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A Segurança nas Grandes Superfícies Comerciais

Tipos de Superfície Comercial

• Superfícies Comerciais Isoladas

• Estas superfícies dizem respeito a estabelecimentos de comércio a


retalho, de comercio por grosso ou de prestação de serviços isoladamente
considerados, isto e, não integrados em conjuntos comerciais.

• Podem ocupar um edifício próprio ou integrar um edifício com outras


utilizações independentes, tratando-se por exemplo de supermercados,
hipermercados, bricolage, mobiliário, eletrodomésticos, etc.

Safety

• De acordo com esta divisão em UTs, as grandes superfícies comerciais


inserem-se na UT 8 “Comerciais e gares de transportes”.

• Para os diferentes espaços de um conjunto comercial, desde que se


desenvolvam atividades não inseridas na atividade comercial, deverão ser
incluídos na UT correspondente a essa atividade, como por exemplo:
cinemas, clínicas, zonas de lazer, zonas de restauração (se o efetivo for
superior a 200 pessoas) ou oficinas do ramo automóvel, devendo respeitar
as condições técnicas gerais e especificas definidas para cada UT.

As grandes superfícies comerciais podem incluir-se na 2.a, 3.a e 4.a


categoria de risco da UT 8, sendo consideradas respectivamente de risco
moderado, risco elevado e de risco muito elevado. Se forem constituídas
por vários edifícios independentes a categoria de risco e atribuída a cada
edifício.

• Relativamente a totalidade da grande superfície comercial, podendo incluir


UTs distintas, a categoria de risco obtém-se com base nos fatores de risco:
altura da UT, numero de pisos ocupados pela UT abaixo do plano de
referencia e pelo efetivo total de todos os espaços, incluindo o efetivo das
UTs distintas.

Security

• O Controlo de Acessos tem como objetivo proteger pessoas, informação e


bens contra acessos não autorizados.

• Considerar a segurança como um processo empresarial significa ter em


conta diferentes grupos de processos que incluem um input, um output e os
resultados que se podem medir e administrar.

Safety Vs Security

• Ponto Comum - Continuidade do Negócio

• Norma ISO 22301:2012

– Sistema de Gestão de Continuidade do Negócio

Safety Vs Security

• Compreensão da organização e o seu contexto.

• Liderança: Envolvimento da gestão; Politica; Funções, responsabilidades


e autoridades organizacionais.

• Planeamento: Objetivos e planos para a sua concretização; Ações para


identificação de questões e preocupações

• Suporte: recursos; competências: consciencialização; comunicação


interna e externa; informação documentada e seu controlo.

• Operacionalização: Análise de impactos no negócio e avaliação de risco;


Integração da gestão de riscos nos processos e práticas da organização;
Definição de critérios de risco;
Realização: Desenvolvimento e implementação de uma resposta de
continuidade do negócio; Estrutura de resposta para preparar, mitigar e
responder a situações; Alerta, comunicação e resposta; Requisitos e
conteúdos dos procedimentos de resposta; Recuperação / restabelecimento

Avaliação do desempenho: medição e monitorização; auditoria interna,


revisão pela gestão.

• Melhoria: não conformidades e ações corretivas; melhoria contínua.

Equipa de Vigilantes

• Quem avalia o vigilante?

• Os clientes

• Os representantes do cliente

• As chefias hierárquicas

• Os colegas do trabalho

Equipa de Vigilantes

• Perfil/Conduta do Vigilante:

• Deve procurar conhecer rapidamente todo o modo de execução do


serviço.

• Deve cumprir todas as normas e determinações de serviço.

• Deve ser senhor de conduta serena, firme e decidida, não usando nas
suas intervenções atitudes bruscas ou insensatas.
• Deve estar sempre muito bem informado antes de exprimir qualquer
opinião.

• Nunca deve utilizar informações de caráter sigiloso que a sua posição lhe
permita obter, para as transmitir a terceiros para fins ilícitos.

• Deve abster-se de se intrometer em assuntos que não tenham nada a ver


diretamente com o serviço que presta.

• Não deve permitir que aconteça uma excessiva familiarização com


funcionários do cliente onde presta serviço.

Principais elementos avaliadores:

• A capacidade de enfrentar situações anormais, aplicando as regras


definidas para o efeito.

• A capacidade demonstrada na resolução de imprevistos, sem denunciar


pânico ou ausência de controle, perante os seus intervenientes.

A qualidade no manuseamento do material e equipamentos de trabalho à


sua disposição.

• O necessário rigor no registo obrigatório das várias ocorrências em


relatório específico.

• O rigoroso cumprimento do modo de execução do serviço estabelecido no


contrato com o cliente.

Equipa de Vigilantes

• Prevenção:

• Prevenir a intrusão
• Prevenir e detectar o fogo

• Prevenir a inundação

• Detectar e eliminar consumos desnecessários de água, gás e eletricidade

• Prevenir e detectar danos diversos na área da instalação

• Prevenir e detectar situações que se perspectivem contra os legítimos


interesses do Cliente

• Em resumo, prevenir contra acidentes ou incidentes

VERIFICAÇÕES BÁSICAS:

• Fechaduras, cadeados e correntes

• Floreiras, sofás, cinzeiros, cestos de papéis

• A existência de sacos ou embrulhos estranhos ou fora do contexto

• Aparelhos deixado indevidamente ligados (fotocopiadoras, aparelhos de


ar condicionado, etc.)

ÁREAS EXTERIORES:

• Redes ou vedações

• Muros

• Portões

• Materiais decorativos

• Equipamentos
MANOBRAS DE DIVERSÃO:

• estas podem ter várias configurações e tendo como único fim afastar o
Vigilante da sua posição, permitindo a intrusão por indesejáveis.

