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Cálculo
DIFERENCIAL E INTEGRAL II
QUESTÕES E SOLUÇÕES
1º edição
Cálculo Diferencial e Integral II
Questões e Soluções
1ª Edição
JUAZEIRO - BA
UNIVASF
2021
Publicado por Fundação Universidade Federal do Vale do Rio São Francisco (UNIVASF)
www.pemd.univasf.edu.br
Esta obra é distribuída por meio da Licença Creative Commons 4.0 Atribuição/Uso
Não-Comercial/Vedada a Criação de Obras Derivadas (CC BY-NC-ND) em que é permitido o
download e o compartilhamento da obra, desde que sejam atribuídos os devidos créditos, mas sem
alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Mais detalhes em:
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/legalcode.
ISBN: 978-65-88648-44-5
Inclui referências.
515.3
II
Prefácio
ste material refere-se a disciplina de Cálculo Diferencial e Integral II, presente nos cursos de
E exatas e tecnologias, abordando técnicas de integração e aplicações, funções vetoriais, limite e
continuidade, derivadas parciais, funções diferenciáveis e suas aplicações. Visando auxiliar o aluno
na resolução de questões e, consequentemente, na compreensão da disciplina, o material aborda de
forma direta a apresentação de questões e suas resoluções, para que possa servir como uma leitura
complementar às aulas teóricas e o acompanhamento de livros da disciplina. O material é um resultado
do projeto de extensão tutoria de matemática realizado na Universidade Federal do Vale do São Francisco
(UNIVASF), contando com a colaboração dos professores Carlos Antônio, Tuanny Maciel e do discente
Everaldo Libório.
Agradecemos a todos alunos que, de forma direta ou indiretamente, contribuíram para construção
deste material e ao programa de elaboração de material didático (PEMD) por todo suporte e apoio
técnico, disponibilizando a plataforma www.pemd.univasf.edu.br em todo processo de elaboração e
construção do material.
E aos possíveis leitores, enfatizamos que quaisquer sugestões e/ou
críticas serão muito bem recebidas e podem ser enviadas para o e-mail tuanny.maciel@univasf.edu.br
ou carlos.freitas@univasf.edu.br.
III
Sumário
Prefácio II
1 Integral Definida 1
3 Funções vetoriais 67
3.1 Funções de várias variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
4 Limite e continuidade 77
4.1 Limite e continuidade de funções de várias variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
5 Derivadas parciais 84
5.1 Derivadas Parciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
IV
Capítulo 1
Integral Definida
Resposta
1
Z b
f (x) dx
a
Z e e
A= ln x dx = [x ln x − x]
1 1
= (e − e) − (0 − 1)
= 1 u.a.
Observe que foi preciso encontrar os pontos de interseção entre as duas curvas,
gerando nossos limites de integração. Agora, resolvendo a integral indefinida acima,
temos:
2
2 2
x2 x3
Z
2
2x − x dx = 2 · −
0 2 3 0
3 2
x
= x2 −
3 0
23
2
= 2 − −0
3
8
= 4−
3
4
= u.a.
3
4
Assim a área procurada vale unidades de área.
3
c. Com o auxílio do gráfico das quatro funções é possível perceber que a área da região
delimitada será representada dada por:
3
Z π h x i
A= 4 + cos (2x) − 3 sen dx
0 2
Z Z x Z
= cos(2x) dx − 3 sen dx + 4 1 dx
2
Z
sen 2x
cos(2x) dx = + C1
2
sen 2x
visto que a função a primitiva para a função F (x) = é uma primitiva para
2
f (x) = cos 2x.
De modo análogo,
Z
x x
3 sen dx = −6 cos + C2 .
2 2
Z
Por fim, 4 1 dx = 4x + C3 . Assim, temos que
Z Z x Z
cos(2x) dx − 3 sen dx + 4 1 dx
2
1 x
= sen (2x) + 6 cos + 4x + C
2 2
Observe que calculamos uma integral indefinida, e agora precisamos aplicar nos
limites de integração a = 0 e b = π, ou seja
4
Z π x i π
h 1 x
4 + cos (2x) − 3 sen dx = sen (2x) + 6 cos + 4x
0 2 2 2 0
1 π
= sen (2π) + 6 cos +4·π −6
2 2
= 4π − 6 u.a
Z 1
x − x3 dx.
−1
Logo,
5
Z 1 Z 1
3
x − x3 dx
A= x−x dx = 2
−1 0
2 4
1
x x
=2 −
2 4 0
1 1 1
=2 − = u.a.
2 4 2
Resposta
Z π
a. Para determinar 2 sen x dx é necessário encontrar, inicialmente, a primitiva da
−π
função f (x) = sen x, quepodemos tomar como sendo a função F (x) = − cos x. Agora
podemos, utilizando o teorema fundamental do cálculo, resolver a integral definida
pedida.
Assim,
Z π
2 sen dx = 2 [− cos x]π−π = 2 [− cos π + cos −π] = 2 [1 − 1] = 0
−π
Vale observar que a função cosseno é uma função par, isto é, cos x = cos (−x). E
por isto tivemos cos (−π) = cos π = −1.
x5 x3
b. Observe que uma primitiva para a função f (x) = x4 +x2 é a função F (x) = + .
5 3
E assim, pelo teorema fundamental do cálculo, encontramos:
6
1 1
x5 x3
Z
4 2 1 1 1 1
x + x dx = + = + − − −
−1 5 3 −1 5 3 5 3
2 2
= +
5 3
16
=
15
7
Capítulo 2
Resposta
Z
a. Para resolver a integral e5x dx, tomemos a mudança de variável como sendo
1
u = 5x, o que implica du = dx. Assim, substituindo
5
Z Z
duu 1
e = eu du
5 5
eu
= +C
5
8
e5x
Z
e5x dx = + C, com C ∈ R.
5
Z
b. Para encontrar a integral sen (αx), considere a substituição u = αx, o que nos
1
leva a du = dx.
α
Agora, substituindo com a mudança de variável
Z Z
du 1
sen (u) = sen (u) du
α α
cos(u)
=− +C
α
Z
cos(αx)
sen (αx) = − +C
α
Z Z
1 du 1 1
2
= du
sen u 3 3 sen 2 u
1
Aqui é necessário lembrar que cossec (x) = . Por fim, substituindo na
sen (x)
integral acima, encontramos
9
Z Z
1 du 1 1
= du
sen 2 u 3 3 sen 2 u
Z
1
= cossec 2 (u) du
3
cotg (u)
=− +C
3
Z
dx cotg (3x)
= − +C
sen 2 (3x) 3
Z
d. Na integral sen 2 x cos x dx tomaremos u = sen x e teremos du = cos x dx.
Agora, substituindo
Z Z
2 du
u cos x = u2 du
cos x
u3
= +C
3
Implicando que
sen 3 x
Z
sen 2 x cos x dx = +C
3
10
Z √ 1
Z
√
x x2 + 1 dx = u du
2
Portanto, 3
√
Z
1 u2
u du = +C
2 3
E assim,
3
Z √ (x2 + 1) 2
2
x x + 1 dx = +C
3
x2
Z
f. Para determinar a integral √ dx, faremos a substituição u = x3 + 1,
x3 + 1
impicando que du = 3x2 dx. Assim, substituindo na nossa integral, temos:
x2 du
Z Z
1 du
√ 2
= √
u 3x 3 u
Z
1 1
= u− 2 du
3
1
1 u2
= 1 +C
3 2
√
u
= 3 +C
2
2√
= u+C
3
x2
Z
2p 3
√ dx = (x + 1) + C
x3 + 1 3
11
Z
cos(x)
g. Agora para a integral dx, façamos a a mudança de variável u = sen x e
sen 2 (x)
du = cos x dx. O que nos leva a
Z Z
cos(x) du du
=
u2 cos(x) u2
Z
= u−2 du
u−1
= +C
−1
= −u−1 + C
1
=− +C
u
Z
cos(x) 1
2
dx = − + C = − cossec (x) + C
sen (x) sen (x)
Z Z
cos x du 1 du
√ = √
u 2 cos(x) 2 u
Z
1 1
= u− 2 du
2
1
1 u2
= 1 +C
2 2
√
= u+C
12
E assim,
Z
cos x dx p
√ = 2 sen (x) + 1 + C
2 sen x + 1
R p
i. Para determinar a integral sec 2 (x) tg (x) + 1 dx, tomemos a mudança de
du
variável u = tg (x) + 1, e dx = . Logo,
sen 2 (x)
√ √
Z Z
2 du
sec (x) u = u du
sec 2 (x)
3
u2
= 3 +C
2
2 3
= u2 + C
3
1
(Lembre-se de que sec (x) = , que foi necessário para manipular a integral
cos(x)
acima)
Z p 2 3
sec 2 (x) tg (x) + 1 dx = [ tg (x) + 1] 2 + C
3
Z
cos ( ln x)
j. Neste item, para encontrar a integral dx, faremos a substituição u =
x
ln x, implicando que dx = x du. Assim, substituindo
Z Z
cos u
x du = cos u du
x
= sen u + C
13
Ou seja,
Z p
sec 2 (x) tg (x) + 1 dx = sen ( ln x) + C
Z
cos x
k. Para determinar a integral dx, faremos a mudança de variável u = sen x
sen 2/3 x
du
e assim teremos dx = . Agora, substituindo na integral, temos
cos x
Z Z
cos(x) du du
=
u2/3 cos(x) u2/3
Z
= u−2/3 du
u1/3
= +C
1/3
= 3u1/3 + C
√
=33u+C
Portanto, na variável x,
√
Z
cos x
2/3
dx = 3 3 sen x + C
sen x
Z
2 +4x+3
l. A integral ex (x + 2) dx será resolvida utilizando a mudança de variável u =
du du
x2 + 4x + 3, o que implica que du = (2x + 4) dx, ou ainda dx = =
2x + 4 2(x + 2)
Feito isso, temos
14
Z Z
u du 1
e (x + 2) = eu du
2(x + 2) 2
1
= eu + C
2
Z
2 +4x+3 1 2
ex (x + 2) dx = ex +4x+3 + C
2
Resposta
a. Queremos mostrar que se f é uma função contínua e par no intervalo [−a, a], então:
Z a Z a
f (x) dx = 2 f (x) dx
−a 0
Inicialmente, uma função é dita par se f (x) = f (−x), para todo x. Além disso,
das propriedades da integral definida, temos:
Z a Z 0 Z a
f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx
−a −a 0
Z 0 Z a
Logo, a ideia é verificar que f (x) dx = f (x) dx, pois assim chegaremos
−a 0
no resultado que queremos.
