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Goiânia
2021
MÔNICA DE PAULA MOTTA
Goiânia
2021
MÔNICA DE PAULA MOTTA
_______________________________________________________
Profª. Drª. Nilceia da Silveira Protásio Campos – UFG
Presidente da Banca
_________________________________________________________
Profª. Drª. Gilka Martins de Castro Campos - UFG
________________________________________________________
Profª. Drª. Sonia Marta Rodrigues Raymundo - UFG
DEDICATÓRIA
Agradeço a todos os professores sonhadores que ousaram sonhar para além deles mesmos!
Parafraseando 1 Cor 3:6-8 Uns plantam, outros regam, mas Deus dá o crescimento. Ora, o
que planta e o que rega são um, que cada um receba o seu galardão, segundo o seu trabalho,
porque são todos cooperadores de Deus.
Agradeço às queridas professoras Gilka Martins e Sônia Ray cujas presenças nos honram
nessa banca e que tanto me marcaram nos meus estudos musicais! Vocês são referenciais e
mestres amadas e inesquecíveis!
Embora algumas iniciativas tenham sido exploradas, ainda constata-se uma escassez de
pesquisas e ações relacionadas à composição musical na alfabetização. O presente trabalho
tem como objetivo propor composições musicais criativas para a alfabetização em diálogo
com a pedagogia de Carl Orff. E como objetivos específicos: a) Estudar a abordagem
pedagógica de Carl Orff, considerando sua ênfase no ritmo e na linguagem falada; b) Elaborar
composições musicais com letras, sílabas e palavras, propondo-as como recurso didático
lúdico na alfabetização; c) Incrementar e enriquecer os processos de aquisição da linguagem
com atividades musicais criativas. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de natureza
descritiva, incluindo propostas de atividades criativas com fonemas, sílabas, palavras e sons.
Os textos buscam ressaltar os fonemas escolhidos em cada canção trabalhando com trava-
línguas, ditados populares e parlendas, com atividades musicais criativas. Como metodologia,
foram selecionadas algumas canções que atendem aspectos relacionados à alfabetização e
outras de nossa própria autoria. Diante dos inúmeros desafios da alfabetização infantil,
concluímos que a música pode não apenas auxiliar no desenvolvimento da consciência
fonológica, como também encorajar a criança à criação e interpretação. Espera-se que a
criança se reconheça como autora e seletora de palavras, apropriando-se do texto,
vivenciando-o por meio das canções sugeridas e dos exercícios de criação.
Although some initiatives have been explored, there is still a lack of research and actions
related to musical composition in literacy. This work aims to propose creative musical
compositions for literacy, in dialogue with Carl Orff's pedagogy. And as specific objectives:
a) Study the pedagogical approach of Carl Orff, considering his emphasis on rhythm and
spoken language; b) Elaborate musical compositions with letters, syllables and words,
proposing them as a playful didactic resource in literacy; c) To enhance and enrich language
acquisition processes with creative musical activities. This is a descriptive bibliographic
research, including proposals for creative activities with phonemes, syllables, words and
sounds. The texts seek to highlight the phonemes chosen in each song, working with tongue
twisters, popular sayings and parlendas, with creative musical activities. As a methodology,
we selected some songs that address aspects related to literacy and created others of our own
authorship. Faced with the numerous challenges of childhood literacy, we conclude that music
not only helps in the development of phonological awareness, but it also encourages children
to create and interpret. It is expected that the child recognizes himself as an author and word
selector, appropriating the text, experiencing it through the suggested songs and creation
exercises.
Quadro 5: Letra da canção “O sapo não lava o pé”, alterando as vogais. ......................19
Quadro 10: Letra da canção “Música da vaquinha- Má, mé, mi, mó, mú.” ...................27
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................01
2. A PEDAGOGIA DE CARL ORFF NA EDUCAÇÃO MUSICAL INFANTIL............03
2.1 A MÚSICA NA INFÂNCIA: ASPECTOS COGNITIVOS, AFETIVOS E
SOCIAIS..........................................................................................................................06
2.2 A PEDAGOGIA ORFF E A VALORIZAÇÃO DA LINGUAGEM
FALADA................................................................................................................................. 10
2.3 TEXTOS EM ORFF: FONEMAS, ENCONTROS CONSONANTAIS, DÍGRAFOS,
TRAVA-LÍNGUAS, PARLENDAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O
DESENVOLVIMENTO INFANTIL........................................................................................13
2.3.1 FONEMAS...........................................................................................................14
2.3.2 ENCONTROS CONSONANTAIS......................................................................14
2.3.3 DÍGRAFOS .........................................................................................................16
2.3.4 TRAVA-LÍNGUAS.............................................................................................17
2.3.5 PARLENDAS......................................................................................................19
3. MÚSICA E CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA NO PROCESSO DE
ALFABETIZAÇÃO................................................................................................................22
3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E SELEÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO...........................24
3.2 PROPOSTAS DE ATIVIDADES: SÍLABAS E SONS, PALAVRAS E
SENTIDOS...............................................................................................................................25
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................32
5. REFERÊNCIAS..................................................................................................................34
7. ANEXOS..............................................................................................................................52
1
1. INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem como objetivo: propor composições musicais criativas para a
alfabetização, em diálogo com a pedagogia de Carl Orff. Os objetivos específicos consistem
em:
2
e, sobretudo, para os pequenos! Orff convida as crianças a serem artistas e possibilita que a
sala de aula se transforme em um campo de experiências marcantes e enriquecedoras. Com a
estimulação da criação e execução de canções para a alfabetização musical, espera-se que a
que a criança não só encontre a satisfação de descobrir o universo das letras, mas se reconheça
neste processo – como autora e seletora de palavras – apropriando-se do texto e vivenciando-o
através de canções que podem ser criadas em parceria com o professor e com a turma.