• Uma informação transmitida por um estranho sobre algo que se encontre


a arder junto à instalação.

• Transmissão de uma informação acerca de um acidente com vítimas em


estado grave, em local próximo da posição do Vigilante.

• Pedidos de ajuda como “socorro ou ajudem” dirigidos na direção do


Vigilante.

• Pedidos do género ”dê aqui uma mãozinha que ele foi atropelado”

• Pedidos de ajuda para empurrar viaturas que não querem trabalhar

Sempre que se verifique uma destas tentativas, o Vigilante deve manter se


no local e avisar a central:

• Quando se trate de acidente mesmo que simulado, deve comunicar às


forças de segurança, informando-os do ocorrido e aguardar pela sua
chegada em local seguro.

Seja qual for o artifício invocado no sentido de desviar o Vigilante da sua


posição, este deve recusar-se a colaborar, mantendo-se na sua posição e
proceder a partir dali, sem abandonar a mesma, somente se perceber que o
fato é real e com apoio de mais vigilantes.

Legislação

• Novo regime jurídico da segurança privada consubstanciado na Lei n.º


34/2013 e respectiva regulamentação
Considerações Finais

• Por forma a garantir a correta implementação da Política de Segurança, é


elaborado um Manual de Segurança para a Superfície Comercial.

• Para garantir um Manual de Segurança que retrate toda a nossa Política


de Segurança, teremos obrigatoriamente que definir o seguinte:

• Caracterizar o Local

• Definir a estrutura de organização para a segurança

• Caracterizar os riscos associados ao funcionamento do local

• Caracterizar as medidas passivas de segurança

• Verificar e listar os equipamentos de segurança instalados e estabelecer


regras e procedimentos para a sua boa conservação e níveis de
operacionalidade

• Elaborar procedimentos de segurança, a serem cumpridos por toda a


estrutura

• Implementar o Plano de Emergência Interno

• Implementar o Plano de Continuidade

• Estabelecer um Plano de Formação e definir um calendário de exercícios,


que permita garantir a execução do Plano de Emergência Interno

Pretendemos então em conclusão:

• Máxima segurança dos clientes e funcionários do local


• Eliminação de riscos, cuja ocorrência dependam da organização de
segurança

• Limitação de danos

• Elevada eficácia de atuação de todos os elementos afetos à estrutura de


segurança.

A SEGURANÇA NO SISTEMA FERROVIÁRIO

Segurança - Significado

Segurança, do latim: securitas, tendo por adjetivo securus (seguro: sem


inquietações, livre de perigo, de risco ou de cuidados), traduz uma situação
em que não há qualquer perigo a temer, um estado de tranquilidade ou de
confiança que resulta da ausência de perigo ou a situação de um grupo
social ou dos seus membros resguardado de qualquer perigo ou
perturbação.

Da etimologia do termo segurança, emanam dois elementos fundamentais


e inseparáveis para a concretização do seu significado:

- A ausência de perigo (elemento objetivo)

- E a inexistência de temor (elemento subjetivo).

O elemento ou a dimensão objetiva da (in)segurança relaciona-se com a


violência, os conflitos, a criminalidade e a vitimação, mas também com
outros perigos provindos da natureza ou inerentes à própria vida em
sociedade.
- A dimensão subjetiva, resultando da percepção diferenciada por parte de
cada pessoa ou comunidade, relativamente aos perigos reais, potenciais ou
imaginários, é aquela que influencia de forma mais decisiva a qualidade de
vida individual e coletiva.

Os alvos do terrorismo

O Terrorismo contra redes ferroviárias significa 35% do número total de


ataques contra Transportes Públicos (terrestres)

O que podemos fazer?

A fim de evitar (ou pelo menos minimizar) a ocorrência de ataques


terroristas em estações e material circulante:

Passo 1: tentar entender o “Modus Operandi” e caracterizar a ameaça –


qual é a nossa ameaça?

•Global

•Se tem tendência de crescimento

•Ideológica/matrizes religiosas

•Crime violento

•Crime organizado

Passo 2: Avaliação das vulnerabilidades e determinação do impacto

Através da construção de uma Matriz de Risco:

• Qualitativa e/ou quantitativa - determinação da probabilidade de um


evento adverso ocorrer e a gravidade ou o impacto das suas
consequências
• O resultado da avaliação do risco é uma lista de soluções e prioridades
para a redução do mesmo

Passo 3: Implementação

As soluções de segurança só são eficazes quando combinadas,


constituindo um plano abrangente de segurança

Duas Grandes áreas:

- Tecnológica – CCTV’s, SADIR’s, etc.

- Humana - procedimentos, exercícios, etc.

Gestão de Risco

5 etapas no processo de gestão de risco :

• Identificar os perigos de segurança – Riscos e ameaça

• Elencar as vulnerabilidades, definindo as metas e determinando a


metodologia.

• Definir a Ferramenta e âmbito das atividades do processo de gestão de


risco

• Avaliar os riscos de segurança para o estado atual e examinar os meios e


recursos que podem ser implementados para os reduzir.

• Desenvolver um plano de gestão de risco.

• Plano de gestão de Risco - estratégia e técnica escolhida pela


Organização para reduzir os riscos de segurança que enfrenta.
Riscos

4 Categorias Principais:

- Eliminação

- Mitigação ou controlo

- Aceitação

- Transferência

- Eliminação do risco = tomar medidas que impeçam a concretização de


ameaças

- Mitigação do risco = reduzir a gravidade das consequências, ou a sua


probabilidade de ocorrência

- Aceitação de risco = aceitação das potenciais consequências, onde o


custo do seguro contra o risco seria maior

- Transferência de risco = transferência por meio de outros mecanismos:


um contrato de seguro ou de cobertura

O QUE ESTAMOS A FAZER?

