo lábios finos.
un poco la testa, i cui capelli nerissimi. lisciali con l'olio, Ele sentiu-se exaltado: ela caminhava devagar, moven-
erano pettinati in modo diverso da tutte le altre volte. do um pouco a cabeça; seu cabelo, muito negro e liso, esta-
Cercò di smettere i l suo sorriso, abbassando il volto; ma va penteado de uma maneira diferente da habitual.
rallentò i l passo, come se fosse indecìsa a voler dissimulare Tentou conter seu sorriso, baixando o rosto, mas freou
qualche segreto. Egli ne ebbe un dispiacere vivo, e le mosse o passo, como se não se decidisse a querer dissimular al-
inconlro. come quando erano più ragazzi, per farle un di- gum segredo. Ele sentiu um forte desgosto e foi ao encon-
spetto oppure per raccontarle qualche cosa, con la voglia tro dela, como quando eram menores, para contrariá-la
d'offenderla. ou para contar-lhe algo, com a intenção de ofendê-la.
Come s'era imbellita da che non l'aveva più veduta! Como tinha ficado bonita desde a última vez que a vira!
Notò, con gelosia, un nastro rosso tra i suoi capelli, le Percebeu, com ciúmes, que levava uma fita vermelha
scarpe lusire di sugna e un vestito bigio quasi nuovo; e fece entre os cabelos, os sapatos brilhantes de gontura e um
un sospiro. vestido pardo quase novo, e suspirou.
M a ella, così risentita che non gli parve né meno possibile, Mas eia, tão ressentida como ele mal podia imaginar,
gli gridò: gritou-lhe:
—Vada via. c'è suo padre. Non mi s'avvicini. - Vá embora! Seu pai está aí. Não se aproxime de mim.
Egli, invece, continuò ad andarle incontro; ma ella fece Ele, ao contrário, continuou indo ao encontro dela, mas
una gira volta, rasentando lo senza farsi toccare. Pietro non le ela mrou-se, aproximando-se sem deixar-se tocar. Pietro
disse più niente, non la guardò né meno: era già offeso e não lhe disse mais nada, sequer a encarou: já estava ofen-
mortificato. Perché si comportava cosi? Sarebbe andato a dido e humilhado. Por que se comportava assim? Iria
trovarla anche in casa, dov'ella entrò soffermandosi prima encontrá-la também, na casa dela, na qual ela entrou, de-
con un piede su lo scalone! Si struggeva; era assillato da una tendo-se antes com um pé sobre o degrau. Consumia-se;
cosa che non comprendeva; aveva voglia d'imporlesi. assaltou-o algo que não compreendia: tinha desejos de se
Ma, a poco a poco, si sentì rappacifichilo e lieto un'altra impor a ela.
volta; come se non le dovesse rimproverare nulla; mentre Mas pouco a pouco voltou a sentir-se tranquilo e feliz,
un sentimento delizioso gli si affermava sempre di più. como se não tivesse que reprovar lhe nada, enquanto um
Ghìsola riuscì presto d i casa: s'era tolto il nastro, aveva sentimento de deleite se afirmava cada vez mais.
cambiato le scarpe, mettendosi un grembiule rosso sbiadilo. Ghìsola saiu em seguida da casa: tinha tirado a fita,
Alzò gli occhi verso Pietro,seria e mula; ed entrò in capanna trocado os sapatos e posto um avental vermelho desbota-
dimenandosi tutta. Pose deniro una cesta il fieno già falciato do. Levantou os olhos até Pietro, séria e calada, e entrou
dal nonno; poi smise, per levarsi una sverza da un dito. Egli si no telheiro meneando-se toda. Colocou dentro de uma ces-
sentì uguale a quella mano. E il silenzio di lei, inspiegabile, lo ta o feno que seu avô havia cortado, e depois parou para
imbarazzò: e non sarebbe stato capace a parlarle per primo. tirar uma farpa do dedo. Ele sentiu-se igual àquela mão.
Perciò le dette una spinta, ma lieve: ed ella, fingendo d'esser E o silêncio dela, inexplicável, lhe resultou embaraçoso e
stata per cadere, lo guardò accigliata. não teria sido capaz de ser o primeiro a falar. Por isso
Egli disse: empurrou-a levemente e ela, fingindo ter estado a ponto
—Quest'altra volta ti butto in terra da vero! de cair, olhou-o mal humorada.

525
li 1 Ei_aBQ "-DJEITBL L-
FWOJTGS DE Qwr«t h

.Con,
«occhi
chiusi

—Ci si provi! Eie disse:


Quand'ella voleva, la sua voce diveniva dura e aspra, -A próxima vez te atiro no chão de verdade.
strillava come una gallina. Allora egli la guardò con dispetto, -Experimente!
sentendo che doveva obbedire. Quando ela queria, sua voz tornava-se dura e áspera,
Per solito, mentre parla, non si sente il suono della voce di ralhava como uma galinha. Então ele a encarou com des-
chi si ama: o. almeno, non si potrebbe descrivere. peito, sentindo que devia obedecer.
Ella aggiunse: Em geral, enquanto fala, nào se escuta o som da voz de
—Vada via. quem se ama, ou ao menos não se pode descrevê-la.
Egli provava lo stesso effetto di quando siamo sotto l'ac- Ela acrescentou:
qua e non si possono tenere gli occhi aperti; ma rispose: - Vá embora!
-Ghisola. tu mi dicesti un mese fa che mi volevi bene. Ele sentia o mesmo efeito de estar debaixo d'àguaenào
Non te ne ricordi'.' lo me ne ricordo, e ti voglio bene. poder manter os olhos abertos, mas respondeu:
E rise, terminando con un balbettìo. Ghisola lo guardò - Ghisola, há um mês você disse que me queria bem.
come se ci si divertisse: e. in fatti, le piacque quel ripiego Lembra? Eu lembro. E te quero bem.
d'inventare una cosa per dirne una vera. E riu, terminando com um balbucio. Ghisola olhou-o
Ella rispose: como quem se diverte e, com efeito, gostou daquele recur-
—Lo so, lo so. so de inventar algo para dizer uma verdade.
Egli, invece di poter seguitare, notò come la lasca del suo Ela respondeu:
grembiule era graziosa. E di l i . d'un tratto, le tolse il piccolo - Eu sei, eu sei.
fazzoletto orlato, alla meglio, di stame celeste. Ele, em lugar de prosseguir, notou que o bolsinho do
—Me lo renda. avental dela era gracioso. E deste, com um puxão, tirou
Egli, temendo d i aver fatto una sciocchezza, glielo rese. um pequeno lenço mal bordado de estamenha azul-daro.
—Ti sei bucata codesto dito? - Devolva!
Riuscendo a parlare, non gli parve poco. Ele, temendo ter cometido uma besteira, o devolveu.
—Che cosa le imporla? Tanto lei non lavora. Non fa mai -Machucou o dedo?
niente. Conseguirfalar não lhe pareceu pouco.
Gli rispose con superbia burlesca e sfacciala; ma egli la - Que importa? Você não trabalha. Nunca faz nada.
prese sul serio e disse: Ela respondeu rum um orguOtO WOMbttttn I diteundo,
—Ghisola, se vuoi, l i aiuto. mas ele a levou a sério e disse:
Ella finse di canzonarlo come se non fosse staio capace; e - Ghisola, se quiser eu te ajudo.
lo allontanò dicendogli che non voleva aiutarla, ma toccarla. Ela fingiu zombar, como se ele não fosse capaz de fazê-
Domenico sopraggiunse dal campo. lo, e o afastou de si dizendo que não queria ajudá-la, e
Pietro raccolse in fretta un olivastro, ch'era l i in terra: e sim tocá-la.
cominciò a frustare l'uscio della capanna come per uccidere Domenico chegou inesperadamente do campo.
le formiche, che lo attraversavano in fila. Às pressas, Pietro pegou um ramo de oliveira do chão e
Ghìsola si chinò a prendere a manciate il fieno, con movi- começou a golpear a porta do telheiro como para mataras
menti bruschi e rapidi; evoltasi dalla parte del mucchio.finì formigas que a atravessavam em fila.
d'empire la cesta. Poi l'alzò per mettersela in spalla, ma non Ghisola se agachou para colher punhados de feno, com
fu capace da sé: gli ossi dei bracci pareva che le volessero movimentos bruscos e rápidos, e voltaiulo-se até o monte
sfondare i gomiti. terminou de encher a cesta. Depois a levantou para colocá-
Allora Pietro l'aiutò prima che i l padre potesse vedere. la no ombro, mas sozinha não coiiseguiu: os ossos dos
Ghisola. assecondando i l movimento di lui.guardava verso braços pareciam querer quebrar-lhe os cotovelos.
Domenico con i suoi occhi acuti e neri.quasi che le palpebre Então, Pietro a ajudou antes que seu pai pudesse vê-lo.
tagliassero come le costole di certi fili d'erba. Ma Pietro Ghisola, auxiliando o movimento dele, olhava Domenico
arrossì e tremò perché ella, innanzi di muovere il passo, gli com olhos agudos e negros, como se as pálpebras cortas-
prese una mano. Rimase sbalordito, con una tale dolcezza, sem, como o fio de certas ervas. Mas Pietro enrubesceu e
che divenne quasi incosciente; pensando: «Così dev'essere!». tremeu porque ela, antes de começar a andar, pegou-lhe
Domenico, toccati i finimenti del cavallo se erano ancora uma mão. Ficou desconcertado, com uma doçura tal que
affibbiati bene,gli gridò: quase perdeu a consciência, pensando: "É assim que de-
-Scioglilo e voltalo tu. Ripiega la coperta e mettila sul veria ser".
sedile. Domenico, tocando os arrHOt d<> Cavala pan: pawipn-
La bestia non voleva voltare; e lo sterzo delle stanghe var se permaneciam firmes, gritou-lhe:
restava a traverso. Anche lo sguardo d i Toppa.sempre irato, - Desamarre-o e vire-o! Dobre a manta e coloque-a so-
molestava e impacciava Pietro. bre o assento!
—Tiralo a te! 0 animal não queria dar a volta, e o comando das varas
Non aveva più forza, non riesciva ad afferrare bene la ficava atravessado. O olhar de Toppa, irado, molestava e
briglia; le dita gli entravano ne! morso bagnalo di bava impacientava Pietro.
verdognola e cattiva. Nondimenio fece di tutto, anche per- -Puxe-o para si!
ché sapeva che Ghìsola, tornata dalla stalla,doveva essere lì. Já não tinha forças, não conseguia agarrar bem as ré-
Tremava sempre di più. E le zampe del cavallo lo rasentaro- deas e os dedos se metiam no freio banhado pela baba
no, poi lo pestarono. esverdeada e desagradável. Não obstante, fez tudo o que

526
'UJFÌGLQBG'-DIDJTÌÌL •••
FflGDiraS DE QJUHE H

Lettura

pôde porque também sabia que Ghisola, que tinha regres-


sado ao estábulo, devia estar ali. Tremia cada vez mais. E
as patas do cavalo o roçaram e depois o pisaram.
Então Domênico pegou o chicote, foi até Pietro e colo-
cou-lhe o chicote sob o nariz.
Allora Domenico prese in mano la frusta, andò verso -Já sei o que você tem. Mas eu vou dar um jeito em você.
Pietro e gliel'alzò sul naso. Ghisola se aproximou da caleça e o ajudou depois de ter
—Lo so io che hai. M a ti fo doventare buono a qualche raspado contra a borda do poço um tamanco ao qual se
cosa io. havia grudado estrume do estábulo.
Ghisola si avvicinò al calesse e lo aiutò; dopo aver sdru- Domenico, sempre com o chicote na mão, foi falar com
sciato.allo spigolo del pozzo, uno zoccolo a cui s'era attacca- Giacco, que escutava com os braços caídos e os polegares
lo il concio della stalla. dobrados entre os dedos, cujas veias levantavam a pele,
Domenico, sempre con la frusta in mano,andò a parlare a como lombrigas grandes e quietas sob o lodo.
Giacco che ascoltava con le braccia penzoloni e i pollici Pietro não tinha coragem de olhar Ghisola no rosto; os
ripiegati tra le dita, le cui vene sollevavano la pelle, come olhos dela o seguiam por todas as partes. As pernas se do¬
lombrici lunghi e fermi sotto la moticcia. bravam com uma debilidade nova, que aumentava sua con-
Pietro non aveva il coraggio di guardare in volto Ghìsola, i fusão, como se fosse uma enfermidade. Ghisola voltou a
cui occhi adesso lo seguivano sempre. Le gambe gli si piega- ajudá-lo e ao pegar a manta vermelha que cobria o cavalo,
vano, con una snervatezza nuova; che aumentava la sua seus dedos o tocaram; ao colocá-la sobre o assento, os nós
confusione simile a una malattia. Ghìsola lo aiutò ancora; e, dos dedos de ambos se entrechocaram e os dois se machu-
nel prendere la coperta rossa che era stata sul cavallo, le sue caram, mas tiveram vontade de rir.
dita lo toccarono; nel metterla sul sedile, le loro nocche Domenico subiu na caleça, olhou de soslaio para Pietro
batterono insieme; ed ambedue sentirono male, ma avreb- e voltou a gritar:
bero avuto voglia di ridere. - Vamos, acorda! 0 que ê que você tem no lábio de bai-
Domenico salì sul calesse, sbirciò Pietro e gridò ancora: xo? Limpe-se!
—Sbrigati! Che cos'hai nel labbro di sotto? Pulisciti. Ele, assustado, respondeu:
Egli, impaurito, rispose: -Nada.
—Niente. Depois pensou que por acaso estava ali a pista das pala-
Poi pensò che ci fosse i l segno delle parole dette a Ghìso- vras ditas a Ghisola. Mas subitamente ficou chateado por

527
li .GLQBfJ'-DJGJTfÌL,-.
PftTXUTGE DE D M M E h

fiocchi
Chiusi

la. M a subilo dopo gli dispiacque d i essere così sciocco; sertão bobo, enquanto seu coração palpitava como se qui-
mentre il cuore gli balzava come per escire fuori. sesse pular para fora.
Gli assalariati e Giacco salutarono, togliendosi il cappel- Os assalariados e Giacco fizeram um cumprimento, ti-
lo. Pietro a pena ebbe tempo di far con l'angolo della bocca rando o chapéu. Pietro apenas teve tempo defazer um ges-
un piccolo cenno a Ghìsola: ma ella era cosi attenta al to a Ghisola com a boca, mas eia estava tão atenta ao amo
padrone che aggrottò in fretta la sopracciglia. Allora Pietro que franziu ligeiramente as sobrancelhas. Então Pietro
guardò la testa del cavallo, che già tirava i l calesse fuori del olhou a cabeça do cavalo, que já arrastava a caleça para
piazzale mettendosi a trotto a pena nella strada. fora da ampla praça e entrava trotando no caminho.
La luce del sole tramontato dietro la Montagnola, più A luz do sol em seu ocaso, detrás da Montagnola, mais
rossa che rosea, era sopra a Siena. M a i cipressi sparsi da vermelha que rosada, estava sobre Siena. Mas os cipres-
per tutto, a fila o a cerchio in cima alle colline, gli dettero i l tes, dispersos por toda parle sobre as colinas, deram-lhe a
rammarico di staccarsi da una cosa immensa. amarga sensação de separar-se de algo imenso.
Domenico, guidando, non parlava mai: rispondendo con Quando guiava, Domenico não falava: respondia coma
il capo a coloro che lo salutvano. Sorrideva in vece a qual- cabeça aos que o cumprimentavam. Sorria, no entanto,
che ragazza che conosceva; e. facendo prima rallentare i l para as garotas que conhecia efreiando o passo do cavalo
cavallo, la toccava con la punta della frusta nel mezzo del as tocava com a ponta do chicote no meio do avental. E
grembiule. E Pietro, con gli occhi socchiusi, si voltava dalla Pietro, com os olhos entrecerrados, se voltava do lado opos-
parte opposta, arrossendo; poi si distraeva guardando le to, ruborizado; depois se entretinha olhando as patas do
gambe del cavallo; egli pareva che il loro rumore variasse di cavalo e lhe parecia que a cada tanto o ruído que faziam
tempo a seconda delle arie che gli passavano per la mente. mudava, conforme as idéias que lhe cruzavam a mente.
Oppure cercava di non sentire quell'odore particolare, che Ou então tratava de não sentir esse odor particular que
avevano gli abiti del padre. tinham as roupas de seu pai.

528
'praUTOS Di QUIli.rjIlLÍ ! L

A/UNITR CONVERSAZIONE
L'albero degli zoccoli

Direção: Ermanno Olmi

Luigi Ornaghi: Salisti

C a r m e l o Silva: don Carlo

Francesca B a s s u r i n i : suor Maria

EstamosiuicomarcaitalianadeBassaBergainasca, oopédos Um deles, Balisli, seguindo o conselho de dom Carlo, decide


Ultimas fraldas aos Alpes, na provincia de Bergamo. A ação que seu filho maior, Minek, continue na escola, para que se
ocorreentreo outono de 189?eo verão de 1898. Numa cascina, libertedamiseriaddcoiuiiçãodecampoiíês. Doisjovens, Stefa/u>
tipica casa de campo das zonas setentrionais da Itália, vivem eMaddaleiui, apaixonam-se e casam-se. Durante a iua-de-meL,
quatro famílias de camponeses, na qualidade de colonos. Par- dirigem-se à "distante" cidade de Milão para visitar uma lia
le do gado e das ferramentas de lavoura pertencem ao proprie- dela, irmã Maria, superiora de um orfanato, que lhes confia
tário do lugar, oo miai os coloiuisaeveriitainbéiii dois terços da um menino de poucos meses. As vicissitudes se tingem, algu-
colheita. Entre os trabaUuulores existe uma profunda comu- mas vezes, de fábula (como quando Batisti narra seus contos à
nhão espiritual e cultural, que os leva a viver Juntos, com ex- noite no estábulo) e outras, de triste melancolia, como sucede
trema compeneti-ação e solidariedade, a vida de lodos os dias, qiiando.pamfazeraMiiiekumpexpienotamancoafi
feita sobretudo de dijìcuUlades e privações, mas também de lituir o que furou, Batisti corta abusivamente uma árvore do
algum outro momento de satisfação e alegria. Apesar da difi- patrão e, descoberto por este, é despedido. Os demais membros
culdade de suas existências, a intensa fé em Deus, animada da comunidade, impotentes ante feitos de tal natureza, con-
pelas palavras do padre da paróquia, dom Carlo, ajuda os p>v- templam, condoídos, a marcha de Batisti, que, com a mulher e
tagonìstas a não se desesperarein nem por um instante e a três filhos, abaìuhma o lugar, dirigi/uio-se, com sua carroça e
confiarem em um flàuto mais justo e mais feliz. seus poucos móveis, até a incerteza de um triste futuro.

529
^KGITJBD--DBJT«.,-.
Fiu[:i]:/;;D Ì,I/.,IH, ••!

L'ALBKD

A sinistra: Batisti, con il figlio


Minek, due dei protagonisti della
vicenda ambientata in una
cascina lombarda. Sotto: Don
Carlo, durante la messa,
rievoca un fatto miracoloso
accaduto nella zona nel
secolo XVI

SCENA 1 1
m u r o che piangeva si è i n g i n o c c h i a t o e ha 14

deposto ai suoi piedi l ' e l m o e la sua spada in


Don Carlo segno d i devozione. O r m a i da quel g i o r n o
U n g i o r n o una masnada d i giovani e d i sen-
2 sono passati più d i t r e c e n t o c i n q u a n t ' a n n i ,
za testa ì è saltato i n m e n t e ' l'idea de t i r a r m a quell'elmo e quella spada sono ancora lì
sassi ai soldati francesi che passavano da a r i c o r d a r c i t u t t i i p e r i c o l i d e l m o n d o che
queste p a r t i . I l suo capo allora, i l generale possono sempre caderci adosso'\ E n o i tut-
L a u t r e c , per farla pagare a quel paese aveva t i g l i anni c i r i t r o v i a m o " q u i per r i c o r d a r e
1

deciso d i b r u c i a r e e radere t u t t o al suolo . E


4 5 quel miracolo, chel m i r a c u l grandius , e 17

allora tutta la gente disperata" era corsa i n 7 n o n solo quello, m a u n p o ' t u t t i g l i a l t r i m i r a -


chiesa a pregare l a M a d o n n a , p r o p r i o come coli che succeden" tutti i g i o r n i , in ogni ango-
1

fanno i b a m b i n i quando sono i n p e r i c o l o : i l o della t e r r a per la v i t a d e l l ' u o m o e d i tut-


1 9

c i a m a la marna". E allora la M a d o n n a , la to i l creato. Perché, cara la me g e n t , sensa-' ?0

M a d r e Celeste, la M a d r e d i t u t t i , ha f a t t o i l i m i r a c u l n o i n o n saremmo q u i ! I m i r a c u l i è
m i r a c o l o . La M a d o n a c o l B a m b i n pintùrada la forsa che l ' u o m o non ha, i è la forsa dell'a-
sul m i i r ha c o m i n c i a t o a piangere. Subet
4 10 more d i D i o . E questo amore a n o i c i è
h a n n o mandato u n messo" per avvisare i l necessario come l'aria che r e s p i r i a m o , c o m e
generale L a u t r e c . L u i i n p r i n c i p i o n o n c i la t e r r a che c i dà i suoi f r u t t i , e l'acqua e la
credeva, perché era u n u o m o d i chiesa. Pen- luce che c i dà la v i t a . E l'amore d i D i o possia-
sava a una gabola per i m b r o g l i a r l o . È ve-
12 11 mo m e r i t a r c e l o solamente c o n l'amore d e l
n u t o q u i , m a q u a n d o ha visto la M a d o n n a sul prossimo. Sia l o d a t o Gesù C r i s t o . [£]

530
,s:-l!i"!:.
^•iPlGLDBrj DlGJTflJ..-. -

FBGDiraS DE QJtUHE *"l

Conversazione

província d e Milão. as m u l h e r e s se o c u p a m d e seus


SCENA 2 22
te C o m o conseqilência da a m p l a do- afazeres, e n q u a n t o os velhos f u -
minação f r a n c e s a a q u e e s t e v e m a m o u rezam, e m voz baixa e
s u b m e t i d a essa área, m u i t a s pala- afastados, o rosário; aa crianças
Batistì vras e sons d a região l e m b r a m os estão sentadas s o b r e u m m o n t e
A m e s a n o t t i , q u a n d o n o n c'era i n giro - 2 1 d a língua francesa. No f i l m e , m a i s de p a l h a e m u m c a n t o e se diver-
que p a l a v r a s p r o p r i a m e n t e de t e m d a n d o empurrões p a r a t e r
neanche u n ' a n i m a viva, a l l o r a q u e l l ' u o m o è dialeto, se u s a u m i t a l i a n o "diale- m a i s lugar. B a t i s t i c o n t a u m a d e
v e n u t o f u o r i , è andato v i c i n o alla t o m b a
24
t i z a d o " , o u p r o n u n c i a d o c o m so- s u a s c o s t u m e i r a s histórias, q u e
della m o r t a i n g i o i e l a t a e ha preso i n m a n
25 2 h taque d i a l e t a l . a t e r r o r i z a t o d o s os presentes, es-
2. Masnada significa g r u p o de p e c i a l m e n t e os menores, m a s q u e
i l p i c o n e e pian p i a n i n o ha-spostato la
27 28

pessoas armadas. acaba c o m u m final i m p r e v i s t o


pietra d i m a r m o e si è seduto sulla costa 29
3. S a l t a r e i n mente, modismo que r o m p e o m e d o i n i c i a ] e p r o -
della t o m b a . E alora slamb, è saltato d e n t r o . que s i g n i f i c a o c o r r e r a alguém v o c a u m a risada r e l a x a n t e , O cos-
u m a idéia n o r m a l m e n t e conside- t u m e de reunir-se à n o i t e n o s
Bambino rada i r r a c i o n a l . q u a r t o s antes de d e i t a r e c o n t a r
T i r a t i i n là . N o n c o n t i n u a r e a spingere.
30
4. Bruciare quer dizer "queimar". histórias e r a m u i t o c o m u m nas
Batistì 5. Radere l i t e r a l m e n t e s i g n i f i c a casas d e c a m p o i t a l i a n a s , e p e r
"raspar"; radere al suolo quer d i - sistiu até a década de 1930, desa-
L a cassa l'era rigida c o m e u n canteran e c o n zer "cortar, abater, d e s t r u i r c o m - parecendo aos p o u c o s c o m o ad-
la punta d e l picone ha cercato d i tirare v i a 11
pletamente". v e n t o d o rádio e dos m e i o s m o -
6. Disperato significa e m p o r t u - d e r n o s d e calefação.
i l coperchio^ . M a i l legno, s c r i c c h i o l a v a ^ ,
2

guês "desesperado". Nesta cena, o u v i m o s apenas o f i -


scricchiolava, sembrava che n o n voleva aprir- 7. Corso, p a r t i c i p i o passado d o n a l d o longo relato de B a t i s t i . N a
si. A l l o r a si è pogiato suì d u e piedi e g l i ha
M
verbo correre. p a r t e a n t e r i o r , narra-se c o m o o
8. / c i a m a la mama, expressão p r o t a g o n i s t a d a história assiste a o
de dialeto c o r r e s p o n d e n t e a essi e n t e r r o de u m a s e n h o r a m u i t o
c h i a m a n o ta mamma; o dialeto rica: a o ver que f o i s e p u l t a d a c o m
d a região reduz sistemaUcamen- todas as suas jóias, ele decide per-
te a g u t u r a l "k" (chiamare') à pa- m a n e c e r n o cemitério d u r a n t e a
latal "eh" {damare}, e simplifica n o i t e p a r a roubá-las.
as consoantes dobradas: ; n a i n a = 23. Essere in giro s i g n i f i c a "es-
mamma. t a r p o r aí, estar alguém e m algu-
9. Pitiirada sul milr c o r r e s p o n - m a parte".
de a o italiano p i t t u r a l a sul muro 24. Venire fuori significa "sair
( " p i n t a d a n a parede"); o b s e r v e a de o n d e se estava m e t i d o o u es-
pronúncia d a u, p a r e c i d a c o m a u condido".
francesa. 26. IngioieUalo significa "cheio
10. Siibet equivale a subito ( " e m de jóias".
seguida"). 26. O b s e r v e q u e B a t i s t i também
11. Messo significa "mensageiro". fala c o m as m e s m a s p a r t i c u l a r i -
12. Cabota corresponde e m por- ; dades dialetais d o s d e m a i s perso-
tuguês a "engano, a r m a d i l h a " . nagens: apòcope d a v o g a l final
13. Imbrogliare pode ser t r a d u - (mano = m a n ) ; redução das con-
z i d o p o r "enganar". soantes dobradas e m simples
14. i n g i n o c c h i a r s i t e m o signifi- (piccone - picone, allora •
cado "ajoelhar-se". oiora).
15. Cadere adosso (addosso) cor- 27. Piccone s i g n i f i c a "enxada".
responde e m português a ' c a i r e m 28. SposUire equivale e m p o r t u -
cima". guês a "deslocar".
16. fiitrouarsi significa "encon- 29. C o s i a a q u i e q u i v a l e a orlo
trar-se d e n o v o " . ("borda").
17. C o m chcl miracul grandius 30. T i r a l i in lã t e m o significa-
(quel miracolo grandioso), dom d o d e "afaste-se, dê-me l u g a r " ;
C a r l o confere u m t o m d e dialeto lembre-se d e q u e as crianças es-
Minek, uno dei figli di Batistì, torna a casa con uno zoccolaio rotto. a seu italiano. tão e s c u t a n d o B a t i a l i s e n t a d a s
Per fargliene uno nuovo, il padre userà il legno di un albero tagliato 18. Succ«ien,forrnaBpocopadae . sobre u m m o n t e d e p a l h a
;

abusivamente e per questo sarà licenziato e cacciato dalla cascina. assimilada de succedono. 31. T i r a r tira significa "remover,
19. Angolo, neste caso, s i g n i f i c a arrancar".
"canto". 32. Coperchio significa, ' t a m p a ,
20. C a r a i a m e gent c o r r e s p o n - cobertura".
1. É a f e s t a d o p o v o a d o . Nela, I le. T b d o s e s c u t a m a l e n t o s e co- de a o i t a l i a n o cara la mia gente. 33. Scricchiolare, "ranger".
coni emora-se i m i f e i l o m i l a g r o s o m o v i d o s a evocação dos feilos 2 1 . O d i a l e t o e m questão se ca- 34. Pogiare, f o r m a de d i a l e t o
o c o r r i d o p o r v o l t a de 1520, q u a n - pelas palavras apaixonadas do racteriza, também, pela transfor- p a r a poggiare, s i g n i f i c a "apoiar";
do o general francês L a u t r e c go- pároco, d o m Carlo. mação d o z e m s: senza - senso; o b s e r v e q u e e m i t a l i a n o se d i z
v e r n a v a c o m mào-de-ferro os ter- O filme é a m b i e n t a d o n a chama- forza = forsa; preziosi = presiosi. poggiare su ("apoiar e m " ) .
ritórios d o M i l a n e s a d o , q u e na- d a "Bassa Bergamasca", a parte 22. Estamos n o q u a r t o d a casa d e 35. Spacare equivale a spaccare
quela época e s t a v a m sob d o m i n i o c o r r e s p o n d e n t e h planície d a pro- c a m p o , onde v i v e m j u n t a s várias ("romper").
francês. A igreja está c l i c i a <le gen- víncia dc Bérgamo, a o n o r t e d a famílias. É noite: à l u z das velas, 36. E m p e n t e a d o s f e m i n i n o s d o

