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Estabelecimentos que

Elaboram Produtos de
Abelhas e seus Derivados
Cursos online DEINP
Comissão Permanente de Capacitação e Treinamentos -
COPCAT
Classificação dos estabelecimentos de
produção
De acordo com o Decreto Estadual 2.197 de 30/09/2023, os
estabelecimentos de produtos de abelhas e derivados são
classificados em Unidade de beneficiamento de produtos de
abelhas.

É o estabelecimento destinado à recepção, à classificação, ao


beneficiamento, à industrialização, ao acondicionamento, à
rotulagem, à armazenagem e à expedição de produtos e
matérias-primas pré beneficiadas provenientes de outros
estabelecimentos de produtos de abelhas e derivados, facultada
a extração de matérias-primas recebidas de produtores rurais.
A Unidade de beneficiamento pode receber o mel
extraído pelo produtor??

Tanto o Decreto Estadual 2.197 de 30 de setembro de 2022


em seu Art. 21, parágrafo 2° quanto a Portaria SDA 795 de 10
de maio de 2023 em seu Art. 4°, citam que é permitida a
recepção de matéria-prima previamente extraída pelo
apicultor e meliponicultor, desde que realizada em local com
ventilação apropriada, para evitar contaminação da operação,
e de fornecimento de água potável para higienização.
O Produtor pode extrair o mel em uma Unidade móvel
(Caminhão)??

É permitida a extração da matéria-prima pelo apicultor e


meliponicultor em unidades móveis, desde que possibilitem
os trabalhos de manipulação e de acondicionamento da
matéria-prima, sob condições adequadas de higiene, umidade
e protegidas de demais fontes de contaminação biológica,
física ou química - Parágrafo único do art. 4° da Portaria SDA
795/2023.
Documentos para Transporte da
matéria prima
Proveniente de outro Transportar com Rótulo
estabelecimento com ou Certificado de
Serviço de Inspeção. Trânsito de Produtos.

Proveniente do Apicultor:
Transportar com Nota
Quadros ou mel centrifugado Fiscal de Produtor Rural.
Características gerais dos estabelecimentos
de produção

A Portaria SDA 795 de 10 de maio de 2023, define as normas


higiênico sanitárias e tecnológicas para os estabelecimentos
que elaborem produtos de abelhas e seus derivados.

O apicultor ou meliponicultor é obrigado a manter o cadastro


atualizado, junto aos órgãos executores de defesa e sanidade
agropecuária (no caso de SC a CIDASC), conforme a legislação
específica.
Como realizar o cadastro na CIDASC??

O produtor deverá comparecer a um escritório da CIDASC


apresentando:
a) Documento de identificação;
b) Dados da(s) propriedade(s) que deseja cadastrar seu(s)
apiário(s), incluindo o georreferenciamento;
c) O cadastro de propriedade só poderá ser realizado no
escritório da CIDASC.

A propriedade apícola vai ser cadastrada em nome do


produtor apícola sempre que este possuir um ou mais apiários
instalados nela, mesmo que o produtor não seja o
proprietário da terra. Essa propriedade será classificada como
“Área de produção Apícola”.
Como realizar o cadastro na CIDASC??

Cada apiário ou meliponário será considerado uma unidade


de exploração pecuária (UEP).

A atualização de saldo poderá ser feita pelo produtor apícola


quando houver a captura, a divisão ou a morte de colméias.
Sobre a Construção do Estabelecimento

O importante é considerar o risco de prejudicar o produto que


está sendo produzido.

A produção O
de mel não estabelecimento
combina com pode ser
a umidade e pequeno e com
o calor. poucas salas.
O Art. 6° da Portaria SDA 795/2023, cita as particularidades
de construção de uma unidade de beneficiamento de
produtos de abelhas e derivados conforme sua finalidade:
I - localização para instalação da indústria;
II - dependências;
III - instalações compatíveis conforme a finalidade do
estabelecimento;
IV - piso;
V - janelas;
VI - pé direito;
VII - ventilação;
VIII - iluminação;
IX - equipamentos e utensílios;
X - água de abastecimento;
XI - vestiários e sanitários;
XII - higienização de uniformes; e
XIII - local para refeição.
Quais instalações devem abranger uma Unidade
de Beneficiamento de Produtos de Abelhas???