- É possível a prevenção?

Sim, mas muito difícil, vejamos:

- Tecnologia com elevados custos

- As tecnologias por si só não são capazes de identificar e evitar todos os


Riscos
- Difícil de aplicar a toda a ferrovia

E… OS OPERADORES FERROVIÁRIOS O QUE PODEM FAZER?

A adopção de medidas preventivas e de proteção são fundamentais e


prioritárias.

- Medidas preventivas:

- Nas estações

- Nas instalações de infra-estrutura

- No material Circulante

- No transporte de mercadorias

- De proteção das instalações da empresa

- Medidas de Proteção:

- Construção/Barreiras

- Equipamentos - CCTV

- Controle de Acesso

- Cofres

- Informações/Inteligência
E O CCTV DE QUE TANTO SE FALA?

 Operação/Monitorização a partir da sala de comando e controlo/Central


de Segurança

 Visualização de toda a Operação em tempo real

 Análise de vídeo utilizada para eventos específicos de


comportamento/objetos/atitudes: -Veículos -Pessoas -Dados específicos -
Biometria -Detecção Inteligente -Objetos Abandonados -Acompanhamento -
Entradas/Saídas -Perímetro de proteção

CONSIDERAÇÕES

- Expetativas dos Passageiros:

- Atrasos mínimos

- Confiança de que existe segurança adequada

- Mitigação correta das ameaças

- Abordagem adequada para futuras ameaças

Base para uma solução de segurança eficaz

- Compreensão clara dos objetivos e aspirações dos passageiros e


cumprimento de prazos

- Plano de implementação realista e rigoroso


- Comunicação eficaz entre os múltiplos intervenientes

A segurança deve ser totalmente integrada nos outros processos de


negócio e não criar pontos de fricção

- Nem tudo se consegue com tecnologia, mas é importante que ela exista

- Diferentes circunstâncias requerem soluções diversas

- Deve existir um bom equilíbrio entre evitar ser intrusivo e garantir uma
dissuasão eficaz

Não há nada de novo sobre a forma de combater as ameaças à segurança


– o que importa é a forma como lidamos com as ameaças

- O desafio é adequar a resposta aos riscos de segurança

- Abordar os sistemas como um todo – integração traz mais valias, em vez


de equipamentos individuais

- Necessidade de trabalhar em parceria

O Desafio é conseguir estar à frente das ameaças e poder antecipá-las

Não é fácil, mas com uma pesquisa bem orientada, muitas vezes
conseguem-se resultados surpreendentes.
Segurança marítima e portuária

Caracterização do transporte marítimo

• Densidade das rotas da navegação para o sistema de Transporte


marítimo global

• principais passagens estratégicas forçando a convergência de Rotas de


navegação em determinados locais.

• a maioria dos navios podem ser classificados em três categorias:


graneleiros, navios porta-contentores e navios petroleiros. Estas três
categorias não só diferem em características físicas dos navios, mas
também em seus padrões de mobilidade e redes. Os navios porta-
contentores seguem repetindo regularmente as suas rotas.

Considerando que os graneleiros e petroleiros têm movimentos menos


previsíveis entre os portos

Só recentemente é que a segurança física se tornou uma questão chave.

Diferença entre as atividades criminosas e terrorismo.

Tráfico de drogas, armas pirataria e emigração ilegal.

O transporte é essencialmente um vetor para estas atividades criminosas.

O 11 de Setembro trouxe as questões da security para o domínio público


como nunca antes tinha acontecido.

espalhamento de doenças pandémicas como por exemplo o ébola

A questão dos furtos tem sido um dos problemas mais severos dos
terminais de carga.
Segurança na indústria do transporte sempre foi um grande problema.

imigrantes ilegais, tráfico de drogas, evasão fiscal, pirataria, navios de baixo


padrão de segurança (maior propensão a acidentes) têm sido das
preocupações mais importantes.

A escala e o alcance desses problemas na carga é de uma magnitude


ainda maior.

As dimensões internacionais menos regulados e maior dimensão da


indústria marítima, em particular, tornaram-na mais vulnerável a violações
de segurança. O grande número de portos, a grande frota de transporte
marítimo global e a gama de produtos transportados a bordo de navios, e a
dificuldade de detecção tornou a questão da segurança no transporte
marítimo extremamente difícil de gerir.

Para portos, vulnerabilidades (acesso não autorizado a carga e instalações)


tanto pode ser explorada a partir do lado da terra, bem como no lado
marítimo.

O contentor, que facilitou enormemente a globalização, torna extremamente


difícil identificar ilícito ou cargas perigosas.

Na ausência de scanners que podem visualizar o interior do contentor, a


inspeção manual torna-se uma tarefa demorada e praticamente impossível
considerando os grandes volumes envolvidos.

Proteção Portuária em Portugal

O porto, em regra, é uma fronteira política e um local estratégico de defesa


nacional.

O porto desempenha um papel estratégico no comércio externo de um país.


O porto serve a economia e contribui para a independência económica das
nações.

O porto presta serviços (em segurança) aos navios e às cargas,


constituindo um local privilegiado para a prestação de serviços de valor
acrescentado.

Porto

A área em terra e na água, com os limites definidos pelo estado, em que


foram feitas obras e instalados equipamentos que permitam,
principalmente, a recepção de navios, a sua carga e descarga, o
armazenamento de mercadorias e o embarque e desembarque de
passageiros, na qual é exercida a autoridade do estado, especificamente
em termos de acesso e ou de recusa de entradas e largadas.