531
'praUTOS DE QUIIl«IE)E ! L

LALBERO
DEGLI
ZOCCOLI

dato u n c o l p o . C r a c ! E ha spacato-^ via t u t t o .


L a m o r t a era là c o n la veletta " sulla faccia e
1

le braccia incrociate. Per p r i m a r o b a gli ha 17

levato i l diadema che aveva sulla testa. E


d o p o , per l e v a r c i " la collana d i perle che
1

aveva al c o l l o , ha messo una mano sotto i l


c o l l o e g l i ha t i r a t o su la erapa"'. G l i anelli d i
questa m a n o q u i è r i u s c i t o a toglierli via
s u b i t o , m a quelli d i questa q u i , che erano più
grossi e più presiosi, e tira e tira, m a n o n
riusciva " mai a t i r a r l i via. E a l l o r a l'ha tirato
4

f u o r i i l c o l t e l l o e... zac!... gli ha t a g l i a t o via 41

la m a n o c o n t u t t i gli anelli. D o p o d i quell'uo-


m o l i , non si è saputo più n i e n t e ' . M a una 4

notte è andato a una gran festa i n una villa, l i


v i c i n o ai suo paese. E quando stava tornan-
do a casa, a r r i v a t o a u n c r o c i o v i a , i l cavallo
41

si è indrissato i n p i e n o n ha v o l u t o più
4 1

andare a v a n t i . L'ha vist, duve c'è la capella


411

della M a d o n n a , na s c i u r a , vestita d i nero.


46

" H a bisogno d i qualche cosa, sciura?". A l l o -


ra la sciura gli ha chiesto se poteva p o r t a r l a a
casa. A l l o r a lui l'ha fatta salire v i c i n o a lui sul La stalla, come la chiesa, è uno dei punii di ritrovo per le famiglie che
suo calesse e ha c o m i n c i a t o a frustare* i l
47 1
vivono nella cascina: la sera tulli guanti, grandi e piccini, vi si
cavallo. M a i l cavallo invece '' d i andare ver-
4 riuniscono per ascoltare racconti di vicende vere o leggendarie.

so i l paese, quando è a r r i v a t o lì, è girato verso


il viale del c i m i t e r o e l'ha portata p r o p r i o là
f u o r i i l cancel del c a m p o s a n t i L u i c o n t i -
nuava a frustare i l cavallo per farlo andare
avanti, m a i l cavallo non si muoveva. " I o
sono a r r i v a t a " l i dice la sciura. " A i u t a t e m i a
scendere, per piacere". N o n sapeva neanche
lui quanti ne aveva i n sacoccìa . M a , fa... 50

cusè ? Scende dal calesse e gira dalla parte


51

della sciura per aiutarla a scendere e g l i i 2

532
^Mjl^GLQBQ'-DlGJTfli. •
'praUTOS Dk QUIIl«IDE ! L

Conversazione

dice: " M i a dia la m a n o , sciura". A l l o r a la


sciura si alza in piedi e g l i dice: " L a mia
mano... ce l'hai t e ! " [ T U T T I U R L A N O D I S P A V E N -
TO -'
5
E I BAMBINI NASCONDONO LA FACCIA NEL
GREMBO 5 4
DELLA MADRE|

Finarda^
M a d o n n a Santa, Batisti: m'avete fatto r i v o l -
tar l'anima *! 5
#

SCENA 3 57
lm

Donna de! segno


V e r m i ! Sono vermi che per l o spavento che
hai preso sono usciti f u o r i della massa, sono
andati a spasso " per la pancia. Devi sapere5

che t u t t i abbiamo i v e r m i . Finché l i lasciamo


stare, l o r o sono q u i e t i . M a se escono dal loro
posto, allora girano ' nella pancia e poi sal- 5 1

g o n o nella g o l a e t i soffocano. 60

Finard
A l l o r a , cosa d e v o fare?
Donna del segno
Adesso te l o dico io cosa devi fare. Prendi
l'aglio, lo infili'' nel filo cinque o sette volte.
1

Poi vai f u o r i nel campo, cerchi quelle belle


foglie grandi che hanno la pelle, e p o i le
pesti'' . Prendi due o tre vermi c o n un po' d i
2

terra, mischi e fai su un bel miscuglio''-'. Po'


In mancanza di un medico, il compilo di tentare cure e guarigioni è
d o p o , p r i m a d i andare a l e t t o , l i m e t t i sulla
affidato alla "donna del segno", che con intrugli particolari, abbinati
pancia. D o m a n i m a t t i n a sei già guarito. S . a gesti rituali, affronta i malanni dei contcli.v.

passado, l a veletta era o véu que, patas traseiras. a m a , a far che cosa? gens e " p e r s i g n a n d o " os doentes
preso ao chapéu, c o s t u m a v a bai- 45. L'ha visi duve c'è equivale a 52. C o m o é frequente na fala po- c o m gestos r i t u a i s . A f e i t i c e i r a ,
xar-se para c o b r i r o r o s t o . l u i ha Bisio là dove c'è. pular-coloquial, B a t i s t i diz incor- após t e r v i s i t a d o F i n a r d , o p i n a
37. Roba neste caso e q u i v a l e a 46. Na sciura, forma dialetal r e t a m e n t e gli em vez de le. que o enfermo t e m lombrigas e lhe
"coisa". para i m a signora. i 63. Spavento equivale a " s u s t o , receita o conhecido tratamento
38. Levarei, f o r m a i n c o r r e t a de 47. Calesse, c a r r u a g e m ligeira de terror". do alilo, c o m alguns s u r p r e e n d e n -
levarle ("tirar-lhe"). d u a s rodas, g e r a l m e n t e p u x a d a 54. Grembo significa "regaço". tes e p i t o r e s c o s acréscimos. Na
39. Gli ha tirato su la crapa: gli por u m só cavalo. 55. F i n a r d a c a m u l h e r de F i n a r d , manhã s e g u i n t e , F i n a r d a c o r d a
è le; crapa é p a l a v r a de d i a l e t o 48. Frustare, v e r b o derivado de u m dos camponeses d a casa de perfeitamente curado.
para testa ("cabeça"). frusta ("chicote"), corresponde c a m p o ; nos dialetos do n o r t e d a 58. Andare a spasso s i g n i f i c a " i r
40. Riuscire significa "conse- e m português a " d a r chicotadas, Itália, e x i s t e o c o s t u m e de no- p o r a i , a passeio, s e m m e t a f i x a
guir, lograr". açoitar". m e a r a esposa c o m o s o b r e n o m e estabelecida".
4 1 . Tagliare quer d i z e r " c o r t a r , 49. Recorde-se que invece signi- do m a r i d o no feminino. 59. Girare significa em portu-
talhar". fica i n d i s t i n t a m e n t e "ao contrário" 66. fliuoiíare l'anima, assim guês " d a r voltas".
42. Non s i è saputo più niente, e, c o m o neste caso, " e m vez de". c o m o rivoltare lo stomaco, são 60. Salgono nella gola c o r r e s p o n -
construção c o r r e s p o n d e n t e à por- 50. Sacoccia (saccoccia), palavra mo<lismos que sigli ificam " p r o d u - de e m português a "sobem ã gar-
t u g u e s a " n u n c a m a i s se s o u b e r e g i o n a l que s i g n i f i c a " b o l s o gran - z i r repugnância, náusea, e m b r u - ganta".
dele". de"; c o m a expressão non sapeva lhar o estômago". 6 1 . Infilare s i g n i f i c a "enfiar".
43. Crociovia (crocevia) signifi- neanche lui quanti ne aveva in 57. F i n a r d está de canta, doente. 62. Pestare quer dizer "machu-
ca " e n c r u z i l h a d a " . sacoccia, B a t i s t i quer d i z e r que Sua esposa vai em busca da car, pisar, esmagar".
44. IndrissatQ in pi (drizzato in não s a b i a o que estava fazendo, donna del segno, u m a espécie de 63. Mischiare significa "mes-
piedi) designa a ação do c a v a l o que estava m o r r e n d o de medo. maga que c u r a as e n f e r m i d a d e s clar"; miscuglio, "mescla".
de empinar-se a p o i a d o nas duas 5 1 . Ma, fa... cusè? corresponde p r e s c r e v e n d o estranhas bebera- 64. Stefano e M a d d a l e n a se ca-

533
'praUTOS DE QUIli.rjIlLÍ !
L

LALBERO
DEGLI
ZOCCOLI

SCENA 4 W

Don Carlo
E adesso voglio fare anch'io g l i auguri agli
sposi e d i r e due paroline a l o r o e a t u t t i quelli
che gh'è i n ciesa stamatina. V o g l i o d i r e , p r i -
65

ma d i t u t t o , che gh'è m i a da fas nesuna mera-


viglia *, e n o n c'è da sparlare se questi due
6 67

giovani h a n n o celebrato i l santo m a t r i m o n i o


alla m a t t i n a presto e n o n , c o m ' è uso d i
solito, alla luce del sole ". N o n hanno nessun
6

b r u t t o m o t i v o e tanto meno niente da na-


scondere. L a ragione è un'altra: è che adesso
d e v o n o fare u n viaggio p i u t t o s t o lungo e
pien d i p e r i c o i . Perché d e v o n o giungere
fino a M i l a n o , dove vanno a trovare una loro
reverendissima zia, suor M a r i a , superiora i n
Santa Caterina della Ruota, [ R I V O L G E N D O S I
A I D U E S P O S I ] E v o i , m i r a c c o m a n d o , cercate
d i essere p r u d e n t i a andare i n g i r o e d i stare
6 9

sempre sul c h i va là™, perché oggi la gente ha


delle idee b a l o r d e per la testa. E r a c c o m a n -
71

d a t e v i al Signore e alla vostra M a d o n n a


72

che la va tegna semper 73


u n a m a n o sulla
testa. E s o p r a t t u t t o cercate d i volervi sem-
pre bene, perché non c'è denaro al m o n d o Maddalena e Stefano, dopo essersi uniti iti matrimonio (Tolo i n
che può pagare l'amore d i due persone. A l basso>, partono per Milano ( i n a l l o j . dove andranno a trovare una
Signore n o n bisogna cercare le ricchezze zia di Maddalena, superiora in un convento di suore.
della t e r r a , m a i l bene d e l Paradiso. E l
Paradiss, recurdevv™, i n c o m i n c i a dall'amore
che saremo capaci d i v o l e r c i n o i , q u i sulla
terra. -1

SCENA 5 75
3t

Swor Maria
Si c h i a m a G i o v a n n i Battista. H a f a t t o i d o d i -
ci m e s i l ' a l t r o ieri ed è sano c o m e u n pe-
76

sce [ R I V O L G E N D O S I A L B I M B O ] È vero, Giovan-


77

ni Battista? ... Sapete cosa g l i manca per


essere davvero felice? D e i veri genitori... una
vera m a m m a e u n vero papà. E l u i , anche
così piccino™, può essere già d'aiuto ai suoi
f a m i l i a r i , perché ha una sua dote, una discre-
ta somministrazione d i r o b a e anche u n p o '
di danaro che la nostra Pia Casa passerà due
volte all'anno, a Santa C r o c e e San Carlo. E

534
,s:-l!i"!:.
i
W G L D B a - - D i G . m - .
!

FflGDiraS DE QltUHE *"l

Conversazione

per una famiglia d i povera gente qualche


v o l t a questo può diventare u n v e r o d o n o
della Provvidenza.
[MADDALENA E STEFANO NON SANNO COSA DIRE|
Suor Maria
C i si deve soccorrere a v i c e n d a a questo 79

m o n d o . L u i potrà essere utile a v o i e v o i


potrete essere tanto d ' a i u t o a l u i . H a impara-
t o d a p o c o a m u o v e r e i p r i m i passettini. Pro-
vate ad aprire le braccia e vedrete che l u i v i
verrà i n c o n t r o . 80

[ I L PICCOLO GIOVANNI BATTISTA, MUOVENDO IN¬


CERTO I SUOI PIEDINI. AVANZA VERSO MADDALE-
NA CHE ASPETTA CON LE MANI PROTESE| 93

Sam. É b e m c e d o e a i g r e j a se A lato: Suor Maria propone agli


a c h a p r a t i c a m e n t e v a z i a ; além sposi l'adozione di uno degli
dos p a r e n t e s e t e s t e m u n h a s , só orfanelli ospiti del convénio. In
estão presentes os t r a b a l h a d o r e s
basso: / / bimbo è preso
q u e v i v e m n a c a s a de c a m p o .
affettuosamente in braccio da
Após a bênção, d o m C a r l o e x p l i -
Maddalena.
ca aos presentes que o matrimó-
n i o f o i celebrado tão c e d o p o r q u e
os noivos d e v e m e m p r e e n d e r
uma longa e perigosa viagem a
Milão, onde vão v i s i t a r u m a t i a d a
noiva, irmã M a r i a , s u p e r i o r a d o
orfanato Santa Caterina delia
Ruota. D o m Carlo recomenda- 73. Che la va legna semper cor-
lhes m u i t a prudência, porque che- responde ao i t a l i a n o che vi tenga
g a r a m n o t i c i a s de d e s o r d e n s n a sempre.
c i d a d e , d e v i d o ao a u m e n t o d o 74. Recurdevv, forma dialetal
preço d o pão. Os n o i v o s c h e g a m para ricordatevi.
a Milão d u r a n t e o estado de s i t i o 75. Os i n g é n u o s M a d d a l e n a e
proclamado pelo general Fioren- Stefano, que n u n c a se a f a s t a r a m
zo Bava-Beccaris, que r e p r i m i u a d o seu povoado, c h e g a m a Milão
insurreição d i s p a r a n d o canhona- j u s t o nos dias d a r e v o l t a popular,
ços c o n t r a a multidão ( m a i o de assistindo s u r p r e e n d i d o s e assus-
1898). tados às manifestações d a m u l t i -
65. Gh'è, f o r m a d i a l e t a l i n c o r r e - dão e à v i o l e n t a r e p r e s s ã o d e
ra de t r i sono. Bava-Beccaris. Chegam p o r f i m
66. Che gh'è mia da fas nesuna ao o r f a n a t o , o n d e irmã M a r i a os
meraviglia c o r r e s p o n d e ao ita- a c o l h e afetuosamente e lhes faz
l i a n o che non c'è affatto da p r e p a r a r u m a habitação p a r a pas-
stupirsi. sarem a noite. No dia seguinte,
67. Sparlare significa "faiar m a l irmã M a r i a c o n f i a aos n o i v o s u m a
e m a l i c i o s a m e n t e de alguém". das crianças do orfanato.
68. D o m C a r l o se refere ao cos- 76. Ha fatto i dodici mesi, for-
t u m e de, q u a n d o a n o i v a está grá- m a c o l o q u i a l e q u i v a l e n t e a ha
v i d a , c e l e b r a r o c a s a m e n t o nas compiuto dodici mesi.
p r i m e i r a s luzes d a a l v o r a d a 77. Essere sano come um pesce,
69. Cercare di c o r r e s p o n d e em m o d i s m o que significa "gozar de
português a " p r o c u r a r , t e n t a r " . esplêndida saúde".
70. Star*: sui chi va lá, m o d i s m o 78. P i c c i n o , f o r m a a f e t i v a p a r a
que quer dizer "estar alerta, estar Piccolino.
à espreita". 79. Soccorrere quer dizer "aju-
7 1 . Balordo, neste caso, s i g n i f i - dar"; soccorrersi a vicenda signi-
ca " e s t r a n h o , perigoso". fica "ajudar-se r e c i p r o c a m e n t e " .
72. Raccomandarsi significa "re- 80. Andare, venire incontro sig-
c o m e ndar-se, encomendar-se, n i f i c a "ir, v i r até u m a pessoa de-
p e d i r a proteção". terminada".

535
^KGirjBD--DBJT«.,-.
Fm[:in:;Ci Ì,I/.,IH, ••!

L"ALBERO
DEGLI
ZOCCOLI

A l a t o : Raccolte sul carro le


poche masserìzie, la famiglia di
Batistì deve allontanarsi per
sempre dalla cascina. In basso:
Nella casa di Maddalena e
Stefano, don Carlo sta leggendo
a tutti quanti ciò che è scritto sul
libretto di accompagnamento del
piccolo Giovanni Ballista.

SCENA 6*' (E

V
Don Carlo
Questo q u i è i l l i b r e t t o che accompagna i l
b a m b i n o . Sentì cusa'l d i s . " D e i figli espo- 82

s t i a d u l t i , c h i a m a t i volgarmente da pane.
83

u
O l t r e ai figli l a t t a n t i esposti, i l Pio L u o g o 84

distribuisce anche i d e t t i figli n o m i n a t i da


pane e, oltre alla carità delle persone, coll'a-
v e r c u r a d i simili abbandonati b a m b i n i , vie-
1
8 5

ne accordato** quanto prescrive la tabella . 87

N e l l ' a t t o della consegna* sarà dato i l presen- 8

te l i b r e t t o ed un viatico d i centesimi d o d i c i
811
S T - ' -
per miglio * ed i n seguito i l c o r r e d o d i bian-
1 0

cheria e p a n n i ed i n o l t r e i l prezzo d i denari


91

8 1 . E s t a m o s na casa dos Brena, 88. Nell'atto della consegna cor-


corrispondente all'età del figlio. 11 Pio L u o g o os pais de M a d d a l e n a Estào t o - r e s p o n d e em português a " n o
continuerà le somministrazioni indicate nel- d o s ao r e d o r d a m e s a v e n d o m o m e n t o d a entrega".
la tabella a misura d e l l ' età f i n o agli anni 93 G i o v a n n i Battista, o m e n i n o que 89. Viatico è a quantidade d e s t i -
M a d d a l e n a e Stefano t r o u x e r a m nada aos gastos de v i a g e m .
q u i n d i c i inclusivamente, o l t r e i l quale tem- de Milão, C o m o n e n h u m d e l e s 90. Miglio significa "milha".
po potrà bensì " o g n u n o ritenere le persone,
1
sabe ler, c h a m a m d o m Carlo p a r a 9 1 . Corredo (di biancheria e
ma non più a carico del L u o g o Pio". que lhes leia as instruções do l i - panni) é o c o n j u n t o d o s vestidos,
v r o que a c o m p a n h a o m e n i n o . d a r o u p a i n t i m a , das fraldas etc.
82. SCTiíi cusa'l dis, f o r m a díale- do recém-nascido, isto é, seu en-
La Brena tal para scnlite cosa dice. xoval.
Che belle fatezze che ha! 94
83. Esposto se dizia a n t i g a m e n - 92. A misura di s i g n i f i c a ' e m
La Finarda te d a criança a b a n d o n a d a razão de".
84. C o m Pio Luogo se refere ao 93. Bensì, neste caso, quer dizer
M a g a r i sarà al s-cet d'un signore. 95
asilo "Santa Caterina delia Ruota", "de t o d o s os m o d o s " .
Don Carlo de onde procede o menino. 94. Fatezze (faItezzey. "feições".
86. Aver cura di s i g n i f i c a e m 95. 5-cet, e m d i a l e t o l o m b a r d o ,
De adess in avanti sarà solamente figlio d i
%

português " c u i d a r " . equivale a figlio.


u n c o n t a d i n o . L a p r i m a roba è volergli bene 86. Accordare, "estabelecer". 96. De adess, f o r m a em d i a l e t o
e l u i sarà c o n t e n t o l o stesso. ffi 87. Tabella significa "tábua". p a r a cia adesso.

536
^KGirjBD--DBJT«.,-.
Fiu[:i]:/;;D Ì,I/.,IH,

B/UNITÀ ITALIANO PER USI SPECIALI


Programma d i inserimento in una ditta di u n sistema d a t i .

Ouça na fita a conversa que o diretor de uma empresa mantém com um especialista em
informática, com o fim de dotar a empresa de um sistema de informatização.

