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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF

INSTITUTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO SOCIAL - IACS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO – GCI

CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO

TAINARA TERRA JUNQUEIRA

ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO, USABILIDADE E


ACESSIBILIDADE: UM ESTUDO DE CASO DO SITE DA ASSOCIAÇÃO
EDUCACIONAL DOM BOSCO

NITERÓI
2018
TAINARA TERRA JUNQUEIRA

ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO, USABILIDADE E ACESSIBILIDADE: UM


ESTUDO DE CASO DO SITE DA ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Universidade Federal
Fluminense, como requisito para obtenção
do Grau de Bacharel em Biblioteconomia e
Documentação.

Orientadora: Profª Drª Joice Cleide Cardoso Ennes de Souza

Niterói
2018
TAINARA TERRA JUNQUEIRA

ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO, USABILIDADE E ACESSIBILIDADE: UM


ESTUDO DE CASO DO SITE DA ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Universidade Federal
Fluminense, como requisito para
obtenção do Grau de Bacharel em
Biblioteconomia e Documentação

APROVADO EM: / /

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________
Profª Drª Joice Cleide Cardoso Ennes de Souza
Universidade Federal Fluminense
Orientadora

______________________________________________
Profª Drª Esther Hermes Luck
Universidade Federal Fluminense

______________________________________________
Profª Drª Linair Maria Campos
Universidade Federal Fluminense

Niterói
2018
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à minha família por todo o suporte e por terem me


encorajado a estar aqui: à minha tia Ester e seu marido Marcos Antônio por terem
me apresentado à profissão de bibliotecária e terem me dado a primeira
oportunidade de trabalhar em uma biblioteca, aos 15 anos. Á minha mãe Juliana e
ao meu pai Godofredo, por terem feito de tudo para me manter em outro estado para
conseguir meu diploma e ao meu irmão por ter estado do meu lado nos momentos
difíceis. Agradeço também aos meus amigos pela compreensão e apoio e
principalmente à minha orientadora Joice, que esteve comigo desde o anteprojeto,
me ajudou na escolha do tema e se mostrou sempre disposta a sanar todas as
minhas dúvidas durante a realização do trabalho.
Agradeço também a todos os meus professores da Universidade Federal
Fluminense, por terem compartilhado comigo esta jornada e todo o conhecimento
que adquiri durante a gradução e a Deus por ter me amparado diante todas as
adversidades.
“You, me, or nobody is gonna hit as hard as life, but it ain’t
about how hard you hit, it’s about how hard you can get hit and
keep moving forward, how much you can take and keep moving
forward. That’s how winning is done”
Rocky Balboa
RESUMO

Em um mundo cada vez mais tecnológico, é importante que os sites das


universidades levem em conta a organização da informação para que possam
atender às necessidades de seus usuários. Neste contexto, arquitetura da
informação, usabilidade e acessibilidade são conceitos fundamentais para
construção de um bom site. Este trabalho consiste em identificar na literatura da
Ciência da Informação critérios para análise e avaliação da organização da
informação, usabilidade e acessibilidade para verificar se o site da Associação
Educacional Dom Bosco (AEDB) cumpre os critérios propostos para oferecer um site
usável, acessível e organizado para seu público. O trabalho consiste em uma
pesquisa exploratória e qualitativa, além de um estudo de caso baseado em Lima
Filho e Cervantes (2011) para avaliar organização da informação e usabilidade do
site. Para avaliar a acessibilidade aplicou-se os quatro princípios da versão 2.0 das
Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG 2.0). Conclui-se que
embora o site da Universidade satisfaça de forma geral os quesitos de organização
da informação e usabilidade, precisa de muitas melhorias em relação à
acessibilidade para oferecer uma arquitetura da informação de qualidade.

Palavras-chave: Análise de site. Arquitetura da Informação. Usabilidade.


Acessibilidade na web. Organização da Informação.
ABSTRACT

In an increasingly technological world, it is important for universities' websites to take


into account the organization of information so that they can meet the needs of their
users. In this context, information architecture, usability and accessibility are
fundamental concepts for building a good website. This paper consists in identifying
in Information Science's literature criteria for analysis and evaluation of the
organization of information, usability and accessibility to verify if the site of the
Associação Educacional Dom Bosco (AEDB) fulfills the proposed criteria to offer a
usable, accessible and organized site for its public. The paper consists of an
exploratory and qualitative research, besides a case study based on Lima Filho and
Cervantes (2011) to evaluate organization of information and usability of the site.
When it comes to accessibility, the four principles of the version 2.0 of the Web
Content Accessibility Guidelines (WCAG 2.0) have been applied. It is concluded that,
although the University's website generally satisfies the requirements of information
organization and usability, it needs many improvements in accessibility to offer a
high-quality information architecture.

Keywords: Website analysis. Information Architecture. Usability. Web accessibility.


Information Organization.
LISTA DE QUADROS E FIGURAS

Quadro 1 – Esquemas e estruturas de organização ................................................ 16

Figura 1 - Parte superior da página inicial ................................................................ 23

Figura 2 - Parte inferior da página inicial .................................................................. 24

Figura 3 - Área de notícias do site da AEDB ........................................................... 25

Figura 4 - Categorias para acesso rápido, na parte inferior do site ......................... 25


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 METODOLOGIA ..................................................................................................... 11

3 ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA ARQUITETURA

DA INFORMAÇÃO ................................................................................................... 13

4 USABILIDADE E ACESSIBILIDADE EM SITES ................................................... 19

5 ESTUDO DE CASO: O SITE DA ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL

DOM BOSCO ............................................................................................................ 22

