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SUMÁRIO

NOME: _____________________________________________________ FONE: _________________

M I N I S T É R I O P Ú B L I C O D O E S T A D O

LÍNGUA PORTUGUESA ..........................................................................................................3 – 18

REDAÇÃO OFICIAL .............................................................................................................. 19 – 22

CONHECIMENTOS JURÍDICOS INSTITUCIONAIS ....................................................................... 23 – 60

LEI ORGÂNICA DO ESTADO ................................................................................................ 61 – 136

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO ............................................................................................ 137 – 158

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .............................................................................................. 159 – 284

DIREITO ADMINISTRATIVO .............................................................................................. 285 – 342

DIREITO CONSTITUCIONAL .............................................................................................. 343 – 382

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CONCURSO PÚBLICO

H LÍNGUA PORTUGUESA
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO: d) A pretenção dos candidatos impressionou,
negativamente, os jurados.
CONTEÚDOS DE PORTUGUÊS PARA FCC e) Somente os mazoquistas aceitam que viver é
sofrer constantemente.
▪ Domínio da ortografia oficial.
▪ Emprego da acentuação gráfica. Assinale a alternativa em que a grafia de todas as
▪ Emprego dos sinais de pontuação. palavras está correta.
▪ Emprego do sinal indicativo de crase. a) Mulçumano é todo indivíduo que adere ao
▪ Morfologia: Flexão nominal e verbal islamismo.
(Emprego de tempos e modos verbais. Vozes b) Gostaria de saber como se entitula esse
do verbo). Pronomes: emprego, formas de poema em francês.
tratamento e colocação. Domínio dos c) Esses irmãos vivem se degladiando, mas no
mecanismos de coesão textual (Conjunção). fundo se amam.
▪ Sintaxe: Concordância nominal e verbal. d) Não entendi o porquê da inclusão desses
Regência nominal e verbal. asterísticos.
▪ Morfossintaxe. e) Essa prova não será empecilho para mim.
▪ Semântica. Propriedade vocabular.
▪ Redação (confronto e reconhecimento de Emprego da acentuação gráfica.
frases corretas e incorretas).
▪ Compreensão e interpretação de textos de Considere as afirmativas a seguir:
gêneros variados. Reconhecimento de tipos
e gêneros textuais. I. Na frase “Ela trabalha de segunda à sexta-
▪ Figuras de linguagem. feira”, está correto o emprego do acento
▪ Discurso direto, indireto e indireto livre. indicativo de crase, porque sempre ocorre
▪ Redação Oficial Manual de Redação da crase antes de dias da semana.
Presidência da República. Níveis de II. Na frase “A construção das pirâmides
linguagem. Adequação da linguagem ao tipo egípcias envolveram milhares de
de documento. Pronomes de tratamento. trabalhadores e técnicas sofisticadas”, há
erro quanto à concordância verbal, porque
Dificuldades da Língua Portuguesa: o verbo envolver deveria estar na terceira
pessoa do singular.
A fim ou afim? III. Tanto na palavra saúde quanto na palavra
Afim = semelhante. Exemplo: “O gosto dela era afim ao da açaí, o acento gráfico sinaliza a existência
turma”. de hiato.
A fim = finalidade. Exemplos: “Veio a fim de conhecer os IV. Na frase “A primeira cirurgia, transcorreu
parentes” sem maiores problemas”, está correta a
pontuação, uma vez que se deve separar
com vírgula o sujeito do verbo.
V. Está correta a concordância nominal na
frase “Ela comprou óculos e bolsa
Complete as frases com afim ou a fim. caríssimos”, porque o adjetivo se refere a
a) Os alunos esforçaram-se ambos os substantivos.
___________________ de conseguir a
aprovação. Assinale a alternativa CORRETA.
b) Não éramos ____________ daquele tipo de a) Somente III e V são verdadeiras.
música. b) Somente I, III e IV são verdadeiras.
c) A viagem foi realizada _______________ de c) Somente II e III são verdadeiras.
promover um acordo entre os países. d) Somente I, IV e V são verdadeiras.
d) Nossas intenções foram_______________, e) Somente II, III e V são verdadeiras.
mas tudo mudou.
e) A professora insistiu no silêncio Assinale a alternativa em que todos os vocábulos
_______________ de iniciar a aula. são acentuados por se enquadrarem na mesma
regra de tonicidade.
Domínio da ortografia oficial. a) Parâmetro, líquido, álbuns, ênfase, tórax.
b) Biquíni, lágrima, fórum, ágil, íon.
c) Ética, círculo, bíceps, órfão, picolés.
Assinale a opção na qual a palavra em destaque
d) Prótese, epígrafe, lápis, néctar, hábito.
está de acordo com a ortografia oficial.
e) Parabéns, camelôs, pavê, guaraná, ninguém.
a) Diante dos impecilhos, o importante é lutar
para superá-los diariamente.
b) A imerção no trabalho levou-o,
temporariamente, a esquecer os problemas
pessoais.
c) Muitas foram as exceções apresentadas ao
projeto inicial dos novos empreendedores.

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Emprego dos sinais de pontuação. Observando aspectos de pontuação, concordância
e colocação pronominal, podemos afirmar que:
TEXTO
A cerveja I. na oração "A ética, como morada humana,
A versão nacional de sexo, drogas e "rock and roll" é não é algo pronto e construído de uma só
samba, suor e cerveja. A famosa loura gelada se vez", há um uso inadequado no que diz
configurou como a bebida número 1 quando as respeito à pontuação, uma vez que se usou
indústrias perceberam que era necessário associar um a vírgula entre o sujeito A ÉTICA e o verbo
conceito que estimulasse as vendas. Como as marcas ser (É).
que patrocinam esportes, as campanhas publicitárias II. na oração "Na ética há o permanente e o
de cerveja agregaram ao ato de beber a ideia de lazer mutável", há um ERRO de concordância,
em grupo. Ao contrário da pinga, ela é uma bebida uma vez que o sujeito "o permanente e o
para ser compartilhada e, com isso, se traduziu como mutável" é composto, logo o verbo haver
um instrumento de alegria coletiva, uma espécie de (HÁ) deveria estar na terceira pessoa do
combustível que faz aflorar a característica da plural.
festividade do caráter nacional. "Cerveja é amizade, III. na oração "moldando-a ao seu jeito", o
confraternização e descontração, enfim, valores muito pronome pessoal do caso oblíquo átono "a"
próximos de nós brasileiros", define Marcos Mesquita, está enclítico ao verbo no gerúndio, em
superintendente do Sindicerv, Sindicato das Indústrias início de oração, de acordo com a norma
Cervejeiras. Da década de 80 para a de 90, os culta.
fabricantes enterraram de vez o caráter artesanal da
cerveja. Pequenas produtoras foram compradas e as Assinale:
marcas tradicionais investiram em sistemas de a) se I e II estão corretas.
produção mais eficientes, o que ajudou a baratear o b) se todas estão incorretas.
custo do produto e aumentar o volume de vendas. c) se apenas III está correta.
Colocá-la como patrocinadora das festas de carnaval d) se I e III estão corretas.
foi a estratégia definitiva para alçá-la de vez a paixão e) se apenas II está correta.
nacional. A cerveja é hoje o produto nacional que mais
contribui para as receitas públicas, cerca de R$5,5 Emprego do sinal indicativo de crase.
bilhões por ano, superando os carros e o cigarro. Use, nas Palavras Abaixo, o Acento Grave Quando
Veja", Edição Especial For Necessário:
1. – O plano dos bandidos saiu [as] avessas.
As aspas usadas no texto têm a função de: 2. – Não chegaram [a] saber quem era [a]
a) Enfatizar ideias importantes. autoridade.
b) Isolar informações intercaladas.
c) Insinuar que as palavras estão sendo usadas 3. – Encontramos os barcos [as] margens da
em outro sentido. lagoa.
d) Delimitar expressões de origem estrangeira. 4. – Fui [a] casa, mas voltei logo.
e) Marcar discurso direto. 5. – Não fui [aquela] farmácia.
6. – Entregamos o prêmio [aquele] aluno.
TEXTO 7. – Submeterei [aqueles] alunos a uma prova.
Ethos - ética em grego - designa a morada humana. O
ser humano separa uma parte do mundo para, 8. – Reprovo [aquela] atitude.
moldando-A ao seu jeito, construir um abrigo protetor 9. – Encontrei-o [a] porta de minha casa.
e permanente. A ética, como morada humana, não é 10. – [A] noite, se reuniam para ouvi-lo.
algo pronto e construído de uma só vez. O ser humano 11. – Sua aversão [a] estrangeiros era
está sempre tornando habitável a casa que construiu censurada.
para SI. Ético significa, portanto, tudo aquilo que ajuda 12. - [As] dez e meia todos dormiam.
a tornar melhor o ambiente para que seja uma morada
saudável: materialmente sustentável,
13. - Enviei a encomenda [a] Fernanda.
psicologicamente integrada e espiritualmente fecunda. 14. – Você vai [a] aula hoje?
Na ética há o permanente e o mutável. O permanente 15. – Não desobedeça [a] ninguém.
é a necessidade do ser humano de ter uma moradia: 16. – Os guardas ficaram [a] uma grande
uma maloca indígena, uma casa no campo e um distância.
apartamento na cidade. TODOS estão envolvidos com 17. - Os meninos chegaram [a] uma hora.
a ética, porque todos buscam uma morada
permanente. O mutável é o estilo com que cada grupo
18. – Você entregou [a] encomenda [a] Dona
Luísa?
constrói sua morada. É sempre diferente: rústico,
colonial, moderno, de palha, de pedra... Embora 19. – Você deu parabéns [a] Sua Alteza?
diferente e mutável, o estilo está a serviço do 20. – Ofereci um presente [a] Carolina?
permanente: a necessidade de ter casa. A casa, nos
seus mais diferentes estilos, deverá ser habitável.
BOFF, Leonardo. In A ÁGUIA E A GALINHA.

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TEXTO
"O futebol é muito maior do que a criação artística"
1 Por que cargas d'água o futebol não tem na
literatura brasileira a correspondência de sua 5 – Há ou A?
verdadeira dimensão na nossa sociedade? Na ▪ Há – quando o espaço de tempo passado.
verdade, pode-se ... (I) ... essa questão ¨para todas as Exemplo: “Ela saiu há dez minutos” (= ela saiu
demais manifestações artísticas - música, cinema, faz 10 minutos)
teatro e artes plásticas. De ...(II)... muito, o futebol £se ▪ A – tempo futuro. Exemplos: “Ela voltará daqui a
infiltrou de tal forma no ¤tecido social brasileiro que dez minutos” - “Estamos a quase dois mil anos
está presente no nosso dia-a-dia de maneira do nascimento de Cristo”
sufocante. Respirarmos futebol e falamos de futebol,
quer gostemos ou não de futebol. Ele já faz parte da Morfologia: Flexão nominal e verbal (Emprego de
própria natureza do brasileiro. Mas isso não está tempos e modos verbais. Vozes do verbo). Pronomes:
devidamente expresso na poesia ou na prosa, nem emprego, formas de tratamento e colocação. Domínio
impresso nas obras espalhadas pelas galerias de arte, dos mecanismos de coesão textual (Conjunção).
tampouco projetado nas telas de cinema,
representado devidamente nos palcos ou ¥capturado
em seu rico gestual pelas coreografias de balé.
2 Talvez a resposta esteja com o professor,
ensaísta, poeta, escritor e gênio em geral, Décio
Pignatari, que, ©a propósito, me disse certa vez: "É
que o futebol é muito maior do que a criação artística".
3 O que o mestre queria dizer, se ¦entendi, é
que o futebol incorpora a graça do balé, a dinâmica do
cinema, a expressão do ser e dos movimentos das
artes plásticas; ele cria os mais inverossímeis
personagens, tece as tramas mais insólitas que a
ficção possa conceber e nos §derrama um belo verso,
ao menos, ... (III) ... cada partida. Assim, criou sua
própria semântica, uma linguagem que dispensa as
demais.
(Adaptado de: HELENA JR., Alberto. O FUTEBOL É
MUITO MAIOR DO QUE A CRIAÇÃO ARTÍSTICA.

Considere as seguintes afirmações sobre o uso da


crase.
I. I - Caso substituíssemos a expressão
Toda ciência contém, em seus fundamentos, uma
"faz parte" (par.1) pelo verbo "compõe",
mitologia. Para muitos, a MITOLOGIA é coisa da
seriam criadas, no contexto da oração,
fantasia, enquanto A CIÊNCIA se constitui em fala de
as condições para o uso de crase.
gente séria.
II. II - Caso substituíssemos a forma verbal
Na passagem acima, os pronomes que substituem,
"incorpora" (par.2) por "remete", seriam
pela ordem, os termos em destaque sem que haja
criadas, no contexto da oração, as
alteração de sentido são:
condições para o uso de crase.
a) esta / essa.
III. III - Caso substituíssemos a forma verbal
b) aquela / esta.
"criou" (par.3) por "fixou", seriam criadas,
c) essa / aquela.
no contexto da oração, as condições
d) aquela / essa.
para o uso de crase.
e) esta / aquela.
Quais estão corretas?
a) Apenas I
TEXTO
b) Apenas II
A ALMA ESFÉRICA DO CARIOCA
c) Apenas III
"Chego do mato vendo tanta gente de cara triste pelas
d) Apenas I e III
ruas, tanto silêncio de derrota dentro e fora das casas,
e) Apenas II e III
como se o gosto da vida se tivesse encerrado, de vez,
com as cinzas do finado carnaval dos últimos dias.
Imperdoável melancolia de quem sabe, e sabe muito
bem, que esta deliciosa cidade não é samba, apenas;
que o Rio, alma do Brasil, afina também seus melhores
sentimentos populares por outra paixão não menos
respeitável - o futebol. Esse abençoado binômio,
carnaval-futebol, é que explica e eterniza a alma
esférica da gente mais alegre de nosso alegre País.
Por que, então, chorar a festa passada se ao breve
ciclo da fantasia do samba logo se segue a ardente

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realidade do futebol? Desmontaram o palanque por perdem a motivação. Quando um cão tem pulgas, não
onde desfilou a elite do samba? E daí? Lá está o se mata o cão, eliminam-se as pulgas."
Maracanã, rampas gigantescas, assentos Marcos Moreno (Varginha, MG)
intermináveis, tudo pronto para o grande desfile de Observe o fragmento:
angústias e paixões que precedem a glória de um
chute. Agora mesmo, alguém me veio dizer, contente, "(...) quando perde o controle e libera seus instintos
que a grama está uma beleza, de área a área, e que, animais primitivos." (Texto I)
com as últimas chuvas, o verde rebentou verdíssimo. Identifique o período em que as palavras destacadas
Salgueiro, Fluminense, Mangueira, Flamengo, têm, respectivamente, a mesma classe de "controle" e
Império, Botafogo - milagrosa alternação de emoções "animais" do fragmento proposto.
na vida de uma cidade; passos e passes de uma gente a) É preciso que você CONTROLE os ANIMAIS.
que curtiu seu amor ao mesmo tempo no contratempo b) Ele conseguiu manter o CONTROLE de suas
de um tamborim e no instante infinito de um gol. inclinações ANIMAIS.
Mal se foi o Salgueiro, já vem chegando o Flamengo, c) O CONTROLE dos ANIMAIS não deve ser
preto e vermelho, apontando, ardente, na boca do descuidado.
túnel que se abre para a multidão em delírio. d) Há necessidade de que ele CONTROLE os
Couro de gato, bola de couro, quicando e repicando impulsos ANIMAIS.
pela glória de uma cidade que não tem por que chorar e) Não há CONTROLE dos ANIMAIS primitivos.
tristezas. Rio."
(Armando Nogueira) De acordo com a norma padrão da Língua Portuguesa
e a gramática normativa, com relação à conjugação
A opção em que NÃO há correspondência entre a dos verbos, assinale a alternativa em que o verbo
palavra destacada e a classe gramatical a ela atribuída destacado esteja conjugado no tempo e no modo
é: indicados dentro dos parênteses.
a) "MAL se foi o Salgueiro," - conjunção a) Por mais que eu tente, eu não caibo mais no
b) "POR QUE, então, chorar a festa passada...". meu vestido de formatura. (Presente do
- locução adverbial Subjuntivo)
c) "...o verde rebentou VERDÍSSIMO" - b) Quando eu cri no Senhor Jesus Cristo, Ele
advérbio. perdoou meus pecados. (Pretérito Imperfeito
d) "de área A área," - preposição. do Indicativo)
e) "...e no INSTANTE infinito de um gol". - c) A febre persistente combalia o doente.
substantivo. (Futuro do Pretérito do Indicativo)
d) Por mais que seja dolorida, sei que um dia
TEXTO essa angústia passará. (Pretérito Imperfeito
PAINEL DO LEITOR do Subjuntivo)
Pede-se que as cartas não ultrapassem 15 linhas e e) Quem dera meu pai fosse um homem de
que contenham o nome completo, assinatura, o palavra. (Pretérito mais-que-perfeito do
endereço e se possível telefone. Para atender mais Indicativo)
leitores a FOLHA se reserva o direito de publicar
trechos representativos das cartas recebidas.

TEXTO I
TORCIDAS A princípio ou em princípio?
"Estamos todos assustados com as variadas ▪ A expressão a princípio significa no começo,
formas de violência que assolam o país e o mundo. O inicialmente. Exemplo: “A princípio, eles foram
comportamento das torcidas organizadas é um muito felizes”
pequeno exemplo do que faz o homem dito 'moderno' ▪ A expressão em princípio significa em tese.
ou 'civilizado' quando perde o controle e libera seus Exemplo: “Em princípio, o preço solicitado
instintos animais primitivos. A verdade é que parece-nos justo”
chegamos a este final de milênio, na era da
informática, massacrados por uma brutal competição TEXTO:
dentro da própria espécie. Os valores e conceitos No dia seguinte fui à casa da filha do dono da livraria
estão tão distorcidos que a fina camada de verniz do [...]. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus
comportamento humano se rompe com facilidade, olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra
revelando que não somos mais do que bípedes menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-
primitivos da informática." lo. [...] Dessa vez nem caí; guiava-me a promessa do
Flávio Tallarico (Descalvado, SP) livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam
mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me
TEXTO II esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e
"Como é fascinante presenciar um estádio repleto de não caí nenhuma vez.
torcedores promovendo uma festa colorida, cantando Clarice Lispector. Felicidade Clandestina.
hinos e gritos de guerra, criando alegorias diversas.
Sem isso, o futebol perde seu brilho e os jogadores

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Marque a alternativa incorreta quanto à análise Assunto: Mecanismos de Coesão Textual
gramatical do texto.
a) A ausência da vírgula para indicar o
deslocamento da expressão adverbial
sublinhada constitui erro de pontuação nos
trechos: 1. No dia seguinte fui à casa da filha
do dono da livraria [...]; 2. Dessa vez nem caí;
3. [...] os dias seguintes seriam mais tarde a
minha vida inteira, [...]
b) A oração “Não me mandou entrar.” pode ser
escrita, sem alteração de sentido, da seguinte
forma: “Não mandou que eu entrasse.”
c) O adjunto adverbial exigido pelo verbo “ir”
tanto pode ser introduzido pela preposição
“a”, conforme no texto, como pode ser
introduzido pela preposição “em”: “No dia
seguinte fui na casa da filha do dono da
livraria [...]”.
d) A locução verbal “havia emprestado”, no TEXTO:
trecho “[...] disse-me que havia emprestado o Nem todas as plantas hortícolas se dão bem
livro a outra menina, [...]”, corresponde ao durante todo o ano; por isso é preciso fazer uma
pretérito mais-que-perfeito composto, estruturação dos canteiros a fim de manter-se o
podendo, pois, ser substituído corretamente equilíbrio das plantações. Com o sistema indicado,
por “emprestara”, que é o pretérito mais-que- não faltarão verduras durante todo ano, sejam folhas,
perfeito simples do verbo “emprestar”. legumes ou tubérculos.
e) O nome “amor” pode relacionar-se com Irineu Fabichak, in Horticultura ao Alcance de Todos
complementos precedidos das preposições
“a”, “de” e “por”. Em “[...] o amor pelo mundo (FCC) A conjunção “por isso” só não pode ser
me esperava [...]”, a preposição “por” pode substituída por:
ser substituída pela preposição “a”, sem que a) portanto
o sentido da expressão seja alterado. b) logo
c) então
Assunto: Mecanismos de Coesão Textual d) porque
e) assim
TEXTO:
Um prêmio chamado Sharp, ou Shell, Deus Assunto: Mecanismos de Coesão Textual
me livre! Não quero. Acho esses nomes feios. Não
recebo prêmios de empresas ligadas a grupos TEXTO:
multinacionais. Não sou traidor do meu povo nem Julgo que os homens que fazem a política
estou à venda. externa do Brasil, no Itamaraty, são excessivamente
Ariano Suassuna pragmáticos. Tiveram sempre vida fácil, vêm da elite
brasileira e nunca participaram, eles próprios, em
O último período do texto tem claro valor: combates contra a ditadura, contra o colonialismo.
a) causal Obviamente não têm a sensibilidade de muitos outros
b) temporal países ou diplomatas que conheço.
c) condicional José Ramos-Horta, na Folha de São Paulo
d) comparativo
e) proporcional A palavra que não se liga semanticamente aos
homens do Itamaraty é:
a) o segundo que (/. 1)
b) tiveram (/. 2)
c) vêm (/. 3)
d) eles (/. 3)
e) o terceiro que (/. 5)

Sintaxe: Concordância nominal e verbal. Regência


nominal e verbal.
(FCC) Assinale a opção INCORRETA com relação ao
emprego do gênero do substantivo em destaque.
a) Se meus filhos desejarem, farei a musse de
maracujá para a sobremesa desta noite.
b) Assim que o veterinário examinou o pobre
cão, sentiu muito dó, comovendo-se
bastante.

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c) A próxima eclipse ocorrerá no final deste (FCC) Em qual opção a regência do termo em
mês, à noitinha, mas somente no Sudeste. destaque apresenta um desvio da modalidade
d) Como todos sabem, o plasma é fundamental padrão da língua?
na cura de certas doenças graves. a) Apesar de ter posição contrária sobre as
e) Trouxeram o champanhe que eu causas da diminuição da leitura, o
encomendei, há dias, para o jantar de hoje? conferencista foi bastante afável com o
estudante.
(FCC) A concordância verbal está de acordo com a b) O articulista mostrou que é próprio das
norma-padrão da língua portuguesa em pessoas associarem leitura a pensamento.
a) O peão e o agricultor, por motivo de força c) O estudante argumentou que não estava apto
maior, plantará o milho aqui. a ler aquele livro, cuja linguagem era bastante
b) Falta setenta dias para começar a colheita do rebuscada.
café nas encostas. d) Ele estava propenso de substituir o livro pela
c) O engenheiro ou arquiteto visitará o internet, mas foi convencido pelo professor a
loteamento amanhã. perseverar.
d) São uma hora e quarenta e nove minutos
e) Muitos indivíduos são imunes ao prazer
precisamente.
despertado por um bom livro e preferem
e) Vende-se terras extensas naquelas regiões
outros meios tecnológicos de comunicação.
longínquas.
(FCC) A regência verbal está incorreta em
(FCC) Assinale a alternativa correta quanto ao
emprego do verbo haver.
a) Obedeça à sinalização.
a) Eu não sei, doutor, mas devem haver leis. b) As enfermeiras assistiram
b) Também a mim me hão ferido. irrepreensivelmente o doente.
c) Haviam tantas folhas pelas calçadas. c) Paguei todos os trabalhadores.
d) Faziam oito dias que não via Guma. d) Todos nós carecemos de afeto.
e) Não haverão umas sem as outras. e) Costumo obedecer a preceitos éticos.

(FCC) Escolha a frase cuja concordância nominal (FCC) Levando-se em conta a norma-padrão
está correta. escrita da língua portuguesa, das frases abaixo, a
a) Alguns pseudos-sociólogos se opõem ao única correta do ponto de vista da regência verbal
Bolsa Família. é:
b) Há partes da floresta que estão menas a) A cidade tem características que a rendem,
devastadas que outras. ao mesmo tempo, críticas e elogios.
c) Visto a grande destruição, alguma atitude b) Para você evitar o estresse, é imprescindível
deve ser tomada. seguir o estilo de vida que mais o interesse.
d) Seguem anexo os documentos do processo. c) É importante prezar não só a ordem mas
e) Todos devem ficar alerta para a questão do também a liberdade.
desmatamento. d) Sua distração acarretou em grandes
prejuízos para todo o grupo.
(FCC) Em que opção a concordância nominal está e) Alguém precisa se responsabilizar sobre a
correta? abertura do prédio na hora combinada.
a) Pais e professores estão alertas para a
notória diminuição do hábito de leitura entre
os jovens.
b) Infelizmente, tornaram-se tiranas as mães e
os educadores que não refletiram sobre a
palestra.
c) Algumas pessoas ficaram todo felizes
quando acertaram muitas questões na prova
de seleção.
d) O profissional inexperiente traduziu errada
uma das frases, confundindo muitos leitores.
e) Muitos sabem que é proibida entrada de
animais em supermercados e hortifrútis.

(FCC) Marque a alternativa sintaticamente correta.


a) Vão anexo os formulários.
b) Todos estavam alertas.
c) A porta estava meia aberta.
d) Eu comi meio tomate.
e) Inclusa seguem as notas.

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03. (FCC) O item em que o vocábulo destacado tem
seu sinônimo corretamente indicado:
a) Salva-me, de qualquer modo, o provérbio
italiano... – citação;
b) ...com perguntas de todo jaez... – tipo;
c) ...tentando conquistar um companheiro de
lazer. – aventuras;
d) ... prelibando pelo menos uma hora... –
desejando;
e) O peralta não levará menos do que isso... –
revolucionário.

04. (FCC) O segmento que não apresenta qualquer


processo de intensificação vocabular é:
a) Arrumar o homem é a tarefa das tarefas;
b) Em menos de uma hora era impossível;
c) Era mais fácil;
d) Nunca ouvi verdade tão cristalina;
e) A ideia mais luminosa que ocorreu ao pai.

05. (FCC) “...você não percebeu que atrás do mundo,


o quebra-cabeça tinha um homem?” e “... se é que se
quer arrumar o mundo”; a palavra mundo nesses dois
(FCC) Assinale a opção na qual a regência do segmentos;
verbo destacado foi utilizada de acordo com a a) apresenta significados idênticos;
modalidade padrão. b) representa significados opostos;
a) Eu custo a acreditar que existem pessoas c) mostra significados abstratos;
desprezando livros em troca de d) possui alguns traços em comum;
computadores. e) é exemplo de substantivo próprio.
b) O professor sempre lembrava de comentar as
notícias internacionais após a aula. 06. (FCC) “Tudo tem a ver conosco.” A frase em que
c) Dedicar-se ao trabalho implica, sempre, encontramos o homófono correspondente à expressão
resultados eficazes, profícuos e confiáveis. em destaque, é:
d) Todos dizem que este menino puxou o pai a) A verdade do mundo nos chegou pela TV.
quando o assunto é esportes aquáticos. b) Vá ver o jornal da TV agora.
e) Pessoas sensatas preferem muito mais uma c) Vai haver um debate sobre globalização.
boa conversa do que um programa de TV. d) É difícil eles haverem percebido isso
sozinhos.
Semântica. Propriedade vocabular. e) Foi lá ver se tudo estava bem com elas.
01. (FCC) A frase incorreta, entre as que estão
abaixo, é: Assunto: Figuras de linguagem
a) Se soubéssemos por que motivo ele nos
escreveu, saberíamos o que fazer;
b) Por que não chegaste na hora certa?
c) Ninguém soube explicar o porquê de sua
ausência.
d) Se não era culpada, porque ela fugiu?
e) Expulsaram-no da assembleia porque se
comportava mal.

02. (FCC) Basta arrumar o homem (...) e o mundo fica


arrumado! A noção expressa pela primeira oração, em
relação à segunda é:
a) concessão;
b) causa;
c) tempo;
d) comparação;
e) condição.

TEXTO I
Marx disse que Deus é o ópio do povo. Já
sabemos que não entendia nem de Deus nem de ópio.
Deus é uma experiência de fé. Impossível defini-lo.
Paulo Coelho, em O Globo

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A figura de linguagem presente no primeiro TEXTO:
período é:
a) metáfora
b) metonímia
c) prosopopeia
d) pleonasmo
e) hipérbole

TEXTO:

CAPÍTULO LIII

Virgília é que já se não lembrava da meia


dobra; toda ela estava concentrada em mim, nos meus
olhos, na minha vida, no meu pensamento; – era o que
dizia, e era verdade.
Há umas plantas que nascem e crescem No último quadrinho da tirinha, Armandinho sugere
depressa; outras são tardias e poucas. O nosso amor que seu pai “explique” aos mosquitos que ele não pode
era daquelas; brotou com tal ímpeto e tanta seiva, que, doar sangue. Considerando que mosquitos não
dentro em pouco, era a mais vasta, folhuda e possuem habilidades para entender explicações,
exuberante criatura dos bosques. Não lhes poderei assinale a alternativa CORRETA quanto à figura de
dizer, ao certo, os dias que durou esse crescimento. linguagem que representa o uso dessa forma verbal,
Lembra-me, sim, que, em certa noite, abotoou-se a nesse contexto.
flor, ou o beijo, se assim lhe quiserem chamar, um a) Personificação.
beijo que ela me deu, trêmula, – coitadinha, – trêmula b) Comparação.
de medo, porque era ao portão da chácara. Uniu-nos c) Sinestesia.
esse beijo único, – breve como a ocasião, ardente d) Alegoria.
como o amor, 1prólogo de uma vida de delícias, de e) Metonímia.
terrores, de remorsos, de 2prazeres que rematavam
em dor, de aflições que desabrochavam em alegria, –
uma 3hipocrisia paciente e sistemática, único freio de
uma 4paixão sem freio, – vida de agitações, de cóleras,
de desesperos e de ciúmes, que uma hora pagava à Haja vista ou haja visto?
farta e de sobra; mas outra hora vinha e engolia A expressão haja vista, que significa veja-se a propósito,
aquela, como tudo mais, para deixar à tona as tem, como segundo elemento, a palavra vista (neste caso,
agitações e o resto, e o resto do resto, que é o fastio e sempre invariável). É, pois, incorreto o emprego de haja
a saciedade: tal foi o 5livro daquele prólogo. visto. O verbo haja, porém, pode pluralizar: hajam vista.
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Exemplo: “O trânsito nas estradas tem estado caótico: haja
Cubas. vista o trágico acidente de ontem (hajam vista os trágicos
acidentes)”
Dentre os recursos expressivos empregados no
texto, tem papel preponderante a Simulados:
a) metonímia (uso de uma palavra fora do seu
contexto semântico normal, com base na Pós-11/9
relação de contiguidade existente entre ela e Li que em Nova York estão usando “dez de setembro”
o referente). como adjetivo, significando antigo, ultrapassado.
b) hipérbole (ênfase expressiva resultante do Como em: “Que penteado mais dez de setembro!”. O
exagero da significação linguística). 11/9 teria mudado o mundo tão radicalmente que tudo
c) alegoria (sequência de metáforas o que veio antes – culminando com o day before [dia
logicamente ordenadas). anterior], o último dia das torres em pé, a última
segunda-feira normal e a véspera mais véspera da
d) sinestesia (associação de palavras ou
História – virou preâmbulo. Obviamente, nenhuma
expressões em que ocorre combinação de
normalidade foi tão afetada quanto o cotidiano de
sensações diferentes numa só impressão).
Nova York, que vive a psicose do que ainda pode
e) prosopopeia (atribuição de sentimentos acontecer. Os Estados Unidos descobriram um
humanos ou de palavras a seres inanimados sentimento inédito de vulnerabilidade e reorganizam
ou a animais). suas prioridades para acomodá-las, inclusive
sacrificando alguns direitos de seus cidadãos, sem
falar no direito de cidadãos estrangeiros não serem
bombardeados por eles. Protestos contra a
radicalíssima reação americana são vistos como
irrealistas e anacrônicos, decididamente “dez de
setembro”.
Mas fatos inaugurais como o 11/9 também
permitem às nações se repensarem no bom sentido,

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não como submissão à chantagem terrorista, mas para 3. (FCC-2023) Ao comentar a tragédia de 11 de
não perder a oportunidade do novo começo, um pouco setembro, o autor observa que ela
como Deus – o primeiro autocrítico – fez depois do a) foi uma espécie de prólogo de uma série de muitas
Dilúvio. Sinais de revisão da política dos Estados outras manifestações terroristas.
Unidos com relação a Israel e os palestinos são b) exigiria das autoridades americanas a adoção de
exemplos disto. E é certo que nenhuma reunião dos medidas de segurança muito mais drásticas que as
países ricos será como era até 10/9, pelo menos por então vigentes.
algum tempo. No caso dos donos do mundo, não se c) estimularia a população novaiorquina a tornar mais
devem esperar exames de consciência mais estreitos os até então frouxos laços de solidariedade.
profundos ou atos de contrição mais espetaculares, d) abriu uma oportunidade para que os americanos
mas o instinto de sobrevivência também é um caminho venham a se avaliar como nação e a trilhar um novo
para a virtude. O horror de 11/9 teve o efeito caminho.
paradoxalmente contrário de me fazer acreditar mais e) faria com que os americanos passassem a ostentar
na humanidade. com ainda maior orgulho seu decantado nacionalismo.
A questão é: o que acabou em 11/9 foi prólogo,
exatamente, de quê? Seja o que for, será diferente. 4. (FCC-2023) Estão plenamente observadas as normas
Inclusive por uma questão de moda, já que ninguém de concordância verbal na frase:
vai querer ser chamado de “dez de setembro” na rua. a) Sobrevieram à tragédia de 11/9 consequências
(Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro) profundas, como a psicose coletiva a que se renderam
muitos cidadãos novaiorquinos.
1. (FCC-2023) Já se afirmou a respeito de Luís Fernando b) Agregou-se ao cotidiano de Nova York, a despeito das
Verissimo, autor do texto aqui apresentado: "trata-se medidas de segurança, sentimentos de medo e
de um escritor que consegue dar seriedade ao humor desconfiança generalizados.
e graça à gravidade, sendo ao mesmo tempo c) Uma certa soberba, característica dos americanos,
humorista inspirado e ensaísta profundo". Essa rara mesmo depois do atentado de 11/9 não se aplacaram.
combinação de planos e tons distintos pode ser d) Muitas vezes decorre de uma grande tragédia coletiva,
adequadamente ilustrada por meio destes segmentos como a de 11/9, sentimentos confusos, como os da
do texto: humilhação, da revolta e da impotência.
I. Que penteado mais dez de setembro! e Os Estados e) Sobrevivem até mesmo depois de grandes tragédias a
Unidos descobriram um sentimento inédito de tendência dos homens ao prosaísmo e ao mau gosto,
vulnerabilidade. como no uso da expressão dez de setembro.
II. um pouco como Deus – o primeiro autocrítico – fez
depois do Dilúvio e o instinto de sobrevivência também 5. (FCC-2023) Está adequado o emprego de ambos os
é um caminho para a virtude. elementos sublinhados na frase:
III. fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às a) A obsolescência e o anacronismo, atributos nos quais
nações se repensarem e não se devem esperar os americanos manifestam todo seu desprezo,
exames de consciência mais profundos. passaram a se enfeixar com a expressão dez de
setembro.
Em relação ao texto, atende ao enunciado desta b) O estado de psicose, ao qual imergiram tantos
questão o que se transcreve em americanos, levou à adoção de medidas de segurança
a) I, II e III. em cuja radicalidade muitos recriminam.
b) I e II, apenas. c) A sensação de que o 11/9 foi um prólogo de algo ao
c) II e III, apenas. qual ninguém se arrisca a pronunciar é um indício do
d) I e III, apenas. pasmo no qual foram tomados tantos americanos.
e) II, apenas. d) Não é à descrença, sentimento com que nos sentimos
invadidos depois de uma tragédia, é na esperança que
2. (FCC-2023) Considerando-se o contexto, traduz-se queremos nos apegar.
adequadamente o sentido de um segmento em: e) Fatos como os de 11/9, com que ninguém espera se
a) significando antigo, ultrapassado (1º. parágrafo) = deparar, são também lições terríveis, de cujo
conotando nostálgico, recorrente. significado não se deve esquecer.
b) reorganizam suas prioridades para acomodá-las (1º.
parágrafo) = ratificam suas metas para as 6. (FCC-2023) Está clara e correta a redação deste livre
estabilizarem. comentário sobre o texto:
c) atos de contrição mais espetaculares (2º. parágrafo) = a) De fato, humor ferino e crítica lúcida podem convergir
demonstrações mais grandiosas de arrependimento. em um mesmo texto, como é o caso dessa crônica
d) teve o efeito paradoxalmente contrário (2º. parágrafo) exemplar de Luís Fernando Verissimo.
= decorreu de uma irônica contradição. b) Há casos exemplares de crônicas como esta, aonde a
e) foi prólogo, exatamente, de quê? (3º. parágrafo) = a ironia, a mordacidade e a análise sabem conviver de
que mesmo serviu de pretexto? modo a que pareçam naturais.
c) Este autor tem conseguido viver apenas do que
escreve, além de eventuais entrevistas em que ele
concede, mesmo se considerando tímido.

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d) O autor equipara o 11/9 ao Dilúvio bíblico, com base submeteram o Iraque, país tomado como bode
na proporção desses fatos e do sentido de autocrítica expiatório.
que contribui para ambos. c) O significado que a expressão dez de setembro
e) Poucos autores se pronunciaram sobre o 11/9, seja passou a ter depois do trágico atentado denota a
por que em respeito aos sacrificados, ou por que é preocupação dos americanos com o que está ou não
comum que as grandes tragédias impliquem em na moda.
silêncio. d) Jamais os Estados Unidos haviam tomado consciência
de sua vulnerabilidade, que ficou evidenciada com o
7. (FCC-2023) Na frase - No caso dos donos do mundo, bem-sucedido ataque terrorista às torres gêmeas.
não se devem esperar exames de consciência mais e) Ainda que se considere um episódio obviamente
profundos, é correto afirmar que trágico, as torres gêmeas constituíam um símbolo da
a) a construção verbal é um exemplo de voz ativa. opulência capitalista e da alta tecnologia americana.
b) a partícula se tem a mesma função que em E se ela
não vier? Estradas e viajantes
c) a forma plural devem concorda com exames.
d) ocorre um exemplo de indeterminação do sujeito. A linguagem nossa de cada dia pode ser
e) a expressão donos do mundo leva o verbo ao plural. altamente expressiva. Não sei até quando
sobreviverão expressões, dita- dos, fórmulas
8. (FCC-2023) Em 11 de setembro ocorreu a tragédia proverbiais, modos de dizer que atravessaram o
que marcou o início deste século, e o mundo tempo falando as coisas de um jeito muito especial,
acompanhou essa tragédia pela TV. A princípio, gostoso, sugestivo. Acabarão por cair todas em
ninguém atribuiu a essa tragédia a dimensão que ela desuso numa época como a nossa, cheia de pressa e
acabou ganhando, muitos chegaram a tomar essa sem nenhuma paciência, ou apenas se renovarão?
tragédia como um grave acidente aéreo. Algumas expressões são tão fortes que resistem
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima aos séculos. Haverá alguma língua que não
substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem estabeleça formas de comparação entre vida e
dada, por viagem, vida e caminho, vida e estrada? O grande
a) acompanhou-a - a atribuiu - lhe tomar Dante já começava a Divina Comédia com “No meio
b) acompanhou-a - lhe atribuiu - tomá-la do caminho de nossa vida...”. Se a vida é uma viagem,
c) lhe acompanhou - lhe atribuiu - tomar-lhe a grande viagem só pode ser... a morte, fim do nosso
d) acompanhou-a - a atribuiu - tomá-la caminho. “Ela partiu", “Ele se foi”, dizemos. E assim
e) lhe acompanhou - atribuiu-lhe - a tomar vamos seguindo...
Quando menino, ouvia com estranheza a frase
9. (FCC-2023) Está inteiramente adequada a pontuação “Cuidado, tem boi na linha”. Como não havia linha de
do seguinte período: trem nem boi por perto, e as pessoas olhavam
a) Há eventos que como o 11 de setembro, passam a disfarçadamente para mim, comecei a desconfiar, mas
constituir um marco histórico; seja pela gravidade que sem compreender, que o boi era eu; mas como assim?
tiveram em si mesmos; seja pelas consequências que Mais tarde vim a entender a tradução completa e
dele derivaram projetadas em escala mundial. prosaica: “suspendamos a conversa, porque há
b) Há eventos que como o 11 de setembro, passam a alguém que não deve ouvi-la”. Uma outra expressão
constituir um marco histórico seja pela gravidade, que pitoresca, que eu já entendia, era “calça de pular
tiveram em si mesmos, seja pelas consequências, que brejo” ou “calça de atravessar rio”, no caso de pernas
dele derivaram, projetadas em escala mundial. crescidas ou calças encolhidas, tudo constatado
c) Há eventos que como o 11 de setembro, passam a antes de pegar algum caminho.
constituir um marco histórico − seja pela gravidade que Já adulto, vim a dar com o termo “passagem”, no
tiveram, em si mesmos, seja pelas consequências que sentido fúnebre. “Passou desta para melhor”. Situação
dele derivaram, projetadas em escala mundial. difícil: “estar numa encruzilhada”. Fim de vida penoso?
d) Há eventos que, como o 11 de setembro, passam a “Também, já está subindo a ladeira dos oitenta...” São
constituir um marco histórico, seja pela gravidade que incontáveis os exemplos, é uma retórica inteira
tiveram em si mesmos, seja pelas consequências que dedicada a imagens como essas. Obviamente, os
dele derivaram, projetadas em escala mundial. poetas, especialistas em imagens, se encarregam de
e) Há eventos, que como o 11 de setembro, passam a multiplicá-las. “Tinha uma pedra no meio do caminho”,
constituir um marco histórico; seja pela gravidade que queixou-se uma vez, e para sempre, o poeta Carlos
tiveram em si mesmos, seja pelas consequências que, Drummond de Andrade, fornecendo-nos um símbolo
dele, derivaram projetadas em escala mundial. essencial para todo e qualquer obstáculo que um
caminhante fatalmente enfrenta na estrada da vida,
10. (FCC-2023) A má construção exige que se dê nova neste mundo velho sem porteira...
redação à seguinte frase: (Peregrino Solerte, inédito)
a) Por se sentirem donos do mundo, os países mais
poderosos não estão habituados a fazer, com
humildade, uma análise crítica de si mesmos.
b) Uma das consequências do trágico episódio de 11/9
foi o bombardeio a que os Estados Unidos

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1. (FCC-2023) A frase de abertura do texto – A 5. (FCC-2023) Está correta a seguinte afirmação sobre
linguagem nossa de cada dia pode ser altamente um procedimento construtivo do texto:
expressiva – corresponde a uma tese a) O segmento ou apenas se renovarão? expressa uma
a) cuja contestação é coerentemente desenvolvida, concomitância em relação ao segmento Acabarão por
concluindo-se com a referência a Carlos Drummond cair todas em desuso. (1º. parágrafo)
de Andrade. b) (B) A construção Algumas expressões são tão fortes
b) cujo desenvolvimento se faz com a multiplicação de que resistem aos séculos expressa uma comparação.
exemplos, relativos a um mesmo campo de expressão (2º. parágrafo)
simbólica. c) No segmento ouvia com estranheza a frase, o
c) cujo desenvolvimento acaba por comprovar a elemento sublinhado está empregado com a
ineficiência da linguagem simbólica, se comparada significação sentindo-me estranho. (3º. parágrafo)
com a rotineira. d) No segmento vim a dar com o termo “passagem”, o
d) cuja comprovação se dá pelo fato de que, na elemento sublinhado tem o sentido de passei a me
evolução de uma língua, as expressões simbólicas se valer. (4º. parágrafo)
mantêm sempre as mesmas. e) A construção Queixou-se uma vez, e para sempre,
e) cuja contestação é encaminhada mediante a afirma a permanência que uma expressão confere a
comparação entre a linguagem antiga e a linguagem um incidente. (4º. parágrafo)
contemporânea.
6. (FCC-2023) As normas de concordância verbal estão
2. (FCC-2023) Atente para as seguintes afirmações: plenamente observadas na frase:
o. a) De todas essas formulações tão expressivas
I. No 1 parágrafo, expressa-se a convicção de que
os modos de dizer mais expressivos não sobreviverão costumam resultar uma espécie de condensação
sábia das experiências vividas.
nos tempos modernos, por serem avaliados como
b) Algumas expressões saborosas, que parece resistirem
ineficazes nos processos de comunicação.
o à passagem dos séculos, não perdem o poder de
II. No 3 parágrafo, a impossibilidade de o menino síntese e a contundência dos símbolos.
compreender a frase ouvida aos adultos deveu-se ao c) Não se devem fiar nos anos eternos ou nos caminhos
fato de estar traduzida em linguagem prosaica. infinitos, é a lição de muitos provérbios e expressões
o que se popularizaram.
III. No 4 parágrafo, reconhece-se nos poetas a capa-
cidade de enriquecimento expressivo da linguagem, d) Não se decide se foram as pernas do menino ou as da
especialistas que são na criação de imagens. calça que mudaram de tamanho, no caso daquelas
duas saborosas frases.
Em relação ao texto, está correto APENAS o que se e) Se haviam pedras no caminho do poeta, também
afirma em existem no nosso, mas nenhum de nós expressou isso
a) I. com a mesma agudeza.
b) II.
c) III. 7. (FCC-2023) Transpondo-se para a voz passiva a
d) Ie II. construção Mais tarde vim a entender a tradução
e) IIe III. completa, a forma verbal resultante será:
a) veio a ser entendida.
3. (FCC-2023) As expressões E assim vamos seguindo b) teria entendido.
e neste mundo velho sem porteira c) fora entendida.
a) devem ser tomadas como exemplos do mesmo tipo de d) terá sido entendida.
repertório de imagens enumeradas no texto. e) tê-la-ia entendido.
b) constituem mais exemplos da tradução prosaica que
se faz de bem conhecidas expressões simbólicas. 8. (FCC-2023) Está clara e correta a redação deste livre
c) remetem ao mesmo significado que se atribuiu ao comentário sobre o texto:
verso “Tinha uma pedra no meio do caminho”. a) Para alguém de uma língua estrangeira não será fácil,
d) assumem a mesma significação melancólica de pelo contrário, compreender o sentido dessas
expressões como “grande viagem” ou “passagem”. expressões, difíceis até para quem fala a sua língua.
e) significam, no âmbito das expressões simbólicas, que b) Eu também, quando menino cheguei a ouvir tem boi
já não há mais nada de novo que se deva conhecer na linha, assim como no texto, igualmente não
nesta vida. entendendo o sentido tão obscuro para mim.
c) Há em todas as línguas esse recurso de linguagem
4. (FCC-2023) Funcionam como marcas temporais, que, como ocorre em a grande viagem, expressa com
dentro de uma sequência histórica, as expressões alguma brandura uma experiência violenta.
a) Não sei até quando e algumas expressões são tão d) Também se usa o termo passamento, para expressar
fortes. que alguém morreu, ou seja, se espera que a morte,
b) Como não havia linha de trem e São incontáveis os sendo passagem, não é um fim em si.
exemplos. e) Quem nunca ficou a estar numa encruzilhada, não
c) Já adulto e fornecendo-nos um símbolo essencial. aquilata o difícil de uma decisão diante de mais de um
d) Quando menino e Mais tarde vim a entender. caminho, a se abrirem para nós.
e) Uma outra expressão pitoresca e já está subindo a
ladeira dos oitenta.

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9. (FCC-2023) Considerando-se o contexto, expressam d) ao provimento de novos recursos eletrônicos, que têm
uma causa e seu efeito, nessa ordem, os segmentos: reflexo na operação do Metrô paulista e redundam em
a) A linguagem nossa de cada dia // pode ser alta mente maior conforto e segurança aos usuários.
expressiva. e) às conquistas da tecnologia que, uma vez adotadas
b) Algumas expressões são tão fortes // que resistem aos pelo Metrô paulista, significarão cortes em gastos e
séculos. alterações menos cosméticas.
c) Como não havia linha de trem nem boi por perto // e as
pessoas olhavam disfarçadamente para mim (...) 12. (FCC-2023) Atente para as seguintes afirmações:
d) Já adulto // vim a dar com o termo passagem (...) I. A autora do texto trabalha com a suposição de que o
e) Uma outra expressão pitoresca // que eu já leitor conhece suficientemente termos técnicos
entendia(...) associados a recursos tecnológicos.
II. Na frase O Metrô está passando por uma
10. (FCC-2023) Está inteiramente adequada a pontuação modernização que não é só cosmética subentende-se
da frase: que algumas transformações não são essenciais.
a) Por vezes não se compreendem, mesmo expressões III. Subentende-se que, nas novas viagens do Metrô, o
como as do texto, porque os símbolos, não deixam de conforto térmico deixou de ser tão importante quanto o
ser enigmáticos, quando não obscuros. conforto acústico.
b) Por vezes, não se compreendem mesmo expressões,
como as do texto, porque os símbolos não deixam de Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
ser, enigmáticos, quando não obscuros. a) I, II e III.
c) Por vezes não se compreendem mesmo, expressões b) I e II, apenas.
como as do texto porque, os símbolos, não deixam se c) II e III, apenas.
ser enigmáticos, quando não, obscuros. d) I e III, apenas.
d) Por vezes não se compreendem, mesmo expressões e) II, apenas.
como as do texto porque os símbolos não deixam de
ser, enigmáticos, quando não obscuros. 13. (FCC-2023) A correlação entre tempos e modos
e) Por vezes, não se compreendem, mesmo, expressões verbais está adequadamente estabelecida na frase:
como as do texto, porque os símbolos não deixam de a) Muita gente ficaria com medo de embarcar caso
ser enigmáticos, quando não, obscuros. chegasse à plataforma e se detivesse diante de um
trem a que faltasse o condutor.
Metrô: próxima parada b) Muita gente ficará com medo de embarcar caso
chegando à plataforma e detendo-se diante de um
Não fique com medo de embarcar caso chegue à trem, verá que lhe falta o condutor.
plataforma de uma das estações do Metrô em São c) Muita gente terá ficado com medo de embarcar, caso
Paulo e veja um trem sem condutor. Os novos vagões chegue à plataforma e se detenha diante de um trem
da linha amarela dispensam o profissional a bordo. a que faltaria o condutor.
Esse é apenas um detalhe de uma lista de recursos d) Muita gente ficou com medo de embarcar ao chegar à
tecnológicos que estão sendo implementados para plataforma e deter-se diante de um trem a que
transportar os paulistas com mais eficiência. Escadas estivesse faltando o condutor.
rolantes com sensores de presença, câmeras de vídeo e) Muita gente ficara com medo de embarcar quando
que enviam imagens para a central por Wi-Fi, chegou à plataforma e se detivera diante de um trem a
comunicação com os passageiros por VoIP e freios que faltara o condutor.
inteligentes são outras novidades. O Metrô está
passando por uma modernização que não é só 14. (FCC-2023) Os passageiros do Metrô, quando vierem
cosmética. Com ar condicionado, os novos trens não a utilizar o Metrô, não deixarão de notar as mudanças
precisam de muitas frestas para entrada de ar. Não é do Metrô; espera-se que todos aplaudam essas
só uma questão de conforto térmico, mas acústico. mudanças.
Nas novas escadas rolantes, sensores infravermelho
detectam a presença de pessoas; não havendo Evitam-se as viciosas repetições da frase acima
ninguém, a rolagem é mais lenta, e economiza-se substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem
energia elétrica. dada, por:
(Adaptado de Kátia Arima, da INFO. a) utilizar-lhe - lhes notar as mudanças - as aplaudam.
b) o utilizar - lhe notar as mudanças - aplaudam-nas.
11. (FCC-2023) Deve-se entender, dado o contexto, que o c) utilizá-lo - lhe notar as mudanças - as aplaudam.
título do texto refere-se, precisamente, d) utilizá-lo - notá-lo nas mudanças - lhes aplaudam.
a) ao anúncio de estações mais modernas e mais bem e) utilizar-lhe - notar-lhe as mudanças - aplaudam-lhes.
equipadas, cujo avanço eletrônico não deve causar
temor entre os futuros usuários do Metrô. 15. (FCC-2023) É preciso corrigir a redação deste livre
b) ao planejamento de linhas de Metrô que, sob novas comentário sobre o texto:
condições, tornarão mais rápido e eficaz o transporte a) Algumas siglas utilizadas no parágrafo inicial do texto
dos passageiros paulistas. soarão enigmáticas para quem com elas não tem
c) às novidades tecnológicas que representarão qualquer familiaridade.
considerável economia de tempo e manutenção mais b) Deve-se considerar, de fato, que o recurso do ar
barata. condicionado num transporte público é altamente bem-

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vindo, pelo conforto que oferece. 18. (FCC-2023) Traduz-se de forma correta e coerente o
c) Os condutores do Metrô não estarão ressabiados, sentido do parágrafo final em:
diante de recursos tecnológicos que tornam No caso de municípios de baixa renda ou de renda
dispensável a atuação desses profissionais? média inferior localizados nas regiões Norte e
d) Nota-se, pelas características de alguns dos novos Nordeste,
equipamentos, que a questão da segurança mereceu a) admite-se que 100% dos empreendimentos podem
toda a atenção dos administradores. pleitear a participação do BNDES.
e) Assim como ocorreram com o Metrô, as mudanças b) o nível de 100% de resultados é a condição
tecnológicas de outros meios de transporte também participativa do BNDES.
urgem de aperfeiçoar-se, modernizando-se. c) a participação do BNDES pode chegar ao patamar da
plena integralidade.
Apoio ao transporte urbano d) será mais que satisfatória a implementação
complementar do BNDES.
O BNDES tem um programa de apoio a projetos e) o BNDES arcará com a responsabilidade integral pelo
de transportes públicos, abrangendo todos os sucesso do empreendimento.
investimentos necessários à qualificação do espaço
urbano no entorno do empreendimento. O apoio pode 19. (FCC-2023) O verbo indicado entre parênteses deverá
se dar visando a forma de operação específica, flexionar-se numa forma do singular para preencher
sempre com a preocupação de mirar os seguintes corretamente a lacuna da frase:
objetivos: a) racionalização econômica, com redução a) A lista de itens que representam os objetivos do
dos custos totais do sistema; b) privilégio do transporte BNDES ...... (dizer) respeito ao apoio aos projetos de
coletivo sobre o individual; c) integração tarifária e transporte urbano.
física, com redução do ônus e do tempo de b) Caso não se ...... (levar) em conta os objetivos do
deslocamento do usuário; d) acessibilidade universal, BNDES, nenhum projeto de transporte urbano contará
inclusive para os usuários com necessidades com o apoio desse órgão.
especiais; e) aprimoramento da gestão e da c) Não ...... (faltar) a essa relação de objetivos, como é
fiscalização do sistema; f) redução dos níveis de óbvio, os que se apresentam intimamente associados
poluição sonora e do ar, do consumo energético e dos à preservação do meio ambiente.
congestionamentos; g) revalorização urbana do d) A cada objetivo ...... (corresponder), é claro, medidas
entorno dos projetos. específicas de gerenciamento e fiscalização das
O BNDES admite um nível de participação em até iniciativas a serem tomadas.
100%, no caso de municípios de baixa renda ou de e) No caso de ...... (ocorrer) quaisquer irregularidades na
média renda inferior localizados nas regiões Norte e implementação de um projeto, o apoio do BNDES
Nordeste. estará suspenso, até que tudo se apure.
(Baseado em informações do site oficial do BNDES)
20. (FCC-2023) Está adequado o emprego do elemento
16. (FCC-2023) Para apoiar projetos de transportes sublinhado na frase:
públicos, o BNDES considera, antes de mais nada, a a) O BNDES tem um programa de apoio a projetos de
a) viabilidade operacional, já demonstrada, de projeto transporte com cujo podem contar os municípios de
similar ao oferecido. baixa renda.
b) repercussão positiva do empreendimento sobre b) A acessibilidade universal constitui um dos requisitos
aspectos de seu entorno. nos quais os projetos deve contemplar como
c) recuperação tecnológica e financeira de incontornável.
empreendimentos onerosos. c) À relação dos objetivos não poderia faltar a questão
d) formulação de objetivos ordenados segundo sua ambiental, para a qual cada vez mais se voltam os
prioridade. olhos dos cidadãos.
e) integração do sistema de transporte com d) Entre o projeto de transporte e o entorno do
equipamentos de lazer e cultura. empreendimento deve haver uma articulação de cuja
o empreendedor não descuidará.
17. (FCC-2023) Considerando-se o conjunto dos objetivos e) Os objetivos enumerados formam um conjunto com o
relacionados no texto, identificados pelas letras qual os interessados em financiamento devem estar
correspondentes, é correto afirmar que os objetivos plenamente atentos.
a) a) e b) são alternativos entre si, pela impossibilidade
do duplo atendimento.
b) c) e d) são complementares, já que ambos cuidam de
casos excepcionais.
c) e) e f) estão diretamente voltados para a preservação
ambiental.
d) a) e c) estão intimamente associados, quanto ao
aspecto econômico.
e) f) e g) são alternativos entre si, pela impossibilidade do
duplo atendimento.

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H LÍNGUA PORTUGUESA
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H REDAÇÃO OFICIAL
REDAÇÃO OFICIAL: 9. A Exposição de Motivos é a principal
modalidade de comunicação dirigida ao
Atributos da redação oficial Presidente da República pelos ministros.
▪ clareza e precisão; Além disso, pode, em certos casos, ser
▪ objetividade; encaminhada cópia ao Congresso Nacional
▪ concisão; ou ao Poder Judiciário.
▪ coesão e coerência; 10. Os pronomes de tratamento apresentam
▪ impessoalidade; certas peculiaridades quanto às
▪ formalidade e padronização; e concordâncias verbal, nominal e pronominal.
▪ uso da norma padrão da língua portuguesa. Embora se refiram à segunda pessoa
gramatical (à pessoa com quem se fala),
Com relação à correspondência oficial, julgue os itens levam a concordância para a terceira
a seguir de acordo com o Manual de Redação da pessoa.
Presidência da República. 11. Os pronomes Vossa Excelência ou Vossa
Senhoria são utilizados para se comunicar
1. Para a obtenção de clareza, sugere-se utilizar diretamente com o receptor.
palavras e expressões simples, em seu 12. Sobre o princípio da Impessoalidade, pode-
sentido comum, salvo quando o texto versar se afirmar que Doutor é uma forma de
sobre assunto técnico, hipótese em que se tratamento adequada para qualquer
utilizará nomenclatura própria da área; autoridade.
2. Para a obtenção de clareza, sugere-se 13. Como definição de Certidão tem-se:
pontuar adequadamente o texto; “Declaração legal, de fim comprobatório,
3. Para a obtenção de clareza, sugere-se calcada em assentamentos, registros,
explicitar o significado da sigla na primeira documentos ou papéis oficiais.
referência a ela; 14. As únicas formas de cortesia utilizadas no
4. Para a obtenção de clareza, sugere-se utilizar fecho de uma correspondência oficial dirigida
palavras e expressões em outro idioma a uma autoridade são: Respeitosamente e
apenas quando indispensáveis, em razão de Atenciosamente, esta para autoridades
serem designações ou expressões de uso já hierarquicamente superiores, e aquela para
consagrado ou de não terem exata tradução. todas as demais.
Nesse caso, grafe-as em itálico. 15. Os possessivos “Vosso” e “Vossa” cabem ao
tratamento “Vós” e são compatíveis com as
formas de reverência “Vossa Excelência” e
“Vossa Senhoria”.
16. O tempo verbal adequado para a redação de
uma Ata é o pretérito imperfeito.
▪ O réu foi até a vítima e falou (com a mesma) 17. Em um Ofício, conforme o princípio da
com ela. impessoalidade, não se deve iniciar o texto
▪ Leu o relatório e tirou (do mesmo) dele com as formas pessoais tais como: “Informo
várias conclusões. a V.Exa. que...” “Submeto à apreciação de
▪ O advogado ofereceu ajuda ao réu, mas (o V.Exa. que ...
mesmo) ele não aceitou. 18. Quando nos refererimos diretamente a uma
autoridad,e devemos usaro tratamento Sua
Com relação à correspondência oficial, julgue os itens Excelência e, quando nos referirmos da
a seguir de acordo com o Manual de Redação da autoridade, devemos usar Vossa Excelência.
Presidência da República. 19. A Portaria é um documento expedido por um
Ministro de Estado ou dirigentes de um órgão
5. Certificado é o ato expedido por agente e entidades da Administração Pública. Dá
público, atestando fato de que ele tem instruções sobre pessoal ou sobre a
conhecimento, em razão do cargo que ocupa organização e funcionamento dos serviços,
ou de atribuição a ele delegada. orienta a aplicação de textos legais e de
6. Ser objetivo é ir diretamente ao assunto que outros atos de competência daquelas
se deseja abordar, sem voltas e sem autoridades. Seu texto pode conter artigos,
redundâncias. Para conseguir isso, é parágrafos, incisos e alíneas.
fundamental que o redator saiba de antemão 20. O pronome Vossa Excelência deve ser
qual é a ideia principal e quais são as aplicado a todo servidor que ocupar cargo
secundárias. de direção.
7. Uma carta, de um particular, em resposta a 21. Os pronomes de tratamento, em
um Ofício, é um instrumento da Redação correspondência dirigida aos Chefes de
oficial, utilizado para responder uma Poder, podem ser abreviados.
cortesia, ou para agradecer um convite. 22. 36) ( ) As expressões senhor, senhores
8. As expressões Senhor, Senhores são devem ser escritas por extenso no corpo da
escritas por extenso, quando não estiverem correspondência oficial, quando não
seguidas do nome ou do cargo do
destinatário.

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H REDAÇÃO OFICIAL
estiverem seguidas do nome ou cargo do 34. A impessoalidade é marca registrada da
destinatário. redação oficial.
23. As datas devem ser escritas por extenso, 35. A concisão é antes uma qualidade do que
sempre com o algarismo indicativo do dia do uma característica do texto oficial. Conciso é
mês precedido de zero. o texto que consegue transmitir o máximo de
24. Na abertura da Ata, a indicação do dia, mês, informações com o mínimo de palavras. Não
ano e hora do evento devem vir por extenso. se deve de forma alguma entendê-la como
A abertura traz, ainda, o local no qual está economia de pensamento.
sendo realizada a reunião, nome da unidade 36. A transparência do sentido dos atos
ou do grupo que está reunido, nome do normativos, bem como sua inteligibilidade
presidente e do secretário do evento e, são requisitos do próprio Estado de Direito,
ainda, a finalidade do encontro. não sendo estendidos às correspondências
25. Certidões autenticadas não têm o mesmo oficiais.
valor comprobatório do documento original, e
seu fornecimento, gratuito por parte da
repartição pública, é de obrigação
constitucional.
Escrevem-se com hífen:
▪ cargos formados pelo adjetivo “geral”:
diretor-geral, relator-geral, ouvidor-geral;
▪ postos e gradações da diplomacia:
Recomendações: primeiro-secretário, segundo-secretário;
▪ a língua culta é contra a pobreza de ▪ postos da hierarquia militar: tenente-
expressão e não contra a sua simplicidade; coronel, capitão-tenente;
▪ o uso do padrão culto não significa
empregar a língua de modo rebuscado ou 37. “A Administração Pública” direta, indireta e
utilizar figuras de linguagem próprias do fundacional, de qualquer dos Poderes da
estilo literário; União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
▪ a consulta ao dicionário e à gramática é Municípios obedecerá aos princípios da
imperativa na redação de um bom texto. legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência; sendo a publicidade
26. A correta pontuação após o vocativo é a e a impessoalidade princípios fundamentais
vírgula. de toda administração pública, claro está,
27. O Parecer é um instrumento esclarecedor e que não devem nortear a elaboração dos
decisório, pelo qual são fornecidos dados atos e comunicações oficiais.
sobre determinado assunto, tendo como 38. Aplicam-se às comunicações oficiais os
base o exame do processo ou fato de que se princípios da impessoalidade, clareza,
tenha conhecimento. uniformidade, concisão e uso de linguagem
28. A necessidade de empregar determinado coloquial.
nível de linguagem nos atos e nos 39. Pode-se afirmar que nas comunicações
expedientes oficiais decorre, de um lado, do oficiais o emissor é sempre único (o Serviço
próprio caráter público desses atos e Público) e o receptor dessas comunicações
comunicações; de outro, de sua finalidade. ou é o próprio serviço Público, no caso de
29. Em um Ofício Circular têm-se a presença de expedientes dirigidos de um órgão para
um signatário e de vários destinatários. outro, ou o conjunto de cidadãos ou
Desta forma, podemos deduzir que em cada instituições tratados de forma homogênea (o
documento deverá constar um destinário público).
diferente, bem como cada um receberá uma 40. O uso do padrão culto implica emprego de
numeração própria. linguagem complexa, com riqueza sintática e
30. O Requerimento é o ato verbal ou escrito, uso de figuras de linguagem, próprios da
afirmativo da existência ou não de um direito língua literária.
ou de um fato. 41. A concisão é antes uma qualidade do que
31. É correto afirmar que o Ofício é uma forma uma característica do texto oficial, que
de comunicação escrita expedida por permite o uso excessivo de palavras, desde
autoridade pública sobre assuntos de ordem essas aprimorem a estilística do texto.
oficial. 42. A formalidade e o padrão fazem desaparecer
32. Quando se escreve pela primeira vez a uma do texto os excessos lingüísticos que nada
autoridade, convém encerrar a lhe acrescentam.
correspondência com a forma: “Apresento a 43. Para evitar a duplicidade de interpretações,
V.Sa., na oportunidade, os meus protestos que poderia decorrer de um tratamento
de estima e apreço”. personalista dado ao texto, faz-se uso da
33. Em uma frase, pode-se dizer que redação impessoalidade.
oficial é a maneira pela qual o poder Público
redige atos normativos e comunicações.

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CONHECIMENTOS JÚRIDICOS
INSTITUCIONAIS

PODER LEGISLATIVO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAZONAS
LEI Nº 1762 de 17/11/1986

DISPÕE sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos


Civis do Estado do Amazonas.
(ERRATA D.Of. nº 26.126, de 25.11.86

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, FAÇO SABER a todos os habitantes que a ASSEMBLÉIA


LEGISLATIVA decretou e eu sanciono a presente
LEI:

TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre o regime jurídico dos funcionários Públicos Civis do Estado do Amazonas.
Parágrafo único - As disposições desta Lei, salvo norma legal expressa, não se aplicam nos servidores regidos por
legislação especial.
Art. 2º - Para efeito desta Lei:
I - Funcionário é a pessoa legalmente investida em cargo público;
II - Cargo é a designação do conjunto de atribuições e responsabilidades cometidos a um funcionário
identificando-se pelas características de criação por lei, denominação própria, número certo e pagamento pelos
cofres do Estado;
III - Classe é o conjunto de cargos de igual denominação e com atribuições, responsabilidades e padrões de
vencimento;
IV - Série de Classes é o conjunto de classes da mesma denominação dispostas, hierarquicamente, de acordo com
o grau de complexidade das atribuições, nível de responsabilidade, e constitui a linha natural de promoção do
funcionário.
V - Lotação é o numero de cargos e funções gratificadas fixado para cada repartição, ou ainda o número de
servidores que devem ter exercício em cada unidade administrativa.
Art. 3º - Ao funcionário não serão atribuídas responsabilidades ou cometidos serviços alheios aos definidos em lei
ou regulamento como típicos do seu cargo, exceto funções gratificadas, comissões ou mandatos em órgão de
deliberação coletiva do Estado ou de que o Estado participe.
Art. 4º - É vedada a prestação de serviços gratuitos, salvo no desempenho de função transitória de natureza
especial ou na participação em comissões ou grupos de trabalho.

TÍTULO II
DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA
DOS CARGOS PÚBLICOS
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 5º - São formas de provimento dos cargos públicos:

I - Nomeação;
II - Promoção;
III - Acesso;
IV - Readmissão;
V - Reintegração;
VI - Reversão;
VII - Transferência; e
IX - Readaptação.
Art. 6º - Lei ou regulamento estabelecerá as qualificações para o provimento e as atribuições dos cargos públicos
em geral.

SEÇÃO II
DA NOMEAÇÃO

Art. 7º - A nomeação será feita:


I - Em caráter efetivo;

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II - Em comissão, quando se tratar de cargo que, por lei, assim deva ser provido;
III - Em substituição, nos casos de impedimento do titular do cargo em comissão.
Art. 8º - A nomeação em caráter efetivo dependerá, sempre, de prévia habilitação em concurso público de provas
ou de provas e títulos, devendo obedecer, obrigatoriamente, à ordem de classificação dos concursados para cada
cargo, observados ainda o prazo de validade do concurso e o número de vagas existentes.
Art. 9º - Ressalvados os casos previstos em lei, é exigida a idade mínima de dezoito e a máxima de sessenta anos
completos, na data do encerramento da inscrição em concurso público.
Parágrafo único - Não dependerá de limite de idade a inscrição em concurso do ocupante de cargo público estadual
de provimento efetivo.
Art. 10 - Dentre os candidatos aprovados, os classificados até o limite de vagas, existentes à época do edital, têm
assegurado o direito a nomeação, no prazo de validade do concurso.
Parágrafo único - Os demais candidatos aprovados serão nomeados à medida que ocorrerem vagas, dentro do prazo
de validade do concurso.
Art. 11 - O regulamento ou edital do concurso indicará o respectivo prazo de validade, que não poderá ser superior a
quatro anos, incluídas as prorrogações.
Art. 12 - O cargo em comissão será sempre de livre escolha do Governador, dos Presidentes dos Poderes
Legislativo ou Judiciário e dos Tribunais e dos Tribunais de Contas.

SEÇÃO III
DA PROMOÇÃO

Art. 13 - Promoção é a forma pela qual o funcionário progride na série de classes, e consiste na passagem da
referência em que se encontra, para a imediatamente superior, observadas as normas constantes de Regulamento
próprio.
Art. 14 - A promoção pode ocorrer mediante avanço horizontal e vertical.
Art. 15 - A promoção vertical consiste na passagem de referência final de uma classe para a inicial da classe
imediatamente superior, dentro da mesma série de classes, e dependerá da existência da vaga.
Art. 17 - As promoções obedecerão aos critérios de antigüidade e de merecimento, alternadamente, sendo a
primeira sempre por antigüidade.
Art. 18 - A promoção por antigüidade recairá no funcionário com mais tempo de efetivo exercício na referência,
apurado em dias.
Parágrafo único - Havendo empate, terá preferência sucessivamente, o funcionário:
I - de maior tempo na classe;
II - de maior tempo na série de classe;
III - de maior tempo no serviço público estadual;
IV - de maior tempo no serviço público;
V - mais idoso.
Art. 19 - O merecimento obedecerá a critérios pelos quais serão aferidos os graus de pontualidade, assiduidade,
eficiência, espirito de colaboração ético-profissicional e cumprimento dos deveres por parte do funcionário.
Art. 20 - O interstício para a promoção horizontal será de dezoito meses.
Art. 21 - Para efeito de promoção vertical, o interstício, na classe, será de vinte e quatro meses.
Art. 22 - Somente por antigüidade será promovido o funcionário em exercício de mandato legislativo.

SEÇÃO IV
DO ACESSO

Art. 23 - O acesso é o ato pelo qual o funcionário obtém, mediante processo seletivo, elevação de uma série de
classes ou classe singular para outra do mesmo ou de outro grupo, na jurisdição do mesmo ou de outro órgão
integrante da Administração Direta.
§ 1º - Quando se tratar de série de classes, o acesso só poderá ocorrer para a classe inicial de carreira.
§ 2º - O acesso procederá ao concurso público.
Art. 24 - O processo seletivo exigirá concurso interno, de caráter competitivo e eliminatório no qual serão
indispensáveis nível de conhecimento compatível com atividade própria do cargo a ser provido, formalidades e
condições idênticas às estabelecidas para o concurso público, exceto limite de idade.
Parágrafo único - Somente poderá inscrever-se, no concurso interno, funcionário com mais de três anos de serviço
público estadual, sob regime deste Estatuto, e com habilitação profissional ou escolaridade exigida para o ingresso
na classe em concorrência.

SEÇÃO V
DA READMISSÃO

Art. 25 - Readmissão é o ato pelo qual o funcionário exonerado reingressa no serviço público, sem direito a

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ressarcimento de qualquer espécie e sempre por conveniência da administração.
Parágrafo único - A readmissão dependerá da existência de vaga e far-se-á no cargo anteriormente ocupado
pelo funcionário exonerado ou, se transformado, no cargo resultante da transformação.

SEÇÃO
DA REINTEGRAÇÃO

Art. 26 - Reintegração é o ato pelo qual o demitido reingressa no serviço público, em decorrência de decisão
administrativa ou judicial transitada em julgado, com o ressarcimento de todos os direitos e vantagens, bem como
dos prejuízos resultantes da demissão.
Art. 27 - Deferido o pedido por decisão administrativa ou transitada em julgado a sentença, será expedido o ato de
reintegração.
§ 1º - Se o cargo houver sido transformado, a reintegração dar-se-á no cargo resultante da transformação.
§ 2º - Se extinto o cargo antes ocupado, a reintegração ocorrerá no cargo de vencimento equivalente, respeitada a
habilitação profissional.
§ 3º - Se inviáveis as soluções nos parágrafos precedentes, será restabelecido automaticamente o cargo anterior, no
qual se dará a reintegração.

SEÇÃO VII
DA REVERSÃO

Art. 28 - Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público, a pedido ou “ex-offício”.
§ 1º - A reversão “ex-offício” ocorrerá quando insubsistentes as razões que determinaram a aposentadoria por
invalidez.
§ 2º - A reversão somente poderá se efetivar quando, em inspeção médica ficar comprovada a capacidade para o
exercício do cargo.
§ 3º - Será tornada sem efeito a reversão “ex-offício” e cassada a aposentadoria do funcionário que não tomar posse
ou não entrar no exercício dentro de prazo legal.
Art. 29 - A reversão far-se-á no mesmo cargo ou em cargo resultante da transformação.
Parágrafo único - Em casos especiais, a juízo da Administração, poderá o aposentado reverter em outro cargo de
igual vencimento, respeitados os requisitos para o respectivo provimento.

SEÇÃO VIII
DO APROVEITAMENTO

Art. 30 - Aproveitamento é o retorno à atividade do funcionário em disponibilidade. VETADO.


Art. 31 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade do funcionário que não tomar posse
ou não entrar no exercício dentro do prazo legal.
Art. 32 - O aproveitamento dependerá da existência de vaga e da capacidade física e mental do funcionário,
comprovada por junta médica oficial.
Art. 33 - Será aposentado no cargo que ocupava o funcionário em disponibilidade que, em inspeção médica, for
julgado definitivamente incapaz para o serviço público.

SEÇÃO IX
DA TRANSFERÊNCIA

Art. 34 - Transferência é o ato pelo qual o funcionário estável passa de um cargo para outro, de quadro diverso,
ambos de provimento afetivo.
Art. 35 - A transferência ocorrerá a pedido do funcionário ou “ex-offício”, atendidos, sempre, a conveniência do
cargo.
Art. 36 - A transferência será feita para cargo de mesmo padrão de vencimento ou de igual remuneração,
ressalvados os casos de transferência a pedido, quando o vencimento ou a remuneração poderá ser inferior.

SEÇÃO X
DA READAPTAÇÃO

Art. 37 - Readaptação é a investidura em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que
tenha o funcionário sofrido em sua capacidades física ou mental, apurada por junta médica oficial.
Parágrafo único - A redução ou o aumento de vencimento que acaso decorrer da readaptação serão disciplinados
em regulamento.

CAPÍTULO II

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DA POSSE

Art. 38 - Posse é o ato de investidura em cargo público.


§ 1º - A posse será formalizada com a assinatura do termo pela autoridade competente e pelo empossado.
§ 2º - Não haverá posse nos casos de promoção, acesso, substituição, reintegração, transferência e readaptação.
Art. 39 - A posse em cargo público depende de prévia inspeção médica, para comprovar se o candidato satisfaz os
requisitos físicos mentais exigidos para o desempenho do cargo.
Art. 40 - Poderá haver posse mediante procuração quando se tratar de funcionário ausente do Estado, em missão da
Administração ou ainda em casos especiais, a juízo da autoridade competente.
Art. 41 - A posse ocorrerá no prazo de trinta dias, contados da Publicação do ato de provimento do Diário Oficial
do Estado.
§ 1º - O prazo previsto neste artigo poderá ser prorrogado por igual período, a juízo da autoridade competente para
empossar.
§ 2º - Quando o funcionário não tomar posse no prazo legal, o ato de provimento será tornado sem efeito.
Art. 42 - São requisitos para a posse:
I - Nacionalidade brasileira;
II - Idade mínima de dezoito anos;
III - Exercício pleno dos direitos políticos;
IV - Quitação com o Serviço Militar, quando do sexo masculino;
V - Sanidade física e mental comprovada em inspeção médica;
VI - Habilitação prévia em concurso, quando se tratar da primeira investidura em cargo público de provimento
efetivo;
VII - Preenchimento das condições especiais prescritas para o cargo.
Art. 43 - São competentes para dar posse:
I - O Chefe do Poder Executivo, aos Secretários de Estado e demais autoridades que lhes sejam diretamente
subordinadas, e o responsável pelo órgão de pessoal, nos demais casos;
II - Quando se tratar de funcionário dos Poderes Legislativos e Judiciários, dos Tribunais de Contas do Estado e
dos Municípios, ou ainda das autarquias, as autoridades designadas em regimento interno, lei orgânica ou
regulamento.
Parágrafo único - A autoridade que empossar verificará, sob pena de responsabilidade, de forma satisfeitas as
condições legais para investidura no cargo.

CAPÍTULO III
DO EXERCÍCIO

Art. 44 - Exercício é o desempenho das atribuições do cargo.


Art. 45 - O exercício começará no prazo máximo de trinta dias, contados da data da posse.
Parágrafo único - Tornar-se sem efeito o ato de provimento, se o funcionário não entrar em exercício no prazo
legal.
Art. 46 - O funcionário que deva ter exercício em outro órgão terá quinze dias, contados do desligamento do órgão
de origem, para assumir o cargo.

CAPÍTULO IV
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO E DA ESTABILIDADE
SEÇÃO I
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 47 - Ao entrar em exercício, o funcionário nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
probatório por período de dois anos, durante o qual sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o
desempenho do cargo.
Parágrafo único - Dentro do período do estágio probatório, a autoridade competente fica obrigada a pronunciar-se
sobre o cumprimento das condições pelo estagiário, nos termos do regulamento.
Art. 48 - O funcionário não aprovado no estágio será exonerado

SEÇÃO II
DA ESTABILIDADE

Art. 49 - Cumprindo satisfatoriamente o estágio probatório, o funcionário adquirirá a estabilidade no serviço


público, após o segundo ano de efetivo exercício.
Art. 50 - O funcionário estável somente poderá ser demitido por efeito de sentença judicial ou processo
administrativo em que se lhe tenha assegurado amplo direito de defesa.

CAPÍTULO V
DA SUBSTITUIÇÃO

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Art. 51 - Haverá substituição nos casos de impedimento legal ou afastamento do titular do cargo em comissão ou
função gratificada.
Parágrafo único - A substituição será remunerada, qualquer que seja a natureza do afastamento, por período igual
ou superior a cinco dias.

CAPÍTULO VI
DA REMOÇÃO

Art. 52 - Remoção é o ato pelo qual o funcionário é deslocado de um órgão para outro, dentro da mesma repartição.
Parágrafo único - A remoção do funcionário será feita a seu pedido, por permuta, ou “ex-offício”.

Art. 53 - A remoção por permuta ocorrerá a pedido escrito de ambos os interessados.

CAPÍTULO VII
DA VACÂNCIA

Art. 54 - A vacância de cargo público decorrerá de :


I - Exoneração;
II - Demissão;
III - Acesso;
IV - Promoção;
V - Transferência;
VI - Readaptação;
VII - Aposentadoria; e
VIII- Falecimento.

Art. 55 - Dar-se-á exoneração:


I - A pedido do funcionário;
II - “Ex-Offício”.
a) quando se tratar de cargo em comissão e não ocorrer a hipótese do item I;
b) quando o funcionário não entrar em exercício dentro do prazo legal;
c) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório.

TÍTULO III
CAPÍTULO ÚNICO
DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 56 - Será considerado como de efetivo exercício o afastamento do funcionário em virtude de :


I - Férias;
II - Casamento, até oito dias;
III - Falecimento do cônjuge ou parente consangüíneo ou afim, até o segundo grau, não excedente a oito dias;
IV - Serviços obrigatórios por lei;
V - Licença, salvo a que determinar a perda do vencimento;
VI - Faltas justificadas, até o máximo de três por mês, na forma prevista no artigo 86 deste Estatuto;
VII - Missão ou estudo fora da sede de exercício, quando autorizado o afastamento pela autoridade competente;
VIII- Trânsito em decorrência de mudança da sede de exercício, até quinze dias;
IX - Competições esportivas em que represente o Brasil ou o Estado do Amazonas;
X - Prestação de concurso público;
XI - Disposição ou exercício de cargo de confiança no serviço público.

Art. 57 - O tempo de serviço do funcionário afastado para exercício de mandato eletivo federal, estadual ou
municipal, será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
Art. 58 - Para efeito de aposentadoria, disponibilidade e adicional, será computado integralmente:
I - O tempo de serviço federal, estadual ou municipal;
II - O tempo de serviço ativo nas Forças Armadas prestado durante a paz computado em dobro quando em
operação de guerra.
III - O tempo de serviço prestado em autarquia;
IV - O tempo de serviço prestado à instituição ou empresa de caráter privado, que houver sido transformada em
estabelecimento de serviço público. VETADO
V - O tempo de licença especial não gozada, contada em dobro; e
VI - O tempo de licença para tratamento de saúde.
Parágrafo único - VETADO.
Art. 59 - O tempo em que o funcionário esteve em disponibilidade ou aposentado será considerado,

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exclusivamente, para nova aposentadoria ou disponibilidade.
Art. 60 - O cômputo do tempo de serviço será feito em dias.
§ 1º - O número de dias será convertido em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.
§ 2º - Para efeito de aposentadoria ou disponibilidade a fração do ano superior a cento e oitenta dias será
arredondada para um ano.
§ 3º - O tempo de serviço será computado à vista de documentação expedida na forma da lei, incluindo o prestado à
União, Estados, Municípios VETADO, bem como o relativo a mandato eletivo.
§ 4º - Somente após verificada a inexistência de documentos bastantes na repartição do interessado e no Arquivo
Geral correspondente, admitir-se-á a comprovação de tempo de serviço através de justificação judicial.
Art. 61 - É vedada a acumulação de tempo de serviço prestado concorrente e simultaneamente em dois ou mais
cargos ou funções da União, do Estados, do Distrito Federal, Territórios, Municípios e Autarquias.

TÍTULO IV
DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPITULO I
DA FÉRIAS

Art. 62 - O funcionário gozará férias anuais de trinta dias, percebendo, sem qualquer prejuízo financeiro, um salário
correspondente ao seu vencimento mensal, conforme a Lei nº 1312, de 22 de dezembro de 1978, obedecendo, no
caso de acumulação de períodos, ao § 2º do artigo 63 deste Capítulo.
§ 1º - Somente depois do primeiro ano de exercício, o funcionário terá direito a férias.
§ 2º - É vedado levar á conta de férias qualquer falta ao serviço.
§ 3º - O órgão de pessoal de cada repartição organizará, no mês de novembro, a escala de férias para o exercício
seguinte.
(Obs. Lei nº 1.897 - ALTERA o art. 62 e o parágrafo 2º do art. 63.)
§ 4º- Atendida a conveniência do serviço público, observar-se-á na organização da escala, quando possível, o
interesse do funcionário.
§ 5º- A escala de férias poderá ser alterada por necessidade de serviço.
Art. 63 - Poderão ser acumuladas até três períodos de férias, por imperiosa necessidade do serviço, declarada por
escrito pelo chefe imediato do funcionário e, quando for o caso, reconhecida pelo titular da Secretária de Estado ou
da Autarquia competente, ou ainda, pelo Presidente do Poder Legislativo ou do Judiciário e dos Tribunais de
Contas.
§ 1º - A declaração constante do “caput” deste artigo será formulada até dez dias antes da data prevista para início
do gozo de férias.
§ 2º - A acumulação de períodos de férias não autoriza a acumulação do salário-férias, que será pago obedecendo
rigorosamente a escala antes estabelecida.
§ 3º - O período de férias acumuladas com base neste artigo será incluído na escala do ano seguinte, imediatamente
após o período normal, VETADO.
Art. 64 - Durante as férias o funcionário terá direito a todas as vantagens do cargo, como se em efetivo exercício
estivesse.

CAPÍTULO II
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 65 - Conceder-se-á, nos termos e condições de regulamento, licença:


I - Para tratamento de saúde;
II - Por motivo de doença em pessoa da família;
III - A gestante;
IV - Por motivo de afastamento do cônjuge, funcionário civil, militar, ou servidor de autarquia;
V - Para tratamento de interesse particular;
VI - Para serviço militar obrigatório; e
VII - Especial.
Art. 66 - A licença, concedida dentro de sessenta dias, após o término da anterior, será considerada como
prorrogada.
Parágrafo único - Para efeito do disposto neste artigo, somente serão levadas em consideração as licenças da
mesma espécie.
Art. 67 - O funcionário não poderá permanecer licenciado por prazo superior a vinte e quatro meses, consecutivos,
salvo nos casos dos itens IV, V e VI do artigo 65.

SEÇÃO II
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

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Art. 68 - A licença para tratamento de saúde depende de inspeção médica e será concedida sem prejuízo da
Remuneração
Art. 69 - Quando a inspeção médica verificar redução da capacidade física do funcionário, ou estado de saúde a
impossibilitar ou desaconselhar o exercício das funções inerentes ao seu cargo, e não se configurar necessidade de
aposentadoria nem licença, poderá o funcionário ser readaptado na forma do artigo 37.
(Obs. Lei nº 1.897 - ALTERA o parágrafo 2º do art. 63)
Art. 70 - O funcionário licenciado para tratamento de saúde não poderá dedicar-se a qualquer atividade
remunerada, sob pena de imediata suspensão da licença, com perda total de vencimento e vantagens, até reassumir
o cargo.
Art. 71 - O funcionário acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado, não atendido pelo
sistema, médica-assistencial previdenciário, será tratado em instituição indicada por junta médica oficial, por conta
dos cofres públicos.

SEÇÃO III
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA
EM PESSOA DA FAMÍLIA

Art. 72 - O funcionário poderá obter licença por motivo de doença em parente consangüíneo ou afim até segundo
grau, e do cônjuge ou companheiro, quando provado que a sua assistência pessoal é indispensável e não pode ser
prestada sem se afastar da repartição.
Parágrafo único - A licença dependerá de inspeção por junta médica oficial e será concedida com vencimento ou
remuneração integral até um ano, reduzida para dois terços quando exceder esse prazo.

SEÇÃO IV
DA LICENÇA Á GESTANTE

Art. 73 - Será concedida à funcionária gestante, mediante inspeção médica, licença por quatro meses, com
vencimento ou remuneração.
§ 1º - Salvo parecer médico em contrário, a licença será concedida a partir do início do oitavo mês de gestação.
§ 2º - No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do dia do parto.

SEÇÃO V
DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR O CÔNJUGE

Art. 74 - O funcionário terá direito à licença, sem remuneração, para acompanhar o cônjuge removido ou
transferido para outro ponto do território nacional ou para o exterior, ou eleito para exercer mandato eletivo.
Parágrafo único - Existindo no novo local de residência, repartição estadual, o funcionário nele terá exercício,
enquanto perdurar aquela situação.

SEÇÃO VI
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO
DE INTERESSE PARTICULARES

Art. 75 - A critério da Administração, poderá ser concedida ao funcionário estável licença para tratar de interesses
particulares, pelo prazo de dois anos, prorrogável pelo mesmo período, sem remuneração
§ 1º - O funcionário aguardará em exercício a concessão da licença.
§ 2º - A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do funcionário ou a critério da Administração.
§ 3º - Após o gozo de quadro anos de licença, só poderá ser concedida nova licença, passados dois anos do
término da anterior.

SEÇÃO VII
DA LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR
OBRIGATÓRIO

Art. 76 - Ao funcionário convocado para o serviço militar e outras obrigações de segurança nacional será concedida
licença remunerada.
§ 1º - Da remuneração descontar-se-á a importância que o funcionário perceber pelo serviço militar.
§ 2º - A licença será concedida à vista de documento que prove a incorporação.
§ 3º - Ocorrido o desligamento do serviço militar o funcionário terá prazo de trinta dias para reassumir o exercício
do cargo.
Art. - Ao funcionário oficial da reserva das Forças Armadas será concedida licença remunerada, durante os estágios
previstos pelos regulamentos militares quando pelo serviço militar não perceber vantagem pecuniária.
Parágrafo único - Quando o estágio for remunerado, assegurar-se-á ao funcionário o direito de opção.

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SEÇÃO VIII
DA LICENÇA ESPECIAL

Art. 78 - Após cada quinquênio de efetivo exercício, o funcionário fará jus à licença especial de três meses, com
todos os direitos e vantagens do seu cargo efetivo, podendo acumular o período de dois qüinqüênios.
§ 1º - Não será concedida licença especial se houver o funcionário, no qüinqüênio correspondente:
I - Sofrido pena de multa ou suspensão;
II - Faltado ao serviço sem justificação;
III - Gozado licença:
a) Para tratamento de saúde, por prazo superior a cento e oitenta dias, consecutivos ou não;
b) Para tratamento de saúde em pessoa da família, por prazo superior a cento e vinte dias, consecutivos ou não;
c) Para tratamento de interesses particulares;
d) Por motivo de afastamento do cônjuge, funcionário civil ou militar, por prazo superior a sessenta dias,
consecutivos ou não.
§ 2º- Cessada a interrupção prevista neste artigo, recomeçará a contagem de qüinqüênio, a partir da data da
reassunção do funcionário ao exercício do cargo.
Art. 79 - O funcionário efetivo, ocupante de cargo em comissão ou função gratificada, terá direito à percepção,
durante o período de licença especial, das vantagens financeiras do cargo em comissão ou da função gratificada que
ocupar.

CAPÍTULO III
DO VENCIMENTO E A REMUNERAÇÃO
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 80 - Vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao valor
fixado em lei para o respectivo símbolo, padrão ou nível.
(Obs. Lei nº 2.400, de 19.06.96 - ACRESCENTA o § 3º ao artigo 78 a este Estatuto).
Art. 81- Remuneração é a retribuição pecuniária paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo, mais as
vantagens pecuniárias atribuídas em lei:
Art. 82 - O funcionário que contar seis anos completos, consecutivos ou não, se exercício em cargo um função de
confiança, fará jus a ter adicionada ao vencimento do respectivo cargo efetivo, como vantagem pessoal, a
importância equivalente a um quinto:
I - Da diferença entre a remuneração do cargo em comissão e o vencimento do cargo efetivo;
II - Do valor da função gratificada.
§ 1º - O acréscimo a que se refere este artigo ocorrerá a partir do sexto ano, à razão de um quinto por ano completo
de exercício de cargo ou função de confiança até completar o décimo ano.
§ 2º - Quando mais de um cargo ou função houver sido desempenhado no período de um ano ininterruptamente,
considerar-se-á, para efeito de cálculo da importância a ser adicionada ao vencimento do cargo efetivo, o valor do
cargo ou da função de confiança exercido por maior tempo, obedecidos os critérios fixados nos itens I e II deste
artigo.
§ 3º - Enquanto exercer cargo em comissão ou função de confiança, o funcionário não perceberá a parcela a cuja
adição fez jus, salvo no caso de opção pelo vencimento do cargo efetivo,...VETADO...
§ 4º - As importâncias referidas neste artigo não serão consideradas para efeito de cálculo de vantagens ou
gratificações incidentes sobre o vencimento do cargo efetivo, nem para a gratificação por tempo de serviço.
§ 5º - Na hipótese de opção pelas vantagens do artigo 140 desta Lei, o funcionário do benefício previsto neste
artigo.
Art. 83 - Perderá o vencimento do cargo efetivo o funcionário.
I - Nomeado para cargo em comissão, salvo se por ele optar ou acumular legalmente;
II - Cumprindo mandato eletivo remuneração federal, estadual ou municipal, ressalvado, em relação ao último, o
direito de opção ou de acumulação legal;
III - Licenciado na forma do artigo 65, itens IV e V.
Art. 84 - O funcionário perderá:
I - O vencimento ou remuneração do dia, se não comparecer ao serviço, salvo por motivo legal ou por doença
comprovada, de acordo com as disposições deste Estatuto;
II - Um terço do vencimento ou remuneração do dia, se comparecer ao serviço na hora seguinte ao início do
expediente ou dele se retirar antes da hora regulamentar, ou ainda, ausentar-se, sem autorização, por mais de
sessenta minutos;
III - Um terço do vencimento ou remuneração durante o afastamento por motivo de prisão preventiva, pronúncia
por crime comum ou denuncia por crime funcional, ou ainda, condenação por crime inafiançável em processo em
que não haja pronúncia, tendo direito à diferença se absolvido;
IV - Um terço do vencimento ou remuneração, durante o período de afastamento em virtude de condenação, por

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sentença definitiva, à pena que não acarrete a perda do cargo.
Parágrafo único - Para efeitos deste artigo, serão levadas em conta as gratificações percebidas pelo funcionário.
Art. 85 - Nenhum funcionário perceberá vencimento inferior ao salário-mínimo fixado para o Estado do Amazonas.
Art. 86 - Serão abonadas até três faltas, durante o mês , por motivo de doença comprovada mediante atestado
passado por médico ou dentista do serviço oficial particular.
Parágrafo único - Para os efeitos deste artigo, o funcionário apresentará o atestado no primeiro dia em que retornar
ao serviço.
Art. 87 - O vencimento, as gratificações e os proventos não sofrerão descontos além dos previstos em lei, nem
serão objeto do arresto, seqüestro ou penhora, salvo quando se tratar de :
I - Prestação de alimentos determinada judicialmente;
II - Reposição ou indenização devida à Fazenda do Estado.
Art. 88 - As reposições e indenizações à Fazenda do Estado serão descontadas em parcelas mensais, não excedentes
da décima parte do valor da remuneração.
Parágrafo único - Quando o funcionário for exonerado ou demitido, ou tiver a sua aposentadoria ou disponibilidade
cassada, o débito deverá ser quitado no prazo de sessenta dias, findo o qual, e no caso de não pagamento, será
inscrito como dívida e cobrada judicialmente.
Art. 89 - Os vencimentos e proventos devidos ao funcionário falecido não serão considerados herança, devendo ser
pagos, independentemente de ordem judicial, ao cônjuge ou companheiro ou, na falta deste, aos legítimos
herdeiros.
SEÇÃO II
DAS GRATIFICAÇÕES

Art. 90 - Poderão ser concedidas ao funcionário, na forma regulamentar, as seguintes gratificações:


I - De função;
II - De representação;
III - Por tempo de serviço;
IV - De produtividade ou de prêmio por produção;
V - Pela prestação de serviços extraordinários;
VI - Pela execução de trabalhos de natureza especial, com visto de vida ou de saúde;
VII - Pela participação em órgão de deliberação coletiva.
VIII- Pela participação como membro ou auxiliar de comissão examinadora de concurso;
IX - Pela prestação de serviço em regime de tempo integral ou tempo integral com dedicação exclusiva;
X - Pela participação em comissão, grupo de trabalho ou grupo especial de assessoramento técnico, de caráter
transitório;
XI - Pelo exercício em determinadas zonas ou locais; e
XII - Pelo exercício do magistério em cursos especiais de treinamento de funcionários, se realizado o trabalho fora
das horas de expediente.
Art. 91 - A função gratificada é a vantagem pecuniária atribuída pelo exercício de encargos de chefia,
assessoramento ou secretariado e outros julgados necessários.

(Obs. Lei nº 1.839 de 18.05.88 - FICA vedada as gratificações concedidas pelo inciso IV e IX do art. 90 desse
Estatuto.
Lei nº 1.869 de 07.10.88 - ALTERA o art. 90, acresce parágrafo 1º, 2º e 3º
Lei nº 1.899 de 11.05.89 - REVOGA o parágrafo 3º do artigo 90)
§ 1º - Em havendo recursos orçamentários, o Poder Executivo poderá criar funções gratificadas, previstas em
regulamento próprio, onde se estabelecerá também competência para designação.
§ 2º - A dispensa da função gratificada cabe à autoridade competente para a designação.
Art. 92 - A gratificação por serviço extraordinário destina-se a remunerar o trabalho executado fora do período
normal de expediente.
§ 1º - A gratificação será paga por hora de trabalho, prorrogado ou antecipado, na mesma razão de cada hora do
período normal de trabalho.
§ 2º - Ressalvados os casos de convocação de emergência, o serviço extraordinário não excederá de noventa horas
mensais.
§ 3º - É vedado conceder gratificações por serviços extraordinários com o objetivo de remunerar outros serviços ou
encargos.
§ 4º - O exercício de cargo em comissão ou função gratificada impede o pagamento de gratificação por serviços
extraordinários.

Art. 93 - Para o serviço extraordinário noturno, o valor da gratificação será acrescido de vinte e cinco por cento.
Art. 94 - A gratificação por tempo de serviço, devida ao funcionário efetivo, será calculada sobre o vencimento do
cargo ocupado e corresponderá a cinco por cento por quinquênio de serviço público.
Parágrafo único - A gratificação incorporar-se-á ao vencimento para todos os efeitos legais.

SEÇÃO III

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DA AJUDA DE CUSTO

Art. 95 - A administração pagará ajuda de custo ao funcionário que, no interesse do serviço, passar a ter exercício
em nova sede.
§ 1º - A ajuda de custo destina-se a indenizar ao funcionário as despesas de viagem e de nova instalação.
§ 2º - O transporte do funcionário, sua família e um serviçal, ocorrerá por conta do Estado.
§ 3º - O nomeado para cargo em comissão, que não seja funcionário do Estado e não resida na sede designada,
também fará jus aos benefícios deste artigo.
Art. 96 - A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do cargo efetivo ou do cargo em comissão.
Parágrafo único - A ajuda de custo não excederá a importância correspondente a três meses de remuneração.
Art. 97 - Não será concedida ajuda de custo.
I - Quando o funcionário for posto à disposição de outro órgão;
II - Quando o funcionário for transferido ou removido a pedido, mesmo por permuta; e
III - Quando o funcionário deixar a sede ou voltar em virtude de mandato eletivo.
Art. 98 - Restituirá a ajuda de custo, sem prejuízo da pena disciplinar cabível:
I - O funcionário que não se deslocar para a nova sede dentro do prazo fixado, salvo por motivo devidamente
comprovado;
II - Quando retornar ou pedir exoneração antes de completar cento e oitenta dias de exercício na nova sede.
Parágrafo único - Se o funcionário regressar por ordem superior, ou por comprovado motivo de força maior não
haverá restituição.
Art. 99 - O transporte do funcionário inclui as passagens e, no limite estabelecido em regulamento próprio, as
bagagens.
Parágrafo único - O funcionário será obrigado a repor a importância correspondente ao transporte irregularmente
requisitado, além de sofrer a pena disciplinar cabível.

SEÇÃO IV
DAS DIÁRIAS

Art. 100 - O funcionário, que a serviço se deslocar da sede em caráter eventual e transitório, fará jus a diárias
correspondente ao período de afastamento, para cobrir as despesas de alimentação e pousada.
§ 1º - Entende-se por sede o lugar onde o funcionário reside.
§ 2º - Não serão pagas diárias ao funcionário removido ou transferido, quando designado para função gratificada ou
nomeado para cargo em comissão.
§ 3º - Não caberá pagamento de diárias quando a viagem do funcionário constituir exigência inerente ao cargo ou
função.
Art. 101 - Será paga diária especial ao funcionário designado para serviços intensivos de campo, em qualquer lugar
do Estado.
Parágrafo único - A diária especial de campo é devida a partir da entrada em serviço, obedecendo seu pagamento
aos valores fixados por ato governamental.
Art. 102 - O funcionário que, indevidamente, receber diárias, restituirá de uma só vez igual importância, sujeito
ainda à punição disciplinar.
Art. 103 - Será punido com suspensão e, na reincidência, com demissão, o funcionário que, indevidamente,
conceder diárias.

SEÇÃO V
DO SALÁRIO-FAMÍLIA

Art. 104 - O salário-família é devido por dependente, menor de 21 anos, do funcionário, ativo ou inativo.
§ 1º - A cada dependente corresponderá uma cota de salário-família.
§ 2º - A cota do salário-família destinada a dependente inválido será paga em dobro.
Art. 105 - Não será devido o salário-família quando o dependente passar a perceber qualquer rendimento, em
importância igual ou superior à do salário-mínimo.
Art. 106 - Quando o pai e a mãe forem funcionários e viverem em comum, o salário-família será pago a um deles
apenas; se não viverem em comum, será pago ao que tiver os dependentes sob sua guarda ou; se ambos os tiverem,
será concedido a um e a outro, de acordo com a distribuição dos dependentes.
Art. 107 - O salário-família é devido mesmo quando o, funcionário não receber vencimentos ou proventos.
Art. 108 - O salário-família não está sujeito a qualquer imposto ou taxa, nem servirá de base para qualquer
contribuição, mesmo para a previdência social.
Art. 109 - Fica assegurada, nas mesmas bases e condições, ao cônjuge sobrevivente ou ao responsável legal pelos
filhos do casal, a percepção do salário-família a que tinha direito o funcionário ativo ou inativo, falecido.
Art. 110 - Quando o funcionário, em regime de acumulação legal, ocupar mais de um cargo , só perceberá o
salário-família por um dos cargos.

SEÇÃO VI

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DO AUXÍLIO-DOENÇA

Art. 111 - Ao funcionário será devido um mês de vencimento, a título de auxílio-doença, após cada período de
doze meses consecutivos de licença para tratamento de saúde, em conseqüência das doenças previstas no item I,
letra “b” , do artigo 132, quando a inspeção médica não concluir pela necessidade imediata de aposentadoria.
Art. 112 - O auxílio-doença será concedido a partir do dia imediato ao término do período referido no artigo
anterior, até o máximo de dois períodos.

SEÇÃO VII
DO AUXÍLIO-FUNERAL

Art. 113 - Será pago auxílio-funeral correspondente a um mês de vencimento, remuneração ou provento, mediante
prova da despesa, a quem providenciou o sepultamento do funcionário falecido.
§ 1º - O vencimento, remuneração ou provento corresponderá àquele do funcionário, no momento do óbito.
§ 2º - Em caso de acumulação legal de cargos do Estado, o auxílio-funeral corresponderá ao pagamento do cargo de
maior vencimento ou remuneração do funcionário.
§ 3º - A despesa com auxílio-funeral correrá à conta da dotação orçamentária própria do cargo, que não será
provido antes de decorridos trinta dias da vacância.

CAPÍTULO IV
DAS CONCESSÕES

Art. 114 - Sem prejuízo da remuneração e qualquer outro direito ou vantagem, o funcionário poderá faltar ao
serviço até oito dias consecutivos, por motivo de :
I - Casamento; ou
II - Falecimento do cônjuge ou companheiro, pais, filhos ou irmãos.
Art. 115 - Ao funcionário estudante será permitido ausentando-se do serviço, sem prejuízo do vencimento,
remuneração ou vantagem, para submeter-se a prova ou exame, mediante apresentação de atestado fornecido pelo
estabelecimento de ensino.
Art. 116 - Poderá o funcionário ser autorizado para estudo ou aperfeiçoamento fora do Estado, a critério do Chefe
do Poder a cujo Quadro de Pessoal integre, e por prazo não superior a três anos, sem prejuízo do vencimento ou
remuneração.

§ 1º - O funcionário, amparado por este artigo, ficará obrigado a prestar serviço ao Estado, pelo menos por período
igual ao de seu afastamento.
§ 2º - Não cumprida a obrigação de que trata o parágrafo anterior, o funcionário indenizará os cofres públicos da
importância despendida pelo Estado, como custeio da viagem de estudo ou aperfeiçoamento

CAPÍTULO V
DA ASSISTÊNCIA E DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art. 117 - O Estado prestará assistência ao funcionário e à sua família através de instituição própria criada por lei.

CAPÍTULO VI
DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 118 - É assegurado ao funcionário o direito de requerer, representar, pedir reconsideração e recorrer, desde que
o faça dentro das normas de urbanidade.
Art. 119 - O requerimento é cabível para defesa de direito ou de interesse legítimo e será dirigido à autoridade
competente em razão da matéria.
Art. 120 - A representação é cabível contra abuso de autoridade ou desvio de poder, encaminhada pela via
hierárquica, será obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é interposta.
Art. 121 - Caberá pedido de reconsideração dirigido à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a
primeira decisão, quando contiver novos argumentos.
Parágrafo único - O prazo para apresentação do pedido de reconsideração é de quinze dias a contar da ciência do
ato, da decisão ou da publicação oficial.
Art. 122 - O recurso é cabível contra indeferimento de pedido de reconsideração e contra decisões sobre recursos
sucessivamente interpostos.
Art. 123 - O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a
decisão recorrida.
§ 1º - O recurso será interposto por intermédio da autoridade recorrida, que poderá reconsiderar a decisão, ou
mantendo-a, encaminhá-la à autoridade superior.
§ 2º - É de trinta dias o prazo para a interposição de recurso, a contar da publicação ou ciência, pelo interessado, da
decisão recorrida.

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Art. 124 - O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá:
I - Em cinco anos, quando aos atos de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e aos referentes a
matéria patrimonial;
II - Em cento e vinte dias, nos demais casos.
Art. 125 - Os prazos de prescrição estabelecidos no artigo anterior, contar-se-ão da data da publicação, no órgão
oficial, do ato impugnado, ou da data da ciência pelo interessado.
Art. 126 - Os pedidos de reconsideração e os recursos, quando cabíveis, e apresentados dentro do prazo, interrompem
a prescrição até duas vezes, determinando a contagem de novos prazos a partir da data da publicação
de despacho denegatório ou restritivo ao pedido.
Art. 127 - O ingresso em juízo não implica necessariamente suspensão, na instância administrativa, de pleito
formulado pelo funcionário.

CAPÍTULO VII
DA DISPONIBILIDADE

Art. 128 - Disponibilidade é o ato pelo qual o funcionário estável fica afastado de qualquer atividade, no serviço
público em virtude da extinção ou declaração da desnecessidade do seu cargo.
Parágrafo único - O funcionário em disponibilidade perceberá proventos proporcionais ao seu tempo de serviço,
mais as vantagens incorporáveis à data da inativação e o salário-família.
Art. 129 - Restabelecido o cargo, mesmo modificada a sua denominação, será nele aproveitado, com prioridade, o
funcionário em disponibilidade.
Art. 130 - O funcionário em disponibilidade poderá ser aposentado, preenchidos os requisitos legais.

CAPÍTULO VIII
DA APOSENTADORIA

Art. 131 - O funcionário será aposentado:


I - Compulsoriamente, aos setenta anos de idade;
II - Voluntariamente;
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se do sexo masculino;
b) aos trinta anos de serviço, se do sexo feminino; e
III - Por invalidez.
Art. 132 - Os proventos de aposentadoria serão:
I - Integrais, quando o funcionário:
a) Aposentar-se voluntariamente por tempo de serviço;
b) Invalidar-se por acidente ocorrido em serviço, por moléstia profissional, ou quando acometido de tuberculose
ativa, alienação mental, neoplasia maligna, doença dos órgãos da visão, com diminuição de auidade abaixo de um
décimo, lepra, leucemia, cardiopatia grave, doença de Parkinson, e outras moléstias que a lei indicar com base nas
conclusões da medicina especializada; e
II - Proporcionais, fora das hipóteses previstas no item anterior.
Parágrafo único - Os proventos proporcionais não serão inferiores a cinqüenta por cento do vencimento e vantagens
percebidas na atividade, e, em caso nenhum inferiores ao salário-mínimo.
Art. 133 - Para efeitos deste Estatuto, considera-se acidente em serviço o evento danoso que tiver como causa
imediata o exercício das atribuições inerentes ao cargo.
§ 1º - Equipara-se ao acidente em serviço a agressão física sofrida e não provocada pelo funcionário, no exercício
das suas atribuições.
§ 2º - A prova do acidente será formalizada em processo especial, no prazo de oito dias, prorrogável, quando as
circunstâncias o exigirem, por período que a autoridade competente considerar necessário.
Art. 134 - Entende-se por doença profissional a proveniente das condições do serviço ou de fatos nele ocorridos,
devendo o laudo médico estabelecer-lhes rigorosa caracterização.
Art. 135 - A aposentadoria compulsória será automática e o funcionário deixará o exercício do cargo no dia que
atingir a idade limite, devendo o ato retroagir aquela data.
Art. 136 - A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde, por período não
excedente a vinte e quatro meses, salvo quando o laudo médico declarar logo incapacidade definitiva para o serviço
público.
Art. 137 - Aposentadoria produzirá efeito com a publicação do ato no órgão oficial.
(Obs. Lei nº 2.293 de 15.08.94 - REVOGA o parágrafo único do art. 139)
Art. 138 - No caso do item II do artigo 131 o funcionário aguardará em exercício a publicação do ato de
aposentadoria.
Art. 139 - O funcionário que se aposentar de acordo com o item II do artigo 131 fará jus:
I - A proventos correspondentes ao vencimento da classe imediatamente superior;
II - A proventos acrescidos de vinte por cento, quando ocupante da última classe da carreira;
III - A proventos estabelecidos no inciso anterior, quando ocupante de cargo isolado, durante três anos no mínimo.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplicar-se-á às aposentadorias decretadas a partir da data da vigência deste

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Estatuto.
Art. 140 - O funcionário ao se aposentar passará à inatividade:
I - Com vencimento do cargo em comissão, da função de confiança ou função gratificada que houver exercido,
sem interrupção, por no mínimo cinco anos;
II - Com as vantagens do item anterior, desde que o exercício de cargo ou função de confiança tenha somado um
período de dez anos, consecutivos ou não.
§ 1º - No caso do item II deste artigo, quando mais de um cargo ou função tenha sido exercido, serão atribuídas as
vantagens do cargo ou função de maior valor, desde que lhe corresponda o exercício mínimo de um ano.
§ 2º VETADO.
Art. 141 - Os proventos da inatividade serão revistos sempre na mesma base percentual do aumento concedido aos
funcionários em atividade, ou de categoria igual ou equivalente.
§ 1º - VETADO.
§ 2º - O funcionário aposentado com proventos proporcionais, quando acometidos de doença prevista na letra “b”
inciso I, do artigo 132, positivada em inspeção médica, passará a ter proventos integrais.
Art. 142 - Será acrescido aos proventos da aposentadoria o valor correspondentes às gratificações “prolabore”
desde que o funcionário venha percebendo dita vantagem há mais de cinco anos.
Art. 143 - O cálculo dos proventos da aposentadoria terá por base o vencimento mensal do cargo, acrescido das
vantagens incorporáveis por lei.

TÍTULO V
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DA ACUMULAÇÃO

Art. 144 - É vedada a acumulação remunerada de cargos ou funções pública, exceto de:
I - Um cargo do magistério com o de Juiz;
II - Dois cargos de professor;
III - Um cargo de professor com outro técnico ou científico;
IV - Dois cargos privativos de médico.
§ 1º- Em qualquer dos casos, a acumulação somente será permitida quando houver correlação de matéria e
compatibilidade de horários.
§2º - a proibição de acumular estende-se a cargos, funções ou empregos, em autarquias, empresas públicas e
sociedades de economia mista.
§ 3º - A proibição de acumular proventos não se aplica ao aposentado, quando no exercício do mandato eletivo,
quando ocupante de cargo em comissão ou quando ocupante de cargo em comissão ou quando contratado para
prestação de serviços técnicos ou especializados.
Art. 145 - Não se enquadra na proibição de acumular a percepção conjunta de:
I - Pensões civil e militar;
II - Pensões com vencimento, remuneração ou salários;
III - Pensões com proventos de disponibilidade, aposentadoria ou reforma.
Art. 146 - As acumulações serão apuradas por meio de comissão constituída em caráter transitório ou permanente.
Parágrafo único - Verificada a acumulação proibida e provada a boa fé, o funcionário optará por um dos cargos ou
funções exercidas.
Art. 147 - Na hipótese de má fé, provada mediante inquérito administrativo, o funcionário perderá, também, o
cargo que exercia há mais tempo.
Parágrafo único - O inquérito administrativo obedecerá às normas disciplinares na Seção IV do Capítulo VII deste
Título.
Art. 148 - As autoridades que tiverem conhecimento de qualquer acumulação indevida, comunicarão o fato, sob
pena de responsabilidade, ao órgão de Pessoal, para os fins indicados no artigo 146.

CAPÍTULO II
DOS DEVERES

Art. 149 - Além do exercício das atribuições do cargo, são deveres do funcionário:
I - Lealdade e respeito às instituições constitucionais e administrativas;
II - Assiduidade e pontualidade;
III - Cumprimento de ordens superiores, representando quando manifestamente ilegais;
IV - Desempenho, com zelo e presteza, dos trabalhos de sua incumbência;
V - Sigilo sobre os assuntos da repartição;
VI - Zelo pela economia do material e pela conservação do patrimônio sob sua guarda ou para sua utilização.
VII - Urbanidade com companheiros de serviços e público geral;
VIII- Cooperação e espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho;
IX - Conhecimento da leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviços referentes às suas funções; e
X - Procedimento compatível com dignidade da função pública.

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CAPÍTULO III
DAS PROIBIÇÕES

Art. 150 - Ao funcionário é proibido:


I - Referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso em informação, parecer ou despacho, às autoridades e a atos
da Administração Pública, podendo, porém , em trabalho assinado, criticá-los do ponto de vista doutrinário ou da
organização do serviço;
II - Censurar, por qualquer órgão de divulgação pública, as autoridades constituídas;
III - Pleitear, como procurador ou intermediário junto às repartições públicas, salvo quando se tratar de percepção
de vencimentos e proventos do cônjuge companheiro ou parente consangüíneo ou afim, até segundo grau;
IV - Retirar, modificar ou substituir, sem prévia autorização, qualquer documento de órgão estadual;
V - Empregar materiais e bens do Estado em serviço particular ou, sem autorização superior, retirar objetos
de órgãos oficiais;
VI - Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal;
VII - Coagir ou aliciar subordinados com objetivo de natureza partidária;
VIII- Receber propinas, comissões, presentes e vantagens de qualquer espécie, em razão do cargo;
IX - Praticar a usura, em qualquer de suas formas;
X - Promover manifestações de apreço ou desapreço, mesmo para obsequiar superiores hierárquicos, e fazer
circular ou subscrever lista de donativos na repartição;
XI - Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em Lei, o desempenho de encargos de sua
competência ou de seus subordinados.
XII - Participar da diretoria gerência, administração, conselho-técnico ou administrativo de empresa ou sociedade:
a) Contratante ou concessionária de serviço público;
b) Fornecedora de equipamento ou material de qualquer natureza ou espécie, a qualquer órgão estadual;
c) Com atividades relacionadas à natureza do cargo ou função pública exercida;
XIII- Exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionistas, cotistas ou comanditário;
XIV- Entreter-se, nos locais e horas de trabalho, em palestras, leituras ou atividades estranhas ao serviço;
XV - Atender pessoas estranhas ao serviço no local de trabalho, para tratar de assuntos particulares;
XVI - Incitar greves ou delas participar ou praticar atos de sabotagem contra o serviço público;
XVII- Fundar sindicato de funcionário ou dele participar; e
XVIII- Ausentar-se do Estado, mesmo para estudo ou missão oficial de qualquer natureza, com ou sem ônus para
os cofres públicos, sem autorização expressa do Chefe do Poder a cujo Quadro de Pessoal integre.

CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 151 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente.
Art. 152 - A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em prejuízo à Fazenda
Pública ou a terceiros.
§ 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública será liquidada mediante desconto em prestações
mensais, não superiores à décima parte do vencimento ou remuneração, à falta de outros bens que respondam pela
reposição.
§ 2º - Tratando-se de danos causados a terceiros, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública, em ação
regressiva, proposta depois de transitada em julgado a decisão que houver condenado a Fazenda a indenizar o
prejudicado.
Art. 153 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário, nesta qualidade.
Art. 154 - A responsabilidade administrativa resulta de omissões ou atos praticados no desempenho do cargo ou
função.
Art. 155 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, umas e outras, independentes entre si, bem
assim as instâncias cível, penal e administrativa.

CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES

Art. 156 - São penas disciplinares:


I - Repreensão;
II - Suspensão;
III - Demissão; e
IV - Cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
Art. 157 - Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas a natureza e a gravidade da infração, os danos
que dela resultarem para o serviço público e os antecedentes funcionais do culpado.
Art. 158 - A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de cumprimentos dos

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deveres funcionais. Art. 159 - A pena de suspensão, que não excederá a noventa dias, será aplicada em casos de falta
grave ou
reincidência.
Parágrafo único - O funcionário suspenso perderá, durante o período de cumprimento da pena, todos os direitos e
vantagens decorrentes do exercício do cargo.
Art. 160 - As penas de repreensão e suspensão até cinco dias serão aplicadas de imediato pela autoridade que tiver
conhecimento direto de falta cometida.
§ 1º - O ato punitivo será motivado e terá efeito imediato, mas provisório, assegurando-se ao funcionário o direito
de oferecer defesa por escrito, no prazo de três dias.
§ 2º - A defesa prevista no parágrafo anterior é independente de autuação e será apresentada mediante recibo,
diretamente pelo funcionário à autoridade que aplicou a pena.
§ 3º - As penalidades aplicadas nas condições deste artigo, somente serão confirmadas mediante novo ato, após a
apreciação da defesa, ou pelo decurso do prazo para tanto estabelecido, se tal direito não for exercido pelo
funcionário.
§ 4º - Somente se confirmada a penalidade constará no assentamento individual do funcionário.
Art. 161 - A pena de demissão será aplicada nos casos de:
I - Crime contra a administração pública, assim definido na Lei Penal;
II - Abandono de cargo;
III - Inassiduidade habitual;
IV - Incontinência pública ou escandalosa e prática de jogos proibidos;
V - Insubordinação grave em serviço;
VI - Ofensa física em serviço contra funcionário ou particular, salvo em legítima defesa e em estrito cumprimento
do dever legal;
VII - Aplicação irregular de dinheiro público;
VIII- Revelação de fato ou informação de natureza sigilosa que o funcionário conheça em razão do cargo;
IX - Corrupção passiva, nos termos da Lei Penal;
X - Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual;
XI - Acumulação proibida de cargo público, se provada a má fé; e
XII - Transgressão de quaisquer dos itens IV, V, VI, VII e IX do artigo 150.
§ 1º - Considera-se abandono de cargo a ausência ao serviço, sem justa causa, por mais de trinta dias consecutivos.
§ 2º - Entende-se como inassiduidade habitual a falta ao serviço sem causa justificada, por sessenta dias
intercaladas durante o período de doze meses.
Art. 162 - O ato de imposição de penalidade mencionará sempre a causa da sanção e o fundamento legal.
Art. 163 - São competentes para aplicação das penalidades disciplinares:
I - Governador;
II - O Secretário de Estado ou autoridade diretamente subordinada ao Governador e os dirigentes de autarquias,
nos casos de suspensão por mais trinta dias; e
III - Os chefes de unidades administrativas, na forma regimental, nos casos de repreensão ou suspensão até trinta
dias.
Parágrafo único - Quando se tratar de funcionário dos Poderes Legislativo e Judiciário, e dos Tribunais de Contas
do Estado e dos Municípios, as penalidades serão aplicadas pelas autoridades designadas em regimento interno, lei
orgânica ou regulamento.
Art. 164 - Constarão obrigatoriamente do seu assentamento individual as penalidades disciplinares impostas ao
funcionário.
Art. 165 - Além da pena judicial cabível, serão consideradas como de suspensão os dias em que o funcionário
deixar de atender, sem motivo justificado, à convocação do júri e outros serviços obrigatórios previstos em lei.
Art. 166 - Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que praticou, quando em atividade, falta
punível com demissão.
Art. 167 - Será cassada a disponibilidade quando o funcionário, nessa situação, investiu-se ilegalmente em cargo ou
função pública, ou aceitou comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro, sem prévia e expressa autorização
do Presidente da República.
Parágrafo único - Será igualmente cassada a disponibilidade do funcionário que não assumir no prazo legal o
exercício do cargo em que for aproveitado.
Art. 168 - Prescreverá:
I - Em dois meses, a falta sujeita à repreensão;
II - Em dois anos, a falta sujeita à pena de suspensão; e
III - Em cinco anos, a falta sujeita às penas de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
Parágrafo único - Também a falta, prevista em Lei Penal como crime, prescreverá juntamente com ele.
Art. 169 - A prescrição começa a contar da data em que autoridade tomar conhecimento da existência da falta.
Parágrafo único - O curso de prescrição interrompe-se pela abertura do competente procedimento administrativo.
CAPÍTULO VI
DA PRISÃO ADMINISTRATIVA E DA
SUSPENSÃO PREVENTIVA

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Art. 170 - Cabe dentro das respectivas competências ao Secretário de Estado e demais chefes de órgãos diretamente
subordinados ao Governador, ordenar a prisão administrativa, mediante despacho fundamentado, de todo e
qualquer responsável por dinheiro ou valores pertencentes à Fazenda Estadual ou que se acharem sob sua guarda,
nos casos de alcance, remissão ou omissão em efetuar as entradas nos devidos prazos.
§ 1º - Em se tratando de funcionários dos Poderes Legislativo e Judiciário, e dos Tribunais de Contas do Estado e
dos Municípios, a prisão administrativa será ordenada pelas autoridades designadas em regimento interno, lei
orgânica ou regulamento.
§ 2º - Ordenada a prisão, será ela comunicada imediatamente à autoridade judiciária competente.
§ 3º - A prisão administrativa não excederá de noventa dias, podendo, no entanto, ser revogada, a critério da
autoridade que a decretou, sem prejuízo do processo disciplinar e penas cabíveis, se o funcionário ressarcir os
danos causados ao erário público ou oferecer garantia idônea.
§ 4º - No curso do processo disciplinar compete ao Presidente da Comissão suscitar a prisão administrativa do
indiciado, perante a autoridade competente para decretá-la, nos casos legalmente cabíveis.
Art. 171 - A suspensão preventiva até trinta dias será ordenada pelo chefe da unidade administrativa, mediante
despacho fundamentado, se o afastamento do funcionário for necessário, para que não venha a influir na apuração
da falta cometida.
§ 1º - Caberá ao Secretário de Estado ou às autoridades designadas em regimento interno, lei orgânica ou
regulamento, prorrogar, até noventa dias, o prazo de suspensão já ordenada, mas cumprida a penalidade, cessarão
os respectivos efeitos, ainda que o processo disciplinar não esteja concluso.
§ 2º - A suspensão preventiva do funcionário não impede a decretação de sua prisão administrativa.
Art. 172 - Durante o período da prisão administrativa ou da suspensão preventiva, o funcionário perderá um terço
do vencimento ou remuneração.
Parágrafo único - Reconhecida sua inocência, o funcionário terá direito à diferença de remuneração e à contagem,
para todos os efeitos, do período correspondente à prisão administrativa ou suspensão preventiva.

CAPÍTULO VII
DO PROCESSO DISCIPLINAR
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 173 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a tomar providências para
apurar os fatos e responsabilidades.
§ 1º - As providências de apuração começarão logo após o conhecimento dos fatos e serão tomadas na unidade
onde eles ocorreram, devendo consistir, no mínimo, em relatório circunstanciado sobre as possíveis irregularidades.
§ 2º - A averiguação preliminar será cometida a um só funcionário ou a uma comissão.

SEÇÃO II
DO PROCESSO SUMÁRIO

Art. 174 - Instaura-se o processo sumário quando a falta disciplinar, pela gravidade ou natureza, não motivar
demissão, ressalvado o disposto no artigo 160.
Parágrafo único - No processo sumário, conclusa a instrução, a decisão será tomada após cinco dias do prazo para o
funcionário apresentar a sua defesa.

SEÇÃO III
DA SINDICÂNCIA

Art. 175 - A sindicância constitui a peça preliminar e informativa do inquérito administrativo, devendo ser
instaurada quando os fatos não estiverem definidos ou faltarem elementos indicativos da autoria.
Art. 176 - A sindicância não comporta a contraditório e tem caráter sigiloso, devendo obrigatoriamente serem
ouvidos, no entanto, os envolvidos nos fatos.
Art. 177 - O relatório da sindicância conterá descrição articulada dos fatos e proposta objetivo ante as ocorrências
verificadas, recomendando o arquivamento do feito ou a abertura do inquérito administrativo.
Parágrafo único - Quando recomendar abertura do inquérito administrativo. o relatório deverá apontar os
dispositivos legais infringidos e a autoria do infrator.
Art. 178 - A sindicância deverá estar conclusa dentro de trinta dias, prazo prorrogável mediante justificação
fundamentada.

SEÇÃO IV
DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO

Art. 179 - Instaura-se inquérito administrativo quando a falta disciplinar, por sua gravidade ou natureza, possa
determinar a aplicação da penas de suspensão, por mais de trinta dias, demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade.

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Parágrafo único - No inquérito administrativo é assegurado o amplo e irrestrito exercício do direito de defesa.
Art. 180 - Além do Governador, dos Presidentes dos Poderes Legislativo, Judiciário, dos Tribunais de Contas e do
Secretário de Estado, são competentes para determinar a instauração do inquérito disciplinar os dirigentes dos
órgãos diretamente subordinados ao Chefe do Poder Executivo e os dirigentes de autarquias, respeitadas as
atribuições estabelecidas em regulamento, regimento interno ou lei orgânica.
Art. 181 - O inquérito administrativo será conduzido por uma Comissão, permanente ou especial, composta por
cinco funcionários estáveis.
§ 1º - Entre os membros da Comissão, dois, no mínimo serão Bacharéis em Direito.
§ 2º - A Comissão obedecerá a regimento próprio e o mandato de seus membros será de dois anos, admitida a
recondução por uma única vez.
§ 3º - A Comissão procederá a todas as diligências necessárias, recorrendo, quando aconselhável, a técnicos ou
peritos.
§ 4º - Os órgãos estaduais responderão com a máxima presteza às solicitações da Comissão, devendo comunicar a
impossibilidade de atendimento, em caso de força maior.
§ 5º - Terá caráter urgente e prioritário e expedição de documentos necessários à instrução do inquérito
administrativo.
Art. 182 - O inquérito administrativo começará no prazo de cinco dias, contados do recebimento dos autos pelas
Comissão, e terminará no prazo de noventa dias.
Parágrafo único - O prazo para conclusão do inquérito poderá ser prorrogado, mediante justificação fundamentada
e a juízo da autoridade competente.
Art. 183 - Recebidos os autos, a Comissão formalizará o indiciamento do funcionário, apontado o dispositivo legal
infringido.
§ 1º - A citação será pessoal e contará com a transcrição do indiciamento, bem como data, hora e local marcados
para o interrogatório.
§ 2º - Não sendo encontrado o indiciado, ou ignorando-se o seu paradeiro, a citação será feita por editais,
publicados no órgão oficial, durante três dias consecutivos.
§ 3º - Se o indiciado não comparecer, será decretada a sua revelia e designado um defensor dativo, de preferência
Bacharel em Direito, ou funcionário da mesma classe e categoria, para a promoção da defesa.
Art. 184 - Nenhum funcionário será processado sem assistência de defensor habilitado.
Parágrafo único - Se o funcionário não constituir, advogado, ser-lhe-á designado um defensor dativo, na forma do
disposto no artigo anterior.
Art. 185 - O indiciado estará presente a todas as diligências do inquérito e poderá intervir em qualquer ato da
Comissão.
Art. 186 - Para todas as provas e diligências será intimada a defesa, com antecedência mínima de quarenta e oito
horas.
Art. 187 - Realizadas as provas da Comissão, a defesa será intimada para apresentar, em três dias, as provas que
pretender produzir.
Art. 188 - Encerrada a instrução, dar-se-á vista ao defensor para apresentação, por escrito e no prazo de dez dias,
das razões de defesa do indiciado.
§ 1º - Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum de vinte dias.
§ 2º - O prazo de defesa será prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas imprescindíveis.
§ 3º - Compete ao Presidente da Comissão indeferir, mediante despacho fundamentado, as diligências de caráter
procrastinatório ou manifestamente desnecessárias.
Art. 189 - As certidões de repartições públicas, necessárias á defesa, serão fornecidas sem qualquer ônus, a
requerimento do defensor, dirigido ao Presidente da Comissão.
Art. 190 - Produzida a defesa escrita, a Comissão apresentará o relatório no prazo de dez dias.
Art. 191 - No relatório da Comissão serão apreciadas, as provas colhidas e as razões da defesa, justificando-se, com
fundamento objetivo, a absolvição ou punição, e indicando-se, neste caso, a pena cabível e seu embasamento legal.
Parágrafo único - A Comissão poderá sugerir outras medidas que se fizerem necessárias á defesa do interesse
público.
Art. 192 - Recebidos os autos com o relatório, a autoridade competente proferirá a decisão por despacho
fundamentado.
Art. 193 - O funcionário só poderá requerer exoneração após a conclusão do processo disciplinar, e se reconhecida
a sua inocência.
Art. 194 - As decisões serão publicados no Diário Oficial, dentro do prazo de oito dias, a contar da data do
despacho final.
Art. 195 - Quando ao funcionário se imputar crime praticado na esfera administrativa, a autoridade que determinou
a instauração do inquérito administrativo providenciará para se instaurar, simultaneamente, o inquérito policial.

CAPÍTULO VIII
DA REVISÃO DO PROCESSO

Art. 196 - A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão do processo administrativo de que haja resultado pena
disciplinar, quando forem aduzidos fatos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido.

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§ 1º - Não constitui fundamento para revisão a simples alegado de injustiça da penalidade.
§ 2º - Ocorrendo o falecimento do punido, o pedido de revisão poderá ser formulado pelo cônjuge ou parente até
segundo grau.
Art. 197 - A revisão processar-se-á apensa ao processo original.
Art. 198 - O pedido de revisão será dirigido à autoridade que tiver proferido a decisão.
§ 1º - A revisão será realizada por uma Comissão composta de três funcionários estáveis, de categoria igual ou
superior à do punido.
§ 2º - Estarão impedidos de integrar a Comissão revisora os funcionários que constituíram a Comissão que
concluiu pela aplicação da penalidade ao requerente.
Art. 199 - Conclusos os trabalhos de Comissão, em prazo não excedentes a sessenta dias, será o Processo, com o
respectivo relatório, encaminhado à autoridade competente para julgamento.
Parágrafo único - Caberá entretanto, aos Chefes dos Poderes o julgamento, quando do processo revisto houver
resultado pena de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
Art. 200 - Julgada procedente a revisão, a autoridade competente determinará a redução ou anulação da pena.
Parágrafo único - A decisão será sempre fundamentada e publicada no órgão oficial do Estado.
Art. 201 - Aplicam-se ao processo de revisão, no que couberem, as disposições concernentes ao processo
disciplinar.

TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 202 - O dia do Funcionário Público será comemorado a 28 de outubro.


Art. 203 - Salvo disposição em contrário, a contagem do tempo e dos prazos previstos neste Estatuto será feita em
dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do seu término.
Parágrafo único - Considerar-se-á prorrogado o prazo até o primeiro dia útil, se o término coincidir com sábado,
domingo, feriado ou dia em que não haja expediente, ou este não prossiga até a hora normal do encerramento
Art. 204 - São isentos de quaisquer tributos as certidões e outros documentos relacionados com o serviço público e
de interesse do funcionário.
Art. 205 - O Governador determinar o número de horas diárias de trabalho das várias categorias de funcionários nas
repartições estaduais.
Parágrafo único - Em se tratando de funcionários dos Poderes Legislativo e Judiciário, a providência do que trata
este artigo constará de regulamento administrativo.
Art. 206 - Nos dias úteis somente por Decreto do Governador deixarão de funcionar as repartições públicas
estaduais ou será suspenso o expediente.
Art. 207 - Os atos de provimento de cargos públicos, das designações para funções gratificadas, bem com todo os
demais relativos a direitos, vantagens, concessões e licenças, só produzirão efeitos após publicados no órgão
oficial.
Art. 208 - Para os efeitos deste Lei, e quando nela não definida, é considerada pessoa da família do funcionário
quem viva às suas expensas e conste de seu assentamento individual.
Art. 209 - Para fins de percepção dos benefícios previstos na legislação, obrigatoriamente são contribuintes da
Previdência Social do Estado os funcionários regidos por este Estatuto, ressalvados os ocupantes de cargo em
Comissão vinculados a outro sistema previdenciário público.
Art. 210 - Nos órgãos da Administração pública, cujo Quadro de Pessoal for regido por este Estatuto, na hipótese
de existência de servidores vinculados a outro regime jurídico, estes poderão optar pelo regime disciplinado nesta
Lei, obedecendo aos seguintes procedimento:
I - A opção deverá ser manifestada expressamente, no prazo de trinta dias contados da data da vigência deste
Estatuto.
II - Após a opção o servidor deverá ser submetido a processo seletivo, regulamentado por Decreto do Governador.
§ 1º - Para fins do estabelecido neste artigo, os Chefes dos Poderes acrescerão ao Quadro Estatutário dos órgãos, os
cargos necessários ao enquadramento dos servidores aprovados no processo seletivo.
§ 2º - O enquadramento do servidor no regime deste Lei deverá ocorrer no cargo de igual denominação e
vencimento do emprego ou função que ocupava no outro regime.
§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica aos titulares de empregos e funções do Magistério.
Art. 211 - O Poder Executivo expedirá os atos complementares necessários à plena execução das disposições da
presente Lei.
Art. 212 - Ficam revogados o artigo 12 da Lei nº 1221, de 30/12/1976, a Lei nº 701, de 30/12/1967, com suas
alterações, e demais disposições em contrário.
Art. 213 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, e terá efeitos a partir de 28 de outubro de 1986.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 14 de Novembro de 1986.

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GILBERTO MESTRINHO DE MEDEIROS RAPOSO


Governador do Estado

ALTERAÇÕES

Lei nº 1.839, de 18 de maio de 1988.

Fica vedada pelo Art. 7º da Lei 1.839, de 18/05/88, todas as gratificações concedidas através do inciso IV e IX do
artigo 90 da Lei 1.762 de 14/11/86.

Art. 7º - É vedada a percepção cumulativa da gratificação de produtividade ou de prêmio por produção com a
gratificação pela prestação de serviço em regime de tempo integral ou tempo integral com dedicação exclusiva, a
que se referem os incisos IV e IX, respectivamente, da Lei nº 1.762, de 14 de novembro de 1986.
Art. 22 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a partir de 1º de maio de
1988.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 18 de maio de 1988.

AMAZONINO ARMANDO MENDES


Governador do Estado

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Encontra-se na Pg. 13 do Estatuto

Lei nº 1.869, de 07 de outubro de 1988.

O Art. 11 da Lei nº 1.869, de 07/10/88 altera o artigo 90 da Lei nº 1.762, de 14 de novembro de 1986, passa a
vigorar acrescido dos seguintes parágrafos:

Art. 11 - O art. 90 da Lei 1.762, de 14 de novembro de 1986, passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos:
“Art. 90..................................................................................................
§ 1º - Os percentuais de atribuição das gratificações previstas nos incisos deste artigo, à serem fixados por ato legal,
somente incidirão, para efeito de cálculo das referidas vantagens, sobre o valor do vencimento do cargo efetivo do
funcionário.
§ 2º - O percentual para percepção da gratificação pela prestação de serviço em regime de tempo integral com
dedicação exclusiva, não poderá ser superior a 60% (sessenta por cento) e a gratificação pela participação em
comissão, grupo de trabalho ou grupo especial de assessoramento técnico, de caráter transitório, não poderá ter
percentual de atribuição acima de 100% (cem por cento).
§ 3º - É vedada a percepção cumulativa da gratificação de produtividade ou de prêmio por produção com a
gratificação pela prestação de serviço em regime de tempo integral com dedicação exclusiva; e a gratificação pela
execução de trabalhos de natureza especial, com risco de vida ou de saúde com a gratificação pelo exercício em
determinadas zonas ou locais”.
Art. 22 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a partir de 1º de outubro de
1988.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 1º de outubro de 1988.

AMAZONINO ARMANDO MENDES


Governador do Estado

Encontra-se na Pg. 13 e 14 do Estatuto.

Lei nº 1.897, de 05 de janeiro de 1989

Art. 10 - Ficam alterados o artigo 62 e o parágrafo 2º do artigo 63 da Lei nº 1.762, de 14 de novembro de 1986,
que passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 62 - O funcionário gozará férias anuais de trinta dias, percebendo sem qualquer prejuízo financeiro, um valor
correspondente a um terço da remuneração mensal”.
“Art. 63 - .........................................................
........................................................
§ 2º - A acumulação de períodos de férias não autoriza a acumulação do valor das férias anuais remuneradas a que
se refere o “caput” do artigo anterior, que será pago obedecendo rigorosamente a escala antes estabelecida”.
Art. 13 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação e seus efeitos a partir de 1º de janeiro de 1989.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 05 de janeiro de 1989.

VIVALDO BARROS FROTA


Governador do Estado do Amazonas, em exercício

Encontra-se na Pg. 08 e 09 do Estatuto.

Lei nº 1899, de 11 de maio de 1989.

Art. 13 - Ficam revogados o parágrafo 3º do artigo 90 da Lei nº 1.762, de 14/11/86, acrescentado pela Lei 1869, de 07
de outubro de 1988, e demais disposições em contrário.

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Art. 14 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, vigorando seus efeitos a partir de 1º de maio de 1989.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 11 de maio de 1989.

VIVALDO BARROS FROTA


Governador do Estado do Amazonas, em exercício

Encontra-se na Pg. 13 e 14 do Estatuto.

Decreto no 15.681, de 27 de outubro de 1993.


DISCIPLINA a disposição, com ônus, de servidores estaduais para órgãos ou entidades da Administração distinta do
Poder Executivo do Estado do Amazonas.

DE CRETA

Art. 1.º - Aos servidores do Poder Executivo do Amazonas, quando cedidos para os outros Poderes do Estado ou
quando colocados à disposição de órgãos ou entidades federais, de outros Estados ou Municípios, com ânua para a
repartição de origem, ficam assegurados o pagamento, no seu órgão de lotação, do vencimento básico ou soldo
acrescido da gratificação de representação do cargo ou posto efetivo, do adicional por tempo de serviço, do
adicional pelo exercício de cargo ou função de confiança e do salário-fámilia.
Art. 2º - Não se incluem no ânua do cedente as seguintes gratificações:
I - de produtividade;
II - de tempo integral;
III - por serviço extraordinário;
IV - de participação em comissão;
V - de risco de vida ou saúde;
VI - gratificação policial;
VII - pro-labore.
Parágrafo Único - Durante o período cm que o servidor estiver afastado de sua repartição de origem, a disposição
dos órgãos referidos no artigo l~, ficam, suspensos os pagamentos das vantagens pecuniárias relacionadas no
“caput” deste artigo, cuja a retribuição está ligada ao efetivo exercício da atividade do cargo no órgão de lotação do
funcionário.
Art 30 - A inclusão na folha de pagamento das vantagens relacionadas no artigo 20, ao servidor afastado de suas
funções, nos casos estabelecidos, no artigo P, implicara na responsabilidade do respectivo órgão de pessoal e será
apurado em processo administrativo, com vistas à aplicação de penalidades.
Art. 40. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 5.º - Revogam-se as disposição em contrário.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 27 de outubro de 1993.

GILBERTO MEST1UNHO DE MEDEIROS RAPOSO


Governador do Estado

Lei nº 2.293, de 15 de Agosto de 1994.

Revoga o parágrafo único, Art. 139, da Lei nº 1762/86 dá outras providências

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L E I:
Art. 1º Fica revogado o Parágrafo único, Art. 139, da Lei nº 1762, de 14 de novembro de 1986, que dispõe sobre o
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Amazonas.
Art. 2º - Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 15 de agosto de 1994.

GILBERTO MESTRINHO DE MEDEIROS RAPOSO


Governador do Estado

Encontra-se na Pg. 19 do Estatuto.

Lei nº 2.400, de 19 de junho de 1996.

ACRESCENTA o § 3º ao artigo 78, da Lei nº 1.762, de 14 de novembro de 1986, e dá outras providências.

L E I:
Art. 1º - Fica acrescido o § 3º ao art. 78, da Lei nº 1762, de 14/11/86, nos seguintes termos:
Art. 78- ........................................................................................
§ 3º - As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença prevista neste artigo, na proporção de um
(um) mês para cada falta.
Art. 2º - Revogam-se disposições em contrário.
Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 19 de junho de 1996.

AMAZONINO ARMANDO MENDES


Governador do Estado

Encontra-se na Pg. 11 do Estatuto.

Lei nº 2.452, de 18 de junho de 1997.


DISPÕE sobre inclusão das moléstias graves que especifica, no texto do artigo 132, inciso I, alínea “b”, da Lei nº
1762, de 14 de novembro de 1996.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAZONAS

DECRETA:

Art. 1º - Ficam incluídas as moléstias Síndrome da Imunodeficiência Adquirida-AIDS e acidente vascular, no texto
da alínea “b”, inciso I, do artigo 132, da Lei nº 1762, de 14 de novembro de 1986.
Art. 2º - Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 26 de junho de 1997.

AMAZONINO ARMANDO MENDES


Governador do Estado

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CONHECIMENTOS JÚRIDICOS
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Encontra-se na Pg. 18 do Estatuto

DECRETO GOVERNAMENTAL Nº18.881, DE 02 DE JULHO DE 1998

REGULAMENTA, para o âmbito das Procuradorias das Autarquias do Estado, o pagamento da vantagem do inciso
IV do artigo 90 da Lei nº 1.762, de 14 de novembro de 1986.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, no exercício da competência que lhe confere o artigo 54,
VIII, da Constituição Estadual, e
CONSIDERANDO a natureza das atividades que os Procuradores das Autarquias do Estado desenvolvem nas áreas
administrativas e judicial,

D E C R E T A:

Art. 1º - Aos titulares dos cargos de Procurador no âmbito das Autarquias de Estado será pago, pelo efetivo
exercício das respectivas funções, a vantagem prevista no inciso IV do artigo 90 da Lei nº 1.762, de 14 de
novembro de 1986, sob a denominação de Gratificação de Produtividade Jurídica Autárquica.
Parágrafo único - É considerado como efetivo exercício, para fins de percepção da vantagem de que trata este
Decreto, o afastamento em virtude de:
I - férias;
II - licença para tratamento de saúde;
III - licença à gestante;
IV - licença-paternidade;
V - licença especial;
VI - júri e serviço eleitoral obrigatório;
VII - exercício de mandato eletivo ou classista;
VIII - serviço de interesse do Gabinete do Governador;
IX - exercício de cargo de confiança no âmbito da Administração Estadual.
Art. 2º - A Gratificação de Produtividade Jurídica Autárquica, segundo os parâmetros fixados no artigo 3º deste
Decreto, será paga mediante a aferição do trabalho desenvolvido pelo Procurador, desde que:
I - tenha adotado, no mês precedente, as medidas jurídicas pertinentes aos casos que lhe forem distribuídos;
II - mantenha rigorosamente em dia os atos processuais que lhe competirem em processos judiciais e
administrativos.
§1º - Da vantagem serão descontados, proporcionalmente, os valores correspondentes aos novos casos não
diligenciados pelo Procurador nos dez dias úteis ao respectivo recebimento.
§2º - não perceberá a vantagem o Procurador que, em relação aos casos ajuizados, deixar de praticar, nos prazos
legais, qualquer ato para o qual tenha sido intimado.
§3º - O teto da Gratificação de Produtividade Jurídica Autárquica corresponderá a:
I - R$ 4.374,00(quatro mil, trezentos e setenta e quatro reais) para o Procurador de 1ª Classe;
II - R$ 4.155,30 (quatro mil, cento e cinqüenta e cinco reais, e trinta centavos) para o Procurador de 2ª Classe;
III - R$ 3.936,60 (três mil, novecentos e trinta e seis reais e sessenta centavos) para o Procurador de 3º Classe.
Parágrafo único - Aplica-se o disposto no inciso I deste artigo aos Procuradores Autárquicos constituídos em classe
única.
Art. 4º - É vedada a percepção cumulativa da Gratificação de Produtividade Jurídica com vantagem de natureza
semelhante e com as gratificações previstas nos incisos V, VI, IX e X do artigo 90 da Lei nº 1.762, de 14 de
novembro de 1986.
Art. 5º - A Gratificação de produtividade Jurídica Autárquica não será computada para o cálculo de qualquer outra
vantagem, salvo para o da remuneração das férias regulamentares e do 13º salário.
Art. 6º - As faltas no serviço não-justificadas, quando em número superior a três num mesmo mês, determinarão a
perda integral da Gratificação de Produtividade Jurídica Autárquica no mês de seu cometimento.
Art. 7º - Aos Procuradores aposentados, por força do § 4º do artigo 40 da Constituição Federal, será paga a
Gratificação de Produtividade Jurídica Autárquica em valor igual ao do teto da classe respectiva.
Parágrafo único - O disposto neste artigo se aplica também às pensões havidas por morte de Procurador de
Autarquia, consoante o § 5º do artigo 40 da Constituição Federal.
Art. 8º - Revogadas as disposições em contrário, este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 02 de julho de 1998.

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AMAZONINO ARMANDO MENDES
Governador do Estado

Encontra-se na Pg. 13

Lei nº 2.531, de 16 de abril de 1999.

ESTABELECE normas relativas ao Regime Estatutário dos Servidores Públicos Estaduais e dá outras
Providências

L E I:

Art. 1º - Fica extinto o adicional pelo exercício de cargo ou função de confiança instituído pelo artigo 82 da Lei nº
1.762, de 14 de novembro de 1986, e previsto nas Leis nºs 1.778, de 08 de janeiro de 1987, 2.271, de 10 de janeiro
de 1994, e 1.869, de 07 de outubro de 1988.
Parágrafo único - A importância relativa ao adicional de que trata o caput deste artigo, adquirida e/ou incorporada
na forma da lei até a data da publicação deste diploma, passa a constituir vantagem individual nominalmente
identificada, sujeita exclusivamente à atualização decorrente da revisão geral da remuneração dos servidores
públicos estaduais, sendo sua percepção incompatível com o exercício de cargo ou função de confiança, salvo se o
servidor optar pela remuneração do cargo efetivo por ele ocupado.
Art. 2º - Os valores pecuniários incluídos ou acrescidos, em qualquer data, aos proventos de aposentadoria, com
base no artigo 139, da Lei nº 1.762, de 14 de novembro de 1986, ficam deles expressamente suprimidos, em
cumprimento ao estabelecido no artigo 109, inciso XXII, da Constituição Estadual, combinado com a determinação
do artigo 5º do Ato das Disposições Transitórias da mesma Constituição.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se às aposentadorias decretadas até à data da publicação desta Lei.
Art. 3º - A decretação de atos concessivos de transferência para a inatividade observarão o estabelecido no § 2º do
artigo 40 da Constituição Federal e no artigo 17 do Ato das Disposições Transitórias da mesma Constituição.
Art. 4º - Fica extinto o direito ao adicional por tempo de serviço de que tratam os artigos 90, III, e 94 da Lei nº
1.762, de 14 de novembro de 1986, e demais regras similares do ordenamento jurídico estadual, respeitadas as
situações constituídas até a data desta Lei.
Art. 5º - É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração
do pessoal do serviço público estadual.
Art. 6º - Os acréscimos pecuniários percebidos por qualquer servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
Art. 7º - Os artigos 30, 31, 32, 42, 47, 48, 49, 50, 51, 75, 80, 81, 88, 132, I, b, 144, 145, 146, 147, 161, XI, e 174,
da Lei nº 1.762, de 14 de novembro de 1986 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Amazonas,
passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 30 - O retorno à atividade do servidor em disponibilidade far-se-á mediante adequado aproveitamento em
cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado, se existente vaga e mediante
comprovação, por junta médica oficial, da capacidade física e mental do aproveitando. “
“Parágrafo único - O aproveitamento de servidor de que trata este artigo somente ocorrerá, mediante solicitação
devidamente fundamentada do órgão interessado e autorização expressa do Chefe do Poder Executivo”.
“Art. 31 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em
exercício no prazo de trinta dias contados da publicação do ato, salvo doença comprovada por junta médica
oficial.”
“Art. 32 - O aproveitamento precederá a realização de concurso público destinado ao provimento de cargo que
atenda as condições do artigo 30.”
“Art. 42 - São requisitos para posse:
I - nacionalidade brasileira ou estrangeira, esta quando admitida por legislação federal específica;
II - idade mínima de dezoito anos;
III - exercício pleno dos direitos políticos;
IV - quitação com o serviço militar, quando o empossando for do sexo masculino;

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V - sanidade física e mental atestada por junta médica oficial;
VI - preenchimento das condições especiais prescritas para o cargo;
VII - declaração de bens e valores que constituem o patrimônio do empossando.”
“§ 1º - O servidor, no ato de posse, declarará expressamente se ocupa outro cargo ou emprego público, especificando
cada um deles com os respectivos horários, se for o caso, ou comprovará haver requerido exoneração ou dispensa, na
hipótese de acumulação não-permitida.”
“§ 2º - Na hipótese de o empossando perceber proventos, fará declaração correspondente, indicando o cargo em que
se deu a inatividade.”
“Art. 47 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
probatório por período de três anos, durante o qual seu desempenho será avaliado por comissão especialmente
constituída para essa finalidade.”
“Art. 48 - Cumprindo satisfatoriamente o estágio probatório, o servidor adquirirá estabilidade no serviço público
após o terceiro ano de efetivo exercício.”
“Art. 49 - O servidor não aprovado no estágio será exonerado, salvo se já estável no serviço público, hipótese em
que será reconduzido ao cargo de que era titular ou aproveitado em outro de atribuições e vencimentos compatíveis
com o anteriormente ocupado, se aquele se encontrar provido.”
“Art. 50 - O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar federal,
assegurada ampla defesa.”
“Art. 51 - Haverá substituição nos casos de impedimento legal ou afastamento de titular de cargo em comissão,
função gratificada ou função de confiança.”
“§ 1º - A substituição de que trata este artigo será remunerada, qualquer que seja a natureza do afastamento, desde
que por período superior a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição que
excederem o referido período.”
“§ 2º - Em nenhuma hipótese haverá remuneração por substituição automática, entendida esta como a que integra a
função própria do cargo de que o servidor for titular.”
“Art. 75 - A critério da Administração, ao servidor poderá ser concedida licença para tratar de interesses
particulares, por período fixado no ato concessivo e sempre sem remuneração.”
“§ 1º - O servidor aguardará em exercício a concessão da licença.”
“§ 2º - A licença de que trata este artigo poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou a
critério da Administração.”
“§ 3º - A licença poderá ser prorrogada por requerimento do servidor interessado, pessoalmente ou por procurador
com poderes especiais, observado o disposto no caput deste artigo.”
“§ 4º - A licença suspende o vínculo do servidor com a Administração, não se computando o tempo correspondente
para qualquer efeito, inclusive o de estágio probatório.”
“Art. 80 - Considera-se:
I - vencimento, a retribuição pecuniária mensal, com valor fixado em lei, devida na Administração Pública Direta,
Autárquica e Fundacional de qualquer dos Poderes do Estado, pelo efetivo exercício de cargo público;
II - vencimentos, a soma do vencimento básico com as vantagens permanentes relativas ao cargo público.”
“Art. 81 - Remuneração é a soma do vencimento com as vantagens criadas por lei, inclusive as de caráter
individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.”
“Parágrafo único - Em se tratando de cargo comissionado ao qual seja atribuída gratificação distinta da de
representação, o servidor que o ocupar optará por uma delas.”
“Art. 88 - As reposições e as indenizações à Fazenda do Estado serão descontadas em parcelas mensais e
sucessivas, aquelas não excedentes da décima parte do valor da remuneração e as outras, em no máximo seis
vezes.”
“Art. 132 -.........................................................
I - ........................................................................
b) invalidar-se por acidente ocorrido em serviço, moléstia profissional, ou quando acometido de tuberculose ativa,
alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público,
hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose
anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteite deformante), Síndrome de
Imonudeficiência Adquirida - AIDS, acidente vascular e outras que a lei indicar, com base na medicina
especializada.”
“Art. 144 - É vedada a acumulação remunerada de cargo com outro cargo, emprego ou função públicos,
abrangendo a Administração Direta, Autarquias, Fundações, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista,
suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público, exceto, quando houver
compatibilidade de horários:
I - a de dois cargos ou empregos de professor;
II - a de um cargo ou de emprego de professor com outro técnico ou científico;
III - a de dois cargos ou empregos privativos de médico.”
“Parágrafo único - É vedada a percepção simultânea de proventos com a remuneração de cargo, emprego ou função

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pública, ressalvadas as hipóteses de acumulação permitida na atividade, de exercício de mandato eletivo, de cargo
em comissão ou de contrato para a prestação de serviços de natureza técnica ou especializada.”
“Art. 145 - O reconhecimento da licitude da acumulação de cargos fica condicionado à comprovação da
compatibilidade de horários a ser declarada pelo servidor em ato próprio perante os órgãos ou entidades a que
pertencer.”
“Parágrafo único - A qualquer tempo a Administração poderá solicitar declaração do servidor atestando que não
acumula cargos, empregos ou funções em órgão da União, Estado e Municípios.”
“Art. 146 - As acumulações e a percepção de proventos vedadas pelo art. 144 serão apuradas em processo sumário,
nos termos do artigo 174 deste Estatuto, por meio de comissão constituída em caráter transitório ou permanente.”
“Art. 147 - Transitada em julgado a decisão do processo sumário que concluir pela acumulação ou pela percepção
de proventos vedadas pelo art. 144, o servidor:
I - optará, no prazo de 05 (cinco) dias, por um dos cargos, empregos ou funções exercidos, ou pelos proventos, se
patenteada a boa fé;
II - será demitido do cargo ou cargos estaduais ilegalmente ocupados, ou terá cassada a aposentadoria ou a
disponibilidade, nos casos de má-fé comprovada.”
“Art. 161 - ..........................................................................
“XI - ocorrência de qualquer das vedações previstas no art. 144, se provada a má-fé;”
“Art. 174 - Instaura-se o processo sumário quando a falta disciplinar, pela gravidade ou natureza, não motivar
demissão, ressalvado o disposto nos artigos 146 e 160.”
“Parágrafo único - Concluída a instrução, a decisão do processo sumário será tomada após 05 (cinco) dias do prazo
para o servidor apresentar a sua defesa.”
Art. 8º - As regras do art. 144 da lei nº 1762, de 14 de novembro de 1986, são aplicáveis aos servidores que
prestem serviços ao Estado, suas autarquias ou fundações em decorrência de contrato celebrado com cooperativas
ou empresas de qualquer natureza.
Art. 9º - A Gratificação do Procuratório do Estado, instituída pelo art. 8º da Lei nº 2.461, de 17 de setembro de
1997, é fixada no valor atualmente pago, desvinculada da Unidade Básica de Avaliação (UBA), sujeita à revisão de
que trata o art. 20 desta lei.
Art. 10 - A percepção da Gratificação de que trata o artigo anterior, pelos Procuradores do Estado em atividade,
fica condicionada ao exercício da advocacia exclusivamente no desempenho das atribuições institucionais.
Art. 11 - O inciso III do art. 1º e os arts. 5º e 9º da Lei nº 2.461, de 17 de setembro de 1997, passam a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 1º - ...........................................................................
III - ÓRGÃO DE ASSESSORAMENTO E DE ASSISTÊNCIA:
- Coordenadoria de Assuntos do Gabinete.”
“Art. 5º - No Gabinete atuarão dois Assessores Especiais, símbolo AD-1, nomeados em comissão pelo Governador
do Estado, dentre bacharéis em Direito, indicados pelo Procurador-Geral do Estado.
“Art. 9º - Ao Corregedor, aos Procuradores-Chefes, aos Assessores Especiais e aos Coordenadores de que trata esta
Lei será paga gratificação mensal no valor de R$ 1.050,00 (um mil e cinqüenta reais).”
Art. 12 - Os arts. 61 e 129 da Lei nº 1639, de 30 de dezembro de 1983, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 61 - Os membros da série de classes de Procurador do Estado, após o primeiro ano de exercício, terão direito,
anualmente, a 30 (trinta) dias de férias.”
“Art. 129 - Os Procuradores do Estado quando aposentados ficarão vinculados ao órgão Central do Sistema de
Pessoal, para fins administrativos e financeiros”.
Parágrafo único – Os processos de aposentadoria dos Procuradores do Estado serão instruídos pela Procuradoria
Geral do Estado e submetidos à Secretaria de Estado da Administração, Coordenação e Planejamento, para exame e
posterior encaminhamento ao Governador do Estado.
Art. 13 - O inciso III do art. 30 da Lei nº 2.377, de 3 de janeiro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 30 - ............................................................................
“III - Gratificação de Localidade, atribuída ao servidor da Carreira do Magistério em efetivo exercício do cargo em
município do Interior do Estado, calculada sobre o vencimento-base correspondente, em percentuais, forma e
condições a serem definidos em regulamento.”
Art. 14 - O servidor beneficiário da Gratificação de Produtividade de Saúde, prevista no inciso I do art. 3º da Lei
2.383, de 18 de março de 1996, que faltar ao serviço, salvo por motivo legal ou por doença comprovada, perderá,
do valo mensal correspondente:
I - trinta por cento, por uma falta;
II - sessenta por cento, por duas faltas;
III - cem por cento, por três ou mais faltas no mês.
Art. 15 - A Gratificação de Risco de Vida de servidores do Sistema Estadual de Saúde, prevista no inciso II do art.
3º da Lei nº 2.383, de 18 de março de 1996, incidirá sobre o vencimento-base do cargo correspondente e será fixada
em percentuais, forma e condições a serem definidos por ato do Chefe do Poder Executivo.
Art. 16 - A representação pelo exercício de cargo de direção ou assessoramento nos órgãos e entidades do Sistema
Estadual de Saúde, prevista no art. 5º da Lei de que trata o artigo anterior, é fixada pelo Anexo Único desta Lei.
Art. 17 - Aos Procuradores Autárquicos aplica-se o disposto no art. 61 da Lei nº 1639, de 30 de dezembro de 1983.
Art. 18 - O Índice de Desempenho Fazendário, de que trata o art. 1º da Lei nº 2.444, de 08 de julho de 1997, é, a

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contar de 01 de março deste ano, o valor resultante da equação ali fixada multiplicado por 0,8 (oito décimos).
Parágrafo único - Para efeito do disposto neste artigo, considera-se:
I - INi - Desempenho Fazendário nas atividades de desembaraço e controle de mercadorias e serviços, constantes
dos registros oficiais, efetivamente recolhidos;
II - Di - Desempenho Fazendário na atividade de controle do movimento econômico dos contribuintes referente às
saídas de mercadorias e serviços, constantes dos registros oficiais, efetivamente recolhidos.
Art. 19 - É garantida aos servidores fazendários a percepção da remuneração do último mês anterior à vigência
desta Lei, sempre que da aplicação da fórmula do artigo anterior resultar valor a ela inferior.
Art. 20 - O “caput” do art. 14 da Lei nº 2.343, de 19 de julho de 1995, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 14 - A atividade de julgamento em primeira instância, do Processo Tributário-Administrativo, é de
competência de servidores fiscais ocupantes dos cargos Níveis AF-11, AF-10 e AF-09, preferencialmente,
graduados em Direito.”
Art. 21 - A remuneração e o subsídio dos servidores públicos somente poderão ser fixados ou alterados por lei
específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e
sem distinção de índices.
Art. 22 - A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, empregos e funções públicas da Administração
Direta e Indireta do Poder Executivo, bem como os proventos pensões ou outra espécie remuneratória devida nesse
mesmo âmbito, incluídas as vantagens pessoais ou outra de qualquer natureza, não poderão exceder a R$ 8.000,00
(oito mil reais).
Art. 23 - Não se considerarão parcelas de remuneração do cargo público, para efeito de cálculo de outras vantagens,
as gratificações de caráter temporário.
Art. 24 - As vantagens eventualmente absorvidas pelas gratificações temporárias de que trata o artigo anterior
integrarão os proventos da inatividade se originariamente incorporáveis.
Art. 25 - Consideram-se dependentes do servidor público, para efeito de pensão, além do cônjuge, companheiro ou
companheira, os filhos menores ou inválidos, enquanto comprovadamente não possuírem renda própria e que
hajam sido registrados naquela condição pelo segurado no órgão de previdência pública.
Art. 26 - O servidor do Poder Executivo nomeado para exercer cargo em comissão em órgão diverso do de sua
lotação e no âmbito do mesmo Poder terá os valores despendidos com o pagamento decorrente da opção de que
trata o inciso I do art. 83 da Lei nº 1762, de 14 de novembro de 1986, contabilizados nas despesas do órgão onde
estiver servindo.
Art. 27 - Sem prejuízo das demais regras aplicáveis à espécie, o não recolhimento mensal da retenção, em folha de
pagamento dos órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo, dos demais Poderes, do
Tribunal de Contas e do Ministério Público, do imposto de que trata o inciso I do art. 157
da Constituição Federal e das contribuições devidas ao órgão de previdência estadual autoriza a automática
compensação, pelo Tesouro, dos valores correspondentes no mês subseqüente.
Art. 28 - É assegurado o prazo de dois anos de efetivo exercício para aquisição da estabilidade aos servidores que
em 4 de junho de 1998 cumpriam estágio probatório, sem prejuízo da avaliação a que se refere o § 4º do art. 41 da
Constituição Federal.
Art. 29 - O disposto nesta Lei aplica-se, no que couber, aos servidores estatutários da Administração Direta,
Indireta e Fundacional do Estado, no âmbito de qualquer dos Poderes, bem assim aos inativos e pensionistas.
Art. 30 - Revogadas as disposições em contrário, especialmente os artigos 82, 90, III, 94 e 139, da Lei nº 1.762, de
14 de novembro de 1986, e as demais regras similares do ordenamento jurídico estadual, esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 16 de abril de 1999.

AMAZONINO ARMANDO MENDES


Governador do Estado

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ANEXO ÚNICO
REPRESENTAÇÃO PELO EXERCÍCIO DE CARGOS DE DIREÇÃO OU ASSESSORAMENTO NO SISTEMA
ESTADUAL DE SAÚDE

Quantidade CARGO VALOR R$


04 Coordenador 2.125,00
04 Assessor de Gabinete 2.125,00
01 Chefe de Gabinete 2.125,00
17 Gerente-Nível Central 1.700,00
07 Diretor de Unidade - Grande Porte 1.700,00
01 Diretor de Laboratório Central de Saúde Pública 1.700,00
38 Subgerente - Nível Central 1.275,00
02 Assistente de Gabinete 1.275,00
07 Gerente de Departamento Clínico - Grande Porte 1.275,00
07 Gerente de Departamento/Enfermagem - Grande Porte 1.275,00
07 Gerente de Departamento Adm./Fin. - Grande Porte 1.275,00
02 Gerente de Departamento de Urgência - Grande Porte 1.275,00
11 Diretor de Unidade - Médio Porte 1.275,00
01 Gerente de Departamento de Bromatologia 1.275,00
01 Gerente de Departamento de Análises Clínicas 1.275,00
01 Gerente de Departamento de Toxicologia 1.275,00
01 Gerente de Depart. Adm./Fin. - Lab. de Saúde Pública 1.275,00
13 Diretor de Unidade Mista de Referência 1.275,00
45 Diretor de Unidade Mista 1.275,00
20 Auxiliar de Gabinete 850,00
11 Gerente de Divisão Clínica - Médio Porte 850,00
11 Gerente de Divisão de Enfermagem - Médio Porte 850,00
11 Gerente de Div. Adm./Financeira - Médio Porte 850,00
38 Diretor de Centro de Saúde 850,00
13 Gerente de Divisão Clínica - U. M. Referência 850,00
13 Gerente de Div. de Enfermagem - U. M. Referência 850,00
13 Gerente de Div. Adm./Financeira - U. M. Referência 850,00
45 Gerente de Divisão de Enfermagem - Unidade Mista 850,00
45 Gerente de Div. Adm./Financeira - Unidade Mista 850,00
02 Diretor de Laboratório Regional 850,00

DECRETO Nº 2.237, DE 12 DE AGOSTO DE 1999

MODIFICA o Decreto nº 18.881, de 2 de julho de 1998, que regulamenta, no âmbito das procuradorias integrantes
da estrutura das Autarquias do Estado, o pagamento da vantagem do inciso IV do artigo 90 da Lei nº 1.762, de 14
de novembro de 1986.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, usando das atribuições que lhes são conferidas pelo artigo
54, VIII, da Constituição Estadual, e
CONSIDERANDO a necessidade de ajustar os gastos com pessoal à atual política de redução dos custos da
máquina administrativa do Estado;
CONSIDERANDO, enfim, o disposto no Decreto nº 19.399, de 13 de novembro de 1998, e o que mais consta no
processo nº 3088/99-0-sSPT/GAGOV.

D E C R E T A;

Art. 1º - Ficam alterados o parágrafo único do artigo 1º, e o artigo 3º do Decreto nº 18.881, de 2 de julho de 1998,
que passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1º - ....

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CONCURSO PÚBLICO

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CONHECIMENTOS JÚRIDICOS
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Parágrafo único - É considerado como efetivo exercício, para fins de percepção da vantagem de que trata este
Decreto, o afastamento em virtude de:
I - férias;
II - Licença para tratamento de saúde.”
“Art. 3º - O teto da Gratificação de Produtividade Jurídica Autárquica corresponderá a:
I - R$ 3.061,80 (três mil, sessenta e um reais e oitenta centavos) para o Procurador de 1ª Classe;
II - R$ 2.908,71 (dois mil, novecentos e oito reais e setenta e um centavos) para o Procurador de 2ª Classe;
III - R$ 2.755,62 (dois mil, setecentos e cinqüenta e cinco reais e sessenta e dois centavos) para o Procurador de 3ª
Classe.”
Art. 2º - Revogadas as disposições em contrário, este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
GABINETE DO DOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 12 de agosto de 1999.

AMAZONINO ARMANDO MENDES


Governador do Estado

Encontra-se na Pg. 37
DECRETO Nº 23.218 , DE 06 DE JANEIRO DE 2003

REGULAMENTA o artigo 83, I, do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, no exercício da competência que lhe confere o artigo 54,
VIII, da Constituição Estadual, e CONSIDERANDO que a Administração priorizará o preenchimento de cargos
comissionados com a utilização deservidores efetivos dos órgãos e entidades que integram o Poder Executivo;
CONSIDERANDO que a atual configuração dos estipêndios pagos a titulares de cargos comissionados não
vinculados a símbolo é realizada em parcela única, o que implica na necessidade de compatibilização da opção
prevista no Estatuto com as regras de acumulação de cargos e vencimentos,

DECRETA:

Art. 1º - A opção a que se refere o inciso I do artigo 83 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado
far-se-á na forma prevista neste Decreto.
Art. 2º - O servidor titular de apenas um cargo de provimento efetivo, quando nomeado para ocupar cargo
comissionado, poderá optar:
I - pela integralidade da remuneração do cargo comissionado, hipótese em que deixará de perceber os vencimentos
do cargo efetivo; ou
II - pela integralidade de sua remuneração no cargo efetivo adicionada de 50% (cinqüenta por cento) da
remuneração do cargo comissionado.
Parágrafo único - Nas hipóteses de acumulação permitidas pelo artigo 37, XVI, da Constituição da República, o
titular de dois cargos de provimento efetivo, quando nomeando para ocupar cargo comissionado, poderá optar:
I - pela remuneração integral do cargo comissionado; ou
II - pela remuneração integral de um cargo de provimento efetivo acrescida de 50% (cinqüenta por cento) da
remuneração do cargo comissionado.
Art. 3º - O servidor titular de apenas um cargo de provimento efetivo, quando designado pura o exercício de função
de confiança, poderá optar.
I - pela percepção das parcelas de vencimento e de representação de seu cargo acrescidas do valor integral da
função de confiança hipótese em que deixará de perceber qualquer outra vantagem relativa ao cargo efetivo, ou
II - pela integralidade de sua remuneração no cargo efetivo adicionada de 50% (cinqüenta por cento) do valor da
função de confiança.
Parágrafo único - Nas hipóteses de acumulação permitidas pelo artigo 37, XVI, da Constituição da República, o
titular de dois cargos de provimento efetivo, quando designado para o exercício de função de confiança, poderá
optar:
I - pela percepção das parcelas de vencimento e de representação dos cargos de que é titular, acrescidas do valor
integral da função de confiança, hipótese em que deixará de perceber quaisquer outras vantagens relativas aos
cargos efetivos;
II - pela remuneração integral de um cargo de provimento efetivo acrescida de 50% (cinqüenta por cento) da
remuneração do cargo comissionado.

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CONCURSO PÚBLICO

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CONHECIMENTOS JÚRIDICOS
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Art. 4º - Nos termos do artigo 81, parágrafo único, do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado, ao
titular de cargo de provimento efetivo no exercício de cargo comissionado é vedada a percepção cumulativa de
gratificações de produtividade – incluída a Gratificação de Atividades Técnico-Administrativas com a gratificação
de representação.
Art. 5º - Revogadas as disposições em contrário, este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, operando
efeitos a partir de 1º de janeiro de 2003.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 13 de janeiro de 2003.

CARLOS EDUARDO DE SOUZA BRAGA


Governador do Estado

Encontra-se na Pg. 12
DECRETO Nº 23.224, DE 13 DE JANEIRO DE 2003.
MODIFICA o artigo 2º do Decreto nº 23.218, de 06 de janeiro de 2.003, que regulamenta o inciso I do artigo 83 do
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, no exercício da competência que lhe confere o artigo 54,
VIII, da Constituição Estadual, e CONSIDERANDO que a Gratificação de Atividades Técnico-Administrativas, por sua
natureza de vantagem pra
labore, não integra a remuneração do cargo de provimento efetivo, sendo devida apenas ao servidor em efetivo
exercício;
CONSIDERANDO, ademais, que o titular de cargo de provimento efetivo nomeado para cargo comissionado se
afasta do exercício do primeiro para ter exercício tão-somente no cargo de confiança,

DECRETA:

Art. 1º - O artigo 2º do Decreto nº 23.218, de 06 de janeiro de 2003, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 2º - Nomeado para cargo de provimento em comissão, o servidor titular de apenas um cargo de provimento
efetivo poderá optar:
I - pela integralidade da remuneração do cargo comissionado, hipótese em que deixará de perceber os vencimentos
do cargo efetivo, ou
II - pelo vencimento e demais vantagens do cargo efetivo, excluídas a Gratificação de Atividades
Técnico-Administrativas e as gratificações de natureza similar a esta, adicionados de 50% (cinqüenta por cento) da
remuneração do cargo comissionado.
§ 1º - Nas hipótese de acumulação permitidas pelo artigo 37, XVI, da Constituição da República, o titular de dois
cargos de provimento efetivo, quando nomeado para cargo comissionado com exercício na área de formação
profissional dos cargos efetivos, poderá optar:
I - pela remuneração integral do cargo comissionado; ou
II - pelos vencimentos e demais vantagens desses cargos, excluída a Gratificação de Atividades
Técnico-Administrativas ou as gratificações da mesma natureza, acrescidos de 50% (cinqüenta por cento) da
remuneração do cargo comissionado.
§ 2º - Quando nomeado para cargo comissionado com exercício em área distinta da formação profissional dos
cargos efetivos, o titular de dois cargos de provimento efetivo poderá optar por apenas um desses cargos, ficando
sujeito à regra dos incisos I e II do caput deste artigo.”
Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sus publicação, retroagindo efeitos a 1º de janeiro de 2.003.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 13 de janeiro de 2003.

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CONHECIMENTOS JÚRIDICOS
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CARLOS EDUARDO DE SOUZA BRAGA
Governador do Estado

Encontra-se na Pg. 50
DECRETO Nº 23.278, DE 11 DE MARÇO DE 2003

DISPÕE sobre o pagamento da vantagem do artigo 90, inciso IV, da Lei nº 1.762, de 14 de novembro de 1.986, ao
beneficiário que especifica.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, no exercício da competência que lhe confere o artigo 54,
VIII, da Constituição Estadual, e CONSIDERANDO a natureza das atividades desenvolvidas nas áreas administrativa e
Judicial pelo Procurador,
Símbolo AD-2, da Junta Comercial do Estado do Amazonas, cujo cargo foi criado pelo Decreto nº 21.873, de 20
de abril de 2.001, publicado no Diário Oficial da mesma data,

DECRETA:

Art. 1º - O Procurador da Junta Comercial do Estado do Amazonas – JUCEA fará jus á Gratificação de
Produtividade Jurídica Autárquica fixada no artigo 3º, inciso I, do Decreto nº 18.881, de 02 de julho de 1.998,
publicado no Diário Oficial da mesma data.
Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 11 de março de 2003.

CARLOS EDUARDO DE SOUZA BRAGA


Governador do Estado

Encontra-se na Pg. 13

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1. Ano: 2022 Banca: Fundação Carlos Chagas - FCC e) será colocado em disponibilidade, sem direito à
Prova: FCC - PGE AM - Procurador do Estado de 3ª percepção de remuneração durante o prazo do
Classe - 2022 mandato, após o que retornará a seu cargo de origem.
Salvador Mamede ingressou no serviço público do
Estado do Amazonas, em cargo efetivo não sujeito a 3. Ano: 2022 Banca: Fundação Carlos Chagas - FCC
estatuto especial, tendo tomado posse em 1 o de abril Prova: FCC - PGE AM - Procurador do Estado de 3ª
de 2019. Em julho do mesmo ano, recebeu convite Classe - 2022
para titularizar cargo em comissão de assessoramento Dentre as normas constantes da Lei n o 1.762/1986 –
em outra Secretaria do Estado. Aceito o convite, foi Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do
afastado do cargo efetivo e empossado no cargo em Amazonas – encontram-se disposições que não foram
comissão, o que ocorreu em 1o de agosto de 2019. Tal recepcionadas pela Constituição Federal de 1988. À
situação perdurou até 29 de dezembro de 2021, luz das normas constitucionais vigentes, deve-se
quando foi exonerado do cargo comissionado, considerar válida a seguinte disposição:
retornando ao exercício do cargo efetivo no dia a) Art. 150 − Ao funcionário é proibido: [...] II − Censurar,
subsequente. Durante todo o período em comento, foi por qualquer órgão de divulgação pública, as
assíduo e afastou-se apenas para gozo de férias autoridades constituídas.
regulamentares, tendo recolhido as contribuições b) Art. 160 − As penas de repreensão e suspensão até
previdenciárias cabíveis. cinco dias serão aplicadas de imediato pela autoridade
Em vista de tal situação e considerando as normas que tiver conhecimento direto de falta cometida.
constitucionais aplicáveis e o Estatuto dos c) Art. 156 − São penas disciplinares: [...] IV − Cassação
Funcionários Públicos Civis do Estado do Amazonas de aposentadoria ou disponibilidade.
(Lei no 1.762/1986), o referido servidor d) Art. 172 − Durante o período da prisão administrativa
a) foi legitimamente afastado do cargo efetivo e fará jus à ou da suspensão preventiva, o funcionário perderá um
contagem do tempo em que exerceu o cargo em terço do vencimento ou remuneração.
comissão para fins de aposentadoria e disponibilidade. e) Art. 23 − O acesso é o ato pelo qual o funcionário
b) incidiu em acumulação irregular, dada a obtém, mediante processo seletivo, elevação de uma
incompatibilidade dos cargos, à luz do que dispõe o série de classes ou classe singular para outra do
art. 37, XVI da Constituição Federal. mesmo ou de outro grupo, na jurisdição do mesmo ou
c) foi afastado irregularmente, pois deveria ter se de outro órgão integrante da Administração direta.
exonerado do cargo efetivo, sendo possível a
recondução após a cessação do exercício do cargo 4. Ano: 2021 Banca: Fundação Getúlio Vargas - FGV
comissionado. Prova: FGV - TCE AM - Auditor de Controle Externo -
d) terá completado o período de estágio probatório em Área Auditoria de Obras Públicas - 2021
1o de abril de 2022, visto que também é legalmente José, Auditor Técnico de Controle Externo do Tribunal
considerado efetivo o exercício do cargo de Contas do Estado do Amazonas, no exercício da
comissionado. função, após breve discussão por preferências
e) não fará jus à contagem do tempo em que exerceu o políticas, praticou ofensa física gratuita contra o
cargo comissionado, para fins de aposentadoria no particular Antônio, que sequer esboçou reação. Após
regime próprio de previdência dos servidores, visto regular processo administrativo disciplinar, de acordo
que o cargo comissionado não é vinculado a esse com o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do
regime. Estado do Amazonas (Lei Estadual nº 1.762/1986), em
2. Ano: 2022 Banca: Fundação Carlos Chagas - FCC tese, José está sujeito à sanção disciplinar da:
Prova: FCC - PGE AM - Técnico em gestão a) demissão, cuja prescrição ocorrerá no mesmo prazo
procuratorial - Área: Administração - 2022 prescricional previsto pela lei penal para o correlato
Suponha que determinado servidor integrante do crime;
quadro de apoio da Procuradoria-Geral do Estado do b) demissão, cuja prescrição ocorrerá no prazo de cinco
Amazonas, já estável, tenha sido eleito para mandato anos;
de deputado estadual. De acordo com a disciplina c) suspensão de até noventa dias, cuja prescrição
prevista no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis ocorrerá no prazo de cinco anos;
do Estado do Amazonas (Lei Estadual no 1.762/1986), d) suspensão de até trinta dias, cuja prescrição ocorrerá
referido servidor no prazo de três anos;
a) poderá cumular a remuneração do cargo com os e) repreensão, cuja prescrição ocorrerá no prazo de três
proventos de deputado, desde que haja anos.
compatibilidade de carga horária entre as atividades.
b) não poderá computar o tempo de mandato para fins de 5. Ano: 2019 Banca: Centro de Seleção e de Promoção
promoção por antiguidade, mas apenas para efeito de de Eventos UnB - CESPE CEBRASPE
aposentadoria. Prova: CESPE/CEBRASPE - TJ AM - Analista
c) terá seu vínculo funcional rompido, podendo ser Judiciário - Área Direito - 2019
reintegrado, a pedido, após o término do mandato. Texto associado
d) terá o tempo de mandato computado como tempo de A licença sem remuneração para tratar de assuntos
serviço para todos os efeitos legais, salvo para particulares é direito do servidor, mas se limita ao
promoção por merecimento. prazo máximo de dois anos.
( )Certo ( )Errado

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CONCURSO PÚBLICO

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6. Ano: 2019 Banca: Centro de Seleção e de Promoção e) A promoção horizontal representa a passagem do
de Eventos UnB - CESPE CEBRASPE funcionário público de referência final de uma classe
Prova: CESPE/CEBRASPE - TJ AM - Analista para a inicial da classe imediatamente superior, dentro
Judiciário - Área Direito - 2019 da mesma série de classes, e dependerá da existência
Texto associado de vaga.
A cassação de aposentadoria é aplicável a inativo que
tiver praticado, quando em atividade, falta punível com 10. Ano: 2018 Banca: Instituto Acesso Prova: Instituto
suspensão ou demissão. Acesso - SEDUC AM - Nutricionista - 2018
( )Certo ( )Errado A respeito do Regime Disciplinar dos Servidores
Públicos do Estado do Amazonas, analise as
7. Ano: 2018 Banca: Instituto Acesso Prova: Instituto assertivas a seguir:
Acesso - SEDUC AM - Assistente Social - 2018 I - A pena de repreensão será aplicada de forma
De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos verbal, nos casos de indisciplina.
Civis do Estado do Amazonas, NÃO será considerado II - A pena de demissão será aplicada ao servidor que
como efetivo exercício para fins de aposentadoria: coagir ou aliciar subordinados a se filiarem a partido
a) Afastamento para o exercício de cargo em comissão, político.
na atribuição de assessoramento superior, em órgão III - Poderá o servidor promover listas de donativos na
do Poder Executivo Estadual. repartição, para fins de caridade;
b) Afastamento para o exercício de mandato eletivo IV - Não poderá o servidor participar do conselho
municipal. técnico de empresa, ainda que a mesma não tenha
c) Afastamento para competição esportiva em que vínculo com a Administração Pública ou tenha
represente o Estado do Amazonas. atividade diversa à natureza do cargo ocupado pelo
d) Trânsito em decorrência de mudança da sede de servidor.
exercício, até trinta dias. V - É dever do servidor representar contra ordens
e) Afastamento para prestação de concurso público. superiores ilegais.
Estão corretas as assertivas:
8. Ano: 2018 Banca: Instituto Acesso Prova: Instituto a) I, II, III, IV e V.
Acesso - SEDUC AM - Estatístico - 2018 b) I e V.
Considerando a Lei nº 1762/1986 e suas alterações, c) II e V.
assinale a alternativa correta. d) I, III e V.
a) Não há interrupção de prescrição com a instauração e) II, III e IV.
de sindicância ou de inquérito administrativo.
b) Inassiduidade habitual é uma infração não apenada 11. Ano: 2014 Banca: Fundação Carlos Chagas – FCC
com demissão. Prova: FCC - CETAM - Analista Técnico Educacional
c) Servidor que recebe seu advogado para tratar de - Área: Turismo - 2014
assuntos pessoais, durante o horário de serviço, Nos termos do Estatuto dos Funcionários Públicos
comete mero desvio ético. Civis do Estado do Amazonas (Lei no 1.762/1986), o
d) Comete infração disciplinar servidor que, durante interstício para a promoção horizontal é, em meses,
expediente, lê o jornal local a fim de manter-se igual a
informado. a) 48.
e) A ação disciplinar prescreverá em seis meses, quanto b) 18.
da repreensão. c) 24.
d) 36.
9. Ano: 2018 Banca: Instituto Acesso Prova: Instituto e) 12.
AOCP - ADAF - Administrador - 2018
Segundo o previsto na Lei nº 1.762, de 14/11/1986, 12. Ano: 2014 Banca: Fundação Getúlio Vargas - FGV
promoção é a forma pela qual o funcionário progride Prova: FGV - SES AM - Advogado - 2014
na série de classes e consiste na passagem da De acordo com o regime jurídico dos servidores
referência em que se encontra para a imediatamente públicos civis do Estado do Amazonas, ao
superior. Sobre a promoção no funcionalismo público servidor não é proibido
amazonense, assinale a alternativa correta. a) pleitear, como procurador ou intermediário, junto às
a) A promoção somente se dá mediante avanço vertical. repartições públicas, acerca de percepção de
b) Na promoção por antiguidade, o desempate entre dois vencimentos e proventos do cônjuge, companheiro,
funcionários habilitados ao avanço se dá, em primeiro parente consanguíneo ou afim, até segundo grau.
lugar, pelo critério etário, tendo preferência o mais b) empregar materiais e bens do Estado em serviço
idoso. particular ou, sem autorização superior, retirar objetos
c) Na promoção por merecimento, são critérios a serem de órgãos oficiais.
aferidos os graus de pontualidade, assiduidade, c) entreter‐se, nos locais e horas de trabalho, com
eficiência, espírito de colaboração ético-profissional e palestras, leituras ou atividades estranhas ao serviço.
cumprimento dos deveres por parte do funcionário. d) atender pessoas estranhas ao serviço no local de
d) O interstício para a promoção horizontal será de 36 trabalho, para tratar de assuntos particulares.
meses e, na promoção vertical, o interstício, na classe, e) retirar, modificar ou substituir, sem prévia autorização,
será de 12 meses. qualquer documento de órgão estadual.

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CONHECIMENTOS JÚRIDICOS
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13. 13 Ano: 2014 Banca: Fundação Getúlio Vargas - FGV I. Será feita em caráter efetivo, mediante aprovação
Prova: FGV - SES AM - Advogado - 2014 em concurso público.
Segundo a Lei Estadual nº 1.762/86, assinale a opção II. Será feita em comissão, quando se tratar de cargo
que indica apenas eventos que produzem a vacância que, por lei, assim deva ser provido.
no cargo público. III. Será feita em substituição, nos casos de
a) Promoção e readaptação. impedimento do titular do cargo em comissão.
b) Licença para tratamento de saúde e demissão. Assinale:
c) Licença para tratamento de interesse particular e a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
aposentadoria. b) se apenas a afirmativa II estiver correta.
d) Licença para serviço militar e falecimento. c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) Licença para tratamento de interesse particular e por d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
motivo de afastamento do cônjuge. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

14. Ano: 2018 Banca: Instituto Acesso Prova: Instituto 18. Ano: 2014 Banca: Fundação Carlos Chagas – FCC
Acesso - SEDUC AM - Fonoaudiólogo - 2018 Prova: FCC - CETAM - Analista Técnico Educacional
Considerando a Lei nº 1762/1986 e suas alterações, - Área: Turismo - 2014
assinale a alternativa correta. Nos termos do Estatuto dos Funcionários Públicos
a) Não há interrupção de prescrição com a instauração Civis do Estado do Amazonas (Lei no 1.762/1986), o
de sindicância ou de inquérito administrativo. interstício para a promoção VERTICAL é, em meses,
b) Inassiduidade habitual é uma infração não apenada igual a
com demissão. a) 48.
c) Servidor que recebe seu advogado para tratar de b) 18.
assuntos pessoais, durante o horário de serviço, c) 24.
comete mero desvio ético. d) 36.
d) A ação disciplinar prescreverá em seis meses, quanto e) 12.
da repreensão.
e) Comete infração disciplinar servidor que, durante 19. Ano: 2013 Banca: Fundação Getúlio Vargas - FGV
expediente, lê o jornal local a fim de manter-se Prova: FGV - TJ AM - Assistente Judiciário - 2013
informado. A Lei n. 1.762/86 – Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado do Amazonas – tem um capítulo
15. Ano: 2018 Banca: Instituto Acesso Prova: Instituto dedicado ao processo disciplinar.
Acesso - SEDUC AM - Nutricionista - 2018 A esse respeito, é correto afirmar que o inquérito
Considerando a Lei nº 1762/1986 e suas alterações, administrativo será conduzido por uma Comissão,
assinale a alternativa correta. permanente ou especial, composta por
a) A ação disciplinar prescreverá em seis meses, quanto a) três funcionários estáveis, dos quais um, no mínimo,
da repreensão. será Bacharel em Direito.
b) Inassiduidade habitual é uma infração não apenada b) cinco funcionários estáveis, dos quais um, no mínimo,
com demissão. será Bacharel em Direito.
c) Não há interrupção de prescrição com a instauração c) três funcionários estáveis, dos quais dois, no mínimo,
de sindicância ou de inquérito administrativo. serão Bacharéis em Direito.
d) Servidor que recebe seu advogado para tratar de d) sete funcionários estáveis, dos quais dois, no mínimo,
assuntos pessoais, durante o horário de serviço, serão Bacharéis em Direito.
comete mero desvio ético. e) cinco funcionários estáveis, dos quais dois, no mínimo,
e) Comete infração disciplinar servidor que, durante serão Bacharéis em Direito.
expediente, lê o jornal local a fim de manter-se
informado. 20. Ano: 2018 Banca: Instituto AOCP Prova: Instituto
AOCP - ADAF - Agente de Fiscalização Agropecuário
16. Ano: 2018 Banca: Instituto Acesso Prova: Instituto - 2018
Acesso - SEDUC AM - Nutricionista - 2018 O Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado
O servidor público civil do Estado do Amazonas NÃO do Amazonas regula, em seus arts. 56 e seguintes, o
poderá permanecer licenciado por mais de 24 meses conceito de tempo de serviço para fins do
consecutivos, salvo: funcionalismo público civil amazonense. Sobre o
a) Por motivo de doença em pessoa da família. tempo de serviço, assinale a alternativa correta.
b) Para tratamento de saúde. a) O afastamento do funcionário em razão das férias não
c) Para estudo ou missão no exterior. é computado como período de efetivo exercício.
d) Para participar em programa de pós-graduação stricto b) O tempo de serviço do funcionário afastado para
sensu. exercício de mandato eletivo federal, estadual ou
e) Para tratamento de assunto particular. municipal será contado para todos os efeitos legais,
inclusive para promoção por merecimento.
17. Ano: 2014 Banca: Fundação Getúlio Vargas – FGV c) O tempo de licença para tratamento de saúde não será
Prova: FGV - SEDUC AM - Assistente Técnico - 2014 computado integralmente para efeito de
Sobre a nomeação de funcionários públicos civis do aposentadoria, disponibilidade e adicional.
Estado do Amazonas, analise as afirmativas a seguir. d) É vedada a acumulação de tempo de serviço prestado
concorrente e simultaneamente em dois ou mais

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cargos ou funções da União, dos Estados, do Distrito a) O inquérito administrativo começará no prazo de cinco
Federal, Territórios, Municípios e Autarquias. dias, contados do recebimento dos autos pela
e) O afastamento do funcionário em virtude de trânsito Comissão, e terminará no prazo de sessenta dias, não
em decorrência de mudança da sede de exercício, de se admitindo prorrogação.
até quinze dias, não é considerado como de efetivo b) O inquérito administrativo será conduzido por uma
exercício. Comissão, permanente ou especial, composta por dez
funcionários estáveis.
21. Ano: 2013 Banca: Fundação Getúlio Vargas - FGV c) São competentes para determinar a instauração do
Prova: FGV - TJ AM - Assistente Judiciário - 2013 inquérito disciplinar apenas as seguintes autoridades:
A Lei n.1762/86 - Estatuto dos Funcionários Públicos o Governador, os Presidentes dos Poderes
Civis do Estado do Amazonas - prevê diversas Legislativo, Judiciário, dos Tribunais de Contas e o
espécies de licença que podem ser concedidas aos Secretário de Estado.
servidores. d) No inquérito administrativo é assegurado o amplo e
As alternativas a seguir apresentam espécie de licença irrestrito exercício do direito de defesa.
que consta expressamente da referida lei, à exceção e) Entre os membros da Comissão, responsável pela
de uma. Assinale-a condução do inquérito administrativo, três, no mínimo,
a) Licença para tratamento de interesse particular. devem ser Bacharéis em Direito.
b) Licença para cumprimento de pena criminal superior a
quatro anos. 25. Ano: 2013 Banca: Fundação Getúlio Vargas - FGV
c) Licença para tratamento de saúde. Prova: FGV - TJ AM - Analista Judiciário I - Área
d) Licença à gestante. Qualquer Formação - 2013
e) Licença por motivo de doença em pessoa em família. São deveres do funcionário, segundo o Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado do Amazonas,
22. Ano: 2013 Banca: Fundação Getúlio Vargas - FGV além do exercício das atribuições de seu cargo,
Prova: FGV - TJ AM - Analista Judiciário I - Área I. a assiduidade e a pontualidade.
Qualquer Formação - 2013 II. o sigilo sobre os assuntos da repartição.
É assegurado ao funcionário o direito de requerer, III. a urbanidade com companheiros de serviços e
representar, pedir reconsideração e recorrer, desde público em geral.
que o faça dentro das normas de urbanidade. O prazo Assinale:
para pleitear na esfera administrativa, segundo o a) se somente o item I estiver correto.
Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do b) se somente o item II estiver correto.
Amazonas, quanto aos atos de demissão, cassação c) se somente os itens I e II estiverem corretos.
de aposentadoria ou disponibilidade e aos referentes d) se somente os itens II e III estiverem corretos.
à matéria patrimonial, é de e) se todos os itens estiverem corretos.
a) cento e oitenta dias.
b) um ano.
c) dois anos.
d) três anos.
e) cinco anos.

23. Ano: 2013 Banca: Fundação Getúlio Vargas – FGV


Prova: FGV - TJ AM - Auxiliar Judiciário - 2013
Com base no Estatuto dos Servidores Públicos Civis
do Estado do Amazonas, assinale a alternativa que
indica um tipo de licença que pode ser concedido ao
servidor.
a) Licença para tratamento de saúde.
b) Licença para visitação de filhos.
c) Licença para viagem a negócios.
d) Licença para competição esportiva.
e) Licença para viagem de férias.

24. Ano: 2013 Banca: Fundação Carlos Chagas – FCC


Prova: FCC - TCE AM - Analista Técnico de Controle
Externo - Área: Auditoria Governamental - 2013
Conforme preceitua a Lei Estadual n° 1.762/86, que
trata do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do
Estado do Amazonas, instaura-se inquérito
administrativo quando a falta disciplinar, por sua
gravidade ou natureza, possa determinar a aplicação
das penas de suspensão, por mais de trinta dias,
demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade. Sobre esse assunto é correto afirmar:

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CONCURSO PÚBLICO

H
CONHECIMENTOS JÚRIDICOS
INSTITUCIONAIS

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CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

LEI COMPLEMENTAR Nº 011, DE 17 DE DEZEMBRO DE 1993.

DISPÕE SOBRE A LEI ORGÂNICA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO


DO AMAZONAS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS,

FAÇO SABER a todos os habitantes que a Assembléia Legislativa decretou e eu


sanciono a presente

LEI COMPLEMENTAR:

TÍTULO I

MINISTÉRIO PÚBLICO

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1.º - O Ministério Público é Instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe
a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Art. 2.º - São princípios institucionais do Ministério Público: a unidade, a indivisibilidade e a independência
funcional.

Art. 3.º - São funções institucionais do Ministério Público:

I - propor ação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais, face à Constituição
Estadual;
II - promover a representação de inconstitucionalidade para efeito de intervenção do Estado nos Municípios;
III - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da Lei;
IV - instaurar procedimento administrativo e inquérito civil, e propor ação civil pública, na forma da Lei: 1

a) para a proteção, prevenção e reparação dos danos causados ao patrimônio público e social, ao meio ambiente,
ao consumidor, aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e a outros interesses
difusos, coletivos, individuais indisponíveis e individuais homogêneos;2

b) para apurar atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração
direta, indireta ou fundacional do Estado e dos Municípios, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade
para cuja a criação ou custeio o erário haja concorrido, podendo requerer a indisponibilidade dos bens do indiciado, na
forma da Lei.3

V - manifestar-se nos processos em que sua presença seja obrigatória por Lei e intervir nas demais causas, sempre
que examinada pelo Membro do Ministério Público a existência de interesse público, evidenciado pela natureza da lide
ou qualidade da parte, não importando a fase de instrução ou grau de jurisdição em que se encontrem os processos;4
VI - exercer a fiscalização de cadeias e estabelecimentos prisionais de qualquer natureza, manicômio judiciário e
casas públicas ou particulares de tratamento de doenças mentais, bem como estabelecimentos públicos ou privados
freqüentados ou que abriguem idoso, menor, incapaz ou pessoas portadoras de deficiência, promovendo as medidas
administrativas e judiciárias necessárias para sanar quaisquer irregularidades encontradas5;
VII - deliberar sobre a participação em organismos estatais de defesa do meio ambiente, do trabalho, do
consumidor, de política penal e penitenciária, da criança e do adolescente e outros afetos à sua área de atuação;
VIII - ingressar em juízo, de ofício, para responsabilizar os gestores dos dinheiros públicos condenados por Tribunal
e Conselhos de Contas;
IX - zelar para que os Poderes Públicos e os serviços de relevância pública respeitem direitos constitucionais ou
legalmente assegurados, promovendo, em juízo ou fora dele, as medidas necessárias à defesa de ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;
X - exercer o controle externo da atividade policial;
XI - interpor recursos ao Supremo Tribunal Federal, ao Superior Tribunal de Justiça e aos Tribunais Estaduais.

Parágrafo único - É vedado o exercício das funções do Ministério Público a pessoas a ele estranhas, sob pena de
nulidade do ato praticado.

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CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

Art. 4.º - No exercício de suas funções, o Ministério Público poderá:

I - instaurar inquéritos civis e outras medidas e procedimentos administrativos pertinentes e, para instruí-los:
a) expedir notificações para colher depoimentos ou esclarecimentos e, em caso de não-comparecimento
injustificado, requisitar condução coercitiva pela Polícia Civil ou Militar, ressalvadas as prerrogativas previstas em lei;
b) requisitar informações, exames periciais e documentos de autoridades federais, estaduais e municipais,
bem como dos órgãos e entidades da administração direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
c) promover inspeções e diligências investigatórias junto às autoridades, órgãos e entidades a que se
refere a alínea anterior.

II - requisitar informações e documentos a entidades privadas para instruir procedimentos ou processo em que
oficie;

III - requisitar à autoridade competente a instauração de sindicância ou procedimento administrativo


cabível, podendo acompanhá-los e produzir prova;
IV - acompanhar atos investigatórios junto a organismos policiais ou administrativos quando assim
considerar conveniente à apuração de infrações penais;
V - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial e de inquérito policial militar,
observando o disposto no art. 129, inciso VIII, da Constituição Federal, podendo acompanhá-los;
VI - controlar externamente a atividade policial, obedecidas as normas contidas nesta Lei;
VII - exercer a fiscalização no exame da aplicação das verbas
públicas;
VIII - requisitar da administração pública os serviços temporários
de servidores civis ou policiais militares e meios materiais necessários para a realização de atividades específicas;
IX – requisitar ao órgão público competente a realização de auditoria contábil e financeira nos Poderes
Públicos do Estado ou de Município, de suas administrações diretas, indiretas ou fundacionais;
X - funcionar junto às Comissões de Inquérito do Poder Legislativo, quando solicitado;
XI - oficiar junto à Justiça Eleitoral de 1ª instância, com as atribuições de Ministério Público Eleitoral
previstas na Lei Orgânica do Ministério Público da União, que forem pertinentes, além de outras estabelecidas nas
legislações eleitoral e partidária;
XII - oficiar junto à Justiça do Trabalho, com as atribuições de Ministério Público do Trabalho, na Comarca
onde não haja Vara do Trabalho;
XIII - praticar atos administrativos executórios, de caráter
preparatório;
XIV - dar publicidade dos procedimentos administrativos não
disciplinares que instaurar e das medidas adotadas;
XV - sugerir ao Poder competente a edição de normas e a alteração da legislação em vigor, bem como a
adoção de medidas propostas, destinadas à prevenção e controle da criminalidade;
XVI - representar ao Procurador-Geral de Justiça sobre a inconstitucionalidade de lei ou de ato legislativo estadual
ou municipal;
XVII - manifestar-se em qualquer fase do processo, quando entender existente interesse em causa que justifique
a intervenção. 6
§ 1.º A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita pessoalmente;

§ 2.º A falta de intervenção do Ministério Público nos casos previstos em lei e quando houver interesse público,
acarretará a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer interessado;

§ 3.º As manifestações processuais do membro do Ministério Público deverão ser fundamentadas;

§ 4.º As notificações e requisições previstas neste artigo, quando tiverem como destinatários o Governador do
Estado, Secretário de Estado, Prefeito da Capital, os membros do Poder Legislativo e Judiciário e dos Tribunais de Contas,
serão encaminhadas pelo Procurador-Geral de Justiça;
§ 5.º O membro do Ministério Público será responsável pelo uso indevido das informações e documentos que
requisitar, inclusive nas hipóteses legais de sigilo;

§ 6.º Serão cumpridas gratuitamente as requisições feitas pelo Ministério Público às autoridades, órgãos e
entidades da Administração Pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;

§ 7.º A Falta ao trabalho, em virtude de atendimento a notificação ou requisição, na forma da alínea "a", inciso I
deste artigo, não autoriza o desconto de vencimentos ou salário, considerando-se de efetivo exercício, para todos os
efeitos, mediante comprovação escrita do membro do Ministério Público;

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CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

§ 8.º Toda representação ou petição formulada ao Ministério Público será distribuída entre os membros da
Instituição que tenham atribuições para apreciá-la, observados os critérios fixados pelo Colégio de Procuradores;

§ 9.º Nenhum órgão, autoridade civil ou militar e seus agentes, poderá recusar, dificultar ou procrastinar o
atendimento ou auxílio requisitado sob pena de responsabilidade;

§ 10. Para efeito administrativo-disciplinar será considerada falta grave, sem prejuízo das sanções penais cabíveis,
qualquer transgressão às normas contidas no inciso 1, alíneas "b" e "c", II, III, IV, V, VIII e IX, deste artigo;

§ 11. Caberá ao membro do Ministério Público determinar prazo, que entender necessário, pare o cumprimento de
qualquer diligência prevista nesta Lei, sujeitando-se o responsável pelo não atendimento no tempo fixado, as penas legais
cabíveis.

XVIII - exercer, ainda, outras atribuições previstas em lei.

Art. 5.º- Cabe ao Ministério Público exercer a defesa dos direitos assegurados nas Constituições Federal e
Estadual, sempre que se cuidar de garantir- lhe o respeito;

I - pelos Poderes estaduais ou municipais;


II - pelos órgãos da Administração Pública Estadual ou Municipal, direta, indireta ou fundacional;
III - pelos concessionários e permissionários de serviço público estadual ou municipal;
IV - por entidades que exerçam outra função delegada do Estado ou do Município ou executem serviço de
relevância pública.

Parágrafo único - No exercício das atribuições a que se refere este artigo, incumbe ao Ministério Público, entre
outras providências:

I - receber notícias de irregularidades, petições ou reclamações de qualquer natureza, promover as apurações


cabíveis que lhes sejam próprias e dar-lhes as soluções adequadas;
II - zelar pela celeridade e racionalização dos procedimentos
administrativos;
III - dar andamento, no prazo de trinta (30) dias, às noticias de
irregularidades, petições ou reclamações referidas no inciso I;
IV - promover audiências públicas e emitir relatório, anual ou especial, e recomendações dirigidas aos
órgãos e entidades mencionadas nos incisos I, II, III e IV, do "caput" deste artigo, requisitando ao destinatário sua
divulgação adequada e imediata, assim como resposta por escrito.

Art. 6.º - Os responsáveis pelo controle interno e externo dos atos dos Poderes do Estado e de entidades da
administração direta e indireta, aos quais se refere o art. 3º da Constituição Estadual, ao tomarem conhecimento de
qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão conhecimento ao Ministério Público.

Capítulo II
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 7.º - Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira, cabendo-lhe,
especialmente:

I - praticar atos próprios de gestão;


II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional e administrativa do pessoal, ativo e inativo, da carreira e dos
serviços auxiliares, organizados em quadros próprios;
III - elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos; contabilização;
IV - adquirir bens e contratar serviços, efetuando a respectiva V - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção
de seus cargos, bem como a fixação e o reajuste dos vencimentos de seus membros;
VI - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos de seus serviços auxiliares, bem como a fixação
e o reajuste dos vencimentos de seus servidores;
VII - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de remoção, promoção e
demais formas de provimento derivado;
VIII - editar atos de aposentadoria, exoneração e outros que importem em vacância de cargos de carreira e dos
serviços auxiliares, bem como os de disponibilidade de membros do Ministério Público e de seus servidores;
IX - editar atos de concessão, alteração e cassação de pensão por morte e outros benefícios previstos nesta lei;
X - organizar suas secretarias e os serviços auxiliares das Procuradorias e Promotorias de Justiça;
XI - compor os seus órgãos de administração; XII - elaborar seus Regimentos Internos;

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H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

XIII - exercer outras competências dela decorrentes.

Parágrafo único - As decisões do Ministério Público fundadas em sua autonomia funcional, administrativa e
financeira, obedecidas as formalidades legais, têm eficácia plena e executoriedade imediata, ressalvada a competência
constitucional do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas.
Art. 8.º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias, encaminhando-a diretamente ao Governador do Estado, que a submeterá ao Poder Legislativo.

§ 1.º Os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias próprias e globais, compreendidos os créditos
suplementares e especiais, ser-lhe-ão entregues até o dia vinte de cada mês, sem vinculação a qualquer tipo de despesa;

§ 2.º Os recursos próprios, não originários do Tesouro, serão utilizados em programas vinculados às finalidades
da Instituição, sendo vedada outra destinação;

§ 3.º REVOGADO.7

Art. 8.ºA - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Ministério Público, quanto
à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de dotações e recursos próprios e renúncia de receitas, será
exercida pelo Poder Legislativo, mediante controle externo, e internamente pelo Colégio de Procuradores de Justiça.8

§ 1.º As Diretorias de Planejamento, de Orçamento e Finanças e a Divisão de Controle Interno apresentarão ao


Colégio de Procuradores de Justiça, até o décimo dia útil do mês subseqüente, relatório circunstanciado sobre a execução
do orçamento e situações financeiras, apresentando os balancetes trimestrais respectivos.

§ 2.º O Procurador-Geral de Justiça apresentará ao Colégio de Procuradores de Justiça relatório dos resultados
do exercício financeiro, até o último dia útil do mês de fevereiro do ano seguinte ao da prestação de contas.

§ 3.º O relatório de que trata o parágrafo anterior será distribuído na forma regimental para deliberação na pauta
da sessão seguinte.

§ 4.º Para o exercício de auditoria financeira e orçamentária, o Colégio de Procuradores de Justiça poderá ser
auxiliado por servidores efetivos do quadro de carreira da Procuradoria-Geral de Justiça pertencente às Diretorias de
Planejamento e de Orçamento e Finanças.

§ 5.º Constitui ato de improbidade administrativa do Procurador- Geral de Justiça, na forma do art. 11 da Lei nº
8.429/92, sem prejuízo das demais sanções civis, penais e administrativas, a recusa em fornecer ao Colégio de
Procuradores de Justiça, sob qualquer pretexto, processo, documento ou informação ou retardar ou deixar de praticar
qualquer outro ato que lhe incumba e seja necessário ao exercício do controle interno.

Art. 9.º - Qualquer pessoa, partido político, associação legalmente constituída ou sindicato, poderá provocara
iniciativa do Ministério Público, por irregularidade ou ilegalidade do ato de agente público, para que se promova, em sendo
o caso, sua responsabilidade, criminal e/ou administrativa.

Parágrafo único - O servidor público deverá representar ao Ministério Público, quando for o caso, contra ato lesivo
ao meio ambiente, ao patrimônio público, aos direitos do consumidor, da criança e do adolescente, aos bens e direitos de
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, e a outros interesses difusos coletivos, individuais indisponíveis
e individuais homogêneos.

Art. 10 - É dever dos Órgãos e Instituições do Poder Executivo do Estado e dos Municípios, com atribuições diretas
ou indiretas de proteção e controle, informar ao Ministério Público sobre ocorrência de conduta ou atividade considerada
lesiva aos bens, direitos e interesses referidos no parágrafo único do art. 9° desta Lei.

Art. 11 - Os responsáveis pelo controle interno e externo dos atos dos Poderes do Estado e dos Municípios e das
entidades da administração pública direta, indireta ou fundacional, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão conhecimento ao Ministério Público.

Art. 12 - O órgão do Ministério Público que tiver assento junto aos Tribunais, bem como junto ao Juízo de 1º grau,
participará de todos os julgamentos, pedindo a palavra, quando julgar necessário e sempre sustentando por escrito ou
oralmente, matéria de fato e de direito, nas causas em que for parte, ou naquelas em que intervier como fiscal da lei,
podendo, também, nesta qualidade, interpor recursos.

Art. 13 - É imprescindível a presença do membro do Ministério Público nas sessões de julgamento de processos
que lhe forem afetos.

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H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

Art. 14 - Nenhuma autoridade, órgão ou entidade da Administração Pública direta, indireta ou fundacional, sob as
penas da lei, poderá opor ao Ministério Público, sob qualquer pretexto, a exceção de sigilo, sem prejuízo da subsistência
do caráter reservado da informação ou do documento que lhe seja fornecido.

Art. 15 - O Ministério Público, sem prejuízo das dependências existentes, instalará as Procuradorias e as
Promotorias de Justiça em prédios, salas e gabinetes sob sua administração, integrantes do conjunto arquitetônico dos
Fóruns ou Tribunais, tendo vista dos projetos de reforma e/ou construção de prédios forenses, competindo-lhe concorrer
nos custos da obra, proporcionalmente às instalações que lhe forem destinadas.

Art. 16 - O Ministério Público zelará pela observância das Constituições Federal, Estadual e das Leis, assim como
exercerá outras atribuições que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, vedada a representação
judicial e consultoria jurídica de entidade pública.

TÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 17 - São órgãos do Ministério Público:

I - da Administração Superior:

a) a Procuradoria-Geral de Justiça;
b) o Colégio de Procuradores de Justiça;
c) o Conselho Superior do Ministério Público;
d) a Corregedoria-Geral do Ministério Público.

II - de Administração:
a) as Procuradorias de Justiça;
b) as Promotorias de Justiças.

III - de Execução:
a) o Procurador-Geral de Justiça;
b) o Conselho Superior do Ministério Público;
c) os Procuradores de Justiça;
d) os Promotores de Justiça;
e) os Grupos Especializados de Atuação Funcional9

IV - Auxiliares:
a) Secretaria-Geral do Ministério Público;
b) REVOGADO10;
c) Centro de Apoio Operacional;
d) Coordenadorias dos Centros de Apoio Operacional;
e) Gabinete de Assuntos Jurídicos;
f) Centro de Estudos e Aperfeiçoamento funcional;
g) Comissão de Concurso;
h) Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento;
i) Estagiários. 11

§ 1.º A Secretaria-Geral do Ministério Público será dirigida por membro da Instituição, em exercício, designado
pelo Procurador-Geral de Justiça, cabendo-lhe a supervisão dos serviços administrativos, nos limites definidos por Ato do
Procurador-Geral de Justiça. 12

§ 2.º O Gabinete do Procurador-Geral de Justiça será dirigido por membro do Ministério Público, designado pelo
Procurador-Geral de Justiça, cabendo- lhe a supervisão da agenda diária, assistindo e assessorando, social e
administrativamente, o Procurador-Geral de Justiça, além de outras atribuições definidas em Ato da Chefia da
Administração. 13

§ 3.º O Procurador-Geral de Justiça designará, em comissão, membros do Ministério Público para as


Coordenadorias de Centros de Apoio Operacional, observado o seguinte:

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H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

I - a designação deverá recair sobre Procurador de Justiça;

II - havendo recusa expressa à designação por todos os Procuradores de Justiça, a escolha recairá sobre
Promotores de Justiça de Entrância Final, à exceção do cargo de Coordenador do Centro de Apoio Operacional das
Procuradorias de Justiça, exclusivo de Procurador de Justiça. 14

§ 4.º Além da direção, caberá aos Coordenadores dos Centros de Apoio Operacional, por delegação do
Procurador-Geral de Justiça: 15

I – representar o Ministério Público nos órgãos afins perante os quais tenha assento, cabendo-lhes,
especificamente, a representação da Instituição em segundo grau nas ações coletivas, propostas pelas Promotorias
Especializadas de sua respectiva área; 16
II – manter permanente contato e intercâmbio com entidades públicas ou privadas que, direta ou indiretamente, se
dediquem ao estudo ou à proteção dos bens, valores ou interesses que lhes incumbe defender. 17

§ 5.º Para os efeitos das atribuições previstas no inciso I do parágrafo anterior, as intimações referentes aos
processos respectivos deverão ser procedidas na pessoa do Procurador ou Promotor de Justiça designado, a quem estará
afeta a atividade recursal. 18

§ 6.º Estagiários do Ministério Público poderão ser designados para atuar junto aos Centros de Apoio Operacional.
19

§ 7.º Ao Gabinete de Assuntos Jurídicos, chefiado pelo Subprocurador-Geral para Assuntos Jurídicos e
Institucionais, composto por outros 04 (quatro) membros do Ministério Público, designados Assessores, incumbe o
assessoramento jurídico superior da Chefia da Administração, tendo os seus integrantes atuação autônoma nos
processos administrativos que tramitam no âmbito do Gabinete do Procurador-Geral de Justiça, agindo, por delegação,
nos processos judiciais. 20

§ 8.º Assessores do Procurador de Justiça poderão auxiliar o Gabinete de Assuntos Jurídicos. Poderão ser
designados estagiários do Ministério Público para o mesmo fim. 21

§ 9.º Ato do Procurador-Geral de Justiça disciplinará o funcionamento do Gabinete de Assuntos Jurídicos.22

§ 10. Os órgãos de apoio, listados no inciso IV deste artigo, atenderão a comandos expressos pelo Procurador-
Geral de Justiça, respeitados os limites contidos nesta Lei. 23
§ 11. Os órgãos de execução referidos na alínea “e”, do inciso III deste artigo, serão providos por tempo certo e
disciplinados em resolução do Procurador-Geral de Justiça, aprovada pelo Colégio de Procuradores de Justiça.24
§ 12. Fica criado o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), integrante da
estrutura do Centro de Apoio Operacional de Inteligência, Investigação e Combate ao Crime Organizado (CAO- CRIMO),
composto de no mínimo, 3 (três) Promotores de Justiça com atuação criminal, designados por ato do Procurador-Geral
de Justiça por tempo determinado, ouvido o Coordenador do CAO-CRIMO, com atuação em todo o Estado do
Amazonas.25

§ 13. Constitui missão a ser atendida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado
(GAECO) a identificação, prevenção e repressão das atividades de organizações criminosas no Estado do Amazonas.26
§ 14. O Conselho Superior do Ministério Público, mediante Resolução, fixará as atribuições, as metas gerais, para
a atuação do GAECO, retirando-as da política criminal estabelecida no Plano Geral de Atuação do Ministério Público.27

CAPÍTULO II

DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO

SEÇÃO I

DA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

Art. 18 - A Procuradoria-Geral de Justiça, Órgão de Administração Superior do Ministério Público, tem por chefe o
Procurador-Geral de Justiça, nomeado pelo Governador do Estado, dentre os integrantes da carreira, indicado em lista
tríplice, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.

§ 1.º A lista tríplice será elaborada em eleição direta, mediante voto secreto e universal dos membros do Ministério
Público, em atividade.

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H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

§ 2.º Cada eleitor poderá votar em três candidatos.

§ 3.º Não será admitido o voto por portador, mandatário ou por


correspondência.

§ 4.º Serão incluídos na lista tríplice para nomeação do Procurador- Geral de Justiça, os três candidatos mais
votados e, no caso de empate, sucessivamente, o candidato de maior tempo de carreira; persistindo o empate, o de maior
tempo de serviço público e, no caso de igualdade, o mais idoso.

Art. 19 - Só concorrerão à lista tríplice os membros do Ministério Público que tenham requerido sua inscrição como
candidato, até cinco dias, a contar do Edital de Chamamento a ser publicado pelo Procurador-Geral de Justiça na
Imprensa Oficial.

Parágrafo único - A lista dos candidatos inscritos será publicada no Órgão Oficial do Estado, no prazo de cinco
dias após o encerramento das inscrições e afixada na sede da Procuradoria-Geral de Justiça.

Art. 20 - São condições de elegibilidade:

I - ter mais de trinta e cinco anos de idade, à data da inscrição;


II - contar mais de dez anos na carreira;
III - exercer o cargo de Promotor de Justiça de Entrância Final ou de Procurador de Justiça;28
IV - estar em pleno exercício da atividade ministerial nos seis meses anteriores à data da inscrição prevista no art.
22 desta Lei.

Art. 21 - A lista tríplice será encaminhada pelo Procurador-Geral de Justiça ao Governador do Estado no dia útil
seguinte à eleição, para escolha e nomeação.

Parágrafo único - Caso o Chefe do Poder Executivo não efetive a nomeação do Procurador-Geral de Justiça nos
quinze dias que se seguirem ao recebimento da lista tríplice, será investido automaticamente no cargo pelo Colégio de
Procuradores, para o exercício do mandato, o membro do Ministério Público mais votado.

Art. 22 - A eleição para formação de Lista Tríplice, dentre os integrantes da Carreira, para Procurador-Geral de
Justiça, far-se-á mediante o voto plurinominal, com a participação de toda a classe, no período de 30 (trinta) a 60
(sessenta) dias antes do término do mandato vigente. 29

Parágrafo único - Para candidatar-se à eleição para o cargo de Procurador-Geral de Justiça, os membros da
carreira que estiverem no exercício de quaisquer cargos de direção da Administração Superior e/ou de confiança, no
âmbito do Ministério Público, deverão desincompatibilizar-se até 60 (sessenta) dias de sua realização ou, a contar da
publicação da presente Lei. 30

Art. 23 - Caberá ao Colégio de Procuradores de Justiça regulamentar o processo eleitoral.

Art. 24 - O Procurador-Geral de Justiça, com honras e tratamento protocolar de Chefe de Poder, tomará posse e
entrará em exercício em sessão pública e solene do Colégio de Procuradores de Justiça.31

Parágrafo único - O Procurador-Geral de Justiça fará declaração pública de bens no ato da posse e no término do
mandato.

Art. 25 - Nos casos de impedimentos e ausências o Procurador- Geral de Justiça será substituído pelo
Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos e Institucionais e, no caso de ausência ou impedimento deste
último, pelo Subprocurador-Geral para Assuntos Administrativos. 32

§ 1.º Vagando o cargo de Procurador-Geral de Justiça ou, concluído o período do mandato, assumirá, até o seu
provimento regular, o membro mais antigo do Colégio de Procuradores de Justiça, que, no prazo máximo de 60 (sessenta)
dias, convocará os integrantes da carreira para dar início ao processo sucessório, na forma prevista no artigo 22 desta
Lei.

§ 2.º Na hipótese de impedimento, afastamento ou de ausência de ambos os Subprocuradores-Gerais de Justiça,


o Procurador-Geral de Justiça será substituído, temporariamente, pelo Procurador de Justiça mais antigo na Instância.

Art. 26. Os Subprocuradores-Gerais para Assuntos Jurídicos e Institucionais e para Assuntos Administrativos, com
atuação delegada, serão escolhidos, livremente, pelo Procurador-Geral de Justiça dentre os membros do Ministério
Público que preencham os requisitos de elegibilidade dispostos no art. 20 desta Lei Complementar. 33

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§ 1.º Ao Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos e Institucionais compete:

I - substituir o Procurador-Geral em suas faltas; II - chefiar o Gabinete de Assuntos Jurídicos; III - coordenar os
serviços da Assessoria;
IV - coordenar o recebimento e a distribuição dos processos oriundos dos Tribunais, entre os Procuradores
de Justiça com atuação perante os respectivos colegiados, obedecida a respectiva classificação ou designação;
V - remeter, mensalmente, ao Corregedor-Geral do Ministério Público, relatório dos processos recebidos e dos
pareceres emitidos pelos Procuradores de Justiça junto aos Tribunais;

VI - elaborar, anualmente, o relatório geral do movimento processual e dos trabalhos realizados pela Assessoria,
remetendo-o ao Procurador- Geral de Justiça e ao Corregedor-Geral do Ministério Público;
VII - assistir o Procurador-Geral de Justiça no desempenho de suas
funções;
VIII - ressalvadas as atribuições da Corregedoria-Geral do
Ministério Público, prestar assistência aos órgãos de execução e auxiliares do Ministério Público no planejamento
e execução de suas atividades de natureza funcional;
IX - assistir o Procurador-Geral de Justiça na promoção da integração dos órgãos de execução do Ministério
Público, visando estabelecer a ação institucional;
X - promover a cooperação entre o Ministério Público e as entidades envolvidas com a atividade penal e não-
criminal;
XI - fornecer ao Procurador-Geral de Justiça e ao Corregedor-Geral do Ministério Público o relatório anual de suas
atividades;
XII - exercer outras atribuições que lhe sejam conferidas ou
delegadas.

§ 2.º Ao Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Administrativos compete:

I - substituir o Procurador-Geral de Justiça, nas faltas deste e do Subprocurador-Geral para Assuntos Jurídicos;
II - assistir o Procurador-Geral de Justiça no desempenho de suas funções administrativas e legislativas;
III - executar a política administrativa da instituição; IV - dirigir as atividades de Pesquisa e Planejamento;
V - elaborar minutas de anteprojetos de lei sobre matéria de interesse do Ministério Público, acompanhando sua
tramitação;
VI - aprovar a indicação ou designar servidores para responderem pelo expediente das unidades subordinadas,
em caráter permanente ou em substituição;
VII - coordenar a elaboração da proposta orçamentária do Ministério Público e encaminhá-la ao Procurador-Geral
de Justiça;
VIII - supervisionar as atividades administrativas que envolvam membros do Ministério Público;
IX - coordenar a elaboração do Plano Anual de Atividades e o
Relatório Anual;
X - recolher e fornecer, sistematicamente, material legislativo,
doutrinário e jurisprudencial sobre assuntos de interesse dos membros do Ministério Público para o exercício de
suas atividades;
XI - colaborar na elaboração de minutas de anteprojetos de lei sobre matéria de interesse do Ministério Público;
XII - prestar assistência à Administração do Ministério Público no planejamento das atividades institucionais e
administrativas;
XIII - exercer outras atribuições que lhe sejam conferidas ou
delegadas.

§ 3.º Para a execução da atribuição constante no inciso VI do § 1.º deste artigo, o Subprocurador-Geral de Justiça
para Assuntos Jurídicos e Institucionais providenciará em obter a manifestação prévia de todos os agentes do Ministério
Público, levando o resultado de tal manifestação à Chefia da Instituição, que ouvirá o Colégio de Procuradores antes de
adotar a política institucional que entender adequada.

§ 4.º Os Subprocuradores-Gerais de Justiça e o Corregedor-Geral do Ministério Público ficarão afastados do


exercício de suas funções.

Art. 27 - O Procurador-Geral de Justiça somente poderá ser destituído por autorização de um terço dos membros
da Assembléia Legislativa do Estado e mediante proposta da maioria absoluta dos integrantes do Colégio de Procuradores
de Justiça, em caso de abuso de poder, conduta incompatível ou grave omissão nos deveres do cargo, assegurada ampla
defesa.

§ 1.º A iniciativa do processo de destituição do mandato, caberá ao Colégio de Procuradores de Justiça, mediante
proposta de dois terços de seus integrantes.

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CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

§ 2.º Recebida e protocolada a proposta pelo secretário do Colégio, este, no prazo de setenta e duas horas, dela
cientificará, pessoalmente, o Procurador- Geral de Justiça, fazendo-lhe entrega da segunda via.

§ 3.º A reunião será presidida pelo Procurador de Justiça mais antigo na Instância, servindo de secretário membro
escolhido do Colégio de Procuradores de Justiça.

§ 4.º Oferecida a contestação, no prazo de quinze dias, contados da ciência da proposta, será marcada, em
quarenta e oito horas, a reunião que apreciará o documento, facultando-se ao Procurador-Geral de Justiça, pessoalmente,
ou por advogado constituído, fazer sustentação oral, pelo tempo máximo de uma hora, findo o qual, o Presidente do
Colégio de Procuradores de Justiça, procederá a coleta dos votos.

§ 5.º A sessão poderá ser suspensa, pelo prazo máximo de quinze dias, para realização de diligências requeridas
pelo Procurador-Geral de Justiça ou por qualquer membro do Colégio de Procuradores, desde que aprovadas pelo voto
secreto da maioria absoluta dos presentes.

§ 6.º O Colégio de Procuradores deliberará reservadamente e por voto secreto, na ausência do Procurador-Geral
de Justiça, permitida a presença do seu defensor.

§ 7.º O presidente da sessão encaminhará a conclusão do Colégio de Procuradores de Justiça em três dias a
Assembléia Legislativa, se a acusação for considerada procedente; caso contrário, determinará o arquivamento dos autos.

Art. 28 - O Procurador-Geral de Justiça será afastado de suas


funções:

I - em caso de cometimento de infração penal, cuja sanção cominada seja de reclusão desde o recebimento da
denúncia ou queixa-crime, até o trânsito em julgado da decisão;

II - no procedimento de destituição, desde a aprovação de pedido de autorização, pelo Colégio de Procuradores


de Justiça, na forma do artigo anterior, até o final da decisão da Assembléia Legislativa, ressalvado o disposto no art. 27
desta Lei.

§ 1.º O período de afastamento contará como de efetivo exercício


do mandato;

§ 2.º Nas hipóteses disciplinadas neste artigo, assumirá a Chefia do Ministério Público, o Procurador de Justiça
mais antigo na Instância.

Art. 29 - Além das atribuições previstas nas Constituições Federal e Estadual, na Lei Orgânica e em outras leis,
compete ao Procurador-Geral de Justiça no exercício da Administração:

I - exercer a Chefia do Ministério Público Estadual, representando-o judicial e extrajudicialmente;


II - dirigir, coordenar, supervisionar e orientar o exercício das funções institucionais do Ministério Público, previstas
no art. 3º desta Lei;
III - encaminhar ao Poder Legislativo os Projetos de Lei de iniciativa do Ministério Público;
IV – elaborar a proposta orçamentária do Ministério Público, submetendo-a ao Colégio de Procuradores, para
encaminhá-la diretamente ao Governador do Estado;
V - praticar atos e decidir questões relativas à administração geral e execução orçamentária do Ministério Público;
VI - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de remoção, promoção,
convocação e demais formas de provimento derivado;
VII - editar atos de aposentadoria, exoneração e outros que importem em vacância de cargos da carreira ou dos
serviços auxiliares e atos de disponibilidade os membros do Ministério Público e de seus servidores;
VIII - designar membros do Ministério Público para:

Operacional; Superior;

a) exercer as atribuições de dirigentes dos Centros de Apoio


b) ocupar cargo de confiança junto aos órgãos da Administração
c) integrar organismos estatais afetos a sua área de atuação;
d) oferecer denúncia ou propor ação civil pública nas hipóteses de não confirmação de arquivamento de inquérito
policial ou civil, bem como de quaisquer peças de informação;
e) acompanhar inquérito policial ou diligência investigatória, devendo recair a escolha sobre o membro do Ministério
Público com atribuição para, em tese, oficiar no feito, segundo as regras ordinárias de distribuição de serviços;

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f) assegurar a continuidade dos serviços em caso de vacância, afastamento temporário, ausência, impedimento ou
suspeição de titular de cargo, ou com consentimento deste;
g) por ato excepcional e fundamentado, exercer as funções processuais afetas a outro membro da Instituição,
submetendo sua decisão previamente ao Conselho Superior do Ministério Público;

h) oficiar perante a Justiça Eleitoral de primeira instância, pelo prazo definido previamente em ato de caráter geral,
ou junto ao Procurador-Regional Eleitoral, quando por este solicitado.34

IX - decidir processo disciplinar contra membro do Ministério Público, aplicando as sanções cabíveis;
X - sugerir ao Corregedor-Geral do Ministério Público a realização de correições e inspeções;
XI - integrar, como membro nato, e presidir o Colégio de Procuradores de Justiça e o Conselho Superior do
Ministério Público;
XII - estabelecer a divisão interna dos serviços das Procuradorias e Promotorias de Justiça;
XIII - regulamentar a distribuição dos serviços nas Comarcas onde houver mais de um órgão do Ministério Público;
XIV - determinar a instauração de sindicância e designar Comissão de Processo Administrativo, composta de
Procuradores de Justiça quando os procedimentos forem instaurados contra membro do Colégio de Procuradores,
aplicando as sanções cabíveis;
XV - designar membro do Ministério Público para exercer cargo de
confiança; 35
XVI - convocar e designar Promotor de Justiça da mais elevada
entrância para, em caráter excepcional e temporário, substituir Procurador de Justiça licenciado ou afastado de
suas funções na respectiva Procuradoria;
XVII - convocar Promotor de Justiça de Entrância inferior para, em caráter excepcional e temporário, substituir
Promotor de Justiça licenciado ou afastado de suas funções, na respectiva Promotoria de Entrância imediatamente
superior;36
XVII - A - designar Promotor de Justiça para substituir, em caráter excepcional e temporário, Promotor de Justiça
de mesma Entrância, ou, excepcionalmente, de Entrância inferior, sujeita, neste caso, à anuência prévia do membro do
Ministério Público a ser designado;37
XVIII - dirimir conflitos de atribuições entre membros do Ministério Público;
XIX - superintender as atividades de administração geral no âmbito do Ministério Público;
XX - expedir recomendações aos órgãos do Ministério Público, para o desempenho de suas funções, sem caráter
normativo;
XXI - encaminhar ao Presidente do Tribunal de Justiça a lista sêxtupla para escolha e preenchimento da vaga
destinada ao Ministério Público, referente ao quinto constitucional;
XXII - submeter ao Colégio de Procuradores de Justiça as propostas de criação e extinção de cargos e serviços
auxiliares e de orçamento anual;
XXIII - propor ao Colégio de Procuradores de Justiça a exclusão, inclusão ou modificação nas atribuições das
Procuradorias e Promotorias de Justiça ou dos cargos dos Procuradores e Promotores de Justiça que as integram;
XXIV - designar e exonerar os Subprocuradores-Gerais de Justiça;38
XXV - designar o Corregedor-Geral do Ministério Público dentre os Procuradores de Justiça, integrantes da lista
tríplice elaborada pelo Colégio de Procuradores na forma do art. 4º desta Lei;
XXVI - designar membro do Ministério Público para dirigir os
órgãos auxiliares;
XXVII - designar membro do Ministério Público em escala semanal
ou mensal, e durante as férias coletivas, como plantonista;
XXVIII - delegar suas funções administrativas e de órgão de execução aos membros do Ministério Público;
XXIX - designar, na vacância do Corregedor-Geral do Ministério Público e seu suplente, um Procurador de Justiça
até seu regular provimento;
XXX - autorizar o membro do Ministério Público a afastar-se do Estado, a serviço, bem como a ausentar-se do
País a qualquer título e, ouvido o Conselho Superior, a freqüentar curso de aperfeiçoamento e estudos no País ou no
exterior;
XXXI - autorizar o afastamento do membro do Ministério Público que tenha exercido a opção de que trata o art.
29, § 3º, do Ato das disposições constitucionais transitórias, da Carta Federal;
XXXII - deferir o compromisso de posse dos membros do Ministério Público, dos funcionários do quadro de serviços
auxiliares, podendo prorrogar o prazo, havendo motivo justo;
XXXIII - praticar privativamente os atos de que tratam os incisos I, III, IV e V deste artigo;
XXXIV - designar membro do Ministério Público para integrar comissões, órgãos colegiados e outras atribuições,
inclusive a prevista no inciso X do art. 4º desta Lei;
XXXV - requerer a perda do posto e da patente de oficial e da graduação de praça;
XXXVI - requisitar dotações orçamentárias, suplementares e créditos especiais, para prover as necessidades do
Ministério Público;
XXXVII - requisitar policiamento para a guarda dos prédios e salas do Ministério Público ou para a segurança de
seus membros e servidores;

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XXXVIII - apresentar, no primeiro dia útil de fevereiro, de cada ano, o Plano Geral de Atuação do Ministério Público,
destinado a viabilizar a consecução de metas prioritárias, nas diversas áreas de sua atribuição;
XXXIX - apresentar, no mês de março de cada ano, ao Poder Legislativo Estadual, em sessão especialmente
convocada, relatório das atividades do Ministério Público, propondo as providências necessárias ao aperfeiçoamento da
Instituição e da Administração da Justiça;
XL – convocar ou designar Promotor de Justiça para oficiar nos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, bem como
nas respectivas Turmas Recursais;39
XLI - exercer outras atribuições previstas em Lei. 40

SEÇÃO II

DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA

Art. 30 - O Colégio de Procuradores de Justiça, Órgão deliberativo, recursal e supervisor geral da Administração
superior do Ministério Público, é integrado por todos os Procuradores de Justiça que estiverem em efetivo exercício e
presidido pelo Procurador-Geral de Justiça.

Parágrafo único - O Colégio de Procuradores de Justiça será secretariado pelo Secretário-Geral do Ministério
Público.

Art. 31 - O Colégio de Procuradores de Justiça, reunir-se-á, ordinariamente, na primeira terça-feira de cada mês,
às onze horas e, extraordinariamente, quando convocado pelo seu Presidente ou por proposta de um terço de seus
membros.

§ 1.º Ficarão suspensas as reuniões ordinárias do Colégio de Procuradores nos períodos de recesso ou férias
coletivas de seus membros.

§ 2.º É obrigatório o comparecimento dos Procuradores de Justiça às reuniões do Colégio, das quais se lavrará
ata na forma regimental, incorrendo em descumprimento do dever funcional a falta injustificada de membros a três
reuniões consecutivas ou a cinco alternadas, no período de um ano.

§ 3.º As decisões do Colégio de Procuradores de Justiça serão tomadas por maioria simples de voto, presentes a
maioria absoluta de seus membros, convocando-se a compor o quorum mínimo, para a sessão subseqüente, membros
da última entrância, obedecida a ordem de antiguidade, cabendo a seu Presidente, também, o voto de desempate. 41

§ 4.º As decisões mencionadas no parágrafo anterior serão motivadas e publicadas, por extrato, salvo nas
hipóteses legais de sigilo ou por deliberação da maioria absoluta de seus integrantes.

Art. 32 - Durante as férias, licenças, nojo ou gala, é facultado ao membro titular do Colégio de Procuradores, nele
exercer suas atribuições, mediante prévia comunicação ao Presidente.

Art. 33 - Ao Colégio de Procuradores de Justiça compete:

I - opinar, por solicitação do Procurador-Geral de Justiça ou de um quarto de seus integrantes, sobre matéria
relativa à autonomia do Ministério Público, bem como sobre outras de interesse institucional;
II - propor ao Procurador-Geral de Justiça a criação de cargos e serviços auxiliares, modificações na Lei Orgânica
e providências relacionadas ao desempenho das funções institucionais;
III - deliberar sobre as questões de interesse do Ministério Público, propostas por qualquer de seus integrantes, ou
pelo Procurador-Geral de Justiça;
IV - sugerir ao Procurador-Geral de Justiça e ao Conselho Superior a adoção de medidas visando a defesa da
sociedade e ao aprimoramento do Ministério Público;
V - julgar recurso interposto contra ato administrativo do Procurador-Geral de Justiça, excetuados os de execução
orçamentária e financeira;
VI - julgar recurso interposto contra decisão do Conselho Superior do Ministério Público;
VII - propor ao Poder Legislativo a destituição do Procurador-Geral de Justiça, pelo voto de dois terços de seus
membros e por iniciativa da maioria absoluta de seus integrantes, em caso de abuso de poder, conduta incompatível ou
grave omissão, nos deveres do cargo, assegurada ampla defesa;
VIII - destituir o Corregedor-Geral do Ministério Público, pelo voto de dois terços de seus membros, em caso de
abuso de poder, conduta incompatível ou grave omissão no cumprimento de seus deveres do cargo, por representação
do Procurador-Geral de Justiça ou da maioria de seus integrantes assegurada ampla defesa;
IX - julgar, dentre outros, recurso contra decisão:

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a) da não confirmação na carreira e da impugnação ao vitaliciamento de membro do Ministério Público a ser


decidida no prazo máximo de trinta dias;
b) proferida em reclamação sobre o quadro geral de antigüidade;
c) de disponibilidade e remoção de membro do Ministério Público, por motivo de interesse público;
d) condenatória em procedimento administrativo disciplinar;
e) de veto à promoção por antigüidade pela maioria absoluta de seus integrantes;

X - julgar o pedido de reabilitação de processo administrativo disciplinar;


XI - eleger, dentre os Procuradores de Justiça, o Corregedor-Geral do Ministério Público e respectivos suplentes,
na forma do art. 48 desta Lei;
XII - aprovar a proposta orçamentária anual do Ministério Público, elaborada pelo Procurador-Geral de Justiça,
bem como Projetos de criação de cargos e serviços auxiliares;
XIII - aprovar o edital do concurso para ingresso na carreira; XIV - dar posse e exercício ao Procurador-Geral de
Justiça;
XV - dar posse aos Subprocuradores-Gerais de Justiça, ao Corregedor-Geral e seus suplentes; 42
XVI - dar posse e exercício aos membros do Conselho Superior; XVII - dar exercício aos Procuradores de Justiça;
XVIII - eleger membro do Conselho Superior, na forma desta Lei; XIX - exercer o controle interno nos termos do
art. 8.º A desta Lei;43
XX - recomendar ao Corregedor-Gerala instauração de procedimento administrativo
disciplinar contra membro do Ministério Público;
XXI - propor ao Procurador-Geral de Justiça a instauração de processo disciplinar, bem como a realização de
inspeções e correições extraordinárias;
XXII - julgar, em última instância, recurso interposto de decisão do Conselho Superior nos processos disciplinares
de que resultar pena de suspensão, inclusive dos pedidos de revisão;
XXIII - desagravar publicamente membro do Ministério Público que tiver sido injustamente ofendido ou cerceado
no desempenho de suas funções;
XXIV - deliberar a propositura pelo Procurador-Geral de Justiça de ação civil para decretação de perda de cargo
ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade de membro do Ministério Público;
XXV - regulamentar o processo eleitoral para a escolha do Procurador-Geral de Justiça, do Corregedor-Geral e
membros do Conselho Superior;
XXVI - rever, mediante requerimento do legitimo interessado, decisão de arquivamento de inquérito policial ou
peças de informação determinada pelo Procurador-Geral de Justiça, nos casos de sua atribuição originária;
XXVII - aprovar, por maioria absoluta, a proposta do Procurador- Geral de Justiça para excluir, incluir ou modificar
as atribuições das Promotorias de Justiça ou dos cargos dos Promotores de Justiça;
XXVIII - conceder férias e licenças ao Procurador-Geral de Justiça; XXIX - elaborar seu Regimento Interno;
XXX - desempenhar outras atribuições que lhe forem conferidas por Lei.

SEÇÃO III

DO CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 34 - O Conselho Superior do Ministério Público, órgão colegiado da Administração Superior, tem por finalidade
deliberar sobre matérias relativas à atuação dos membros do Ministério Público e exercer as atividades de fiscalização
do exercício de suas funções, bem como velar pelos seus princípios institucionais.
Art. 35 - O Conselho Superior do Ministério Público é integrado: I - pelo Procurador-Geral de Justiça, que o
presidirá;
II - pelo Corregedor-Geral do Ministério Público;
III - por cinco Procuradores de Justiça, sendo dois eleitos pelo Colégio de Procuradores de Justiça e três eleitos
pelos Promotores de Justiça.44

§ 1.º Os Subprocuradores-Gerais de Justiça integrarão o Conselho Superior apenas quando em substituição ao


Procurador-Geral de Justiça, obedecida a ordem de substituição estabelecida no caput do artigo 25 desta Lei
Complementar.45

§ 2.º É permitida a renúncia à elegibilidade, desde que os Procuradores de Justiça se manifestem por escrito ao
Procurador-Geral de Justiça, até 10 (dez) dias após a convocação da eleição.

Art. 36 - A eleição dos membros do Conselho Superior ocorrerá no período de 30 (trinta) a 60 (sessenta) dias antes
do término do mandato vigente, de acordo com as instruções baixadas pelo Colégio de Procuradores de Justiça,
observadas as seguintes normas:46
I - publicação de aviso no Diário Oficial, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, fixando o horário, que não
poderá ter duração inferior a 08 (oito) horas seguidas, o dia e o local da votação, que será, necessariamente, a sede da
Procuradoria Geral de Justiça;
II - adoção de medidas que assegurem o sigilo do voto;

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III - proibição de voto por portador mandatário, ou por


correspondência;
IV - apuração pública, logo após o encerramento da votação
realizada por 02 (dois) Promotores de Justiça da Capital, escolhidos pelo Procurador- Geral de Justiça e sob sua
presidência;
V - proclamação imediata dos eleitos;

§ 1.º Os Procuradores de Justiça que se seguirem aos mais votados, na ordem de votação, serão os seus
suplentes, sendo um suplente para cada Conselheiro eleito, observada a representação respectiva.47

§ 2.º Em casos de empate, ter-se-á por eleito o mais antigo na segunda instância; persistindo o empate, o mais
antigo na carreira e, no caso de igualdade, o de maior tempo de serviço público estadual e, por fim, o mais idoso.

Art. 37. Os suplentes substituem os membros do Conselho Superior em seus afastamentos ou impedimentos,
respeitada, na convocação pelo Presidente para compor o quorum mínimo, a ordem de maior votação nos respectivos
escrutínios e da respectiva representação. 48

Art. 38. O mandato dos membros do Conselho Superior será de 02 (dois) anos, permitida 01 (uma) recondução, e
terá início no primeiro dia útil do mês seguinte ao da eleição;49

§ 1.º É obrigatório o exercício do mandato de membro do Conselho, salvo recusa formalmente manifestada antes
da eleição.

§ 2.º A posse dos membros do Conselho dar-se-á em sessão solene do Colégio de Procuradores no primeiro dia
útil do mês seguinte ao da eleição.

Art. 39 - Durante as férias, licença, nojo ou gala, o titular será substituído, automaticamente, pelo suplente, na
forma de que trata o art. 37 desta Lei.

Art. 40 - São inelegíveis para o Conselho Superior:

I - o Procurador de Justiça que houver exercido, em caráter efetivo, as funções de Procurador-Geral de Justiça,
de Corregedor-Geral do Ministério Público e de membro do Conselho Superior, nos 06 (seis) meses anteriores à eleição,
ressalvada, no último caso, a possibilidade de recondução prevista no art. 38, caput;50
II - o Procurador de Justiça que esteja afastado da carreira, nos 06 (seis) meses anteriores à data da eleição
prevista no art. 36 desta Lei.

Art. 41 - O Conselho Superior reunir-se-á, ordinariamente, duas vezes por mês, nas quartas-feiras, às onze horas
e, extraordinariamente, quando convocado pelo Presidente ou por proposta de 1/3 (um terço) de seus membros.

§ 1.º Será lavrada ata circunstanciada de cada reunião, que será secretariada por Procurador de Justiça escolhido
pelos seus pares, dentre os membros eleitos.

§ 2.º Dependerá do voto de 2/3 (dois terços) dos membros do Conselho Superior a deliberação sobre:

I - exoneração de membros do Ministério Público não vitalício, assegurada ampla defesa;


II - a não confirmação do estágio probatório do Promotor de Justiça e o seu vitaliciamento, a ser decidido no prazo
máximo de 60 (sessenta) dias;
III - proposição, apreciação e revisão de processo disciplinar que resultar em demissão, cassação de aposentadoria
ou de disponibilidade do membro do Ministério Público;
IV - disponibilidade e remoção de membro do Ministério Público, por interesse público, assegurada ampla defesa;
V - recusa de candidato à promoção por antigüidade; VI - REVOGADO.51
Art. 42 - Incorrerá em descumprimento do dever funcional a ausência injustificada de membro do Conselho a 03
(três) reuniões consecutivas ou 05 (cinco) alternadas, no período de 01 (um) ano.

Art. 43 - Compete ao Conselho Superior do Ministério Público;

I - sugerir ao Procurador-Geral de Justiça a edição de recomendações, sem caráter vinculativo, aos órgãos do
Ministério Público para o desempenho de suas funções e a adoção de medidas convenientes ao aprimoramento de
serviços e atuação uniforme;
II - decidir sobre:

a) a remoção compulsória de membro do Ministério Público, por motivo de interesse público, mediante
representação do Procurador-Geral de Justiça;

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b) disponibilidade;
c) aproveitamento de membro do Ministério Público em disponibilidade;
d) avaliação de estágio probatório de Promotor de Justiça e de seu vitaliciamento.

III - indicar o Procurador-Geral de Justiça, em lista tríplice, os candidatos à promoção por merecimento que
integrem a primeira quinta parte da lista de antigüidade, observados, ainda, os pressupostos do parágrafo único do art.
252 e 264 desta Lei, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
IV - indicar ao Procurador-Geral de Justiça em lista tríplice os candidatos à remoção por merecimento, observados
os pressupostos dos incisos I a VII do art. 252 e, art. 264 desta Lei;
V - indicar, em lista tríplice, os candidatos à promoção por merecimento ao cargo de Procurador de Justiça que
tenham, pelo menos 02 (dois) anos de efetivo exercício na última entrância e integrem a primeira quinta parte da lista de
antigüidade;
VI - indicar o nome do mais antigo membro do Ministério Público para promoção e remoção por antigüidade;
VII - obstar, motivadamente, a promoção por antigüidade, dando ciência ao Colégio de Procuradores;
VIII - aprovar sobre pedidos de permuta entre membros do Ministério Público;
IX - propor ao Procurador-Geral de Justiça e ao Corregedor-Geral do Ministério Público a realização de sindicância,
correição extraordinária e visitas de inspeção, bem como deliberar sobre a instauração de processo administrativo
disciplinar;
X - solicitar ao Corregedor-Geral informações sobre a conduta
funcional do membro do Ministério Público;
XI - propor a verificação de incapacidade física, mental e moral de membro do Ministério Público;
XII - aprovar o quadro geral de antigüidade dos membros do Ministério Público e decidir sobre reclamações
formuladas a esse respeito;
XIII - eleger, dentre os membros do Ministério Público, os integrantes da comissão de concurso;
XIV - indicar ao Procurador Geral de Justiça, Promotores de Justiça para substituição por convocação;
XV – homologar a inscrição dos candidatos e o resultado do concurso de ingresso na carreira ou prorrogar o prazo
de sua validade e elaborar, de acordo com a ordem de classificação, a lista dos candidatos aprovados, para efeito de
nomeação;
XVI - homologar e encaminhar aos Presidentes de Tribunais as
listas sêxtuplas previstas nos artigos 94, caput, e 104, parágrafo único, II, da Constituição Federal de 1988, após
eleição junto à categoria, dela participando como eleitores todos os Membros ativos do Ministério Público e, como
concorrentes, os Membros com mais de dez anos de carreira, observados os limites constitucionais, sendo vedada a
candidatura de quem esteja no exercício do cargo de Procurador- Geral de Justiça, de Corregedor-Geral do Ministério
Público e de Ouvidor-Geral do Ministério Público, ressalvada a desincompatibilização do respectivo cargo, até 60
(sessenta) dias da realização da eleição, cabendo, ainda, ao Conselho Superior do Ministério Público organizar o processo
eleitoral;52
XVII – homologar a promoção de arquivamento de autos de inquérito civil ou peças de informações e, caso
contrário, designar outro órgão do Ministério Público para prossegui-lo ou ajuizar a ação civil;
XVIII - opinar nos processos que tratem de remoção compulsória ou demissão de membro do Ministério Público;
XIX - tomar conhecimento dos relatórios da Corregedoria Geral;
XX - autorizar o afastamento de membro do Ministério Público para freqüentar curso ou seminário de
aperfeiçoamento e estudo, no País ou no exterior;
XXI - decidir, de plano e conclusivamente, em sessão secreta e por livre convicção, sobre admissão de candidato
a concurso de ingresso no Ministério Público, apreciando as condições para o exercício do cargo através de entrevista e
exame de documentos, sem prejuízo de investigação sigilosa que entenda realizar;
XXII - deliberar sobre pedido de reconsideração das decisões proferidas nos termos do inciso IX, deste artigo;
XXIII - opinar sobre o afastamento de membro do Ministério Público para o exercício dos cargos de que trata o art.
120 desta Lei;
XXIV - fixar o valor da taxa de inscrição para concurso de ingresso na carreira do Ministério Público;
XXV - elaborar seu Regimento Interno;
XXVI - exercer outras atribuições previstas em lei.

Art. 44 - Das Decisões do Conselho Superior caberá, uma só vez, pedido de reconsideração, no prazo de 10 (dez)
dias contados da ciência do ato impugnado, sem prejuízo do recurso previsto no inciso VI do art. 33 desta Lei;

Art. 45 - As decisões do Conselho Superior do Ministério Público, ressalvadas as disposições em contrário contidas
nesta Lei, serão motivadas e tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros, cabendo ao
seu Presidente, também, o voto de desempate e, salvo deliberação de seus integrantes, ou nas hipóteses legais de sigilo,
serão publicadas por extrato, sob pena de nulidade.

§ 1.º As decisões do Conselho Superior revestirão a forma de resoluções, baixadas pelo Procurador-Geral de
Justiça.

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CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

§ 2.º Na indicação por antigüidade, o Conselho Superior do Ministério Público somente poderá recusar o membro
do Ministério Público mais antigo pelo voto de 2/3 (dois terços) de seus integrantes, na forma de Regimento Interno,
repetindo-se a votação até fixar-se a indicação, após o julgamento de eventual recurso interposto perante o Colégio de
Procuradores.

Art. 46 - A remoção e a promoção voluntária por antigüidade e por merecimento, bem como a convocação,
dependerão de prévia manifestação escrita do interessado.

SEÇÃO IV

DA CORREGEDORIA GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 47 - A Corregedoria-Geral do Ministério Público, órgão da Administração Superior, compete a fiscalização e


orientação das atividades funcionais e da conduta dos membros do Ministério Público.

Art. 48 - O Corregedor-Geral do Ministério Público será escolhido pelo Procurador-Geral de Justiça, dentre os
integrantes de lista tríplice, elaborada pelo Colégio de Procuradores, mediante voto secreto, em eleição a ser realizada
no período de 30 (trinta) a 60 (sessenta) dias antes do término do mandato vigente, para mandato de 02 (dois) anos,
permitida uma recondução, obedecido ao mesmo procedimento.53

§ 1.º O segundo mais votado, será considerado suplente do Corregedor-Geral, substituindo-o automaticamente
em suas ausências e impedimentos, sucedendo-o, em caso de vacância, aplicando-se estas mesmas disposições ao
terceiro mais votado.

§ 2.º O Corregedor-Geral do Ministério Público e seu suplente tomarão posse em sessão solene do Colégio de
Procuradores.

Art. 49 - Para o cargo de Corregedor-Geral do Ministério Público, é vedada a eleição de Procurador de Justiça
afastado da carreira, que à ela retorna nos
(06) seis meses anteriores ao pleito ou que haja exercido, em caráter permanente, em igual período ou, em
substituição, por mais de 60 (sessenta) dias, as funções de Procurador-Geral de Justiça, de Subprocurador-Geral de
Justiça ou de Corregedor- Geral, ressalvada a recondução para este, prevista no art. 48 desta Lei.

Art. 50 - O Corregedor-Geral do Ministério Público poderá ser destituído do cargo pelo Colégio de Procuradores
de Justiça, pelo voto de dois terços de seus membros, nos casos de abuso de poder, conduta incompatível ou grave
omissão dos deveres do cargo, assegurada ampla defesa, ou condenação por crime apenado com reclusão, em decisão
judicial transitada em julgado.

Parágrafo único - O Colégio de Procuradores de Justiça decidirá, por maioria de votos, pela admissibilidade da
representação para a destituição do Corregedor-Geral do Ministério Público, nos casos previstos no "caput" deste artigo,
desde que formulada pelo Procurador-Geral de Justiça ou por um terço de seus integrantes.

Art. 51 - Compete ao Corregedor-Geral:

I - fiscalizar e orientar as atividades funcionais dos membros do Ministério Público;


II - proceder, sob sua presidência ou por delegação a membro do Ministério Público, a sindicância ou processo
administrativo disciplinar, salvo o disposto no inciso XIV, do art. 29 desta Lei.
III - instaurar de ofício ou por provocação dos demais órgãos da Administração Superior do Ministério Público,
procedimento disciplinar contra membro de primeiro grau, presidindo-o e aplicando as sanções administrativas cabíveis;
IV - encaminhar ao Procurador-Geral de Justiça os processos administrativos disciplinares contra Procuradores de
Justiça;
V - realizar, pessoalmente, inspeções nas Procuradorias de Justiça, remetendo relatório reservado ao Colégio de
Procuradores de Justiça;
VI - inspecionar, regularmente ou mediante correições ordinárias ou extraordinárias, os serviços afetos ao
Ministério Público em todas as Comarcas do Estado, levando ao conhecimento do Procurador-Geral de Justiça e Conselho
Superior do Ministério Público as irregularidades que observar;
VII - expedir recomendações, sem caráter vinculativo, aos membros do Ministério Público, propondo ao
Procurador-Geral de Justiça ou ao Conselho Superior a expedição de instruções e outras normas administrativas visando
a regularidade e ao aperfeiçoamento dos serviços do Ministério Público;
VIII - examinar os relatórios dos Promotores de Justiça para controle de sua atuação funcional e da
tramitação dos feitos em que intervier o Ministério Público;
IX - integrar o Colégio de Procuradores e o Conselho Superior do Ministério Público, como membro nato,
com direito a voto, salvo em sindicâncias e processos administrativos; 54

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CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

X - informar ao Conselho Superior e ao Procurador-Geral de Justiça sobre a atuação funcional dos membros do
Ministério Público candidatos à promoção por merecimento e por antigüidade ou à remoção;
XI - representar ao Conselho Superior, sobre processo administrativo disciplinar por abandono de cargo ou para
verificação de incapacidade física, mental ou moral de membro do Ministério Público;
XII - encaminhar ao Conselho Superior, mensalmente, relatório das comunicações de suspeição de membros do
Ministério Público, por motivo de foro íntimo;
XIII - apresentar ao Colégio de Procuradores, na primeira quinzena de fevereiro, relatório de suas atividades;
XIV - apresentar ao Procurador-Geral de Justiça, na primeira quinzena de fevereiro, relatório com dados
estatísticos sobre as atividades das Procuradorias e Promotorias de Justiça, relativas ao ano anterior;
XV - trazer atualizados os prontuários das atividades funcionais dos Promotores de Justiça e coligir os elementos
necessários à apreciação de seu merecimento;
XVI - remeter aos demais órgãos da Administração Superior do Ministério Público informações necessárias ao
desempenho de suas atribuições;
XVII - Receber:

a) os trabalhos dos Promotores de Justiça em estágio probatório, produzidos no exercício de suas funções;
b) os relatórios periódicos dos membros do Ministério Público, adotando ou sugerindo ao Procurador-Geral de
Justiça as medidas que julgar convenientes;
c) os pedidos de arquivamento de Inquéritos Policiais;

XVIII - requisitar certidões, diligências, exames, pareceres técnicos e informações indispensáveis ao bom
desempenho de suas funções, de qualquer autoridade, inclusive judicial;
XIX - elaborar o regulamento do estágio probatório dos Membros do Ministério Público, acompanhando-os durante
tal período;55
XX - promover o levantamento das necessidades de pessoal ou material, nos serviços afetos ao Ministério Público,
encaminhando-o ao Procurador- Geral de Justiça, para as providências que julgar convenientes;
XXI - organizar e dirigir os serviços de estatística e processamento de dados das atividades funcionais dos
membros do Ministério Público;
XXII - acompanhar o desempenho dos Promotores de Justiça em estágio probatório, oferecendo ao Procurador-
Geral no 20º (vigésimo) mês do estágio, relatório circunstanciado sobre o preenchimento dos requisitos necessários à
confirmação na carreira, conforme art. 239 desta Lei;
XXIII - propor ao Conselho Superior o não-vitaliciamento de membro do Ministério Público;
XXIV - propor ao Procurador-Geral de Justiça, justificadamente, o afastamento do membro do Ministério Público
sujeito à sindicância ou processo administrativo, sem prejuízo de seus vencimentos e vantagens, cabendo a este, na
forma do art. 147 desta Lei, ouvir o Conselho Superior do Ministério Público;
XXV - desempenhar outras atribuições que lhe forem conferidas por Lei ou delegadas pelo Procurador-Geral de
Justiça;

§ 1.º Do prontuário de que trata o inciso XV, deverão constar obrigatoriamente;

a) o documento e cópias dos trabalhos enviados pelo Promotor de Justiça em estágio probatório;
b) as anotações resultantes de apreciação de Procurador de Justiça e das referências feitas em julgados de
Tribunais;
c) as observações feitas em correições e visitas de inspeção;

§ 2.º As anotações desabonatórias ou que importem em demérito serão lançadas em prontuário, após ciências ao
interessado, assegurada ampla defesa.

Art. 52 - O Corregedor-Geral do Ministério Público será assessorado por três Promotores de Justiça da entrância
da Capital, designados pelo Procurador-Geral de Justiça, mediante sua indicação e anuência dos indicados.56

§ 1.º Recusando-se o Procurador-Geral de Justiça a designar os Promotores de Justiça que lhe forem indicados,
o Corregedor-Geral poderá submeter a indicação ao Colégio de Procuradores.

§ 2.º Os assessores do Corregedor-Geral, Corregedores-Auxiliares, servirão durante o mandato, podendo ser


reconduzidos por uma vez, observados os requisitos previstos no "caput" deste artigo.

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CAPÍTULO III

DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO

SEÇÃO I

DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA

Art. 53 - Além das atribuições previstas nas Constituições Federal e Estadual, nesta e em outras leis, compete,
ainda, ao Procurador-Geral de Justiça:

I - velar pela observância, aplicação e execução das Constituições e


das Leis;

II - promover ação direta de inconstitucionalidade de Lei ou Ato Normativo estadual e municipal, em face da
Constituição Federal57;
III - representar ao Procurador-Geral da República sobre Lei ou Ato Normativo Estadual que infrinja a Constituição
Estadual;
IV - representar para fins de intervenção do Estado no Município, com o objetivo de assegurar a observância de
princípios indicados na Constituição Estadual ou prover a execução da lei, de ordem ou decisão judicial;
V - representar o Ministério Público nas sessões plenárias do Tribunal de Justiça e do Conselho da Magistratura,
intervindo nos julgamentos, para sustentação oral ou esclarecimentos de matéria de fato e de direito;
VI - promover ação penal por crime comum ou de responsabilidade de autoridades ou membros dos Poderes,
quando sujeitos a processo e julgamento pelo Tribunal de Justiça ou pela Assembléia Legislativa, nos termos das
Constituições Federal e Estadual;
VII - exercer as atribuições do art. 129, II, III e VIII, da Constituição Federal, quando a autoridade reclamada for o
Governador do Estado, Secretário de Estado e os membros dos Poderes Legislativo e Judiciário, e do Ministério Público,
bem como quando contra estes, por ato praticado em razão de suas funções, deva ser ajuizada a competente ação;
VIII - ajuizar mandado de injunção quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Governador
do Estado, da Assembléia Legislativa, dos Tribunais ou, em outros casos, de competência originária dos Tribunais;
IX - propor a ação civil de decretação de perda do cargo e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade,
perante o Tribunal de Justiça local, após autorização do Colégio de Procuradores de Justiça na forma do inciso XXIV, do
art. 33 desta Lei;

Pleno de Justiça;

X - oficiar no mandado de segurança impetrado perante o Tribunal

XI - oficiar nos recursos criminais, civis e administrativos, dos

processos de sua atribuição privativa, nas argüições de inconstitucionalidade, bem como nos feitos de competência
do Tribunal Pleno de Justiça;
XII - interpor e arrazoar recurso, inclusive para o Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça;
XIII - promover diligências e requisitar certidões de processos, documentos e informações das Secretarias dos
Tribunais e Cartórios, bem como de qualquer repartição judiciária ou órgão público federal, estadual ou municipal, da
administração direta, indireta ou fundacional, no prazo que entender necessário, sob pena de responsabilidade;
XIV - receber as conclusões de Comissão Parlamentar de Inquérito e dar-lhes curso para que, se for o caso,
promova a responsabilidade civil, criminal ou administrativa do indiciado;
XV - determinar o arquivamento de representação, notícia de crime, peças de informações, conclusão de
comissões parlamentares de inquérito policial, nas hipóteses de suas atribuições legais;
XVI - representar ao Presidente do Tribunal de Justiça para a instauração de processo de verificação de
incapacidade física, mental ou moral de Magistrado e Serventuário de Justiça;
XVII - requerer a perda do posto e da patente de oficial e da graduação de praça;
XVIII - praticar outros atos previstos em lei.

§ 1.º A interposição de recurso perante os Tribunais Superiores é atribuição concorrente do Procurador-Geral de


Justiça e dos Procuradores de Justiça.

§ 2.º Em caso de interposição simultânea do mesmo recurso, processar-se-á o interposto pelo Procurador-Geral
de Justiça, reputando-se outro prejudicado.

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SEÇÃO II

DOS PROCURADORES DE JUSTIÇA

Art. 54 - São atribuições dos membros do Ministério Público com atuação no segundo grau de jurisdição:

I - representar o Ministério Público nas sessões das Câmaras Isoladas e Reunidas do Tribunal de Justiça fazendo
sustentação oral, quando necessário, e assinando os respectivos acórdãos;
II - oficiar nos feitos processuais de atribuição do Procurador Geral de Justiça, mediante delegação;
III - oficiar nos recursos criminais, civis e administrativos, bem como interpor os recursos previstos em lei, nos feitos
em que intervier;
IV - participar das sessões dos Tribunais e tomar ciência, pessoalmente, das decisões proferidas nos processos
em que houver oficiado, bem como interpor os recursos de sua competência;
V - suscitar conflitos de competência entre o Tribunal perante o qual oficiar e outros Tribunais e Juízos;
VI - compor os órgãos colegiados da Administração Superior do Ministério Público;
VII - suscitar conflito de competência entre Conselhos de Justiça e Auditorias e neles oficiar;
VIII - integrar a Comissão de Concurso, dirigir o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do Ministério
Público58;
IX - integrar Comissão de Processo Administrativo instaurado contra membro do Ministério Público do segundo
grau;
X - fazer correição permanente nos autos em que oficiar;
XI - impetrar medidas judiciais em matéria afeta a sua área de atribuição;
XII – atender a qualquer do povo, tomando as providências;
XIII - exercer outras atividades que lhe forem delegadas pelo

Procurador-Geral de Justiça.

§ 1.º Competirá ao Procurador de Justiça mais antigo promover a ação penal contra o Procurador-Geral de Justiça.

§ 2.º REVOGADO 59

§ 3.º Em caso de interposição simultânea do mesmo recurso, pelo Titular do órgão junto ao Tribunal, processar-
se-á o interposto pelo membro graduado do Ministério Público na respectiva Câmara.

SEÇÃO III

DOS PROMOTORES DE JUSTIÇA

Art. 55 - Compete aos Promotores de Justiça, em exercício na Promotoria de Justiça Criminal, na Promotoria de
Justiça do Tribunal do Júri, na Promotoria de Justiça Especializada em Delitos de Trânsito e na Promotoria de Justiça
Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes: 60

I - promover, privativamente, ação penal pública e intervir na ação penal privada;


II - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, bem como requerer a sua devolução
para realização de providências necessárias;
III - requerer o arquivamento dos autos de inquérito ou das peças de informação, quando neles não encontrar os
elementos indispensáveis ao oferecimento da denúncia, observando o disposto no inciso XIX, do art. 118 desta Lei;
IV - funcionar perante o Tribunal do Júri;
V - participar da organização da lista de jurados, interpondo, quando necessário, o recurso cabível, e assistir ao
sorteio dos jurados e suplentes;
VI - requerer o desaforamento de julgamento;
VII - suscitar conflitos de jurisdição e de atribuições;
VIII - impetrar "habeas corpus", mandado de segurança e requerer correição parcial, inclusive perante os Tribunais
locais competentes;
IX - recorrer, sempre que entender cabível, da decisão que conceder ordem de "habeas corpus" indeferir ou revogar
requerimento de prisão preventiva, conceder liberdade provisória ou relaxar prisão em flagrante;
X - nos casos de prisão em flagrante, manifestar-se sempre concessão de liberdade provisória;
XI - requerer, nos casos previstos em lei, prisão temporária;
XII - ser ouvido antes da decisão judicial que decretar prisão temporária, mediante representação da autoridade
policial;
XIII - oficiar, na forma da Lei, junto à Justiça Federal de 1ª instância, nas comarcas do interior;
XIV - fiscalizar os prazos na execução das cartas precatórias e promover o que for necessário ao seu cumprimento;
XV - fiscalizar o cumprimento dos mandados de prisão, as requisições e demais medidas determinadas pelos
órgãos judiciais e do Ministério Público;

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CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

XVI - integrar os Conselhos Penitenciários, de Entorpecentes, de Política Criminal, de Trânsito e outros criados
por Lei;
XVII - promover a restauração de autos extraviados ou destruídos; XVIII - atender a qualquer do povo, tomando
as providências cabíveis;

XIX - exercer outras atribuições prevista em lei ou delegadas pelo Procurador-Geral de Justiça.

Parágrafo único. As investigações e a promoção da ação penal, relativas aos crimes previstos nas legislações dos
direitos do consumidor, do meio ambiente, da infância e juventude e delitos de trânsito, culposos ou dolosos, bem assim
como uso e tráfico de entorpecentes, são atribuídas às respectivas Promotorias de Justiça Especializadas, ressalvada a
competência do Tribunal do Júri. 61

Art. 56 - Ao Promotor de Justiça, em exercício na Promotoria de Justiça de Execuções Criminais, compete:

I - fiscalizar a execução da pena e da medida de segurança, oficiando no processo executivo e nos incidentes;
II - verificara regularidade formal das guias de recolhimento e de
internamento;
III - requerer:

a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo;


b) a instauração dos incidentes do excesso de desvio de execução;
c) a aplicação de medidas de segurança e sua revogação nos casos
previstos em Lei;
d) a conversão de penas, a progressão ou regressão nos regimes e a
revogação da suspensão condicional da pena e do livramento condicional;
e) a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação
anterior;

IV - interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária, durante a execução;


V - visitar, mensalmente, os estabelecimentos penais, registrando a sua presença em livro próprio;
VI - impetrar "habeas corpus", mandado de segurança e requerer correição parcial, inclusive perante os Tribunais
locais competentes;
VII - atender, a qualquer do povo, tomando as providências
cabíveis;
VIII - exercer outras atribuições previstas em lei ou delegadas pelo
Procurador-Geral de Justiça.

Art. 57 - Ao Promotor de Justiça, em exercício na Auditoria Militar Estadual, compete:

I - promover, privativamente, a ação penal militar e funcionar em todos os seus termos;


II - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito
policial militar;
III - requerer a devolução dos autos de inquérito à autoridade
policial militar para a realização de diligências necessárias;
IV - acompanhar inquérito policial militar, quando necessário;

V - requerer o arquivamento dos autos de inquérito ou das peças de informação, quando, neles não encontrar os
elementos indispensáveis ao oferecimento de denúncia, observando o disposto no inciso XIX, do art. 118 desta Lei;
VI - inspecionar as dependências prisionais militares;
VII - requerer e promover as medidas preventivas e assecuratórias previstas na lei processual penal militar e oficiar
nestes procedimentos, quando não for o requerente;
VIII - propor questões prejudiciais, exceções incidentes ou oficiar nestes procedimento quando não for o
requerente;
IX - impetrar "habeas corpus", mandado de segurança e requerer correição parcial, inclusive perante os Tribunais
locais competentes;
X - argüir a incompetência do juízo antes mesmo de oferecer denúncia; justiça;
XI - assistir ao sorteio dos conselhos especiais e permanentes de XII - atender a qualquer do povo, tomando as
providências;
XIII - exercer outras atividades previstas em lei ou delegadas pelo

Procurador-Geral de Justiça;

Art. 58 - Ao membro do Ministério Público, no exercício da Promotoria de Justiça Especializada da Infância e da


Juventude, compete:

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I - exercer as funções do Ministério Público em todos os processos e procedimentos da competência da Vara da


Infância e da Juventude e, em especial, nas questões relativas ao pátrio poder, guarda, tutela e adoção;
II - promover medidas de assistência e proteção às crianças e aos adolescentes que se encontram privados ou
ameaçados em seus direitos, visando, fundamentalmente, à sua integração sociofamiliar;
III - exercer as atribuições de Curador de Registros Públicos nos processos de abertura, retificação e averbação
de assento de registro civil, assim como de óbito, que se instaurarem na Vara da Infância e da Juventude e, na hipótese
de inexistência de registro, provocá-lo;
IV - exercer as funções de Curador de Ausentes, quando já não atuem na qualidade de Promotor de Justiça da
Infância e da Juventude;
V - promover, acompanhar e oficiar nos procedimentos de alimentos, de suspensão e destituição do pátrio poder,
nomeação e remoção de tutores, curadores e guardiães, bem como a inscrição de hipoteca legal;
VI - requerer, a nomeação de curador especial em caso de apresentação de queixa, representação ou de outros
procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja interesse de crianças e adolescentes;
VII - instaurar procedimentos administrativos e, para instrui-los, exercer, sem prejuízo das atribuições previstas no
art. 3º, desta Lei, as seguintes:

a) expedir notificações para colher depoimentos ou esclarecimentos e, em caso de não-comparecimento


injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive pela polícia civil ou militar;
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades municipais, estaduais e federais, da
administração direta ou indireta, bem como promover inspeções e diligências obrigatórias;
c) requisitar informações e documentos a particulares e instituições

VIII - promover e acompanhar os procedimentos relativos às infrações atribuídas a adolescentes, podendo ainda:

a) conceder a remissão como forma de exclusão do processo;


b) propor o arquivamento ao Conselho Superior;
c) representar à autoridade judiciária para aplicação de medida socioeducativa;

IX - requerer a apreensão e destruição, se for o caso, de quaisquer publicações, impresso, material fotográfico,
fonográfico e filmes, desenhos e pinturas ofensivas aos bons costumes e prejudiciais à formação moral das crianças e
adolescentes;
X - atuar nos casos de suprimento de capacidade ou de consentimento para o casamento de menores de 18
(dezoito) anos de idade;
XI - opinar nos pedidos de emancipação de competência do Juízo da Infância e da Juventude;
XII - visitar fábricas, oficinas, empresas, estabelecimentos comerciais e industriais, casas de diversão de qualquer
espécie ou natureza, bem como locais onde se realizem competições desportivas, tendo em vista a freqüência e o trabalho
de adolescentes;
XIII - inspecionar as entidades públicas e particulares de atendimento e os programas de que trata o Estatuto da
Criança e do Adolescente, adotando de pronto as medidas administrativas ou judiciais necessárias à remoção de
irregularidades porventura verificadas;
XIV- participar, quando necessário, das reuniões de entidades públicas e privadas de proteção e assistência a
criança e adolescentes, bem como ter assento junto aos conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do
adolescente;
XV - representar à autoridade competente sobre a atuação dos funcionários da Vara da Infância e da Juventude;
XVI - fiscalizar a atuação das autoridades e dos agentes policiais, no trato das questões relativas à criança e ao
adolescente;
XVII - instaurar sindicância, requisitar diligência investigatórias e determinar a instauração do inquérito policial,
para apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção à infância e à juventude;
XVIII - requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços médicos, hospitalares, educacionais e de
assistência social, públicos ou privados, para desempenho de suas atribuições;
XIX - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e aos adolescentes,
promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;
XX - impetrar "habeas corpus", mandado de segurança e requerer correição parcial, inclusive perante os Tribunais
locais competentes, na defesa dos interesses individuais e/ou coletivos afetos à criança e ao adolescente;
XXI - representar ao juízo visando à aplicação de penalidade por infrações cometidas contra normas de proteção
à infância e à juventude, sem prejuízo da promoção da responsabilidade civil e penal do infrator, quando cabível;
XXII - recorrer, quando for o caso, das sentenças ou decisões proferidas nos processos em que funcionar e
promover a execução da respectiva sentença;
XXIII - promover a prestação de contas de tutores e curadores e providenciar o exato cumprimento dos seus
deveres, nos processos em que forem interessados crianças e adolescentes;
XXIV - fiscalizar os cartórios em que tramitem feitos de interesses de crianças e adolescentes, observando o
serviço e tomando as providências que julgar necessárias ao seu bom desempenho;

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XXV - promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos interesses individuais, difusos ou
coletivos, relativos à infância e à adolescência, inclusive os definidos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal;
XXVI - fiscalizar os organismos públicos e privados fundacionais, estaduais e municipais e aplicações das verbas
destinados à proteção da criança e do adolescente;
XXVII - inspecionar estabelecimentos e entidades de internação de adolescentes e órgãos em que se encontrem
recolhidos;
XXVIII - opinar em todos os pedidos de alvarás de competência do Juízo da Infância e da Juventude;
XXIX - atender a qualquer do povo, tomando as providências;
XXX - exercer outras atribuições previstas em lei ou delegadas pelo Procurador-Geral de Justiça.