Ascoltate Direttore La situazione che m i p r e o c c u p a è questa: la m i a azienda ha


avuto u l t i m a m e n t e u n r a p i d o sviluppo per c u i ora si presentano p r o b l e m i
1. S e m p r e p i ù equivale à expres-
a m m i n i s t r a t i v i sempre più' c o m p l i c a t i che necessitano, a m i o avviso ,di u n 2

são e m português " c a d a vez m a i s , sistema d i informatizzazione. C o n t o p e r t a n t o sul suo aiuto per risolvere i l
cada d i a m a i s " ; sono sempre più p r o b l e m a , sempre che ciò sia possibile.
stanco ("cada d i a e s t o u m a i s can-
s a d o " ) ; il problema si complica Esperto Sono q u i per questo. H o studiato i l dossier che lei m i ha f a t t o 1

sempre più ("o p r o b l e m a se c o m - avere. A d i r la verità, i l p r o b l e m a n o n si può certo risolvere su due p i e d i , 4

p l i c a cada vez m a i s " ) .


ma possiamo c o m i n c i a r e a valutarne i vari aspetti per arrivare a una
2. A mio, ino... avviso, assim
c o m o a mìo, tuo... parere/ soluzione o t t i m a l e .
giudizio, secondo me, te..., cor- Direttore Prima d i prendere in esame la questione, voglio i n f o r m a r l a
responde em português a "a m e u ,
teu... juízo", e d e m a i s f o r m a s equi- che ho preavvisato i m i e i c o l l a b o r a t o r i r i g u a r d o alla sua visita e anzi le sarei
valentes. grato se volesse^ mettersi i n c o n t a t t o c o n loro per u l t e r i o r i c h i a r i m e n t i , a
3. Far avere e q u i v a l e a dare, meno che lei n o n abbia a l t r i i m p e g n i per oggi.
consegnare.
4. Su due piedi, m o d i s m o que Esperto A l c o n t r a r i o , sarò ben felice d i farlo. I n n a n z i t u t t o , sarebbe della
significa " i m e d i a t a m e n t e , r e p e n t i - massima importanza definire un certo n u m e r o d i p a r a m e t r i che permetta-
namente".
5. E n i i t a l i a n o , m u i t o c o m u m e n -
n o d i fissare g l i elementi c o s t i t u t i v i del vostro sistema. I o ne ho già fatto u n
te os v e r b o s flouere e volere têm elenco": eccolo!
s o m e n t e caráter r e d u n d a n t e c o m
Direttore Grazie! T r a l ' a l t r o v o r r e i avere c h i a r i m e n t i su eventuali vantag-
v a l o r de reforço; n e s t e caso, o
português p r e s c i n d i r i a d o v e r b o gi o i n c o n v e n i e n t i che si presenterebbero nel caso volessi subappaltare
volere: le sarei grato se volesse ogni attività i n f o r m a t i c a p i u t t o s t o che dotare l'azienda degli s t r u m e n t i
mettersi in contatto con loro ("lhe
necessari.
agradeceria se e n t r a s s e e m con-
t a t o c o m eles"). Esperto I o d i r e i che t u t t o dipende dal v o l u m e degli affari che lei tratta. I n
6. Elenco quer d i z e r " l i s t a , rese- o g n i caso la soluzione del subappalto n o n m i sembra fra le m i g l i o r i , 7

nha"; p o r extensão, se c h a m a as-


c o m u n q u e p o t r e m m o sempre prenderla i n considerazione: n o n d o b b i a m o
scartare nulla p u r d i riuscire.
Direttore M i scusi, m a v o r r e i sottoporle u n a l t r o p r o b l e m a : sarebbe più
vantaggioso u n sistema i n f o r m a t i c o centralizzato o p p u r e una dotazione d i
singoli personal c o m p u t e r ?
Esperto Questo aspetto è fondamentale e richiede però uno studio più
a p p r o f o n d i t o che affronteremo i n seguito.
Direttore Sarò costretto ad assumere specialisti i n informatica?
Esperto T u t t o dipende dalla portata" dell'azienda e dalla preparazione
dei suoi d i p e n d e n t i . I n ogni caso io consiglierei dei corsi d i preparazione e
una presa d i conoscenza dei m e t o d i . Q u a n d o avrò parlato c o n i suoi

s i m também a l i s t a telefónica; o m a mensurável c o m u m i n s t r u -


i t a l i a n i s m o "elenco", i n t r o d u z i d o m e n t o de m e d i d a ; e m s e n t i d o f i -
n a lingua p o r t u g u e s a c o m o s i g n i - gurado, s i g n i f i c a "valor, importân-
ficado de atores de u m a c o m p a - cia, alcance": questo filo elettrico
n h i a t e a t r a l , é u m a acepção que ha una portata di 50 KW ("este
não existe em italiano. c a b o elétrico t e m capacidade de
7. Fra s i g n i f i c a i n d i s t i n t a m e n t e 50 KW"); i l vagone ha una portata
"dentro de" e "um(a) de" ou di dieci tonnellate ("o vagão t e m
' i u u ( a ) dentre"; verrò fra due ore capacidade de dez t o n e l a d a s " ) ; ia
( " i r e i d e n t r o de duas h o r a s " ) ; uno portata delta riforma dipenderà
fra di noi ( " u n i de nós, u m d e n t r e dai soldi di cui disporremo ("o
nós"). alcance d a r e f o r m a dependerá d o
8. Portata é a capacidade máxi- d i n h e i r o de que d i s p u s e r m o s " ) .

537
^KGITJBD--DBJT«.,-.
FIU[:N:^;D Ì,I/.,IH, ••!

Italiano p e r u s i speciali

d i p e n d e n t i , le saprò d i r e c o n più precisione q u a l i d i essi m i sembrano i più


adatti.
Direttore C r e d o che per oggi si siano stabilite già parecchie cose fonda-
m e n t a l i . Prenderò i n considerazione l'elenco che lei m i ha presentato e ci
r i s e n t i r e m o nei prossimi g i o r n i . EIE

Responda as seguintes perguntas.

1. Perché i l d i r e t t o r e è preoccupato?
2. Che cosa ha fatto p r i m a d i invitare i n sede l'esperto in informatica?
3. Che cosa pensa l'esperto a p r o p o s i t o d i u n eventuale subappalto d i ogni
attività informatica?
4. Che cosa ritiene o p p o r t u n o a proposito della preparazione dei dipen-
denti?
5. C o m e lo congeda i l direttore?

Osservate Quando se expressa algo cuja realização depende da existência ou realização de uma con-
dição prévia, ou de uma hipótese, podem dar-se as seguintes construções:

1. Com se + indicativo ou subjuntivo.

Exemplos:
a) Se piove n o n parto/partirò. 1
futuro
Se piovesse n o n p a r t i r e i . /
Se fosse p i o v u t o n o n sarei p a r t i t o . passado

b) Se pioverà n o n partirò. futuro

538
,s:-l!i"!:.

Italiano p e r u s i speciali

2. Com as formas impessoais do verbo: a + infinitivo, gerùndio, participio.

Exemplos:
A dir la verità, i l p r o b l e m a n o n si può certo risolvere su due piedi-
= se dicessi la verità.
Continuando così non risolveremo la situazione — - — se continuiamo così.
Studiato più attentamente, i l p r o b l e m a potrebbe essere risolto = se
fosse studiato più attentamente.

3. Com purché, sempre che ou com expressões do tipo a patto che, a condizione che,
seguidas, como em português, do modo subjuntivo.

Exemplos:

Potrebbe mettersi i n c o n t a t t o c o n l o r o

n o n abbia altri impegni per oggi.

4. Com pur di + infinitivo, somente quando o sujeito das duas orações é o mesmo.

Exemplo:
(noi 1 n o n d o b b i a m o scartare nulla pur di |noi| riuscire.

A Transforme usando uma das formas indicadas no item 2.


Esercizi
1. Se d o b b i a m o essere sinceri, la soluzione che c i ha proposto n o n c i
convince affatto.
2. Se l o si osserva attentamente al m i c r o s c o p i o , si vedrà la f o r m a a baston-
c i n o d e l bacillo.
3. Se inizi m i l l e cose nello stesso m o m e n t o , n o n riuscirai a concludere
niente.
4. Se si dà retta a te, n o n si uscirebbe m a i d i casa.
5. Se contìnua a leggere f i n o a tarda notte e c o n poca luce, finirà per
rovinarsi la vista.
6. Se si sta a sentire l u i , sembra che sia i l solo a lavorare i n questa d i t t a !

B Complete compurché + verbo conjugado ou p a r di + infinitivo, segundo a necessidade.

1. ... (io, riuscire) a essere assunto i n questa azienda, venderei l'anima al


diavolo.
2. T i inviterò alla m i a festa ... ( t u , promettere) d i n o n bere t r o p p o e d i n o n
fare i l solito casino.
3. Farebbero carte false ... (essi, impossessarsi) dell'eredità d e l n o n n o .
4. Senza d u b b i o c i d i v e r t i r e m o m o l t o i n gita,... ( i l t e m p o , essere) bello.
5. I m e d i c i t e n t a r o n o o g n i mezzo a l o r o disposizione ... (essi, salvare, a lui)
la vita.
6. M i affiderei anche a u n investigatore p r i v a t o ... (io, venire a capo) della
verità.

539
mi ".GLQBQ--DJGJTW.,-.
P H O U J I B E Df LUfllOM h

Italiano p e r u s i speciali

Vocabolario

approfondito (adj.) detalhado, aprofundado


bisogno {s.m.) necessidade
chiarimento {s.m.) esclarecimento
consigliare {v.t.) aconselhar
costretto {p.p. de costrìngere) obrigado
diàgnosi {s.f.) diagnóstico
elaboratore (per uso) personale {s.m.) c omputador pess oal
impegno {s.m.) compromisso
inadatto (adj.) inidòneo
nei riguardi d i {La.) com respeito a
prendere in esame ( v.per. ) examinar
privo (adj.) privado, desprovido
richièdere {v.t.) pedir
subappalto (s.m.) subempreitada
vantaggio {s.m.) vantagem

R e s p o s t a s d o s exercícios

Ascoltate Osservate
1 Perché avendo la sua azienda avuta ultimamente un rapido sviluppo A
Si presentano problemi amministrativi che necessitano d i un sistema I A esser sinceri, la soluzione che ci ha proposto non ci convince affatto
di informatizzazione. 2. Osservato attentamente al microscopio, si vedrà la forma a bastonci-
Ha preavvisato i suoi collaboratori riguardo la visita dell'esperto no del bacillo.
Pensa che non sia una della soluzioni migliori, ma che comunque po- 3 Iniziando mille cose nello slesso momento, non riuscirai a concludere
trebbe essere presa in considerazione mente
Ritiene opportuno che oltre ai corsi di preparazione ci sia una presa d i 4. A dar retta a le. non si uscirebbe mai d i casa
conoscenza dei metodi 5 Continuando a leggere fino a tarda notte e con poca luce, finirà per ro-
Dicendogli che prenderà in considerazione l'elenco presentatogli vinarsi la vista
dall'esperto per poi risentirsi c o n lui nei prossimi giorni 6 A sentire lui. sembra che sia il solo a lavorare in Questa ditta 1

1. Pur d i riuscire a essere assunto in Questa azienda venderei l'anima al


diavolo.
2. Ti inviterò alla mia festa purché tu prometta d i non bere troppo e d i
non lare il solito casino
3 Farebbero carte talse pur di impossessarsi dell'eredità del nonno
4 Senza dubbio ci divertiremo molto in gita, purché il t e m p o Sia Bello
5. I medici tentarono ogni mezzo a loro disposizione pur di salvargli la vita
13 M i affiderei anche a un investigatore privato pur di venire a capo della
verità.

540
^KGITJBD--DBJT«.,-.
FIU[:N:^;D Ì,I/.,IH, ••!

C/UNITÀ DAL VIVO


Ouça na fita as seguintes
frases, observando as
diferenças léxicas e
sintáticas entre os dois
registros linguísticos.

a = língua coloquial
familiar
b - língua comum
padrão

1. a) Sono p r o p r i o sfigata! Nell'ora d'italiano i l p r o f c i ha dato ^


d e n t r o c o n una d o m a n d a d i e t r o l'altra apposta per f a r m i andare i n
1

oca! L e ho cannate" t u t t e !
b) Sono p r o p r i o sfortunata! 11 professore d i italiano m i ha fatto u n a
serie d i domande che avevano veramente l o scopo d i c o n f o n d e r m i !
N o n h o risposto esattamente a nessuna domanda.

2. a) M a n o n è i l p r o f che è una carogna , sei t u che te ne freghi della 1

scuola: chissà perché, noi che s t u d i a m o , in oca n o n c i a n d i a m o mai? 4

b) N o n penso p r o p r i o che si possa accusare l'insegnante, sei t u che n o n


affronti seriamente g l i s t u d i : n o n t i sei mai chiesta c o m e m a i n o i , che
studiamo regolarmente, non abbiamo p r o b l e m i ?

3. a) E già, i suoi c o c c h i ' sono solo i secchioni: t u t t i a m o d o , m a senza


sale i n zucca"!
b) C e r t o , i suoi preferiti sono g l i a l u n n i che studiano m o l t o : sempre
precisi e p e r f e t t i , ma c o n ben poca intelligenza!

4. a) M a se t u te ne sbatti e c o n t i n u i a bigiare è inutile che p o i i n c o l p i g l i


T

a l t r i delle fregature che p r e n d i ! M e t t i t i a sgobbare", che è m e g l i o !


b) G u a r d a che se fai la menefreghista e c o n t i n u i a saltare le lezioni, n o n
p u o i incolpare poi g l i altri q u a n d o o t t i e n i risultati negativi! C o m i n c i a
a studiare seriamente, c r e d i m i , è la cosa m i g l i o r e ! #

1. Darci dentro quer dizer " i n s i s - 3. Carogna ("carniça") t e m t a m - 5. Cocco, p a l a v r a d a fala f a m i - escolar equivalente e m português
t i r m u i t o e m algo, t r a b a l h a r c o m bém o significado figurado de pes- l i a r que se aplica à pessoa p r e d i - a "cabular aula".
insistência". soa v i l , r u i m , pérfida. leta, o b j e t o de afeto e t e r n u r a ; diz- 8. Sgobbare, termo coloquial
2. Cannare é palavra da lingua- 4. Andare in oca/in bambola sig- se especialmente das crianças: il d e r i v a d o d e gobba ( " c o r c o v a " ) ,
gem j u v e n i l q u e s i g n i f i c a "falhar, nifica confiindir-se completamen- cocco di mamma ("o q u e r i d i n h o que s i g n i f i c a t r a b a l h a r m u i t o e
equivocar-se": ho cannato l'esame te p o r causa d e e m o ç ã o o u nervo- d a mamãe"). c o m g r a n d e e s f o r ç o e sacrifí-
di latino {ho sbagliato completa- sismo, até o p o n t o d e não se achar 6. Avere sale i n zucca corres- c i o : sgobbone e sgobbata, deri-
mente l'esame di latino). O subs- em condições de reagir lucida- p o n d e e m português a "ser ajui- vados do p r i m e i r o , correspon-
t a n t i v o cannata, d e r i v a d o de mente diante de unia determina- zado, t e r b o m senso". d e m e m português a " c u - d e - f e r -
cannare, c o n s t i t u i e r r o grave. d a situação.
7. Bigiare, palavra d a linguagem ro, caxias".

541
'praUTOS DE Q U Í I l « I E ) E !
L

Modi di dire

1. T r o v a r s i in un mare d i g u a i . fS
Literalmente, significa "encontrar-se em um mar de desgraças"; diz-se de quem se acha
cheio de dificuldades e problemas.

2. T u t t e le mosche al cavallo m a g r o .
Literalmente significa "todas as moscas ao cavalo magro"; indica que os contratempos
e as desgraças acontecem com quem se acha já cheio de outras dificuldades. Corres-
ponde em português a "desgraça pouca é bobagem".

3. Le disgrazie n o n v e n g o n o m a i sole.

Refrão com o qual se afirma que as desgraças costumam chegar todas de uma vez.

4. N o n t u t t o i l male v i e n per n u o c e r e .
Literalmente, quer dizer "nem todos os males vêm para causar dano"; corresponde em
português a "há males que vêm para bem". fi

/ Si TROVA ]
[ 'N UN MARE ì
^KGLTJBD--DBJT«.,-.
F m [ : i ] : ; ; ; D Ì , I / . , I H , ••!

D/UNITÀ UN PO' DI GRAMMATICA


Conjugue o verbo entre parênteses no futuro simples ou no futuro composto, ou em am-
Esercizio bos, segundo a necessidade . 1

Uno Exemplo:
Quando ... (io, parlare) con loro, le saprò dire qualcosa.
Quando avrò parlato con loro, le saprò dire qualcosa.

1. Q u a n d o ... (esso, finire) lo spettacolo, a n d r e m o t u t t i a mangiarci u n a


pizza.
2. T e lo posso assicurare: quando ... (finire) l a r i u n i o n e , resterà i n ufficio.
3. Q u a n d o . . . (voi, tornare) a scuola, potrete raccontare ai vostri c o m p a g n i
il f i l m che avete visto.
4. Q u a n d o ... (egli,sapere) che le sue azioni sono scese a zero, gli verrà u n
colpo.
5. Q u a n d o ... (essi, riuscire) a catturare K i n g K o n g , Io m e t t e r a n n o i n una
L Q u a n d o se expressa u m a ação
f u t u r a a n t e r i o r a o u t r a também
gabbia d i sicurezza ben incatenato.
f u t u r a , usa-se o f u t u r o c o m p o s t o : 6. V i p o r t e r e m o al luna park solo q u a n d o ... ( v o i , finire) t u t t i i c o m p i t i .
quando avranno gettato le 7. Q u a n d o ... ( l u i , venire a sapere) che sua moglie n o n l'ha aspettato per
fondamenta, inìzìeranno la
costruzione della casa ("quando
andare al r i c e v i m e n t o , andrà su tutte le furie.
t e r m i n a r e m o s alicerces, começa- 8. Q u a n d o n o n ... (esso, avere) più forze, cadrà dal grattacielo.
rão a construção d a casa").
G e r a l m e n t e , c o n t u d o , as duas
orações se p e r c e b e m c o m o s i m u l -
tâneas; e m t a l caso, usa-se indis-
tintamente o futuro simples ou
c o m p o s t o , o u então utiliza-se o
f u t u r o c o m p o s t o q u a n d o se dese-
j a s u b l i n h a r a perfeição d o a t o :
quando lo vedrai, te ne renderai
conto ("quando o v i r , perceberá");
quando t'avrai visto, te ne
renderai conto ("quando o vires,
perceberas").
E m qualquer caso, convém l e m -
brar que o italiano utiliza o futu-
r o c o m p o s t o c o m m a i o r frequên-
cia que o português.

Complete com di ou da, segundo a necessidade*.


Esercizio
Due Exemplos:
2. Além d o s casos j á estudados
Sarò ben felice ... farlo.
e m unidades a n t e r i o r e s , referen- Sarò ben felice di farlo.
tes a o u s o d a s preposições da e Dipende ... i l volume ... gli affari.
<íi, e x i s t e m o u t r o s , e n t r e o s quais Dipende dal volume degli affari.
cabe destacar os seguintes:
a) a preposição di se usa:
1. E r a così c o n t e n t o ... essere a r r i v a t o p r i m o che si mise a piangere ... gioia.
- e m expressões d e causa, s e m
artigo: tremare di freddo ("tre-
2. Siamo d o l e n t i ... n o n p o t e r c i trattenere o l t r e , ma a b b i a m o u n a l t r o
m e r de f r i o " ) ; impegno alle cinque.
- e m expressões d e c u l p a : fu 3. C o m p r a r o n o u n appartamento ... duecento m i l i o n i .
accusato di tradimento ("acu-
saram-no d e traição"); 4. È uno scampolo ... due m e t r i per q u a t t r o .
- e m e x p r e s s õ e s de p e n a l i z a - 5. L o accusarono ... truffa nei r i g u a r d i . . . lo Stato e g l i diedero una m u l t a . . .
ção: gli hanno dato una mul-
ta di d i e c i m i l a tire ( " m u l t a -
dieci m i l i o n i .
r a m - n o e m dez m i l l i r a s " ) ; 6. U n a siepe divide la m i a proprietà ... quella ... i l m i o v i c i n o .
- e m expressões de valoração e 7. Si presentò u n signore ... l'aspetto poco raccomandabile e chiese ... te.
quantidade: è un appartamento
di poco valore/di centottanta 8. C o m p e r a ... l'uva bianca ... tavola e ... i l formaggio grana ... grattuggiare.

543
^KGLTJBD--DBJT«.,-.
Fm[:in:;D Ì,I/.,IH, ••!

U n po' di g r a j n m a t i c a

metri quadrati ("é u m aparta- c m expressões d e causa, c o m c i n q i i e n t a milhões"); spazzolino da denti ("a esco-
m e n t o de p o u c o valor/de cento a r t i g o : tremare dal freddo em expressões de separação: va de dentes"); u n abitodascra
e oitenta metros quadrados"); ( " t r e m e r de f r i o " ) ; il muro maestro divìde il mio ("um traje d e n o i t e " ) ; iria da
- e m expressões cansais: sono em expressões do preço: è un appartamento dal tuo ("a pa- camicie ("pano para camisas");
contento di vederti ("estou appartamento da duecento rede m e s t r a divide o m e u c m determinações qualitativas.-
c o n t e n t e d e te v e r " ) . cinquanta milioni ("é u n i apartamento do teu"); i m u o m o dal cuore d'oro ( " u m
b ) A preposição da se usa: a p a r t a m e n t o de duzentos e em expressões de finalidade; lo h o m e m c o m coração de o u r o " ) .

Substitua as partes em grifo pelos respectivos pronomes-complemento.


Esercizio
Tre
Exemplo:
In ogni caso [la proposta} si potrebbe prendere in considerazione.
In ogni caso la si potrebbe prendere in considerazione.

1. A te h o r i p e t u t o m i l l e volte che a! cinema non ci voglio venire.'


2. V e r s o anche a lei un goccio di gin?
3. Si poteva prevedere che tu non avresti avuto voglia di venire alla fiera
campionaria!
4. M e t t o nell'aperitivo un poco di acqua di seltz?
5. I n questa mostra sono t a n t i gli stands n u o v i .
6. C a r l o n o n beve niente: i l d o t t o r e ha p r o i b i t o a lui di bere.
7. Potevi dire a me p r i m a che non eri d'accordo!
8. L a casa offre a voi.questo bicchierino.

Dê o substantivo relacionado com a palavra entre parênteses.


Esercizio
Exemplo:
Quattro Io consiglierei:... (prendere) d i . . . (conoscere) dei metodi.
Io consiglierei; p r e s a d i conoscenza dei metodi.

1. H o fatto una ... ( m u o v e r e i sbagliata e ha perso la partita a scacchi.


2. La... (correre) dei cavalli è stata davvero eccezionale: nessuno si aspetta-
va la ... (vincere) d i quel b r o c c o !
3. I capi d i governo giunsero a una ... (intendersi) d o p o parecchie ore d i . . .
(trattare).

544
'PHUiTOS Di Quili,Llil)L ! L

U n po' di R a m m a r i c a

4. È stata una t e r r i b i l e ... ( d i m e n t i c a r e ) la t u a : n o n hai alcuna ... (giustifica-


re) da a d d u r r e a tua ... (scusare)!
5. A l . . . (girare) d ' I t a l i a p a r t e c i p a n o c i c l i s t i d i t u t t o i l m o n d o .
6. Questi l i b r i n o n si d a n n o in ... (prestare): si possono vedere solo in sala d i
... (consultare).
7. Sono severamente p u n i t i la... (vendere) e 1'... (acquistare) d i . . . (stupefare)!
8. Le h a n n o fatto un ... (tagliare) d i c a p e l l i e una ( m e t t e r e ) in ...(piegare)
all'ultima moda.

Vocabolario fiera campionaria (s.f.) feira de mostruários


gabbia (s.f.) gaiola, jaula
acqua di seltz {s.f.) sifão gin (angl. s.m.) gim
addurre (v.i.) aduzir goccio {s.m.) gota
adibire {v.t.) destinar, empregar grattuggiare (v.t.) ralar
amante (s.m. e/) amante, aficionado luna park (s.f.) parque de diversões
andare su tutte le furie '.) ficar furioso sbagliare (v.i.) equivocar-se
brocco (s.m.) cavalo fraco, rocinante scacchi (s.m,) xadrez
colpo (s.m.) chilique scampolo (s.m.) retalho
compiti (s.m.) deveres, tarefas siepe (s.f.) sebe
corno (s.m.) chifre trattenersi (v.vron.) ficar
essere dolenti (v.per.) lamentar truffa (s.f.) trapaça, embuste

R e s p o s t a s d o s exercícios

Esarciiio Uno E s e r c i z i o Tre

1. Quando sarà finito lo spettacolo, andremo t u t t i a mangiarciuna pizza 1. Te l'ho ripetuto mille volte!
2 Te lo posso assiemare: quando sarà finita/finita la riunione, resterà m 2. Lo verso anche a lei?
ufficio. 3 Lo si poteva prevedere!
3 Guando tornerete a scuola, potrete raccontare ai vostri compagni il 4. Gliela metto?
lilrn che avete visto. 5 Ce ne sono tanti nuovi?
4 Quando saprà che le sue azioni sono scese a zero, gli verrà un colpo 6. Carlo non beve niente: il dottore glielo ha proibito.
5 Quando saranno riusciti/riusciranno a catturare King Kong, lo mette- 7. Potevi dirmelo primai
ranno in una gabbia di sicurezza ben incatenato.
6. V i porteremo al luna park solo quando avrete finito tutti i c o m p i l i . 8. Ve lo offre la casa.
7 Quando verrà a sapere che sua moglie non l'ha aspettato per andare
al ricevimento, andrà su tutte le furie.
Esercizio Quattro
8 Quando non avrà più forze, cadrà dal grattacielo.
1. Ha tatto una mossa sbagliata e ha perso la partita a scacchi
2. La corsa dei cavalli è stata davvero eccezionale: nessuno si aspettava
Esercizio D u e ia vittoria di quel brocco!
3. I capi di g o v e r n o giunsereo a u n ' intesa d o p o parecchie o r e d i trat-
1. Era così contento di essere arrivato primo che si mise a piangere dalia
tative
gioia.
4. È stata u n a l e r r i b i l e d i m e n t i c a n z a l a t u a : non hai alcuna giustificazio-
2 Siamo dolenti di non poterci trattenere oltre, ma abbiamo un altro im-
ne da addurre a tua scusante!
pegno alle cinque.
5. Al giro d'Italia partecipano ciclisti di t u t t o il m o n d o
3 Comprarono un appartamento da duecento milioni.
6 Quesli libri non si danno in prestito: si possono vedere solo in sala di
4 Ê uno scampolo di due metri per quattro.
consultazione.
5. Lo accusarono di truffa nei riguardi dello Stato e gli diedero una multa 7. Sono severamente puniti la vendila e l'acquisto di stupefacenti!
di dieci milioni. 8. Le h a n n o f a t t o u n t a g l i o di c a p e l l i e u n a m e s s a in p i e g a a l l ' u I I i m a
6. Una siepe divide la mia proprietà da quella del mio vicino. moda.
7. Si presentò un signore dall'aspetto p o c o r a c c o m a n d a b i l e e chiese
d i te.
8 C o m p e r a dell'uva bianca d a tavola e del f o r m a g g i o grana da grat-
tuggiare.

545
'murros DE rjuni,Liii)L !
L

E /UNITÀ LETTURA

G u i d o G o z z a n o , poeta, j o r n a l i s t a e escritor turinés


(1883-1916), alternou o c u l t i v o d a prosa c o m o da
poesia, n a qual se destacou tanto pela qualidade de
seus versos c o m o pela novidade e transcendência de
sua poética, destinada a exercer u m poderoso influ-
x o n o s escritores de seu tempo. La via del rifugio
(1907), seu p r i m e i r o livro de versos, lhe valeu de ime-
diato o apreço d a crítica e do público; mas somente
e m 1911 os poemas reunidos e m Colloqui comprova-
r a m o caráter inovador de sua concepção poética em
comparação c o m a de Gabriele D'Annunzio e a de
Giovanni Pascoli, ao oferecer u m a poesia íntima e
indiferente ao exterior, desprovida de ambições filo-
sóficas, religiosas o u políticas, e escrita e m versos
ténues e m e s m o opacos, que parecem mais prosa
cantada, c o m toques de aparente descuido. Menor
destaque e transcendência têm seus livros de con-
tos, / tre talismani (1914) e L'aliare del passato
(1918), os quais, assim como La principessa si sposa
(1917) e L'ultima traccia (1919), f o r a m publicados
postumamente. L'erede prescelto, publicado em u m a
revista antes de ser incluído no l i v r o L'altare del
passato, f o r m a parte dos relatos dedicados aos tem-
pos d a guerra.

