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Klopp

Ano de publicação: 2019


Autor: Raphael Honigstein
368 páginas

Imagine que o cargo de líder de uma pequena empresa de


repente cai no colo de um funcionário sem muito talento, mas
com muita curiosidade e disposição de aprender.

Trinta anos depois, esse funcionário é reconhecido, pela segunda


vez, como o melhor do mundo em sua função. Seu segredo? A
confiança em suas próprias filosofias, seu jeito irreverente, mas ao
mesmo tempo disciplinado, e muita, muita persistência.

Parece roteiro de filme, mas é a história do atual técnico de um


dos maiores times de futebol do mundo, o Liverpool F.C. Quer
saber como o alemão Jürgen Klopp percorreu toda essa estrada?
Então, confira o resumo!

Ideias principais do livro


• A importância de saber se comunicar de forma eficaz;
• Pensamento analítico;
• Valorização dos esforços;
• Obstinação;
• Honestidade com o público e com a própria equipe;
• O comprometimento coletivo sólido é fundamental para que uma ideia dê certo;
• Confiança no próprio método;
• Resiliência.

Esse livro é indicado para quem?

Ninguém melhor do que Mike Gordon, presidente do FSG, grupo de investidores que controla o Liverpool,
para definir qual público mais tem a aprender com o treinador.

“Jürgen, como técnico, realmente se encontrava no mesmo nível de um líder corporativo ou alguém que se
escolheria para conduzir sua empresa”. Essas são as palavras de alguém que atua há mais de 30 anos como
investidor, lidando com os melhores líderes de negócio e CEOs da Europa e dos Estados Unidos.

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Visão geral do livro
Cabeça de primeira divisão, talento de sexta: o jogador-treinador

Nos onze anos em que foi jogador do FSV Mainz (de 1990 a 2001), Klopp teve catorze comandantes
diferentes. A instabilidade dos superiores criava uma certa anarquia no vestiário.
Como sempre foi muito interessado em táticas, inclusive chegando ao ponto de ser retirado do time por
discutir com treinadores, Jürgen recebeu a oferta de assumir essa posição. Não hesitou em aceitar, mesmo
secretamente considerando uma “missão suicida”.
Quando a decisão foi anunciada, imprensa e torcedores deram risada, mas ele não se deixou abalar. Por ainda
ser um jogador, os comandados não precisavam se direcionar a ele de maneira formal. Mesmo assim, tinha
uma autoridade natural, e a conduta positiva deu certo.
De início, não se preocupou em vencer, mas em transmitir as ideias de seu mentor e ex-técnico Wolfgang
Frank, que alguns jogadores já conheciam, e motivá-los, fazendo escolhas simples.
Em suas duas primeiras temporadas completas como comandante, por pouco o Mainz não chegou à primeira
divisão, sendo chamados de Os Campeões da Dor e Os “Impromovíveis” pelos jornais.
O dirigente do clube dizia que Klopp era um “Menschenfanger”, literalmente alguém que captura as pessoas.
Quando Klopp conversou com os torcedores que receberam o time depois do segundo “quase”, garantiu que
iriam se levantar.
O ex-jogador Sandro Schwarz conta que “a mensagem soava crível porque seu mensageiro era digno de
confiança. Ele era convincente porque estava convencido”.
E assim aconteceu. Na temporada seguinte, o Mainz foi promovido, mesmo com a pior campanha da história
a conquistar esse feito.
A partir daí, Klopp passou a utilizar cada vez mais experiências compartilhadas fora de campo que
aproximavam os jogadores e os deixava entrosados. Certa vez, pediu que eles escrevessem uma carta para si
mesmos, sentados ao redor de uma fogueira, para ser lida caso o time enfrentasse uma crise.
Obteve duas temporadas de estrondoso sucesso batendo de frente com os melhores clubes do país. Defendia
um tipo de futebol “baseado em princípios de humanidade e respeito”, mesmo com uma intensidade
constante. Na seguinte, acabou não conseguindo evitar a volta do Mainz à segunda divisão.
Encarou o retrocesso como uma oportunidade de se aprimorar, mas não conseguiu voltar à primeira
divisão. Ainda assim, seu bom trabalho durante anos foi notado.
Deixou o FSV Mainz após um total de 18 anos, causando comoção geral nos 30 mil presentes em sua
despedida na praça central da cidade, após ser anunciado como o novo treinador do Borussia Dortmund, ao
final da temporada de 2008.
Os feitos mais importantes do então novato treinador no FSV Mainz incluem:

• A fuga do rebaixamento em sua primeira temporada;


• A promoção à primeira divisão em sua quarta temporada;
• Duas temporadas seguidas sendo o 11º melhor clube do país;
• A primeira participação do clube em um campeonato continental;
• Venda de todos os 15 mil carnês de ingressos para a temporada mesmo na segunda divisão;
• Patrocínio para a construção de um novo estádio de 35 mil lugares, de 60 milhões de euros;
• Conquistou um salário de sete dígitos.

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"Sell the sizzle, not the sausage": a construção de um novo Borussia Dortmund

Depois de conquistar a cidade inteira de Mainz e se tornar conhecido nacionalmente, Jürgen Klopp era tudo
que o Borussia Dortmund precisava. Chegou com seu rosto estampado em cartazes enormes próximos ao
estádio, seis semanas antes da estreia.
A conhecida tática de marketing usada pelo time de Dortmund pode ser traduzida como: “venda o
barulho da linguiça que está sendo preparada, não a linguiça em si”.
Seu estilo marcante, junto da identificação com o time e a torcida, que já haviam se provado um sucesso,
repetiram a dose: antes do início da temporada, fãs acamparam para comprar ingressos para o ano todo,
com as vendas tendo de ser interrompidas aos 49.300 tíquetes.
Além disso, mantinha uma relação íntima com cada funcionário, tratando-os de modo sério. Também
valorizava a história do clube e seus investidores, tendo conversas pessoais para convencer a não desistir de
assentos VIP e querendo conhecer mais sobre a história do clube.
Estabelecia metas altas e recompensava mesmo quando não eram atingidas, apenas pelo esforço extra
desempenhado. Raphael também destaca que, para Klopp, “cada jogo era uma nova chance de acertar as
coisas”. Em sua terceira temporada no comando, foi campeão nacional com o elenco mais jovem da
história a alcançar o feito.
Antes do início da temporada seguinte, Klopp pediu aos jogadores que cumprissem um pacto de sete
regras:

• Dedicar-se incondicionalmente;
• Devotar-se com paixão;
• Demonstrar determinação para vencer, independente do placar;
• Mostrar disposição para ajudar a todos;
• Aceitar ajuda;
• Colocar a qualidade deles inteiramente a serviço do time;
• Assumir responsabilidades individualmente.

Honigsten detalha que o Borussia Dortmund de Klopp mostrou um caminho para aumentar a produtividade
com o uso de recursos puramente naturais e renováveis: ética profissional, humildade e inteligência.
No ano seguinte, foi mais uma vez campeão nacional, com recorde de pontos marcados. Com a conquista
também da Copa da Alemanha, houve uma “mudança no centro de poder”, como definiu a imprensa. O
Borussia agora ocupava o topo do futebol alemão.
Sua forma de gestão consiste em propor a seus comandados objetivos possíveis e imediatos. A partida mais
importante é sempre a próxima a ser disputada.
Em 2013, perderam os títulos nacionais após grandes investimentos do Bayern de Munique, que também os
derrotou na inédita final alemã da Liga dos Campeões da Europa, o principal torneio entre clubes no
mundo. Caíram de pé, com o treinador demonstrando respeito pela conquista adversária e orgulho de seu
plantel.
Dezoito meses depois, com a perda de peças insubstituíveis, contusões e o pior início de temporada da
história do Borussia, seu treinador e consequentemente todo o time foram perdendo a confiança.
O próprio Jürgen percebeu, então, que era hora de partir, mas com um clima amistoso, sabendo que a
relação de sete anos já havia rendido todos os frutos. Como um último exemplo, o valor das ações do time,
desde a entrada de Klopp até sua saída, 7 anos depois, subiu 132%.