15
Z 0 Z 0
f (x) dx = f (−x) dx.
−a −a
Z 0 Z 0 Z 0
f (−x) dx = f (u)(− du) = − f (u) du
−a a a
Z 0 Z a
− f (u) du = f (u) du
a 0
Z a Z a
f (u) du = f (x) dx
0 0
Z 0 Z a
Ou seja, f (x) dx = f (x) dx. E, portanto,
−a 0
Z a Z 0 Z a Z a
f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx = 2 f (x) dx
−a −a 0 0
b. Vamos mostrar que se f é uma função ímpar e contínua no intervalo [−a, a], então,
Z a
f (x) dx = 0
−a
Z a Z 0 Z a
f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx.
−a −a 0
R0 Ra
Para resolvermos essa questão vamos mostrar que −a
f (x) dx = − 0
f (x) dx.
16
Como a função é ímpar,
Z 0 Z 0
f (x) dx = [−f (−x)] dx
−a −a
Z 0 Z 0
[−f (−x)] dx = [−f (u)](− du) (2.1)
−a a
Z 0 Z a
= f (u) du = − f (u) du (2.2)
a 0
Z a Z a
− f (u) du = − f (x) dx
0 0
E dessa forma,
Z 0 Z a
f (x) dx = − f (x) dx
−a 0
Portanto,
Z a Z 0 Z a
f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx = 0
−a −a 0
17
2.2 Integração por partes
1. Utilizando a integração por partes, resolva:
R R R
a. xex dx b. x ln (x) dx c. x sen x dx
R R R
d. xn ln (x) dx e. ln (x2 + 1) dx f. x arctan(x) dx
Z √
arcsen x R R
g. √ dx h. x2 ex dx i. (1 − x) ex dx
x
Resposta
a. Tomando
u = x ⇒ du = dx ∴ dv = ex dx ⇒ v = ex
Z Z
u dv = u · v − v du
Temos,
Z Z
x x
xe dx = xe − ex dx
= xex − ex + C
Assim,
Z
xex dx = (x − 1) ex + C
18
b. Tomando
1 x2
u = ln x ⇒ du = dx ∴ dv = x dx ⇒ v =
x 2
x2 x2 1
Z Z
x ln x dx = ln x − dx
2 2 x
Assim,
x2 x2
Z
x ln x dx = ln x − +C
2 4
c. Tomando
Z Z
x sen (x) dx = −x cos(x) − [− cos(x)] dx
Logo,
Z
x sen (x) dx = −x cos(x) + sen (x) + C
19
d. Tomando
1 xn+1
u = ln x ⇒ du = dx ∴ dv = xn dx ⇒ v =
x n+1
xn+1 1 xn+1
Z Z
n
x ln x dx = ln x − dx
n+1 xn+1
Assim,
xn+1 xn+1
Z
xn ln x dx = ln x − +C
n+1 (n + 1)2
e. Tomando
2x
u = ln (x2 + 1) ⇒ du = dx ∴ dv = dx ⇒ v = x
x2 +1
Z Z
2 2 2x
ln (x + 1) dx = x ln (x + 1) − x dx
x2 + 1
x2
Z
2
= x ln (x + 1) − 2 dx
x2 + 1
x2
Z
Portanto, resolvendo a integral dx, temos
x2 + 1
20
x2 x2 + 1 − 1
Z Z
dx = dx
x2 + 1 x2 + 1
Z 2 Z
x +1 1
= dx − dx
x2 + 1 x2 + 1
= x − arctg (x) + C
E agora, substituindo,
Z
ln (x2 + 1) dx = x ln (x2 + 1) − 2(x − arctg (x)) + C
f. Tomando
1 x2
u = arctg (x) ⇒ du = dx ∴ dv = x dx ⇒ v =
1 + x2 2
x2 x2
Z Z
1
x arctg (x) dx = arctg (x) − dx
2 2 1 + x2
Assim,
x2
Z
1
x arctg (x) dx = arctg (x) − (x − arctg (x)) + C
2 2
g. Tomando
u = x2 ⇒ du = 2x dx ∴ dv = ex dx ⇒ v = ex
21
Integrando por parte, temos
Z Z
2 x 2 x
x e dx = x e − 2x ex dx
Z
Agora, para resolver a integral 2x ex dx aplicaremos novamente a integral por
partes, fazendo
u = 2x ⇒ du = 2 dx ∴ dv = ex dx ⇒ v = ex
E assim,
Z Z
x x
2x e dx = 2x e − 2 ex dx = 2x ex − 2 ex
Logo,
Z
x2 ex dx = x2 ex − (2x ex − 2ex ) + C
= (x2 − 2x + 2) ex + C
Z √ Z
arcsen x
√ dx = 2 arcsen (u) du
x
1
z = arcsen (u) ⇒ dz = √ du ∴ dv = du ⇒ v = u
1 + u2
22
Agora, Integrando por partes, temos
Z Z
2u
2 arcsen (u) du = 2 · u · arcsen (u) − √ du
1 + u2
Assim,
Z √
2 arcsen (u) du = 2 · u · arcsen (u) − 2 1 + u2 + C
√
Como u = x, substituindo na integral, temos
√
√ √ √
Z
arcsen x
√ = 2 x arcsen x − 2 1 + x + C
x
Z Z Z
x x
(1 − x) e dx = e dx − x ex dx
Z
(1 − x) ex dx = ex − (xex − ex ) + C
= (2 − x) ex + C
2. Verifique que:
n−1
Z Z
n 1 n−1
a. sen u du = − sen u cos u + sen n−2 u du;
n n
−
Z Z
n 1 n−1 n 1
b. cos u du = cos u sen u + cosn−2 u du;
n n
Resposta
23
a. Para mostrar que
n−1
Z Z
1
sen (u) du = − cos(u) sen n−1 u +
n
sen n−2 u du
n n
Z
Reescrevemos a integral da seguinte forma, sen n (u) du:
Z Z
n
sen (u) du = sen n−1 (u) sen (u) du
E agora, tomando,
Z Z
n n−1
sen (u) du = − cos(u) sen u + (n − 1) cos2 (u) sen n−2 u du
Z Z
2 n−2
cos (u) sen u du = (1 − sen 2 u) sen n−2 u du
Z Z
n−2
= sen u du − sen n u du
Logo, substituindo,
Z Z Z
n n−1 n−2 n
sen (u) du = − cos(u) sen u + (n − 1) sen udu −
sen u du
Z Z
= − cos(u) sen n−1 u + (n − 1) sen n−2
udu − (n − 1) sen n u du
24
Organizando os termos,
Z Z Z
n n n−1
sen (u) du + (n − 1) sen u du = − cos(u) sen u + (n − 1) sen n−2 u du
Z Z
n sen n u du = − cos(u) sen n−1 u + (n − 1) sen n−2 u du
Assim,
n−1
Z Z
1
sen (u) du = − cos(u) sen n−1 u +
n
sen n−2 u du
n n
b. Para resolver este item, utilizamos um processo análogo ao que foi feito no item
anterior. Reescrevemos a integral da seguinte forma,
Z Z
n
cos (u) du = cosn−1 (u) cos(u) du
Temos,
Z Z
n−1 n−1
cos (u) cos(u) du = cos sen 2 (u)(n − 1) cosn−2 (u) du
(u) sen (u) +
Z
= cos (u) sen (u) + (n − 1) sen 2 (u) cosn−2 (u) du
n−1
Z
= cos (u) sen (u) + (n − 1) (1 − cos2 u) cosn−2 (u) du
n−1
Z Z
= cos (u) sen (u) + (n − 1) cos (u) − (n − 1) cosn (u) du
n−1 n−2
25
Portanto,
Z Z
n n−1
n cos (u) du = cos (u) sen (u) + (n − 1) cosn−2 (u) du
n−1
Z Z
1
cos (u) du = cosn−1 (u) sen (u) +
n
cosn−2 (u) du
n n
Resposta
a. Dada a integral
2x − 1
Z
dx
(x − 1)(x − 2)
2x − 1 A B
= +
(x − 1)(x − 2) x−1 x−2
A(x − 2) + B(x − 1) 2x − 1
=
(x − 1)(x − 2) (x − 1)(x − 2)
Note que
26
Se x = 2 ⇒ A(2 − 2) + B(2 − 1) = 2 · 2 − 1 ⇒ B = 3
Se x = 1 ⇒ A(1 − 2) + B(1 − 1) = 2 · 1 − 1 ⇒ A = −1
2x − 1 1 3
=− +
(x − 1)(x − 2) x−1 x−2
Z
2x − 1
Z
1 3
dx = − + dx
(x − 1)(x − 2) x−1 x−2
2x − 1
Z
dx = − ln |x − 1| + 3 ln |x − 2| + C
(x − 1)(x − 2)
b. Para a integral
Z
x
dx
(x + 1)(x + 3)(x + 5)
x A B C
= + +
(x + 1)(x + 3)(x + 5) (x + 1) (x + 3) (x + 5)
A(x + 3)(x + 5) + B(x + 1)(x + 5) + C(x + 1)(x + 3)
(x + 1)(x + 3)(x + 5)
27
Se x = −1 ⇒ A(−1 + 3)(−1 + 5) + B(−1 + 1)(−1 + 5) + C(−1 + 1)(−1 + 3) = −1
1
A=−
8
3
Se x = −3 ⇒ B =
4
5
Se x = −5 ⇒ C = −
8
x 1 3 5
=− + −
(x + 1)(x + 3)(x + 5) 8(x + 1) 4(x + 3) 8(x + 5)
Z
1 3 5
− + − dx
8(x + 1) 4(x + 3) 8(x + 5)
Z
x 1 3 5
dx = − ln |x + 1| + ln |x + 3| − ln |x + 5| + C
(x + 1)(x + 3)(x + 5) 8 4 8
x 5 + x4 − 8
Z
dx
x3 − 4x
inicialmente observe que
28
x5 + x4 − 8 = (x3 − 4x)(x2 + x + 4) + 4x2 + 16x − 8
x5 + x4 − 8 2 4x2 + 16x − 8
= (x + x + 4) +
x3 − 4x x3 − 4x
∴ x3 − 4x = x(x − 2)(x + 2)
4x2 + 16x − 8 A B C
= + +
x(x − 2)(x + 2) x x+2 x−2
A(x − 2)(x + 2) + B(x)(x − 2) + C(x)(x + 2)
x(x − 2)(x + 2)
Logo,
Se x = 0 ⇒ A = 2
Se x = −2 ⇒ B = −3
Se x = 2 ⇒ C = 5
x5 + x4 − 8 2 3 5
3
= x2 + x + 4 + − +
x − 4x x x+2 x−2
Reescrevendo a integral:
Z
2 2 3 5
x +x+4+ − + dx
x x+2 x−2
29
Z Z Z Z Z Z
2 2 3 5
x dx + x dx + 4 dx + dx − dx + dx
x x+2 x−2
x5 + x4 − 8 x3 x2
Z
dx = + + 4x + 2 ln |x| − 3 ln |x + 2| + 5 ln |x − 2| + C
x3 − 4x 3 2
d. Dada a integral
x4
Z
dx
(x2 − 1)(x + 2)
x4 5x2 + 4
= (x − 2) +
x3 + 2x2 − x − 2 x3 + 2x2 − x − 2
30
5x2 + 4 A B C
= + +
x3 + 2x2 − x − 2 x+1 x−1 x+2
A(x − 1)(x + 2) + B(x + 1)(x + 2) + C(x + 1)(x − 1)
(x + 1)(x − 1)(x + 2)
1
Se x = −1 ⇒ A = −
2
1
Se x = 1 ⇒ B =
6
16
Se x = −2 ⇒ C =
3
x4 1 1 16
2
=x−2− + +
(x − 1)(x + 2) 2(x + 1) 6(x − 1) 3(x + 2)
Reescrevendo a integral:
Z
1 1 16
x−2− + + dx
2(x + 1) 6(x − 1) 3(x + 2)
Z Z Z Z Z
1 1 16
x dx − 2 dx − dx + dx + dx
2(x + 1) 6(x − 1) 3(x + 2)
x2 1 1 16
= − 2x − ln |x + 1| + ln |x − 1| + ln |x + 2| + C
2 2 6 3
e. Dada a integral
31
Z
dx
(x − 1)2 (x + 2)
1 A B C
= + +
(x − 1)2 (x + 2) x − 1 (x − 1)2 x + 2
A(x − 1)(x + 2) + B(x + 2) + C(x − 1)2
(x − 1)2 (x + 2)
Note que
1
Se x = 1 ⇒ B =
3
1
Se x = −2 ⇒ C =
9
1
Se x = 0 ⇒ −2A + 2B + C = 1 ⇒ A = −
9
1 1 1 1
2
=− + 2
+
(x − 1) (x + 2) 9(x − 1) 3(x − 1) 9(x + 2)
Z Z
dx 1 1 1
= − + + dx
(x − 1)2 (x + 2) 9(x − 1) 3(x − 1)2 9(x + 2)
e resolvendo, obtemos
Z
dx 1 1 1
2
= ln |x + 2| − ln |x − 1| − +C
(x − 1) (x + 2) 9 9 3(x − 1)
32
f. Dada a integral
Z
dx
x3 + 1
1 A Bx + C
= + 2
x3 +1 (x + 1) (x − x + 1)
A(x2 − x + 1) + (Bx + C)(x + 1)
x3 + 1
Assim,
1
Se x = −1 ⇒ A =
3
2
Se x = 0 ⇒ A + C = 1 ⇒ C =
3
1
Se x = 1 ⇒ A + 2B + 2C = 1 ⇒ B = −
3
1 1 −x + 2
= +
x3 +1 3(x + 1) 3(x2 − x + 1)
Z
1 −x + 2
+ dx
3(x + 1) 3(x2 − x + 1)
−x + 2
Z Z
1
dx + dx
3(x + 1) 3(x2 − x + 1)
33
4 4x2 − 4x √
2x − 1
Z
dx 1 1
= ln |x + 1| + − ln + + 2 3 arctan √ +C
x3 + 1 3 6 3 3 3
x5
Z
g. Para determinar a integral dx, vamos observar que podemos escrever
x3 − 1
x5 = (x3 − 1)x2 + x2
Assim,
x5 2 x2
= x +
x3 − 1 x3 − 1
x2 x2 A Bx + C
3
= 2
= + 2
x −1 (x − 1)(x + x + 1) x−1 x +x+1
temos que,
1
Se x = 1 ⇒ A =
3
1
Se x = 0 ⇒ A − C = 0 ⇒ A = C =
3
2
Se x = −1 ⇒ A + 2B − 2C = 1 ⇒ B =
3
Assim,
x2 1 2x + 1
= +
(x − 1)(x2 + x + 1) 3(x − 1) 3(x2 + x + 1)
34
x5 1 2x + 1
3
= x2 + + 2
x −1 3(x − 1) 3(x + x + 1)
Reescrevendo a integral:
Z
2 1 2x + 1
x + + 2
dx
3(x − 1) 3(x + x + 1)
Portanto,
x5 x3 1
Z
1
dx = + ln |x − 1| + ln |x2 + x + 1| + C
x3 − 1 3 3 3
h. Dada a integral
Z
1
dx
x2 − 6x + 5
Observe que
x2 − 6x + 5 = (x − 1)(x − 5)
1 A B
= +
(x − 1)(x − 5) x−1 x−5
A(x − 5) + B(x − 1)
(x − 1)(x − 5)
35
Se
1
x=5⇒B=
4
1
x=1⇒A=−
4
1 1 1
=− +
x2 − 6x + 5 4(x − 1) 4(x − 5)
E reescrevendo a integral
Z
1 1
− + dx
4(x − 1) 4(x − 5)
obtemos
Z
1 1 1
dx = − ln |x − 1| + ln |x − 5| + C
x2 − 6x + 5 4 4
x2 + 2x + 1
Z
dx
(1 + x2 )2
36
x2 + 2x + 1 Ax + B Cx + D
= +
(1 + x2 )2 1 + x2 (1 + x2 )2
(Ax + B)(1 + x2 ) + Cx + D Ax3 + Bx2 + (A + C)x + (B + D)
=
(1 + x2 )2 (1 + x2 )2
x2 + 2x + 1 Ax3 + Bx2 + (A + C)x + (B + D)
=
(1 + x2 )2 (1 + x2 )2
x2 + 2x + 1 1 2x
2 2
= 2
+
(1 + x ) 1+x (1 + x2 )2
Z
1 2x
2
+ dx
1+x (1 + x2 )2
obtemos
x2 + 2x + 1
Z
1
2 2
dx = arctan(x) − 2 +C
(1 + x ) x +1
Resposta
37
Z √
a2 − x 2
a. Para resolver a integral dx , observe a figura abaixo
x2
x = a sen θ
√ √
a2 − x 2 = a2 − a2 sen 2 θ
√ √
= a 1 − sen 2 θ = a cos2 θ
= a cos θ
38
Z √
a2 − x 2
Z
a cos θ
dx = a cos θ dθ
x2 a2 sen 2 θ
cos2 θ (1 − sen 2 θ)
Z Z
= = dθ
sen 2 θ sen 2 θ
Z Z
dθ
= − dθ
sen 2 θ
= cotg θ − θ + C
Z √ 2 √
a − x2 a2 − x 2 x
dx = − − arcsen +C
x2 x a
x2
Z
b. Para a integral √ dx, faremos a substituição x = 2 sen θ e dx = 2 cos θ dθ,
4 − x2
com o auxílio do triângulo abaixo
39
x2 4 · 2 · sen 2 θ · cos θ
Z Z
√ dx = √ dθ
4 − x2 4 − 4 sen 2 θ
8 sen 2 θ cos θ
Z Z
= dθ = 4 sen 2 θ dθ
2 cos θ
= 2 sen θ cos θ + 2θ + C
√
x2 4 − x2
Z
x x
√ dx = 2 · · + 2 arcsen +C
4 − x2 2 2 2
√
4 − x2 x
=x + 2 arcsen +C
2 2
Z Z
x x
p dx = s 2 dx
4(x + 1)2 + 1 1
2 (x + 1)2 +
2
Z
1 x dx
= s
2 2
1
(x + 1)2 +
2
40
Agora, utilizando o triângulo
observamos que
1
x+1= tg (θ)
2
1
x= tg (θ) − 1
2
1
dx = sec 2 (θ) dθ
2
1
tg (θ) − 1
Z Z
1 x dx 1 1
q = q 2
· sec 2 (θ) dθ
2 1 2
2 1
tg 2 (θ) + 1 2
(x + 1)2 + 2 4 4
1
tg (θ) − 1
Z
1
= 2
sec 2 (θ) dθ
8 sec (θ)
Z
1 1
= tg (θ) − 1 sec (θ) dθ
8 2
Z Z
1 1
=− sec (θ) dθ + tg (θ) sec (θ) dθ
8 16
1 1
= − ln | sec (θ) + tg (θ)| + sec (θ)
8 16
41
Agora, voltando para ao triângulo,
Observamos que
q
1
(x + 1)2 + 4 x+1
sec (θ) = 1 e tg (θ) = 1
2 2
Portanto,
Z r r
x 1 1 1 1
√ 2
dx = − ln 2 (x + 1) + + 2(x + 1) + (x + 1)2 + +C
4x2 + 8x + 4 8 4 8 4
x2 + 2x + 2 = x2 + 2x + 1 + 1 = (x + 1)2 + 1
42
Agora, com o auxílio do triângulo retângulo abaixo, façamos a substituição
x + 1 = tg (θ)
E assim, teremos
tg (θ) − 1
Z Z
dx
√ dx = p sec 2 (θ) dθ
2
x + 2x + 2 tg 2 (θ) + 1
Z
= ( tg θ − 1) sec (θ) dθ
Z Z
=− sec (θ) dθ + sec (θ) tg (θ) dθ
Z
dx √ √
√ dx = − ln x2 + 2x + 2 + (x + 1) + x2 + 2x + 2 + C
x2 + 2x + 2
43
Z √
e. Para determinar a integral x2 4 − x2 dx, observe o triângulo retângulo a seguir
Fazendo,
x = 2 sen θ dx = 2 cos θ dθ
Z √ Z
4 sen θ 4 − 4 sen θ 2 cos θ dθ = 16 sen 2 θ cos2 θ dθ
2 2
Z
= 16 sen 2 θ(1 − sen 2 θ) dθ
Z
= 16 sen 2 θ − sen 4 θ dθ
Z Z
2 4
= 16 sen θ dθ − sen θ dθ
n−1
Z Z
1
sen u du = − sen n−1 u cos u +
n
sen n−2 u du
n n
44
encontramos
Z
1 θ
sen 2 (θ) dθ = − cos θ sen θ +
2 2
Z
1 3 3
sen 4 (θ) dθ = − cos θ sen 3 θ − cos θ sen θ + θ
4 8 8
Daí,
Z Z
2 4 1 1 θ
16 sen θ dθ − sen θ dθ = 16 − cos θ sen 3 θ − cos θ sen θ +
4 8 8
= 4 cos θ sen 3 θ − 2 cos θ sen θ + 2θ
x
θ = arcsen
2
x
sen (θ) =
2
√ r
4 − x2 x2
cos(θ) = = 1−
2 4
Logo,
r
x2
√ x3 1− r
4 − x 1 − x2 + 2 arcsen x
Z
x2 4 − x2 dx =
2 4 2
45
f. Neste caso, utilizando o triângulo abaixo, faremos a seguinte substituição
Dessa forma,
3 sec 2 (θ) dθ
Z Z
dx
√ = p
x2 x2 + 9 9 tg 2 (θ) 9 tg 2 (θ) + 9
3 sec 2 (θ) dθ
Z
= p
9 tg 2 (θ) 9 ( tg 2 θ + 1)
3 sec 2 (θ) dθ 3 sec 2 (θ) dθ
Z Z
= =
9 tg 2 (θ)3 sec (θ)
p
9 tg 2 (θ) 9 sec 2 (θ)
Z
1 sec (θ) dθ
=
9 tg 2 (θ)
1 sen −1 θ
Z
1 cos θ
= dθ = +C
9 sen 2 θ 9 −1
1 1
=− +C
9 sen θ
46
√
x2 + 9
Z
dx
√ =− +C
x2 x2 + 9 9x
b. y = ex , 0 ≤ x ≤ 1;
c. y = ln x, 1 ≤ x ≤ e;
Resposta
Z bq
L= 1 + [f 0 (x)]2 dx
a
47
a. Para este item, queremos determinar o comprimento de arco da parábola semi-cúbica
descrita na figura abaixo com x variando de 0 a 4.
Observe que
3 3 1/2
y 2 = x3 → y = x 2 → y 0 = x
2
s 2
Z 4
3 1/2
1+ x dx
0 2
9 9
u=1+ x ⇒ du = dx
4 4
48
x = 0 → u = 1 ∴ x = 4 → u = 10
Logo,
Z 10 √
4 u
du
1 9
Resolvendo, temos
10 √ 10 √ √
4 2 u3/2 8 10 10 − 1 4 20 10 − 2
Z
4 u
du = = =
1 9 9 3 1 27 27
b. Considerando a função y = ex ,
temos
y = ex ⇒ y 0 = ex
Assim, substituindo
49
Z 1 q
1 + (ex )2 dx
0
se x = 0 então u = 1
e
se x = 1 então u = e.
e
√
1 + u2
Z
du
1 u
Como é necessário que o integrando dependa apenas de uma variável, neste caso
da variável v, temos que organizar o quociente acima, com base na mudança de variável
que foi feita, e encontramos
v
du = √ dv,
v2 − 1
√ √
Visto que v = 1 + u2 → u = v 2 − 1.
√ √
Se u = 1 → v = 2, e se u = e → 1 + e2 .
50
Assim,
e
√ √
1+e2
1 + u2 v2
Z Z
du = √
dv
1 u 2 v2 − 1
√
1+e2
v2 + 1 − 1
Z
= √
dv
2 v2 − 1
√ Z √1+e2
Z 1+e2
1
= √
dv + √ 1 dv
2 v2 − 1 2
√ √ √ √ !
√ √
ln 1 + e2 + 1 − ln 1 + e2 − 1 − ln 2 + 1 + ln 2−1 2
=− − 1+e − 2
2
observe que
1
y0 =
x
51
s 2
Z e
1
1+ dx
1 x
1
Para resolver a integral acima, tomemos a mudança de variável u = , o que
x
1
implica que du = − 2 dx.
x
Logo,
1
Se x = 1 → u = 1, e se x = e → u =
e
1/e
√ 1
√
1 + u2 1 + u2
Z Z
− du = du
1 u2 1/e u2
√ 1 u 2
ū = 1 + u2 , dv = 2 → dū = √ , v=−
u 1+u 2 u
Com isso,
√ √
" #1
1 1
u2 u2
Z Z
1+ 1+ 1
du = 2 − + √ du
1/e u2 u 1/e 1 + u2
1/e
Z 1
1
Para determinar a integral √
du, é necessário utilizar uma substituição
1/e 1 + u2
trigonométrica com u = tg θ e du = sec 2 θ, encontrando que
1
1 √
Z
1
√ du = ln 1 + u2 + u
1/e 1 + u2 1/e
!