546
WGLDBQ-DiGJTflL:-.
Famiras D E Q V U H E h

Lettura

T i t o Vinadio pensò, per la prima volta, che dalla guerra si Tito Vinadio pensou, peia primeira vez, que da guerra
può anche non ritornare. pode-se também não voltar.
E nemmeno l'avrebbe pensato se non fossero stati gli zìi a E nem sequer teria pensado nisso se os tios não o tives-
ricordarglielo: lo zio Gaudenzio e la zia Flaminia, unici suoi sem lembrado: o tio Gaudenzio e a tia Flaminia, seus
consanguinei ed unici eredi. Si vedevano una volta all'anno, únicos parentes de sangue e seus únicos herdeiros. Viam-
ma quel giorno, nell'ora degli addii, fra gli scongiuri, le se uma vez por ano, mas aquele dia, à hora do adeus, en-
benedizioni e le lacrime l'avevano consiglialo d i consigliarsi tre os esconjuras, as bênçãos e as lágrimas, o tinham acon-
con il loro avvocato, nella settimana che gli restava libera selhado que se aconselhasse com o advogado deles na se-
prima di andare al fronte,e di assestare bene ogni cosa, quali mana que lhe restava livre antes de partir para o front, e
che fossero le sue intenzioni. Non per loro!... Lo zio Gauden- que deixasse bem arranjadas as coisas, fossem quais fos-
zio aveva interrotta la zia con uno scatto di sdegno sincero. sem suas intenções. Não por eles!... o tio Gaudenzio tinha
A parità d'ingordigia e di spudoratezza gli uomini sono interrompido a tia com um gesto de sincera indignação.
sempre meno ingordi e meno spudorati. T i t o si era lasciato A igualdade de cobiça e descoro, sempre os homens são
abbracciare, inondare di lacrime, benedire, e non si era reso menos cobiçosos e descarados. Tito se tinha deixado abra-
conto della cosa incredibile se non in treno, già lontano da çar, inundar de lágrimas, abençoar, e só se deu conta de
Vareglio. Allora aveva sorriso, riso forte, inquietando i suoi como tudo aquilo era inacreditável quando já estava no
compagni di viaggio. Aveva lasciato Villa Flaminia e gli zii e trem, longe de Vareglio. Então tinha sorrido, rido forte,
Vareglio senza rancori —era incapace di rancori — ma ben perturbando seus companheiros de viagem. Tinha deixa-
deciso di salvare fino all'ultimo centesimo dalla rapacità di do Viola Flaminia, e os tios e Vareglio sem rancores - era
quei coniugi dieci volte milionari, che già avevano dilapida- incapaz de rancores -, mas totalmente decidido a salvar
to le sostanze dei suoi, angustiato sua madre e dimezzato até o último cêntimo da capacidade daqueles cônjuges dez
quanto restava all'orfano minorenne. vezes milionários, que já tinham dilapidado os bens dos
T i t o non era ricco, ma con le poche centinaia di migliaia seus, angustiado sua mãe e dimidiado o que sobrara ao
di lire rimastegli era giunto fino ai trentanni in ozio beato, jovem órfão.
non annoiandosi mai, perché era un ragazzo intelligente, un Tito não era rico, mas com as poucas centenas de mi-
poco artista, e non dissipando un soldo, perché aveva del lhares de liras que lhe sobravam tinha chegado aos trinta
lavoro un sacro terrore. A chi lasciare dunque quel capitale? anos em um bendito ócio, sem entediar-se nunca porque
T i t o aveva creduto la cosa facilissima. Facilissimo trovarsi era um rapaz inteligente, um pouco artista, e sem esban-
un erede! M a dopo tre giorni non aveva scelto ancora. 11 suo jar um centavo, porque tinha verdadeiro horror ao traba-
patrimonio era tale da far felice un amico povero, ma non lho. A quem deixar, então, aquele capital? Tito linha cichado
sufficiente a rallegrare, modificare le condizioni di un amico que a questão era muito simples. Era muito fácil encon-
già ricco. trar um herdeiro. Mas três dias depois, ainda não tinha
Gli amici d i T i t o erano quasi tutti ricchi, e tra i bisognosi feito sua escolha. Seu patrimônio era suficiente para fa-
egli non sapeva decidersi. Meditava di frazionare la cifra; zer feliz um amigo pobre, mas não o bastante para ale-
ma allora la somma si riduceva ad una regalia e nulla più. e grar e modificar as condições de um amigo rico.
T i t o voleva che la sua morte (faceva gli scongiuri d'usol Quase todos os amigos de Tito eram ricos, e entre os
fosse la felicità di qualcuno. Non trovava l'amico degno. Da necessitados ele não sabia decidir-se. Pensava em dividir
tre giorni pensava e non trovava. E mai avrebbe creduto a cifra, mas então a soma se reduziria a uma gorjeta e
cosi difficile la scelta d'un erede. nada mais, e Tito queria que sua morte (fazia os
Il caso, una formalità catastale, lo richiamò a Vareglio per esconjuros de praxe) fosse a felicidade de alguém. Não
un giorno: e passeggiando sotto i portici bassi, ogivali della encontrava o amigo merecedor. Há três dias pensava e
piccola città ligure, udì in un crocchio di comari il nome di não encontrava. E nunca pensara que fosse tão difícil a
Chiara Venanzi. escolha de um herdeiro.
Chiara! Chiarella! La figlia della merciaia, la sua coeta- 0 acaso, uma formalidade cadastral, solicitou sua pre-
nea, la sua amica d'infanzia ed adolescenza, non più rivista sença em Vareglio por um dia; e passeando pelos pórticos
da dieci anni, dacché, con la morte della madre, aveva baixos, em forma de ogiva, da pequena cidade da Liguria,
lasciato il paese e gii avevano tolto la casa che era stata sua. ouviu em uma roda de comadres o nome de Chiara
Chiarella! Un nome che risuscitava il suo passato più dolce: Venanzi.
le gite in bicicletta, quando la bicicletta era ancora una Chiara! Chiaretto! A filha da merceeira, sua contempo-
novità elegante, premio delle vacanze al ginnasiale vittorio- rânea, sua amiga de infância e adolescência, a qual não
so, e più tardi la passione in comune per la fotografia, e poi via há dez anos, desde que, com a morte da mãe dela, ti-
per la lettura, per i l teatro; le recite di beneficenza nel nha abandonado o povoado e lhe tinham tirado a casa
teatrino municipale: Parlila a scacchi... Trionfo d'amore... onde nascera. Chiarella!
II cantico dei camici...: Giacosa, Ferrari. Cavallotti: gli istitu- Um ìuyme que ressuscitava seu passado mais doce; os pas-
tori amorevoli di tutti i filodrammatici pargoletti, i numi seios de bicicleta, quando a bicicleta ainda era uma novidade
vilipesi da tutti i canini provinciali. Ma Chiarella aveva elegante, prémio das ferias por ter ido bem na escola, e mais
rivelato subilo una disposizione rara al recitare; e inoltre tarde a paixão comum peta fotografìa, e depois pela leitura,
leggeva; leggeva di continuo, nella sala attigua al negozio pelo teatro; as récitas beneficentes no teatmzinho municipal
materno. Leggeva gli autori modernissimi: da Bataille a Bern- Partida de xadrez,,. Triunfo do amor... O cântico dos cânticos...,
stein, da Butti a Gabriele d'Annunzio. Tito sorrise. Ricordò la Giocosa, Ferrari, Cavallotti, os amáveis pixrmotores de todos
passione di Chìaretta per il poeta: una lettera pirotecnica os amantes do teatro juvenil, os numes vilipendiados de

547
^KGirJBD--DBJT«.,-.
FIU[:N:/:;D Ì;.I; .,IHÌ
;

i Erede
omsceliG
il I " L*> t INI!

todos os rebentos provincianos. Mas Chiaretta tinha de-


monstrado desde cedo uma rara disposição para inter-
pretar, e além disso lia, lia continuamente, na sala contí-
gua à lojinha da mãe. Lia autores moderníssimos: desde
BataiUe a Bernstein, de Butti a Gabriele d'Annunzio. Tito
sorriu. Recordou a paixão de Chiaretta pelo poeta: uma
invocarne un autografo e la risposta insperatissima con una carta infamada invocando um autógrafo e a resposta ines-
fotografia autografata da quel maestro d'ogni cortesia. La perada com uma fotografia autografada desse mestre de
fotografia era slata degnamente inquadrala in una meravi- todas as cortesias. A fotografia tinha sido dignamente en-
gliosa cornice in pirografia...: erano i tempi della pirografia! quadrada em uma maravilhosa moldura em pirogravura...
T i t o e Chiara s'indugiavano a lungo, discutevano delle loro Eram os tempos da pirogravura! Tito e Chiara se entreti-
letture e del loro avvenire, nella vasta sala un po' triste.dove nham um bom tempo, discutiam sobre suas leituras e so-
il profumo dei fiori non dissipava l'acre odore di matasse di bre o futuro na ampla sala um pouco triste onde o perfu-
lana e di chincaglieria che giungeva dal negozio attiguo. Non me das flores não dissipava o amargo odor de novelos de
avevano pensato all'amore mai: mai si erano fissati con gli lã e quinquilharias que chegava da loja vizinha. Nunca
occhi meno che fraterni: li univa soltanto il piacere di essere tinham pensado no amor; jamais se haviam olhado com
insieme e di sentirsi più intelligenti di lutti gli altri coetanei. olhos não fraternais; só os unia o prazer de estarem jun-
Ma negli occhi di Chiara ardeva ormai una passione sola tos e de sentirem-se mais inteligen tes que todos os demais
decisa: il teatro. Quando, l'anno dopo, fu invitata a una contemporâneos. Mas nos olhos de Chiara havia já uma
recita di beneficenza a Genova ed ehhe una parola di lode única e decidida paixão: o teatro. Quando, no ano seguinte,
da Novelli* che assisteva.essa vide in quella parola l'ordine foi convidada a uma récita beneficente em Génova e rece-
del destino e il consenso dei Numi. E si era decisa per la beu um etagio de Novelli*, que estava presente, damunessa
ribalta, con disperazione dei suoi e commento infinito del palavra a ordem do destino e o consentimento dos Numes.
paese. Ma appunto in quell'epoca la madre di T i t o era E tinha se decidido pela ribalta, para desespero de sua
morta e la bufera si era scatenata sul giovinetto inesperto, família e infindável comentário do povoado. Mas justo
che aveva lascialo Vareglio per sempre. Da quel giorno naquela época a mãe de Tilo tinhafalecido e a tormenta se
dieci anni erano passali! T i t o aveva avuto notizie di Chiara desencadeara sobre o jovenzinho inexperiente, que aban-
raramente; qualche lettera nei primi tempi, poi qualche donara Vareglio para sempre. Desde aquele dia tinham se
cartolina, sempre più scarsa, poi il silenzio. L'aveva rivista passado dez anos. Tito tivera poucas notícias de Chiara:
qualche volta, per caso, senza poterle parlare; due. tre volte algumas cartas nosprimeiros tempos, depois algunspos-
sulla scena, in parti così secondarie, così meschine, che il tais, cada vez mais espaçados, depois o silêncio. Voltara a
giovane non aveva osato salire sul palcoscenico per non vê-la, algumas vezes, por casualidade, sem poder falar-
umiliarla; un'altra volta per la strada, a Napoli, di sfuggita, Ihe; duas ou três vezes em cena, em papéis tão secundá-
cosi abbattuta e disfatta, che l'aveva riconosciuta soltanto rios, tão mesquinhos, que o jovem não se atrevera a subir
ripensandola dopo. La vita divide gli amici forse più dei ao palco para não humilhá-la; outra vez, na rua, em Ná-
nemici e sulle strade opposte scende il silenzio e l'oblìo. poles, de relance, tão abatida e extenuada que somente a
reconhecera ao relembrá-la mais tarde. A vida separa os
Chiara. Chiaretta! Ma come mai a Vareglio.di ritorno alla
amigos talvez mais do que os inimigos, e pelas ruas opos-
casa che non amava'.' Forse la madre stava male? T i t o s'av-
tas descem o silêncio e o esquecimento.
viò verso il negozio ben noto, pregustando come se fosse un
profumo delicato, l'acre odore delle lane e della chincaglie- Chiam! Chiaretta! Mas por que em Vareglio, de volta ao
ria'che resuscitava il suo passato più chiaro. Ma il negozio lar que não amava! Talvez a mãe estivesse mal?

• E r m e t e N o v e l l i , il più l a m o s o u l t o r e di teatro i n d i a n o dell'inìzio d e l * Ermete Novelli, o mais famoso ator italiano do comeco do secalo XX.
Novecento.

548
WGLDBQ-DiGJTflL:-.
Famiras D E Q V U H E h

Lettura

non esisteva più. C'era, al posto, l'ufficio postale. T i t o s'af- Tilo foi ale a loja que tão bem conhecia, pregustando como
facciò verso la signorina, una pingue signorina assonnala. se fosse um perfume delicado o acne cheiro de lãs e quin-
«...Lei non sa? La signora Venanzi è morta tre anni fa. un po' quilharias que ressuscitava seu passado mais luminoso.
di crepacuore per la storditezza della figlia. No. no,la signo- Mas a loja já não existia. Em seu lugar estava o correio.
rina non è in paese, è a Santa Cecilia, la chiesetta della Tito apmximou-se de uma senhorita, uma corpulenta se-
collina, lei sa. È in pensione dal prete, sono un poco parenti. nhorita sonolenta. "... Você não sabe? A senhora Venanzi
È là da due mesi, in cattivo stato. Dicono che sia tisica. Ma morreu faz três anos, um pouco de dor pelo estouvamento
non credo. È a spasso. Oh! Certo con questa guerra anche i da filila. Não, não, a senhorita não está no povoado, está
teatranti se la vedono brutta. Quella poi non era delle prime". em Santa Cecília, a igreja da colina! A conhece? Está como
T i t o prese la via della collina, tra la mollezza grigia degli hóspede do padre, têm algum parentesco. Faz dois meses
ulivi, soffermandosi a quando a quando, gli occhi fissi a que está lá, doente. Dizem que é tísica. Mas não creio. Está
mezza costa, dove spiccava il cubo candido della chiesetta. desempregada. Com esta guerra até os alores se encontram
Conosceva il prete, un buon marinaio che aveva preferito la em dificuldades! E além disso ela não era das melhores!... "
veste talare, e la madre di lui. un'ottima cuoca; il luogo non Tilo tomou o caminho da colina, entre a brandura cin-
poteva essere più pittoresco e più ristoratore. T i t o giunse al zenta das oliveiras, detendo-se de vez em quando, os olhos
sagrato alberato di cipressi centenari, fitti, fusi insieme come cravados na encosta, onde se destacava a cândida
una cortina di bronzo cupo. Girò intorno alla chiesa, verso la edificação cúbica da igrejinha. Conhecia o padre, um bom
parrocchia, cercando la nuca bruna e ricciuta della sua amica marinheiro que tinha preferido a batina, e a mãe dele,
d'infanzia. Una figura biondissima gli venne incontro per la uma excelente cozinheira; o lugar não poderia ser mais
via opposta. -Tito Vinadio!— Fu lei ad abbracciarlo, a pitoresco e mais reconfortante. Tito chegou ao átrio
baciarlo sulle due gote, con immutata fraternità, arborizado, de ciprestes centenários, tão próximos uns
—Ma non sai che mi batte il cuore?.., dos outros como uma cortina de bronze escuro. Rodeou a
—Dopo dieci anni! igreja, até a paróquia, buscando a cabeça castanha e en-
—Non esageriamo: otto. Poi t'ho rivisto ai funebri della caracolada de sua amiga de infância. Uma figura
tua povera mamma. Poi tre anni fa a Milano: e non m'hai loiríssima lhe foi ao encontro peto caminho oposto. - Tito
vista; poi un anno fa a Napoli: e hai fatto finta di non Vinadio! -Foi ela quem o abraçou e o beijou em am bas as
vedermi. Non guardarmi i capelli. Sono un orrore. Non l i faces, com espontânea fraternidade.
tingo più da qualche mese. E tra rossi e neri ne vedrai anche -Mas não sabes que me palpita o coração?
qualcuno bianco. Ma di', sei tu che hai tre giorni di più o -Depois de dez anos!
sono io? -Não exageremos: oito. Depois voltei a ver-te nos fune-
—Sono io, io il più venerabile, cara Chiaretta! rais de tua pobre mãe. Depois, faz três anos em Milão, e
Erano seduti sui balaustri greggi del sagratele mani nelle não me viste; e um ano atrás em Nápoles, e fingiste não
mani, guardandosi con gli occhi puri di un fratelio e di una me ver. Não olhe para o meu cabelo. É um horr or! Não o
sorella che si vogliono molto bene. tinjo há alguns meses. E entre ruivos e negros verás tam-
—A te la trentina sta bene. G l i uomini non invecchiano bém alguns brancos. Mas diga-me, é você que tem três
mai. Noi donne, invece! M a non vedevo che sei in uniforme. dias mais ou sou eu?
Richiamato? -Sou eu, eu o mais venerável, querida Chiaretta.
—Volontario. Estavam sentados sobre os toscos balaustres do átrio,
—No! Volontario! Ma sei matto? Cosi, per il piacere di as mãos nas mãos, olhando-se com os olhos puros de um
farsi ammaz... scusa, sai, e facciamo le corna. —Sollevò le irmão e uma irmã que se querem muito.
mani al cielo nello scongiuro, sorridendo, ma col volto palli- -Os trinta aìios te assentam bem. Os homens não enve-
do e contratto da un'inquietudine affettuosa che T i t o non lhecem nunca. Nós, as mulheres, em compensação... Mas
aveva mai vista sul volto di nessuno, all'annunzio di quella não tinha reparado que estás com uniforme. Convocado?
notizia. - Voluntário.
—Ah! no. no! Perché non avevi vicina una madre, una -Não! Voluntário! Mas está louco? Assim, pelo piuzer
sorella, una persona che ti volesse bene e freddasse i tuoi desefazermat...peidão. Eh?, e façamos figa-. Levantou
entusiasmi a qualunque costo. Io l'avrei fatto certo. Sì, sì! as mãos ao céu no esconjuro, sorrindo, mas com o rosto
Sono una piccola paurosa che sente la Patria ma detesta la pálido e contraído por uma inquietude afetuosa que Tito
guerra! nunca tinha visto em rosto algum ante o anúncio de tal
—Parliamo d'arte, allora. notícia.
—Per carità! —e Chiaretta s'abbuiò penosamente, portan- - Ah! Não, não! Porque não tem perto uma mãe, uma
do le mani alle tempie—l'arte! La detesto quanto la guerra. irmã, uma pessoa que te queira e refreie teus impulsos a
L'arte che si sognava a diciott' anni, ricordi? Che mestierac- qualquer custo. Eu o teria feito, certamente. Sim, sim!
cio infame! Quante cose ho patito in dieci anni! Ci vuole Sou uma pequena medrosa que sente a pátria mas que
altra tempra: tempra di santa o di cocolle. Iononhonèl'una detesta a guerra.
né l'altra. - Falemos de arte, então.
- E allora? -Por caridade! - E Chiaretta se entristeceu, levando as
—E allora ho rinunciato alle scene per sempre. H o già mãos às têmporas. -A arte.'Detesto-a tanto quanto a guer-
esordito trionfalmente in cinematografia, e a guerra finita ra. A arte com que se sonhava aos dezoito anos, lembra?
ritornerò alla film. Affatica meno e rende di più. Que trabalho infame! Quantas coisas sofri em dez anos!
—Come lo dici! É preciso ter outro caráter, caráter de santa ou decoquete.

549
^KEirJBD--DBJT«.,-.

l'Erede
prescelto

—Senza entusiasmi, certo. Entusiasmi non ce ne possono E eu não tenho nem um nem outro.
essere più. -Eentào?
—Ma ci sono altre cose belle nella vita. L'amore... - Então renunciei aos palcos para sempre. Já estreei
—Altra cosa come l'arte e che comincia essa pure con Va com sucesso no cinema, e quando acabar a guerra volta-
maiuscola. Buona a vent'anni. non dopo dieci anni di espe- rei aos filmes. Cansa menos e rende mais.
rienze dolorose. - Parece entusiasmada!
—Non avrai amato abbastanza. - Sem expectativas, é verdade. Expectativas já não se
—Anche troppo. Ed ogni volta è stato un disastro. podem ter.
—Puoi trovare l'uomo che non ti disilluda. -Mas há outras coisas belas na vida, O amor...
—E allora, forse, non l'amerei... - Igual à arte, e que começa lambem com a maiúsculo.
Chiara guardò T i t o che la fissava perplesso e gli accarez- Bom aos vinte anos, não depois de dez anos de experiên-
zò la gota con la tenerezza d'un tempo. cias dolorosas.
—Povero, povero T i t o ! Sono pur sempre la scontenta -Não amou bastante.
incontentabile. Ma per te c'è almeno la guerra, oggi. Per me -Diria que muito. E cada vez foi um fracasso.
non c'è nulla. Sì, ci sarebbe la calma serena, contemplativa - Você pode encontrar um homem que não te desiluda.
che godo qui.da qualche tempo,ma bisognerebbe avere uno -Então talvez não o amasse...
spirito di rinunzia che non si ha ancora a trent'anni. Oh! Chiara olhou Tito que a olhava perplexo e lhe acariciou
certo la vita potrebbe essere buona qui, buona anche sen- a face com a ternura de antanho.
z'arte e senza ideali. Guarda che scenario! -Pobre, pobre Tito! Sigo sendo a descontente inconten-
Tacquero alcuni secondi, scorrendo con lo sguardo sul tável de sempre. Mas ao menos você tem a guerra. Para
cobalto diverso del mare e del cielo, sul verde cupo dei mim não há nada. Sim, haveria uma calma serena,
cipressi, chiaro dei mandorli, bigio degli ulivi. Da una fine- contemplativa, da que gozo aqui há um tempo, mas teria
stra aperta giungeva un tinnire di posate e si vedeva una de ter um espírito de renúncia que não se tem aos trinta
donna che s'aggirava, mettendo tavola. A l profumo delle anos. Sim, a vida poderia ser boa aqui, boa inclusive sem
zagare e degli eucalipti s'alternava l'odore tentante di una arte e sem ideais! Veja que paisagem!
zuppa genovese molto aromatica, Calaram-se durante alguns segundos, percorrendo com
—Claudia! Claudia, un coperto di più! o olhar o cobalto diferente do mar e do céu, sobre O verde
La madre del prete, incuriosita apparve quasi subito, an- escuro dos ciprestes, claro das amendoeiras, pardo das
sando, le mani riposte sul ventre enorme che la precedeva oliveiras. De uma janela aberta chegava um tinir de ta-
tondeggiante sotto il grembiule di bucato. lheres esevia uma mulher Que se ocupava vpndo amesa,
- ^ t g n o r a t l a u d i a , mi riconosce'.' nii riconosce".' Tj perjume 'dasjlores dé laranjeira e dos eucaliptos se al-
—Tilo! I l signor T i t o ! ternava com o odor tentador de uma sopa genovesa muito
E volle abbracciarlo anche lei. subito commossa, subito perfumada.
con gli occhi lustri. Anche quella figura buffa era per Tito - Claudia. Claudia, mais um par de talheres!
un caro ricordo che gli rammentava sua madre e le sue A mãe do padre, intrigada, apareceu quase de imedia-
memorie più dolci. La signora Claudia era stata a servizio in to, arquejando, as mãos sobre a barriga enorme que a
casa loro, molti anni prima, quando non era ancora «la precedia airedondada sob o avental de lavar.
madre del prete; ed entrando nella sala da pranzo parroc- -Senhora Claudia, me reconhece?, me reconhece?
chiale, T i t o vide per prima cosa, in una specie di trionfo di -Tito! O senhor Tito!
velluti e di frangie. tra i ritratti dì pochi eletti, un gran ritratto E também ela quis abraçá-lo, repentinamente comovi-
di sua madre. da, repentinamente com os olhos brilhantes. Aquela figu-
—Me t'aveva regalato lei. una sera, che si sentiva poco ra bufa era para Tito outra das caras evocações que lhe
bene, due giorni prima che lei nascesse, signor T i t o ! Era recordavam sua mãe e seus momentos mais doces. A se-
triste e aveva paura di morire. nhora Claudia tinha trabalhado em sua casa, muitos anos
T i t o fissò il ritratto, a lungo, in silenzio. atrás, quando ainda não era "a mãe do padre", e entran-
—Trent'anni fa! do na sala de jantar da paróquia a primeira coisa que
—Trent'anni fa. Tito viu foi, em uma espécie de troféu de veludo e franjas,
Apparve i l Reverendo, reduce dall'officio quotidiano, e entre os retratos dos poucos escolhidos, um grande retra-
accolse T i t o non come un amico in visita, ma come un to de sua mãe.
fratello che ritorna. Don Riccardo era uno spirito gaio, - Ela me deu de presente numa noite em que não se
pieno di schietta esuberanza,indulgente per tutti e per tutto, sentia muito bem, dois dias antes de você nascer, senhor
una coscienza sana di sacerdote, non privo di qualche valo- Tito. Estava triste e tinha medo de morrer.
re, ma balbuziente, balbuziente fino all'inverosimile. Per Tito olhou o retrato longamente, em silêncio.
questo la curia l'aveva confinato in quell'angolo senz'avveni- -Faz trinta anos!
re. T i t o fece colazione alla tavola linda, con dinanzi le -Faz trinta anos!
finestre azzurre di mare e di cielo, e intorno la schietta Apareceu o reverendo, voltando do ofício cotidiano, e
effusione dell'amico e dell'amica d'infanzia, serviti con pre- acolheu Tito não como um amigo de visita mas como um
mura dalla buona vecchia loquace, E correva tra quei com- irmão que regressa. Dom Riccardo era um homem feliz,
mensali diversi —la massaia scherzosa, il sacerdote.il solda- cheio de uma franca exuberância, indulgente com todos e
to, l'attrice delusa—una cordialità affettuosa fatta di ricordi em tudo, uma consciência sadia de sacerdote, não caren-
comuni e di una gentile fraternità di sentire. E T i t o pensava. te de alguma coragem, mas titubeante, titubeante até o

550
,s:-l!i"!:.

