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Exposição Bíblica TEXTO: JOSUÉ 5.13-6.27.


Tema: SOB SEUS PÉS: O DOMÍNIO
DO PECADO DAS CIDADES DOS HOMENS
Autor: Sem. Samuel Rodrigues Montalvão
Exposição em 27/03/2022.

INTRODUÇÃO
Foi Agostinho quem disse que há uma oposição entre a cidade de Deus e a
cidade dos homens. Em sua obra mais densa “A Cidade de Deus” Agostinho diz que
a história se desenrola na luta entre essas duas cidades. Entre aqueles que amam a
Deus e aqueles amam o mundo. De maneira que a encarnação de Cristo inaugura os
dias do fim em que a cidade dos homens será vencida.
E o livro de Josué nos mostra alguns episódios desse conflito. Sabemos que
por causa da malignidade do pecado e de Satanás, os homens se opõem a Deus. E
por isso, Josué nos mostra uma marcha do reino de Deus subjugando as cidades dos
homens. Assim o que temos em Josué é uma luta de Deus contra o mal.
Deus coloca as cidades dos homens sob seus pés. E a ideia é que Deus
subjuga não apenas as cidades, mas o próprio pecado. Por isso eu achei apropriado
como título para essa série de sermões: SOB SEUS PÉS: O DOMÍNIO DO
PECADO DAS CIDADES DOS HOMENS.
Essa é uma mensagem muito importante para nossos dias. Nós veremos como
Deus subjuga a idolatria de nosso tempo. À medida que Deus desfere sua espada
contra as cidades dos homens Ele trata os ídolos do coração de seu povo.
Por isso nessa noite eu quero te desafiar a refletir sobre questões da sua alma.
Porque há nesse momento diversos ídolos tentando dominar nosso coração. E o
único caminho para vencer esses ídolos é o caminho da cruz.
E eu queria que após essa exposição você saísse daqui desafiado a vencer os
inimigos da sua alma.

CONTEXTO
Quando entramos na narrativa de Josué percebemos imediatamente que a
presença de Israel em Canaã foi sentida. No início do capítulo 5 é nos dito que os
reis amorreus e cananeus que habitavam além do Jordão ficam aterrorizados quando
ouvem que Israel havia atravessado o rio Jordão de maneira milagrosa. O texto diz
que o coração deles se derreteu de medo e ficaram desanimados.
Isso produz uma reação muito interessante em Israel e também em Jericó.
Quando falamos de Israel nós vemos aqui que Josué o general dos exércitos
aparentemente estava arquitetando um primeiro ataque a Jericó.
O versículo 13 diz que Josué estava próximo a cidade. Até a aproximação
dele, o texto parece indicar que Josué entendia que seria necessária uma longa
batalha para conquistar Jericó. A questão para nós é: de onde estava vindo nosso
personagem?
E por isso é preciso nos lembrar que a batalha de Jericó é o desfecho de uma
narrativa que começa lá no capítulo 2.
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Logo após Josué ter recebido de Deus a intimação para preservar a Aliança e
ser forte e corajoso para cumpri-la, nós temos um episódio em que Deus confirma a
autoridade de Josué sobre o povo.
A semelhança dos lordes ingleses que assumiam o título de senhor de
determinadas terras e seus subordinados deveriam jurar lealdade diante deles. Aqui
nós vemos os cabeças das famílias de Israel jurando serem fiéis a Josué como haviam
sido com Moisés.
E então Josué encorajado pela confirmação do Senhor, resolve enviar dois
espias para observar a primeira cidade canaanita, Jericó. A ordem de Josué aos espias
era: “vá e observem a terra e a cidade de Jericó” (Josué 2.1).
Note bem, quando os espias chegam em Jericó a cidade estava aberta. Jericó
como uma cidade importante certamente havia trânsito de viajantes e de
comerciantes que alimentava o fluxo da cidade.
E o curioso é que os espias irão procurar informações na casa de uma cortesã.
Ou na linguagem popular, de uma prostituta. O nome dessa mulher era Raabe. Os
estudiosos dizem que muito provavelmente Raabe possuía um tipo de hospedaria.
É importante saber que esses tipos de estalagens costumam ser centros de
promiscuidade, mas, também de informação. Ao longo da história esse tipo de lugar
tem sido um local de encontro das mais variadas camadas sociais. Nessas casas
circulavam trabalhadores, camponeses, pessoas ricas e oficiais de governo. E no
caso do nosso texto, nós percebemos que até mesmo reis.
Se retornarmos um pouquinho no capítulo 2 vamos ver que, o rei de Jericó é
informado que os espias haviam estado com ela. E o registro do texto nos dá o
indicativo de que ele a conhecia. Talvez muito provavelmente por conta dos
costumes cananeus de prostituição cultual.
E então nós vemos que Raabe soube dos atos poderosos de Deus. No versículo
9 do capítulo 2, Raabe faz uma confissão de fé nos atos redentores de Deus.
Essa confissão de Raabe foi suficiente para convencer os espias. Porque após
esse episódio eles retornam para o acampamento de Israel. E essa confissão anima
Josué e o povo de que eles iriam tomar Jericó.
Veja só, até então no capítulo 2, Israel estava do lado de lá do Jordão. No
capítulo 3 Deus resolve mostrar ao povo seus poderosos feitos. E vamos lembrar de
uma coisa: essa geração de Israel que estamos acompanhando não é a mesma
geração que viu os prodígios de Deus do Êxodo. Eles eram os filhos daqueles que
haviam saído do Egito. Porque toda aquela geração fracassou em sua obediência a
Deus, de maneira que os seus filhos é que entrariam em Canaã.
O texto bíblico nos mostra então que o povo atravessa o Jordão andando em
terra seca. Eles presenciam um milagre que os seus pais viram quando atravessaram
o mar vermelho.
Deus começa a estabelecer marcos na memória do novo Israel. Ele os ordena
a tirar pedras do Jordão para que servissem de memorial da participação de Deus na
história do povo.
E então chegamos no capítulo 5. Deus exige que essa geração entre
pessoalmente em aliança com Ele. Por isso o Senhor ordena que o povo seja
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circuncidado. E o Senhor diz: “Hoje removi de vocês a vergonha do Egito”. Isso


