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ANÁLISE DO

DOCUMENTÁRIO
“TORN”
VÍTIMAS
Conrad Anker, pois sobreviveu a avalanche e presenciou o ocorrido
PRIMÁRIAS Os demais colegas montanhistas que estavam lá mas não deram entrevistas.
David Goettler, alpinista que encontrou o corpo de Alex.

Jennifer, viúva de Alex e mãe de seus três filhos;


VÍTIMAS Max, o filho primogênito, tinha somente 10 anos quando o pai faleceu;
Sam, segundo filho de Alex, com apenas 06 anos quando aconteceu o ocorrido
SECUNDÁRIAS Isaac, o caçula entre os três irmãos, tinha apenas 03 anos quando o pai faleceu.

VÍTIMAS
A equipe de resgate, a qual realizou buscas para encontrar os
TERCIÁRIAS corpos de Alex e David, porém não obtiveram sucesso.
ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO UTILIZADAS

Terapia da Aceitação e Compromisso (ACT)


Conrad Anker:

Pensamentos suicídas; AVALANCHE NO HIMALAIA - Dificuldade da atuação


Não aceitava ser um in loco de um psicólogo. Conrad, que foi o
sobrevivente;
sobrevivente, provavelmente só teria acesso ao
Deixou de escalar por um tempo
após a avalanche. serviço psicológico após sair das montanhas e
retornar para a cidade.

ACEITAÇÃO - do que não pode ser controlado na


experiência humana;
Vivência das reações emocionais
ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO UTILIZADAS

Terapia da Aceitação e Compromisso (ACT)

Reduzir a qualidade literal do pensamento,


enfraquecendo a tendência de tratá-lo mais como uma
referência;

"Eu não estou bem" x " “Estou tendo o pensamento no qual


não estou bem”

Usar a linguagem mais como uma ferramenta para a


anotação e descrição de eventos doque como
instrumento para a previsão e julgamento destes.
ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO UTILIZADAS

PSICOTERAPIA A perda repentina de um ente querido pode gerar crises abruptas


diante de uma necessidade de readaptação rápida, visando o alívio
BREVE dos sintomas e o restabelecimento da homeostase individual;

Esposa de Alex e seus filhos


Cabe ao psicólogo identificar quais são as maiores preocupações do
paciente, avaliando a presença ou não de uma rede de apoio.

O cuidado para com a vítima deve se dar também diante do não


fornecimento de informações desnecessárias ou insuficientes sobre o
ocorrido, pois isso poderia promover maiores distorções cognitivas
sobre a situação - IMPACTO DA MÍDIA NO PROCESSO DE LUTO
OBJETIVOS
Objetivo 1: O objetivo a ser alcançado é desenvolver resiliência que, em
conjunto com o processo de psicoterapia, irá contribuir nos aspectos
emocionais e bem-estar do indivíduo, garantindo que ele tenha recursos para
lidar com a experiência vivida anteriormente, tendo em vista o seu alto potencial
traumático.

Objetivo 2: Desenvolvimento do luto saudável diante da redução do sofrimento


para não torná-lo uma patologia.
METAS PRETENDIDAS:
TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO (ACT):
Reorganizar cognitivamente a experiência que vivenciaram, através da aceitação daquilo
que não se tem controle;
Expressar seus sentimentos presentes durante o ocorrido e no momento atual, através da
vivência de reações humanas;
Espera-se que consigam elaborar seu luto de forma saudável, além de desenvolverem
resiliência (adaptabilidade).
Espera-se que consigam “ultrapassar“ o rótulo, ou seja, diminuir a qualidade literal do
pensamento através da linguagem como ferramenta.

PSICOTERAPIA BREVE:
Iniciem o processo de elaboração do luto saudável;
Desenvolvam resiliência;
Fortaleçam sua rede de apoio;
Desenvolvam ou mantenham o autocuidado;
Expressem suas emoções a fim de reorganizar a experiência
traumática que vivenciaram (vítimas secundarias e terciárias);
Desenvolvam estratégias de enfrentamento, juntamente com o
profissional da Psicologia, com o objetivo de reduzir, eliminar ou
manejar o estresse presente nos indivíduos.
JUSTIFICATIVA PARA O PLANO DE INTERVENÇÃO:

Desastre natual + morte inesperada = alto potencial traumático;

Resiliência: a vítima consegue perceber a sua capacidade de


lidar com os eventos e com a ajuda da psicoterapia consegue dar
novos significados emocionais aos eventos traumáticos que
sofreu;

Pode-se considerar uma hipótese que o Conrad, os outros


alpinistas que estavam no dia do acidente e David poderiam
desenvolver um Transtorno do Estresse Pós-Traumático;

Dificuldades diante de um luto inesperado;


ENCAMINHAMENTOS PARA O PÓS EVENTO:

Acompanhamento terapeutico dos


envolvidos, principalmente diante do
luto inesperado e do manejo de suas
emoções referentes a esse processo;

Grupos de apoio;

Acompanhamento médico psiquiático


(principalmente em decorrência dos
pensamentos suicídas de Conrad e o
alto potencial de TEPT).
REFERÊNCIAS:
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