FBGOJraS DE Q V U H E H

Lettura

inverossimil. Por isso a cúria o confinara naquele rincão


sem futuro. Tito almoçou na mesa asseada, com as jane-
las à frente, azuis de mar e de céu, tendo em torno de si a
sincera efusão do amigo e da amiga de infância, servidos
com presteza pela boa anciã loquaz. E corria entre aque-
les diferentes comensais - a dona de casa brincalhona, o
sacerdote, o soldado, a atriz desiludida - uma cordiali-
dade afetuosa feita de recordações comuns e de uma gen-
til fraternidade de sentimentos. E Tilo pensava, em con-
traste, na gélida indiferença de poucos dias antes, namesa
per contrasto, alla gelida indifferenza di pochi giorni prima, dos tios, os únicos parentes que lhe restavam.
alla mensa degli zii, gli unici parenti che gli rimanessero -Ah! Como me sinto bem aqui!
ancora. Abraçou, tratou de abraçar a cintura desmesurada da
—Ah! come si sta bene qui! senhora Claudia, que depositava na mesa um prato de
sua invenção, pegou as mãos de Chiara e de dom Riccardo,
Allacciò, lento d'allacciare, la vita smisurata della signora
as colocou nas suas com uma ternura jamais provada.
Claudia che deponeva in tavola un piatto di sua invenzione,
prese la mano di Chiara e di don Riccardo, le mantenne -Como me sinto bem aqui! Lembrarei deste dia no lodo
nelle sue, con una tenerezza non provata mai. e no frio das trincheiras, para consolar-me.
—Come si sta bene qui! M i ricorderò di questo giorno, nel E se calou, com o olhar fixo em sua mãe, que lhe sorria
fango e nel freddo delle trincee, per consolarmi. desde a parede com olhos serenos.
E tacque con lo sguardo fisso a sua madre, che gii sorride- Chiara quis descer ao povoado, acompanhá-lo à esta-
va dalla parete con occhi calmi. ção. Faltava mais de uma hora para a partida.
Chiara volle scendere al paese.accompagnarlo alla stazio- - Sabe o que a gente pode fazer? Visitar o teatro, que
ne. Mancava più di un'ora alla partenza. não vi mais desde então. Quero ver se ainda está lá tua
—Sai che cosa si fa? Si va a visitare il teatro che non rivedo caricatura, aquela que eu desenhei com um carvão e você
più da allora. Voglio vedere se c'è ancora la tua caricatura, ficou ofendida.
quella che avevo disegnata io col carboncino; e t'eri offesa. - Vamos, vamos já. Mas sabe quem tem a chave? 0 co-
—Andiamo, andiamo subiio. Ma sai chi ha la chiave? I l veiro. Que piada! Teremos de passar na casa dele.
becchino. Che cosa buffa! Bisogna passare da lui. Desceram à casinha vizinha ao cemitério, tão felizes e
Scesero alla casetta attigua al cimitero, così lieti e scher- alegres que só quando atravessaram o umbral fúnebre dei-
zosi, che soltanto varcando la soglia funebre cessarono di xaram de rir e de falar. Passaram depressa pela casa dos
ridere e di parlare. Passarono in fretta nella casa dei morti mortos, bela e luminosa como um jardim sobre a ladeira
bella e luminosa come un giardino sul declivio che guardava que olhava o mar. E a alma de Tito somente sentiu uma
il mare. E l'anima di T i t o non provò che una dolcezza doçura tranqUUa ao dizer adeus à tumba de seus mortos.
riposata nel dire addio alla tomba dei suoi. Ao sair, retomaram de imediato a conversa, reencon-
Uscirono ricominciando a parlare subito, ritrovando alla trando no umbral sua alegria. Nenhum espetáculo triste
soglia la loro gaiezza. Nessun spettacolo triste può contrista- pode entristecer em certos dias de sol
re in certe giornate di sole. -Ah! Que bela é a vida! Parece impossível que um dia
—Ah! cornee bella lavila! Pare impossibile che un giorno devamos terminar aqui!
si debba finire qui! E riram-se loucamente atrás do coveiro aleijado, idio-
E fecero le malte risa dietro i l becchino storpio, scemo, ta, surdo, que não entendia o que lhe pediam e seguia
sordo, che non capiva di che cosa lo richiedessero e conti- repetindo a diferença de preço entre uma lápide de már-
nuava a ripetere la differenza di costo tra una lapide in more e uma de granito.
marmo ed una in granito. -Não, não! A chave, a chave do teatro! Do teatro!
—Ma no; la chiave; la chiave del teatro! del teatro! Finalmente entendeu e pouco depois reapareceu com
Capì finalmente, ricomparve poco dopo con un'enorme uma enorme chave do século XVIII, de ferro forjado.
chiave settecentesca, di ferro battuto. -Mas talvez os senhores não saibam. 0 edifício ainda
existe, mas o interior é ocupado pela prefeitura como ar-

551
^^GirJED--DCÍTflÍ.,
' P H U J T O S DE Q U I I l « I E ) E !
L

—Ma i signori forse non sanno. L'edifizio c'è ancora, ma mazém e depósito de lenha. Estão lá as ferramentas para
t'intento è stato adibito dal municipio ad uso di magazzino e os incêndios e o esgoto. A madeira e o carvão para as cre-
di legnaia. Ci sono gli attrezzi per gli incendi e la fognatura. mações...
La legna e il carbone per la cremazione... -Oh, pobres de nós! - E Tito e Chiara se olharam rindo
—Oh! poveri noi! —E T i t o e Chiara si guardarono ridendo com uma desolação grotesca. Chegaram ao cenário profa-
con una desolazione grottesca. Giunsero alle scene profana- nado. 0 teatro já não existia; do chão ao teto havia mon-
te. Il teatro non esisteva più: dal pavimento al soffitto tutto tes de trastes, de lenha, de ferramentas. Mas nos quartos
era ingombro di masserizie, di fascine, di attrezzi. Ma nelle adjacentes acharam algumas recordações do passado. Um
camere adiacenti ritrovarono qualche ricordo del passato. programa "Patas de mosca" pregado num armário, e abai-
Un programma «Zampe di mosca» inchiodato ad un arma- xo, a lápis, perfeitamente visível ainda sobre a madeira
dio, e sotto, a lapis, visibilissimi ancora sul legno chiaro i clara, os nomes dos atares "após uma noite memorável":
nomi degli attori «dopo una serata memorabile»: serata noite esquecida e atares desaparecidos! Contra a parede
dimenticata e attori dispersi! Contro la parete bianca di bianca de cal, desenhada a carvão, a figura de Chiara,
ealce, disegnata a carboncino la figura di Chiara, tracciata traçada sobre o contorno da sombra projetada pela vela. E
sul contorno dell'ombra proiettata dalla candela. E la figura afigura representava, melancolicamente démodée, a cin-
rassomigliava ancora un poco, malinconicamente dèmodée, tura de vespa, o cabelo armado de dez anos atrás.
la vita di vespa, le chiome a sbuffo di dieci anni prima, Ambos se calaram, suspirando, dando-se as mãos, e
I due tacquero, sospirando, tenendosi per mano e usciro- saíram do teatro muito mais tristes do que do cemitério.
no dal teatro più tristi assai che dal cimitero. A trent'anni si Aos trinta anos relembram-se os vinte com os tormentos
ricordano i venti con lo strazio della giovinezza che non si da juventude que não se resigna a morrer. E talvez em
rassegna a morire. E forse in nessun'età della vita è tanto nenhuma idade da vida é tão triste voltar-se atrás.
triste volgersi indietro. - Quatro horas. Já é tarde. Devemos nos apressar.
—Le quattro. Ê tardi. Bisogna affrettarsi. Chegaram à estação quase correndo, sem falar, a tempo
Giunsero alla stazione quasi di corsa, senza più parlare, in apenas de Tito saltar sobre o trem, entre o vozerio dos
tempo appena perché T i t o balzasse sul treno, tra ti vociare empregados e dos viajantes. E Chiara subiu ao estribo
degli impiegati e dei viaggiatori, E Chiara sali sul predellino para beijá-lo, e ele se esticava; o adeus foi terníssimo mas
a baciare lui che si protendeva; l'addio fu tenerissimo, ma sem lágrimas e sem clamores. E como os olhos dela se
senza lacrime e senza clamori. E poiché gli occhi di lei si umedeceram, Tito começou a brincar.
facevano un poco lustri. T i t o prese a scherzare., - Ah, Chiaretta, esquecia de dizer-le uma coisa. Que
—Ah, Chiaretta. mi dimenticavo di dirti una cosa. Che percebo que te quero e que se voltar me caso contigo!
m'accorgo di volerti bene e che se ritorno l i sposo, -Bobo!
—Sciocco! - E se não voltar...
—E se non ritorno... Chiarina saltou sobre o estribo mas não a tempo de ta-
Chiarina balzò sul predellino, ma non in tempo per tap- par-lhe a boca.
pargli la bocca. -Se não regressar, te nomeio minha herdeira universal.
—Se non ritorno ti lascio mia erede universale. Chiara tene de dar um salto atrás, sem poder dar-lhe
Chiara dovette balzare indietro, senza riuscire a dargli un um lapinha nas faces, mas seguiu ameaçando-o com a
buffetto sulle guancie, ma continuò a minacciarlo con la mão, enquanto o outro dizia que sim com a cabeça e a
mano, mentre l'altro accennava di si col capo e la mano sul mão sobre o peito, repetidamente, confirmando dessa
petto, ripetutamente, a confermare che non diceva per gio- maneira que não falava por brincadeira. E o trem se dis-
co. E il treno s'allontanava, s'allontanava. tanciava, se distanciava.
Chiara uscì dalla stazione con le due prime lacrime negli Chiara saiu da estação com as duas primeiras lágri-
occhi, senza pensare nemmeno per un attimo, lontanamen- mas nos olhos, sem pensar sequer por um instante, nem
te, che T i t o avesse parlato sul serio. de longe, que Tito tinha falado séiio.

552
BLUW-BlEfíPils.
Prumins Df I. h M f h

A/UNITÀ
CONVERSAZIONE

M a r i s a la c i v e t t a

Direção: Mauro Bolognini

M a r i a A l las io: Marisa

Renalo Salvatori: Angelo

Francisco Rabat: chele de eslaçâo

Ettore M a n n i : Luigi

Marisa, órfã de um ferroviàrio esozirilm no mundo, vende sorve- prometer-se com Luccicotto pouco antes que este viaje para Roma
tes e bebidos na estação de Civitaveccilia, na províruria de Roma, afim de prestar o serviço militar. Pouco antes ila partida de An-
onde sempre viveu. É uma moça muita bela e vivaz, que attui gelo, Marisa fica twiva de Luigi, mas Angelo, que veio vê-la em
muitosjovens, esprcialnienle Luccicotto, filho ilo proprietàrio ilo Chnlave(^ia,ossurpreejiaebdja>ido-se. O marinheiro, que ha-
bar da estação, e Luigi, o subchefe do terminal. Quando chega o via decidido pedir Marisa em casamento, incomodado e
novo chefe da estiiçáa de Civitavecchia, jovem e almenle, mas enciumado, molha a moça com uma das mangueiras usadas pe-
MMMN m u i t o seno e severo, as coisas se complicam pam Marisa, los ferroviários para lavar os rogòes, evolta decepcionado a bor-
O chefe, com efeito, considera que Marisa deve encontrar um do. Cottfusa, Marisa ileizaLuigie vai a Roma para ver Luccicotto.
emprego seguro e apresenta uma solicitação ao Ministério dos Dumntea volta, no treni, o chefe da estação, que por fim se havia
Transportes para conseguir que freqilcilc uma escota para apaixonado por ela, deixniulo sua noiva, pro/õe a Marisa que se
leiegmfistas. Marisa, nocnlanto, não quer abandonar a estação case com ele, mas esta rechaça a proposta, já que está gostando lie.
onde viveu Ioda a sua vida efaz lodo o possível panificar, serviíi- Angelo. Ao chegara Civitavecchia, Marisa surpreende Angelo, que
do-se da fasci nação que eteree sobre os homens. Após tentarem está cumprimentando na estação unta bailarina lie um teatro ile
vàOqiieoiwvochefeseeiurrnoredela, Marisa consegtiecotiveiicer variedades, com qtiem tinha se consolado depois do desengano
Luigi a, sem que o outro saiba, entregar a da a resposta positiva com Marisa- Enciumada efuriosa, Marisa motim Angelo com a
do Ministério à sdicitaçàb apresentada, para que possa rasgada. mangueira, para que este conipreeiula que tia tambétn está apai-
Enquanto isso, Marisa conhece o marinheiro Angelo, que com fre- xonada por ele. Apesar de todas as hesilações da jovem, A iigelo
quência desetiibarca em Civilavecdúa. Apesar de senlir-se atmí- consegueconveiuvr Marisa afazer as matas e acompanhá-lo até a
ikiporde.Marisaseãeixacortejarporotãtos, chegando a com- cidade ilde, onde será celebrado o casamento.

553
Gi.QBQ"-DíDJTfU_.--
PHTJDJTQE DE

UCTVETM-

Marisa conosce Angelo, un


marinaio imbarcalo su un
traghetto che fa la spola tra
Civitavecchia e la Sicilia. Tra i
due nasce subilo un 'infensa
simpatia.

Marisa
SCENA 1' A h ! Che discorsi"! Se q u e l l i del M i n i s t e r o m i
prendono a quella scuola, la strappo . 9

Marisa Luigi
Ciao! L a strappi?
Luigi Marisa
Ciao, Marisa. C e r t o ! Così l u i deve riscrivere, quelli riscri-
Marisa v o n o un'altra volta e i n t a n t o magari passa
E h ! T u sei l ' u n i c a persona che sa. N o n l'ho una settimana. E i n una settimana sai quante
d e t t o a nessuno che i l capostazione m i vuo-
2
cose possono succedere. Oggi, per esempio,
le spedire via . Soltanto a te, L u i g i !
3
i l capostazione si è degnato d i fare una pas-
Luigi seggiata " sulla spiaggia c o n me.
1

Eh già! I o sono per te c o m e un ... padre Luigi


confessore, eh? Come?
Marisa Marisa
E h , eh lo sai perché? Perché sei h u o n o . Tu... A h , ma per me i capostazioni sono c o m e dei
sei l ' u n i c o che m i capisce c o m e sono fatta padri.
d e n t r o , anche meglio d i me stessa... che sono
1
Luigi
una stupida. Sei p r o p r i o " una ragazzina, Marisa. U n a ra-
Luigi gazzina bugiarda'- e cattiva | L U I G I A P R E U N
T i capisco, M a r i s a , ma la lettera del Ministe- CASSETTO DELLA SCRIVANIA DEL CAPOSTAZIONE
r o n o n si tocca. E MOSTRA A MARISA UNA LETTERA|. Per questo
Marisa t i v o g l i o bene...
E perché? B e h , e che c'è d i male ? 5
Marisa
Luigi E allora?
Perché non è onesto. M a te lo sei m a i chie- Luigi
sto, M a r i s a , che cosa v u o l dire avere la co- No.
scienza pulita? Marisa
Marisa A h ! Così m i fai?! Così m i tratti? Bada c h e "
Uffa*', ma queste sono cose che riguardano pure t u Marisa te la g i o c h i , eh!... L u i g i , te la
voi u o m i n i . r i c o r d i quella volta a Pasquetta , che erava-
14

Luigi m o rimasti soli... c o n quella v e s p a che t'ave-


is

No, M a r i s a , n o n posso. E poi che d e v i legger- va pizzicato" sul naso, te l o r i c o r d i ? T u poi


1

la a fare la lettera del M i n i s t e r o ?


7 m i volevi baciare.

554
^KGirJBD--DBJT«.,-.
Fm[:in;;D Ì,I/.,IH,

Conversazione

Luigi
C e r t o che me l o ricordo.
Marisa
E io sono scappata via. E t i r i c o r d i quella
volta che siamo a n d a t i al luna p a r k e che 17

p o i t u hai v o l u t o andare nella casa dei miste-


r i . A n c h e quella v o l t a t u m i volevi baciare.
E h ! E io m'ero nascosta d i e t r o una m u m m i a .
T u , d o p o , quasi quasi piangevi...
Luigi
Certo, M a r i s a , ce le ho scritte t u t t e sul cuore
le cose che ho fatto c o n te.
Marisa
B e h , adesso te lo darei un bacio.
Luigi
| D À FINALMENTE LA LETTERA A M A R I S A E RICHIU-
Marisa, che non vuole lasciare l'ambiente in cui è vissuta, sfrutta DE CON R A B B I A IL C A S S E T T O ] Tieni... A l l o r a ?
l'amore che Luigi nutre per lei per farsi consegnare, e quindi Marisa
distruggere, una lettera del Ministero che la convoca a scuola.
Sono vacante! Q u e l l i n o n aspettano che m e . 18

M i p r e n d o n o , vado a scuola!
1. M a r i s a a p r o v e i t a a ausência d o tuguês a " d a r u m passeio". Luigi
chefe d a estação p a r a p e d i r a L u i g i 11. Proprio neste caso significa
que lhe entregue a r e s p o s t a d o M i - "realmente, c o m efeito". E i l bacio?
nistério dos T r a n s p o r t e s à s o l i c i - 12. Bugiardo é " m e n t i r o s o , em- Marisa
tação feita p a r a que pudesse fre- busteiro".
quentar os c u r s o s de telegrafista. 13. Bada che c o r r e s p o n d e e m
C i v e d i a m o più t a r d i , eh, L u i g i .
Para c o n v e n c e r L u i g i , p r i m e i r o português a " o l h a que..., t e m c u i - Luigi
t r a t a dc enciumá-lo, fazendo c r e r d a d o que..." e expressões afins.
que o chefe d a estação a corteja, T r a noi due c'è sempre una vespa o una
14. Pasquelta é t e r m o coloquial-
e depois o p r o v o c a c o m a p r o m e s -
f a m i l i a r c o m que se d e n o m i n a a m u m m i a , eh, Marisa? ~m.
sa de u m beijo.
segunda-feira de Páscoa, d i a em
2. Capostazione s i g n i f i c a "chefe que t r a d i c i o n a l m e n t e os que não
de estação". t i r a r a m folga durante o feriado
r e a l i z a m u m a pequena excursão
3. Spedire l i t e r a l m e n t e q u e r d i -
ao c a m p o . SCENA 2 19
fS
zer "enviar, r e m e t e r " ; spedire via
é f o r m a c o l o q u i a l que s i g n i f i c a 15. Vespa è "vespa".
" d e s p a c h a r a l g u é m , t i r ã - l o de 16. Pizzicare quer dizer "picar". Marisa
cima". 17. Luna Pati; quer dizer "parque
4. Observe a construção c o m voz de diversões".
C o m e si è fatto t a r d i . M i sembra già quasi
passiva de come sono fatia den- 18. L e m b r e d a construção n o n . . . notte.
tro, e q u i v a l e n t e c m português a che, e q u i v a l e n t e à p o r t u g u e s a Angelo
" c o m o sou i n t e r i o r m e n t e " . "não... mais que, se não".
5. Cile c'è di male?: expressão 19. É n o i t e alta. M a r i s a e Angelo, Eh, eh...
que c o r r e s p o n d e c m português a a p o n t o de se a p a i x o n a r e m u m Marisa
"o que t e m de errado?". pelo o u t r o , estão n o porto. M a r i s a
está c o n t a n d o a Angelo c o m o e r a
O h , n o n t i sarai mica messo i n testa che m i
6. C o m a f o r m a e x c l a m a t i v a
uffa! se i n d i c a f a s t i o , a b o r r e c i - sua v i d a de criança. sono i n n a m o r a t a d i te, eh?
m e n t o ; equivale e m português a 20. Lampara, embarcação usada Angelo
"ufa!". p a r a a pesca n o t u m a , dotada de
7. Che devi leggerla a fare é for- n m grande f a r o l ctija luz a t r a i os No, eh, eh...
m a c o l o q u i a l equivalente a perche peixes. Marisa
poi deci leggerla? ("e p a r a que 2 1 . Cristoforo Colombo ê u m co-
tens de lê-la?").
Com'è bella quest'ora! T r a p o c o escono le
n h e c i d o transatlântico pertencen-
8. C o m che discorsi M a r i s a refu- te ã f r o t a italiana. l a m p a r e per andare a pesca tutta la notte e
20

ta a argumentação s u s t e n t a d a p o r 22. Observe a construção d a fra- p o i entra i n p o r t o i l " C r i s t o f o r o C o l o m b o " ,


21

Luigi; c o r r e s p o n d e e m português se con tante di quelle luci, equi-


a "que conversa!, que papo!". valente e m português a " c h e i o de
c o n tante d i quelle l u c i ' ! Pensa, quand'ero
2

9. Strappare s i g n i f i c a "rasgar, luzes". piccola le contavo ogni sera e v e n i v o quassù


fazer em pedaços". 23. Sputare significa " c u s p i r " . per vedere g l i o m i n i p i c c i n i e p o i gli sputa-
10. F a r e una passeggiata é ex- 24. Venir voglia equivale em por-
tuguês a " d a r vontade".
v o " sulla testa.
pressão que c o r r e s p o n d e em por-

555
^Mjl^ELQBQ'-DlGJTHL.
'PFDDJTDS Dt rjuj iLiunuL ! L

LA CIVETM-

Angelo
N o n sei m i c a t a n t o c a m b i a t a .
Marisa
Stavo q u i fino a che veniva notte perché m i
piaceva avere paura. E p o i scappavo via.
A n d a v o c o i ragazzini a giocare alla guerra.
Angelo
N o n ho m a i conosciuto una ragazza così.
Marisa
Così come?
Angelo
Che m i fa quasi... venir v o g l i a d i piangere! 24

Marisa
E h m , che scemo che sei! 25

Angelo
Sei sempre stata sola?
Marisa
M a i ! l o ero fissa, i n stazione. C h i m i sgrida-
v a , c h i m i baciava, e quando v o l e v o star
26

sola m i dovevo andare a chiudere nei gabi-


netti 27

Angelo
Facevi ' n a bella v i t a !
2S

Marisa
Sì. Facevo c e r t i viaggi ! U n g i o r n o u n mac-
29

chinista m i prendeva e m i portava fino a Marisa, che è andata a Roma a trovare Luccicotto, viene
F i u m i c i n o . U n a l t r o g i o r n o m i prendeva
30
riaccompagnata in stazione dal ragazzo, innamorato di lei, e da altri
u n c o n t r o l l o r e e via fino a L i v o r n o , a M i l a -
31
commilitoni, a loro volta attraili dalia bellezza della ragazza.
no. E dove m i portavano m i portavano. Sta-
vo bene d a p p e r t u t t o . M a io parlo tanto d i
me... E t u c h i sei?
25. Scemo s i g n i f i c a "estúpido, tenções sérias a r e s p e i t o dele.
Angelo
bobo". 33. Vale l e m b r a r que n a fala co-
Uno. 26. S g r i d a r e quer dizer "admoes- loquial é frequente a n t e p o r u m ci
tar, repreender severamente". supérfluo ao v e r b o avere q u a n d o
IMARISA R I D E E SOSPIRA! !3! 27. Gabinetti são "lavabos, ba- este t e m v a l o r de " t e r " .
nheiros públicos". 34. Ammazzai, literalmente
28. "na é f o r m a do dialeto r o m a - "mata!", é forma exclamativa c o m
no c o r r e s p o n d e n t e a una. a qual se e x p r e s s a s u r p r e s a ,
29. Observe a construção facevo estupor, m a r a v i l h a
certi viaggi.', equivalente em por- 35. No dialeto r o m a n o , a prepo-
SCENA 3 3 2

tuguês a "fazia cada viagem!". sição dì, assim c o m o o p r o n o m e


30. F i u m i c i n o é localidade próxi- ti, c o s t u m a m ser c o n v e r t i d o s em
m a a Roma, onde a t u a l m e n t e f i c a dee te, r e s p e c t i v a m e n t e .
Fumetto
o a e r o p o r t o d a cidade. 36. No d i a l e t o r o m a n o , a expres-
T u q u a n t ' a n n i c i hai ? 33
3 1 . Controllore corresponde a são c o m i n c i a n o a pia'i dolori
Luigi "fiscal". quer d i z e r c o m i n c i a n o a v e n i r t i
32. L u i g i está n o parque de diver- i dolori.
Ventisei. sões c o m F u m e t t o , u m m e n i n o 37. E r mal de schiena; c o m o n o
Fumetto que c o s t u m a s e g u i r M a r i s a q u a n - caso anterior, também o a r t i g o il
A m m a z z a ! C i hai più d e v e n t a n n i . Sei
34 35 do vende bebidas e sorvetes aos se t r a n s f o r m a g e r a l m e n t e e m er,
passageiros d o s t r e n s p a r a d o s n a schiena é "costas".
vecchio. E uno quando arriva a u n a certa estação. Q u a n d o Luigi a c h a que 38. Dei pia'sempre la magnesia
età... M i n o n n o dice che... c o m i n c i a n o a pia' i M a r i s a não v a i aparecer, esta sur- pe' 'ndà de corpo c o r r e s p o n d e ao
d o l o r i , er m a l de schiena , dei p i a ' sempre
36 37 ge e, a n t e a declaração de a m o r i t a l i a n o devi pigliare setnpre la
de L u i g i , a c e i t a que ele a n a m o r e magnesia per andare di corpo
la magnesia pe' 'ndà de corpo ... 18
fazendo-o a c r e d i t a r que t e m i n - ( " l e m de t o m a r sempre a magné-

556
^KGIDBD--DBJT«.,-.