confirmava que Israel era um povo santo ao Senhor.
Por isso, a batalha de Jericó não se trata de um texto para nos inspirar a
derrubar muralhas com as mãos. Mas é um texto que fala sobre a vitória de Deus
sobre a idolatria que estava ao redor do seu povo.

Frase de transição: O que o texto de Josué nos mostra então, é que...

PROPOSIÇÃO:
À medida que Deus sujeita as cidades dos homens, Ele trata os ídolos do
coração do seu povo. E Deus trata os ídolos do nosso coração em 3 momentos:

1. Com sua participação nas batalhas.


2. Exigindo fé de seu povo.
3. Nos mostrando que as batalhas servem a um propósito maior.

Frase de transição: O nosso texto começa com um problema. Jericó é uma


cidade fortificada e no versículo 1 lemos que ela estava rigorosamente fechada.
Josué estava sem um plano de batalha; não havia recebido uma instrução de Deus e
perambulava próximo a Jericó. Por isso, apenas a participação de Deus na batalha
poderia trazer triunfo.

1 – A PARTICIPAÇÃO DE DEUS NAS BATALHAS (5.13 – 6.5)


E isso tem um motivo. A participação ativa de Deus nas batalhas canaanitas é
um indicativo de que o Senhor trata seriamente o pecado. E que Ele não o deixa
impune.
Biblicamente falando, Jericó é um reino parasita formada por rebeldes que
estão ocupando o lugar do domínio do Senhor na terra prometida. Eles estão no
caminho de Deus. E o objetivo de Deus com a batalha é justamente vencer seus
inimigos irrompendo o seu reino na terra que prometeu a Abraão e a seus
descendentes.
O Senhor participa ativamente da batalha porque Ele traz juízo sobre o pecado.
O texto nos dá algumas evidências sobre isso.
A primeira delas é o pano de fundo teológico das batalhas canaanitas.
Lembrem-se a promessa de Deus a Abraão, é de que Ele daria aos seus descendentes
a terra da sua peregrinação.
Em Gênesis nós vemos Deus se aliançando com ele. E no capítulo 15 após o
Senhor mostrar a Abraão que os seu descentes seriam escravos em uma terra
estranha eles voltariam para Canaã.
E o Senhor diz a Abraão que isso não aconteceria imediatamente, e o texto
diz: “porque a medida da iniquidade dos amorreus ainda não havia se enchido”
(Gênesis 15.13).
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Então as campanhas militares de Israel em Canaã só podem ser entendidas se


