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LABORATÓRIO DE INSTRUMENTAÇÃO
3. INTRODUÇÃO TEÓRICA
Termorresistências e o PT100
As termoresistências são sensores de temperatura que funcionam com base na variação
da resistência elétrica de um material com a temperatura. Este efeito é conhecido como
efeito termorresistivo. Um dos tipos mais comuns de termoresistências é o PT100, que
se baseia em um elemento de platina. A escolha da platina deve-se à sua estabilidade
química e elétrica, bem como a uma relação linear quase perfeita entre resistência e
temperatura. O "100" no nome PT100 indica que o sensor tem uma resistência de 100
ohms a 0°C. Com o aumento da temperatura, a resistência do PT100 aumenta de forma
previsível, permitindo precisão precisa em um amplo intervalo de temperatura.
Ponte de Wheatstone e Configuração de Dois Fios do PT100
A ponte de Wheatstone é um circuito elétrico utilizado para medir resistências
desconhecidas com alta precisão. Consiste em quatro resistores desejados em formato
de diamante, com uma fonte de tensão alimentando dois dos cantos opostos e um
galvanômetro conectado aos outros dois. Quando a ponte está "equilibrada", isto é,
quando as duas diagonais têm a mesma resistência, a tensão no galvanômetro é zero.
Ao substituir um dos resistores por uma termoresistência como o PT100, a ponte pode
ser usada para medir variações de temperatura. A variação na resistência do PT100
desequilibra a ponte, causando uma diferença de tensão que é proporcional à
temperatura. Em uma configuração típica do PT100, o sensor é colocado em série com
dois resistores de valor idêntico, formando um dos lados da ponte de Wheatstone. O
ponto de conexão entre o PT100 e os resistores é então ligado aos terminais de
alimentação da ponte. O diferencial de tensão medido entre os pontos médios dos
resistores opostos na ponte é diretamente influenciado pela alteração de resistência do
PT100, que varia com a temperatura. Esse diferencial de tensão é a chave para calcular
a variação de temperatura que o PT100 detecta.
A precisão na medição está diretamente ligada à qualidade do balanceamento da ponte.
Idealmente, quando não há variação de temperatura, a ponte deve estar em equilíbrio,
isto é, a relação R4 / R2 =R3 / R1 deve ser mantido, resultando em nenhuma corrente
fluindo pelo detector de nulo. Assim, qualquer desequilíbrio indica uma mudança na
resistência do PT100, refletindo uma mudança na temperatura ambiental.
Circuitos Amplificadores
Circuitos amplificadores são fundamentais na eletrônica para aumentar a magnitude de
sinais elétricos. Eles são essenciais em aplicações onde o sinal gerado por um sensor,
como a tensão diferencial em uma ponte de Wheatstone, é muito pequeno para ser
processado ou medido de forma eficaz. Amplificadores operacionais, ou amplificadores
operacionais, são comumente usados devido às suas especificidades e eficiência. Estes
dispositivos amplificam uma ampla gama de sinais com alta fidelidade e podem ser
configurados para diferentes ganhos e respostas, dependendo das necessidades
específicas do circuito. No contexto de medição de temperatura com um PT100, um
amplificador operacional pode ser usado para amplificar a tensão de saída da ponte de
Wheatstone, tornando-a adequada para leitura e processamento posterior.
4. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
O circuito projetado para a medição de temperatura com um sensor PT100 baseia-se
na integração do sensor em uma ponte de Wheatstone, seguido por um estágio de
amplificação e um circuito conversor resistência/corrente. A seguir, descrevemos cada
etapa do circuito:
1) A imagem apresentada ilustra uma ponte de Wheatstone que alcançou um estado
de equilíbrio. Nessa condição específica, a temperatura do sensor de
termoresistência, um PT100, é precisamente 0ºC. Correspondendo a esta
temperatura ambiente, a resistência resistente do sensor PT100 é de exatamente
100 ohms.
