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Produção Gráfica

Serigrafia

Professora: Andrea Hecksher


Tópicos Especiais em Planejamento Visual e Produção Gráfica I
GCO/UFF − 2010/2
Serigrafia

 O uso de estênceis para gravar uma imagem é uma técnica centenária.

 No entanto, a serigrafia surgiu apenas no século XX, quando uma tela


foi adicionada ao processo (em inglês, o termo é screen printing, ou seja,
impressão em tela).

 Hoje, o método é considerado um dos processos de impressão mais


versáteis.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


Serigrafia

 Na serigrafia, a imagem é criada com um estêncil, que pode ser


produzido manual, fotográfica ou digitalmente.

 O estêncil é posicionado em uma tela feita de uma malha fina de


náilon, poliéster ou aço (que é mais caro, mas tem maior duração para
grandes tiragens e permite um detalhamento de imagem mais preciso).

 Diferentes categorias de malha são utilizadas de acordo com a quantidade


de tinta exigida e o nível de detalhamento do design.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


Serigrafia

 Estênceis feitos à mão são produzidos com um filme composto de duas


camadas. A camada superior é cortada seguindo um desenho; as áreas
que representam a imagem são removidas com uma faca afiada, mas sem
retirar a camada inferior.

 O mesmo processo também pode ser feito com um plotter guiado por
computador, utilizando uma faca (plotter de recorte). O filme é então
transferido para a tela, e a camada inferior é removida para que a superior
bloqueie as aberturas da malha nas áreas que não devem ser impressas.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


Serigrafia

 Estênceis feitos à mão não podem ser empregados para texto pequeno,
fotografias ou desenhos delicados. Nestes casos, é necessário utilizar
fotoestênceis, que podem ser produzidos pelo método indireto ou direto.

 No método indireto, um positivo fotográfico é criado (por meio dos


processos de meio-tom e quadricromia onde necessário), fixado ao filme de
estêncil e exposto à luz. A luz atravessa as áreas mais claras do filme,
endurecendo a camada fotossensível. Já o revestimento nas áreas mais
escuras amolece e pode ser lavado quimicamente. O estêncil é então
transferido para a tela e o filme de suporte é removido. Desse modo, o
revestimento endurecido pela luz bloqueia as áreas sem imagem na malha.
Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann
Serigrafia

 No método direto, a solução sensível à luz é aplicada diretamente à tela.


Um filme positivo é exposto à tela revestida e, após a exposição, as áreas
moles (com imagem) do revestimento são lavadas com uma solução
química.

 As técnicas mais recentes em serigrafia produzem os estênceis a


partir de arquivos digitais, utilizando uma impressora jato de tinta
para imprimir uma imagem positiva diretamente sobre a emulsão
fotossensível, que é posteriormente exposta à luz. Essas técnicas em
breve substituirão os métodos fotomecânicos de produção de estênceis.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


Serigrafia: o processo

 Um estêncil, cortado à mão ou produzido digital ou fotograficamente, é


apoiado em uma tela de fibra sintética (como náilon ou poliéster) ou em
metal. Originalmente, essa tela era feita de seda - daí o nome inicial em
inglês silkscreen printing (impressão em tela de seda)*. A tela é esticada
firmemente sobre uma armação de madeira ou metal e um rodo de
borracha espalha a tinta, fazendo com que ela atravesse a tela nas áreas
de grafismo. O estêncil evita que a tinta atinja as áreas de contragrafismo.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


Serigrafia: Prensa de serigrafia

 Muitas prensas de serigrafia são operadas manualmente e consistem


em uma superfície plana fixada a uma moldura móvel. Por ser
relativamente barato, o equipamento é bastante utilizado por artesãos que
trabalham em casa ou em pequenas oficinas.

 Também existem impressoras semiautomáticas em que, enquanto a


tela é levantada e abaixada e o rodo passa pela tela automaticamente, o
material a ser impresso precisa ser inserido e removido manualmente.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


Serigrafia: Prensa de serigrafia

 Algumas máquinas automáticas e manuais têm bases a vácuo que


ajudam a separar o papel da tela após a impressão. Esse aparelho
consiste em uma placa de plástico com furos regularmente espaçados conectada a
um aspirador; a sucção a vácuo segura o papel firmemente na base.

