René Descartes nasceu em Haye, antiga província de Touraine (hoje
Descartes), na França, no dia 31 de março de 1596, herdou do pai recursos suficientes para manter uma vida confortável, em busca de conhecimento intelectual e viagens. Entre os anos de 1604 e 1612, estudou matemática e ciência humana no colégio jesuíta Royal Henry – Le Grand, estabelecido no castelo de La Fleche, doado aos jesuítas pelo rei Henrique IV, demonstrava grande talento para a filosofia, física e fisiologia.
Estudou Direito na Universidade de Poitiers, concluindo o curso em 1616,
mas nunca exerceu o Direito. Só a matemática demonstra aquilo que afirma. Em 1618, iniciou os estudos da matemática com o cientista holandês Isaac Beeckman. Com 22 anos começou a formular sua geometria analítica e seu método de raciocinar corretamente.
Rompeu com a filosofia de Aristóteles, adotada nas academias e, em 1619,
propôs uma ciência unitária e universal, lançando as bases do método científico moderno. Descartes alistou-se no exército do príncipe Maurício de Nassau. Entre 1629 e 1649 viveu na Holanda, servindo ao exército em várias viagens. Realizou diversos trabalhos na área da filosofia, ciências e matemática. Relacionou a álgebra com a geometria, fato que fez surgir a geometria analítica e o sistema de coordenadas, conhecido hoje como Plano cartesiano.
Descartes tinha profundo interesse em aplicar o conhecimento científico a
questões práticas, pesquisava meios para evitar o embranquecimento dos cabelos e tentou aperfeiçoar as manobras de uma cadeira de rodas para deficientes físicos.
O trabalho mais importante de Descartes para a psicologia moderna foi a
tentativa de resolver o problema mente-corpo, pois acreditava que a mente influenciava o corpo porém a influência deste sobre a mente era maior do que se acreditava sendo uma relação mútua e não unilateral como se pensava anteriormente. Para ele a mente comandava os pensamentos e as demais ações eram funções do corpo. Descartes foi influenciado pelo mecanicismo da época, refletido nos relógios mecânicos e nos autômatos. Ele dizia ser a mente produtora das ideias derivadas e inatas, sendo que as derivadas surgiam de estímulos externos produto da experiência dos sentidos e as inatas eram fruto do mundo externo mas desenvolvidas na mente ou na consciência.
Em “O Tratado do Mundo”, uma obra de física, Descartes aborda a tese do
heliocentrismo. Porém, em 1633 abandona o plano de publicá-la, devido à condenação de Galileu pela Inquisição. Em 1649, foi para Estocolmo, Suécia, como professor a convite da rainha Cristina. No dia 11 de fevereiro de 1650, René Descartes faleceu, acometido por uma pneumonia.
Descartes convenceu-se de que a única verdade possível era sua
capacidade de duvidar, reflexo de sua capacidade de pensar. Assim, a verdade absoluta estaria sintetizada na fórmula “eu penso”, a partir da qual concluiu sua própria existência. Sua teoria passou a ser resumida na frase “Penso, logo existo”
Referências Bibliográficas
SCHULTZ, Duane P. História da psicologia moderna - 4. ed. - São Paulo, SP: