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TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NOS PROCESSOS EDUCACIONAIS (TICPE)

Profa. Dra. Adriana Maria de Assumpção

FORMAÇÃO DOCENTE E PRÁTICAS EDUCATIVAS MEDIADAS POR TECNOLOGIAS


A pesquisa tem como objetivo analisar a formação de professores, considerando as relações
entre educação, cultura e tecnologias. O foco se concentra em compreender a formação
docente e seus desdobramentos em espaços formais e não formais de educação. Por meio do
estudo, propomos a análise das narrativas de professores sobre as práticas do cotidiano
escolar, que são enredadas a partir das novas configurações das experiências docentes
mediadas pelas tecnologias. Nosso intuito é compreender os sentidos expressos por meio das
narrativas, relacionando-as com os contextos de produção e as escolhas metodológicas.
Investigar como esses aspectos estão entrelaçados com a formação dos professores e suas
repercussões nos modos praticadospensados, propiciará o aprofundamento das
contribuições das tecnologias para a educação e a garantia do direito humano à educação.

Profa. Dra. Ana Valéria de Figueiredo da Costa

DIÁLOGOS ENTRE CULTURA E TECNOLOGIAS NOS PROCESSOS EDUCACIONAIS


O projeto em questão tem como objetivo central analisar as inter-relações e diálogos e que
se estabelecem entre as tecnologias no cenário da cultura contemporânea. São premissas do
estudo a utilização e reflexão sobre as Tecnologias nos processos educacionais formais e não
formais, em organizações escolares e/ou não escolares. Tomando por base que a tecnologia
é ao mesmo tempo ferramenta, regra e sistema (DUSEK, 2009), o projeto pretende
equacionar como as tecnologias vêm influenciando (ou não) os modos de ser e estar no
mundo em nossas relações e interações humanas e não-humanas. Os processos educacionais
são transversalizados por essas tecnologias e seus usos e suscitam análises e reflexões mais
aprofundadas.

TECNOLOGIA, FORMAÇÃO DOCENTE E PEDAGOGIA DAS VISUALIDADES


O projeto investiga e propõe análises sobre os processos educacionais frente às tecnologias,
mídias e demais suportes no contexto contemporâneo em suas relações com imagens e
formação e atuação de professores. As pesquisas partem do princípio que imagens são textos
multidimensionais, produtos e produtoras de discursos, que podem ser lidos e que se
constituem e demandam várias interpretações em interfaces de fronteira. Nas redes da
cultura contemporânea, faz-se necessário empreender uma busca dos fundamentos para a
Pedagogia das Visualidades (PEDROSA e FIGUEIREDO, 2017) que permeiam nosso cotidiano
com a utilização de tecnologias que se situam no tempo-espaço de mudança e instabilidade.
O campo de investigação em tela pretende, de forma geral, analisar processos de produção,
recepção e leitura de imagens na dimensão de letramentos multissemióticos e suas
articulações com as tecnologias: a multimodalidade ou multissemiose dos textos
contemporâneos - imagéticos ou não - exige multiletramentos, na sua diversidade cultural
bem como e/ou pela diversidade de linguagens que abarcam.
Profª Drª Andréa Villela Mafra da Silva

AS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS SISTEMÁTICAS DE USO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL NO