√ √ √
r
1 1
= −2 2 + 2 ln 2 + 1 + 2 e2 + 1 − 2 ln 2
+1+
e e
52
x = t3
a. ; −1 ≤ t ≤ 3
y = x 2
x = 2(1 − sen t)
b. ;0≤t≤π
y = 2(1 − cos t)
Resposta
Para determinar o comprimento de arco quando temos uma curva dada em sua forma paramétrica,
precisamos utilizar a fórmula
s 2 2
Z b
dx dy
L= + dt
a dt dt
temos que,
dx dy
= 3t2 ∴ = 6t5 ,
dt dt
Agora, substituindo
53
Z 3 q
L= (3 t2 )2 + (6 t5 )2 dt
−1
Z 3 √
= 9 t4 + 36 t10 dt
−1
Z 3 p
= 9 t4 (1 + 4 t6 ) dt
−1
Z 3 √
= 3 t2 1 + 4 t6 dt
−1
Z 3 p
= 3 t2 1 + (2 t3 )2 dt
−1
u = t3 ⇒ du = 3 t2 dt ∴ t = −1 → u = −1; t = 3 → u = 27
E teremos a integral,
Z 27 p
1 + (2u)2 du
−1
2u = tg θ ⇒ 2 du = sec 2 θ dθ
Z p Z
1 2 1
2
( 1 + ( tg θ) ) sec θ dθ = sec 3 θ dθ
2 2
Z
1 1 1
sec 3 (θ) dθ = sec (θ) tg (θ) + ln | tg (θ) + sec (θ)| + C
2 4 4
54
√
tg θ = 2u e sec θ = 1 + 4u2 ,
temos
27
27 √ √
Z
p 1 1
1 + (2 u)2 du = 2u 1 + 4u2 + ln 2u + 1 + 4u2
−1 4 4 −1
Assim,
√ √ √ 1 √
1 1
= 27 2917 + 5 + ln 2917 + 54 − ln 5−2
2 2 2
x = 2 (1 − sen t)
0 ≤ t ≤ π,
y = 2 (1 − cos t)
observe que,
dx dy
= −2 cos t ∴ = 2 sen t
dt dt
Assim, substituindo na fórmula do comprimento de arco para uma curva dada de forma
paramétrica, temos
55
Z π q
L= (−2 cos t)2 + (2 sen t )2 dt
Z0 π √
= 4 cos2 t + 4 sen 2 t dt
Z0 π √
= 4 dt
0
Z π
=2 dt
0
= 2π
3. Calcule a distância percorrida por uma partícula entre os instantes t = 0 e t = 4, se sua posição
1 1
P (x, y) no instante t é dada por x = t2 e y = (2t + 1)3/2 .
2 3
Resposta
t2
x =
2
1
y = (2t + 1)3/2
3
Assim, como
dx dy √
=t e = 2t + 1,
dt dt
teremos
56
Z 4 √
L= t2 + 2t + 1 dt
0
Z 4 p
= (t + 1)2 dt
0
4 √
Z
= t + 1 dt
0
4
t2
= + t dt
2 0
= 12
4. Resolva
a. Dada uma curva descrita pela função y = f (x), onde x = x(t), t ∈ [t1 , t2 ], mostre que a área
da região será dada por
Z t2
y(t) x0 (t) dt.
t1
x = 3 cos t
y = sen t
Resposta
a. É sabido que dada uma função contínua e positiva a área limitada pelas retas x = a
até x = b, é dada por
Z b Z b
f (x) dx = y dx
a a
57
Assim, se estivermos com uma curva parametrizada em um parâmetro t,
x = x(t)
y = y(t)
Z t2
A= y(t) x0 (t) dt
t1
x = 3 cos t
y = sen t
Z t2
y(t) x0 (t) dt
t1
x = 3 cos t
y = sen t
58
como mostra a figura abaixo
π
Assim, para x = 0 teremos t = e quando x = 3 teremos t = 0, que serão
2
nossos limites de integração. Portanto, como x0 (t) = −3 sen t, temos
Z 0
A=4 ( sen t · (−3 sen t)) dt
π/2
Z π/2
= −4 ( sen t · (−3 sen t)) dt
0
Z π/2
= 12 sen 2 t dt
0
Sabendo que,
1 − cos (2t)
sen 2 (t) =
2
temos,
π/2
1 − cos (2t)
Z
π
dt =
0 2 4
Assim,
π
A = 12 · = 3π u.a.
4
5. No prédio do bloco dos colegiados da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)
59
existe um canteiro no formato de um semicírculo (como mostra a figura abaixo), o qual pretende-
se colocar grama na área delimitada, visando a arborização do local. De forma a proteger a grama
que será colocada na área, decidiu-se cercar o semicírculo.
x = 2 cos t
y = 2 sen t
determine o perímetro do semicírculo e a área, em m2 , que será colocada a grama. (Para o cálculo,
adote π = 3, 14)
Resposta
Calculando a distância percorrida pelo comprimento de arco de uma curva em sua forma
paramétrica, que é dado por:
s 2 2
Z b
dx dy
L= + dt
a dt dt
temos,
60
dx dy
= −2 sen t ∴ = 2 cos t
dt dt
Como é um semicírculo
0≤t≤π
Substituindo,
Z π q
L= (−2 sen t)2 + (2cos t)2 dt
0
Z π √
L= 4 sen 2 t + 4 cos2 t dt
0
Assim,
Z π p Z π √ Z π
L= 4( sen 2 t + cos2 t) dt = 4 dt = 2 dt
0 0 0
Z π
2 dt = 2π
0
Logo, o perímetro
P = L + 2R = 2π + 4 = 10, 28 metros
Z t2
y(t) x0 (t) dt
t1
Observe que,
61
dx
= −2 sen t
dt
Assim,
Z 0
A=− 2 sen t(−2 sen t) dt
π
Z 0
= 4 sen 2 t dt
π
Z π
= −4 sen 2 t dt
0
π
=4·
2
= 2π m2
Logo,
A = 6, 28 m2
a. y = ln x, y = 2 e x = 0
b. y = x3 e y = x2
Resposta
62
a. Queremos determinar o volume do sólido de revolução ao rotacionarmos a curva
y = ln x, delimitando a região pelas retas y = 2 e x = 0, como mostra a figura abaixo.
Assim,
Z 2 2
y y
V = e dy = e = e2 − 1 u.v.
0 0
63
b. Observe a figura abaixo construída a partir do esboço das curvas y = x3 e y = x2 .
x3 = x2 ⇔ x = 0 ou x = 1.
1 1
3 5/3 y 2
√ √ 2
Z
2 1
V = ( y ) − ( y) dy =
3
y − = u.v.
0 5 2 0 10
2. O método dos invólucros cilíndricos ou método das cascas permite o cálculo do volume de uma
superfície, obtido pela rotação em torno do eixo y, de um conjunto A, para x variando de a até b
seja calculado pela integral
Z b
V = 2π xy dx, com y = f (x).
a
Utilize o método das cascas para calcular o volume do sólido obtido pela rotação, em torno do
eixo y, do conjunto de todos os pontos (x, y) tais que x2 ≤ y ≤ 4, x ≥ 0.
Resposta
64
Pelo método das cascas, o volume do sólido que queremos encontrar será dado por
2 2 2
x4
Z Z
2 3
V = xx dx = x dx = = 4.
0 0 4 0
3. Calcule o volume do sólido gerado pela rotação em torno da reta y = 2, da região limitada por
y = 1 − x2 , x = −2, x = 2 e y = 2.
Resposta
65
Ao rotacionarmos em torno da reta y = 2 vamos encontrar o sólido representado na
figura abaixo
É sabido que para o caso do eixo de rotação ser uma reta y = L, o volume do sólido
será dado por
Z b 2
V = L − f (x) dx.
a
2 2 2
x3 x5
Z Z
h
2
i2
2 4
432
V = 2−(1−x ) dx = 1 + 2x + x dx = x + 2 + = u.v
−2 −2 3 5 −2 5
66
Capítulo 3
Funções vetoriais
y2
a. z = ln (1 − 4x2 − );
9
b. z = 4x2 + y 2 + z 2 = 1; z ≤ 0.
Resposta
a. Observe que o domínio da função será dado pela restrição da função logarítmica, que
para que esteja bem definida é necessário que o logaritmando seja maior que zero, logo
y2 y2
1 − 4x2 − > 0 ⇒ 4x2 + <1
9 9
67
Geometricamente podemos esboçar como segue
y2
2
Df = (x, y) R ; 4x + <1
9
p
4x2 + y 2 + z 2 = 1 ⇒ z = 1 − 4x2 − y 2
Observe que estamos trabalhando com uma raiz de índice par,neste caso uma raiz
quadrada. Sendo assim, dentro da raiz teremos que ter um número maior ou igual que
zero, isto é,
1 − 4x2 − y 2 ≥ 0 ⇒ 4x2 + y 2 ≤ 1
68
Geometricamente, temos:
Df = (x, y) R ; 4x2 + y 2 ≤ 1
2. Esboce as curvas de nível da função z = f (x, y), e tente fazer um esboço do gráfico da função.
a. z = x2 + y 2 ;
p
b. z = x2 + y 2 ;
c. z = x + y;
d. z = x + y 2 ;
Resposta
Para cada caso, utilizamos o software geogebra. Seguem as curvas de níveis das funções e o esboço
do gráfico para cada item.