Conversazione

Luigi Luigi
A n d i a m o , va'! Basta!
Fumetto Marisa
T u ce l ' h a i i n i p o t i ?
39 40
M a , che p i a n g i , Luigi?
Luigi Luigi
No. Basta! P r i m a scherzavo a nc h' io, m a ora...
49

Fumetto Marisa
A l l o r a quando se' v e c c h i o te p o r t a n o all'o-
41
Ora...
spizio. Po' quanno morì , te fanno i l traspor- 43
Luigi
t o funebre a spese d e l C o m u n e . Poi te 4 1 44
T i amo. M e n t r e tu c o n t i n u i a scherzare, come
m e t t o n o d e n t r o a b u c a e n e m m e n o te ne 45
con tutti.
accorgi. Marisa
Luigi A h , io c o n t i n u o a scherzare?! E c h i te l'ha
A Fumé, vattene a d o r m i ' , va'! 4 5 d e t t o che scherzo?
Marisa Luigi
L u i g i , L u i ' , o h Dìo, credevo p r o p r i o de n o n E allora devi d e c i d e r t i .
t r o v a r t i più! Marisa
Fumetto I o , per me, avrei già deciso... 33
Finché c'è v i t a c'è speranza, eh, Luì? Bona-
notte.
Marisa
M i guardi... B e h , ma che te ne vai adesso?
D o p o tutta la corsa che m i hai fatto fare 47

per v e n i r t i a parlare. A h o ! , m a d i c o a te
SCENA 4 5 0

sa'! M a che è colpa m i a se oggi sei d o v u t o


4tl

andare sui lavori? T e potevi fermare c i n q u e


Angelo
m i n u t i , no? Sono stata una stupida! Facevo
meglio a fidanzarmi c o n Luccicotto,stasera. E io m i sposo.
Marinaio
| CANTICCHIANDO51] C i son tre cose al m o n d o
che n o n si s c o r d a n o : la gioventù, la m a m -
52

sia para c o n s e g u i r e v a c u a r " ) . que e s t o u f a l a n d o c o m voce!"; s a ' ma e i l p r i m o amore.


39. Tu ce l'hai é construção dia- é f o r m a apocopada de s a i . Angelo
k t a ) r o m a n a c o r r e s p o n d e n t e a tu 49. Scherzare corresponde a
li hai. "brincar".
I o m i sposo. Quella è u n angelo, ... è. H a i
40. R e c o r d e q u e e m i t a l i a n o 50. A n g e l o está n o b a r c o n o q u a l voglia d i girare c o n questo vascello fanta-
nipote s i g n i f i c a i n d i s t i n t a m e n t e é m a r i n h e i r o , que há p o u c o a t r a - sma! D o v e la t r o v i una c o m e quella? Se la
"sobrinho" e "neto". c o u e m Civitavecchia, a cerca de
4 1 . Se' c o n s t i t u i f o r m a apoco- 70 q u i l ó m e t r o s d a c i d a d e de
vedi t i sembra d i volare.
pada de s e i . Roma. A n g e l o se dispõe a descer Marinaio
42. Po ' quanno inori é expressão à t e r r a para v e r Marisa. E n q u a n t o
r o m a n a c o m s i g n i f i c a d o equiva-
Q u a n t o t e m p o è che filate ? 53

se p r e p a r a , c o n f e s s a a u m dos
lente a poi quando muori ("de- m a r i n h e i r o s sua intenção d c ca- Angelo
pois, quando m o r r e s " ) . sar-se c o m ela. H o aspettato u n mese che passasse questa
43. Spesa t e m o s i g n i f i c a d o de 5 1 . C a n t i c c J i i a r e s i g n i f i c a "can-
"gasto"; a spese di c o r r e s p o n d e tarolar".
settimana.
e m português a "à c u s t a de, a 52. Scordare é "esquecer". Marinaio
expensas de". 53. FUareé f o r m a c o l o q u i a l p a r a
Oh!
44. Comune, "prefeitura". " t e r relações a m o r o s a s " ; corres-
45. Dentro a buca c o r r e s p o n d e p o n d e em português a " s a i r j u n - Angelo
a dentro alia buca; buca é " c o v a " , tos, n a m o r a r " . L'ho conosciuta l'altra d o m e n i c a p r i m a d i
o u seja, " s e p u l t u r a " . 64. Prendere una scuffia é m o -
i m b a r c a r m i . S'è presa una scuffia per m e !
51

46. D o n n i ' é f o r m a apocopada d i s m o que s i g n i f i c a "apaixonar-se


de d o r m i r e . l o u c a m e n t e p o r alguém", A o h ! N o n ha mai baciato nessuno. E h , me
47. Corsa quer d i z e r " c o r r i d a " . 55. 0 m a r i n h e i r o está c a n t a r o - ne sono accorto perché n o n respirava dal na-
48. Ano.', ina dico a te sa '.' cor- l a n d o a l g u m a s estrofes de u m a
r e s p o n d e e m português a ' o l h e ,
so. È u n angelo, è.
famosíssima canção p o p u l a r

557
^KGirJBD--DBJT«.,-.
Fm[:in;;D Ì,I/.,IH,

Marinaio
A h ! [ C A N T I C C H I A N D O ] L a gioventù la passa,la Il capostazione, innamoratosi a sua volta di Marisa, lascia per lei la

m a m m a m u o r e , quello che n o n si scorda è i l fidanzata intenzionato a sposare la giovane.

p r i m o amore ... Ah...


55

Angelo
E io m i sposo! [ L A N C I A U N C U S C I N O A D D O S S O
ALMARINAlOl
Marinaio Che siano sinceri? Che m i vogliano bene?
Oh, ma c h i che te p i i a ! 56
fflS No... Se io c i fossi s t a t a , sai da quanto tem-
59

po m'avrebbero p i a n t a t a . 60

Capostazione
Sei una ragazzina.
Marisa
SCENA 5-" m Si, 'na ragazzina.
Capostazione Capostazione
M a r i s a , ciao. Q u a n t o t'ho guardata t u t t i questi g i o r n i , an-
Marisa che quando n o n te ne accorgevi.
Che cosa vuole ora? M i lasci i n pace! Marisa
Capostazione L o so.
Marisa... Capostazione
Marisa T i r i c o r d i la p r i m a volta che c i siamo visti?
T u t t i , lasciatemi i n pace. Marisa
Capostazione M a c o m e no?
M a che cosa ha fatto? Capostazione
Marisa H o avuto paura d i te. Per questo ho pensato
M i sono stufata , ecco. N o n ne posso più!
58 d i m a n d a r t i via dalla stazione. Per u n mo-
Capostazione m e n t o t i ho p e r f i n o odiata. E r i insopporta-
61

M a d i che cosa? bile con t u t t i quegli u o m i n i i n t o r n o e quelle


Marisa tue smancerie . 62

D i v o i u o m i n i . L u c c i c o t t o , Luigi... t u t t i ugua- Marisa


li questi disgraziati. E che cosa crede lei? E ma io che c i p o t e v o fare?

558
' m u r r o s DE rjufiLOfCE !L

Conversazione

Capostazione di quel g i o r n o che è venuta per la p r i m a


Niente. E neanch'io, niente. Cosi m i sono volta a t r o v a r m i Luisa e siamo saliti sulla
i n n a m o r a t o d i te. Quante volte sono stato carrozzella ? 67

per b a c i a r t i , che t u volessi o no. I n camera


63
Marisa
mia o quel g i o r n o sulla spiaggia . T i r i c o r d i ?
64 Beh?
Marisa Capostazione
M a perché m i d i c i ora t u t t o questo? È in q u e l m o m e n t o che ho pensato: "Questa
Capostazione s t u p i d e l l a . i m p i c c i o n a * e civetta me la spo-
6 611

T u n o n m i sposeresti ', Marisa? 6 so i o " .


Marisa Marisa
Ma... E h . . . IRIDE]
Capostazione Capostazione
N o , n o n subito, magari i n seguito . T i ricor- 66
L o sai. M a r i s a , oggi ho chiuso " c o n la mia 7

Marisa, che ha molti spasimami, è indecisa sulla scelta: sente però di


fidanzata. A b b i a m o litigato subito dopo che 71

essere sempre più attratta da Angelo, il marinaio conosciuto da pache tu c i hai lasciati. Per t u t t o i l pomeriggio sono
sei lima ne. stato i n stazione ad aspettarti.
Marisa
M i spiace ! 72

Capostazione
N o n i m p o r t a . Sei venuta, [ C E R C A D I B A C I A R L A j
Marisa
N o , no, n o n posso, non posso.
Capostazione
M a perché?
Marisa
Perché sono i n n a m o r a t a d i u n a l t r o .

milanesa c h a m a d a " P a n a Roma- 62. Smanceria quer d i z e r " a f ela-


n a " , n o m e p r o v e n i e n t e de u r n a ção, denguice".
das m a i s características p o r t a s 63. Recorde-se que slare per sig-
das antigas muralhas d a cidade de n i f i c a e m português "estar para,
Milão. estar a p o n t o de".
56. Ma chi che te piia é f o r m a 64. Spiaggia, "praia".
d i a l e t a l r o m a n a d e ma chi ti 65. O b s e r v e a q u i a construção
piglia ("o que há c o m v o c ê ! " ) . sposare qualcuno, c o r r e s p o n d e n -
67. M a r i s a v a i a Roma e n c o n t r a r te e m português a "casar-se c o m
L u c c i c o t t o , q u e está f a z e n d o o alguém*.
serviço militar. N o t r e m , de v o l t a 66. In seguilo significa " m a i s tar-
a Civitavecchia, o chefe d a esta- de, n u m segundo m o m e n t o " .
ção, que j á t i n h a viajado c o m ela
67. Carrozzella é carruagem
n a ida. e n t r a em sua cabine e lhe
p a r a passageiros p u x a d a p o r t u n
diz que d e i x o u s u a n o i v a L u i s a
só cavalo.
porque está apaixonado p o r ela,
68. Impiccione se diz de pessoa
Marisa. Esta, no e n t a n t o , r e c u s a
a p r o p o s t a porque está apaixona- intrometida.
d a por Angelo. 69. Civetta, l i t e r a l m e n t e " c o r u -
ja", é referido normalmente a uma
58. Stufarsi significa "cansar-sc, m u l h e r c o m o s i g n i f i c a d o figura-
fartar-se". do de "coquete".
59. Neste caso, starci é expres- 70. N e s t e caso, chiudere ("fe-
são c o l o q u i a l que significa " c o n - c h a r " ) s i g n i f i c a " r o m p e r " , e se
sentir, aceitar u m a proposta, ade- refere especificamente a u m a r e -
rir a ela". lação a m o r o s a
60. A q u i piantare quer dizer "dei- 71. Liíiffaretemosignificadode
xar, abandonar alguém". "brigar, lutar".
6 1 . Perfino s i g n i f i c a "até, até 72. A/ispíoccnestecontextosig-
mesmo". nifica " s i n t o m u i t o " .

559
'.Gj-QBO'-DJCJTfìJ. i^.
n m r r r c DE QinuDHi H

W CíVETrA-

SCENA 6 " Marisa


F u m e t t o , F u m e t t o , f a m m i un favore. Diglie-
Fumetto l o t u agli altri in stazione che me ne sono
Marisa, M a r i s a , dove vai? andata.
Marisa Angelo
Questo m i p o r t a v i a !
74
V i e n i . Marisa.
Fumetto Marisa
V i a dove? Salutameli t u t t i . Pure t u n o n n o e i l sor E m i - 77

Marisa l i o . D i ' a L u i g i che m i p e r d o n i e pure i l


A casa sua. capostazione. Dà u n bacio a L u c c i c o t t o ,
Angelo quando t o r n a . A d d i o !
Presto, Marisa! Pedala ' che i l " T i r r e n o " se
7
Fumetto
ne va. M a r i s a , ma non t o r n i più?
Fumetto Marisa
Che t i sposi per davvero? No!! i
Marisa
M i sa d i sì, Fumé.
Fumetto
C o n la corona d'aranci i n testa? 73. M a r i s a e A n g e l o estào cor- - os r a p a z e s c o m o s q u a i s fler-
Marisa r e n d o para pegar o T i r r e n o * , o t o u , a n t e s de se a p a i x o n a r p o r
b a r c o a t r a c a d o em C i v i t a v e c c h i a Angelo.
Sì. que o s levará ao p o v o a d o dele, 74. Questo mi porta iria equiva-
Fumetto o n d e se casarão. F u m e t t o os vê le a ""este m e leva c o m ele",
e p e r g u n t a a M a r i s a o n d e vão. 75. Pedalare ("pedalar*) consti-
E c o l p r e t e che v i benedice?
76

M a r i s a lhe diz que v a i se casar e t u i f o r m a coloquial para affret-


Marisa que não voltará m a i s à estação tarsi ("apressar-se").
Sì, F u m e t t o ! ! o n d e s e m p r e v i v e u . A moça pede 76. Prete, "padre".
a F u m e t t o q u e saúde t o d o s os 77. Pure tu nonno é f o r m a d i a -
Fumetto
amigos, especialmente Luigi, o I c t a l r o m a n a p a r a anche il tuo
M a r i s a , e quando torni? c h e f e d a estação, e L u c c i c o t t o nonno.

Marisa e Angelo,
dopo tante
incomprensioni,
scoprono di amarsi
veramente. La
ragazza lascerà per
sempre la sua
stazione per seguire
il marinaio al suo
paese, dove si
sposeranno.

560
* :-!j= \
s !
GLOBO-DIGJTAL :•.
-

Fm[:in;;D Ì,I/.,IH,

ITALIANO PER USI SPECIALI


I n cerca di lavoro

Ouça na fita a conversa entre Ugo Rossi, um jovem em busca de trabalho, e o chefe de
pessoal de uma empresa.

Segretaria Passi p u r e , i l C a p o del Personale la sta aspettando. 3g


Ascoltate Capo del Personale Si a c c o m o d i , prego.
Ugo Rossi Grazie. N o n appena ho letto i l vostro a n n u n c i o sul giornale, h o
pensato che questa potesse essere l'occasione che aspettavo da t e m p o e
che s o p r a t t u t t o m i interessava d i più . Spero che questa sia la v o l t a b u o n a ,
1 3

perché v o r r e i sistemarmi d e f i n i t i v a m e n t e : sono stanco d i c o n t i n u a r e a


c a m b i a r e posto nella speranza d i trovare un l a v o r o soddisfacente.
1

Capo del Personale G l i e l o auguro d i cuore. Questo sarebbe per lei i l suo
p r i m o impiego fisso, se n o n vado e r r a t o ; c o m u n q u e non si p r e o c c u p i : per
n o i ciò n o n è pregiudizievole. Nella nostra d i t t a , d o p o u n breve periodo d i
p r o v a e d i t i r o c i n i o , lei riceverà u n i n q u a d r a m e n t o relativo alle mansioni
che le v e r r a n n o affidate, salvo che, n a t u r a l m e n t e , lei non risulti idoneo a
questo lavoro.
Ugo Rossi Fino ad o r a ho alternato l a v o r i saltuari a i m p i e g h i part t i m e , 4

ma l i h o lasciati perché non m i soddisfacevano e q u i n d i non m i sentivo


c o m p l e t a m e n t e realizzato. D e l resto suppongo che lei abbia l e t t o i l m i o
" c u r r i c u l u m vitae".
C a p o del Personale Sì, l'ho visto e l'ho analizzato. A q u a n t o p a r e \ lei
conosce bene l'inglese, ha un'istruzione universitaria, e, data la sua giovane
età, ha davanti a sé t u t t o il t e m p o per fare una brillante carriera. Sarebbe
disponibile per eventuali t r a s f e r i m e n t i all'estero?
Ugo Rossi M a g a r i fosse v e r o ! A d o r o viaggiare, conoscere gente nuova e
c u l t u r e diverse. I n questo senso non ho p r o b l e m i perché non sono sposato e
n o n v o r r e i , almeno per o r a , prendere i n c o n s i d e r a z i o n e legami sentimentali
d u r a t u r i . P r i m a d i f o r m a r m i una famiglia, i n f a t t i , desidero mettere alla
prova le mie capacità e riuscire ad a f f e r m a r m i nel campo del l a v o r o .
C a p o del Personale L a capisco perfettamente: q u a n d o si è g i o v a n i , ogni
cosa diventa entusiasmante e si v o r r e b b e r o fare u n m u c c h i o ' ' d i esperienze.
Sappia c o m u n q u e che gli inìzi sono sempre p i u t t o s t o d u r i e che, a volte, si
può essere presi dallo s c o n f o r t o , c i si può sentire delusi, s o p r a t t u t t o se si è
costretti a viaggiare i n c o n t i n u a z i o n e , senza una d i m o r a fissa.
Ugo Rossi H o r i f l e t t u t o a l u n g o su questo aspetto, ma sono p r o n t o a
7

provare e ad affrontare le i n e v i t a b i l i difficoltà. Ce la metterò t u t t a e spero' 8

di r i u s c i r e !
L. N a s o r a ç õ e s s u p e r l a t i v a s e
comparativas que náo l e v a m e s p l i -
c i t o o segundo t e r m o d a c o m p a -
ração, piàAneno vão p r e c e d i d o s
d a preposição di; questo è il lavoio
che mi interessa di più ("este é o
t r a b a l h o qoe m e interessa m a i s " ) ;
u n tempo il traffico era di meno
("antes h a v i a m e n o s trànsito");
questo lavoro mi interessa più
dell'altro ("este t r a b a l h o m e inte-
ressa m a i s que o o u t r o " ) .
2. Essere la volta buona signifi-
ca que p o r fini se apresenta a oca-
sião esperada p a r a poder r e a l i z a r

561
'FHUJTDS Dt O J f l t í l f l D E !
L

ItàJiano p e r u s i speciali

C a p o del Personale L a vedo pieno d i entusiasmo e d i iniziative; t e r r e m o


c o n t o d i t u t t o ciò e la r i c h i a m e r e m o nei prossimi g i o r n i per c o m u n i c a r l e le
nostre decisioni. se

Complete livremente as partes que faltam do seguinte resumo do diálogo anterior.

U g o Rossi sul giornale e ha pensato che ... che aspettava d a t e m p o e


quella che ....
Il Capo del Personale g l i dice che, d o p o riceverà u n i n q u a d r a m e n t o
relativo....
U g o Rossi conosce universitaria, e , a v r à davanti a sé ....
I l Capo del Personale lo ... per....

o u r e s o l v e r algo. horário reduzido c o m relação ao tão de areia"); c'è un mucchio di


3. V a l e l e m b r a r q u e o v e r b o n o r m a l p r e v i s t o n o c o n t r a t o cc- gente ("há u m montão de gente").
continuare + a + i n f i n i t i v o corres- l e t i v o ; pode-se d i z e r também a 7. A lungo è u m a locução adver-
p o n d e e m português a ' c o n t i n u - mezza giornata. b i a l equivalente e m português a
ar, seguir" + gerúndio. Por e x e m - 6. A quanto pare c o r r e s p o n d e molto, lungamente.
p l o : C o n t i n u o a lavorare in em português a "segundo parece, 8. Mettercerla íutía, m o d i s m o
questa ditta ( " C o n t i n u o t r a b a - parece q u e " e afins. que significa empenhar-se a f u n -
l h a n d o nesta empresa"). 6. Mucchio equivale e m p o r t u - do n a realização de algo: lo stu-
4. Part time ê u m a n g l i c i s m o guês a "montão", t a n t o e m senti- dente ce la mette tulta per prendere
m u i t o generalizado, c o m o q u a l se do e s t r i t o c o m o figurado: ce un buoni voti ("o estudante faz t o d o o
i n d i c a o c o n t r a t o de t r a b a l h o de mucchio di srtooia ("há u m m o n - possível p a r a t i r a r boas notas").

0 quadro a seguir resume o uso dos principais modos e tempos verbais em orações subor-
Osservate dinadas e da correspondente concordância temporal.

PRESENTE PASSADO

1. vedo che è l u i vidi/vedevo che era l u i


Í non c r e d o 1 (non credevo ì
< spero > che sia l u i \ speravo > che fosse l u i
[ m i spiace J [ m i spiacque J

ATUAL

2. te lo dirò quando verrai [ t i dissi che| te l o avrei d e t t o quando


saresti venuto
t i d i c o d i venire t i dissi d i venire
m i dice che vada da l u i m i disse che andassi da l u i
n o n c r e d o che venga n o n credevo che venisse

FUTURO

n o n i n i z i e r e m o i lavori finché [disse che] n o n a v r e m m o iniziato i


n o n avremo [avuto] i l l a v o r i finché nop avessimo avuto i l
permesso permesso*

* ANTEFUTURO

562
^KGITJBD--DBJT«.,-.

Italiano p e r u s i speciali

{
4. se avrò soldi Í comprerò ì se avessi avuto i soldi avrei
c o m p r a t o quel v i l l i n o
se avessi J [comprerei]
—quel v i l l i n o

CONDICIONAL

5. vedo che sei stato qua vidi che eri stato q u a


non c r e d o che t u sia stato qua non credevo che t u fossi stato qua

ANTEPRESENTE

ANTEPASSADO

6. quando saranno finiti i lavori |gli dissi che| q u a n d o fossero stati


c i trasferiremo finiti i l a v o r i , c i saremmo trasferiti

ANTEFUTURO

* Note que na subordinada temporal se usa o subjuntivo em vez do futuro do pretérito para
evitar a repetição do mesmo tempo.

A Conjugue o verbo entre parênteses no tempo e modo correspondentes.


Esercizio
1. Q u a n d o ... ( n o i , ricevere) l'ordinazione, le sapremo dire se abbiamo a
disposizione q u a n t o da l e i richiesto.
2. V i o r d i n i a m o ... ( v o i , rispettare) i l regolamento!
3. Se ...(essi, avere) la possibilità d i venire, sicuramente non m a n c h e r a n n o
alla c e r i m o n i a .
4. N o n appena ... ( l u i . laurearsi), chiederà una borsa d i studio per seguire
un corso d i perfezionamento all'estero.
5. M i c o m u n i c a n o ... ( i o , presentarsi) i m m e d i a t a m e n t e i n questura per
richiedere i l permesso d i soggiorno.
6. N o n ce ne andiamo da questa casa finché n o n . . . ( n o i , ricevere) c o m u n i -
cazione ufficiale d i sfratto.
7. Siamo sicuri che i l a d r i ... (entrare) d a l l a finestra perché la p o r t a
d'ingresso n o n è stata forzata.
8. Nessuno pensa ... {voi, essere) i responsabili dell'incidente.
9. Siamo m o l t o d i s p i a c i u t i . . . ( n o i , n o n potere) soddisfare le sue richieste.
10. Se m i . . . (essi,dare) un a n t i c i p o sullo s t i p e n d i o , e v i t e r e i d i dover andare
in banca a prelevare ancora soldi.

B Transfira para o passado as orações do exercício anterior, mantendo a concordância


requerida.

563
'PHUJTDS DE QUIll.tJrlLE !
L

Italiano p e r u s i speciali

Vocabolario

affidare (v.i.) confiar


attitùdine (s.f.) atitude
delusione (s.f.) desilusão, decepção
duraturo (adj.) duradouro
in attesa di (l.a.) à espera de
tegame (s.m.) união, vínculo
mansione (s.f.) encargo, obrigação
sconforto (s.m.) desânimo
sistemarsi (v.pron.) estabelecer-se
t i r o c i n i o (s.m.) aprendizagem
trasferimento (s.m.) transferência

R e s p o s t a s d o s exercícios

Ascoltate 7. Siamo sicuri che i ladri sono entrati dalla finestra perché la porta
Ugo Rossi ha letto un annuncio sul giornale e ha pensalo che quella era d'ingresso non è stata forzata
l'occasione che aspettava da tempo e quella che soprattutto lo interes- B Nessuno pensa che voi siate i responsabili dell'incidente
sava di più- 9 Siamo molto dispiaciuti di non polere soddisfare le sue richieste.
li Capo del Personale gli dice cne. dopo un breve periodo di prova e di tiro- 10 Se m i dessero un anticipo sullo stipendio, eviterei di dover andare in
cinio, riceverà un inquadramento relativo alle mansioni che gli verranno banca a prelevare ancora soldi
affidate, salvo che naturalmente, non risulti idoneo al lavoro Che gli si offre.
Ugo Rossi conosce bene l'inglese, ha una istruzione università ria. e. data
B
la sua giovane età, avrà davanti a sé tutto il tempo per tare una brillante
carriera 1. [Le dicemmo che] quando avessimo ricevuto l'ordinazione, le
avremmo saputo dire se avevamo a disposizione quanto da lei ri-
Il Capo dal Personale lo richiamerà nei giorni successivi pei comunicargli chiesto.
le decisioni prese.
2. Vi ordinammo d rispettare il regolamento!
1

3. Se avessero avuto la possibilità divenire, sicuramente non sarebbe-


Osservate ro mancati alfa cerimonia.
A 4. Non appena si l u laureato, chiese una borsa di studio
Quando riceveremo l'ordinazione, le sapremo dire se abbiamo a
1 5 Vollero che m i presentassi immediatamente in questura per richie-
disposizione quanto da lei richiesto. dere il permesso di soggiorno.
2 Vi ordiniamo di rispettare il regolamento! 6 Non ce ne saremmo andati da questa casa finché non avessimo ri-
3. Se avranno la possibilità di venire, sicuramente non mancheranno cevuto una comunicazione ufficiale di sfratto.
alla cerimonia. 7. Eravamo sicuri che Madri erano entrati dalla finestra perché la porta
4 Non appena si sarà laureato, chiederà una borsa tìisiudio per segui- d'ingresso non era stata forzata
re un corso di perfezionamento all'estero. 8 Nessuno pensava che voi fosté i responsabili dell'incidente.
5. Vogliono che io mi presenti immediatamente in questura per richie- 9 Fummo molto dispiaciuti di non aver potuto soddisfare le sue ri-
dere il permesso di soggiorno. chieste
6 Non ce ne andiamo da questa casa finché non riceveremo/avremo 10 Se mi avessero dato un anticipo sullo stipendio, avrei evitato di do-
ricevuto una comunicazione ufficiale di sfratto ver andare in banca a prelevare ancora soldi.