I - barreiras sanitárias;
II - dependência para recepção;
III - depósito de matéria-prima;
IV - dependência para beneficiamento;
V - dependência para higienização de recipientes e utensílios;
VI - depósito para embalagens;
VII - depósito para produtos acabados; e
VIII - dependência para expedição de produtos.
Instalações
De acordo com as atividades desenvolvidas, os
estabelecimentos devem dispor ainda de outras instalações,
além das citadas anteriormente.
A Portaria SDA 795/2023 apresenta de forma mais detalhada
as particularidades das instalações que abrangem uma
unidade de beneficiamento de produtos de abelhas.
O estabelecimento deve dispor de laboratório próprio
devidamente equipado, ou terceirizado, para a realização de
análises previstas, sendo a realização da análise de umidade
do mel obrigatória no próprio estabelecimento.
Unidade de Beneficiamento de Produtos de
Abelhas

Fonte: Alcenir Alves da Cruz

Assista o Vídeo (hiperlink do vídeo 2)


I - Barreira sanitária
A barreira sanitária deve incentivar o manipulador a realizar as
práticas de higiene pessoal. Deve ser uma área coberta e de fácil
utilização.

A pessoa não deve entrar pela barreira sanitária carregando


objetos sem suas mãos, como embalagens, ingredientes ou
produtos de limpeza, pois isto impossibilita a prática das ações de
higiene pessoal.
II e III - Recepção e depósito de
matéria-prima
Atenção para o
controle do Utilizar a planilha
recebimento da 31 do POP SIE
matéria-prima!! 003.

Outras planilhas podem ser criadas pela


agroindústria. O importante é determos o
controle de toda a cadeia produtiva.
As unidades de beneficiamento de produtos de abelhas
devem manter o cadastro de todos os apicultores e
meliponicultores, fornecedores de matéria-prima, atualizado,
conforme previsto no Art. 64 da Portaria SDA 795/2023.

A unidade de beneficiamento também tem que realizar o


cadastro dos apicultores fornecedores de matéria-prima no
SIGEN+ na tela cadastro de rotas de transporte.

No Art. 65 da mesma Portaria, constam as informações que


devem conter no cadastro dos apicultores e meliponicultores,
fornecedores de matéria-prima.
No caso de apicultura ou meliponicultura migratória, deverão ser
informadas as localizações dos pastos apícolas no cadastro, além da
indicação do período do ano em que são utilizados (Art.66 da
Portaria SDA 795/2023).

Na criação das abelhas sem ferrão deverão também ser atendidas


as legislações específicas de órgãos de proteção e conservação
ambiental.

Toda matéria-prima recebida na unidade de beneficiamento deverá


ser identificada individualmente com: o nome do fornecedor; a
data da recepção; o volume total do lote recebido; e número de
embalagens recebidas (Art.70 da Portaria SDR 795/2023).
Relembrando!! Formas de recebimento da
matéria prima
O estabelecimento irá receber os produtos armazenados em baldes
ou embalagens grandes, provenientes de outro estabelecimento com
inspeção.

Podendo também receber a matéria-prima para ser extraída, isto é,


quadros para serem centrifugados e demais produtos das abelhas in
natura.

E é permitida a recepção de matéria-prima previamente extraída


pelo produtor rural, isto é, o mel já centrifugado, desde que
atendidas a normas sobre BPA, BPF e demais legislações referentes.
Os tambores de mel devem ser pesados e higienizados
externamente após o desacarregamento do veículo
transportador.
A principal análise na recepção do mel é o teor de umidade,
que pode ser realizada com o equipamento refratômetro
manual, e conforme já mencionado é obrigatória ser realizada
no próprio estabelecimento.

Imagem: Refratômetro
Fonte: https://instrutemp.com.br/refratometro
O registro da cor e do HMF também se fazem de grande
importância como análises de plataforma na recepção da
matéria-prima.

O controle da presença de resíduos químicos e de HMF pode ser


mitigado com o controle dos fornecedores. Para tanto é
necessário realizar análises amostrais, construindo o histórico
destes.

A verificação da cor da matéria-prima e seu registro em planilha


evitará abertura dos tambores e manipulação do mel para a
definição de lotes. Desta forma, com menor manipulação
teremos menor possibilidade de contaminação do produto.
A cor pode ser verificada com o uso de fitas colorimetras ou
outros equipamentos.

Fonte: www.embrapa.br/busca-de-noticias

Fonte: https://mercadolivre.com.br
IV - Dependência para Beneficiamento

1. Sala de Desoperculação e Centrifugação


Nesta sala deve haver um local com estrados para o depósito
das caixas com quadros cheios de mel e quadros vazios.