as olharmos dentro desse contexto maior que é a justiça divina sobre o pecado. As
nações canaanitas eram de fato inimigas de Deus. E elas ocupavam um lugar que
não pertencia a elas, mas a Deus. É por isso que o texto nos mostra que o Senhor
participa ativamente da tomada de Jericó.
E o texto nos traz mais evidências. Olhe só, após Israel celebrar a páscoa do
Senhor, o texto diz que Josué se aproximou de Jericó. Provavelmente ele estava
observando a cidade para estipular um plano de batalha.
Só que Josué é surpreendido no meio disso. Quando ele olha para o alto ele
vê um homem. O registro bíblico nos mostra que aquele homem estava de pé diante
dele com uma espada na mão. Era uma espada nua, ou seja, ela estava
desembainhada. Pronta para batalha.
Isso é muito significativo. Porque o que o texto está mostrando é que este
homem não estava ali por nada. Afinal, aqui se trata do príncipe do exército do
Senhor.
O príncipe do exército do Senhor com uma espada na mão não era um sinal
amistoso. Lembra-se quando Balaão partiu para Moabe contratado por Balaque?
Essa é uma história muito conhecida. Para aqueles que não se lembram, é nesse
episódio que o animal que carregava o feiticeiro fala.
E o que causou tudo aquilo foi o fato de o Anjo do Senhor parar no meio do
caminho com uma espada na mão. Nós sabemos que Deus traria juízo aos moabitas.
E Ele não permitiu que Balaque usasse encantamentos contra Israel.
Outro episódio desse aconteceria anos mais tarde com o rei Davi. A Bíblia diz
que Satanás incitou Davi a levantar o censo de Israel, provavelmente para sair a
batalha. Deus não se agradou disso e Ele envia seu Anjo para trazer juízo sobre
Jerusalém. E a narrativa bíblica repete a figura: o Anjo de Deus se postou acima de
Jerusalém com a espada na mão.
É por isso que o profeta Isaías vai dizer: “com fogo e com a sua espada o
Senhor entrará em juízo com toda a humanidade” (Isaías 66.16).
A cena que Josué vê então é embaraçosa. Por isso ele pergunta se aquele
homem que via era de Jericó ou de Israel. Mas, o homem diz: “Não sou nem uma
coisa e nem outra. Sou príncipe do exército do Senhor e acabo de chegar” (v.14).
Se você reparar bem quando entramos no capítulo 6 o texto chama o príncipe
de Senhor. E o nome usado para Senhor é O nome. É Javé. Trata-se do nome pactual
que Deus revelou a Israel. É o próprio Deus. É o Eu Sou que está ali.
Quando Josué entendeu isso ele se prosta com o rosto em terra e o adora. E o
príncipe do exército do Senhor diz: “tire as sandálias dos pés, porque o lugar em
que você está é santo” (v.15). E o lugar é santo porque aquele que está ali é
santíssimo.
Quem é este príncipe do exército do Senhor? O texto mostra que Ele é o
próprio Deus. O título de príncipe no hebraico traz consigo a ideia de realeza e
daquele que domina. Apesar de Ele ser identificado como o Senhor, ele é distinto
em sua personalidade. Por isso Ele é o príncipe do exército do Senhor.
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Outra evidência da participação ativa do Senhor na batalha é que o plano de


batalha é dele, e a conquista também é dele. O texto nos mostra que o Senhor diz a
Josué que Ele entregaria Jericó, seu rei e os seus valentes em suas mãos. E para isso,
Josué deveria seguir suas ordens.
Então, aqui nós vemos que o Senhor exercerá juízo contra Jericó; Ele está com
a espada nas mãos para vencer; o lugar que Josué pisava era santo porque o Senhor
é Santo, e o plano de batalha pertencia a Ele. Porque Ele governa seu povo.
Somando todas essas informações nós podemos chegar a uma conclusão:
quem aparece a Josué e irá destruir o reino parasita de Jericó é o próprio Cristo.
Um importante fato para nós cristãos ao olharmos para o Antigo Testamento
é que todo o AT fala sobre Jesus Cristo. De maneira que quando você olha para
qualquer parte da Escritura no Antigo Testamento, essas partes são sombras que
apontam para pessoa e obra de Jesus Cristo.
Só que de vez em quando ao lermos o AT acontece alguns fatos inusitados.
Porque Jesus Cristo resolve aparecer de fato nessas histórias. Isso é chamado de
Cristofania. Uma aparição de Cristo.
E a maneira como o texto está tratando d’Ele mostrando que Ele é Deus nos
diz que aqui quem apareceu é a segunda Pessoa da Trindade antes da encarnação. É
o Verbo de Deus que antes de existir mundo estava com Deus. Ele é o princípio da
história e o fim dela. Ele é o príncipe do Senhor que vai a batalha.
Isso reforça o caráter espiritual da batalha de Jericó. Isso coloca a batalha de
Jericó num conflito maior. O que está acontecendo aqui é a luta do Senhor e do seu
reino subjugando as forças satânicas.
É importante que entendamos que a batalha de Jericó está em um estágio
inicial de domínio do Príncipe do Senhor. Ele avança em Canaã subjugando seus
inimigos e continuará até que Ele se encarne e vença inclusive a morte.
Este é um propósito maior da entrada de Cristo nas batalhas de seu povo. O
avanço do reino de Deus na terra é uma expansão de uma terra de descanso que nós
sabemos que no fim será novos céus e nova terra. E para que isso aconteça todos os
inimigos de Cristo serão vencidos. Todos estarão sob seus pés.
Quando Paulo fala aos Colossenses ele diz que:
“o escrito de dívida que era contra nós e que nos era prejudicial, ele [Jesus
Cristo] o removeu inteiramente, cravando-o na cruz. E, Jesus despojou os
principados e as potestades, publicamente, triunfando sobre eles na cruz”
(Colossenses 2.14,15).
A marcha do Senhor é uma marcha de triunfo. De maneira que todos os seus
inimigos serão colocados sob os seus pés. A morte de Cristo na Cruz coloca termo
as guerras. Porque todos os seus inimigos serão vencidos como que por seu sopro.
No plano histórico nós aprendemos que as lutas pequenas e as grandes são
vencidas por Jesus Cristo. É Ele quem vence e domina o poder do pecado. É Ele
quem vence os nossos gigantes. Ele é quem derruba as nossas muralhas.