5.1 SITE DA AEDB .................................................................................................... 23

5.2 ANÁLISE E AVALIAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO E


USABILIDADE DO SITE ............................................................................................ 26

5.3 ANÁLISE E AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE DO SITE ................................. 29

6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 30

REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 32
10

1 INTRODUÇÃO

O estudo da organização da informação em sites é de extrema importância


para averiguar se os interesses dos usuários estão sendo atendidos. Nos sites
educacionais torna-se imprescindível levar em consideração questões como a
arquitetura da informação, que engloba a usabilidade e acessibilidade.
Nesse sentindo, a justificativa deste trabalho é pautada na importância de
se fazer uma discussão teórica sobre esses temas e verificar na prática, se essas
teorias são aplicadas de forma a satisfazerem o público à que a instituição
atende, pois um site desorganizado pode não só gerar insatisfação aos usuários,
como também pode dificultar que eles consigam navegar de forma autônoma e
encontrar a informação que necessitam.
Pensando nisso, o problema que motivou a realização deste trabalho foi:
quais são os critérios necessários para avaliar a organização da informação,
usabilidade e acessibilidade em um site? O site da AEDB segue critérios bem
definidos para a elaboração da página inicial de seu site, considerando os critérios
de acessibilidade e usabilidade?
Para conseguir responder estas questões, foi definido como objetivo geral
identificar na literatura da área de Ciência da Informação critérios para análise e
avaliação da organização da informação, da acessibilidade e da usabilidade de
sites e como objetivos específicos discutir teoricamente os conceitos de
organização da informação, arquitetura da informação, acessibilidade e
usabilidade em sites e aplicá-los na avaliação do site da Associação Educacional
Dom Bosco (AEDB).
Sendo assim, o trabalho está organizado conforme a seguir: após esta
introdução, detalhamos na segunda seção a metodologia adotada para o
atingimento de nossos objetivos. Na seção três pontuamos as definições de
organização da informação e arquitetura da informação com base na literatura da
Ciência da Informação. A discussão teórica dos conceitos acessibilidade e
usabilidade em site pode ser observada na quarta seção. O estudo de caso é
apresentado na seção cinco onde contextualizamos a instituição, o site e fazemos
análise e avaliação da organização da informação e usabilidade do site.
Finalizando o trabalho, as conclusões e as referências.
11

2 METODOLOGIA

O presente trabalho consiste em pesquisa exploratória e qualitativa.


Segundo Selltiz et al. (1965 apud OLIVEIRA 2011),

[...] enquadram-se na categoria dos estudos exploratórios todos


aqueles que buscam descobrir ideias e intuições, na tentativa de
adquirir maior familiaridade com o fenômeno pesquisado. [...] Eles
possibilitam aumentar o conhecimento do pesquisador sobre os
fatos, permitindo a formulação mais precisa de problemas, criar
novas hipóteses e realizar novas pesquisas mais estruturadas.

No que diz respeito ao caráter qualitativo da pesquisa, Godoy (1995B) e


Silva e Menezes (2005, apud FREITAS; JABBOUR, 2011, p. 9) afirmam que
enquadram nesta abordagem os estudos em que

o pesquisador é o instrumento-chave, o ambiente é a fonte direta


dos dados, não requer o uso de técnicas e métodos estatísticos,
têm caráter descritivo, o resultado não é o foco da abordagem,
mas sim o processo e seu significado, ou seja, o principal objetivo
é a interpretação do fenômeno objeto de estudo.

Trata-se também de um estudo de caso, cujo propósito é “reunir


informações detalhadas e sistemáticas sobre um fenômeno” (PATTON, 2002,
apud FREITAS; JABBOUR, 2011, p.10). Yin (2005, p. 32 apud FREITAS;
JABBOUR, 2011, p. 11) define esta técnica como “uma investigação empírica que
investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real”, que
é o que pretendeu-se com este trabalho.
O método utilizado no estudo de caso para avaliar organização da
informação e usabilidade do site a se baseia em Lima Filho e Cervantes (2011, p.
476-481), por terem foco na organização da informação e conversarem com os
critérios identificados na literatura para usabilidade propostos por Nielsen (1993,
apud LAZZARIN et al, 2012). Os autores estabelecem cinco categorias para
análise, conforme descritas a seguir:
• Primeira categoria: o site possui uma página de perguntas frequentes?
Disponibiliza função de ajuda? Possui meios de contato com os
responsáveis pelos setores específicos? Os usuários conseguem alcançar
as informações que necessitam entre três a quatro cliques? Todas as
páginas informam ao usuário onde ele se encontra dentro da estrutura da
organização? (LIMA FILHO; CERVANTES, 2011, p.476).
12

• Segunda categoria: há disponibilização da função de busca no site? Quais


os tipos de buscas oferecidos no site? As informações estão dispostas em
categorias? Os termos utilizados representam o conteúdo de forma
pertinente na categoria adotada? (LIMA FILHO; CERVANTES, 2011, p. 477).
• Terceira categoria: existe redundância de conteúdo nos sites? Há a opção
de tradução de idiomas? Oferece opção de modificação do tamanho da
fonte? Há opção de modificação da cor de fundo da página? Disponibiliza
downloads dos conteúdos? (LIMA FILHO; CERVANTES, 2011, p.479).
• Quarta categoria: há avisos ou notificação aos usuários a respeito de novos
conteúdos? Quais as tipologias documentárias disponíveis no site? (LIMA
FILHO; CERVANTES, 2011, p.480).
• Quinta categoria: a existência de links internos e externos, o funcionamento
dos links e se há possibilidade do usuário retornar à pagina inicial ou
anterior. (LIMA FILHO; CERVANTES, 2011, p.481).
Em relação à acessibilidade, foram utilizados os quatro princípios da
versão 2.0 das Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (W3C, 2008)
detalhados na seção 4: Princípio perceptível, princípio operável, princípio
compreensível e princípio robusto.
A análise realizada neste trabalho foi fundamentada nas propostas dos
autores acima mencionados e na observação do site. Os termos “arquitetura da
informação”, “organização da informação”, “usabilidade”, “acessibilidade em sites”
e “análise de sites” foram utilizados para recuperar os periódicos e artigos
utilizados nesta pesquisa, que foram pesquisados nas bases de dados do
ENANCIB (Encontro Nacional De Pesquisa Em Ciência Da Informação), Scielo,
Revista Digital de Biblioteconomia & Ciência da Informação, Revista Biblionline e
Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina. Devido a problemas de
comunicação com a instituição, não foi possível realizar um estudo de usuários
com os estudantes da universidade.
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3 ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA ARQUITETURA