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O "Normal One" de Liverpool

Ao decidir ir para a Inglaterra em 2015, Klopp mostrou mais uma vez sua grande adaptabilidade, já que
considerava o discurso como sua principal arma, e o idioma poderia ser um empecilho. “Vou dar um jeito,
estudarei agora e vou conseguir”, disse.
O grupo proprietário do clube se atraiu pelo treinador graças à sua energia e seu trabalho de alta
intensidade, atraente. Ele, nas palavras de um amigo dos anos 90, “se empolga com emoção, com empatia,
e com a possibilidade de fazer alguma coisa realmente grandiosa”.
Inteligência, pensamento analítico, lógica, clareza, honestidade, e a capacidade de se comunicar tão
eficazmente – mesmo em outro idioma – são citadas como qualidades que fizeram Klopp se destacar na
reunião que definiu sua contratação.
Como chegou ao time sem muito tempo para treinar, sua primeira mensagem foi bem clara: As palavras
“movimento” e “motivação” têm a mesma raiz latina. Uma coisa não pode existir sem a outra. A
implementação de seu sistema de jogo já característico depende de um comprometimento coletivo
sólido.
Ainda segundo Raphael, seu truque foi ressaltar a ligação entre o desempenho e o esforço, em vez de
associar o primeiro diretamente ao talento, para poder trabalhar com o plantel que tinha em mãos.Com a
imprensa inglesa, lidou com uma cobrança muito mais exagerada e intensa.
Para controlar isso, fez referência a uma famosa declaração do treinador português José Mourinho,
autointitulado “The Special One” (“O Especial”): “nem idiota, nem gênio. Sou o “Normal One”, termo que
demonstrou um enorme potencial de marketing, vendendo vários produtos temáticos.
Mais uma vez, começando um novo trabalho com muitas adversidades, Raphael Honigstein revela o que
continuava motivando todos a retomarem a mentalidade vencedora que perderam com fracassos
recentes:

“Um mandamento potente, ainda que silencioso: ele e o time tinham o dever de produzir um futebol que
empolgasse e mantivesse a possibilidade de sucesso até o último segundo”.

Assim, conseguiram logo na primeira temporada um vice-campeonato na Copa da Liga Inglesa, algo com
que Klopp não se contentou: “Nós estamos chateados, mas temos de nos levantar. Somente idiotas ficam
no chão aguardando a próxima derrota”. Depois disso, renovou seu contrato até 2022.
Com essa mentalidade, o livro se encerra com o Liverpool chegando à final da maior competição europeia
em 2018, sendo apenas a segunda vez que participava do torneio desde 2010. Os “Reds” viriam a conquistá-
la no ano seguinte.
Como prova cabal do sucesso do alemão, na última página do livro, o ex-jogador do time, ídolo e
comentarista Jamie Carragher afirma: “se Klopp vencer o campeonato, se tornaria um verdadeiro Deus.
Ergueriam uma estátua para ele”. Um ano depois, o feito se concretizou.

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O que outros autores dizem a respeito?
Em sua autobiografia “Transformando Suor em Ouro”, o vitorioso treinador de voleibol Bernardinho
destaca a missão do líder e como sua atuação é importante para possibilitar o sucesso de um trabalho em
equipe.

Seth Davis, em “Getting to Us”, traz uma coletânea de histórias de treinadores bem-sucedidos e mostra o
que eles têm em comum: a disciplina e a valorização do trabalho.

A autora Karyn Ross explica, em seu livro “The Kind Leader”, como a liderança gentil, pautada no respeito e
humildade, é capaz de engajar e conectar a equipe da melhor maneira.

Certo, mas como aplicar isso na minha vida?

• Não se preocupe com o que não pode ser mudado, sempre há uma nova oportunidade para acertar;
• Não se deixe abalar com eventuais crises, mantenha-se firme no seu processo e com uma perspectiva
otimista, trabalhando pelo resultado desejado;
• Estabeleça um ambiente de cooperação entre todos os envolvidos na equipe, e trate-os como gostaria de
ser tratado. A distinção deve ser apenas em relação a como abordar cada um, isso é inteligência social;
• Seja assertivo e saiba se comunicar com honestidade. Isso gera um ciclo de respeito e confiança mútua;
• Tenha uma visão abrangente para saber quais são as necessidades da equipe e dos clientes, e, a partir
disso, fazer possíveis ajustes em suas estratégias;
• Dê tanta importância ao bem-estar psicológico da equipe em aspectos fora do ambiente de trabalho,
quanto aos resultados positivos, um influencia diretamente o outro;
• O fracasso quando se dá o máximo de si, ainda pode ser, de certa forma, recompensador.

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