Aplicação:
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Não somos nós. Não temos esse poder para fazê-lo. Isso nos ensina que nós
precisamos descansar no Senhor Jesus. E mais, nós precisamos nos humilhar
sabendo que o poder não está em nós. O poder para vencer os inimigos de nossa
alma está em Deus.
Por isso quando o Príncipe do Senhor se encontra com Josué, Ele o diz para
tirar as sandálias dos pés. Tirar as sandálias dos pés no Antigo Oriente Próximo
acontecia quando um escravo estava na presença do seu Senhor. Josué se coloca
como um escravo do Senhor.
É como se Deus dissesse a ele: “Tire as sandálias dos pés. A batalha é
minha e eu que vou pelejar”. Como Pedro diria é “preciso Santificar o Senhor
Jesus no nosso coração” [ver referência].
Se praticássemos o descanso em Cristo sabendo que Ele vence os nossos
inimigos, teríamos mais paz no nosso coração. Porque o nosso orgulho nos faz
assumir um papel de algo que não podemos fazer. E o Evangelho nos mostra que a
ênfase não está no poder dos meus braços. A ênfase está em entregarmos as nossas
batalhas a quem colocará todas as coisas sob seus pés.
É uma questão de reconhecer o senhorio de Jesus. Abraham Kuyper disse que
“não há nenhum centímetro do universo que Cristo não possa dizer: é meu”.
Mas, a verdade é que as vezes a gente quer dizer: Ah em meu coração sim eu posso
dizer que aqui eu mando.
E na verdade nós resistimos ao Senhor porque permitimos que outras coisas
sejam senhores da nossa alma.

Frase de transição: Deus trata os ídolos do nosso coração.

2 – EXIGINDO FÉ DO SEU POVO (V.6-14).


Como ele faz isso? Exigindo nossa obediência e fé em suas promessas. Veja
que a ordem dada pelo Príncipe do exército do Senhor no verso 3 é repetida por
Josué a Israel. Primeiramente ele chama os sacerdotes. Os sacerdotes são aqueles
que oficiavam nos serviços sagrados.
A ordem dada a Josué é de que esses sacerdotes levassem a arca do Senhor e
dessem uma volta ao redor de Jericó durante seis dias. Nós temos aqui um tipo de
procissão religiosa que é feita por Israel. Isso nos diz que a cidade estava sendo
consagrada a Deus.
O versículo 7 nos mostra que o povo acompanha a arca do Senhor e uma
comitiva de homens armados vão a sua frente. Note que a arca nessa narrativa possui
um significado muito importante.
Se você observar o que está acontecendo, o texto faz um tipo de trocadilho.
No versículo 6 o texto diz que os sacerdotes deveriam ir adiante da arca do Senhor
com trombetas. Mas olhe só o versículo 8. O texto diz que os sacerdotes vão adiante
do Senhor.
É coisa bem simples, mas quando o narrador faz esse tipo de trocadilho, ele
está mostrando o real significado da arca com Israel. O que ele está mostrando é que
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o Senhor se fazia presente na batalha de Jericó através da arca. Ela representava a