A desoperculação consiste na remoção da camada fina de


cera que fecha os alvéolos, possibilitando a saída do mel
durante a centrifugação.
Existem diversos tipos de equipamentos de desoperculação,
alguns são manuais e outros são automatizados.

Após o uso o garfo de desoperculação, a mesa e demais


utensílios devem ser higienizados.

Fonte: wikpedia.org
Prever um local para o depósito dos resíduos provenientes da
desoperculação.

A seguir os quadros com mel são colocado em um equipamento


de centrífuga. A quantidade de quadros, o tempo de
centrifugação e a velocidade desta dependerá das
recomendações do fabricante do equipamento.

Quadros danificados, mofados ou verdes não devem ser


utilizados.
Centrífuga de mel
Mesmo as caixas contendo quadros vazios não poderão
ser depositadas em contato direto com o piso.

Imagem: centrífuga
Fonte: http://centrifuga.com.br
Alguns estabelecimentos
optam em armazenar o mel
centrifugado em baldes, para
distribuir a produção ao
longo do ano.

O armazenamento
também poderá ter
o objetivo da
realização do blend.
Mas o que é Blend?
Blend é um termo utilizado para a mistura de mel de dois ou
mais apicultores.

O objetivo do blend pode ser a padronização de cor do produto


que irá para o mercado consumidor, ou também para o
aumento do volume do lote produzido.

É fundamental ocorrer o controle de rastreabilidade nesta


etapa, registrando o nome dos apicultores e/ou dos lotes
utilizados.
2. Descristalização

Quando o equipamento de descristalização for gerador de calor


e umidade, deve existir uma sala própria para esta atividade.

A Portaria 6, de 25 de julho
de 1985, informa os tempos
e temperaturas adequados a
serem utilizados na
descristalização.

Fonte: Monica Pohlod


Portaria 6, de 25 de julho de 1985.
Quando o mel é submetido ao aquecimento deverá ser respeitado
o binômio tempo/temperatura, para preservar o poder de ação
das enzimas manter o teor de hidroximetilfurfural não
ultrapassando o índice de 40 mg/kg.

Como orientação, poderá ser seguida a Tabela abaixo:

Fonte: Portaria N° 6/1995


Mas o que é Hidroximetilfurfural - HMF?

O Hidroximetilfurfural (HMF) é uma molécula resultante da


transformação dos monossacarídeos glicose e frutose,
naturalmente presentes no mel, catalisadas pelo ácido
glucônico (principal composto ácido) e a água, fatores estes
que trazem condição favorável para a produção do HMF.

O índice elevado de HMF pode representar o aquecimento


incorreto, o envelhecimento do mel ou a fraude do produto
com substâncias como xarope de açúcar.
Estudos em roedores mostram que o HMF causa
alterações reprodutivas, neurológicas e aumento na
incidência de adenoma hepatocelular, um tipo de câncer.

E assim, por mostrar esta atividade tumoral em roedores,


o hidroximetilfurfural é considerado composto
potencialmente carcinogênico.
Então aquecer o mel
sem controle de
tempo e temperatura
pode ser perigoso!

Este é um ponto de c
ontrole do Serviço de
Inspeção
Índice de HMF no Mel
No mel como matéria prima o teor de HMF não pode ultrapassar
o índice de 40 mg/kg – Portaria 6, 25/07/1985, legislação que
aprova as Normas Higiênico-Sanitárias e Tecnológicas para Mel,
Cera de Abelhas e Derivados.

Já no mel pronto para o consumo o índice de HMF é definido


pela Instrução Normativa Nº 11, de 20/10/2000, que trata do
Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ) do Mel, e
traz como indicativo de característica físico-química de
deterioração o índice de Hidroximetilfurfural com máximo de 60
mg/kg.
3. Homogeneização
Este procedimento proporciona um lote homogêneo.

A homogeneização também é realizada para o procedimento


de blend do mel, misturando o mel de duas ou mais origens.

É importante ocorrer a higienização deste equipamento na


troca de lotes, evitando assim a contaminação cruzada entre
eles.
4. Filtração
Conforme a IN 5 de 14/02/2017 a malha de filtração (filtro ou
peneira) recomendada é de 40 a 80 mesh, não se permitindo o uso
de material filtrante de pano.

O filtro deve permitir a passagem de pólen.