Podemos criar melodias novas ou variações, e até mesmo paródias com as crianças no
processo de alfabetização. Há também no aspecto interpretativo uma liberdade para sugestões
de performance ou troca de palavras, seja para facilitar o processo de aprendizagem ou para
levá-lo a um nível cada vez mais instigante. Ajustes tonais, rítmicos, melódicos, harmônicos,
instrumentais; uma mente aberta que acolha a improvisação e faça uso dela em prol do
educando fará com que o “erro” não seja uma barreira, mas uma oportunidade de discutir o
que precisa ser feito e abordar novos caminhos. É muito interessante esse ajuste quando
falamos da união entre música e letra, e vice-versa. Qual delas deve ser adaptada neste
processo de dupla criação? É o compositor quem vai dizer. Por isso resolvemos criar letra e
canção, indo além de musicalizar textos prontos.
Quando falamos que a criança, com o auxílio do professor, tem a liberdade para criar
texto e música, devem-se levar em conta estas questões: Que mudanças rítmico ou melódicas
ocorrerão de acordo com as palavras a serem musicadas? Ou então levar a criança a pensar:
Que outra palavra seria melhor para encaixar na continuação da frase melódica que estamos
construindo? Quanto ao aspecto cênico, performático e a utilização da percussão corporal
acrescentamos: Como podemos realizar a performance de maneira lúdica e interativa? É
exequível? Estes processos às vezes são instintivos e outras vezes não. Podem-se fazer várias
versões da mesma música ou evoluir de um estágio elementar para outro mais elaborado, mas
que não o seria se não houvesse passado pelo primeiro estágio.
Levando-se em conta o processo espontâneo de uma ideia criativa, mas também o
labor para juntar as partes e finalizar, o processo de composição se torna uma ferramenta
1
Elemental Music is never just music. It's bound up with movement, dance and speech, and so it is a form of
music in which one must participate, in which one is involved not as a listener bust as a co-performer.
(HAMMEL, 1979, p. 18).
5
ímpar da aprendizagem. Uma composição criada e executada pelas próprias crianças penetra
mais fundo no seu repertório de palavras. O som atrai, e a brincadeira com letras e jogo de
palavras fazem com que a semântica seja compreendida. No início, o professor deve se valer
de algumas demonstrações e deixar que as crianças continuem o processo por meio da
imitação. Logo, surgirão algumas ideias próprias das crianças.
será o tempo da pausa, ou realizar algum sinal. Sobre a percussão corporal com palmas pode
ser feita com qualquer parte do corpo ou ainda com algum objeto percutido. A percussão pode
ser executada ao mesmo tempo em que canta, ou dividida em grupos e ir alternando a
execução das frase. É preciso desafiar e não subestimar o poder criativo das crianças.
A melodia pode ser cantada somente a 1ª parte contendo a parlenda “vaca amarela”, e
a 2ª parte em separado. Sobre o refrão da segunda parte, “MA ME MI MO MU”, uma vez já
bem trabalhados estes fonemas, o professor pode simplesmente mudar para outra família
silábica e criar um novo refrão com os alunos a partir da escala utilizada e então escolher
palavras que iniciem com a nova família silábica escolhida. A partir da observância do
desenvolvimento em sala, é possível acrescentar outros aspectos, conteúdos e metodologias
gradativas, tais como duetos, trios, quartetos, inversão de vozes, percussão corporal
simplificada ou incrementada, danças, e incluir aspectos contemporâneos e regionais na
interpretação do texto cantado.
Concebido com outras intenções, em outro momento histórico e contexto social, o
método Orff não teve, é claro a intenção de ser utilizado na aprendizagem da alfabetização,
porém existe sim a possibilidade de estabelecer conexões entre o método Orff como proposta
metodológica que explora a fala e, portanto trazendo a consciência fonológica dos fonemas
durante a pré-alfabetização e alfabetização. Se muitas de suas indicações continuam
pertinentes, a prática de seu método não deve se limitar ao uso de seus cadernos de exercícios
originais. Orff tomou como base o folclore de seu país, mas não tem sentido aplicar os seus
exercícios traduzindo folclore alemão. Dentro de nossa temática para crianças abordaremos as
parlendas, trava-línguas, ditados populares e fonemas específicos da nossa língua portuguesa.
A Música enquanto Arte e Ciência têm muito mais a contribuir na educação do que
somente momentos lúdicos ou de entretenimento com as crianças. Sendo um campo de saber
por si só na vasta área da Educação Musical, possui também uma capacidade de interagir de
maneira proposital com as demais áreas do conhecimento provocando o intelecto,
coordenação motora e criatividade, podendo até mesmo ser resposta a uma educação inclusiva
às crianças que possuem qualquer dificuldade no processo de estudo e aprendizagem.
A música ajuda a educar a criança integral, até mesmo os bebês antes mesmo de
compreenderem a língua materna, interagem com o pulso da música e vocalizam sua própria
versão melódica, mesmo sem terem sido ensinados. A música alcança as emoções e o coração
da criança, permitindo que ela expresse alegria de forma natural, seja verbal ou fisicamente,
incluindo os componentes emocional e afetivo. Para Orff, tudo o que uma criança vivencia e
tudo o que seja nela estimulado e cultivado, é fator determinante para o resto de sua vida.
Criatividade e disciplina não se anulam mutuamente.
Segundo Álvares (2019, p. 7): “Para alcançar proficiência na arte musical, temos que
praticar e praticar. Porém para a repetição não ficar monótona e desanimadora, utilizamos a
segunda ação: criatividade”. Criatividade esta que não se limita à música, mas que faz uso
dela para desvendar a palavra, o som e o significado. Acreditamos também que o professor
deva exercitar a sua própria criatividade, não somente explorando novos métodos, mas
provocando e estimulando respostas musicais criativas. Assim, “não apenas as crianças, mas
os adultos também precisam sentir-se livres durante a aula de música – caso contrário,
criatividade e improvisação ficam comprometidas” (PROTÁSIO, 2020, p. 5).
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC, 2017, p. 154), a música inserida no ambiente escolar ativa também outras funções
da criança, como linguagem, criatividade, raciocínio, sendo realizada em sala de forma
prazerosa, transformando o ambiente propício para várias aprendizagens e para um melhor
desenvolvimento das crianças em seu relacionamento humano.
Tal qual um pintor que escolhe de sua paleta de cores a melhor opção para
determinado traço, o professor de educação infantil também deve ser bem criterioso quanto ao
repertório que irá escolher ou criar. Poderíamos discutir aqui desde a sua capacitação e
formação para isso, nos cursos de pedagogia, até a necessidade da atuação do professor
especialista em educação musical, mas o fato é que a utilização da música na infância torna-se
um ingrediente principal que agrega os demais conteúdos do curriculum, além das
necessidades emocionais e socioculturais da criança.
Esta interação social gera também um senso de unidade, sobretudo, quando faz com
que as crianças que apresentam dificuldade de leitura não se sintam atrasadas, e nem os que
tiverem facilidade sintam-se entediados. Em espírito de colaboração, as crianças podem
10
ajudar umas as outras durante a execução das canções, sendo também estimulados a cantar e
executar percussão corporal juntas ou dividindo-se em grupos. Vygotsky, psicólogo do
desenvolvimento e da aprendizagem, ademais de atestar os benefícios destas interações,
trouxe uma ênfase na questão da aquisição da linguagem e desenvolvimento da criança. Carl
Orff também acredita que por meio do jogo, do corpo e do movimento, criação e interpretação
coletiva corrobora-se para o melhor desenvolvimento musical na infância.
Esta sinergia entre música e texto é bem ressaltada na pedagogia de Carl Orff. Assim
sendo, a repetição não somente se faz necessária como é recorrentemente apreciada e
requerida pela criança, que necessita a cada repetição exercitar seu cérebro e familiarizar-se
com todos os elementos envolvidos, além dos elementos que povoam sua imaginação! Assim
como Orff, acreditamos que a criatividade da criança deve ser sempre estimulada, e isto
garante uma aprendizagem muito mais divertida, lúdica e enriquecedora. É necessário utilizar
a música de forma ativa e não passiva, como nos exorta Orff a buscar sempre uma experiência
prática. “Experimente primeiro, então intelectualize.” (tradução nossa) The Orff Process (4
July 1997) Jeter, Deborah.
A música vivenciada estimula o pensamento e raciocínio bem como o respeito ao
tempo de cada colega se sintonizar com o processo de criação coletivo, onde a criança é um
agente ativo do seu próprio saber e aprender. Seu repertório de palavras é valorizado, ao
expressarem e registrarem suas descobertas únicas com o som das palavras, instigando sua
avidez de aumentarem seus vocabulários. A alfabetização também tem sido um campo
cognitivo contemplado pelo aprendizado musical, cooperando com professores e estudantes
que desejam aliar música e desenvolvimento da linguagem escrita.
As seguintes ideias são referentes aos cadernos de Orff , p.203 a 207, citadas por
Penna, 2008, no Cap10 “A fala como recurso na Educação Musical: possibilidades e
relações.” que sugerem quanto ao trabalho de criação utilizar palavras soltas, ou agrupá-las
por associação fonética ou de significado. Os exercícios de eco ocorrem através da repetição/
reprodução de frases ritmadas. Inicialmente reproduzindo o que o professor apresenta,
posteriormente repetindo a produção dos colegas. Por exemplo: um aluno cria um ritmo para
uma frase (com texto pré-estabelecido ou não) e todos repetem. O exercício de eco devem
sempre evoluir da célula mais curta para a mais longa, do ritmo mais simples ao mais
complexo.
Também é possível recitar com acompanhamento rítmico (corporal ou com instrumentos
de percussão). Podem-se desenvolver acompanhamentos rítmicos baseando-se em uma
palavra. Esse procedimento pode ir evoluindo, com o uso de várias palavras, chegando-se sem
esforço a um acompanhamento de ostinati formados por palavras, ou a um acompanhamento
de ritmos complementares sobrepostos.
Omitindo-se a palma ou o golpe correspondente a uma determinada sílaba, mas
pronunciando internamente a palavra inteira, a criança adquire a vivência do silêncio
(preencher o silêncio – a pausa – por palavra ou sílaba interior).
Acompanhamento distribuído entre mãos e pés, executado simultaneamente os dois
“movimentos”, o que exige maior coordenação.
Acompanhamento distribuído entre mãos e pés, executado simultaneamente com a
recitação ou canto.
Quando da recitação com algum tipo de acompanhamento rítmico com batimentos
corporais (ou com instrumentos), pode-se inicialmente realizar em dois grupos (um
recita e o outro acompanha), para depois realizar simultaneamente os dois
“movimentos”, o que exige maior coordenação.
línguas que conheçam. Cada aluno cria um ritmo para os provérbios e depois escolhe para
trabalhar com acompanhamento, que também pode ser organizado pelo professor a partir de
elementos fornecidos pelos alunos no processo de aula. Ampliar posteriormente para
quadrinhas populares, poesias, etc. No Nordeste, ricas possibilidades no cordel, produção
cultural da região.
Outras possibilidades de acompanhamento podem se constituir de forma descritiva
ou ilustrativa – por exemplo, se o texto fala de tempestade, remeter a sons que lembrem
chuva e trovões. Acompanhamento com outra(s) frase(s) ou palavra(s), onomatopeias etc.
Pode-se fazer uso da forma de cânone. Explorando ainda mais, também é possível substituir
uma das vozes do cânone recitado por percussão. Como ostinato (recitado-rítmico) de base
para um exercício de palmas ou batimentos diversos, ou ainda uma improvisação melódica.
Podemos também explorar a recitação simultânea de dois ou mais textos diferentes e/ou
do mesmo texto com ritmos diferentes e complementares (diversas são as combinações
possíveis)2. Manter o ritmo e procurar diferentes maneiras de falar (variando a altura, timbre,
expressão, etc). Manter o ritmo e procurar outras sentenças com o mesmo ritmo. Explorar a
mesma frase, criando ritmos em diferentes compassos e trabalhando o seu reconhecimento.
Além disso, pode-se fazer uso de perguntas e respostas recitadas como em diálogo,
mantendo o mesmo ritmo na resposta, completando o ritmo livremente, mas encerrando com
algum traço característico da pergunta. Pode-se também formular diversas perguntas para uma
mesma resposta. Todo jogo de pergunta e resposta (recitado, rítmico ou melódico), visando a
construção de frases, trabalha forma e improvisação. As respostas improvisadas podem ter
tamanhos diferentes, mas que deem a sensação de equilíbrio formal. Quando se quiser
trabalhar intencionalmente a proporcionalidade das frases (simetria), podem-se realizar
deslocamentos corporais, caminhando no pulso, muda-se de direção ao iniciar a resposta.
Dessa maneira, sente-se o equilíbrio formal entre as frases (mesmo tamanho e mesmo número
de passos).
Mais especificamente os cadernos de Orff sugerem os Rondós recitados. Estabelecido
previamente, o estribilho A é executado por todos, em coro; as coplas B, C, D etc, são
improvisadas por um aluno de cada vez. Essas partes intermediárias devem ter um final bem
definido ou uma ligação adequada ao tema principal. Dependem dos exercícios de eco e de
pergunta e resposta como estágio preparatório. A execução de rondós é também um exercício
para desenvolver o sentido da forma e a capacidade de improvisação livre.
2
Exemplo: “O tatu tá”, de Amanda Muller (SOUZA et al., 2008). Apêndice p.66.
13
As bases da língua falada em qualquer idioma vão constituir fonte de canções, jogos,
recitações, ditados, provérbios e cantos folclóricos cheios de ritmo e musicalidade
aproveitados na pedagogia Orff. Transformar textos em música tem uma larga tradição na
área de educação musical. Ao trabalhar com crianças, Orff utilizava atividades lúdicas como
bater palmas, fazer rimas, cantar, dançar, percutir objetos, investindo na movimentação
corporal, tendo o ritmo como base.
2.3.1 Fonemas
Segundo o dicionário Aulete (2008), fonema é a menor unidade de som de uma língua,
com valor distintivo, mas desprovida de significado. Todo som capaz de estabelecer uma
distinção de significado entre dois vocábulos de uma língua é a realização de um fonema.
São, pois, fonemas, as vogais e as consoantes, diferenciadores dos vocábulos antes
mencionados.
No seguinte trecho podemos observar a intenção de ressaltar os fonemas
ma, me, mi, mo, mu de uma das músicas compostas para esta pesquisa.
Encontro Encontro
Consonantal Exemplificação Consonantal Exemplificação
Fl Flor Ruflar Tr tribo Atrás
Fr Francês Refrão Vr - Palavra
2.3.3 Dígrafos
Segundo o dicionário Aulete (2008), dígrafo são duas letras escritas em sequencia que
representam um único som ou uma só articulação fonética, como
nh, ch, rr, ss, qu e gu (seguidos de e ou i), sc, sç, xc, xs. Na proposta “Por que é que chove
chuva?” exploramos o dígrafo ch por toda a música – utilizando-nos tanto do recurso da
figuras de linguagem da aliteração quanto das onomatopeias: Ch, chuá, tchá.
Por que é que chove chuva? CH... (...) Chiquinha faz chapinha de manhã,
Será que a nuvem tem recheio? CH... Mas a chave não achou, cheia de charme, toda chique.
Por que é que chora o céu? CH... nem na China nem no chão, Passa a prancha passa a chapa e a
Chove chuuva chora o céééu Casa suja, chão sujão chuva vai desmanchar quando chegar
Cheiro de chuva, som de Chuuva: Tchá tchá tchá tchá Chuá, chuá, chuá, chuá CH...
Chuá, chuá, chuá, chuá, chuá CH... Chaculejou e chacoalhou (...)
Quadro 3: Trecho da letra da Canção “Por que é que chove chuva”- Mônica Motta.
2.3.4 Trava-línguas
Partitura 4- “O tatu tá” de Amanda Muller, SOUZA et al. (2.008). Ver apêndice p.56.
2x Rói /r/ rói /r/. Rato rói /r/ 8x O rato roeu a renda da rede da rainha
Roooói
Re re re re re o rei Raul sorriu
8x O rato roeu a roupa do rei de Roma Rô rô rô rô rou riu tanto que rolou
Na rua um ruído se escutou
Ra ra ra ra a rainha riu Ru ru ru ru ru o rato Rui fugiu
Ri ri ri ri ri o ratinho a seguiu E o rato riu
Ri ri ri!
18
Nesta canção também exploramos o “r” como fonema sozinho, na introdução e ao final.
2.3.5 Parlendas
Segundo o dicionário Aulete (2008), as parlendas são um conjunto de rimas infantis,
geralmente curtas e divertidas, para memorizar algo, escolher alguém etc. (p.ex.: Uni du ni tê,
salamê mingüê.../Um dois, feijão com arroz.)
Desta forma, não apenas as parlendas podem ser um rico recurso a ser explorado, mas
também a criação de novos contos e elucidações dos motivos que levam alguns personagens a
se comportarem de determinada maneira, levando o aluno a ter um posicionamento crítico
desde a infância. Esta relação com o texto gerará alunos pensantes e apaixonados pela leitura
e escrita.
A música que criamos “Sapo de boa na lagoa” é uma releitura da canção “O sapo não
lava o pé” que diz: “O sapo não lava o pé, não lava porque não quer. Ele mora lá na lagoa,
não lava o pé porque não quer. Mas que chulé!” (Cantiga popular/anônima).
Ainda para explorar a alfabetização, uma dinâmica muito utilizada neste texto simples
é propor para as crianças alterarem e cantarem todas as sílabas com a vogal “a”, depois com
“e”, “i”, “o” e “u”, conforme exemplificado no Quadro 1.
Quadro 5: Letra da canção “O sapo não lava o pé” alterando as vogais. Fonte: Canção popular
anônima.
20
O texto da canção original é falado de modo ritmado na parte final da música e pode
ser praticado também com a mudança das vogais, praticando-se a parte final separadamente
como exercício silábico, sonoro e rítmico. Como indicamos na partitura no Apêndice, que
explora também uma percussão corporal simples a fim de ser ensinada para as crianças
enquanto cantam. Na parte final, indicamos que esta percussão corporal pode ser criada pelas
crianças ou simplesmente marcando o pulso, visto que o desafio fonético da troca de letras já
lhes exigirá bastante concentração.
Partitura 6. Letra da canção: O sapo não lava o pé. Variação. Fonte: Canção popular
anônima.
A partir da parlenda “O sapo não lava o pé”, continuamos a música através da canção
intitulada “Sapo de boa na lagoa”. Nela recontamos a história, adicionando personagens e um
final diferente. Trazer um novo arranjo para canções tradicionais já existentes incita um novo
olhar, sobre o texto e propicia uma reflexão sobre uma canção que, embora popular, não
necessariamente traz indagações ou mesmo uma “moral” para a história. Na alfabetização, é
importante levar as crianças a imaginarem outras possibilidades para a história, novos
personagens ou até outros finais. A música também está intrínseca a este processo, bem como
a letra da canção.
21
O sapo não lava o pé, não lava o pé porque não quer. O elefante encheu a tromba e
A sapa não aguentava o fedor do seu chulé. esguichou bem no seu pé!
Ele mora lá na lagoa, ele mora lá na lagoa. O sapo todo molhado deu um berro e assustou!
-Lava esse pé! -Lavo não! Ele pulou lá na lagoa, ele pulou lá na lagoa.
-Lava esse pé! -Lavo não! -Lava esse pé! -Lavo não!
-Lavo o meu pé quando eu quiser! -Lava esse pé! - Só se eu quiser!
Sapo de boa na lagoa, sapo de boa na lagoa. Ninguém faz tudo que quer!
Elefante de boa na lagoa, elefante de boa na lagoa.
Quadro 6 : Letra da canção “Sapo de boa na lagoa”. Fonte: Elaborada pela autora.
Igualmente criamos uma parte rítmica de percussão corporal a ser executada junto com
o canto ou por grupos separados. Toda parte escrita, tanto o ritmo como a letra serve de
orientação, porém, aluno e professor são livres para fazerem as modificações que
considerarem necessárias.
Para facilitar para a criança, é possível que ela também crie os desenhos para
representar mãos, pés e estalo de língua, assim como o lugar na pauta.
3
También es de vital importancia el movimiento lo cual Orff tomó de Dalcroze, y en donde se experimentará la
música fuera del instrumento, a través del cuerpo, para relacionar aspectos musicales como forma, ritmo,
melodía, armonía, secuencias y por supuesto la improvisación. (ESQUIVEL, 2009, p.2).
22
Parti
tura 8- Exemplo de manuscrito em desenho de percussão corporal
estrutura sonora da nossa língua. Antes de associar sons às letras, as crianças precisam
perceber que aqueles sons são os sons da fala e manipular esses sons da língua falada. Se a
consciência fonológica é a manipulação dos sons da fala e a música é a manipulação de sons,
por que não unir as duas coisas?
O compositor Murray Schafer afirma que a fala, assim como a música, nada mais é do
que uma forma de expressão. O que as diferencia é que a fala, funcionalmente, fez-se um som
como sentido e a música um som como som (SCHAFER, 2011, p. 227). Na articulação entre
música e palavra é possível também ensinar rudimentos da música (escala musical, graus
conjuntos, arpejos, etc).
As canções infantis costumam acompanhar a vida ao ficarem registradas como
primeiras memórias musicais. Para algumas crianças, esta associação do som com a sílaba é
natural e instintiva, estimulando o cérebro à associação e ao raciocínio lógico, mas para
outras, o exercício pode apresentar um inicial desafio, que com ajuda do professor e colegas
ajudará ela mesma no seu desenvolvimento linguístico (palavras), motor (ritmo) e social
(execução em conjunto).
Os sons que produzem as palavras podem ser uma fonte de material musical
tão valiosa como os sons produzidos por, digamos, pelo trompete ou piano.
Um som de palavra pode ser pensado como outro instrumento musical.
Podemos prová-lo falando experimentalmente as maneiras em que podemos
fazer a palavra soar. Dizê-la, gritá-la, dilatá-la ou abreviá-la. Dividi-la, em
seus componentes sonoros e explorar seu potencial sonoro de cada um deles.
Uma palavra poderia constituir a base de toda uma peça musical e se nossos
ouvidos estão abertos poderíamos desfrutar dos variados esquemas sonoros
tanto quanto desfrutamos da variedade da medida de uma ópera de Mozart.
(PAYNTER4, 1972, p.23-24, tradução nossa).
4
“Los sonidos que producen las palabras pueden ser una fuente de material musical tan valiosa como los sonidos
producidos por, digamos, la trompeta o el piano. Um sonido de palabra puede ser pensado como ‘outro
instrumento musical. Podemos probarlo, hallando experimentalmente las maneras en que podemos hacer que la
palabra suene. Chíllela, grítela, estírela p abréviela. Divídala en sus componentes sonoros y explore el potencial
sonoro de cada uno de ellos. Una palabra podría constituir la base de toda uma pieza musical y, si nuestros oídos
están abiertos, podríamos disfrutar de los variados esquemas sonoros tanto como disfrutamos la variedad de la
24
Ferreira (2014) nos convida a reflexão, alegando que desde a Idade Média, a
velocidade e ritmo dos cantos feitos pelos monges eram conduzidos pelas palavras e suas
sílabas – o autor cita o cantochão. A fala era mais flexível e se confundia com a música.
Definitivamente os sons das palavras estão interligados entre si, fazendo com que as
possibilidades de seu uso sejam inesgotáveis. O autor explica como muitos educadores
musicais da segunda metade do Século XX, os chamados educadores musicais da Segunda
Geração, entre outras fontes sonoras, passaram a utilizar o som produzido pelas palavras para
criar música – tais como Raymond Murray Schafer, em seu livro “O ouvido pensante (2011)”.
Pensando no universo infantil podemos ainda citar o conhecido grupo Palavra
Cantada. Fundado por Paulo Tatit e Sandra Peres em 1.994, a dupla musical se especializou
em canções infantis de linhas marcantes, que prezam pela elaboração das letras, com
produções televisivas audiovisuais, com uma poética sensível e respeito à inteligência das
crianças. Na música “Pomar” menciona-se o nome de vários frutos e suas árvores de origem.
Na música “Criança não trabalha” segue a exploração de várias palavras que podem
ser depois analisadas em exercícios de língua portuguesa. Ex. Quais palavras rimam, quantas
palavras na 1ª estrofe, quais são nomes de brinquedos, alimentos e de material escolar?
Destaca-se também o trabalho que fazem com parlendas: “Um, dois, feijão com arroz”,
“Bambalalão Sinhô capitão”, “Meio dia, macaca Sofia”, “Corre Cotia, na casa da tia”, “Olha o
sapo dentro do saco”, “Caranguejo”, “O cravo e a rosa”, “Hoje é domingo” e outras.
A canção “Miudinho” tocada pelo grupo Trii, faz alusão à uma cidade onde tudo é
pequenininho. Ensina os diminutivos também nos exemplos da narração antes e depois do
canto, mas aqui prestamos atenção, sobretudo, ao dígrafo nh.
Nhe,nhe, nhe,nhe, nhe, nhe, nhe Se é miúdo fica miudinho, nhe, nhe, nhe.
Se é pequeno é pequenininho, nhe, nhe, nhe Se é bonito fica bonitinho, uuuuuuuu
Se canta e voa vira passarinho. Nhe, nhe, nhe,nhe, nhe, nhe, nhe
O compositor Estevão Marques, autor das canções acima, formado no The San
Francisco Orff Course nos EUA, chamou-nos a atenção por seu vasto acervo de composições
infantis, mas, sobretudo por explorar a criatividade e brincadeiras com crianças por sua
influencia Orffeana. O mesmo se apresenta como músico brincante inventor de mirabolâncias.
De Portugal, citamos a canção “Os ditongos a cantar”- As canções de Maria. Ed Sony.
Maria de Vasconcelos. Após uma introdução, a cantora destaca os ditongos:
a e i – ai, ai – é o ai de pai a e u – au, au – é o au de pau
e e i – ei, ei – como o rei eu sei e e u – eu, eu – de chapéu e céu
o e i – oi, oi – de dói-dói e boi o e u – ou, ou – e não acabou
u e i – ui, ui – eu conheço um Rui a – o - til – ão, ão – cão, anão e pão
São inúmeras as pesquisas que se pode fazer sobre essas canções pedagógicas, sejam
escritas intencionalmente para abordar aspectos de nossa língua portuguesa, seja para que o
professor de alfabetização faça recortes a partir de seus objetivos a serem trabalhados.
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Quando o compositor já faz intencionalmente a música ‘por encomenda’ para abordar certo
tema, potencializamos o seu uso em sala de aula e fora, principalmente a partir de uma
metodologia ativa, como a de Orff, por exemplo.
3. Má-mé-mi-mó-mú. Mu, mu, mu, mu! 4. Mé, mé, bezerrinho quer mamar
Música da vaquinha que faz mú! Mú, mú, Mimosa é a sua mãe
Mé, mé, bezerrinho quer mamar
Você sabia que o leite Má-mé-mi-mó-mú. Mu, mu, mu, mu!
Não é feito no saquinho? Música da vaquinha que faz mú!
Esse saquinho é sé de enfeite
O leite vem da vaca
Que já teve um bezerrinho
Mú, mú, Mimosa é a sua mãe
Quadro 10- Letra da canção “Música da vaquinha- Má, mé, mi, mó, mú.”
Fonte: Elaborado pela autora
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Partitura 12: Pentacorde ascendente e descendente com sílabas. Fonte: Elaborado pela
autora.
Ex.
Ba de baleia Ca de casa
Be de bela Ce de ceia
Bi de bis Ci de cinema
Bo de bola Co de cola
E Bu de burro E Cu de Cura
Quadro 11 – Exemplo de famílias silábicas B e C
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3- Permanecer na base rítmica e acorde do 1º grau, até que as crianças possam falar 5 palavras
começando com aquela sílaba, caminhando nos respectivos graus do campo harmônico maior.
Pode-se então fazer um arranjo rítmico e manter cada acorde até que a criança consiga
responder. Estimulada pelo professor, a criança irá responder quais seriam as palavras que
comecem com aquela sílaba, e ao fim de 4 ou 5 palavras, trocar. Seguimos o padrão das
famílias silábicas. Pode-se trabalhar a partir do grupo silábico de livre escolha.
Nessa interação, o engajamento entre professor- aluno também ganha e deixa de ser
uma via de emissor-receptor unilateral e passiva para o aluno, passando a se tornar uma
dinâmica fortemente interativa e criadora. Na perspectiva do educador musical Murray
Schafer (1991, p. 282), "O professor precisa permanecer uma criança (grande), sensível,
vulnerável e aberto a mudanças”.
[...] uma aula deve ser uma hora de mil descobertas. Para que isso aconteça,
professor e aluno devem em primeiro lugar descobrir-se um ao outro. É
possível também explorar a avidez das crianças e levar cada vez mais
materiais instigativos que lhes fomentem gradativamente o cognitivo.
(SCHAFER5, 1991, p. 277-278).
É neste ambiente lúdico e criativo que pode-se perceber a realidade do aluno e a partir
dela preparar as aulas que tenham afinidade com sua verdadeira demanda, e não com a mera
reprodução de um método escrito de modo genérico, sem considerar a individualidade da
criança.
Uma proposta de atividade é cantar um trocadilho com as sílabas do próprio nome.
Neste exemplo 1, buscamos graus conjuntos à semelhança de Frère Jacques inicialmente.
No exemplo 2 é uma proposta com arpejos.
Exemplo 1
5
No capitulo “O rinoceronte na sala de aula”, Schafer apresenta 10 máximas que servem aos educadores.
(SCHAFER, 1992, p. 277-278).
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Exemplo 2
O nome usado foi somente para exemplo. Esta é uma proposta para nomes com três
silabas. Podemos pensar em como seria criar um exercício para mais ou menos sílabas, ou
simplesmente escolher uma palavra ou nome à escolha da criança. Cabe ao professor conduzir
a atividade de modo que a criança possa entender que está ocorrendo uma dança das sílabas e
sua consequente troca de lugar, o mesmo pode e deve usar também recurso audiovisual como
o recorte de silabas por exemplo. De toda forma, o nome da criança normalmente é algo que
ela gosta muito de escrever e de forma fluente. Tomemos isso como ponto de partida para
propor como seria essa troca de escrever as sílabas ao contrário (ou nome de familiar ou
amigo que contenha 3 sílabas). Podemos ainda fazer um exercício rítmico com os nomes, e
ainda com percussão corporal, seguindo a pulsação.
Em seu livro “As letras falam”, Jaime Zorzi (2017) dedica um capítulo ao
desenvolvimento de habilidades metafonológicas – habilidades metacognitivas que
possibilitam à criança manipular e refletir sobre a estrutura sonora das palavras ao analisar as
palavras da linguagem oral de acordo com as diferentes unidades sonoras que as compõem.
Atividades com sílabas e rimas: 1) Dividir palavras em sílabas, identificar o número de
sílabas de cada uma delas, nomear sílaba por sílaba e seriar as palavras, das mais curtas até as
mais complexas. 2) Retirar sílabas das palavras faladas e verificar se as sílabas restantes
formam ou não uma nova palavra. 3) Acrescentar sílabas nas palavras faladas. 4) Inverter a
posição das sílabas 5) Identificar a mesma sílaba em palavras diferentes: posição inicial. 6)
identificar a mesma sílaba em palavras diferentes: todas as posições 7) Identificar palavras
que rimam.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS:
BRITO, Teca Alencar de. Música, infância e educação: jogos do criar. Música na
Educação Básica. Londrina: ABEM, Vol. 5, n.5, Novembro de 2013.
FERNANDES, José Nunes (Org.) Canções do Brasil. Para Conjunto Orff. Tomo I / José
Nunes Fernandes (Org). Rio de Janeiro : Instituto Villa-Lobos/ UNIRIO , 2017.
HAMEL, Peter Michael. Through Music to the Self : How to Appreciate and Experience
Music Anew . U.S. Shambhala; Random House, 1979.
MARQUES, Estêvão et al.. Linha, Agulha, Costura, Canção, Brincadeira, Leitura. São
Paulo: Pratápolis, 2017.
PENNA, Maura. Música(s) e seu ensino / Maura Penna. 2. ed. rev. e ampl.
– Porto Alegre: Sulina, 2018.
SOUZA, Jusamara et al. (Orgs.) Palavras que cantam. Porto Alegre: Sulina, 2008. (Coleção
Músicas).
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ANEXOS
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