presença de Deus com o povo.
Então eles fazem a volta ao redor da cidade. Os sacerdotes vão tocando
continuamente as trombetas. Quando terminam a volta, o texto diz que eles
regressam pro acampamento e então descansam.
Eles fazem mais uma vez e temos o segundo dia. A ordem era para que
fizessem durante seis dias esse ritual. E somente no sétimo dia, eles deveriam dar 7
voltas ao redor de Jericó. E a ordem era para que nesse dia eles gritassem.
Esse tipo de ritual parece ser um tanto estranho pra uma batalha. Porque em
uma batalha você vence seu inimigo o subjugando pelo poder da espada. E não
dando voltas ao redor de sua cidade.
A questão aqui meus irmãos é que Jericó não era qualquer cidade. O versículo
primeiro do capítulo 6 diz que “Jericó estava rigorosamente fechada; ninguém
saía e nem entrava”. Jericó era uma cidade fortificada. Era um tipo de fortaleza. E
conquistar uma fortaleza não é uma tarefa fácil.
As fortalezas oferecem posição privilegiada para aqueles que a defendem. De
maneira que é preciso mais esforço para saquear uma fortaleza do que para defendê-
la de um ataque. Por isso a cidade estava fechada.
O tipo de batalha que Israel deveria encarar era um cerco a uma cidadela
fortificada. E a fortaleza de Jericó era muito bem protegida. Os estudiosos mostram
que ela seguia o padrão das fortalezas hititas.
De maneira que os seus muros eram altos e eles eram compostos por duas
linhas. Ou seja, havia uma parede externa e uma parede interna. Assim nós temos
dois muros que seguem paralelamente um ao outro ao redor de Jericó.
Entre esses muros era tão largo e forte que era comum ter estradas por cima
deles. Os estudiosos dizem que os muros de Jericó tinham aproximadamente 7
metros de altura e 3 de largura. E ainda por cima, possuía uma torre de vigia de cerca
de 10 metros de altura. E particularmente, até casas entre os dois muros existiam. E
como a gente sabe Raabe morava em uma dessas casas.
Então o desafio que Israel tem é o seguinte: ou eles precisam escalar os muros,
ou precisam atravessar seis metros de tijolo e rocha pra entrar dentro da cidade. Só
que qualquer uma dessas alternativas era absurda. Porque conquistar fortalezas cobra
um preço muito alto. Muito mais pessoas morrem tentando saqueá-la do que aquelas
que a defendem.
Só pra mim te dar alguns exemplos. Em 63 a.C. o general Romano Pompeu
Magno cerca Jerusalém, e o cerco dura 3 meses. O cerco de Megido no século 15.
Uma liga de Reis Cananeus rebeldes resolve desafiar o principal Império daquela
época, os egípcios. Só que o Faraó Tutemés III surpreende os Canaanitas e os cerca
na fortaleza de Megido. O cerco dura 7 meses e os egípcios saem vencedores.
Quer ver outro exemplo? O cerco de Tessalônica. Durante o século 15 da era
Cristã, os Otomanos invadiram Tessalônica e a cercaram. O cerco durou 8 anos. E
há registros e mais registros de longos cercos. Chegando até 21 anos de cerco como
a gente vê na batalha dos Turcos em Candia na Itália.
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Detalhe, todos esses exemplos que eu citei são de exércitos muito poderosos
de grandes potencias militares. Tomar uma cidade fortificada não é tarefa fácil.
Ainda assim, o registro bíblico nos diz que Jericó estava aterrorizada com
Israel. Não por causa de seu número. Porque se fosse isso, a fortaleza de Jericó
permitiria um combate longo que poderia durar meses. Mas, Jericó temia o Deus de
Israel. Então vejam só, os inimigos do Senhor tremem de medo diante d’Ele.
O problema aqui então não é a fortaleza que precisa ser derrubada. Mas é o
ânimo do próprio Israel que precisa ser fortalecido. Se naturalmente percebemos que
o povo de Deus normalmente é alvejado. Aqui eles estão em posição ofensiva. É o
povo que ataca.
Deus manda Israel realizar um ritual que exigiria obediência e fé. O povo
poderia ter sido relutante. Mas Israel deveria seguir o plano do Senhor. Por isso o
autor de Hebreus irá dizer no Novo Testamento “pela fé, ruíram as muralhas de
Jericó, depois de rodeadas por sete dias” (Hebreus 11.30, NAA).
O ritual serve para introduzir o povo de Deus na batalha e em troca disso ele
exige fé. A motivação da jornada do crente é a fé. O israelita a todo o tempo na
jornada da conquista de Canaã será exigido dele: fé.

Aplicação:
Isso acontece conosco na jornada Cristã. Quer ver um exemplo: já viu que
Deus exige de nós uma vida piedosa de oração e meditação na sua palavra e nós
simplesmente não fazemos isso? Isso se trata de uma falta de fé nossa. As ordenanças
de Deus exigem fé.
Então nossa falta de motivação, incredulidade, dureza de coração é um sinal
de aguda falta de fé. E é por isso que nós precisamos diariamente orar como os
discípulos oraram: Senhor aumenta-nos a fé [referência].
Então, naquelas situações quando estamos desanimados, rebeldes e
desmotivados por causa da nossa incredulidade o que precisamos não são de frases
motivacionais ou de uma boa injeção de auto estima. Nós precisamos de fé. Porque
o nosso coração clama por uma fonte que só o caminho da fé pode saciar.

Ilustração:
Se lembra da mulher samaritana quando se encontra com Jesus? Seu coração
buscava saciedade e Jesus Cristo diz a ela:
“Se você conhecesse o dom de Deus e quem é que está lhe pedindo água para
beber, você pediria, e ele lhe daria água viva”. E Jesus continua e diz a ela:
“aquele que beber da água Ele dá nunca mais teria sede. Porque a água que Ele
dá é uma fonte que jorra para a vida eterna”.
Tenha fé no Deus que você serve, independentemente das circunstâncias.
Porque aprendemos com a batalha de Jericó que o Deus da Promessa é aquele que
cumpre. E essa é uma das mensagens de Josué. Nós vamos ver que nenhuma das
promessas que Ele fez falhou.

Frase de transição: Deus trata os ídolos do nosso coração.


