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DISCIPLINA: SISTEMA DO CONHECIMENTO I – DOCENTE: PROFESSORA DOUTORA DEISE SABBAG

NOME: Isabela Gaioso Werneck


MATRÍCULA USP: 11599548

BARITÉ, Mario. Organización de conocimiento: un nuevo marco teórico-conceptual em Bibliotecología y


Documentación. Educação, universidade e pesquisa. Marília: Unesp-Marília-Publicações, p.35-60, 2001.

RESENHA

I. Introdução

Antes de se aprofundar no marco teórico- conceitual em Biblioteconomia e Documentação,


é introduzido o que seria exatamente um marco teórico-conceitual. Podemos dizer que é
uma “Hipóteses cujas consequências se aplicam a toda uma ciência o a uma parte muito
importante da mesma” (Drae, 21ª ed. en CD-ROM, 1995), pois permitem explicar
determinados tipos de fenômenos; proporcionam critérios, princípios, técnicas e
procedimentos gerais para solucionar casos particulares, assim como contribuem referências
ideológicas, filosóficas ou éticas.
Mario Barite, em seguida apresenta quatro questionamentos referente a existência
de marco teóricos-conceituais para a Ciências das Informação. Tomei a liberdade de
respondê-las antes da leitura inicial do artigo:

a. Que relação existe entre a noção de marco teórico e a de paradigma?


i. “Creio que a relação entre marco teórico e paradigma é justamente
que o marco teórico se tornará um paradigma a ser seguido, podendo
se tornar uma nova vertente no assunto”.

b. Quais são os marcos teóricos-conceituais que existem em Biblioteconomia e


Documentação?
i. “Conheço Raganathan, Paul Otlet e mais nenhum outro, assim como
não conheço muito sobre seus marcos teóricos, apenas que são nomes
que mudaram os paradigmas da Biblioteconomia e Documentação.”

c. O mais cruamente, existem marco teóricos-conceituais próprios em


Biblioteconomia e Documentação?
i. “Creio que sim, não os conheço.”

d. E se existem, os conhecemos bem? Os aplicamos? Ou são estudos trabalhosos


abstratos destinados ao jogo intelectual dos pesquisadores universitários?
i. “Não os conhecemos bem, mas o aplicamos, com toda certeza, mas
apenas os mais estudiosos dessas áreas específicas vão ter acesso a
suas teorias.”
II. A Organização do conhecimento

Dentro de Biblioteconomia e Documentação existem grandes subáreas: A


gestão de unidades de informação, o tratamento da informação e a gestão de uso
social da informação. Onde os profissionais que seguem o enfoque em tratamento da
informação e da informação, possuem o nome “especialista em Organização do
Conhecimento”, pois dominam as técnicas de empaqueteamento da informação. Já
aqueles que buscam organizar o conhecimento são conhecidos como
classificacionistas.

Tanto os cientistas como os classificacionistas preocupados em organizar o


conhecimento se justifica a partir de:

 A humanidade só avança a medida em que consegue sistematizar o saber


acumulado para cumprir determinados propósitos.
 É preciso estabelecer consensos sobre esse saber, porque somente de essa
maneira é possível o intercâmbio, a comunicação, o debate e a difusão do
conhecimento especializado.
 O exposto os obriga uma análise exaustiva em relação a natureza, as fontes,
os limites e os modos de circulação do conhecimento.

A Organização do Conhecimento busca conceder o continente conceitual


adequado para as mais diversas práticas e atividades sociais vinculadas com o acesso
ao conhecimento. É uma área que busca relacionar os auxílios teóricos e
metodológicos de procedências disciplinares distintas, por exemplo: alguns assunto
proveem da linguística, outros da informática, história da ciência e assim adiante,
pois todas estas especialidades encontram territórios com afinidades e a necessidade
recíproca de explorar os espaços interdisciplinares que se abrem.

Como podemos definir a Organização do Conhecimento? Garci Marco (1995,


p.220) alega que é uma disciplina cuja função é otimizar a circulação do
conhecimento na sociedade. Esteban Navarro (1995, p.66) argumenta ser uma
plataforma de integração das ciências documentais, e Dalhberg (1993, p.214) debate
que necessitamos urgentemente ordenar e compreender o nosso mundo dominado
por informação e transformá-la em conhecimento disponível para usos como para
finalidades pessoais.

III. As Dez premissas básicas em Organização do Conhecimento


a. O conhecimento é um produto social, uma necessidade social e um gerador
social.
b. O conhecimento se realiza a partir da informação e ao socializar-se se
transforma em informação
c. A estrutura e a comunicação do conhecimento formam um sistema aberto
d. O conhecimento deve ser organizado para seu melhor aproveitamento
individual e social
e. Existem “n” formas possíveis de organizar o conhecimento
f. Toda organização do conhecimento é artificial, provisional e determinista
g. O conhecimento se registra sempre em documentos, como conjunto
organizado em dados disponíveis e admite usos indiscriminados
h. O conhecimento se expressa em conceitos e se organiza mediante sistemas
de conceitos
i. Os sistemas de conceitos se organizam para fins científicos, funcionais ou de
documentação
j. As leis que regem a organização de sistemas de conceitos são uniformes e
previsíveis, e se aplicam por igual a qualquer área disciplinar

IV. Tendências teóricas da Organização do Conhecimento em Biblioteconomia


a. Teorias Macroestruturais
i. Teoria da classificação facetada
ii. Teoria baseada em disciplinas
iii. Teoria das terminologias

b. Teorias Microestruturais
i. Algumas teorias da linguagem natural
ii. Teorias do conceito

V. Conclusão

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