INSTITUTO DE EDUCAÇÃO
A pesquisa se desenvolve no âmbito do grupo de pesquisa FORPROTEC/CNPq - Formação de
Professores e Tecnologias Educacionais – por mim coordenado e que, atualmente, se reúne
no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro, antigo Instituto de Educação, mantido
pela Fundação de Apoio à Escola Técnica. A investigação se propõe a estudar as primeiras
experiências sistemáticas de uso de Tecnologia no Instituto de Educação, a partir de um
recorte predominantemente no período de 1932 até 2018. Localizado no bairro da Tijuca,
Estado do Rio de Janeiro, o Instituto de Educação remonta à criação da Escola Normal da
Corte pelo Decreto Imperial nº 7684, de 6 de março de 1880. O projeto parte de 1932, quando
Anísio Teixeira implementando reformas educacionais no Estado do Rio de Janeiro, Distrito
Federal na época, criou as chamadas escolas-laboratórios cujo objetivo era formar
professores na experimentação pedagógica concebida em bases científicas. O escopo geral
do projeto será composto por dois subprojetos: (1) Investigar o projeto pedagógico de Anísio
Teixeira (1900-1971) com a implementação no ano de 1932 das escolas-laboratórios; (2)
Estudar a implementação do Rádio e Televisão, a partir da década de 1970, como
instrumentos de Teleducação que se insere nas atividades no Instituto de Educação.

Prof. Dr. Diego Jorge Ferreira

AS TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E SUAS INTERFACES COM


PROGRAMAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NO PÓS-PANDEMIA:
VALORES FILOSÓFICOS, EDUCACIONAIS E PROFISSIONAIS EM QUESTÃO

Em plena pandemia alguns movimentos favoreceram a ideia segundo a qual, por meio das
TDIC e com certos automatismos e padrões estabelecidos, a educação dos alunos brasileiros
seria possível sem professor. As tecnologias, tomadas como sinônimo de eficiência,
assumiriam o papel docente, na responsabilidade pela forma e condução das práticas
educacionais, tanto do que se deve aprender quanto no que e como se deve ensinar. Enfim,
a fetichização das TDIC, já presente no campo educacional, e a subvalorização do trabalho
docente, como também antes se constatava (BARRETO, 2017), foram sobremaneira
impulsionadas a partir das urgências consequentes da pandemia. Nesse sentido, essa
pesquisa pretende analisar os efeitos da crise pandêmica sobre o papel e o lugar do professor
na educação face às TDIC. Para tanto, nos debruçaremos sobre políticas de formação inicial e
continuada de professores focalizando-as sob três eixos: primeiro, buscando identificar
nessas políticas quais valores em torno das TDIC têm sido mobilizados; segundo, levantar os
padrões por meio dos quais as TDIC têm sido inseridas na formação docente e o que tem sido
valorizado na relação prática de ensino e TDIC; terceiro, baseados na filosofia crítica da
tecnologia, questionar o eventual desaparecimento do professor ou a eventual recomposição
de seu trabalho na relação TDIC/formação docente/práticas de ensino ou ainda a sua
desprofissionalização. Os objetos iniciais de pesquisa serão cursos de formação continuada
oferecidos pelo Estado do Rio de Janeiro a professores de sua rede. Eles poderão ser
ampliados por outros pesquisadores, mestrandos e doutorandos que se integrem ao projeto
de pesquisa.
Prof. Dr. Felipe da Silva Ponte de Carvalho

SITUAÇÕES DE AUTORIA PARA APRENDIZAGEM EM TEMPO DE CIBERCULTURA

O plágio sempre foi uma preocupação das/os docentes, especialmente com as facilidades do
copiar-e-colar da Internet; mas essa preocupação aumentou muito mais com a popularização
de sistemas como ChatGPT (OpenAI), Bing (Microsoft) e BARD (Google), baseados em
Inteligência Artificial Criativa, capazes de produzir textos originais bem elaborados sobre
qualquer assunto. Tornou-se premente discutir a autoria nos cotidianos escolares, ou melhor,
a autoragem, que é o processo de aprendizagem promovido com a autoria. Na presente
pesquisa, objetivo compreender como as/os docentes criam situações de autoragem em
tempo de cibercultura. Para alcançar esse objetivo, foram estabelecidas as seguintes metas:
1) aprofundar e consolidar teorizações sobre autoragem, formação, docência e cibercultura;
2) acompanhar os fenômenos da cibercultura relacionados à autoria que vêm sendo
potencializados pelas tecnologias digitais em rede; 3) criar-desenvolver metodologias e
dispositivos de pesquisa e formação para promover autorias; 4) cartografar diferentes
práticas inventadas para promover situações de autoragem no cotidiano escolar; 5)
compreender os sentidos que as/os docentes atribuem às situações de autoragem criadas; e
6) analisar o que as/os discentes dizem sobre as situações de autoragem experienciadas.
Como abordagem teórico-epistêmico-metodológica, este projeto de pesquisa baseia-se nos
estudos ciberculturais, nas epistemologias da prática e da pesquisa-formação na cibercultura.