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3 – NOS MOSTRANDO QUE AS BATALHAS SERVEM A UM PROPÓSITO


MAIOR (V.15-27).
Nós chegamos no sétimo dia da procissão de Israel dando voltas em torno de
Jericó. Só que com uma diferença. A ordem do Senhor era para que no sétimo dia
Israel desse sete voltas em torno da cidade. Como vimos isso demandou fé de Israel.
E pela fé na promessa de Deus que Ele entregaria a cidade nas suas mãos, eles o
fazem.
E aí o texto diz, versículo 20 “Ao ouvir o som da trombeta, o povo gritou
com toda a força, as muralhas ruíram, e o povo subiu à cidade, cada qual em
frente de si, e a tomaram”. Deus entregou Jericó nas suas mãos.
Jericó era as primícias da terra prometida. E aqui nós vemos a concretização
de um primeiro passo da conquista de Canaã. E aqui o texto começa a nos trazer
algumas questões que exigiria a obediência dos Israelitas. Israel tinha ordens sobre
como proceder nas batalhas canaanitas.
O versículo 17 diz, “porém, a cidade será condenada, ela e tudo o que nela
houver”. Isso era uma instrução de guerra do Senhor. No livro da Aliança em
Deuteronômio capítulo 20 o texto bíblico nos diz que quando Israel saísse a batalha
contra aquelas nações que eram alvo da punição divina, essas nações e as suas posses
seriam destinadas ao Herem.
Herem é uma palavra hebraica que significa “posse consagrada”. O Herem
é uma designação dada por Deus de que todas as coisas na terra pertencem a Ele. E
no caso da guerra, os povos inimigos, os animais, bois, ovelhas, e riquezas deveriam
ser destinadas ao Senhor. De maneira que nada daquilo deveria ser usado pelo povo.
As pessoas não deveriam ser propriedade de Israel, ou seja, não deveriam ser
escravizadas. Elas deveriam voltar para Deus. Porque Deus as reivindicou para
justiça. Por isso, a ordem do Senhor era para que ninguém fosse poupado em batalha.
Até porque, Deus não permitiu que Israel entrasse em Aliança com outros povos ou
outros deuses.
Os bens como prata, ouro e bronze ou ferro deveriam fazer parte do tesouro
de Deus. Como nós podemos ver no versículo 19.
O Herem mostrava que toda a terra pertence a Deus. E que Ele estava entrando
em juízo contra as nações ímpias. De maneira que o Herem se tornava algo
condenado a destruição. Porque Deus transformaria um local de habitação de
iniquidade em um local de descanso.
Assim, Israel não deveria tomar para si as coisas condenadas. Porque eles
eram alvo da punição divina. Até por isso Josué diz no versículo 18:

Quanto a vocês, cuidem para não ficar com nenhuma das coisas condenadas, para
não acontecer que, depois de as terem condenado, vocês as tomem para si. Neste
caso, tornariam maldito o arraial de Israel e trariam confusão a ele.

E levando em consideração o que temos anteriormente a conquista de Jericó.


Certamente Israel estava na semana dos pães asmos (ou pão sem fermento). Nessa
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festa tudo que tinha fermento era jogado fora. E o fermento representava a idolatria
que deveria ser deixada de fora da casa do povo de Deus.
E mais, os acontecimentos da batalha de Jericó se deram depois da Páscoa.
Por que trazer de volta essa informação é tão importante? Porque Deus está
repetindo o drama da saída de Israel do Egito na entrada de Canaã. Lembra que
quando Deus estabeleceu a Páscoa Ele enviou o Anjo da morte para ceifar os
primogênitos do Egito? Logo após isso Deus disse que os primogênitos pertenciam
a Ele.
Aqui com o Herem isso é repetido. Deus pune uma cidade rebelde que
praticava todo tipo de perversidade. Veja bem, os canaanitas possuíam rituais de
prostituição coletiva; eles adoravam deuses a ponto de até matar os seus próprios
filhos em consagração a eles.
Por isso, Jericó estava recebendo a justiça divina porque a medida da sua
iniquidade havia se enchido. Deus estava reivindicando a terra e por isso a batalha
de Jericó serve um propósito maior.
Enquanto Deus tira o fermento da idolatria do meio do povo. Ele coloca a seus
pés a cidade de Jericó e subjuga os seus ídolos.
A terra de Canaã era destinada ao descanso do povo de Deus. Ela funcionava
como um tipo de restauração do paraíso. Por isso a idolatria deveria estar fora dela.
Robert Maccini escreveu um precioso artigo sobre a importância da Terra na
Teologia Bíblica. E ele diz que:

A importância da terra na Bíblia não se trata de uma questão agrícola, é uma


questão teológica. Porque a terra é a dádiva de Deus que é cumprimento da sua
promessa. E a promessa da terra garante a restauração da intimidade com Deus,
como um tipo de Éden. Então a terra no Antigo Testamento aponta para aquilo que
João descreve como novo céu e nova terra.