 Impressoras totalmente automáticas também alimentam e movem o


papel (ou outro material) automaticamente, e algumas possuem um cilindro
de pressão que segura o material enquanto a tela se move e o rodo
permanece parado. Essas impressoras alcançam velocidades de até 6
mil cópias por hora.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


Serigrafia: Prensa de serigrafia

 Em impressoras manuais utilizadas em pequenas tiragens (cem cópias


ou menos) de itens como pósteres (e mesmo camisetas), as folhas são
postas para secar em grades.

 Já as máquinas semiautomáticas e automáticas têm túneis de secagem e,


às vezes, unidades de secagem ultravioleta.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


Usos da serigrafia

 Por ser capaz de aplicar uma película muito espessa de tinta a uma
folha grande, o processo é ideal para a produção de pósteres.

 Praticamente qualquer tipo de material pode ser impresso, incluindo


madeira, tecido, vidro, plástico e metal.

 A serigrafia, portanto, é utilizada para sinais e placas de plástico,


camisetas, CDs e DVDs, painéis e forros de porta de carros que
imitam a madeira, garrafas, transfers e circuitos eletrônicos.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


Usos da serigrafia

 O processo também aceita papéis de baixa gramatura, assim, é empregado


na impressão de moldes de costura.

 No entanto, a serigrafia está perdendo espaço para a impressão a jato


de tinta - que tem um custo inicial mais baixo - em trabalhos
relacionados a displays e pontos de venda.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


Serigrafia
Na sua forma mais
simples, o processo
utiliza um estêncil.
A imagem é cortada na
tela e a área de
impressão é removida.

Um tecido fino transparente, esticado sobre um


quadro de madeira, forma a moldura (1). O estêncil
é transferido para o lado inferior da moldura por
aquecimento, e a moldura protetora do estêncil é
removida, mascarando as áreas de contragrafismo
para que elas não sejam impressas (2). O papel é
posicionado abaixo da retícula (3). A tinta é
aplicada à parte superior do papel e espalhada
com o auxílio de um rodo (4). A tinta atravessa a
tela nas áreas em que o estêncil foi cortado para
produzir a imagem (5). Na serigrafia comercial, são
utilizados fotoestênceis produzidos digitalmente.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


Prensa de serigrafia
O papel é posicionado
sobre a superfície plana,
perfurada, e um aspirador
o mantém esticado.
A moldura da tela é então
prensada contra o papel,
e o rodo faz com que a
tinta atravesse a malha
nas áreas de grafismo da
tela até alcançar o papel.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


Vantagens e desvantagens da serigrafia

 A imagem produzida com a serigrafia tem um aspecto único em


virtude da película espessa de tinta utilizada no processo.

 Tipografia pequena e fotografias com detalhes sutis não são


reproduzidos com o mesmo padrão alcançado com outros métodos
de impressão.

 A grossura da tela geralmente limita as retículas de meio-tom a 50.


Outdoors grandes são impressos em partes, mas, como são vistos de
longe, os pontos de retícula passam despercebidos.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


Vantagens e desvantagens da serigrafia

 Devido à espessa camada de tinta empregada, a serigrafia consegue


imprimir branco sobre preto, bem como cores metálicas e
fluorescentes com alta qualidade.

 A produção dos estênceis é barata, e pequenas tiragens são mais


econômicas do que em outros processos, com exceção da impressão
a jato de tinta.

 Outra vantagem é a variedade de materiais que podem servir de


superfície de impressão.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


CD impresso em
serigrafia
Alguns CDs, DVDs
e outros discos
semelhantes são
impressos por meio
da serigrafia.

Há vários kits para


impressão em jato de
tinta disponíveis para
fabricar rótulos em
casa, que variam
desde os de baixo
custo até máquinas
especializadas
conectadas a um
computador pessoal
como dispositivo
periférico que imprimem
diretamente no disco.

Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann


Resumo: vantagens e desvantagens da serigrafia

Vantagens

 Aplica uma espessa película de tinta

 É econômica para pequenas tiragens (mesmo abaixo de cem cópias)

 Imprime em praticamente qualquer material

Desvantagens

 Não reproduz detalhes refinados

 Retículas de meio-tom são limitadas

 Tem baixa qualidade de saída

 Necessita de secagem
Fonte: Novo Manual de Produção Gráfica de David Bann

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