69
a. As curvas de nível e o gráfico abaixo podem ser obtidos em
https://www.geogebra.org/m/zq5ujrbm
70
c. As curvas de nível e o gráfico abaixo podem ser obtidos em
https://www.geogebra.org/m/syjuufzk
3. Identifique e esboce a curva de nível da função z = 2y − 4x3 que passa pelo ponto P (1, 2).
Resposta
71
Observe a imagem a seguir, disponível em https://www.geogebra.org/m/hzvfcqyx
Resposta
x2 + y 2 + z 2 = 0,
Para o nível "1", a superfície de nível será uma esfera de centro na origem e raio 1,
representada pela equação
x2 + y 2 + z 2 = 1.
√
E por fim, para o nível "2", teremos uma esfera, novamente na origem, de raio 2 dada
pela equação
72
x2 + y 2 + z 2 = 2.
a. O domínio da função;
b. A imagem da função;
Resposta
73
b. O conjunto imagem é dado por D(f ) ∈ R
p
6. Considere a função f (x, y) = x + y 2 − 3.
Resposta
74
a. Pela definição de uma curva de nível,temos as curvas representadas abaixo,
disponível em https://www.geogebra.org/m/pdxuxjd5
√
b. Note que para x = 3 e y = −1, encontraremos f (x, y) = 1, e como estamos
trabalhando com uma função, a mesma não pode assumir dois valores para a imagem,
logo existirá apenas uma curva de nível no ponto (3, −1).
7. Uma placa fina de metal, localizada no plano xy, tem temperatura T (x, y) no ponto(x, y). As
curvas de nível de T são chamadas isotérmicas porque todos os pontos em uma isotérmica têm a
mesma temperatura. Faça o esboço de algumas isotérmicas se a função temperatura for dada por
100
T (x, y) = .
1 + x2 + 2y 2
Resposta
75
As isotérmicas podem ser representadas pela figura abaixo, disponível em
https://www.geogebra.org/m/y23sby4k
76
Capítulo 4
Limite e continuidade
x+y
a. z = ;
x2 + y 2
x
b. z = 2 ;
x + y2
|x|
c. z = ;
x − y3
xy
d. z = 2 ;
2x + 3y 2
Resposta
Queremos mostrar que a função f (x, y) não possui limite na origem. Para isso, tomaremos
caminhos distintos e tentaremos chegar a valores distintos para os limites, implicando que o limite
não existe.
x+y −y + y 0
lim 2 2
= lim 2 2
= lim 2 = 0
C1 x +y y→0 y + y y→0 2y
x+y x
lim 2 2
= lim 2 = +∞
C2 x +y x→0 x
77
Portanto, o limite não existe na origem da função f (x, y).
c. Note que estamos trabalhando com uma função que no numerador possui um
módulo, e assim a primeira coisa que deveríamos fazer é "retirar"o módulo, isto é,
x
, se x > 0
x − y3
|x|
=
x − y3
−x , se x < 0
x − y3
Estudaremos casos em que x > 0 (é análogo para o caso em que x < 0). Seja o
caminho C1 de tal maneira que nele x = 0 e y → 0. Logo teríamos
x 0
lim 3
= lim = 0.
C1 x−y y→0 −y 3
Por outro lado, tomando C2 como sendo o caminho tal que x → 0 e y = 0, temos
x
lim = 1.
C2 x
y2 1
lim = ,
C1 5y 2 5
78
e pelo caminho C2 ,
0
lim = 0.
C2 2y 2
x2 + y 2 − z 2
2. Verifique se a função f (x, y, z) = possui limite na origem.
x2 + y 2 + z 2
Resposta
Observe que se tomarmos qualquer caminho onde z = 0, teremos que o valor do limite
encontrado será igual a 1. Agora, tomemos o caminho C2 tal que x = 0, y = 0 e z → 0.
Logo, teríamos
−z 2
lim = lim(−1) = −1.
C2 z2 C2
3. Para mostrar que o limite de uma dada função existe podemos utilizar uma substituição em
coordenadas polares, isto é,
x = r cos θ
y = r sen θ
Aqui dizemos que (r, θ) são as coordenadas polares para o ponto (x, y). Utilizando este recurso,
mostre que
xy
lim = 0.
(x,y)→(0,0) y − x3
Resposta
Observe que se tentarmos encontrar o valor do limite da função na origem por caminhos
sempre vamos encontrar um mesmo valor, o que não nos diz nada de conclusivo sobre
o limite da função. Vamos então aplicar a substituição em coordenadas polares.
79
r cos θ r sen θ
f (r, θ) = .
r sen θ − r3 cos3 θ
cos θ sen θ
f (r, θ) = .
sen θ − r2 cos3 θ
cos θ sen θ
lim = 0.
r→0 sen θ − r2 cos3 θ
2 3x4 y 4
4. Considere a função f : R − {(0, 0)} → R definida por f (x, y) = 4 . Calcule os limites
(x + y 2 )3
de f (x, y) :
b. Ao longo da reta x = y;
c. Ao longo da curva y = x2 ;
Resposta
3x4 y 4
Considerando a função f (x, y) = , vamos analisar o valor do limite por diferentes
(x4 + y 2 )3
caminhos.
x → 0 3x4 04 0
Cb : ⇒ lim 4 = lim 12 = 0
y = 0 x→0 (x + 02 )3 x→0 x
80
b. Ao longo do caminho y = x, temos
x → 0 3x4 x4
Cc : ⇒ lim
y = x x→0 (x4 + x2 )3
3x4 x4
= lim
x→0 (x4 + x2 )3
3x8
= lim
x→0 (x2 )3 (x2 + 1)3
3x8
= lim 6 2
x→0 x (x + 1)3
3x2
= lim =0
x→0 (x2 + 1)3
x → 0 3x4 (x2 )4
Cd : ⇒ lim
y = x 2 x→0 (x4 + (x2 )2 )3
3x12 3x12 3
= lim = lim =
x→0 (2x4 )3 x→0 8x12 8
p
a. f (x, y) = 25 − x2 − y 2 em P0 (−3, 4);
xy
b. f (x, y) = , se y 6= 2x e f (x, y) = 1 se y = 2x em P0 = (1, 2).
y − 2x
Resposta
É necessário lembrar que uma função f (x, y) é dita contínua em um ponto (x0 , y0 ) ∈ Df se existe
81
o limite lim f (x, y) e além disso o valor do limite coincide com a função aplicada no ponto
(x,y)→(x0 ,y0 )
(x0 , y0 ), isto é, lim f (x, y) = f (x0 , y0 )
(x,y)→(x0 ,y0 )
p
a. Para a função f (x, y) = 25 − x2 − y 2 , temos que a imagem da função no ponto
P0 (−3, 4) é
p
f (Po ) = f (−3, 4) = 25 − (−3)2 − (4)2 = 0
p
lim 25 − x2 − y 2 = 0
(x,y)→(−3,4)
Assim,
xy
b. Para discutir a continuidade da função f (x, y) = , o primeiro passo é verificar
y − 2x
se o ponto P0 (1, 2) pertence ao domínio da função e depois precisamos achar o limite da
função no ponto. Claramente o ponto (1, 2) não pertence ao domínio da função, logo já
podemos afirmar que a função não é contínua neste ponto. Se por acaso não tivéssemos
atentado para esta informação e fôssemos direto ao cálculo do limite
xy
lim
(x,y)→(1,2) y − 2x
Pelo caminho
x → 1
C:
y = 2
82
Teríamos,
2x x
lim = lim
x→1 2 − 2x x→1 1 − x
Que não existe limite. Logo, concluímos que a função não é contínua no P0 .