Porto internacional

Onde são levas a efeito as formalidades de controlo aduaneiro, de


emigração, de saúde pública, fitossanitário e outros procedimentos
similares relativos ao tráfego com outros estados membros da união
europeia e com países terceiros.

Porto schengen

Onde se efetuam de forma regular movimentos de entrada e saída de


tráfego de e para o território do espaço schengen.

Ameaças

• Tráfego de droga

• Contrabando por via marítima


• Pesca ilegal

• Tráfico de armas

• Poluição do meio marinho

•Terrorismo

• Imigração ilegal e tráfico de pessoas

• Cruzeiros científicos não autorizados

• Exploração abusiva e ilegal de recursos de inertes

• Agressões ao património marítimo subaquático

• Transporte de matérias perigosas ou dissimuladas

• Pirataria

• Passageiros clandestinos

Exemplos de Ameaças

Intrusão por terra ou por mar;

• Intrusão de clandestinos embarcados ou por embarcar;


• Tráfico de armas, equipamentos e mercadorias, incluindo armas de
destruição em massa;

• Danos à IP ou aos navios, através de explosivos, incêndio criminoso,


sabotagem ou vandalismo;

• Manipulação Indevida de cargas e provisões do navio;

• Desacatos paralisações ou greves;

• Sequestro de pessoas, ou captura do navio;

• Uso do Navio em si como arma ou como meio de causar danos


destruição;

• Afundamento do navio;

• Contaminação do abastecimento de água; (ex: cruzeiros)

Incidente de Proteção

Qualquer ATO ou circunstância suspeita QUE AMEAÇA A PROTEÇÃO da


Instalação Portuária do Porto ou da interface Porto/Navio.

Todos os Incidentes de Proteção devem ser reportados à ACPTMP e ao


Capitão do Porto

A cadeia de abastecimento é definida como incluindo todo o transporte e


operações e processos relacionadas que começam no local de produção e
terminando no ponto de destino da carga.
Fatores de risco nacionais

GLOBAIS

Alinhamento transatlântico de Portugal;

Envolvimento de Portugal no processo de reconstrução do Iraque e no


processo de paz no Afeganistão, e outros cenários de conflitos;

A presença da Força Aérea dos EUA na base das Lajes;

A existência de focos de radicalismo islâmico, até agora não violentos,


associados a fenómenos de islamização;

A atividade de redes de apoio logístico norte-africanas a operar em Portugal;

Deslocação de jiahdistas que procuram apoio logístico: documentação falsa,


legalização fraudulenta, recrutamento e financiamento.

ELEMENTOS ESPECÍFICOS DA AMEAÇA MARÍTIMA

Extensão da costa e ZEE

Características arquipelágicas

Elevado tráfego marítimo STROG

Diversidade pontos sensíveis ao longo da costa

(química, petroquímica, portos, oleodutos, silos de cereais, instalações Nato

Análise de risco

Baseado nos seguintes parâmetros:

Identificação do navio,

Pavilhão ou Bandeira,

Data de chegada,

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Porto de partida,

Porto anunciado, Escala habitual/escala Historial tripulação,


comercial/arribada,

Problemas anteriores detectados em território

Passageiros/clandestinos a bordo,

Historial do navio,

Pedido de cooperação policial.

Conceitos

Security = Proteção

Safety = Segurança

Proteção do Transporte Marítimo e dos Portos

O conjunto de medidas preventivas a aplicar em âmbito marítimo destinadas


a reforçar a proteção dos navios, das instalações portuárias (terminais) e dos
portos, na acepção do termo em língua inglesa security

A Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar


(SOLAS) é um tratado marítimo internacional, que exige que os Estados de
bandeira Signatários garantam que os navios embandeirados por eles
cumpram as normas mínimas de segurança na construção, equipamento e
operação.

Como, e o que proteger?

Avaliar vulnerabilidades

Analisar as ameaças

Priorizar as ações

Determinar impactos

Risco aceitável
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Manutenção

Ajuste do sistema de proteção

INTRODUÇÃO

FINALIDADE

Definição de ameaças, vulnerabilidades e contramedidas tendo em conta um


determinado cenário no contexto do código ISPS.

METODOLOGIA

características da instalação, identificação de possíveis ameaças,


vulnerabilidades, definição de contramedidas através da TRAM (“Threat and
Risk Analysis matrix”), avaliação do risco remaniscente e revisão contínua.

Controlo do perímetro e detecção de intrusão

O terminal vedado, vários portões ao longo do perímetro da instalação e


outros junto ao cais.

sistema de CCTV com câmaras fixas e móveis, sendo a visualização


efetuada na sala de controle.

sistema de controlo de acessos por cartão de acesso, na entrada do edifício


administrativo.

sistema de detecção de intrusão por infravermelhos.

Os alarmes são controlados a partir da sala de controle

Existe também um sistema de detecção de tentativa de intrusão através de


vedação que aciona um alarme.

A vedação de perímetro com o sistema de detecção de intrusão associado a


vídeo-vigilância e o controlo de acessos ao terminal são as principais infra-
estruturas de proteção da instalação portuária.

3. IDENTIFICAÇÃO DE BENS A PROTEGER

O navio que esteja atracado, os braços articulados de descarga e as


tubagens associadas e finalmente os tanques de armazenamento.
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Pequena península retangular com acesso por terra apenas por uma faixa
estreita por onde passa o acesso rodoviário.

O impacto de uma ação de sabotagem, seria enorme e provavelmente com


perda de vidas humanas

Navio em aproximação ao cais

Um navio em aproximação ao cais com rebocadores pode constituir um alvo


vulnerável para uma eventual sabotagem.

A falha dos rebocadores levando a um eventual encalhe com derrame de


material poluente para o Rio Tejo ou fuga de material gasoso para a
atmosfera.