PROCESSOS FORMATIVOS E SUBJETIVOS NA CIBERCULTURA: A PRODUÇÃO DA DIFERENÇA


EM REDE

As tecnologias digitais em rede vêm modificando todo o tecido social, a vida cotidiana, o
modo como nos relacionamos, pesquisamos, estudamos, produzindo novas e emergentes
práticas culturais e formas de existir, dando sentido e forma à cibercultura, também
denominada sociedade em rede ou sociedade do controle. No presente projeto de pesquisa,
objetivo compreender os processos formativos e subjetivos de produção de diferença no
atual cenário sociotécnico cibercultural. Para alcançar esse objetivo, foram estabelecidas as
seguintes metas: 1) como são produzidas em rede as diferenças de gênero, sexualidade, raça,
classe, formação, território, entre outros marcadores da diferença; 2) Como a produção da
diferença reverbera em nossos processos formativos e subjetivos nos constituindo no que nos
tornamos, dizemos ser e compartilhamos; 3) Com base em processos de subjetivação éticos-
estéticos-políticos, como podemos pensar atos de currículo para o convívio da diferença no
cotidiano escolar. Este projeto de pesquisa se movimenta com base nos princípios ético-
epistemológicos das abordagens discursivo-desconstrucionistas a partir de pesquisa
cibercartográfica, que possibilitam ao pesquisador movimentar-se, intervir e formar-se no
cotidiano pesquisado e com este cotidiano produzir práticas curriculares em rede. As
teorizações, metodologizações e movimentações epistemológicas para esta pesquisa
assumem as ferramentas analíticas empreendidas nos estudos pós-críticos, queer, feministas,
práticas ciberculturais e formação.
Profa. Dra. Jaciara de Sá Carvalho

QUESTIONAR PARA TRANSFORMAR: CONCEPÇÕES, RELAÇÕES E IMPLICAÇÕES ENTRE


EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

A presença de tecnologias digitais na vida humana avança em rápida velocidade. Arranjos,


práticas e artefatos digitais vem orientando e condicionando cotidianos de forma quase
desapercebida. Na Educação, tecnologias digitais, em geral, não são apenas bem aceitas como
sua expansão é frequentemente requisitada, exigindo análises acuradas de relações macro e
micro a alterar uma área voltada para a formação humana e o preparo para sociedades
democráticas. Uma premissa importante, não apenas para a formação como também para o
desenvolvimento de pesquisas, seria desnaturalizar a presença e os discursos em torno das
tecnologias digitais. Nesse sentido, este projeto pretende examinar concepções, relações e
implicações para a educação da expansão da tecnologia digital nas sociedades, uma vez que
ela, geralmente, vem sendo concebida de “maneira incontroversa, não problemática e
apolítica”, mesmo em discussões internas da própria área educacional (SELWYN, 2014).
Considerando que “parece fundamental para nós, [...] a assunção de uma posição crítica,
vigilante, indagadora, em face da tecnologia” (FREIRE, 1992), a pesquisa vem sendo conduzida
sob abordagens críticas para melhor compreensão e proposição de alternativas. Ações de
investigação se voltam para a Educação Básica e o Ensino Superior, com idas a campo,
consultas a base de dados, estudos bibliográficos e documentais, recorrendo-se, também, a
uma gama ampla de procedimentos metodológicos, incluindo entrevistas, grupos focais e
técnicas estatísticas. Espera-se com esta pesquisa contribuir com o avanço nas questões ainda
pouco discutidas sobre tecnologia e educação e na formação de pesquisadores, a partir de
uma perspectiva crítico-transformadora.
Prof. Dr. Luís Cláudio Dallier Saldanha