E é por isso que o narrador da nossa história coloca Raabe no meio de tudo
isso. Raabe é a primeira convertida na terra de Canaã. Mostrando que o Antigo
Testamento nos fala da execução da missão do Senhor em salvar pessoas.
Sobre Raabe o autor de Hebreus diz “pela fé, Raabe, a prostituta, não foi
destruída com os desobedientes, porque acolheu os espias com paz” (Hebreus
11.31). João Calvino diz que Raabe professou uma fé no Deus dos Israelitas
arrependendo-se dos seus pecados.
O texto de Josué nos mostra que Raabe e sua casa são salvos. Josué envia dois
homens, aqueles mesmos que espiaram a terra para salvar ela. E foi salvo Raabe e
todos aqueles que estavam em sua casa.
Raabe foi instrumento de salvação para os seus. Pela fé dela, a sua casa foi
salva e ela foi integrada ao povo de Deus. O versículo 25 chega a dizer que Raabe
“ficou morando no meio de Israel” por causa da fé e da obra que ela havia
praticado.
Ela creu na promessa de salvação no Senhor. E por isso ela é salva. Veja que
isso coloca a Raabe dentro de um plano maior. Ela foi redimida por causa da fé dela.
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O Senhor a salvou. Raabe tipifica bem aquilo que Paulo fala aos Colossenses “Ele
nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do
seu amor” (Colossenses 1.13).
E o mais maravilhoso para Raabe é que ela foi colocada no fio condutor da
história da redenção. Porque um dos seus descendentes haveria de vencer totalmente
o Diabo e a morte na Cruz. As linhagens genealógicas do Novo Testamento nos
dizem que o Senhor Jesus Cristo é esse descendente de Raabe.
Então veja que enquanto Deus derruba as muralhas de Jericó, Ele traz justiça
e tece a história da redenção.
É muito gracioso que Deus pegue criaturas como nós: pequenas, rebeldes,
ímpias e perversas. E nos coloque no palco da história da salvação. Ele pega pessoas
como Raabe que era uma prostituta e faz dela uma ancestral daquele que é o Filho
de Deus. E assim Ele faz conosco todas as vezes que Ele diz: vem! Segue-me! Creia
em mim!
O sentido disso é que o Evangelho nos faz uma oferta graciosa. Que nos une
ao Filho de Deus. Ele nos salva das nossas crises existenciais; do poder do pecado;
da mentira; Ele nos salva da morte e da condenação do inferno.
A batalha de Jericó nos lembra que enquanto Jericó é condenada por Deus,
Raabe é salva graciosamente. Assim é conosco. Deus trará juízo a este mundo. Mas,
Ele decretou através de Jesus Cristo salvar a sua Igreja.

CONCLUSÃO
Quero concluir trazendo algumas aplicações. Existem alguns ídolos que
acabam adquirindo funções dentro do nosso coração. Porque eles tomam o lugar de
Deus e se tornam deuses que cumprem determinados papéis ao satisfazer o nosso
pecado.

Quero mencionar alguns deles e pontuar o caminho que as Escrituras nos dão
para vencê-los.

APLICAÇÕES:
O primeiro deles que quero citar é.

1. Autorrealização.
Autorrealização é a raiz daquilo que Jerry Bridges chamou de orgulho das
realizações. A autorrealização é um ídolo que nos faz pensar que todas as nossas
realizações são satisfeitas em nós mesmos. E a raiz disso é orgulho. Um pecado
condenado por Deus.
Provérbios diz que “O Senhor detesta todo aquele que é orgulhoso; é
evidente que este não ficará impune” (Provérbios 16.5). E “a soberba precede a
ruína e arrogância a queda” (Provérbios 16.18).
O fato é que nós estamos acostumados a reconhecer soberba quando tratamos
sobre pessoas que não conhecem a Deus. Mas a autorrealização é ídolo do coração
que todos nós somos tentados a alimentá-lo.
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A autorrealização nos faz pensar que o nosso sucesso acontece por causa do
nosso trabalho árduo. E não a Deus. De maneira que nós começamos a enaltecer a
nós mesmos como se fossemos os melhores. E o fato é que até aquelas pessoas que
conseguem sucesso e se dizem ser humildes, no íntimo do seu coração comete
pecado.
A autorrealização faz com que nós exijamos reconhecimento das outras
pessoas. E no fundo, essa é uma tentativa do nosso coração de tomar o culto que
pertence a Deus.
Quer ver um exemplo? Sabe quando chega o início do mês e você já pagou
todas as contas e o seu cônjuge vem reclamar que isso não é suficiente? E aí no nosso
coração o que a gente diz? “Eu trabalhei o mês inteiro. Eu mereço
reconhecimento. Eu que estou sustentando a casa”. E aí a gente se enche de ódio
porque o outro não reconheceu nosso sucesso.
O fato é que isso nos torna viciados em elogio. De maneira que quando você
não está sendo elogiado, pra você as coisas não está bem.
Quer ver outro exemplo? Já viu quando você arruma as coisas da sua casa;
prepara o melhor jantar, ou faz alguma coisa que você considera muito boa. E ainda
assim, as pessoas da sua casa não te recompensam por isso? A verdade é que quando
isso acontece a gente começa a determinar aquilo que as pessoas precisam fazer.
Porque o que queremos em troca é reconhecimento.
O ídolo da autorrealização é vencido com a Palavra de Deus. Como Deus diz
a Josué: “Tira as sandálias dos pés”. O êxito da batalha de Jericó não foi de Josué
ou de Israel. Por isso a autorrealização só é vencida quando reconhecemos que tudo
vem de Deus. Por isso nossa motivação precisa ser a glória de Deus. E não os elogios
das pessoas.