Quando uma ponte está balanceada desta maneira, significa que os dois braços da
ponte são iguais, o que implica que não há corrente fluindo através do medidor de
nulo, que normalmente está conectado entre esses dois pontos. Esta ausência de
corrente é uma indicação de que a temperatura do sensor permaneça na marca base
de 0º Celsius, e qualquer aumento ou aumento na temperatura resultará em uma
mudança proporcional na resistência do PT100, desequilibrando a ponte e
permitindo a detecção e quantificação da variação de variação temperatura.Este
ponto de equilíbrio é fundamental no contexto da medição de temperatura, pois
serve como referência a partir de qualquer variação pode ser medida com precisão.
2) Na situação descrita, observa-se que houve uma alteração na condição térmica, o
que, por sua vez, provocou uma alteração na resistência do sensor PT100.
= = =
Estabeleceu-se como padrão que as resistências possuam um valor de 100Ω. No que diz
respeito ao circuito amplificador de tensão, este é do tipo subtrator e apresenta um
ganho unitário.
=( )x( ) - =
= 20mA
A simulação conduziu à conclusão de que, para a configuração do circuito apresentado
na figura 4, e adotando um valor de resistência de 138.51 Ω, é necessário um resistor R7
com valor de aproximadamente 40 Ω na saída do amplificador operacional para
alcançar a tensão de saída desejada de 799.9 mV.
40 Ω
A estimativa da corrente de saída prevista para cada nível de temperatura pode ser
expressa da seguinte maneira:
5. RESULTADOS E DICUSSÕES
Os dados medidos refletem as correntes correspondentes aos valores de resistência
observados, utilizando como referencial a faixa de temperatura de 0 a 100°C indicada
pela tabela do sensor PT-100. Com uma tensão de alimentação V de 10V e uma
resistência fixa R1 de 100Ω, o valor para 100 varia de acordo com a temperatura,
seguindo os dados fornecidos pela tabela do sensor.
As tabelas subsequentes fornecem dados quantitativos para a análise do comportamento
do sensor de temperatura PT-100 em resposta a variações térmicas.
O Gráfico Figura (10) Tensão x Corrente exibe a relação entre a tensão aplicada e a
corrente de saída, oferecendo uma visualização do comportamento do sensor e do
circuito eletrônico associado em função da variação térmica. Através destes gráficos,
pode-se verificar a linearidade das respostas do sensor, bem como a precisão do circuito
em converter as variações de resistência em sinais elétricos utilizáveis.
6. CONCLUSÃO
Com base nas análises realizadas e nas informações extraídas tanto dos cálculos
quanto das simulações, pode-se concluir que o sensor PT-100 demonstrou uma resposta
linear e previsível ao longo de uma ampla faixa de temperatura, como evidenciado pelos
dados tabelados e corroborado pelos gráficos apresentados. A correspondência próxima
entre os valores calculados teoricamente e os obtidos através da simulação reforça a
validade do modelo matemático adotado e a eficácia das simulações em prever o
comportamento real do circuito.
Os gráficos Tensão x Resistência e Tensão x Corrente confirmam uma relação linear
entre as variáveis, o que é característico dos sensores RTD e desejável para aplicações
que exigem alta precisão e confiabilidade. A consistência dos resultados sugere que o
circuito projetado é robusto e capaz de operar de forma eficiente dentro das
especificações para as quais foi concebido.
Essa consistência também indica que as suposições feitas durante a fase de projeto são
válidas e que o circuito, quando implementado, deverá apresentar um desempenho
similar ao modelado pelas simulações. Isso é essencial para aplicações práticas onde a
precisão da medição de temperatura é crítica.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] LUDWIG, R.; BOGART, T. "Fundamentals of Analog Circuits." Pearson, 2nd
edition, 2000.
[2] ALLEN, P. E.; HOLBERG, D. R. "CMOS Analog Circuit Design." Oxford
University Press, 3rd edition, 2011.
[3] GRAY, P. R.; HURST, P. J.; LEWIS, S. H.; MEYER, R. G. "Analysis and Design
of Analog Integrated Circuits." Wiley, 5th edition, 2009.
[4] KENNEDY, G. "Electronic Communication Systems." McGraw-Hill Education, 4th
edition, 2000.
[5] LIAO, S. Y. "Microwave Circuit Analysis and Amplifier Design." Prentice-Hall,
1987.
[6]BOWICK, C. "RF Circuit Design." Newnes, 2nd edition, 2007.