DA INFORMAÇÃO

Para elaboração de serviços de informação que se adequem às


necessidades dos usuários, é importante garantir a qualidade dos sistemas de
informação, de modo a possibilitar o acesso e a recuperação da informação de
forma eficaz. Como afirmado por Prado, Peruzzo e Ohira (2005, p. 76), “a internet
é um dos grandes meios de comunicação e disseminação da informação”,
tornando então a organização da informação extremamente importante nos sites
de universidades para que os usuários possam ser capazes de se localizar e
localizar a informação que precisam, de forma rápida e eficiente, além de
possibilitar à instituição apresentar os serviços que oferece. Visto que os sites
das universidades estão disponibilizando cada vez mais funções e serviços, é
importante que “tanto a ferramenta tecnológica como a organização da
informação [estejam] em sintonia, a fim de que as informações tenham um
resultado satisfatório e de qualidade para o usuário” (BENINE; ZANAGA, 2009, p.
452), uma vez que, como citado por Amaral e Guimarães (2002, apud PRADO,
PERUZZO E OHIRA, 2005, p. 77), com o oferecimento de bons produtos e
serviços, há também uma maior promoção dessas instituições.
A organização da informação pode ser entendida como a “função de
descrever os documentos, tanto do ponto de vista físico (características físicas
dos documentos) quanto do ponto de vista temático (ou descrição do conteúdo)”
(DIAS, 2006, p. 67 apud BENINE; ZANAGA, 2009, p. 452). Para Brascher e Café
(2007, p.6), a organização da informação compreende a “organização de um
conjunto de objetos informacionais para arranjá-los sistematicamente em
coleções, neste caso, temos a organização da informação em bibliotecas,
museus, arquivos, tanto tradicionais quanto eletrônicos.”
Adaptada ao contexto da web, organização da informação é “o processo
onde se dispõe e ordena a sequência dos elementos que integram o conteúdo de
um sitio na web” (SÁNCHES DE BUSTAMANTES, 2004 apud BENINE; ZANAGA,
2009 p.452).
Segundo Davenport e Prusak (1998 apud CERVANTE; LIMA FILHO, 2011
p.472), “os sites devem oferecer as informações de maneira organizada, bem
representada, de fácil entendimento, além de propiciar agilidade no acesso e
14

recuperação da informação, bem como ser o mais simples possível [...]” para o
usuário. Assim sendo, é necessário que os sites tenham uma estrutura
informacional e uma hierarquia bem definida para facilitar a navegação e
localização do conteúdo, ou seja, ter uma organização da informação coerente, já
que esta “[...] tem como primazia proporcionar às instituições e aos usuários:
agilidade, rapidez e economia de tempo na busca de informações, contribuindo
para o acesso à informação e ao conhecimento, bem como a disseminação e o
compartilhamento” (CERVANTES; LIMA FILHO, 2011, p.112).
A organização da informação é, portanto, uma “etapa intermediária voltada
primordialmente para a garantia de um diálogo entre o produtor e o consumidor
da informação, assumindo [...] função de [...] ponte informacional” (GUIMARÃES,
2003, p. 100 apud CERVANTES, LIMA FILHO 2011, p.468). A organização da
informação nos sites de universidades permite que os sites assumam função de
facilitadores para a promoção do acesso às informações e sua
disseminação, diminuindo os entraves burocráticos. [...] Isto só é
conseguido se os sites dispuserem as informações organizadas e
que viabilizem uma infraestrutura que apoie a criação, o
compartilhamento e o uso da informação (CERVANTES; LIMA
FILHO, 2011, p. 469).

Os websites das universidades devem ter como objetivos


servir de canal institucional, visando público interno e externo;
oferecer acesso aos serviços da instituição; funcionar como uma
porta de entrada aos demais websites do sistema, mantidos de
maneira descentralizada, de forma a direcionar o usuário à
informação desejada; divulgar pesquisas e produção da
universidade; divulgar eventos; prestar serviços de utilidade
pública; reunir informações sobre a história, missão e estrutura da
instituição; divulgar documentos institucionais, editais, licitações;
oferecer acesso dos alunos e dos servidores à intranet; mostrar o
que a universidade oferece; servir como instrumento à
comunicação interna e externa (FREITAS, 2013, p.188).

Ainda conforme Freitas (2013, p.188), também é importante prestar


atenção nos elementos que podem dificultar a organização da informação e
atrapalhar o entendimento do usuário, como o design do site, excesso de
informação, layout, dentre outros que podem acabar causando desordem
informacional e prejudicando a transmissão de informações no site.
D’Andréa (2006, p.41) defende que a natureza flexível e descentralizada da
web se dá, em grande parte, graças à articulação de informações que permite o
15

hipertexto. Para Parente (1999, p.81 apud D’ANDRÉA, 2006, p.42), “o hipertexto
digital incorpora às velhas ferramentas de busca da informação uma série de
outras: a lista, o repertório, o anuário, a classificação, a bibliografia, o catálogo, o
index [...]” isto é, o ambiente hipertextual faz uso de recursos e procedimentos
tradicionais da organização da informação, embora necessite de novas
estratégias (D’ANDREA, 2006, p. 42). Essas “novas estratégias” recebem o nome
de “arquitetura da informação”.
A Arquitetura da Informação (AI) é uma área que visa estudar e aplicar
melhores condições para construção de websites, facilitando a busca de
informações. Segundo Camargo e Vidotti (2008, p. 2), a arquitetura da informação
“oferece um conjunto de procedimentos metodológicos para auxiliar
desenvolvedores nos processos de organização, armazenamento, representação,
navegação, recuperação, apresentação, distruibuição e disseminação da
informação”.
Para Barker (2005, p. 10, apud DANTAS; SILVA, 2013, p.2), o termo
arquitetura da informação é utilizado para sistematizar “a forma como a
informação é agrupada, os métodos de navegação e a terminologia utilizada no
sistema”. Já Lazzarin et al. (2012, p.234) afirmam que a “arquitetura da
informação fornece suporte às ações de gestão do conhecimento, à medida que
visa promover a acessibilidade à informação armazenada para garantir a eficácia
do processo decisório nas organizações”. Portanto, a AI envolve “o ambiente
informacional, o usuário e as informações contidas no ambiente” (CAMARGO;
VIDOTTI, 2008, p. 3).
Nesse sentido, é de extrema importância um bom projeto de AI nos sites,
considerando que um de seus objetivos é facilitar o entendimento da forma como
as informações são estruturadas no site de maneira que permita ao usuário
acessar as informações que deseja intuitivamente. Em suma,
A Arquitetura da Informação refere-se ao desenho da estrutura
das informações: como textos, imagens e sons são apresentados
na tela do computador, a classificação dessas informações em
agrupamentos de acordo com os objetivos do site e das
necessidades do usuário, bem como a construção da estrutura de
navegação e de busca de informações, isto é, os caminhos que o
usuário poderá percorrer para chegar até a informação
(STRAIOTO 2002, p. 20 apud LAZZARIN et al, 2012, p. 237-238).
16