Existem vários tipos de filtro para mel. Ele pode ser instalado na saída
do homogeneizador anexado a uma bomba de sucção ou estar
presente dentro do decantador.

Os resíduos do filtro podem conter sujidades e


ovos de parasitas, assim ele não deve ser
utilizado na alimentação das abelhas.
5. Decantação
A decantação tem o objetivo de retirar possíveis partículas que
passaram pelo filtro e também bolhas que podem ter se
formado durante as etapas anteriores.

DECANTADOR

Fonte:
https://imesul.com.br/site/loja/825-3-2-2-2-2-2
-2-2-2/
PLATAFORMA DE
DECANTAÇÃO

Comumente na saída do decantador


existe uma torneira para a realização
do envase do mel.
Fonte:
https://imesul.com.br/site/loja/plataforma-
para-decantadores/
6. Envase
O procedimento de envase em muitos casos ocorre com a saída
do mel na parte inferior do decantador.

Todas as embalagens devem atender às legislações referentes à


elas.

Para o envase do sachê, este deve ser previamente higienizado,


por métodos como por exemplo o uso de ultravioleta. O sachê
receberá uma embalagem externa, possibilitando o seu
consumo sem a prévia higienização pelo consumidor
ENVASADORA
DE SACHÊS

Fonte:
https://loja.herbomelnatural.com.br/mel-p
uro-herbomel-sache

Fonte:
https://www.solucoesindustriais.com.br/e
mpresa/maquinas-e-equipamentos/maqui
nas-dom/produtos/maquinas-ferramenta/
maquina-de-envase-de-mel-em-sache
Sala de Processamento de Pólen, Própolis,
Geleia Real, Cera de Abelhas e Apitoxina
Cada um destes produtos possui características específicas para o
processo produtivo. É necessário avaliar a geração de calor e a
necessidade de armazenamento em ambiente climatizado ou a
ausência de umidade ambiente para definir sobre a construção de sala
específica ou não para cada uma destas atividades.

A Instrução Normativa N° 03, de 19/01/2001, informa sobre as


características deste produtos das abelhas; a Instrução Normativa N° 5,
de 14/02/2017 apresenta especificações sobre equipamentos de
processamento; e a Portaria SDA N° 795, de 10/05/2023, que define as
normas sanitárias e tecnológicas para os estabelecimentos que
elaboram produtos de abelhas e seus derivados.
Pólen Apícola
Após a colheita o pólen apícola deve ser levado ao
congelamento, por um período de no mínimo 48h e no máximo
por 30 dias, com o objetivo de eliminar ovos de traças, ácaros e
manter a microflora natural do pólen.

Como a sala de processamento do pólen deve se encontrar com


baixo teor de umidade (entre 40% a 50%) recomenda-se a
instalação de desumidificadores de ar.

A umidade inicial do pólen


encontra-se em torno de
18% a 25%.

Fonte: pixabay.com
A secagem do pólen é realizada em equipamento com
controle de temperatura e circulação de ar. O tempo de
temperatura serão definidos pelo fabricante do equipamento,
sendo que o máximo permitido é 42°C, para a preservação da
qualidade e valor nutritiva deste produto. E conforme a IN 03,
de 19/01/2001, o teor máximo de umidade no produto final
deve ser de 4%.

A limpeza do pólen deve ocorre antes, durante e após o


processo de secagem, com o uso de sopradores e pinças,
removendo partes de abelhas e outras impurezas.
Própolis
Para remover a própolis tanto da caixa de colmeia no campo
quanto dos caixilhos levados ao entreposto, é utilizado um
raspador. A raspagem deve ser realizada com o cuidado para
não remover madeira junto com a própolis e não danificar o
caixilho.

Com auxílio de pinças retirar


impurezas, como lascas de
madeira, partes de insetos, galhos
e outras. O uso de peneira poderá
auxiliar na remoção de grãos finos.

Fonte: EPAGRI. Produção e


Beneficiamento de Própolis
Recomenda-se o armazenamento da própolis por no mínimo
48 horas em temperatura de congelamento abaixo de - 10°C,
para a eliminação eventual de ácaros e traças (seus ovos e
larvas).

A própolis deve ser conservada ao abrigo da luz para evitar


sua oxidação.

Fonte: Monica Pohlod


Para a secagem da própolis pode-se utilizar o seguinte
método: Distribuir a própolis em bandejas, em camadas de 2
a 5 cm. Realizar a secagem em estufa com desumidificador e
circulação de ar, em temperatura ambiente (sendo o ideal
entre 20°C e 30 °C).