Manobra é efetuada com pelo menos dois rebocadores.

A sala de operações da instalação portuária, localizada no centro nevrálgico


da IP constitui um ponto sensível garantir que o abastecimento de energia
eléctrica é garantido de forma segura dissuadindo qualquer hipótese
sabotagem quer à rede de abastecimento quer ao gerador de emergência da
instalação. várias “ilhas” de abastecimento de veículos cisternas e
oleodutos/gasodutos que poderiam constituir um alvo apetecível para
ataque. Devem ser objeto de inspeção frequente por forma a detectar
eventuais objetos não identificados nas suas proximidades

Identificação dos riscos

Os riscos mais prováveis estarão associados a questões de economia ilícita.


Os navios poderão ser usados para o transporte de mercadoria ilícita que
possa potenciar situações de conflito legal que levem a ameaça de ataque
às mercadorias perigosas que são trafegadas no terminal.

Em que a probabilidade de ocorrer algum incidente de segurança é baixa,


contudo o elevado impacto que um incidente de segurança teria implica que
os vários possíveis cenários sejam cuidadosamente tidos em conta.

No caso do terminal em questão a área mais difícil de controlar é a contorno


fluvial do terminal.

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Ciclo de 6 Passos para ajustar as medidas de Segurança

1) Risco R = A x V x I Consequências

2) Aceitar ou mitigar ? (decisão estratégica )

3) Mitigar –método de decisão

4) Estimar custos da mitigação

5) Recalcular R = A x V x I (com novo valor de Vulnerabilidade)

6) Aceitar ou mitigar ? ( nova iteração )

CONCLUSÕES

• No contorno fluvial do terminal é mais difícil de assegurar uma vigilância


que impeça a intrusão,

• Por outro lado os navios que demandam o terminal constituem um alvo


potencial para qualquer incidente de proteção.

• Na área da segurança podem também ocorrer situações que provoquem


danos para as pessoas, para a propriedade ou para o ambiente.

• Estes navios podem ser usados para transportar bens ilícitos

• A sala de controlo e o tanque de amoníaco são também pontos


nevrálgicos.

Proteção Portuária em Portugal

Medidas de proteção em nível 1

Áreas designadas como restritas

Centro do controle do cctv

Gerador de emergência.

Zona de armazenagem
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Escritórios

Centro de comunicações

Sala do servidor principal central de bombagem

Medidas de proteção em nível 1

Áreas designadas como temporariamente restritas

Cais de atracação quando o navio está no cais

Vedações usadas para vedar as áreas restritas

• rede de 3 metros de altura com uma malha de 2 cm de lado, e no topo


existem três fiadas de arame farpado virados para fora.

• perímetro da instalação onde se situa a vedação deve estar limpo

• A portaria principal deve estar fechada e trancada fora das horas de


operação

• A vedação deve ser inspecionada todas as semanas

Sistema de passes

• emitidos na portaria

• responsabilidades e os comportamentos a assumir dentro da instalação


portuária

• Briefing sobre proteção e os diversos níveis de proteção.

• passe perdido é anulado

• má utilização de um passe leva a um processo disciplinar ou a uma


denúncia

• final da utilização os passes são devolvidos

Controlo de acesso às áreas restritas


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• Existe uma lista de pessoas autorizadas

• acesso não autorizado é acionado um alarme e feita uma busca no local.

• Sistema de detecção na vedação que permite obter um alarme quando


alguém se agarrar à vedação, sendo direcionada automaticamente para o
local uma câmara de vídeo.

• Caso o alarme seja ativado é registado, efetuada gravação de vídeo do


local e enviada uma ronda para a zona onde foi acionado o alarme.

• revista para cada ponto de acesso a cada área restrita.

• No local de acesso a cada área restrita.

revista de pessoas

• Detecção de metais e revista pormenorizada de pessoas por apalpação


antes da entrada nas zonas restritas.

• Detecção de metais e explosivos e abertura obrigatória das bagagens para


inspeção física.

CCTV

•Cais, zona de armazenagem, escritórios, portaria, contorno da área


molhada.

Patrulhas de Segurança

• passadas em todo o perímetro exterior 4 vezes por dia em horário irregular,


verificado o cais e a zona de tanques pelo menos duas vezes por dia

• As rondas serão efetuadas por dois vigilantes de cada vez devidamente


equipados com comunicações e arma não letal.

• elementos de segurança de serviço todos os dias, num regime de serviço,


retém e folga para um total de 12 elementos.
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• Em caso de incidente devem ser chamados todos os elementos da
segurança.

Parqueamento de veículos

• Estacionados em parque no exterior da instalação portuária.

• Os veículos essenciais são estacionados a pelo menos 20 metros de um


edifício controlado ou área restrita.

Proteção do contorno da área molhada

• São efetuadas rondas através de embarcação da polícia marítima de forma


aleatória e por solicitação do terminal.

• Subida do nível de proteção, patrulhas através de embarcação frequência


mais elevada, com embarcações da própria instalação portuária tripuladas
por seguranças da instalação sob controlo da Polícia Marítima.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO EM NÍVEL 2

SEGURANÇA FÍSICA

Rigor e frequência das inspeções, aumento e reforço pontual da iluminação.

Execução de rondas continuadas durante as 24 horas do dia. Aumento da


frequência das inspeções à vedação do perímetro.

Iluminação suplementar e geral de todas as instalações.

A validade dos passes passa a ser de apenas 1 hora.

Verificação diária dos passes.

Todos os membros das tripulações são revistados à entrada e à saída do


terminal.

Inspeção física da bagagem e uso de cães para detecção de explosivos.

Apenas as viaturas essenciais e de abastecimento do terminal poderão


entrar.