83
Capítulo 5
Derivadas parciais
a. f (x, y) = 3x2 + y 3 ;
y
b. f (x, y) = arctan ;
x
2 +y 2
c. f (x, y) = xy ex ;
Resposta
zx = 6x
zy = 3y 2
zxx = 6
zyy = 6y
zyx = 0
84
x
b. Sendo z = arctan ,
y
y
zx =
x2 + y2
x
zy = −
x2 + y2
2xy
zxx = −
(x2 + y 2 )2
2xy
zyy =
(x2 + y 2 )2
−(x2 + y 2 ) + x · 2x x2 − y 2
zyx = =
(x2 + y 2 )2 (x2 + y 2 )2
2 +y 2
c. Sendo z = xy ex , temos:
2 +y 2 2 +y 2 2 +y 2 2 +y 2
zx = y · ex + xy · ex · 2x = y · (ex + 2ex x2 )
2 +y 2 2 +y 2 2 +y 2 2 +y 2
zy = x · ex + xy · ex · 2y = x · (ex + 2ex y2)
2 +y 2 2 +y 2 2 +y 2 2 +y 2 2 +y 2
zxx = 2xy · ex + 4xy · ex + 2x2 y · 2x · ex = y(6xex + 4x3 ex )
2 +y 2 2 +y 2 2 +y 2 2 +y 2 2 +y 2
zyy = 2xy · ex + 4xy · ex + 4xy 3 · ex = x(4y 3 ex + 6yex )
2 +y 2 2 +y 2 2 +y 2 2 +y 2
zyx = ex + 2y 2 · ex + 2x2 · ex + 4x2 y 2 · ex
85
1 1 2
zx = y cos xy + · (2xy) = y cos xy +
ln 10 x2 y x ln 10
1
zy = x cos xy +
y ln 10
2
zxx = −y 2 sen xy −
x2
ln 10
1
zyy = −x2 sen (xy) − 2
y ln 10
p
e. Sendo z = 1 + x2 + y 2 , temos:
x
zx = p
1 + x2 + y 2
y
zy = p
1 + x2 + y 2
" #
2
1 p x
zxx = 1 + x2 + y 2 − p
(1 + x2 + y 2 ) 1 + x2 + y 2
1 + y2
= p
(1 + x2 + y 2 ) 1 + x2 + y 2
" #
2
1 p y
zyy = 1 + x2 + y 2 − p
(1 + x2 + y 2 ) 1 + x2 + y 2
1 + x2
= p
(1 + x2 + y 2 ) 1 + x2 + y 2
xy
zyx = − 5
(1 + x2 + y 2 ) 2
86
xy x
a. f (x, y) = e · sec ; fy (0, 1)
y
p
b. f (x, y) = x2 + y 2 ; fxy (1, 0), fyx (1, 0)
x
c. f (x, y) = xy ln ; fy (1, 1).
y
Resposta
xxy
a. Para a função f (x, y) = e sec , calculando a derivada parcial com relação à
y
variável y, temos
0
xy 0x xy x
fy = (e ) sec +e sec
y y
xy x x xy x x
fy = x e sec − 2 e sec tg
y y y y
0 0 0 0 0 0
fy (0, 1) = 0 e sec − 2 e sec tg
1 1 1 1
fy (0, 1) = 0
p
b. Para a função f (x, y) = x2 + y 2 temos as derivadas parciais
x 1
fx = p =r
x2 + y 2 y2
1+
x2
e,
1 2y y
fxy = − r · =− r
y2 x2 y2
2 1+ x2 1+
x2 x2
87
Agora, aplicando no ponto (1, 0), temos
0
fxy (1, 0) = − r =0
02
12 1+ 2
1
Ainda com respeito a função f (x, y), calculando a derivada parcial em função de
y, temos
y 1
fy = p =s
x2 + y 2 x2
1+ 2
y
1 2x x
fyx = − s · =− s
x2 y2 x2
2 1+ y2 1+
y2 y2
0
fyx (0, 1) = − r =0
02
12 1+ 2
1
0
0 x x
fy = (xy) ln + xy ln
y y
x 1 −x x
fy = x ln + xy 2
= x ln −x
y x y y
y
E aplicando no ponto
88
1
fy (1, 1) = 1 ln − 1 = −1
1
2 2
xy(x − y ) , se (x, y) 6= (0, 0)
f (x) = x2 + y 2
0, se (x, y) = (0, 0)
Resposta
a. Considerando
2 2
xy(x − y ) , se (x, y) 6= (0, 0)
x 2 + y2
f (x) = ,
0, se (x, y) = (0, 0)
Observe que
Temos que,
∂
y x4 + 4x2 y 2 − y 4 = −5y 4 + 12x2 y 2 + x4
∂y
89
∂ 2 2
x + y2 = 4y x2 + y 2
∂y
Logo,
∂2 xy (x2 − y 2 ) −y 6 − 9y 4 x2 + 9y 2 x4 + x6
fxy = =
∂ y∂ x x2 + y 2 (x2 + y 2 )3
xy (x2 − y 2 )
∂
fy =
∂ y x2 + y 2
Desenvolvendo,
∂
x −y 4 − 4x2 y 2 + x4 = 5x4 − 12y 2 x2 − y 4
∂x
∂ 2 2
x + y2 = 4x x2 + y 2
∂x
Logo,
90
b. Para analisar a continuidade das funções fx e fy na origem, obserque que,
x (−y 4 − 4x2 y 2 + x4 )
fy =
(x2 + y 2 )2
e aplicando na origem,
x (−y 4 − 4x2 y 2 + x4 )
fy (0, 0) = lim =0
(x,y)→(0,0) (x2 + y 2 )2
y (x4 + 4x2 y 2 − y 4 )
fx =
(x2 + y 2 )2
Aplicando na origem,
y (x4 + 4x2 y 2 − y 4 )
fx (0, 0) = lim =0
(x,y)→(0,0) (x2 + y 2 )2
xy 2
4. Mostre que a função z = satisfaz a equação diferencial xzx + yzy = z.
x2 + y 2
Resposta
xy 2
Queremos mostrar que a função z = satisfaz a equação diferencial xzx +yzy =
x2 + y 2
z. Sendo assim, vamos calcular inicialmente as derivadas parciais com relação a x e a
y, que nos dá
y 4 − x2 y 2
zx = ,
(x2 + y 2 )2
e
2yx3
zy = .
(x2 + y 2 )2
91
Agora, observe que
xy 4 − x3 y 2 2y 2 x3
xzx + yzy = +
(x2 + y 2 )2 (x2 + y 2 )2
y 2 − x2 + 2x2 xy 2
2
xzx + yzy = xy = =z
(x2 + y 2 )2 x2 + y 2
5. Definimos o operador de Laplace, em R2 , por ∆ = ∂xx + ∂yy . Mostre que as funções u(x, y) =
y
arctan e u(x, y) = ex cos y satisfaz ∆u = 0.
x
Resposta
y
Para a função u(x, y) = arctan já calculamos as derivadas parciais de segunda
x
2xy −2xy
ordem no item 1-b, e tínhamos encontrado uxx = 2 2 2
e uyy = 2 .
(x + y ) (x + y 2 )2
E, claramente, uxx + uyy = 0, como queríamos mostrar.
De modo análogo, para u(x, y) = ex cos y, também obtemos que o operador de Laplace
é nulo, visto que
92
Capítulo 6
2
3x y , se (x, y) 6= (0, 0)
f (x, y) = x2 + y 2
0, se (x, y) = (0, 0)
Prove que:
a. f é contínua na origem;
b. As derivadas parciais fx e fy existem em todo R2 , mas não são contínuas em (0, 0);
c. f não é diferenciável na origem. Por que isso não contradiz o Lema fundamental?
Resposta
2
3x y , se (x, y) 6= (0, 0)
Considerando a função f (x, y) = x2 + y 2
0, se (x, y) = (0, 0)
a. Para mostrar que f (x, y) é contínua na origem, inicialmente, observe que f (0, 0) =
0. E agora para (x, y) 6= (0, 0), temos que,
3x2 y
lim = 0 = f (0, 0) .
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
93
!
3 (r cos (θ))2 r sen (θ)
= lim
r→ 0 (r cos (θ))2 + (r sen (θ))2
3r2 cos2 (θ)r sen (θ) 3r3 cos2 (θ) sen (θ)
= lim = lim
(x,y)→(0,0) r2 cos2 (θ) + r2 sen 2 (θ) (x,y)→(0,0) r2 (cos2 (θ) + sen 2 (θ))
b. Para (x, y) = (0, 0) temos que fx = fy = 0. Agora, para (x, y) 6= (0, 0) encontramos
Assim,
6xy 3
, se (x, y) 6= (0, 0)
fx = (x2 + y 2 )2
0, se (x, y) = (0, 0)
Além disso, para (x, y) = (0, 0), temos que, fx (0, 0) = 0 e para (x, y) 6= (0, 0),
6xy 3
fx (0, 0) = lim
(x,y)→(0,0) (x2 + y 2 )2
6 · 0 · y3
lim = 0
y→0 (02 + y 2 )2
94
e, o limite ao longo de x = y
6 · y · y3
3
lim =
y→0 (y 2 + y 2 )2 2
2 2 2
3x (x − y ) , se (x, y) 6= (0, 0)
fy = (x2 + y 2 )2
0, se (x, y) = (0, 0)
3x2 (x2 − y 2 )
fy (0, 0) = lim
(x,y)→(0,0) (x2 + y 2 )2
3x2 (x2 − 02 )
lim =3
x→0 (x2 + 02 )2
e, o limite ao longo de x = y
3y 2 (y 2 − y 2 )
lim =0
y→0 (y 2 + y 2 )2
Assim , podemos afirmar que o limite diverge. Logo, a fy também não é contínua.
c. Como as funções as derivadas parciais não são contínuas na origem, pelo lema
fundamental a função não é diferenciável na origem, que está de acordo com a
afirmação. Logo, não contradiz o lema.