DIÁLOGO, MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E A AMBIVALÊNCIA DA TECNOLOGIA

A mediação pedagógica suportada pelo uso intensivo de tecnologias digitais nos ambientes
virtuais ou mesmo em sala de aula ainda é vista com desconfiança em relação ao seu potencial
para promover o diálogo, a interação e o encontro autêntico entre sujeitos nos processos
educacionais. Sabe-se que as tecnologias digitais revolucionaram a comunicação e
redimensionaram a distância e a presença. Também se reconhece que os processos de
ensino-aprendizado não se limitam ao papel do professor como comunicador, mas avançam
para o diálogo e as diversas formas de mediação, e que a presencialidade dos sujeitos
participantes da experiência de formação não se reduz à proximidade física. Diante disso, este
projeto tem como objetivo geral examinar as possibilidades e os entraves que residem na
aplicação, incorporação e apropriação das tecnologias digitais da informação e da
comunicação (TIDCs) nos processos educacionais. Se a tecnologia não é neutra, mas possui
sua face sombria e iluminada, deve-se avaliar criticamente os riscos e as oportunidades
formativas das diversas práticas pedagógicas dependentes ou condicionadas pelo uso ou
adoção das TIDCs. Assim, objetiva-se investigar as práticas e as possibilidades pedagógicas
viabilizadas por recursos tecnológicos nas relações educacionais e nas experiências de ensino-
aprendizagem em modalidades a distância, blended learning (hibridismo) e presencial. Busca-
se, ainda, conhecer mais profundamente os aspectos limitadores e promotores do diálogo e
da interação nos ambientes virtuais de aprendizagem, sem perder de vista a ambivalência da
tecnologia, as tensões no diálogo e a relação entre interatividade e interação.

Profa. Dra. Priscila Santos

EDUCAÇÃO, DADOS E CIDADANIA DIGITAL: CONSTRUINDO CONVERGÊNCIAS

O presente projeto visa compreender as concepções e os elementos relacionados aos dados


presentes na virtualidade a fim de propor convergências com campo educacional em vias a
formação cidadã. Parte de renomados autores, como Almeida e Valente (2014), Castells
(1999; 2013), Freire (1983; 2012), Floridi (2020) Latour (2012; 2020), Santos (2020), e por
documentos legais, como o Marco Civil da Internet e Lei Geral de Proteção de Dados como
ponto inicial de reflexão. Como objetivos específicos é amparado por três parâmetros:
identificar as concepções e os elementos que perpassam a temática dos dados que possam
servir de insumo para discorrer sobre a proteção e privacidade de dados, desigualdade de
acesso à Internet, transparência da forma de aprendizagem das máquinas e algoritmos como
propulsores de discriminação; identificar as potencialidades e desafios presentes na
integração entre Ciências de Dados e Educação a fim contribuir para uma formação cidadã
digital; e compreender quais concepções e elementos se circunscrever a Cidadania Digital, em
vias a integração com a Educação emancipatória. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa
norteada pela abordagem Pesquisa e Inovação Responsável (RRI) que envolve a participação
dos discentes da Pós-Graduação Stricto Sensu como pesquisadores, comunidade escolar
como sujeitos da pesquisa e parceria entre instituições nacionais e internacionais. Espera-se
que os pesquisadores produzam resumos expandidos, artigos, narrativas digitais e/ou
materiais instrucionais que possam elucidar a relação entre Educação, Dados e Cidadania
Digital.
Profa. Dra. Sonia Regina Mendes dos Santos

A INSERÇÃO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO E A RESSIGNIFICAÇÃO DA


