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Resenha crítica

Sayonara Rodrigues Silva Santos

Na palestra os apresentadores da Literatura das Margens discutem uma


variedade de literatura alternativa e independente produzida e distribuída na região
amazônica, incluindo obras de autores marginalizados e de baixa circulação de
editoras independentes ou de auto publicação. Eles discutem o livro "Um Rio Sem
Fim" de Verenilde Pereira com o convidado Alisson Leão, professor de literatura
brasileira e teoria literária, e elogiam a importância de explorar a literatura de autores
e comunidades menos conhecidas, especialmente aqueles com experiências
pessoais e ativismo que pode enriquecer a narrativa. Os palestrantes também
discutem outras obras como "Gente de Mauá" e "O Romance da Tristezas" e
enfatizam a importância de reconhecer e analisar essas obras menos conhecidas.

O grupo destaca a importância da literatura como ferramenta para


compreender e interpretar realidades complexas e a necessidade de dar às vozes
marginalizadas a oportunidade de falarem a sua própria verdade. Os palestrantes
aprofundam os elementos estilísticos e poéticos de diversas obras, enfatizando a
importância da qualidade e os riscos potenciais de trazer obras sem mérito literário.
Propõem a criação de uma revista literária para chamar mais atenção à literatura
marginal e incentivar a leitura crítica e a discussão.

E durante a palestra discutem a ideia de impor representação a grupos


marginalizados e comparam as narrativas de dois autores. Uma autora, Maria
Assunção, utiliza técnicas de narrativa oral, como repetição e imprecisão, para
especular sobre a vida de seus personagens, enquanto a outra, Rosa Maria, é uma
escritora mais diretiva. Eles também exploram o papel da subjetividade, ou
subjetividade, na literatura e como ela se relaciona com a história coletiva das
comunidades marginalizadas. A narrativa do livro gira em torno da violência e da
colonização vivenciadas pelos povos indígenas na Amazônia e como eles resistem a
serem apagados da história.

E durante o processo os críticos falam sobre o processo de colonização e como


ele influencia os temas da literatura marginal. Explicam que existem diferentes tipos
de processos de colonização e que pode ser difícil evitar cair num discurso normativo.
O palestrante também menciona que convidaram leitores e críticos a participarem de
suas discussões ao vivo para trazer uma leitura crítica das obras a partir das margens.
Eles também discutem a ideia de qualidade e os riscos potenciais de trazer para a
conversa obras sem qualidade. O palestrante propõe a ideia de criar uma revista
literária com foco na crítica literária para chamar mais atenção para a literatura
marginal.

Por fim, os palestrantes discutem a necessidade de explorar a literatura


alternativa e romper com os cânones literários tradicionais, destacando o trabalho de
autores como Paulo da Colina e Dalva Davenilte. O vídeo também destaca a obra
literária de Verônica Stigger, autora amazônica de origem indígena, cujas
contribuições são consideradas importantes para o cânone literário como mulher,
pessoa de cor e indígena brasileira. Por fim, o palestrante agradece o acontecimento
e caracteriza o movimento literário

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