A própolis é composta principalmente por resinas, e


praticamente não retém a umidade, contudo é necessário
realizar sua secagem objetivando não permitir o crescimento
de microrganismos (como fungos), e para também evitar o
processo de degradação, com a oxidação de seus
componentes.
Geleia Real
Geleia Real Fresca: é o produto coletado por processo mecânico
a partir da célula real, retirada a larva e filtrado.
Geleia Real in natura: é o produto mantido e comercializado
diretamente na célula real após a remoção da larva.

Fonte: https://apiarioapisvita.com
Processamento da Geleia Real
A geleia real pode ser extraída com o uso de uma espátula de
aço inoxidável, passada contra a parede da célula, raspando-se o
material, ou utilizando uma pequena bomba de sucção.
Após a extração a geleia real deve ser armazenada em
temperatura não superior a -16°C.
E o seu transporte e comercialização deve ocorrer ao brigo da
luz, em temperatura entre -16°C e -5°C, trazendo esta
informação de conservação no rótulo do produto.
A geleia real pode ser comercializada liofilizada, em cápsulas, ou
ser utilizada na fabricação dos compostos apícolas.
Cera de Abelhas
A cera de abelhas é o produto de consistência plástica, de cor
amarelada, com baixo ponto de fusão, secretado pelas
glândulas ceríferas das abelhas operárias para a formação de
favos nas colmeias.

A Instrução Normativa N° 3 de 19/01/2001 define os


parâmetros para a cera de abelhas. E conforme a Instrução
Normativa N° 5, de 14/02/2017, os equipamentos
necessários para o processamento da cera de abelhas são:
derretedor de cera, filtro, forma e mesa ou bancada.
Materiais técnicos orientam sobre o tempo e temperatura
para o derretimento, tipos de filtração, tempo de secagem e
demais detalhes sobre o processamento da cera de abelhas.

PLACAS DE CERA ALVEOLADA

Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cera_de_abelha

Fonte:
https://www.catarinavelas.com.br/linha-ecolo
gica/cera-de-abelha-folha
EQUIPAMENTO PARA PRODUÇÃO DE CERA ALVEOLADA

Fonte:
https://fahor.com.br/publicacoes/sief/2015/De
senvolvimentoDeUmEquipamento.PDF
Rotulagem
De acordo com o Art. 46 da Portaria
SDA N° 795, de 10/05/2023, os
produtos elaborados pelas abelhas,
delas extraídos, ou de suas colmeias,
sem qualquer estímulo de alimentação
artificial, capaz de alterar a
composição original, podem se dividir
em duas classificações, conforme a
espécie de origem em: produtos de
abelhas do gênero Apis e produtos de
abelhas sem ferrão da tribo
Meliponini.
Os produtos, respeitando seus respectivos regulamentos
técnicos, podem ser submetidos à liofilização, desidratação,
maceração ou a outro processo tecnológico específico, desde
que comprovado cientificamente e aprovado pelo órgão
competente de inspeção (parágrafo único do Art.46 da
Portaria SDA 795/2023).

Informações referentes a particularidades de rotulagem de mel


de abelhas, de mel de abelhas sem ferrão e de seus derivados,
estão disponíveis no capítulo IV, do Art. 46 ao Art. 55 da Portaria
SDA 795/2023.
No rótulo do mel, do mel de abelhas sem ferrão e dos derivados
apícolas, é obrigatória a presença da seguinte frase: “Este
produto não deve ser consumido por crianças menores de um
ano de idade”, em caracteres destacados, nítidos e de fácil leitura
(Decreto 9013 de 29/03/2017, art. 460).

No POP SIE 002 estão disponíveis as informações referentes à


rotulagem para os estabelecimentos registrados no Serviço de
Inspeção Estadual de SC.
O prazo de validade deve ser inferior ao tempo de vida de
prateleira do mel/produto, onde ele pode variar conforme as
características intrínsecas deste (como umidade e fatores
físico-químicos). Assim, o responsável pelo estabelecimento
deve realizar testes de vida de prateleira, armazenando o
produto pelo prazo de validade estabelecido e realizando
análises ao término deste para certificar-se de que ele mantém
as características durante todo o período ou realizar esta análise
em laboratórios credenciados.
Referências Bibliográficas
❖ BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Decreto
N° 9.013, de 29 de março de 2017. Regulamenta a Lei nº 1.283, de 18
de dezembro de 1950, e a Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989,
que dispõem sobre a inspeção industrial e sanitária de produtos de
origem animal, Brasília, 2017.