DIDÁTICA NA FORMAÇÃO DOCENTE

O uso acrítico das tecnologias atrela-se à função de mera informação descontextualizada nos
processos educativos, podendo repercutir em apropriações equivocadas e desconectadas.
Diante de diferentes realidades socioeducacionais, é preciso refletir sobre as tecnologias para
além do aspecto técnico utilitário, ampliando o diálogo crítico sobre o seu uso e a
perpetuação das práticas tradicionais do ensino, bem como os limites da prática docente no
que se refere às Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDIC). Este projeto
está centrado no debate sobre a incorporação das TDIC nas práticas pedagógicas, ancorado
nos estudos do campo da Didática e nas possibilidades de iluminar a formação docente. Tem
como objetivo analisar as relações entre as tecnologias digitais e as práticas pedagógicas em
meio às rápidas e às profundas mudanças sociais e culturais da sociedade que se refletem nos
processos de ensino da Educação Básica e do Ensino Superior em suas diferentes
modalidades: presencial, híbrida e a distância. O estudo afasta-se da ideia da neutralidade da
tecnologia, entendo-a como produto da cultura digital, numa perspectiva crítica acerca da
“tecnologia” e, em particular, da “tecnologia educacional”, derivada das discussões de Neil
Selwyn (2017, 2020), que concebe a área como um “emaranhado” de formações discursivas
conflitantes, e postula a necessidade de interrogar seriamente o uso da tecnologia da
educação.

Profa. Dra. Stella Maria Peixoto de Azevedo Pedrosa

ITINERÁRIOS DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES E CONCEPÇÕES DO USO DE TECNOLOGIAS

Este projeto emerge dos resultados de pesquisa anterior, especialmente de nossas


observações sobre o uso de tecnologias e mídia ao longo da formação dos professores. A
pesquisa tem como foco o desenvolvimento profissional de docentes e o uso que fazem das
tecnologias da informação e comunicação e de mídias, no processo de formação inicial e
continuada e nas suas atividades docentes. O estudo pretende reunir histórias de vida de
professores da educação superior e da escola básica, acompanhando, detectando e
analisando de forma crítica o uso que fazem e fizeram, ao longo de sua atuação docente,
dessas tecnologias e mídias. Com base nos relatos, observaremos seus espaços de formação
e de ação. Também pretendemos comparar criticamente o perfil desses professores o que
poderá indicar, lacunas em sua formação e incongruências e congruências em suas ações.
Para os estudos de História de Vida, tomamos como base os estudos de Alberti, Josso, Nóvoa,
Tardif. Os dados oriundos de entrevistas e de questionários terão seu conteúdo analisado sob
inspiração de Bardin e Bauer. O estudo do processo de formação) tem como ponto de partida
Cabello & Morales, Huberman, Kensky, Shulman e Tardif. Durante a realização da pesquisa,
será incluída literatura específica para os casos estudados.
INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS: DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE
TECNOLOGIAS ASSISTIVAS NA ESCOLA E NA VIDA

A pesquisa relaciona-se à inclusão de pessoas e à Tecnologia Assistiva, sobretudo, ao


desenvolvimento de recursos pedagógicos que podem alavancar ações e práticas para o
fortalecimento da Inclusão Escolar e Social. Incluir está atrelado à consideração e ao
acolhimento das pessoas que não têm ou não tiveram as mesmas oportunidades na
sociedade e na escola, objetivando atender suas necessidades e promover sua participação
em diferentes atividades e redes de relacionamentos. Diversas deficiências afetam e
dificultam de forma diferenciada o processo de aprendizagem no espaço escolar, sendo
necessário frequentemente o desenvolvimento de equipamentos para facilitar este processo.
É nesta perspectiva que esta pesquisa se insere, sendo seu objetivo aprofundar os estudos
acerca da inclusão de pessoas com deficiência na escola e na vida, desenvolver novos recursos
pedagógicos para o atendimento de necessidades educacionais de crianças com deficiências
que estão inseridas em escolas regulares e promover sua disseminação a todos os
interessados.