564
WGUJHJ'-DJHTflLÉ
PftXUl JÍ DE GurVOtt h

C/UNITÀ DAL VIVO


Ouça na fita as seguintes
frases, observando as
diferenças léxicas e
sinta ti cas entre os dois
registros linguisticos.

a • língua coloquial
familiar
b = língua comum
padrão

l. a) C r i b b i o ! Per u n pelo m i sono lasciato fregare dai p u l o t t i ! 1


*
A c c i d e n t i a l o r o ! È la terza volta che m i beccano!

b) Caspita! Per u n r i t a r d o d i qualche m i n u t o sono stato sorpreso dai


p o l i z i o t t i . M a l e d i z i o n e ! M i hanno c o l t o in fallo già tre v o l t e !

2. a) Cosa v u o l d i r e m e t t e r t i una m u l t a q u a n d o sanno benissimo che n o n si


trova u n posto neanche a spararsi ?! 2

b) Che senso ha appioppare una m u l t a d i d i v i e t o d i sosta q u a n d o n o n


sarebbe c o m u n q u e possibile trovare u n parcheggio regolare?

3. a) M a cosa te la prendi'? Che faccia d i t o l l a che sei! C o m e se t u n o n 4

facessi sempre i t u o i c o m o d i !

b) N o n capisco perché t i i r r i t i t a n t o ! H a i una bella faccia tosta, però! I n


fondo t u fai sempre quello che t i pare, senza preoccuparti t r o p p o degli
altri.

4. a) Che razza dì d i s c o r s i ! C o n te tanto vale non parlare, n o n capisci u n


5

t u b o . V a ' a quel paese , va'! 11

b) I t u o i sono discorsi senza senso! È inutile parlare c o n te, n o n capisci


niente! Lasciamo perdere...! #

1. Pillotto, termo dialetal c o m o significa "levar algo mal, enfadar- c o r r e s p o n d e e m português a ("Que idiota i s ! Nâo vês o que es-
qual s e i n d i c a familiarmente o se, preocupar-se": seta prende per "cara dura, r a n n i e - p a u " tás fazendo?").
policial; p u l a é 'polícia .
-
un nonnulla ("se aborrece por 5. E m f r a s e s e x c l a m a t i v a s , I 6. Va' a quel paese: m a n d a r al-
2. Non riuscire a fare qualcosa nada"}; se Ia prende troppo per il razia ("raça') significa tipo o u guém a quel paese, a fartifriggere.
neanche a spararsi quer dizer lavoro ("preocupa-se demais com qualidade de pessoa o u c o i s a , es- '•• a farsi fodere, e outras, é locução
nâo conseguir fazer algo de ne- o trabalho'). pecialmente com valor deprecia- leiemente vulgar que correspondi'
nhuma maneira. 4. f a c c i a di' lolla, assim como tivo: che razza di imbecille sei! em português a "mandar alguém
3. Prendersela, modismo que / a c c i a di bromo, faccia tosta. Non vedi cosa stai combinando? plantar balatas" e afins.

565
'prauTOS DE OJfll.rjffflE !
L

Modi di dire

/ e DIVELTATO

I Dì FUOCO /

Literalmente significa "tornar-se de fogo"; quer dizer niborizar-se violentamente por


timidez ou raiva.

2. Soffiare sul fuoco.


Literalmente, "soprar o fogo"; tem o sentido figurado de fomentar discórdias ou pai-
xões já bastante acesas; corresponde em português a "pôr lenha na fogueira".

3. T r o v a r s i tra due f u o c h i .
Literalmente, "encontrar-se entre dois fogos"; diz-se de quem se acha entre dois adver-
sários, dificuldades ou ameaças de igual perigo.

_ 4. Scherzare col fuoco.


Significa brincar com o perigo ou afrontá-lo com muita tranquilidade; corresponde em
português a ""brincar com fogo". f£j

566
^KGlfJBD--DBJT«.,-.
FIU[:N:Ì:;D O . J H Ì ••!

D/UNITÀ UN PO' DI GRAMMATICA


Complete cada oração com a preposição adequada.
Esercizio
Exemplo:
Uno Questo sarebbe ... lei il suo primo impiego...
Questo sarebbe per lei il suo primo impiego...

1. T e Io d i c o ... a n t i c i p o : ... quelle sciarpe ... cachemire non fanno sconti ...
sorta!
2. ... il c o m p l e a n n o . . . m i o m a r i t o ho pensato ... regalargli un paio... scarponi
... andare... montagna.
3. Sarebbe o r a che tu t i decidessi... sostituire questo c a p p e l l i n o che risale ...
i t e m p i ... l'arca ... N o è !
4. ... questa giacca ... c a m m e l l o starebbe bene u n c o l l o ... visone.
5. ... i l piano ... sopra ho visto u n o zaino ... tessuto i m p e r m e a b i l e che
potrebbe essere adatto ... t u o figlio q u a n d o va ... campeggio.
6. ... quando abito ... questa zona, passo o g n i g i o r n o ... qua a vedo sempre
esposti... vetrina ... i capi deliziosi.
7. ... i l r e p a r t o u o m o p o t r e m o acquistare i calzini... tennis... c u i fanno tanta
pubblicità ... televisione.
8. ... i p r i m i freddi dovrò p r o c u r a r m i u n buon foulard ... lana ... mettere ... i l
cappotto.

Esercizio Responda afirmativamente e depois negativamente as seguintes perguntas, substituindo


os complementos pelos respectivos pronomes.

Due Exemplo:
M i accomodo? (lei)
Sì accomodi/Non si accomodi.

1. Le pulisco le candele dell'auto? (lei)


2. Le lavo i vetri signora? (tu)
3. V e r n i c i a m o anche le porte e le finestre? (voi)
4. G l i d i c o d i venire d o m a n i alle tre? (lei)
5. T i ingrandisco queste belle fotografie? (tu)
6. G l i d i c i a m o che cosa è successo alla sua famiglia? (noi)
7. M a n d i a m o un telegramma agli sposi per far l o r o g l i auguri? (voi)
8. T i m e t t o l a pila nuova nel rasoio? (tu)

567
U n p c ' di g r a m m a t i c a

Compiete com (non) appena + verbo conjugado oxi dopo/subito dopo + infinitivo compos-
Esercizio to, ou com ambos, segundo a necessidade . 1

Tre Exemplo:
... (io, leggerei i l vostro annuncio sul giornale, ho pensato che questa potesse essere
l'occasione che aspettavo,
[Non\appena ho letto/Dopo aver letto il vostro annuncio sul giornale, ho pensato che questa
potesse essere l'occasione che aspettavo,

1. ... {egli, finire) i l discorso, verrà servito u n p i c c o l o rinfresco.


1. Q u a n d o se p r e c i s a d i z e r que 2. ... (egli, t e r m i n a r e ) i l p r i m o c a p i t o l o , c e r t a m e n t e prenderà una tazza d i
u n i a ação começa i m e d i a t a m e n - cioccolata c o n n o i .
te depois de o u t r a , p o d e m usar-
se as seguintes construções:
3. ... ( n o i , p r o p o r r e , a lei) d i uscire c o n n o i , m i sono p e n t i t o d i averglielo
a) appena/non appena • v e r b o detto.
conjugado, t a n t o se o s u j e i t o 4. ... (esse,essere effettuato) le r i f o r m e che h o p r o p o s t e l e c o n d i z i o n i d i voi
é o m e s m o c o m o se è d i f e r e n -
te: appana/non appena (io)
t u t t i m i g l i o r e r a n n o assai.
verrò, (io) ti dirà tutto 5. M i ha assicurato che ... (egli, finire) d i fare quella t r a d u z i o n e , verrà a
("quando chegar te direi
salutarti.
t i l d o " ) ; appena/non appena
(egli) verrà, (io) gli darò il 6. ... (io,lavare) pentole e tegami,avrò pur i l d i r i t t o d i andarmene u n p o c o a
benvenuto { " q u a n d o chegar, spasso anch'io!
l h e d a r e i boas-vindas");
b) dopo/subito dopo + i n f i n i t i v o
7. ... (voi, abbandonare) le vostre assurde posizioni, riaprirò le trattative
c o m p o s t o q u a n d o o sujeito é o con voi.
m e s m o : dopo/subito dopo
8. ... (egli,sapere) che era stato ammesso al c o n c o r s e s i mise d'impegno per
(egli) averpreso la camomilla,
(egli) si calmò un poco. prepararsi e v i n c e r l o .

Esercizio Use a forma contrária do adjetivo grifado em cada oração, como no exemplo.

Quattro Exemplo:
Dopo un lungo periodo di prova.
Dopo un breve periodo di prova.

1. D e i d u e , io preferisco decisamente i l vaso trasparente.

568
'prauTOS Dt OJfll.rjflDE !
L

U n po' di g r a m m a t i c a

2. N o n c o m p e r o questa anfora perché stona c o l m i o a r r e d a m e n t o : è t r o p -


po moderna.
3. M i h a n n o servito una porzione abbondante d i m a c c h e r o n i .
4. N o n riesco p r o p r i o a d o r m i r e c o n u n cuscino così soffice!
5. Le bistecche che m i ha dato ieri erano m o l t o dure.
6. La besciamella che ho fatto è risultata^ u n po' liquida.
7. A b b i a m o iscritto i l b a m b i n o a una scuola pubblica.
8. È alto d i statura per la sua età!

Vocabolario piano (s.m.) andar


pulire (v.t.) limpar
andare a spasso (v.per.) dar um passeio rasoio (s.m.) barbeador
calzino (s.m.) meia masculina reparto (s.m.) seção, departamento
campeggio (s.m.) acampamento Scarponi (s.m.) sapato de montanha
candela (s.f.) vela sciarpa (s.f) cachecol
cappotto (s.m.) casacão sposi (s.m.) noivos
cuscino (s.m.) almofada tegame (s.m.) frigideira
fare le mani (v.per.) fazer as unhas tessuto (s.m.) tecido, pano
foulard (gal.s.m.) lenço para o pescoço trattativa (s.f.) negociação
giacca (s.f.) paletó vaso (s.m.) vaso
migliorare (v.i.( melhorar verniciare (v.í.) pintar
pentirsi (y.pron.) arrepender-se vetrina (s.f) vitrina
péntola (s.f.) panela zaino (s.m.) mochila

R e s p o s t a s d o s exercícios

E s e r c i z i o Uno Esercizio Tra

1. Te lo dico in anticipo: su quelle sciarpe di cachemire non fanno sconti 1. [Non] Appena avrà finito il discorso, verrà servito un piccolo rinfresco.
di sorta! 2 [Non] Appena avrà terminato/Dopo/Subito dopo aver terminato/il
2. Per il compleanno di mio marito ho pensato di regalargli un paio di primo capitolo: certamente prenderà una tazza di cioccolata con noi.
scarponi per andare in montagna. 3.Dopo/Subito dopo averle proposto di uscire con noi. mi sono pentito
3. Sarebbe ora che t u ti decidessi a sostituire questo cappellino cne ri- di avergli e io detto
sale ai t e m p i dell'arca di Noe! 4. [Non] Appena verranno effettuate le riformeche ho proposto, la con-
4. Su questa giacca di cammello starebbe bene un collo di visone. dizioni di voi tutti miglioreranno assai.
5. Al piano di sopra ho visto uno zaino di tessuto impermeabile che po- 6. Mi ha assicurato che (non] appena avrà finito/dopo/subito dopo aver
trebbe essere adatto a tuo tiglio quando va in campeggio. finito/di fare quella traduzione, verrà a salutarti.
6 Da quando abito in questa zona, passo ogni giorno di qua a vedo e. Dopo aver lavalo pentole e legami, avrò pur il diritto di andarmene un
sempre esposti in vetrina dei capi deliziosi. poco a spasso anch'io!
7. Ne! reparto uomo potremo acquistare i calzini da tennis di cui fanno 7. [Non] Appena abbandonerete le vostre assurde posizioni, riaprirò le
tanta pubblicità in televisione. trattative con voi
e Ai primi freddi dovrò procurarmi un buon foulard di lana da mettere 8. [Non] Appena seppe/Dopo/Subito dopo aver saputo/che era slato
sotto il cappotto. ammesso al concorso, si mise d'impegno per prepararsi s vincado.

Esercizio Quattro
E s e r c i z i o Due l Dei due. io preferisco decisamente il vaso opaco.
1. Me le pulisca/Non me le pulisca! 2.Non compero questa anfora perché stona col mio arredamento: è
2. Lava meli I/Non lavarmeli! troppo antica.
3. Verniciatele!/Non verniciatela! 3, Mi hanno servito una porzione scarsa di maccheroni.
4. Glielo dica!/Non glielo dica! 4 Non riesco proprio a dormire con un cuscino così duro!
5. Ingrandiscimelel/Non me le ingrandire! e. Le bistecche che mi ha dato ieri erano molto tenere.
6. Diciamoglielol/Nondiciamoglielol e. La besciamella che ho fatto è risultata un p o ' densa.
7. Mandateglielo!/Non glielo mandate! 7. A b b i a m o iscritto il bambino a una scuola privata.
8. Met time lai/Non mettermela! 8 Ê basso di statura per la sua età!

569
EtrjBQ-.Drtj/ra,-

E/UNITÀ
LETTURA

Í 1

S c i p i o S l a t a p e r , poeta e escritor t r i e s t i n o (1888¬


1915), a t u o u a t i v a m e n t e no c h a m a d o m o v i m e n t o
" i n t e r v e n c i o n i s t a " i t a l i a n o , que defendia a p a r t i c i -
pação d a I t a l i a n a P r i m e i r a G u e r r a M u n d i a l c o n t r a
a A u s t r i a , e a c a b o u p o r se alistar c o m o voluntário
nas fileiras d o exército, m o r r e n d o durante o c o n f l i -
to. Slataper a d e r i u ao m o v i m e n t o c u l t u r a l idealista

D
representado pelos redatores da revista florentina
La Voce, próximo d o p e n s a m e n t o de B e n e d e t t o
C r o c e e G i o v a n n i Gentile. A f o r a seus ensaios de
c u l t u r a política e crítica literária e sua c o r r e s p o n -
dência, t o d o s de publicação póstuma (Ibsen, 1917;
Scritti Letterari e critici, 1920; Scritti politici, 1925;
Lettere, 1931), Slataper deve sua fama corno poeta
a seu único l i v r o , Il mio Carso, p u b l i c a d o em 1912
nas edições de La Voce. De caráter autobiográfico e
e s c r i t o c o m elevado s e n t i d o de responsabilidade
m o r a l e artística, n a r r a as próprias experiências e o
processo de amadurecimento intelectual e m o r a l em
fragmentos líricos de poderosa e essencial i n t e n s i -
dade, que oscilam entre o t o m espontâneo e c o n f i -
dencial do diário e o registro árido, conciso e obje-
t i v o d a crónica.
WGLDBQ-DiGJTflJ.:-.
FoGOJrrjS DE DlfluIHE H

Lettura

Vorrei dirvi: Sono nato in carso, in una casupola col tetto Quisera dizer-lhes: nasci no Carso, em uma casinha
di paglia annerita dalle piove e dal fumo. C'era un cane com o teto de pallia enegrecido pela chuva e pela fumaça.
spelacchiato e rauco, due oche infanghile sotto il ventre, Havia um cão depenado e rouco, dois gansos com o ventre
una zappa, una vanga, e dal mucchio di concio quasi senza sujo de barro, umapá, uma enxada, e do montão de ester-
strame scolavano, dopo la piova, canaletti di succo brunastro. co quase sem forragem escorriam, depois da chuva,
Vorrei dirvi: Sono nato in Croazia, nella grande foresta d i filelezinhos de um suco escuro.
roveri. D'inverno tutto era bianco di neve, la porta non si Quisera dizer-lhes: nasci na Croácia, no grande bosque
poteva aprire che a pertugio, e la notte sentivo urlare i lupi. de carvalhos. No inverno tudo estava branco de neve, só se
Mamma m'infagottava con cenci le mani gonfie e rosse, e io podia abrir uma fenda da porta, e pelas noites se ouvia
mi buttavo sul focolaio frignando per il freddo. uivar os lobos. Mamãe me envolvia com trapos as mãos
Vorrei dirvi: Sono nato nella pianura morava e correvo inchadas e vermelhas, e eu ficava junto ao fogão, chora-
come una lepre per i lunghi solchi, levando le cornacchie mingando de frio.
crocidanti. M i buttavo a pancia a terra,sradicavo una barba- Quisera dizer-lhes: nasci na planície morávia e corria
bietola e la rosicavo terrosa. Poi son venuto qui, ho tentato como uma lebre pelos grandes sulcos, espantando as gra-
di addomesticarmi,ho imparato l'italiano, ho sceltogli amici lhas grasnantes. Me atirava de bruços ao solo, arrancava
fra i giovani più colti; —ma presto devo tornare in patria uma beterraba terrosa e a roía. Depois cheguei aqui, tra-
perché qui sto molto male. tei de domesticar-me, aprendi o italiano, elegi os amigos
Vorrei ingannarvi, ma non mi credereste. Voi siete scaltrì entre os jovens mais cultos, mas togo devo voltar à minhp,
e sagaci. Voi capireste subito che sono un povero italiano pátria, porque aqui estou muito mal.
che cerca d'imbarbarire le sue solitarie preoccupazioni. È Quisera enganá-los, mas vocês não acreditariam em mim.
meglio ch'io confessi d'esservi fratello, anche se talvolta io vi Vocês são astutos e sagazes. Ccrmpreenderiam de imediato
guardi trasognato e lontano e mi senta timido davanti alla que sou um pobre italiano que tenta tornar bárbaras suas
vostra coltura e ai vostri ragionamenti. Io ho, forse, paura di solitárias preocupações. É melhor que confesse ser seu ir-
voi. Le vostre obiezioni mi chiudono a poco a poco in mão, ainda que às vezes os olhe alucinado e distante, e me
gabbia, mentre v'ascolto disinteressato e contento, e non sinta timido diante de sua cultura e de seus raciocínios.
m'accorgo che voi state gustando la vostra intelligente bra- Tenho, talvez, medo de vocês. As objeções que vocês fazem
vura. E allora divento rosso e zitto, nell'angolo del tavolino; me encenam pouco a pouco numa gaiola, ewpianto os escu-
e penso alla consolazione dei grandi alberi aperti al vento. to desinteressado e contente, e não me dou conta de que es-
Penso avidamente al sole sui colli, e alla prosperosa libertà; tão saboreando sua inteligente bravura. Então me ruborizo
ai veri amici miei che m'amano e mi riconoscono in una e calo, no canto da mesinha, e penso no consolo dás grandes
stretta di mano, in una risala calma e piena. Essi sono sani e árvores abertas ao vento. Penso avidamente no sol sobre as
buoni. colinas e. na próspera liberdade; nos verdadeiros amigos que
Penso alle mie lontane origini sconosciute, ai miei avi me amam e me reconhecem num aperto de mãos, numa gar-
aranti l'interminabile campo con lo spaccaterra tirato da galhada calma e plena. Eles são sadios e bons.
quattro cavalloni pezzati, o curvi nel grembialone di cuoio Penso em minhas distantes origens desconhecidas, em
davanti alle caldaie del vetro fuso, al mio avolo intrapren- meus antepassados arando o interminável campo com o
dente che cala a Trieste all'epoca del portofranco; alla arado puxado por quatro cavalões malhados, ou inclina-
grande casa verdognola dove sono nato, dove vive, indurita dos no avental de couro diante das caldeiras do vidro fun-
dal dolore, la nostra nonna. dido, em meu avô empreendedor que desce para Trieste na
Era bello vederla seduta nella larga terrazza spaziarne su época do porto lime; na grande casa esverdeada onde nas-
enormi spalti le montagne e il mare, lei secca e resistente ci, onde vive, temperada pela dor, nossa avó.
accanto all'altra mia nonna, la veciota venesiana , rubicon- 1
Era bonito vê-la sentada no amplo terraço que se abria
da e spensierata, che aveva quasi ottantanni e le si vedeva às enormes escarpas das montanhas e do mar, ela magra
ancora il forte palpito azzurrino del polso sollevarsi e cadere e resistente junto à minha outra avó, a velhazinha vene-
nella pelle morbida come una foglia. Questa mi parlava ziana, corada e despreocupada, que tinha quase 80 anos
dell'assedio d i Venezia, del sacco di patate in mezzo la e de quem se via o forte pulsar azulado do pulso subir e
cantina, della bomba che fracassò un pezzo d i casa. E aveva descer na pele delicada como uma folha. Esta me falava
un fazzoletiino bianco sui pochi capelli fini, ed era allegra. do cerco de Veneza, do saco de batatas no meio do sótão,
Quando veniva a mangiare da noi, babbo le diceva sempre: da bomba que deslwçou uma parte da casa. E Unha um
—Beati i oci che i la vedi.-. lencinho branco sobre os escassos cabelos finos, e era ale-
Ma allora essa non m'interessava. Io filavo in campagna a gre. Quando vinha comer em nossa casa, papai sempre
giocare con gli alberi. lhe dizia: -Benditos os olhos que a vêem!
Il nostro giardino eru pieno d'alberi. C'era un ippocastano Mas então ela não me interessava. Eu corria ao campo
rosso con due rami a forca che per salire bisognava metterci pam brincar com as árvores.
dentro il piede, e poi non potendolo più levare ci lasciavo la Nosso jardim estava cheio de árvores. Havia uma cas-
scarpa. Dall'ultime vette vedevo i coppi rossi della nostra tanheira-da-índia com dois gallios bifurcados e, para su-
casa, pieni di sole e di passeri. C'era una specie di abete, bir nela, tinha de pôr o pé nestes, e depois, não podendo
vecchissimo, su cui s'arrampicava una glicinia grossa come tirá-lo, ali me ficava o sapato. Desde os últimos galhos
via as telhas vermelhas de nossa casa, cheias de sol e de
1. Espressione in dialetto t r i e s t i n o : " v e c c h i e t t a veneziana". pássaros. Havia uma espécie de abeto, velhíssimo, sobre
2. Frase in d i a l e t t o t r i e s t i n o : " U e a t i ali o c c h i che la vedono... o qual trepava uma glicínia grossa como uma jibóia, ru-

571
GLQBQ'-DlDJTflL ,••
FflGOJraS DE DlRuIHE H

un serpente boa, rugosa, scannellata, torta, che serviva ma- gosa, estriada, torcida, que servia magnificamente para
gnificamente per le salite precipitose quando si giocava a as subidas afobadas quando jogávamos esconde-esconde.
'sconderse'. l o mi nascondevo spesso su quel vecchio cipres- Eu me escondia muito naquele velho cipreste, cheio de
so ricco di cantucci folti e di cespuglio in prima vera, mentre cantinhos densos e frondosos, e na primavera, enquanto
spiavo di lassù il passo cauto dello stanatore, mi divertivo a espiava desde o alto o passo cauteloso do pegador, me di-
ciucciare la ciocca d i glicine che mi batteva fresca sugli vertia chupando o cacho de glicínias que me batia fresco
occhi come un grappolo d'uva, 11 fiore del glicine ha un nos olhos como um cacho de uvas. A flor da glicínia tem
sapore dolciastro-amarognolo, strano, di foglie di pesco e un um sabor agridoce, estranho, de folhas de pêssego e um
poco come d'etere. pouco como de éter.
C'erano anche molti alberi fruttiferi, àmoli.ranglò, ficaie, Havia também muitas árvores frutíferas, àmoli, ranglò,
specialmente. Appena i fiori perdevano i petali e i piccioli figueiras, especialmente. Assim que as flores perdiam as
ingrossavano, io ero lassù a gustarli, non ancora acerbi. pétalas e os pecíolos engrossavam, eu eslava ali para
Acerbi son buoni! I l guscio del nocciolo è ancora tenero, saboreá-los, não ainda azedos. Azedos são bons! 0 invólu-
come latte rappreso, e dentro c'è un po' d'acqua limpidissi- cro do caroço ainda é tenro, como leite coalhado, e dentro
ma e ciucciosa. Poi,dopo qualche giorno.quando la mamma há um pouco de água límpida e suculenta. Depois, após
è uscita d i nuovo per andare d^lla zia, essa diventa una alguns dias, quando a mãe volta a sair para ir visitar a
gomma gelatinosa dolce a sorbirsi con la punta della lingua. tia, a água se transforma em uma goma gelatinosa doce
Ma la carne com'è buona,così aspra. Prima il dente ha paura que se pode sorver com a ponta da língua. Mas a polpa,
di toccarla, e la strizza guardingo, mentre la lingua ricca- como é boa assim áspera! A princípio, o dente tem medo
mente la inumidisce e assapora la linfa delle piccole puntu- de tocá-la, e a espreme prudente, enquanto a língua abun-
re. Poi la si addenta. La gengive bruciano, ì denti si stringono dantemente a umedece e degusta a linfa dos pequenos
l'uno addosso dell'altro, si fanno scabri e ruvidi come pietre, furinhos. Depois a morde. As gengivas ardem, os dentes
e tutta la bocca diventa una ricca acqua. se apertam uns contra os outros, pòem-se ásperos e rugo-
M a quando viene l'estate per arrivare i pochi frutti rimasti sos como pedras, e toda a boca produz farta água.
bisogna essere ghiri. Andare dove gli uccelli non hanno Mas quando chega o verão, para alcançar os poucos fru-
paura, perché non sono abituati a trovarvi anche lassù. Alla tos que sobram, épreciso ser um arganaz. Ir onde os pássa-
biforcazione delle due frasche più alte mi tenevo agganciato ros não têm medo, porque não estão habituados a achar-
con un piede e bilanciandomi con la destra distesa procede- nos tão alio. Na bifurcação dos dois galhos mais altos man-
vo a modo di bruco con la sinistra sulla fraschetta svettante, tinha-me enganchado com um pé, e balançando-me com a
trattenendo il respiro: finché arrivavo al punto dove essa si direita estendida agia como uma lagarta com a esquerda
piegava e a poco a poco s'avvicinava fino alla mia bocca. sobm o galhinho podado, contendo a respiração até que che-
Qualche volta dovevo lasciarla riscattar via perché la nonna gava o ponto em que esta se dobrava e se aproximava pouco
sgridava: —Fioi.ve 'mazarè su quei alberi! —Allora stavo, 4
a pouco da minha boca. Algumas vezes tinha de deixá-la
zitto, rosso, e scivolavo giù fluendo. incólume porque a avó gritava: -Meninos, vocês se mata-
rão em cima destas árvores! -, Então ficava calado, verme-
3. A'sconderse = a nascondersi. lho, e deslizava suavemente até embaixo.
Havia também outra árvore, apoiada contra o muro do
4. Frase in d i a l e t t o t r i e s t i n o : «Radazzi, vi a m m a n e r e t e su q u e a l i alberi !>>

572
WGLDBQ-DiGJTflJ.:-.
FflGOJraS DE DlRuIHE H

Lettura

E c'era anche, accosto al muro della strada, un tasso caminho, um tetro cheio de frutos, cujos grandes galhos
baccata che scortecciavo facilmente a larghi brani per ve- desbastava para vê-lo mais limpo e mais avermelhado.
derlo più pulito e più rossiccio. Aveva, al terzo piano, due Tinha no terceiro piso dos galhos como uma espécie de
rami come un letto, e lì dormivo qualche dopopranzo; oppu- leito, e ali dormia às vezes após o almoço, ou então con-
re contemplavo tonificante la mularia stradatola che faceva templava como de um trono a caravana de ciclistas que,
a ruffa di sotto per agguantare le bacche rosse che buttavo embaixo, disputavam para pegar as bagas vermelhas que
giù da signore. (Io non le mangiavo, mi schifavano). Poi eu, como um senhor, atirava. (Eu não as comia, me re-
imbaldanzita cominciava a fiondar sassi, e io allora, saltato pugnavam.) Depois, avalentados, começavam a me atirar
giù come un demonio, correvo al portone, ne strappavo la pedras, e então eu, descendo de um salto qual o demónio,
verghetta d i ferro che serviva da chiavistello, e giù a rotta di corria ao portão, pegava a barra de ferro que servia de
collo per le strade, fino quasi al centro della città, con una tranca e correndo sempararpelas ruas, quase até o centro
maglietta e calzoncini a righe ite bianche e blu,lunghi riccio- da cidade, com uma camiseta e calções de listras brancas
li biondi, urlando: -daghe! daghe! —E alla sera m'addor-
5 e azuis, longos caracóis ruivos, grilava: -Dá-lhe, dá-lhe!
meniavo disteso sul letto mentre ancora mamma mi levava -. E à noite adormecia deitado na cama enquanto minha
le calze piène d i terriccio e ghiaiola. Cara e buona mamma mãe me tirava as meias cheias de terra e pedrinhas. Mi-
mia. nha querida e boa mãe!

* *

Nella mia città facevano dimostrazione per l'università Em minha cidade se faziam demonstrações a favor da
italiana a Trieste. Camminavano a braccetto, a otto a otto; universidade italiana de Trieste. Caminhavam de braços
gridavano: viva l'università italiana a Trieste,e strisciavano i dados, em fileiras de oito, gritando: Viva a universidade
piedi per dar noia alle guardie. Allora mi misi anch'io nelle italiana de Trieste!, e arrastavam os pés para aborrecer os
prime file della colonna, e strisciai anch'io i piedi. S'andava guardas. Também eu me meti nas primeiras filas da colu-
così giù per l'Acquedotto. na, e arrastei os pés. Assim marchávamos pelo Aqueduto.
A un tratto la prima fila si fermò e dette indietro. Dal caffè De repente a primeira fila se deteve e retrocedeu. Do
Chiozza marciavano contro noi in doppia.larga fila i gendar- café Chiozza marchavam contra nós, numa grande e du-
mi, baionetta inastata. Marciavano come in piazza d'armi, a pla fila, os gendarmes, baionetas caladas. Marchavam
gambe rigide, con lunga cadenza, impassibili. Ognuno di noi como na praça de armas, com as pernas tesas, com uma
senti che nessun ostacolo poteva fermarli. Dovevano andare longa cadência, impassíveis. Todos compreendemos que
avanti finché l'Imperatore non avesse detto: hall! Dietro nenhum obstáculo os deteria. Deviam seguir adiante até
quei gendarmi c'era tutto l'impero austrungarico. C'era la que o imperador desse a ordem: halt! Detrás daqueles
forza che aveva tenuto nel suo pugno i l mondo. C'era la gendarmes eslava todo o império austro-húngaro. Estava
volontà d'un'enorme monarchia dalla Polonia alla Grecia, a força que tinha tido o mundo na mão. Estava a vontade
dalla Russia all'Italia. C'era Carlo Quinto e Bismarck. Ognu- de uma enorme monarquia que ia da Polónia à Grécia, da
no di noi sentì questo, e tutti scapparono via interroriti, Rússia à Itália. Estavam Carlos V e Bismarck. Todos sen-
pallidi, spingendo, urtando, perdendo bastoni e cappelli. timos isso e todos fugiram aterrorizados, pálidos, empur-
Io rimasi a guardarli con meraviglia. Marciavano dritti rando, gritando, perdendo bastões e chapéus.
avanti, senza sorridere, senza dire. La gente che scappava Eu fiquei olhando-os com estupor. Marchavam reto adi-
era per loro lo stesso che la compatta colonna che marciava ante, sem sorrir, sem falar. As pessoas que fugiam eram
per l'università italiana. Io rimasi fermo a guardarli, e fui para eles o mesmo que a compacta coluna que marchava
arrestato. pela universidade italiana. Eu fiquei quieto, olhando-os,
Un gendarme mi prese per i l polso sinistro e andammo. e fui preso.
Era una cosa molto strana. Egli continuava a camminare del Um gendarme me pegou pelo pulso esquerdo e fomos. Era
suo passo; io cercavo d'imitarglielo. G l i occhi della gente umacoisamuito estranha. Ele seguia andando em seu pas-
che passava mi percorrevan tutto come gocce fredde nella so; eu tratava de imitá-lo. Os olhos das pessoas que passa-
schiena, dandomi un brivido, tanto che il gendarme pensò: vam me percorriam inteiro, como gotas fiias nas cosias, es-
Der Kerl hat Fureht. Ma forse non pensò niente, e continua- tremecendo-me, tanto que o gendarme pensou: Der Kerl hat
va a camminare del suo passo. Ricordo benissimo che un FurchL Mas talvez não lenha pensado muta, e continuasse
giovanotto passando estrasse la destra inguantata per arric- apenas caminharulo em seu passo. Lembro muito bem que
ciarsi i l mostacchio destro, poi tirò fuori la sinistra per arric- um jovenzinho, ao passar, tirou a luva dá mão direita para
ciarsi il mostacchio sinistro. Io avevo voltato la testa per alisar o bigode direito, depois tirou a esquerda para alisar o
vederlo, sì che, i l gendarme procedendo, mi sentii tirare bigode esquerdo. Eu tinha virado a cabeça para oUtá-lo, e
avanti. Una donna, con un bel boa, torse gli occhi, ma vidi como o geruiarme seguiu em frente, me senti arrastado. Uma
che rideva. Perché mi lascio condurre da questo imbecille? mulher, com uma bela estola, virou os olhos, mas vi que se
Ha le spalline grosse, giailonere. Perché non lasciarmi ria. Por que me deixo conduzir por este imbecil?
condurre da luì? Si va dove non so, ma non è necessario ch'io Tem umas dragonas grandes, amarelas e negras. Por que
sappia. M i conduce l u i , svolta, scantona, e i miei piedi si não me deixar conduzir por ele? Não sei aonde varnos, mas
pongono sempre paralleli ai suoi. La baionetta scintilla mol- não é necessário que o saiba. Ele me conduz, gira, dá vol-
tas, e meus pés vão sempre paralelos aos seus. A baioneta
5. Daghe', daghe! = d a i ! dai! respìaruìece de brilho. Teu fuzil está carregado?

573
' m u n a s DE rjuin.rjffflL !
L

11

Por que nào me responde? E um aprendiz de açouguei-


lo lucida. È carico i l tuo schioppo?
ro, em vez de dar dois passos a mais, salta por cima do
Perché non mi risponde? E un garzone di beccaio, invece
banco do passeio, e o avental manchado de sangue velho
di far due passi di più, salta olire la panca di passeggio, e i l
se incha e bate ao vento. Apenas havíamos passado, nos
grembiule macchialo di sangue vecchio si gonfia e sbalte
olha e grita: - Cacete no gendarme! - Foge.
svolazzando. Appena siamo passati ci guarda e urla: —Dé-
gne al giandarmo! — Scappa. 6
Eu vejo perfeitamente o pulsar da artéria do pescoço
deste imbecil. E minhas mãos são muito compridas e
Io vedo bene pulsare l'arteria nel collo di questo imbecil-
ossudas até nas pontas dos dedos. E não há gente.
le. E le mie mani sono molto lunghe, e sono come ossa ai
Alboino... Mas eu sou mais que Alboino. Eu sou mais
polpastrelli. E non c'è gente. Alboino... Ma io sono più che
que Bismarck. Eu aperto insensivelmente o polegar den-
Alboino, l o sono più che Bismarck. Io stringo insensibilmen-
tro dos outros dedos e faço da mão um mais fino prolon-
te ii pollice dentro le altre dita e faccio della mano una più
gamento do pulso. Lentamente a deslizo por entre seus
sottile prolungazione del polso. Lentamente scivolo fra le
dedos intumescidos pelo frio. E enquanto issofalo: -Tris-
sue dita rallentate per i l freddo. Intanto parlo: —Triste vita
te vida a de vocês! Sim, entendo que você cumpre seu
la loro! Che! capisco bene che lei fa il suo dovere. Quante
dever! Quantas horas de serviço fazem? Oito? Consecu-
ore di servizio hanno?: otto? consecutive? e lassù in carso,
tivas? E aã no Corso, faça o tempo que fizer, denoite...- .
con tutti i tempi, di notte. —Nella gola mi cantano alcune
Na garganta me cantam algumas palavras frescas que
parole fresche che la mia bella veciota venesiana me l'inse-
minha querida velhazinha veneziana me ensinou: -Nem
gnò: Né per torto né per rason.no state far meter in preson . 1

por equívoco, nem com razão, deves deixar-te meter na


—Guardo negli occhi il gendarme, strappo, via. Viva la
prisão -. Olho o gendarme nos olhos, arranco. Viva a li-
libertà! Io sono italiano.
berdade! Sou italiano!
Neanche mi rincorse. E io, dopo duecento metri dì corsa
Nem sequer me persegue. E eu, depois de duzentos metros
furiosa, rimasi male a vederlo impalato, lontano. Poi riprese
de corrida desenfreada, fiquei desapontado ao vê-lo longe,
la sua marcia cadenzata, toc, tac, in direzione opposta.
imóvel. Depois retomou sua marcha, cadenciada, toc, toc,
Toc.tac: pare che s'avvicini, che sia qua dietro a me. con
na direção oposta.
la sua mano sulla mia spalla. Filai in un portone: nel casotto
Toe, tac: parece que se aproxima, que está atrás de mim,
del portinaio c'è un cranio calvo, assiepato da una corona di
com sua mão em meu ombro. Me enfio por um portão: na
capelli fini, di bimbo, curvo su una scarpetta da signora.
casinha do porteiro há uma cabeça calva, rodeadaporuma
Esco; mi pianto la berretta più salda in testa, mi ravvolgo
coroa de cabelos finos, de criança, inclinada sobre uns
nella mia mantella e cammino picchiando con forza i l lastri-
sapatinhos de senhora. Saio, coloco firmemente o boné,
co come se tra esso e i miei scarponi sia qualche cosa che
me envolvo em minha capa e caminho pisando com força
bisogna vincere.
a calçada, como se en tre esta e meus sapatões houvesse
Poi corsi al mare. algo a vencer. Depois corri para o mar.
Nel mare mi lavai i l viso e le mani. Bevvi l'acqua salsa del
No mar lavei a cara e as mãos. Bebi a água salgada de
nostro Adriatico. Lontano,nel tramonto,le alpi italiane eran
nosso Adriático. Longe, no ocaso, os Alpes italianos eram
rosse e oro come dolomiti. Sui trabaccoli romagnoli calava-
vermelhos e ouro como dolomitas. Sobre os barquinhosda
no le allegre bandiere tricolori, e i l focolaietto di bordo
Romagna arriavam as alegres bandeiras tricolores, e no
fumava per la polenta. Mare nostro. Respirai libero e felice
fogãozinho de bordo fumegava a polenta. Nosso mar. Res-
come dopo un'intensa preghiera.
pirei livre e feliz como depois de uma intensa oração.
M a m'accorsi, dopo, che la gente mi guardava. I miei
Mas depois percebi que as pessoas me olhavam Meus
scarponi bulletta ti erano polverosi e i miei atti curiosi. Non
sapatões de pregos estavam empoeirados e minha conduta in-
avevo il viso di quella gente perfetta che camminava su e giù
trigava Não tinha o rosto daquela genteperfeiia que caminhava
per le rive senza andare in nessun posto. Era gente che
pela oiia sem ir a parte alguma- Era gente que olhava e era
guardava ed era guardata. I giovanotti avevano larghi sopra-
olhada. Os jovenzinhos tinham grandes abrigos acampana-
biti a campana.con di dietro un taglio lungo, come le giubbe
dos com uma ampla abertura atrás, como as casacas dos
dei servitori, e bastoni grossi e lievi che volevano sembrare
empregados, ebastões grossoseleves q^queriamparecer galhos
rami appena scorzati. Le signorine erano accompagnate dal
apenas desbastados. As mocinhas iam acompanhadas do pai
babbo o dalla mamma,e avevano stivalini lustri come i dorsi
ou da mãe, e tinham bolas lustrosas como o dorso das bara-
delle blatte. Erano stivalini assai più puliti e limpidi che i
tas. Eram botas muito mais limpas e límpidas que seus
loro occhi. Anch'esse mi guarda vano, con contegno; ma s'io
olhos. Também elas me olhavam, com recato, mas se eu as
le guardavo, voltavan gli occhi. Non sanno sostenere uno
olhava, desviavam o olhar. Não sabem suportar um olhar
sguardo d'uomo.
de homem.

*
Carso, che sei duro e buono! Non hai riposo, e stai nudo al Carso, como és forte e bom! Nào tens repouso, e estás nu
ghiaccio e all'agosto, mio carso, rotto e affannoso verso una ao gelo e ao agosto; meu Carso, roto e agitado em direção
linea di montagne per correre a una meta: ma le montagne si a uma linha de montanhas para correr a uma meta; mas
as montanhas se fragmentam, o vale se fecha, a torrente
6. Dóghe at giandarmo! - d a g l i ai g e n d a r m e !
desaparece no solo.
7. NÉ per t o r t o né per r a s o n . n o state far m e t e r in preson • n é a t o r t o n i a
ragione, non lasciarti m e t t e r e in p r i g i o n e . Toda a água se abisma em tuas gretas e o líquen seco se

574
'munas n rjuiii,rjfffl[ !
L

Lettura

framumano, la valle si rinchiude, il torrente sparisce nel acinzenta sobre a rocha branca, os olhos titubeiam no in-
suolo. ferno de agosto. Nào há trégua,
Tutta l'acqua s'inabissa nelle tue spaccature; e il lichene MmCaisoéforteebomCaaaumáese^
secco ingrigia sulla roccia bianca, gli occhi vacillano nell'in- njdiapambrotar,codaurna&s
ferno d'agosto. Non c'è tregua. Portsso,seuteùeésaoeseumd,o?VT^
I l mio carso è duro e buono. Ogni suo filo d'erba ha Ele está sempolpa Mas a cada outono uma novafoUta escura
spaccato la roccia per spumare, ogni suo fiore ha bevuto cai em suas mvidades e sua escassa terra avermelhada sabe
l'arsura per aprirsi. Per questo il suo latte è sano e i l suo ainda a pedra e aferro. Ele é novo e eterno. A cada tanto se abre
miele odoroso. nele uma quieta fenda e ele repousa infamUmente entrepesse-
Egli è senza polpa. Ma ogni autunno un'altra foglia bruna gueiros vermelhos e espigas de muno de cores mutantes.
si dìsvegeta nei suoi incassi, e la sua poca terra rossastra sa Deitado sobre teu regaço sinto distanciar-se nas
ancora di pietra e d i ferro. Egli è nuovo ed eterno. E ogni profundezas a água recolhida por teus abismos, uma só
tanto s'apre in lui una quieta dolina, ed egli riposa infantil- água, fresca, que leva tua jovem saúde ao mar e à cidade.
mente fra i peschi rossi e le pannocchie canneggianti. Amo a água de tuas grutas, que se canaliza benefica pelas
Disteso sul tuo grembo io sento lontanar nel profondo ruas retas. Amo estas mulheres do Carso que apertam entre
l'acqua raccolta dai tuoi abissi, una sola acqua, e fresca, che os dentes, contra o vento boreal, apontaãosmlenço, descendo
porta la tua giovane salute al mare e alla città. emgruposàciaoaecomagrarute
L'acqua delle tue grotte io amo che s'incanala benefica morno, sobre a cabeço, E afranja branca do alvorecer, e o ardor
por le strade dritte. A m o queste donne carsoline che strin- aolon^àaoMrora entre anévoaãaciaade.
gendo fra i denti, contro la bora, la cocca del fazzolettone, Aqviéordemetmbalho.EmPuntofm
scendono a gruppi in città, con in testa i l grande vaso niche- enregelado piloto do lurno, os olhos opacos pela vigília^
lato pieno d i latte caldo. E la striscia bianca dell'alba, e il mentaoguarda-chavesqueooreod Os
bruciar doloroso dell'aurora fra la caligine della città. grandes bois marrons e negros arrastam lentamente vagões va-
Qui è ordine e lavoro. I n Puntofranco alle sei di mattina zios até os barcos a vapor ch egados na noite arderim, e quando os
l'infreddito pilota di turno, gli occhi opachi dalla veglia, vagões estão emseu lugar às seis e dez os mrregorfores se espa-
saluta il custode delle chiavi che apre il magazzino attrezzi. I lham pelos armazéns. Levam o catà
grandi bovi bruni e neri trainano lentamente vagoni vuoti depão. 0 chefe de um grupo sobe em um terraço de carga,aseu
vicino ai piroscafi arrivati iersera; e quando i vagoni sono al redor se aglomeram mais de duzentos homens com as car-
loro posto, alle sei e dieci i facchini si sparpagliano per gli teiras de trabalho erguidas e gritam pedindo trabalho. O
hangars. Hanno in tasca la pipa e un pezzo di pane. I l capo chefe do grupo arranca, escolhendo rapidamente, as cartei-
d'una ganga monta su un terrazzo di carico, intorno a lui ras necessárias, e depois vai embora seguido pelos contra-
s'accalcano più d i duecento uomini con i libretti di lavoro tados. Os demais se calam e se dispersam. Poucos minutos
levati in alto, e gridano d'essere ingaggiati. I l capo ganga antes das seis e meia, o mecânico de blusão azul sobepela esca-

575
^KGirJBD--DBJT«.,-.
FIU[:N:Ì:;D O . J H Ì ••!

strappa, scegliendo rapidamente, quanti libretti gli occorro- dadagriuT,eo±nreavressàa


no, poi va via seguito dagli ingaggiati. G l i altri stanno zitti, e carros, as longas escadas aos solavancos, ruidosas. O sol trans¬
si ri sparpagli ano. Pochi minuti prima delle sei e mezzo i l borda auiranjado sobre o perfil cinzento dos armazéns. O sole
meccanico con la blusa turchina sale sulla scaletta della gru, darò no mar e na cidade. Sobre as margens, Trieste desperta
e apre la pressione dell'acqua; e infine, ultimi, arrivano ì cheia de movimento e cores.
carri, Í lunghi scaloni sobbalzanti e fracassanti. I l sole stra- ElemnUjmáncomosnossosgrandesbarc^
bocca aranciato sul rettifilo grigio dei magazzini. I l sole è Satanica e Bombaim E amanhã as locomotivas retumbarão
chiaro nel mare e nella città. Sulle rive Trieste si sveglia sobre a ponte de ferro da Moldávia, e adentrarão pelo Elba na
piena di moto e colori. Alemanha,
E levan l'ancora i grossi piroscafi nostri verso Salonicco e Etambemnósobeaeceremosànossalei. Viajaremosinsegu-
Bombay. E domani le locomotive rintroneranno il ponte di ms e nostálgicos, impulsionados poransiadas lembranças que
ferro sulla Moldava e si cacceranno con l'Elba dentro la não serão nossas em nenhuma parle De onde viemos? Longe
Germania. está a pátria, e o ninho, desfeito. Mas comovidos peto amor
E anche noi obbediremo alla nostra legge. Viaggeremo wltarvmosà nossa pátria, Trieste, e dali começaremos.
incerti e nostalgici, spinti da desiderosi ricordi che non Nós amamos Trieste pela alma atormeruáàdqw ruis deu. Ela
troveremo nostri in nessun posto. D i dove venimmo? Lonta- nosarnmcadasnossaspequena^
na è la patria e il nido disfatto. M a commossi d'amore na com todas as pátrias owiôa/Mis. £ t o j ^ c r ^ p a r a a i i i / < i e o
torneremo alla patria nostra Trieste, e di qui cominceremo. dever. E se aestox plantas da Afrìm eoa Asia que suas mercadori¬
Noi vogliamo bene a Trieste per l'anima in tormento che as semeiam entre os armazéns, sede sua Bolsa, mídeo telégra-
ci ha data. Essa ci strappa dai nostri piccoli dolori, e ci fa fo da Turquia e de Porto Rico anuncia tranquilo a nova base
suoi, e ci fa fratelli di tutte le patrie combattute. Essa ci ha de riqueza, se do seu esforço de vida, da sua alma aflita e
tirato su per la lotta e i l dovere. E se da queste piante partida se afirma no mundo uma nova vontade, Trieste é
d'Africa e Asia che le sue merci seminano fra imagazzini.se bendita por nos ter feito viver sem paz nem glória. Nós te
dalla sua Borsa dove il telegrafo di Turchia e Portorico batte queremos e te bendizemos porque estamos contentes de tal-
calmo la nuova base di ricchezza, se dal suo sforzo di vita, vez morrer em teu fogo.
dalla sua anima crucciata e rotta s'afferma nel mondo una Nós iremos pelo mundo sofrendo contigo. Porque ama-
nuova volontà, Trieste è benedetta d'averci fatto vivere sen- mos a vida nova que nos espera. Ela é forte e dolorosa.
za pace né gloria. Noi t i vogliamo bene e ti benediciamo, Devemos sofrer e calar. Devemos estar na solidão na cida-
perché siamo contenti di magari morire nel tuo fuoco. de estrangeira quando se inveja o carreteiro que blasfema
Noi andremo nel mondo soffrendo con te. Perché noi na linguagem compreendida por todos que estão à sua
amiamo la vita nuova che ci aspetta. Essa è forte e dolorosa. volta, e andando desconsolados de noite entre rostos des-
Dobbiamo patire e tacere. Dobbiamo essere nella solitudine conhecidos que nem sequer se dão conta de nossa existên-
in città straniera, quando s'invidia il carrettiere bestemmian- cia elevamos o olhar mais além das casas impenetráveis,
te nella lingua compresa da tutti attorno, e andando sconso- tremendo de pranto e de glória. Devemos padecer sob nos-
lati di sera fra visi sconosciuti che non si sognano della sa pequena possibilidade humana, incapazes de aplacar
nostra esistenza,s'alza lo sguardo oltre le case impenetrabili, os soluços de uma irmã e de reconduzir o companheiro
tremando di pianto e di gloria. Noi dobbiamo spasimare que se afoita e pergunta: -Paraquê?
sotto la nostra piccola possibilità umana, incapaci di chetare Ah, irmãos! Que bonito seria podermos nos sentir seguros e
il singhiozzo d'una sorella e di rimettere in via i l compagno orgulhosos, gozarmos de nossa inteligência, saquearmos os
che s'è buttato in disparte e chiede: —Perché? grandes campos viçosos com a jorrem força, e saber, e co-
A h , fratelli come sarebbe bello poter esser sicuri e super- mandar e possuir! Mas nós, tensos de orgulho, com o
bi, e godere della propria intelligenza, saccheggiare i grandi coração que nos queima de vergonha, vos estendemos a mão
campi rigogliosi con la giovane forza, e sapere e comandare e pedimos que sejam justos conosco como nós tentamos ser
e possedere! Ma noi. tesi di orgoglio, con i l cuore che ci justos com vocês, porque vos amamos, irmãos, e esperamos
scotta di vergogna, vi tendiamo la mano, e vi preghiamo que nos amem. Queremos amar e trabalhar.
d'esser giusti con noi come noi cerchiamo d i esser giusti con
voi. Perché noi vi amiamo, fratelli, e speriamo che ci amere-
te. Noi vogliamo amare e lavorare.

576

Você também pode gostar