Em relação aos objetivos da AI, Siqueira (2005, p. 73-74 apud DANTAS;


SILVA, 2013, p.2) destaca:
• Criar processos que maximizem o fluxo de informações
significativas para a organização;
• Transformar a gestão da informação em uma ferramenta
eficaz para a liderança; Administrar o comportamento
informacional;
• Formar equipes exclusivas para administrar a infraestrutura
informacional;
• Estabelecer e aperfeiçoar políticas, diretrizes e princípios da
informação na organização.

Um modelo de arquitetura de informação pode ser aplicado a qualquer


ambiente informacional, por integrar o usuário, o conteúdo e o contexto. Como
citado por Lazzarin et al. (2012, p. 238), em relação ao usuário, “o foco está nas
necessidades, hábitos e comportamentos de busca e recuperação da
informação”, já o conteúdo está relacionado à forma como a informação é
apresentada (volume, formato, estrutura). O contexto diz respeito “ao objetivo do
website, política interna da empresa, restrições tecnológicas, entre outros fatores
condicionantes e pontuais”.
Entretanto, o processo de execução da arquitetura da informação exige
que se cumpram algumas etapas, entre as quais Rosenfeld e Morville (1998 apud
D’ANDRÉA, 2006, p. 42) destacam a organização da informação e
desenvolvimento de sistemas de navegação. No que tange a organização da
informação, há os esquemas de organização (exatos, ambíguos e híbridos) e as
estruturas de organização (hierárquicas, bases de dados relacionais e
hipertextos). No que tange aos sistemas, temos os sistemas de organização,
sistema de navegação, sistema de rotulação e sistema de busca - que são
considerados os pilares da AI.
Quadro 1 - Esquemas e estruturas de organização
ESQUEMAS DE ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAS DE ORGANIZAÇÃO
Exatos: alfabético, cronológico e Hierárquica: classes ordenadas por
geográfico. subordinação, podendo ser crescentes ou
decrescentes.
Ambíguos: por tópico, orientados a Base de dados relacional: campo de busca
tarefas, específico a um público e conhecido como busca booleana. Possibilita
dirigido a metáforas. organização de conteúdos diferentes e em
vários formatos.
Híbridos: são insuficientes; necessitam Hipertexto: informações interligadas
complementação de outro esquema ou através de links, podendo formar hipermídias.
17

estrutura. Utiliza esquemas exatos e


ambíguos.
Fonte: a autora com base em Cervantes e Lima Filho (2011, p. 473).

Os sistemas de organização, sistema de navegação, sistema de rotulação


e sistema de busca são definidos conforme a seguir.
Segundo Vidotti e Asnches (2004, p. 2-3 apud DANTAS; SILVA, 2013, p.3-
4), o sistema de organização é o que estabelece as diretrizes para a
estruturação do conteúdo. Nesse sistema é importante evitar a ambiguidade e
heterogeneidade dos termos e levar em conta o usuário, a cultura, a instituição, a
perspectiva social, política e econômica do ambiente.
O sistema de navegação, para Rosenfeld e Morville (2006 apud DANTAS;
SILVA, 2013, p.3-4), é o sistema que auxilia os usuários a navegarem por meio do
conteúdo. Podem ser divididos em: global: situa o usuário de forma rápida,
mostrando onde ele está e o caminho onde ele pode ir; local: proporciona aos
usuários pesquisarem aquilo que deseja de forma imediata; e contextual: quando
alguma informação não se encaixa nos outros dois, é necessária a “criação de
links de navegação contextual específico para uma página especial, documento
ou objeto” (DANTAS; SILVA, 2013, p.4).
O sistema usado para representar “grandes pedaços” de informação nos
sites é o sistema de rotulação. Rodrigues (2006, p. 100 apud DANTAS; SILVA,
2013, p.4) denomina esse sistema de “sistema de nomeação”, justificando que “a
palavra de ordem nomear preocupa-se com a chegada da informação ao leitor,
sem uma possível barreira da linguagem ou do estilo adotado”. Sanches (2004,
p.73 apud CERVANTES; LIMA FILHO, 2011, p. 474) afirma que esse sistema
deve “permitir que os usuários possam identificar-se rapidamente com a
linguagem e toda a estruturação do site, baseados em rótulos consistentes”.
O sistema de busca é o sistema de “catalogação” dos assuntos para
facilitar a busca e identificação por parte dos usuários. Para que haja
recuperação, Vidotti e Sanches (2004, p. 2-3 apud CERVANTES; LIMA FILHO,
2011) afirmam ser necessária uma forma de representação descritiva e temática
adequada aos conteúdos, observando-se antes da implementação desse sistema,
a forma como os usuários potenciais desse ambiente realizam as buscas.
18

Para Morville e Rosenfeld (2006, apud FREITAS, 2013, p.177), AI é,


portanto, a “combinação de sistemas de organização, rotulagem, busca e
navegação em websites e intranets”. Contempla também aspectos como
estruturação da informação e estudos de usuários.
Assim sendo, como reforçado por Lazzarin et al. (2012), é importante que
um bom projeto de AI considere também a usabilidade e acessibilidade dos
sistemas de informação como fatores fundamentais e determinantes para a
criação e estruturação de uma interface interativa, de boa qualidade, de fácil uso
e fácil acesso para os usuários pois, como abordado por Rosenfield e Morville
(1998, p.8 apud FURQUIM, 2003, p. 49), os usuários detestam
quando não conseguem encontrar no site web a informação que
eles sabem que está lá por causa de um projeto gráfico pobre, uso
gratuito da tecnologia (figuras animadas, sons, filmes que
somente tornam o tempo de resposta da página web mais longo,
sem agregar valor ao conteúdo), “tom inapropriado” (uso de
jargões ou de uma linguagem não-adequada ao usuário),
construção da página web centrada nos critérios do produtor,
páginas web “em construção” e “falta de atenção aos detalhes”
(links que não funcionam, conteúdo desatualizado, falta de datas,
programas que executam com erro).