Sub-projeto vinculado:

TECNOLOGIA ASSISTIVA E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: MAPEAMENTO DA PRODUÇÃO


ACADÊMICA BRASILEIRA
A relevância e a popularidade da tecnologia assistiva vem crescendo em consequência de seu
potencial de ajuda a pessoas com uma ou mais deficiências. A partir de pesquisa na legislação
e em estudo de artigos científicos que tratam da democratização da tecnologia concluiu-se
que, apesar das iniciativas públicas, muito ainda precisa ser realizado para que se consiga a
universalização da tecnologia assistiva (SEBOLD, PEDROSA, 2020). Para tal, além de ações de
governo, financiamento e pesquisas, é necessária a formação de professores e outros
profissionais que atuam com pessoas com deficiências, bem como a disseminação de
informação, ampliando, assim, o conhecimento sobre o tema. A tecnologia assistiva é
possibilitadora de recursos, serviços, estratégias e práticas que podem contribuir para a
promoção e/ou ampliação das habilidades de pessoas com deficiências, contribuindo para a
qualidade de vida e a inclusão escolar e social. Com base nessas observações, o projeto tem
como objetivo em um primeiro momento, levantar, por meio de uma revisão sistemática de
literatura, a produção acadêmica brasileira, teses, dissertações e artigos científicos, que
tratem da tecnologia assistiva e da educação inclusiva, no período 2001-2020. Incluir
compreende a consideração e o acolhimento de pessoas que não têm ou não tiveram as
mesmas oportunidades na sociedade e na escola. Diversas deficiências afetam e dificultam
de forma diferenciada o processo de aprendizagem no espaço escolar e a tecnologia assistiva
pode facilitar este processo. A revisão sistemática de literatura, metodologia proposta para a
pesquisa, possibilita o mapeamento e a sistematização de trabalhos acadêmicos produzidos
em determinado campo de conhecimento, em um recorte temporal, com vistas à
identificação das temáticas dominantes e das emergentes (SAMPAIO; MANCINI, 2006).
Posteriormente, a partir dos resultados levantados, serão classificadas e discutidas as
abordagens práticas e teóricas destes trabalhos, as metodologias de pesquisa utilizadas,
identificados os principais referenciais teóricos e organizados os trabalhos em categorias para
análise. A realização desse trabalho justifica-se pela contribuição dada por uma revisão
sistemática: um panorama de estudos temáticos aos pesquisadores da área, no caso da
tecnologia assistiva e da educação inclusiva, e a sinalização de lacunas existentes que
indicam para a realização de estudos futuros (TEIXEIRA, 2006). Em função dos resultados
obtidos, pretende-se, em pesquisa futura, verificar quais dentre os recursos, serviços,
estratégias e práticas indicadas nos trabalhos, estão sendo utilizadas em salas de recurso
multifuncionais. Para tal, seria realizada uma revisão integrativa de literatura., pois, a partir
da síntese de pesquisas científicas sobre determinada temática, possibilita a integração de
resultados práticos (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010). O projeto aqui apresentado integra um
projeto maior Inclusão de Pessoas com Deficiências: Desenvolvimento e Aplicação de
Tecnologias Assistivas na Escola e na Vida, no qual estão inseridas pesquisas de mestrandos e
doutorandos do PPGE/UNESA, algumas das quais já concluídas. (CAMPOS, 2017; ROCHA,
2017; SOARES, 2018; SEBOLD, 2020). A presente pesquisa insere-se em uma das Áreas de
Tecnologias Prioritárias do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC), qual seja, a de Tecnologias para Qualidade de Vida, no setor Tecnologias Assistivas.
Destaca-se que este projeto está vinculado ao LEP-TEC – Grupo de Pesquisa Laboratório de
Estudos e Pesquisas em Tecnologia, Educação e Cultura, certificado pela UNESA junto ao
CNPq.

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