2. Verifique quais dos itens são verdadeiros ou falsos, justificando sua resposta em cada caso.
95
b. Toda função diferenciável é contínua;
Resposta
a. Verdadeiro.
b. Verdadeiro.
c. Falso. A função ser contínua não é condição suficiente para que a função seja
diferenciável. A contunuidade aliada a existência das derivadas parciais indicariam a
diferenciabilidade.
e. Verdadeiro.
f. Verdadeiro.
96
g. Falso. As derivadas parciais, não somente precisa existir para ser diferenciável,
como também precisam ser contínuas no ponto em análise.
a. z = x2 y 4 ; D = R2 ;
xy
b. z = ; D = R2 − (0, 0)
x2 +y 2
Resposta
∂
x2 y 4 = 2xy 4
zx =
∂x
∂
x2 y 4 = 4x2 y 3
zy =
∂y
E note que fx e fy são funções contínuas em todo domínio, visto que são funções
polinomiais. Assim, como f tem derivadas parciais de primeira ordem contínuas em
todo o seu domínio, então, pelo lema fundamental, f é diferenciável em qualquer ponto
do R2 .
97
xy
b. Para a função z = ; com domínio D = R2 − (0, 0). A derivada parcial em
x2 + y2
relação a x, é dada por
y(x2 + y 2 ) − xy(2x) y 3 − x2 y
∂ xy
zx = = = zx = 2
∂x x2 + y 2 (x2 + y 2 )2 (x + y 2 )2
x(x2 + y 2 ) − xy(2y) x3 − xy 2
∂ xy
zy = = = zy =
∂y x + y2
2 (x2 + y 2 )2 (x2 + y 2 )2
Dado que as derivadas parciais são contínuas no seu domínio da função, então,
pelo fundamental, a função é diferenciável em qualquer ponto do seu domínio.
Resposta
Queremos encontrar a derivada direcional das funções abaixo nos pontos e direções indicados.
Antes disso é preciso lembrar que a derivada direcional em um ponto (x0 , y0 ), na direção de um
vetor unitário ~u é dada por
D~u f (x0 , y0 ) = fx · a + fy · b,
98
onde fx e fy representam as derivadas parciais da função com respeito a x e y, respectivamente, e
a e b as coordenadas do vetor unitário.
Assim,
fx = 3x2 + 10 xy e fy = 5x2 .
52 √
D~v f (2, 1) = √ = 26 2.
2
4 3
b. Neste item, novamente, não temos um vetor unitário, mas o vetor ~v = , é um
√ 5 5
vetor unitário na direção do vetor ~u = (4, 3), já que |~u| = 25 = 5.
4 3
D~v f (x, y) = (y 2 exy ) + (exy + yxexy ) .
5 5
3
D~v f (0, 0) = .
5
99
2. Determine o vetor gradiente da função
b. f (x, y, z) = 2x2 + 2y 2 − xz
Resposta
Dada uma função f (x, y), sabemos que o vetor gradiente é dado por ∇f (x, y) =
(fx (x, y), fy (x, y)).
e
fy (x, y) = (x3 + 3y 2 e2x ) · sec 2 (x3 y + e2x y 3 ).
∇f (x, y) = ((3x2 y + 2y 3 e2x ) · sec 2 (x3 y + e2x y 3 ), (x3 + 3y 2 e2x ) · sec 2 (x3 y + e2x y 3 )).
b. De modo análogo, para a função f (x, y, z) = 2x2 + 2y 2 − xz, o vetor gradiente será
dado por:
Resposta
100
É sabido que o valor máximo da derivada direcional será atingido na direção do vetor
gradiente e será dado por |∇f |. Assim sendo, calculando o vetor gradiente da função
f (x, y, z) = ex cos (yz) encontramos
∇f (1, 0, π) = (e, 0, 0)
Portanto, o valor máximo da derivada direcional será dado por |∇f (1, 0, π)| = e.
4. A profundidade P , em metros, em certo lago, que representamos no plano xy, é dada por
100
P (x, y) = 4 . Determine a direção que se deve tomar, a partir do ponto A = (1, 1), de
x + y4 + 2
modo que a profundidade tenha a maior taxa de crescimento
Resposta
1
∇P (x, y) = (−100, −100) ,
(x4 + y 4 + 2)2
1
∇P (1, 1) = (−100, −100).
16
101
6.3 Aplicações da derivada parcial: Máximos e mínimos
1. Seja f (x, y) = x2 + y 2 − 2x − 6y + 14 a função que representa um parabolóide. Determine o(s)
ponto(s) crítico(s) e o valor máximo/mínimo de f .
Resposta
fx (x, y) = 2x − 2 e fy (x, y) = 2y − 6
o único ponto que satisfaz fx = 0 e fy = 0 é o ponto (1, 3), e este é nosso ponto crítico.
Agora iremos utilizar o teste da segunda derivada para classificá-lo em ponto de máximo
ou ponto de mínimo.
fxx fxy
D= (6.1)
fxy fyy
Resposta
102
Consideremos a função f (x, y) = x4 + y 4 − 4xy + 1 e observe o gráfico abaixo
Agora utilizaremos o teste da segunda derivada para classificar os pontos críticos acima.
Temos
fxx (x, y) = 12x2 , fyy (x, y) = 12y 2 e fxy = 4.
Para o ponto crítico (0, 0), temos fxx (0, 0) = 0 = fyy (0, 0). Assim,
0 4
D= <0 (6.2)
4 0
Para o ponto (1, 1), temos fxx (1, 1) = 12 = fyy (1, 1). Logo,
103
12 4
D= >0 (6.3)
4 12
De modo análogo, para o ponto (−1, −1), teremos D > 0, e portanto o ponto (−1, −1)
é um ponto de mínimo.
E assim, aplicando a função nos pontos de mínimo (1, 1) e (−1, −1) encontraremos
os valores de mínimo f (1, 1) = f (−1, −1) = −1, como já haviámos antecipado no
gráfico acima.
3. Encontre e classifique os pontos críticos, caso existam, da função z = f (x, y) dada nos itens
abaixo:
a. f (x, y) = xy
b. f (x, y) = x2 − xy + y 2
p
c. f (x, y) = x2 + y 2
Resposta
a. Note que fx = y, fy = x, e assim o único ponto crítico será o ponto (0, 0). Agora,
analisando
fxx fxy
D= (6.4)
fxy fyy
104
b. Para a função f (x, y) = x2 − xy + y 2 encontramos fx = 2x − y, fy = 2y − x, e
assim o único ponto crítico será o ponto (0, 0). Agora, analisando
fxx fxy
D= (6.5)
fxy fyy
onde fxx = 2, fyy = 2 e fxy = −1, encontramos D = 3 > 0 e como fxx > 0, o ponto
(0, 0) é um ponto de mínimo local.
x y
c. Note que fx = p , fy = p , para todo (x, y) 6= (0, 0) mas no ponto
x2 + y 2 x2 + y 2
(0, 0) não existe as derivadas parciais. Logo, o único ponto crítico será o ponto (0, 0), e
este não será nem ponto de máximo e nem ponto de mínimo.
Passos:
Resposta
105
Considere uma caixa retangular de comprimento x, largura y e altura z.
V (x, y, z) = x · y · z
A(x, y, z) = x · y + 2y · z + 2x · z
V = f (x, y, z) = x · y · z.
∇V = λ∇A
106
y · z = λ(y + 2z), (I)
x · z = λ(x + 2z), (II)
x · y = λ(2y + 2x), (III)
x · y + 2y · z + 2x · z = 12 (IV )
x = y,
E, de II = III
1
z= x.
2
1
A(x, x, x) = 12,
2
encontramos
√
x= 4 = 2.
Portanto, as dimensões da caixa que provocam o volume máximo será o terno ordenado
(2, 2, 1).
a. z = 3x + 4y; x2 + y 2 = 1;
b. f (x, y) = x2 + 2y 2 ; 3x + y = 1
107
Resposta
3 = 2λx e 4 = 2λy
4
y=
3
16 2 3
x2 + x =1 → x= .
9 5
3 4
Assim, temos o ponto , .
5 5
108
2x = 3λ, (I)
4y = λ, (II)
3x + y = 1, (III)
1
y=
19
e aplicando na restrição,
6
x= .
19
6 1
Portanto, o ponto procurado é , .
19 19
Resposta
e
∇g(x, y, z) = (2x, 2y, 2z).
Sendo assim,
2yz = 2λxyz, (I)
6xz = 2λxyz, (II)
10xy = 2λxyz, (III)
109
Agora, substituindo na restrição encontraremos x = 1 ou x = −1, o que nos dá os
pontos
(1, 3, 5) e (−1, −3, −5).
Como estamos procurando valores máximos e valores mínimos é necessário aplicar tais
pontos nas função f (x, y, z), gerando como valor máximo 70 e valor mínimo −70.
110
Referências Bibliográficas
[2] FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. 6. ed. São Paulo: Pearson, 2006.
[3] FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo B. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2007.
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Cálculo
DIFERENCIAL E INTEGRAL II
Isbn: 978-65-88648-44-5