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Não é permitida bagagem não acompanhada.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO EM NÍVEL 3

SEGURANÇA FÍSICA

As medidas passam essencialmente pelo rigor e frequência das inspeções e


também por aumento dos meios usados, em particular dos meios da
Autoridade Marítima: aumento da periodicidade das rondas, inspeção da
vedação periférica e portão de emergência, aumento da intensidade da
iluminação e reforço pontual da iluminação.

CONTROLO DOS ACESSOS

Apenas as pessoas estritamente necessárias ao funcionamento das funções


básicas da instalação portuária podem aceder ao seu interior.

Os passes temporários deixam de ser válidos, sendo emitidos passes


especiais para o nível 3 de proteção.

Os visitantes essenciais são escoltados em permanência para elementos da


equipe de segurança.

ZONA DE PROTEÇÃO PARTICULAR

Área imediatamente adjacente a cada navio atracado na IP;

Áreas que contenham a documentação da carga;

Áreas que contenham equipamentos de monitorização da controlo,


acionamento da iluminação e/ou energia elétrica; segurança ou seu

Áreas que contenham infraestruturas criticas:

Abastecimento de água; Telecomunicações / sistemas informáticos;

Acessos à ventilação e ar condicionado;

Áreas de processamento;

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Áreas designadas para a consolidação e desconsolidação de mercadorias;

Áreas que contenham cargas consideradas HAZMAT

Conclusões

As ameaças à proteção do transporte marítimo e dos portos mudam de dia-


a-dia, sendo fundamental a colaboração entre todos os agentes que atuam
neste âmbito.

A segurança não é um assunto estático, requerendo um esforço de


consciencialização permanente, vigilância e resposta imediata.

A Segurança Aeroportuária

Da Convenção de Chicago até ao 11 de setembro de 2001

• A Convenção sobre a Aviação Civil Internacional foi aprovada em 7 de dezembro


de 1944 em Chicago;

• Preocupava-se com a identificação (de matrícula e nacionalidade) das aeronaves,

• Com a exclusividade absoluta do espaço aéreo territorial – soberania, com


necessidade de autorização para aeronaves dos Estados e proibições em casos de
guerra ou segurança,

• Já previa a aviação não tripulada,

• Obrigava ao reconhecimento de nacionalidade, através dos distintivos de


identificação,

• Mas obrigava ao auxílio em caso de perigo,

• Exigia condições de apoio à navegação (rádio-comunicações, meteorologia, etc.

• Criou um organismo de gestão internacional – a OIAC.

A Segurança como Safety

• Combinação de meios humanos e materiais que tem como objetivo a prevenção


de incidentes/acidentes naturais na aviação civil

Conceito de Security da Aviação

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• Entende-se como Security a combinação de medidas e de recursos humanos e
materiais, destinada a proteger a aviação civil contra atos de interferência ilícita que
ponham em causa a segurança da aviação civil.

Características dos Atos de Interferência Ilícita


Pela dimensão estratégico-económica, a aviação tem sido alvo de diversos e
diferentes atos de interferência ilícita. Porém, ocorrem, para além das motivações,
por possuir as seguintes características:

A aviação civil constitui um alvo cujo ataque atrai a atenção mediática em todo o
mundo;

O resultado dum ataque a uma aeronave ou a uma instalação é dramático devido


ao elevado numero de vitimas;

As aeronaves são muitos vulneráveis, especialmente em voo;

Um número reduzido de agressores, podem controlar centenas de reféns;

A diversidade de nacionalidades dos passageiros, afeta vários governos durante as


negociações;

O valor das aeronaves e das vidas humanas sob sequestro, justificam as altas
somas a serem pagas para o seu resgate;

As companhias aéreas operam no mundo inteiro, permitindo que terroristas atuem


de onde melhor lhes convier, podendo atravessar fronteiras facilmente; e

Utilização da própria aeronave como um meio de fuga.

Atos de Interferência ilícita

• Qualquer ato ou omissão que coloque em perigo a segurança de uma aeronave,


aeroporto, instalação de navegação aérea, tripulante, passageiro e bens ou
pessoas em terra:

• Violência realizada contra uma pessoa, a bordo de uma aeronave, que pela sua
natureza, constitua perigo para a segurança do voo;

• Destruição de aeronave em serviço que, pela sua natureza, constitua perigo para
a segurança do voo;

• Colocação numa aeronave em serviço, por qualquer meio, de objeto ou


substância capaz de destruir a aeronave, ou de lhe causar danos que a
incapacitem para o voo ou que, pela sua natureza, constitua perigo para a
segurança do voo;

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• Destruição ou dano nas instalações, serviços e meios afetos à navegação aérea
ou perturbação do seu funcionamento, quando tal ato, pela sua natureza, constitua
perigo para a segurança do voo;

• Comunicação de informação falsa, quando da mesma possa resultar perigo para


a segurança do voo;

• Utilização ilegal e intencional de qualquer dispositivo, substância ou arma para:

– Efetuar um ato de violência contra pessoas que cause ou seja, susceptível de


causar lesões graves ou morte;

– Destruir ou causar danos nas instalações e serviços de um aeroporto ou numa


aeronave parqueada, se esse ato puser em perigo a segurança do aeroporto.

Terrorismo

- Conceito

- praticar crimes contra a vida, a integridade física ou a liberdade das pessoas.

- crimes contra a segurança dos transportes e das comunicações (de rádio,


televisão, telefónicas, telegráficas ou informáticas)

- crimes de perigo comum (incêndio, explosão, libertação de substâncias


radioativas ou gases tóxicos ou asfixiantes, inundações ou avalanches,
desmoronamento de construção, contaminação de alimentos ou água de consumo
público, difusão de doenças, pragas, plantas ou animais nocivos,

- destruição de meios e vias de comunicação, instalações de abastecimento e de


satisfação das necessidades vitais da população, bem como provocar a
impossibilidade de funcionamento ou o desvio dos seus fins,

- crimes de uso de energia nuclear, armas de fogo, químicas ou biológicas,


engenhos explosivos, cartas ou cartas armadilhadas, desde que afetem
gravemente o Estado ou população a intimidar.

- Com a intenção de prejudicar a integridade e independência nacional, impedir,


alterar ou subverter o funcionamento das instituições do Estado, forçar a autoridade
publica a praticar um ato, a abster-se de o praticar ou a tolerar que se pratique,
intimidar certas pessoas, grupos de pessoas ou população em geral.

- Se praticado por 2 ou mais pessoas e atuando concertadamente é uma


ORGANIZAÇÃO TERRORISTA.

- Se visar Organização Internacional é igual (Ex: ONU, UNESCO, OMS, etc.).

31
Estratégia Nacional Anti Terrorista

• Detectar – identificação precoce da ameaça

• Prevenir – conhecer as causas determinantes

• Proteger – reforço da segurança e redução da vulnerabilidade

• Perseguir – desmantelar e neutralizar grupos e organização terroristas

• Responder – garantir os meios de reação

Vulnerabilidades

Falhas de Segurança:

Procedimentos desadequados

Vigilância insuficiente

Equipamentos Obsoletos

Rede de vedação do aeroporto degradada

Má concepção do aeroporto

A Segurança Aeroportuária

• Conceitos Básicos

- A organização internacional

- A organização nacional

- O Diretor de Segurança no Sistema Nacional de Segurança da Aviação Civil

- A Segurança da Aviação Civil como subsistema do Sistema Nacional de


Segurança Interna

- O Diretor de Segurança como Gestor de Segurança

- A Organização

- A Estrutura de Alerta, Reação e Resposta à Emergência Operacional.

32
- A Regulamentação

- A análise de risco

Autoridade Nacional de Segurança da Aviação Civil

Presidente da Autoridade Nacional da Aviação Civil

Cabe à ANAC – Autoridade Nacional da Aviação Civil:

1. Regulamentar o setor;

2. Aprovar procedimentos de segurança;

3. Monitorizar o cumprimento da regulamentação em vigor.

4. Executar e fazer executar a regulamentação internacional e europeia.

Sistema Nacional de Segurança da Aviação Civil

• Níveis

– Político-Estratégico

– Coordenação Técnica

– Gestão

– Operação

• Centro de Operações de Segurança de Aeroporto (COSA)

• Centro de Operações de Emergência (COE)

• Núcleo de Operações da ANSAC

• Centro de Operações Policiais Contra Ações Violentas (COPCAV)

O Diretor de Aeroporto

O Diretor do Aeroporto é a Autoridade Local de Segurança Aeroportuária:

33
- Aprovar regras e procedimentos;

- Coordenar e supervisionar;

- Implementar medidas de segurança;

- Superintender o gabinete de segurança.

O Gabinete de Segurança é chefiado pelo Gestor de Segurança.

Cada Aeroporto tem um Gabinete de Segurança de Aeroporto, um COSA, uma


Comissão FALSEC e pode acionar o COE ou o COPCAV.

Os Gestores de Segurança

Cada Companhia Aérea e cada Entidade tem um Gestor de Segurança de Security.

São membros da Comissão FALSEC, fazendo parte ou podendo ser chamados ao


COE.

São responsáveis pela manutenção e atualização dos Programas:

- de Segurança da Entidade

- de Segurança de Agente Reconhecido ou Expedidor Conhecido

- de Formação em Segurança da Aviação Civil

- de Controlo da Qualidade da Segurança

O Diretor de Segurança como Gestor de Segurança

Define o PNSAC que os aeroportos, as transportadoras aéreas nacionais e os


prestadores de serviços de navegação aérea e de assistência em escala devem
estar dotados de uma organização adequada, chefiada por um Gestor de
Segurança, a quem compete a coordenação da implementação das medidas e
regras de procedimento de segurança, no âmbito da respetiva empresa.

Compete ainda ao Gestor de Segurança coordenar a elaboração dos projetos dos


programas de segurança e de formação de segurança da respetiva entidade, a
apresentar à ANSAC para homologação.

Determina o PNSAC que o Gestor de Segurança depende funcionalmente da


administração da empresa, sendo o exercício das suas funções condicionado a
ratificação da designação pela Autoridade Nacional de Segurança da Aviação Civil.

34
Regulamentação de Segurança

O Regulamento nº 1998/2015) estabelece as regras e normas relativas à


segurança da aviação civil relativamente:

- Segurança do aeroporto

- Segurança das aeronaves

- Passageiros e bagagem de cabine

- Bagagem de porão

- Carga e Correio aéreos

- Correio e material da Transportadora Aérea

- Provisões de bordo

- Provisões do Aeroporto

- Recrutamento e Formação do Pessoal

- Equipamentos de Segurança

A Segurança no Aeroporto/Conceitos

ÁREA PÚBLICA - Área à qual o público tem acesso sem restrições, destinada a
movimentação e permanência de pessoas.

ÁREA RESERVADA - Todas as áreas de um aeroporto ou instalação de


navegação aérea em que o acesso e permanência são condicionados.

LADO AR

Zona de movimento dos aeroportos, assim como os terrenos e edifícios adjacentes,


ou parte destes e cujo acesso é controlado.

LADO TERRA

Zona do aeroporto que não é o lado ar e que inclui todas as áreas públicas

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Áreas restritas

Área restrita de segurança (ARS)

Lado ar do aeroporto cujo acesso é condicionado ao rastreio de pessoas e objetos,


a fim de garantir a segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita.