❖ BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.


Secretaria de Inspeção de Produto Animal. Portaria n° 6 de 25 de
julho de 1985 - Normas Higiênico-Sanitárias e Tecnológicas para Mel,
Cera de Abelhas e Derivados, propostas pela Divisão de Inspeção de
Leite e Derivados, 1985.
Referências Bibliográficas
❖ BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Instrução Normativa N° 5, de 14 de fevereiro de 2017 - Requisitos
para avaliação de equivalência ao Sistema Unificado de Atenção à
Sanidade Agropecuária relativos à estrutura física, dependências e
equipamentos de estabelecimento agroindustrial de pequeno porte
de produtos de origem animal, 2017.

❖ BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.


Instrução Normativa nº 3, de 19 de janeiro de 2001 - Regulamentos
Técnicos de Identidade e Qualidade da Apitoxina, Cera de Abelha,
Geléia Real, Geléia Real Liofilizada, Pólen Apícola, Própolis e Extrato
de Própolis, 2001.
Referências Bibliográficas
❖ BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria
SDA N° 795, de 10 de maio de 2023 - Define as normas higiênico
sanitárias e tecnológicas para os estabelecimentos que elaborem
produtos de abelhas e seus derivados, 2023.

❖ SANTA CATARINA, Decreto N° 2197, de 30 de setembro de 2022.


Regulamenta a Lei nº 8.534, de 1992, que dispõe sobre a
obrigatoriedade da prévia fiscalização dos produtos de origem animal,
cria o Sistema Estadual de Inspeção Sanitária dos Produtos de Origem
Animal e dá outras providências, 2022.
Referências Bibliográficas
❖ BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Instrução Normativa nº 11, de 20 de outubro de 2000. Regulamento
Técnico de Identidade e Qualidade do Mel, Brasília, 2000.

❖ SENAI, SEBRAE, SENAC, SESC e SESI - Manual de Segurança e


Qualidade para Apicultura, Mel – PAS Programa Alimentos Seguros.
Série qualidade e Segurança dos Alimentos, 2009.

❖ Wilson José Gussoni e Generosa Sousa Ribeiro – Abelhas X


Agrotóxicos – Informativo aos apicultores e meliponicultores.

❖ SEBRAE, ABNT. Guia de Uso e Aplicação de Normas da Cadeia


Apícola. 2012
Referências Bibliográficas
❖ BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Instrução Normativa N° 16, de 23 de junho de 2015 - normas
específicas de inspeção e a fiscalização sanitária de produtos de
origem animal, referente às agroindústrias de pequeno porte, 2015.

❖ EPAGRI. Boletim Didático 140. Produção e Processamento de Pólen


Apícola. 2017.

❖ EPAGRI. Henrique F. E. Breyer, Ernesto D. H. Breyer, Ivanir Cella.


Produção e Processamento da Própolis. 2016
Material de Apoio
❖ Legislações gerais. Disponível em:
http://www.cidasc.sc.gov.br/inspecao/legislacoes-e-normativas/

❖ Legislações da Área de Apicultura e Meliponicultura.


Disponível em: http://www.cidasc.sc.gov.br/inspecao/mel/

❖ Legislações e materiais sobre Sanidade Apícola.


Disponível em: http://www.cidasc.sc.gov.br/defesasanitariaanimal/
programas/sanidade-apicola/
Material de Apoio
❖ FOOD SAFETY BRAZIL Segurança de Alimentos. Disponível em:
https://foodsafetybrazil.org/hmf-hidroximetilfufural-um-indicador
-da-qualidade-e-seguranca-do-mel/

❖ Portal Educação. Disponível em:


https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/por-qu
e-esquentar-o-mel-pode-ser-perigoso/56982
Autores

MONICA POHLOD
Médica Veterinária, Responsável Estadual pela Coordenação de Inspeção de
Entrepostos de Carnes e Derivados Cárneos e Lácteos - CIDASC/DEINP/CIENT e
pela Coordenação de Inspeção de Produtos das Abelhas e derivados -
CIDASC/DEINP/CIABE

BIANCA XIMENES
Médica Veterinária, Coordenadora Regional do SIE do Departamento Regional de
Caçador - CIDASC

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