Frase de transição: O segundo ídolo do coração que precisa ser tratado é a...

2. Ansiedade.
A ansiedade é um dos sintomas mais comuns do esfriamento da nossa fé. Ela
é o oposto de fé. Porque a ansiedade é um ídolo que toma o lugar da confiança em
Deus no nosso coração. E aí a gente começa a antecipar situações porque não
confiamos em Deus. E a verdade é que isso gera medo e frustração no nosso coração.
Já viu que quando você faz um planejamento você fica ansioso. Por exemplo:
o orçamento financeiro da sua casa; ou, você tem que apresentar determinada coisa
certo dia; ou até mesmo quando chega próximo do nascimento do seu filho e você
começa a ficar ansioso.
A verdade é que a ansiedade é uma demonstração da ausência de fé em Deus
de que sua vontade é melhor para nós. Por isso, o que as Escrituras nos revelam para
vencer a ansiedade é exercitar o nosso coração nas promessas de Deus.
Por exemplo: Jesus Cristo no sermão do monte em Mateus capítulo 6 diz que:
“o Pai cuida dos lírios do campo e até dos passarinhos”. E Jesus pergunta aos
discípulos: “será que vocês não são muito mais importantes que as aves”. É
promessa de Deus que Ele vai cuidar de nós. Aproprie-se dessa verdade.
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Porque, como nos diz Pedro: “nós precisamos lançar sobre Ele a ansiedade,
porque Ele tem cuidado de vós” (1Pedro 5.7).
Então, o conselho que eu quero trazer a você é: alimente-se diariamente das
promessas de Deus. Porque são elas que vão aquecer seu coração para continuar no
dia a dia. Tenha fé! A história de Josué nos mostra que as promessas de Deus se
cumprem. Por isso podemos descansar n’Ele e ter fé.

Frase de transição: Por fim, um último ídolo coração que quero trazer a você
e que precisa ser tratado é a...

3. Impiedade.
A impiedade é um ídolo muito sútil na vida dos cristãos. Ela nos faz viver
nossas vidas sem pensar em Deus. Quando a impiedade domina nosso coração, nós
começamos a viver dia a dia sem nos voltarmos a Deus.
Impiedade no caso de cristãos acontece quando pensamos em Deus apenas
nos domingos. A impiedade é a própria falta de piedade. Ou seja, a falta de dedicação
a Deus.
E isso é muito fácil de acontecer em nossas vidas. Talvez esse seja um dos
ídolos mais extravagantes entre os crentes. Porque nós começamos a trabalhar como
se não fossemos servos de Deus; começamos a fazer uma série de coisas e deixamos
Deus fora da equação.
Veja que Raabe era uma ímpia. Ela levava a sua vida em uma cidade
fortificada. E isso poderia fazer ela se sentir muito segura. Mas, ela creu no Senhor
e a fé dela a fez assumir riscos. Porque quando ela acolheu os espias, ela estava indo
contra sua cidade.
E assim é conosco. As vezes nos guardamos dentro das nossas fortalezas
existenciais e deixamos Deus de fora. E um indicativo de que você pode estar
abrigando esse ídolo no seu coração é a falta de desejo em ter intimidade com Deus.
Sabe como Deus salvou Raabe da sua impiedade? Ele a separou do domínio
do pecado. Isso é santificação. O que nos ajuda a lutar contra a impiedade é o nosso
empenho de crescer em santidade.
Deus diz em sua Palavra: “Sejam santos, porque eu sou santo" (1 Pedro
1.16). Por isso nós precisamos renovar nossa luta por santificação.

Frase final: Como pregador e servo do Senhor Jesus, a minha oração por você
é para que o Espírito Santo te convença da seriedade da luta contra os nossos ídolos.
Para que não nasça em seu coração verdadeiras muralhas de Jericó.
Saiba que o Senhor é quem destrona os ídolos. Pra isso Ele exige nossa fé.
Porque tudo isso tem a ver com um propósito maior que é a glorificação de Cristo
ao subjugar todas as coisas. Amém!

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