Área esterilizada

Área que foi submetida a procedimentos de inspeção e sujeita a controlos de


segurança, a fim de garantir que não existem quaisquer dispositivos ou objetos que
possam ser utilizados para a prática de atos de interferência ilícita.

Área crítica de segurança

Compreendem a aeronave, após inspeção de segurança, e as áreas dos terminais


entre as posições de rastreio de passageiros e bagagem de cabina e a aeronave.

Proteção

- Vedações de Segurança

– Redes e arame farpado;

- Sistemas de Detecção de Intrusos no perímetro

– CCTV, rondas;

- Rastreios – Físicos, RX, visual;

Sistema eletrônico de controlo de perímetro aeroportuário, que deve:

- Ser económico, fácil de instalar e fiável;

- Assegurar um baixo nível de falsos alarmes consistente como grau de ameaça;

-Ser fácil de expandir e ter uma fácil e rápida manutenção;

- Ser imune a interferências, intromissões ilícitas e às condições ambientais;

- Ter um sistema de energia de emergência.

Segurança do Aeroporto

Definição - Pontos de Controlo de Acessos

Um ponto de controlo de acesso é um conjunto de recursos humanos e técnicos,


que visa impedir que pessoas e veículos não autorizados e artigos proibidos
acedam a uma ARS

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Rastreio de Bagagem

Inspeção manual de objetos

Consiste na procura de artigos proibidos na cabine.

Artigos proibidos

Objeto suscetível de servir para praticar atos de interferência ilícita contra a


segurança da aviação civil, incluindo a segurança da aeronave em voo, e que não
tenha sido devidamente declarado e sujeito às disposições legais e regulamentares
em vigor.

Armas de fogo, pontiagudos, contundentes, explosivo, químico e líquidos.

Proteção de Aeronave

Somente pessoal autorizado poderá estar na área de estacionamento da aeronave;

O acesso ao interior da aeronave só poderá ser efetuado com a autorização da


Tripulação ou do TTAE adstrito ao voo;

Quando em night-stop e após o avião fechado os equipamentos tem de ser


removidos.

Selagem de Aeronaves

Os selos devem ser invioláveis, numerados e controlados individualmente;

Os números dos selos devem ser registados e conservados na central pela


transportadora aérea durante 24 horas ou durante o tempo de voo, consoante o
que for mais longo;

O acesso à aeronave é precedido de uma inspeção aos selos e dos seus números
para detecção de sinais de violação. Caso se confirme ou se suspeite de violação,
será efetuada uma verificação de segurança das partes pertinentes da aeronave
antes do embarque ou do carregamento.

Verificações de Segurança

A Verificação de Segurança da Aeronave é efetuada nos seguintes casos:

Sempre que exista suspeita que pessoas não autorizadas acederam à aeronave.

Quando a Aeronave chega a uma área critica de um País Terceiro (verificação é


efetuada logo após o desembarque dos passageiros e/ou a descarga do porão)

Quando a Aeronave chega, parte ou esteja acessível de/numa área não critica;

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Quando a Aeronave é proveniente de um aeroporto da EU, onde tenha feito escala
após ter chegado de um país terceiro, será considerada uma Aeronave proveniente
de um país terceiro.

Visa assegurar a inexistência de artigos proibidos

Armas, dispositivos destinados a atordoar ou imobilizar, objetos pontiagudos ou


cortantes, ferramentas de trabalho que possam ser utilizadas como arma,
instrumentos contundentes, explosivos ou incendiários.

Questionário de segurança

Questionário de segurança - Check-in

Esta(s) bagagem(ns) é/são mesmo sua(s)?

A sua arrumação/embalagem foi feita por si?

Após a sua arrumação/embalagem nada foi nela introduzido?

Sabe qual o conteúdo da sua bagagem?

A sua bagagem não contém artigos recebidos de outra pessoa?

A sua bagagem contém algum equipamento elétrico ou eletrônico?

Se respondeu SIM à última questão, questione:

1. Que artigo elétrico/eletrônico transporta?

2. Foi comprado por si? Quando?

3. Algum deles foi recebido como prenda?

4. De quem? Há quanto tempo?

5. Foi reparado/modificado por alguém

Rastreio de bagagem

Raio-X – Tem de ser efetuado Raio-X a toda a bagagem, excetuando apenas em


bagagem de Transferência com origem em Espaço Schengen.

Existem duas modalidades de raio-x :

EDX (Explosive Detection X-RAY) – Sistema automático de rastreio de bagagem.

Raio-X Manual – Rastreio manual de bagagem acompanhado por um supervisor de


segurança (Ex: Funcionário de uma empresa de segurança).

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Carga e Correio

Controlos de segurança

A carga e correio são rastreados por um agente reconhecido antes de serem


carregados, exceto se:

Tiverem sido submetidos aos controlos de segurança por um Agente Reconhecido,


Expedidor

Conhecido ou Expedidor Avençado (apenas SCO) e protegidos de interferências


não autorizadas, desde que esses controlos de segurança tenham sido efetuados
até ao carregamento; ou

1. A remessa estiver isenta de rastreio e tiver sido protegida de interferências não


autorizadas desde que foi identificada como carga ou correio aéreo até ao
carregamento.

Estatuto de segurança da remessa

SPX – a remessa pode ser transportada em aeronaves de passageiros, de carga


ou aviões-correio;

SCO – a remessa pode ser transportada exclusivamente em aeronaves de carga e


aviões-correio;

SHR – a remessa pode ser transportada em aeronaves de passageiros, de carga e


de correio, de acordo com os requisitos de alto risco.

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