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IMAGEM 08: NGC 4676 sobre o efeito de Marés.

Galáxia NGC 4676, localizada a 300 anos-luz de distância na constelação de Coma Berenices.
Apresenta-se na imagem duas galáxias em colisão que geraram duas longas caldas de gás e
poeira por uma longa extensão, devido a esse efeito os cientistas apelidaram as galáxias de
“Os ratos”. Créditos: NASA, Hthe ACS Science Team and ESA.

Galáxia NGC 4676


Apresentamos a fotográfica da galáxia NGC 4676, também conhecida
como galáxias dos ratos. Essa imagem foi registrada pela câmera avançada de
observação (ACS) do telescópio espacial Hubble em 7 de abril de 2002 e foi
montada através de um conjunto de três filtros, azul, laranja e o infravermelho.
Estas duas galáxias em colisão estão situadas a uma distância aproximada de
300 anos-luz da Terra na constelação de Coma Berenices e provavelmente irão
se fundir completamente formando uma única galáxia.
Observa-se que na galáxia da esquerda o brilho é mais intenso devido a
associações de estrelas jovens com comprimento de onda próximo ao azul,
além de vários aglomerados estelares. Estas estrelas tiveram sua formação
acelerada devido as forças de maré produzida pela interação gravitacional da
galáxia vizinha. Já na galáxia da direita destaca-se a grande cauda composta
de grandes aglomerados de estrelas e algumas regiões mais escuras que
pressupõe a formação de estrelas nessa localidade devido a colapso
gravitacional do gás e da poeira que antes ocupava essa região.
Atividade 1: Calcule o tamanho da cauda (em anos-luz), gerada por
interações gravitacionais na galáxia da direita. Para isso utilize uma régua
e considere que 4 centímetros da régua equivalem a 100.000 anos-luz.

Estudando o Efeito de Maré


Na imagem temos o encontro entre duas galáxia que proporcionam uma
maior interação gravitacional com a diminuição da distância entre elas, essa
interação produz um fenômeno muito conhecido na Terra, que é o efeito de
Maré, mas o que o efeito de maré observado na Terra tem em comum com o
que ocorre entre as duas galáxias acima?
A lei da gravitação universal diz que a força gravitacional exercida em
corpos pontuais que estão submetido a um campo gravitacional de outro corpo
pontual é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles e
diretamente proporcional ao produto entre as duas massas, assim podemos
concluir que:
M1 × M 2
F g=G 2
d
Já em corpos extensos diferentes pontos do corpo estão a diferentes
distâncias do outro corpo, com isso cada ponto terá forças gravitacionais
diferentes sendo aplicadas na quele local. Observe a ilustração abaixo:

F1 F2 M2 F3
M1

Figura 1: Ilustração do comportamento das forças aplicadas a um corpo com


diferentes distâncias do segundo objeto.
As marés na Terra são exemplos do fenômeno resultante da atração
gravitacional exercida pela Lua sobre o nosso planeta. Para entender esse
fenômeno, podemos considerar a ideia básica da maré provocada pela Lua. A
atração gravitacional varia de acordo com a distância entre cada ponto da Terra
e a Lua (Figura 1). Portanto, o lado da Terra mais próximo da Lua experimenta
uma maior atração gravitacional em comparação ao centro da Terra, enquanto
o lado mais distante da Lua sente uma atração gravitacional menor em relação
ao centro da Terra (consulte a figura 1). Consequentemente, em relação ao
centro da Terra, um lado é puxado em direção à Lua, enquanto o outro lado é
puxado em direção oposta.
O Sol também exerce uma influência na Terra, porém, menor sobre as
marés devido à sua atração gravitacional. A interação entre a Terra, a Lua e o
Sol em diferentes posições relativas resultam em diferentes comportamentos
das marés. Quando o Sol, a Lua e a Terra estão alinhados, as forças
gravitacionais se somam, causando marés altas. Quando eles formam um
ângulo reto, as forças se neutralizam, resultando em marés baixas.
Além disso, a rotação da Terra também influencia a ocorrência das
marés, afetando a hora e o local onde elas acontecem. O fenômeno das marés
pode ser observado em todas as superfícies de água na Terra, embora seja
menos evidente em lagos e rios.

Faça você mesmo


Para que possamos observar o efeito de maré ocorrendo precisamos
destinar uma certa quantidade de horas em uma praia, assim conseguimos ver
os momentos de maré alta e baixa. Porém, com o avanço da tecnologia, hoje
podemos realizar previsões. Assim com uma rápida pesquisa você consegue
encontrar as informações sobre os horários em que a maré estará alta ou baixa
em um determinado dia, assim como conseguimos saber qual o tipo de lua
(Crescente, Minguante, Cheia ou Nova) que está no céu na mesma data. Com
isso, realize uma pesquisa e preencha a tabela abaixo (Atividade 2) com as
informações que se pede.

Atividade 2: Tabela para preenchimento das observações.


Posição da Lua
Horários Tipo de Lua Data
no Céu.

Agora com a tabela acima preenchida responda a atividade 3, para isso


reflita sobre os dados colhidos por você. Associe os dados com o conteúdo que
trabalhamos nesta unidade.

Atividade 3: De acordo com os dados obtidos na “Atividade 2” qual a sua


conclusão acerca dos movimentos de marés?

Indo além

Link para o texto: “A energia que vem dos mares”


Por Célio Bermann, professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP

A página discute o potencial da energia das marés como uma fonte


renovável e sustentável. O artigo destaca que a energia das marés é gerada
pela diferença de altura entre as marés alta e baixa e explora as diversas
tecnologias utilizadas para converter essa energia em eletricidade. O autor
ainda discute os desafios e benefícios associados à exploração da energia das
marés e menciona que essa forma de energia renovável possui um potencial
enorme, especialmente em regiões costeiras.
O artigo também aborda os impactos ambientais da energia das marés,
como a alteração dos ecossistemas marinhos e a necessidade de estudos
cuidadosos para minimizar esses efeitos negativos.
No geral, o texto discute a importância da energia das marés como
uma alternativa viável e sustentável aos combustíveis fósseis, enfatizando sua
contribuição para a transição para uma matriz energética mais limpa.

Bibliografia
Leitura complementar: “A energia que vem dos mares” Por Célio Bermann,
professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, Link:
https://jornal.usp.br/artigos/a-energia-que-vem-dos-mares/ Acesso em 23 de maio de
2023.
Oliveira Filho, Kepler de Souza; SARAIVA, Maria de Fátima Oliveira.
Astronomia e Astrofísica. 2. ed. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2004.
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de física: Mecânica. 9. ed.
Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1.

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