A próxima seção abordará as definições de acessibilidade e usabilidade em


sites.
19

4 USABILIDADE E ACESSIBILIDADE EM SITES


O termo “usabilidade” começou a ser utilizado no início de 1980 para
substituir a expressão “user-friendly”, que dizia respeito à interface amigável e
fácil de ser usada e entendida pelo usuário (LAZZARIN et al, 2012 p. 238).
A usabilidade diz respeito à interação humano/computador, sendo definida
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na norma NBR ISO/IEC
9126-1 como a “capacidade do produto de software de ser compreendido,
aprendido, operado e atraente ao usuário, quando usado sob condições
especificadas” (ABNT, 2003, p. 9).
Le Coadic (2004, p.49 apud DANTAS; SILVA, 2013, p. 4) afirma que
usabilidade “mede até que ponto um produto de informação, um sistema de
informação, um serviço de informação ou uma informação se prestam ao uso”.
No livro Usability Engineering, Nielsen (1993 apud LAZZARIN et al, 2012,
p.239-240) descreve cinco atributos de usabilidade, que juntos fornecem ao
usuário procedimentos e opções consistentes para o uso da informação:
facilidade de aprendizado, eficiência de uso, facilidade de memorização, baixa
taxa de erros e satisfação subjetiva.
Facilidade de aprendizado - o sistema deve ser o mais simples
possível e de fácil aprendizagem para que o usuário tenha a
possibilidade de, sem demora, conhecer o sistema e desenvolver
suas atividades.
Eficiência de uso - o sistema deve ser hábil o suficiente para
permitir que o usuário, tendo aprendido a interagir com ele, atinja
altos níveis de produtividade no desenvolvimento de suas
atividades.
Facilidade de memorização - aptidão do usuário de regressar
ao sistema e realizar suas tarefas mesmo que não o tenha
utilizado por um determinado tempo.
Baixa taxa de erros - em um sistema com poucos índices de
erros, o usuário é capaz de realizar suas tarefas sem grandes
problemas, recuperando-se dos erros, caso aconteçam.
Satisfação objetiva - o usuário considera agradável a interação
com o sistema e se sente particularmente satisfeito com ele
(NIELSEN, 1993 apud LAZZARIN at al, 2012, p. 239-240, grifo
nosso).

Preece, Rogers e Sharp (2005, p. 38 apud DANTAS; SILVA, 2013, p.4)


definem como metas para a usabilidade: “ser eficiente no uso (eficiência); ser
segura no uso (segurança); ser de boa utilidade (utilidade); ser fácil de aprender
(learnability); ser fácil de lembrar como se usa (memorability)”. Nesse sentido, a
20

usabilidade complementa a AI, devido à preocupação com a satisfação dos


usuários. Para Garzotto (1998 apud GUELL, SCHWABE e BARBOSA, 2001, p.
2), "usabilidade de aplicações web é a habilidade do usuário em utilizar sites e
acessar o conteúdo deles de modo mais efetivo”.
Silva (1998, p.101 apud PRADO, PERUZZO e OHIRA, 2005, p. 79) afirma
que
a usabilidade se destaca por abranger os aspectos mais visÌveis
do sistema, consubstanciados na interface. Sua importância no
nível geral da qualidade decorre do fato de a interface ser, para os
usuários o próprio sistema por responder por mais da metade do
código e por refletir a facilidade de uso e aprendizado.

Já a acessibilidade pode ser compreendida “não apenas como a


eliminação de barreiras arquitetônicas e de acesso físico”, mas também como
promoção do acesso à rede de informações através de
equipamentos e programas adequados, que possibilitarão a
apresentação da informação em formato alternativo, de acordo
com as necessidades dos usuários, incluindo as pessoas com
deficiência. (ACESSIBILIDADE BRASIL, 2012).

A acessibilidade na Web pode ser entendida como


A disponibilização de informação de forma a ser compreendida
por todos, ou mesmo por diferentes dispositivos tecnológicos,
incluindo software e hardware, possibilitando a utilização de
tecnologias assistivas, que consistem em hardware, periféricos e
programas especiais que facilitam o acesso de pessoas com
deficiência (QUEIROZ, 2012 apud LAZZARIN et al, 2012, p.240).

Vitorino (2015, p. 58) aborda quatro princípios para avaliar a acessibilidade


propostos pelas recomendações para Acessibilidade do Conteúdo da Web
(WCAG 2.0) pela WAI/ W3C, documento cujo objetivo é tornar o conteúdo web
acessível para pessoas com deficiência:

Princípio 1: Perceptível – A informação e os componentes da


interface do usuário têm de ser apresentados aos usuários em
formas que eles possam perceber. Isto significa que os usuários
devem ser capazes de perceber a informação que está sendo
apresentada, não podendo ser invisível para todos os seus
sentidos.
Princípio 2: Operável - Os componentes de interface de usuário e
a navegação têm de ser operáveis. Isto significa que os usuários
devem ser capazes de operar a interface; a interface de interação
não pode exigir interação que o usuário não possa executar.
Princípio 3: Compreensível - A informação e a operação da
interface de usuário têm de ser compreensíveis. Isto significa que
os usuários devem ser capazes de compreender as informações,
21

bem como o funcionamento da interface do usuário; o conteúdo


ou operação não pode ir além de sua compreensão.
Princípio 4: Robusto - O conteúdo tem de ser robusto o suficiente
para poder ser interpretado de forma concisa por diversos agentes
do usuário, incluindo tecnologias assistivas. Isto significa que os
usuários devem ser capazes de acessar o conteúdo conforme as
tecnologias evoluem; como a tecnologia e os agentes de usuário
evoluem, o conteúdo deve permanecer acessível (VITORINO
(2015, p. 55-56, grifo nosso).

A usabilidade e a acessibilidade são características que agregam qualidade


a um conteúdo digital e ambos são fundamentais na construção dos sites
educacionais, devendo então ser obrigatórios nos bons projetos de arquitetura da
informação, pois
A usabilidade visa a satisfazer um público específico, definido
como o consumidor que se quer alcançar quando se define o
projeto do produto, o que permite que se trabalhe com as
peculiaridades adequadas a esse público-alvo (associadas a
fatores tais como a faixa etária, nível socioeconômico, gênero e
outros). Porém, é a acessibilidade que permitirá que a base de
usuários projetada seja alcançada em sua máxima extensão e que
os usuários que se deseja conquistar com o produto tenham êxito
em iniciativas de acesso ao conteúdo digital em uso (TORRES;
MAZZONI, 2004, p. 153 apud VITORINO, 2015, p. 48).

Tendo em vista os conceitos abordados, na próxima seção será


apresentada a análise do site da Associação Educacional Dom Bosco através de
um estudo de caso, além de uma breve apresentação da Instituição e do site. A
análise não considera os dispositivos móveis - apenas os computadores - pois,
embora o site possa ser acessado pelos celulares, os recursos são limitados para
estes aparelhos.
22

5 ESTUDO DE CASO: O SITE DA ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM


BOSCO
Localizada em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, a Associação
Educacional Dom Bosco (AEDB) foi fundada pelo Professor Cel. Antônio Esteves,
em 1964, sendo considerada a primeira instituição de ensino superior privada na
cidade, além de uma das primeiras da região Sul Fluminense, com a missão de
“preparar o jovem para as atividades econômicas que estavam se desenvolvendo
na região, com o começo da industrialização” (AEDB, 2018).
A instituição teve, em 1968, o início de suas atividades com a Faculdade de
Ciências Econômicas Dom Bosco, que inicialmente funcionava nas salas do
Colégio Dom Bosco, cedidas pelo então diretor Dr. João Vilella. Sua sede própria
só começou a ser construída em 1971, em um terreno doado pelo Gal. Antenor
O’Reilly e teve sua inauguração no ano seguinte. (AEDB, 2018).
Dois anos depois a inaugração de sua sede, foi criada a Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras Dom Bosco, que contava com os cursos de Letras e
Pedagogia. Em 1993 foi criado o Colégio de Aplicação e, em 1998, o Centro de
Pesquisa, Pós-graduação e Extensão (CPGE), possibilitando à AEDB oferecer
“um ciclo completo do ensino da pré-escola à pós-graduação”. Também em 1998,
foi criada a Faculdade de Engenharia em Resende, com o curso de Engenharia
Elétrica-eletrônica. Hoje são oferecidos cinco tipos de Engenharia, incluindo o
curso de Produção Automotiva, que foi “pioneiro no Brasil, implantado em parceria
com a MAN Latin America, ex-Volkswagen Caminhões e Ônibus” (AEDB, 2018).
Atualmente, a instituição tem como visão “formar o homem com elevado
grau de consciência crítica, que lhe permita conhecer a realidade e agir sobre ela,
com vistas a mudanças nas relações sociais”, e como missão “formar
profissionais de reconhecida qualidade e competência, contemplando as
vertentes científica, técnica, social, ética e cultural” (AEDB, 2018).
A AEDB está localizada na av. Cel Prof. Antonio Esteves, nº 01, Campo de
Aviação, com uma àrea de 22 mil m², além de área de estacionamento, quadra
poliesportiva e campo de futebol soçaite, sendo 12 mil m² de área construída,
distribuídas em três pavilhões de dois andares: o edifício Gen. O’Reilly, o edifício
Dr. Prof. Ercílio Matias Galhardo e pavilhão de laboratórios dos cursos de
Engenharia. Ainda no que diz respeito à estrutura, para promover acessibilidade
23

às pessoas portadoras de deficiência aos espaços e equipamentos de uso


coletivo, a universidade conta com elevadores e rampas, banheiros adaptados e
vagas reservadas no estacionamento (AEDB, 2018).
Consideramos importante destacar também que a AEDB se preocupa em
integrar os estudantes de baixa renda no ensino superior, possuindo um
programa próprio de bolsas de estudo, reduzindo o valor da mensalidade, e por
ser uma das faculdades particulares do Rio de Janeiro que mais oferece bolsas
pelo PROUNI – Programa Universidade para Todos, do Ministério da Educação,
que concede bolsas de estudo integrais e parciais de 50% em instituições
privadas de educação superior através do ENEM (Exame nacional do ensino
médio). (AEDB, 2018).

5.1 SITE DA AEDB

A página inicial do site da AEDB é estruturada da seguinte forma: no topo


da página, são apresentadas as oito categorias principais: institucional,
graduação, pós-graduação, pesquisa, serviços, colégio, contato e vestibular, além
de acesso ao portal acadêmico e EAD (Figura1).

Figura 1 - Parte superior da página inicial

Fonte: AEDB (2018)


24

Exibe layout gráfico com notícias rotativas como, por exemplo, turmas
abertas de MBA e propagandas da pós graduação. Na Figura 2 podemos
observar que o site dispõe de links para os cursos de graduação que a
universidade oferece: Educação Física, Enfermagem, Engenharia de Produção,
Ciências Contábeis, Logística, Ciências Biológicas, Letras, Pedagogia,
Engenharia Civil, Engenharia Elétrica-eletrônica, Engenharia Mecânica,
Administração, Comunicação Social, Economia, Sistemas de Informação,
Automação Industrial, Gestão da Produção Industrial e Gestão de Recursos
Humanos.
Figura 2 - Parte inferior da página inicial

Fonte: AEDB (2018)

Possui também layout com acesso rápido ao MBA e Pós-graduação,


Semana de Atividades Científicas da AEDB (SEAC), Programa Atitude Legal,
Simpósio Pedagógico e Pesquisas em Educação (SIMPED), AEDB notícias,
Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia (SEGeT), Programa De Bolsas
e Apoio Financeiro da AEDB, QUANTA (Comunicação e Cultura), Comissão
própria de avaliação e Colégio de Aplicação para ensino infantil, fundamental e
médio (Figura 2).
Observamos ainda um painel de notícias relacionadas à instituição, link de
acesso para a biblioteca, como observado na Figura 3.
25

Figura 3 - Área de notícias do site da AEDB

Fonte: AEDB (2018)

Na parte inferior do site, são oferecidos links rápidos para acessar


conteúdos divididos nas categorias institucional, ensino, pesquisa, serviços,
acesso rápido e formas de reingresso, como observado na Figura 4.
Figura 4 - Categorias para acesso rápido, na parte inferior do site

Fonte: AEDB (2018)


26

5.2 ANÁLISE E AVALIAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO E


USABILIDADE DO SITE

A análise do site foi realizada entre março e maio de 2018 e para avaliar a
organização da informação e usabilidade no site AEDB foram usados cinco
critérios propostos em Cervantes e Lima Filho (2011): fácil para usuários,
classificação e pesquisa intuitiva, conectividade universal aos recursos
informacionais, acesso dinâmico aos recursos informacionais e interfaces
externas. Ressalvamos que, como a análise foi realizada pela autora, foram
considerados os aspectos subjetivos individuais. O resultado da análise não foi
submetida ao grupo usuário do site.

Fácil para os usuários

O site da AEDB não possui uma página de perguntas frequentes ou uma


função específica de ajuda, mas possui “Fale conosco” dentro da categoria
“Contato” e ouvidoria na categoria “Serviços”, onde os alunos podem deixar suas
reclamações, críticas, elogios, agradecimentos e sugestões. Além do mais, o
“Fale conosco” oferece formulário na página, permitindo ao usuário escolher o
assunto e o setor destinatário e captcha, de modo a evitar invasões.
Na parte inferior, dentro da categoria “Institucional”, o link “Corpo técnico
administrativo” informa os nomes dos responsáveis e seus respectivos setores,
mas sem e-mail ou telefone específico. No que diz respeito ao contato, fornece
apenas uma página com “Telefones úteis” compreendendo: Central de
atendimento, Serviço de Atendimento ao Vestibulando, Ouvidoria, Secretaria de
Atendimento à Graduação, Secretaria de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão,
Secretaria do Colégio de Aplicação de Resende, Tesouraria, Benefícios, Núcleo
Integrado de Comunicação (Imprensa e Relações Públicas / Marketing e
Publicidade) e Compras, além de oferecer e-mail e telefone da central de
atendimento, da central de canditatos e ouvidoria.
Para os usuários da universidade, acessar as informações necessárias
entre três e quatro cliques não parece ser um desafio pois, apesar de não possuir
a barra de busca, todas as funções do site são bem sinalizadas em suas
categorias principais na página inicial e na parte inferior, que conta também com
uma categoria de "Acesso rápido” que engloba o portal acadêmico, portal EAD,
27

webmail, impressão de 2ª via de boleto bancário, reemissão de boleto vencido e


avisos.
As páginas informam ao usuário onde ele se encontra dentro da estrutura
de organização, pois sempre que entramos em uma subcategoria, nos é oferecido
no início da página a opção de voltar à pagina inicial e o nome da categoria a qual
a subcategoria pertence. Por exemplo, clicando em “Tesouraria”, no início da
página temos as opções “Home” para voltar à página inicial e “Serviços”, que é a
categoria à qual tesouraria pertence.

Ø Classificação e pesquisa intuitiva

O site não conta com a função de busca ou barra de busca nas páginas.
Entretanto, as informação estão dispostas em categorias pertinentes, o que torna
a busca intuitiva fácil para os usuários. Os conteúdos são pertinentes às
categorias e os termos utilizados no geral representam bem seus conteúdos.
As categorias apresentadas na parte superior e inferior do site explicitam a
atuação de uma instituição de ensino superior, uma vez que oferece o acesso aos
assuntos da graduação, pós-graduação, pesquisa e demais serviços oferecidos.
As subdivisões das categorias são compostas por assuntos e conceitos que
revelam o conteúdo a ser localizado nos links. Não estão organizados em ordem
alfabética e não revelam qual o critério utilizado para a ordem dos termos dentro
das categorias. Por exemplo, em “Serviços”, os links estão organizados da
seguinte forma: condições de oferta, secretaria, biblioteca central da AEDB,
tesouraria, benefícios, estágios, ouvidoria, aedb projetos, sala da imprensa,
convênios, ex-alunos, AEDB concursos, avisos e webmail, não revelando o
princípio adotado para a ordenação dos termos.

Ø Conectividade universal aos recursos informacionais

Existe redundância no site pois os links na parte inferior do site se repetem,


de forma mais detalhada, nos links apresentados na parte superior. Apresentam
também alguns hiperlinks para o próprio conteúdo do site.
O site não conta com tradução de idiomas, oferecendo o conteúdo apenas
em português. Entretanto, conta com a opção de modificação do tamanho da
fonte, podendo aumentar ou diminuir, conforme a necessidade do usuário. Não
28

oferece personalização/modificação da cor do fundo da página. Oferece opção de


impressão de todas as páginas informativas do site mas, em relação ao
download, não tem nada explícito informando que ele pode ser realizado. Os
editais, entretanto, podem ser baixados dentro da categoria “Pesquisa”, na
subcategoria “Manuais e editais”.

Ø Acesso dinâmico aos recursos informacionais

O site não oferece notificações de novos conteúdos aos usuários, porém


possui uma aba de “Avisos” na parte inferior, dentro da categoria de “Acesso
rápido”. Acredita-se que nessa área sejam divulgados assuntos de interesse da
comunidade acadêmica, embora estivesse vazio no momento da análise.
As tipologias documentárias disponíveis são: normalização de trabalho
acadêmico e produção científica, manual de submissão de trabalhos da XXII
SEAC, editais PIBID, editais de programa de iniciação à pesquisa da AEDB.
Também são oferecidos a produção docente e discente com os artigos publicados
de 2012 a 2014 e artigos publicados em livros, periódicos e eventos externos na
aba “Pesquisa”.

Ø Interfaces externas

No que diz respeito aos links internos e externos, o site oferece links de
funcionamento satisfatório por estarem atualizados, tanto dentro do próprio site,
como os links externos para redes sociais da instituição, editais de concursos,
manuais, entre outros. A aba “Ex alunos”, entretanto, possui o aviso de “ooops, a
página que estava aqui sumiu”, oferecendo um e-mail para contato. No que diz
respeito à navegação dentro do site, há sempre a possibilidade de retornar à
página inicial, pois a opção “Home” fica disponível dentro de todas as categorias,
com exceção da “Colégio”, que redireciona para a página do Colégio de
Aplicação.
O conteúdo das páginas podem ser compartilhados pelo g+, twitter,
facebook, linkedin e por e-mail.
29

5.3 ANÁLISE E AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE DO SITE

Para avaliar a acessibilidade do site foram aplicados os quatro princípios


propostos pelas Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web - WCAG 2.0,
pela WAI/ W3C, abordados por Vitorino (2015, p. 58), além da consulta ao
documento original (versão de dezembro de 2008) para apoio:
Princípio 1 (perceptível): a página oferece recursos apenas para usuários
com capacidade visual, pois a única opção que oferece é o recurso de aumento
de letras. O site não oferece alternativas não textuais como símbolos, libras ou
fala (áudio). Não possui conteúdo multimídia (áudios e vídeos), logo, não possui
legendas nem audiodescrição. Não oferece controle de contraste entre texto e
imagem. Logo, não oferece nenhuma personalização da página, com exceção do
aumento de letras. O texto do site não é justificado e não tem recuo para
parágrafo, porém há uma distância de 1,5cm entre eles.
Princípio 2 (operável): sobre acessibilidade pelo teclado, a página só
oferece a funcionalidade de seta para cima e para baixo. Todas as demais
funcionalidades necessitam do mouse para serem operadas.
No que diz respeito ao tempo para leitura, o próprio usuário controla seu
tempo para ler os conteúdos do site. No que diz respeito à navegação, as páginas
possuem títulos, cabeçalhos e etiquetas que descrevem os conteúdos de forma
satisfatória.
Princípio 3 (compreensível): a redação dos textos do site é legível e
compreensível para usuários de graduação, podendo apresentar dificuldades para
usuários não letrados. O site possui consistência de navegação e os usuários
podem sugerir correções a partir do "Fale conosco".
Princípio 4 (robusto): o site não possui tecnologias assistivas. Não possui
recursos e tecnologias de apoio que permitam a acessibilidade de forma geral,
com exceção do tamanho da letra.
Conforme os princípios observados, a acessibilidade no site da AEDB é um
ponto fraco, pois não foi elaborado pensando nos deficientes auditivos e visuais,
sendo uma falha na arquitetura da informação que precisaria ser revista.
30

6 CONCLUSÃO

O presente trabalho objetivou identificar na literatura da área de Ciência da


Informação critérios para análise e avaliação da organização da informação, da
acessibilidade e da usabilidade em sites. Para isso, discutimos os conceitos de
organização da informação, arquitetura da informação, acessibilidade e
usabilidade em sites, de modo a aplicá-los na análise do site da Associação
Educacional Dom Bosco (AEDB).
Foi possível verificar que o site da Associação Educacional Dom Bosco
apresenta problemas em sua arquitetura da informação, uma vez que deixa a
desejar no quesito acessibilidade. Embora a organização da informação, de forma
geral, seja coerente e de fácil utilização por parte do usuário, recomenda-se
algumas modificações para que possa atender completamente aos critérios
identificados na literatura como, por exemplo, a inclusão da função de busca. É
necessário também investir na acessibilidade de deficientes visuais e auditivos
aos conteúdos do site, uma vez que a instituição apresenta preocupação com a
inclusão de deficientes físicos em sua estrutura física, com a adoção de rampas e
elevadores. Contudo, precisa se preocupar com o acesso de outros tipos de
deficientes também. Em relação ao site analisado, os deficientes visuais e
auditivos não são capazes de fazer uso do mesmo de forma autônoma devido à
falta de tecnologias assistivas adequadas.
Recomenda-se que na página inicial do site, os termos incluídos nas
categorias principais explicitem qual foi o princípio classificatório adotado. Neste
caso, a classificação alfabética é mais prática para o usuário localizar o que
precisa de forma mais rápida e intuitiva. É importante também que a instituição
realize um estudo de usuário para verificar se de fato o site está cumprindo seus
objetivos e se podem ser feitas melhorias visando à satisfação da comunidade a
que serve.
É importante considerar aspectos como usabilidade e acessibilidade -
fundamentais em um bom projeto de arquitetura da informação - no
desenvolvimento dos sites, principalmente educacionais, uma vez que eles
objetivam disseminar os serviços oferecidos para sua comunidade - no caso da
AEDB, são os estudantes, docentes, funcionários da instituição e membros da
31

comunidade em geral. Logo, a perspectiva do usuário é fundamental para que se


possa oferecer um serviço de excelência.
A arquitetura da informação, como abordado na seção três, tem como foco
o usuário e visa promover o acesso às informações da melhor forma possível,
sendo imprescindível nos sites de qualquer universidade que ofereça um serviço
de qualidade para seus alunos. Tal fato precisa ser considerado como um todo:
não só a questão da usabilidade, que permite que o conteúdo possa ser bem
compreendido e aproveitado pelo público da instituição, mas também a
acessibilidade para garantir que a comunidade usuária tenha suas necessidades
informacionais atendidas no que diz respeito ao conteúdo e no próprio acesso às
informações no site.
Portanto, infere-se que é de extrema importância um projeto de arquitetura
da informação bem elaborado para que possa atender aos objetivos da instituição
e às necessidades informacionais dos usuários, principalmente na página inicial, a
partir da qual o usuário é apresentado e direcionado a todos os serviços que a
instituição oferece.
32

REFERÊNCIAS

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