§ 1.º O membro do Ministério Público, no exercício de suas funções, terá livre acesso a todo local onde se
encontrem crianças e adolescentes.

§ 2.º Nas hipóteses legais de sigilo, será o Promotor da Infância e da Juventude responsável ou responsabilizado
pelo uso indevido das informações e documentos que requisitar.

§ 3.º Para assegurar o efetivo respeito aos direitos e garantias legais conferidos às crianças e adolescentes, a fim
de promoveras medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis, o membro do Ministério Público poderá:

a) reduzir a termo as declarações do reclamante, instaurando o competente procedimento, sob sua presidência;
b) entender-se, diretamente, com a pessoa ou autoridade reclamada, em dia, local e horário previamente
notificados ou acertados;
c) efetuar recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevância pública, afetos à criança e ao
adolescente;

§ 4.º Nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na defesa
dos direitos e interesses de que cuida o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Art. 59 - Ao membro do Ministério Público, no exercício da Promotoria de Família e Sucessões compete:

I - oficiar nas habilitações de casamentos e seus incidentes; II - oficiar nos pedidos de dispensa de proclamas;
III - oficiar nos pedidos do registro de casamento nuncupativo;
IV - oficiar nas justificações que devam produzir efeitos nas habilitações de casamento;
V - oficiar nas dúvidas e reclamações apresentadas pelos oficiais do Registro Civil, quanto aos atos de seu ofício;
VI - exercer, no que se refere a casamentos, a inspeção e fiscalização dos Cartórios de Registro Civil;
VII - examinar os livros de assentos de casamento e respectivos atos, dos Cartórios de Registro Civil e, sempre
que houver conveniência ou lhe for determinado, inspecionar os serviços específicos dessas Serventias Judiciais;
VIII - oficiar nas separações judiciais, na conversão destas em divórcio e nas ações de divórcio, de nulidade ou
anulação de casamento, assim como em quaisquer outras ações relativas ao estado e à capacidade das pessoas, e nas
investigações de paternidade, cumuladas ou não com petição de herança;
IX - propor ação de nulidade de casamento;
X - requerer o inicio ou andamento de inventário e partilha de bens e arrolamentos, quando houver interesse de
incapazes, e as providências sobre a efetiva arrecadação, aplicação e destino dos bens das mesmas pessoas, bem como
a prestação de contas;
XI – intervir em todas as arrecadações relativas aos feitos de suas atribuições; e ausentes; de incapazes; ausentes;
ausentes;
XII - intervir na remição das hipotecas legais referentes a incapazes XIII - oficiar nos pedidos de alienação, locação
ou oneração de bens XIV - intervir em leilão público de venda de bens de incapazes ou XV – fiscalizar a conveniente
aplicação dos bens de incapazes e XVI - oficiar nas ações concernentes ao regime de bens do casamento, ao dote, aos
bens parafernais e às adoções antenupciais;
XVII - oficiar nos pedidos de suprimento de autorização e outorga, na forma de legislação processual civil;
XVIII - oficiar nos processos relativos à instituição ou extinção de
bem de família;
XIX - promover, de ofício ou por solicitação dos interessados, a
especialização e à inscrição de hipotecas legais e a prestação de contas dos tutores, curadores e quaisquer
administradores de bens de incapazes e ausentes e das heranças jacentes, ressalvadas, a hipótese do art. 58, inciso V
e XXIII, desta Lei;
XX - promover as medidas necessárias a recuperação dos bens de incapazes e ausentes, irregularmente
alienados, locados ou arrendados e, na Comarca da Capital, propor ao Procurador-Geral de Justiça a instauração de
processo criminal contra os responsáveis;
XXI - requerer a nomeação, a remoção ou a dispensa de tutores ou curadores e acompanhar as ações da mesma
natureza propostas por terceiros, bem como guardar os bens dos incapazes, até assumir o exercício do cargo o tutor ou
curador nomeado pelo juiz, ressalvada a hipótese do art. 58, inciso V, desta Lei;

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CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

XXII - requerer interdição nos casos previstos em lei e representar o interditando, promovendo-lhe a defesa, nas
ações propostas por terceiros;
XXIII - propor a instauração de processo criminal contra os tutores, curadores e administradores que houverem
dissipado os bens de incapazes e ausentes;
XXIV - propor, em nome do incapaz, ação de alimentos contra pessoas obrigadas por lei a fornecê-los e oficiar nas
ações de alimentos em geral, ressalvada a competência do Juízo da Infância e da Juventude;
XXV - fiscalizar o recebimento e o levantamento de dinheiro de incapazes e ausentes, bem como recolhera
estabelecimento oficial de crédito os valores que, por determinação judicial, lhe vierem às mãos, prestando contas, na
forma da lei;
XXVI - exercer as funções de Curador de Ausentes e Incapazes nas Varas de Família e Sucessões junto às quais
servir, quando já não atuem na qualidade de fiscais da lei;
XXVII - oficiar nas ações relativas à posse e guarda de filhos menores, quer entre os pais, quer entre estes e
terceiros;
XXVIII - requerer a nomeação de curador especial aos incapazes, quando os seus interesses colidirem com os
dos pais, tutores e curadores, ressalvada a competência do Juízo da Infância e da Juventude;
XXIX - inspecionar os estabelecimentos onde se achem recolhidos interditos e órfãos, promovendo as medidas
reclamadas pelos seus interesses;
XXX - oficiar em todos os feitos relativos a testamentos e resíduos;
XXXI - oficiar nos feitos em que se discutem cláusulas restritivas impostas em testamentos ou em doações;
XXXII - requerer a exibição de testamento para ser aberto, registrado ou inscrito, no prazo legal;
XXXIII - requerer a intimação dos testamenteiros para prestarem
compromisso;
XXXIV - requerer a remoção dos testamenteiros negligentes ou
prevaricadores, promovendo a prestação de contas, independentemente do prazo fixado pelo testador ou pela lei;
XXXV - requerer a execução de sentença contra os testamenteiros;
XXXVI - impugnar, quando necessário, a nomeação de testamenteiro, feita pelo juiz;
XXXVII - impetrar mandado de segurança e requerer correição parcial, inclusive perante os Tribunais locais, em
matéria afeta à sua área de atuação;
XXXVIII - atender a qualquer do povo, tomando as providências;
XXXIX - exercer outras atividades previstas em lei ou delegadas pelo Procurador-Geral de Justiça;

Art. 60 - Ao membro do Ministério Público, nas Promotorias de Justiça da Fazenda Pública Estadual e da Fazenda
Pública Municipal, compete:

I - intervir nas causas de interesse público, evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte;
II - oficiar nos mandados de segurança impetrados contra atos de autoridades estaduais e municipais, bem como
daquelas que exerçam funções delegadas;
III - oficiar na ação popular, no mandado de injunção e no "habeas data" na forma da lei;
IV - oficiar, como fiscal da lei, nas ações civis públicas propostas pelas Promotorias de Justiça Especializadas do
Consumidor, do Meio Ambiente, da Infância e da Juventude e na proteção e Defesa dos Direitos Constitucionais do
Cidadão;
V - oficiar nas ações de desapropriação;
VI - intervir nas ações de usucapião de competência da Vara de Fazenda Pública;
VII - promovera execução das penas de multa ou de fiança criminais quebradas ou perdidas;
VIII - exercer as funções atribuídas por lei ao Ministério Público, nos feitos de competência da Vara da Fazenda
Pública;
IX - adotar medidas administrativas e judiciais previstas em lei para a defesa e proteção do erário público estadual
e municipal, podendo:

a) promover o inquérito civil e a ação civil pública, na área de sua atuação;


b) representar aos órgãos públicos para adoção das medidas administrativas, nos casos atinentes a sua área de
atuação;
c) propor medidas acautelatórias para evitar abusos ao erário
público;

X - impetrar mandado de segurança e requerer correição parcial, inclusive perante os Tribunais locais, em matéria
afeta à sua área de atribuição;
XI - atender a qualquer do povo, tomando as providências;
XII - exercer outras atividades previstas em lei ou delegadas pelo Procurador-Geral de Justiça.

§ 1.º – Na hipótese de pedido de arquivamento, os autos do inquérito civil ou das peças de informação serão
remetidos, no prazo de três dias, ao Conselho Superior do Ministério Público.

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§ 2.º – Nas causas atinentes a direitos do consumidor, legislação ambiental, criança e adolescente e dos direitos
constitucionais do cidadão, propostas por terceiros, deverá funcionar como fiscal da lei, membro do Ministério Público da
respectiva Promotoria de Justiça, para o que será intimado pessoalmente.

Art. 61 – Ao membro do Ministério Público com atuação nas Promotorias junto aos Juizados Especiais de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher, compete:62
I – propor a ação penal e atuar nas ações, cíveis e penais, em que se caracterizarem atos de violência doméstica
e familiar contra a mulher;
II – requisitar diligências investigatórias e instauração de inquérito policial, bem como requerer a sua devolução
para realização de providências necessárias;
III – requerer o arquivamento dos autos de inquérito ou das peças de informação, quando neles não encontrar os
elementos indispensáveis ao oferecimento da denúncia, observando o disposto no inciso XIX do art. 118 da Lei
Complementar Estadual n.º 011/93;
IV – suscitar conflitos de jurisdição e de atribuições;
V – impetrar habeas corpus, mandados de segurança e requerer correição parcial, perante os Tribunais
competentes;
VI – recorrer, sempre que entender cabível, da decisão que conceder ordem de habeas corpus, indeferir ou revogar
requerimento de prisão preventiva, conceder liberdade provisória ou relaxar prisão em flagrante;
VII – manifestar-se, em casos de prisão em flagrante, quanto à concessão de liberdade provisória;
VII – requerer, nos casos previstos em lei, a prisão temporária;
IX – ser ouvido antes da decisão judicial que decretar prisão temporária mediante representação da autoridade
policial;
X – fiscalizar o cumprimento de mandados de prisão, as requisições e demais medidas determinadas pelos órgãos
judiciais e do Ministério Público;
XI – promover a restauração de autos extraviados ou destruídos;
XII – atender a qualquer do povo, adotando as providências
cabíveis;
XIII – requerer ao juiz a aplicação de medida protetiva de urgência
que obrigue o agressor, quando constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher;
XIV – requerer ao juiz a aplicação da medida protetiva de urgência necessária para segurança da ofendida e de
seus dependentes, bem como para integridade de seus bens;
XV – requisitar, quando necessário, força policial e serviços públicos de saúde, de educação, de assistência social
e de segurança, entre outros;
XVI – fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de atendimento à mulher em situação de violência
doméstica e familiar, e adotar, de imediato, as medidas administrativas ou judiciais cabíveis no tocante a quaisquer
irregularidades constatadas;
XVII – manter, na sede da Promotoria de Justiça, cadastro dos casos de violência doméstica e familiar contra a
mulher, ocorridos na comarca em que oficia;
XVIII – propor medidas administrativas e judiciais no sentido de garantir os direitos fundamentais das mulheres
vítimas de violência ou potencialmente expostas a ela, evidenciados nos artigos 2.º e 3.º da Lei n. 11.340, de 07 de agosto
de 2006;
XIX – propor e participar de ações preventivas de todas as formas de violência contra a mulher, podendo contribuir
com a elaboração de políticas, anteprojetos de lei, campanhas de orientação e educativas, além de outras medidas
referentes à ampliação, fortalecimento ou aperfeiçoamento da rede ou de quaisquer instrumentos de proteção e
atendimento, nos termos do artigo 8.º da Lei n. 11340, de 07 de agosto de 2006;
XX – propor medidas administrativas e judiciais visando à assistência integral (saúde, jurídica, de abrigamento,
psicológica) da mulher vítima de violência ou potencialmente exposta a ela, nos termos do artigo 9.º da Lei 1.340, de 07
de agosto de 2006;
XXI – exercer outras atribuições previstas em lei ou delegadas pelo Procurador-Geral de Justiça, afetas à área de
atuação da Procuradoria de Justiça.

Art. 62 - Ao membro do Ministério Público, no exercício da Promotoria de Ausentes e Incapazes, compete:

I - intervir nas causas em que houver interesses de incapazes, fiscalizando a atuação de seu representante,
podendo, inclusive, quando for o caso, aditar a petição inicial e a contestação, sem prejuízo do eventual oferecimento de
exceções;
II - promover a nomeação e destituição de tutores e curadores e prestação das respectivas contas, bem como a
suspensão e perda do pátrio poder, nos casos não previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente;
III - funcionar em todos os termos de processos contenciosos ou voluntários, ordinários, especiais ou acessórios,
em que houver interesse de incapazes e ausentes;
IV- defender os direitos de incapazes e ausentes nos casos de revelia ou de defesa insuficiente por parte de seus
representantes legais e quando houver conflito de interesses destes com os daqueles;
V - promover a arrecadação ou venda judicial de bens de ausentes, assistindo as diligências para esta finalidade;
VI - assistir à avaliação e ao leilão público de bens em beneficio dos interesses do incapaz;

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VII - promover o recolhimento, aos estabelecimentos indicados por lei, de dinheiro, título de crédito e outros valores
pertencentes ao ausente;
VIII - requerer inventários e arrolamentos em que houver interesses de incapaz, extinto o prazo legal, e funcionar
nos respectivos processos;
IX - requerer a abertura da sucessão provisória ou definitiva do ausente e promover o respectivo processo até o
final;
X - funcionar em todos os termos do inventário ou arrolamento dos bens de ausentes, de habilitação de herdeiros
e justificações devidas que neles se fizerem;
XI – representar a herança do ausente em juízo, defendendo-a nas
causas contra ela movidas, propondo as que tornarem necessárias;
XII - exercer vigilância sobre os bens de ausentes, depositados em juízo ou confiados a Curadores;
XIII - dar ciência às autoridades consulares da existência de herança ou de bens de ausentes estrangeiros;
XIV - prestar contas, em juízo, da administração de valores recebidos das respectivas aplicações, sob pena de ser
considerado em falta grave;
XV - promover o recolhimento a estabelecimento oficial de crédito, de dinheiro, títulos de crédito ou outros valores
pertencentes a ausentes, os quais só poderão ser levantados mediante autorização do juiz;
XVI - atuar nas Varas Cíveis, em especial nos processos de indenização, ou outros, em que haja interesse do
incapaz;
XVII - atuar nos processos de falência e concordata, nos casos previstos na respectiva legislação;
XVIII - intervir nas causas em que houver interesse público, evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da
parte, na área de sua competência;
XIX - intervir em todos os procedimentos de jurisdição voluntária, salvo nos feitos que tramitem nas Varas de
Família e Sucessões;
XX - funcionar como Curador Especial do réu revel, citado por edital ou penhora certa, e que não tenha ciência de
ação que lhe está sendo proposta, bem como a favor do réu preso;
XXI - impetrar mandado de segurança e requerer correição parcial, inclusive perante os Tribunais locais, em
matéria afeta à sua área de atuação;
XXII – atender a qualquer do povo, tomando as providências; XXIII - exercer outras atividades previstas em lei ou
delegadas pelo
Procurador-Geral de Justiça;

Art. 63 - Ao membro do Ministério Público na Promotoria de Justiça de Fundações e Massas Falidas, compete:

I - aprovar minuta de escritura de instituição de fundações e respectivas alterações, fiscalizando o seu registro;
II - elaborar os estatutos das fundações, se não o fizer aquele a quem o instituidor cometeu o encargo;
III - aprovar a prestação de contas dos administradores ou tesoureiros das fundações, requerendo-a judicialmente,
nos termos da lei;
IV - fiscalizar o funcionamento das fundações, para controle da adequação das suas atividades aos fins previstos
em seus atos constitutivos e da legalidade e pertinência dos atos de seus administradores;
V - propor ao Procurador-Geral de Justiça a realização de auditorias e perícias técnicas, correndo as despesas por
conta da entidade fiscalizada;
VI - comparecer, quando necessário, às dependências das fundações e às reuniões dos seus órgãos diretivos,
com a faculdade, de discussão das matérias, nas mesmas condições asseguradas aos integrantes desses órgãos;
VII – promover a remoção de administradores das fundações, nos casos de gestão irregular ou ruinosa e a
nomeação de administrador provisório;
VIII - promover a anulação dos atos praticados pelos administradores das fundações, com infração das normas
legais ou estatutárias, requerendo o seqüestro dos bens irregularmente alienados e outras medidas cautelares;
IX - receber e requisitar relatórios, orçamentos, planos de trabalho, informações, cópias autenticadas de atas, bem
como quaisquer atos ou documentos que interessem à fiscalização das fundações;
X - opinar, previamente, sobre as propostas de alienação ou oneração de bens das fundações;
XI - promover as alterações estatutárias necessárias à consecução dos fins fundacionais;
XII – promover a extinção das fundações, nos casos previstos em
lei;
XIII - oficiar em todos os feitos, contenciosos ou administrativos,
em que houver interesse de fundações.
XIV - oficiar na fase pré-falencial, salvo quando aludida a falência, prosseguindo no feito, presente interesse
público;
XV - oficiar antes do despacho de processamento do pedido de concordata preventiva;
XVI - funcionar nos processos de falência, concordata e seus incidentes, bem como na liquidação extrajudicial de
bancos e demais instituições financeiras;
XVII - assistir à arrecadação de livros, documentos, papéis e bens do falido, bem como à praça ou leilão de bens
da massa;
XVIII - intervir nas ações de interesse da massa ou do
concordatário;

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XIX - oficiar nas prestações de contas do síndico e demais


administradores da massa;
XX - promover a destituição do síndico e do comissário;
XXI - comparecer às assembléias de credores para deliberação sobre o modo de realização do ativo;
XXII - oficiar nos processos de insolvência e seus incidentes, na forma da legislação processual civil;
XXIII - funcionar em todos os termos do processo de liquidação forçada das sociedades de economia coletiva;
XXIV - promover ação penal, nos casos previstos na legislação falimentar e acompanhá-la no Juízo competente;
XXV - impetrar mandado de segurança e requerer correição parcial, inclusive perante os Tribunais locais, na área
de sua atuação;
XXVI - atender a qualquer do povo, tomando as providências;
XXVII - exercer outras atribuições previstas em lei ou delegadas pelo Procurador-Geral de Justiça;

§ 1.º Dos atos extrajudiciais em matéria de Fundações caberá recurso, no prazo de 10 (dez) dias, para o
Procurador-Geral de Justiça.

§ 2.º O disposto neste artigo não se aplica às Fundações instituídas pelo Poder Público e sujeitas a supervisão
administrativa.

Art. 64 - Ao membro do Ministério Público, na Promotoria de Justiça de Registros Públicos, compete;

I - oficiar nos feitos contenciosos e nos procedimentos administrativos relativos a:

a) usucapião de terras do domínio privado;


b) retificação, averbação ou cancelamento de registros imobiliários ou de suas respectivas matrículas;
c) retificação, averbação ou cancelamento de registro civil de pessoas naturais, ressalvada a competência do Juízo
da Infância e Juventude;
d) retificação, averbação ou cancelamento de registros em geral;
e) cancelamento e demais incidentes correcionais dos protestos;
f) trasladação de assentos de nascimento, óbito, e de casamento de brasileiro, efetuados no exterior;
g) justificações que devam produzir efeitos no registro civil das
pessoas naturais;
h) pedidos de registros de loteamento ou desmembramento de
imóveis, suas alterações e demais incidentes, inclusive notificações por falta de registro ou ausência de regular
execução;
i) dúvidas e representações apresentadas pelos oficiais de registros públicos quanto aos atos de seu ofício,
ressalvada a atribuição do Promotor de Justiça de Família e Sucessões;

II - exercer fiscalização permanente sobre as serventias sujeitas à jurisdição dos Juízes de Registros Públicos;
III - exercer outras atribuições que lhe couberem, em conformidade coma legislação pertinente aos registros
públicos;
IV - impetrar mandado de segurança e requerer correição parcial, inclusive perante os Tribunais locais, na área de
sua atuação;
V - atender a qualquer do povo, tomando as providências;
VI - exercer outras atividades previstas em lei ou delegadas pelo Procurador-Geral de Justiça;

Art. 65 - O Promotor de Justiça com atuação na Entrância Inicial exercerá em sua plenitude as atribuições próprias
do Ministério Público, salvo divisão de funções, nas Comarcas onde funcionar mais de um membro da Instituição, por Ato
do Procurador-Geral de Justiça.63

Art. 66 - Quando for incompatível o exercício simultâneo ou sucessivo de duas ou mais Promotorias de Justiça ou
de atribuições cumuladas, o Promotor de Justiça ficará com aquela em que primeiro tiver funcionado, atuando nas outras
os seus substitutos legais.

Parágrafo único - Nas comarcas onde funcionar apenas um membro do Ministério Público, configurada a hipótese
deste artigo, deverá atuar simultânea ou sucessivamente, o Promotor de Justiça da Comarca mais próxima.

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CAPÍTULO IV

DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO NA PROTEÇÃO DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 67 - Compete ao Ministério Público, privativamente, promover o inquérito civil, de ofício ou a requerimento de
qualquer pessoa, por ameaça ou danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico e a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.

Parágrafo único - O procedimento de que trata este artigo será instaurado por portaria ministerial e, para instruí-
lo, ficam asseguradas as prerrogativas dispostas nos arts. 3º e 4º desta Lei, devendo ser registrado em livro próprio e
concluído no prazo de 90 (noventa) dias, prorrogáveis por mais de 30 (trinta), ouvido o Conselho Superior do Ministério
Público.

Art. 68 - Depois de esgotadas todas as diligências, havendo convicção de inexistência de fundamento para a
propositura de ação civil ou da ação penal pública, o órgão do Ministério Público promoverá o arquivamento dos autos de
inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o motivadamente.

§ 1.º Os autos do inquérito civil ou das peças de informação arquivadas serão remetidos, sob pena de incorrer em
falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do Ministério Público;

§ 2.º Poderão as associações legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados aos
autos do inquérito ou anexados às peças de informações, até antes da sessão do Conselho Superior do Ministério Público
que venha apreciar promoção de arquivamento;

§ 3.º A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do Conselho Superior do Ministério
Público, conforme dispõe o inciso XVII do art. 43 desta Lei;

§ 4.º Homologada a promoção de arquivamento, os autos de investigação e peças preliminares, serão devolvidos
às Promotorias Especializadas respectivas.

Art. 69 - Rejeitando o Conselho Superior a promoção de arquivamento, designará desde logo, outro órgão do
Ministério Público, prioritariamente dentre os membros das Promotorias Especializadas na respectiva matéria, para
ajuizamento da ação.

Art. 70 - Será dada divulgação à portaria de instauração de inquérito civil, ao pedido de arquivamento proposto
pela Promotoria Especializada ao Conselho Superior do Ministério Público, bem como à sua deliberação, que serão
publicados na imprensa oficial.

Art. 71 - Compete, ainda, ao Ministério Público, promover a Ação Civil Pública, de oficio, a requerimento de
autoridade judiciária ou de qualquer pessoa, em havendo elementos de convicção suficientes para o seu ajuizamento.

§ 1.º Para instruir a inicial, poderá a Promotoria requerer ás autoridades competentes as certidões e documentos
que julgar necessários, a serem fornecidos no prazo de 10 (dez) dias úteis, sob pena de responsabilidade;

§ 2.º Poderá o Ministério Público propor Ação Cautelar, para assegurar a realização do direito ameaçado e o receio
de lesão;

§ 3.º No curso da ação poderá o Ministério Público, se necessário, requisitar perito assistente de órgãos municipais,
estaduais ou federais e entidades da administração direta, indireta ou fundacional, na forma das garantias institucionais
previstas nos arts. 3º e 4º desta Lei, sob pena de responsabilidade.

Art. 72 - Nas ações intentadas pelas Promotorias Especializadas, funcionará como fiscal da lei um dos Promotores
de Justiça em exercício na respectiva Vara da Fazenda Pública.

Parágrafo único - Quando a ação for proposta perante Vara Cível, o


"custos legis" será designado pelo Procurador-Geral de Justiça.

Art. 73 - Nas ações propostas pelos demais legitimados ativos, funcionará, como fiscal da lei, membro da respectiva
Promotoria Especializada, para o que deverá ser intimado pessoalmente.

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Art. 74 - Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público
assumirá a titularidade ativa.

Art. 75 - Deverá o Ministério Público promover a execução da sentença condenatória da ação civil pública proposta
por associação, quando esta deixar de fazê-lo, decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em julgado.

Art. 76 - Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre o Ministério Público Estadual com o da União, do Distrito
Federal e dos demais Estados da Federação, na defesa dos interesses deste Capítulo.

Art. 77 - Permitir-se-á, ainda, propositura de ações conjuntas com o Ministério Público Federal.

Art. 78 - Recorrerá o membro do Ministério Público de todas as decisões contrárias aos interesses tutelados neste
Capítulo, representados na 1º instância pelas Promotorias Especializadas e, na 2ª instância, pelo Procurador de Justiça
competente.

Art. 79 - O acordo extrajudicial restringir-se-á às hipóteses permitidas em lei.

SEÇÃO II

DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA ESPECIALIZADA NA PROTEÇÃO E DEFESA DO MEIO AMBIENTE E


PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Art. 80 - Compete aos Promotores de Justiça na Promotoria de Justiça Especializada na proteção e defesa do
meio ambiente e patrimônio histórico, além das atribuições gerais previstas no art. 4º desta Lei:

I - promover medidas administrativas e judiciais, previstas em lei, para a defesa e proteção do meio ambiente,
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
II - tomar medidas acautelatórias e preventivas para conservação e preservação do meio ambiente natural e
artificial para as gerações presentes e futuras e para mantença do meio ambiente ecologicamente equilibrado;
III - exigir e acompanhar estudo prévio de impacto ambiental para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, considerando-se impacto ambiental, para esse
fim, qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma
de matéria ou energia, resultantes das atividades humanas que direta ou indiretamente afetam:

a) a saúde, a segurança e o bem-estar da população;


b) as atividades sociais e econômicas;
c) a biota;
d) a condição estética e sanitária do meio ambiente;
e) a qualidade dos recursos ambientais.

IV - ter acesso aos Relatórios de Impacto Ambiental (Rima), solicitando, sempre que julgar necessário, a realização
de audiência pública;
V - sempre que tiver noticia de ameaça ou de agressão aos bens tutelados nesta Seção reveladores de ilícitos civil
ou penal, reduziras declarações a termo, que serão assinadas à final, pelo interessado, podendo tomar as seguintes
providências:

a) instaurar procedimento administrativo prévio;


b) promover o Inquérito Civil;
c) promover, fundamentadamente, o arquivamento do inquérito civil, encaminhando-o de ofício, ao Conselho
Superior, na forma do inciso XVII do art. 43 desta Lei;
d) verificada a veracidade dos fatos noticiados, propor a ação civil pública e, em havendo infração penal, promover
o encaminhamento para distribuição a uma das Varas Criminais, via Procurador-Geral de Justiça;

VI - criados os Conselhos Estaduais ou Municipais de Política Ambiental, participar, obrigatoriamente, como


membro nato;
VII - funcionar como litisconsorte passivo necessário nas ações que visem anular leis ou atos, emanados do Poder
Público, destinados à proteção de patrimônio natural, histórico, turístico, cultural e paisagístico;
VIII - propor ao Procurador-Geral de Justiça acordos, convênios, estudos, palestras, ações conjuntas com órgãos
e entidades públicas e privadas, pesquisadores, cientistas, especialistas, mestres e doutores, universidades nacionais e
internacionais, na busca de aperfeiçoamento, informação, auxílio técnico, a fim de melhor promovera tutela dos bens e
interesses ambientais.

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IX - impetrar mandado de segurança e requerer correição parcial, inclusive perante os Tribunais locais, na área de
sua atribuição;
X - atender a qualquer do povo, tomando as providências;
XI - exercer outras atividades previstas em lei ou delegadas pelo Procurador-Geral de Justiça.

SEÇÃO III

DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA ESPECIALIZADA NA PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 81 - Compete aos Promotores de Justiça na Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa do
Consumidor, além das atribuições gerais previstas no artigo 4º, desta Lei;

I - promover medidas administrativas e judiciais, previstas em lei, para a defesa e proteção dos consumidores;
II - tomar medidas acautelatórias e preventivas para coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados
contra consumidores, podendo adotar as seguintes medidas:

a) receber reclamações apresentadas por consumidores, entidades ou pessoas jurídicas de direito público ou
privado;
b) instaurar processo administrativo, reduzindo a termo as declarações dos interessados;
c) instaurar inquérito civil;
d) promover, fundamentadamente, o arquivamento do inquérito civil, encaminhando, de ofício ao Conselho
Superior, na forma do inciso XVII, do art. 43 desta Lei;
e) ajuizar, quando necessário, ações cautelares;
f) propor ação civil pública ou coletiva e, em havendo infração penal, promover o encaminhamento para distribuição
a uma das Varas Criminais, via Procurador-Geral de Justiça;
g) encaminhar peças de processos aos Órgãos competentes, requisitando a adoção de medidas administrativas
atinentes à sua área de atuação;
h) promover acordo extrajudicial.

III - orientar e informar fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres contidos no Código de
Defesa do Consumidor e legislações correlatas;
IV - adotar as providências cabíveis na esfera penal, nos casos de parcelamento (loteamento e desmembramento)
do solo urbano, irregularidade de loteamento, quando houver noticias da ocorrência das infrações penais previstas nos
artigos 50 e 52 da Lei 6.766 de 19.12.79.
V - ter assento nos Conselhos Estaduais e Municipais de Defesa do Consumidor, como membro nato;
VI - propor ao Procurador-Geral de Justiça acordos, convênios, estudos, palestras, ações conjuntas com órgãos,
entidades públicas e privadas, especialistas, mestres e doutores, universidades nacionais e internacionais, na busca de
aperfeiçoamento, informação, auxílio técnico, a fim de melhor promover a tutela dos bens e interesses do consumidor;
VII - contactar órgãos e entidades locais relacionados com sua área de atuação, visando à obtenção de dados,
perícias, estudos e pareceres, bem como à atuação conjunta no zelo pelo cumprimento de normas atinentes à saúde,
qualidade e segurança de produtos e serviços, oferta e publicidade, condições gerais de contrato e questões pertinentes;
VIII - impetrar mandado de segurança e requerer correição parcial, inclusive perante os Tribunais locais, na área
de sua atribuição;
IX - atender a qualquer do povo, tomando as providências;
X - exercer outras atribuições previstas em lei ou delegadas pelo Procurador-Geral de Justiça.

Parágrafo único - No caso de reclamação individual de consumidor, em Comarcas, onde não haja órgãos próprios
de atuação na área, nem Juizados Informais de Conciliações ou Juizados Especiais de Pequenas Causas, o membro do
Ministério Público, com atribuições de que trata este capítulo, deverá proceder na forma da letra "c", inciso VI, do art. 82
e parágrafo único do inciso VII, do art. 82 desta Lei.

SEÇÃO IV

DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA ESPECIALIZADA NA PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS


CONSTITUCIONAIS DO CIDADÃO

Art. 82 - Compete aos Promotores de Justiça na Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa dos
Direitos Constitucionais do Cidadão exercer o atendimento ao público, sempre reduzindo a termo as declarações
prestadas pelo noticiante, adotando o seguinte procedimento:

I - promover medidas administrativas e judiciais, previstas na Lei 7.853, de 24 de outubro de 1989, que assegurem
o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência e sua efetiva integração social;
II - intervir, obrigatoriamente, nas ações públicas, coletivas e individuais, em que se discutam interesses
relacionados à deficiência das pessoas;

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III - sempre que tiver notícia de ameaça ou lesão a deficientes e atos discriminatórios e de preconceito à pessoa
deverá reduzir as declarações a termo, que será assinado, à final, pelo interessado, podendo tomar as seguintes
providências:

a) promover o inquérito civil;


b) propor o arquivamento ao Conselho Superior;
c) verificada a veracidade dos fatos noticiados, propor ação civil pública e, em havendo infração penal, previstas
na Lei 8.081/90, bem como nos termos de Constituição Federal, promover o encaminhamento para distribuição a uma
das Varas Criminais, via Procurador-Geral de Justiça;

IV - promover procedimento administrativo para comprovação do exercício de atividade rural, nos termos do art.
106, incisos III e IV da Lei n° 8.213/91, podendo:

a) ratificar declaração de trabalho rural do interessado em seu aspecto formal, quando não firmada por sindicato;
b) homologar, de acordo com o inciso III, art. 106, da Lei nº 8.213/91, a declaração fornecida pelo Sindicato dos
Trabalhadores Rurais.

V - proceder atendimento ao público, tomando as providências necessárias e encaminhando aos órgãos


competentes;
VI - referendar acordos que envolvam interesses de pessoas capazes e versem sobre o objeto disponível e, para
esse fim, adotar o seguinte procedimento:

a) notificar o reclamado, nos termos das atribuições gerais desta Lei, consignando as suas declarações;
b) tentar obter a conciliação das partes;
c) promover a redução de acordo e de suas bases a escrito, bem como as sanções, em havendo descumprimento;
d) apor no fecho dizeres que consubstanciem o referendo ministerial, com remissão ao preceito legal invocado,
assinatura dos acordantes e do membro do Ministério Público, valendo como título executivo extrajudicial;
e) observar que o acordo deverá, para plena eficácia do título, revestir-se da característica de liquidez, ou seja,
obrigação certa, quanto à sua inexistência e, determinada quanto ao seu objeto (art. 1.533 do CC);
f) registrar em livro próprio, arquivando-se uma cópia de acordo para fins probatórios;
g) nos casos de descumprimento dos acordos extrajudiciais, encaminhar os interessados à Defensoria Pública,
para que sejam executados na forma legal.

VII - orientar os necessitados a pleitearem justiça gratuita, através da Defensoria Pública, ou, conforme o caso,
encaminhar ao Juizado de Pequenas Causas, não sendo possível a conciliação.
VIII - impetrar mandado de segurança e requerer correição parcial, inclusive perante os Tribunais locais, na área
de sua atuação;
IX - propor ação cível reparatória do dano "ex delicto" e a execução, no cível, do julgado criminal, quando pobre o
titular de direito;
X - exercer outras atividades previstas em lei ou delegadas pelo Procurador-Geral de Justiça.
XI - Prestar assistência judiciária, ajuizando as ações pertinentes onde não houver órgão próprio e nem advogado
disponível para patrocínio.

Art. 83 - É dever do membro do Ministério Público no exercício


destas funções:

I - não se envolver com o fato narrado, adotando postura imparcial, isenta de ânimos, buscando sempre a verdade
objetiva;
II - tratar com urbanidade e serenidade as autoridades, advogados e demais pessoas que recorrerem a esta
Promotoria;
III - não atender casos em que um dos interessados for parente ou mantiver relacionamento a qualquer título;
IV - não antecipar a solução da contenda antes de ouvir a outra
parte interessada;
V - não impor solução, ainda que pareça a melhor e a mais justa.

Art. 84 - Enviar a Corregedoria Geral, Relatório Mensal de Atividades, fornecendo dados estatísticos acerca do
número de pessoas atendidas, soluções adotadas e todas e quaisquer informações que entender importantes.

Art. 85 - Propor ao Procurador-Geral de Justiça acordos, convênios, ações conjuntas com órgãos e entidades
públicas e privadas, incluindo-se os demais Estados da Federação, universidades e organismos nacionais e
internacionais, na busca de aperfeiçoamento, informação, auxílio técnico, a fim de melhor atendera coletividade.

Art. 86 - Compete, ainda, ao membro do Ministério Público com atribuições nesta Promotoria Especializada atuar
junto ao Juizado Especial de Pequenas Causas, devendo:

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I - intervir na composição amigável de conflitos de interesse nos casos previstos na Lei Federal nº 7.244, de
07.09.84, como fiscal da Lei.
II - recorrer nas causas em tramitação no Juizado Especial de Pequenas Causas, com exceção das sentenças
homologatórias e das que a lei específica considerar incabíveis.

Art. 87 - Aplica-se ao membro do Ministério Público junto ao Juizado Especial de Pequenas Causas as
determinadas contidas no art. 83 desta Lei.

SEÇÃO V

DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA ESPECIALIZADA NO CONTROLE EXTERNO DA ATIVIDADE POLICIAL

Art. 88 - O Ministério Público exercerá o controle externo da atividade policial através de medidas administrativas
e judiciais, visando a assegurar a indisponibilidade da persecução penal, prevenção e correção de ilegalidades, do abuso
de poder e de autoridade.

Art. 89 - São atribuições do membro do Ministério Público na Promotoria de Justiça no controle Externo da Atividade
Policial;

I - fiscalizar as delegacias policiais, cadeias públicas anexas e estabelecimentos prisionais da Polícia Militar, onde
terá acesso livre às instalações e às celas, para verificação da ilegalidade das prisões;
II - inspecionar os livros obrigatórios das Policias Civil e Militar, fazendo análise comparativa entre o Livro de
Registro de Ocorrências e o Livro de Registro de Inquéritos Policiais;
III - examinar autos de flagrante e de inquéritos, tomando providências no sentido de promover seu andamento,
podendo requisitar diligências necessárias à formação da convicção para o exercício de initio litis;
IV - ter acesso ao indiciado preso, em qualquer circunstância;
V - ter acesso a quaisquer documentos ou registros relativos à atividade policial e às coisas apreendidas;
VI - requisitar providências para sanar omissão que entenda indevida ou para prevenir e corrigir ilegalidade ou
abuso de poder;
VII - requisitar informações sobre inquérito policial não ultimado no prazo legal, a serem prestadas em 5 (cinco)
dias, sob pena de responsabilidade;
VIII - verificar a prática de qualquer outra irregularidade ou ilícito, tomando as providências que se fizerem
necessárias;
IX - apurar noticias de ilícitos praticados por policiais em procedimentos administrativos do Ministério Público;
X - requisitar diligências para instruir os procedimentos administrativos, na forma dos artigos 3º e 4º desta Lei;
XI – enviar as peças informativas de pedido de arquivamento ao Conselho Superior do Ministério Público, verificada
a inexistência de irregularidades ou de ilícito penal;
XII - encaminhar à Corregedoria Geral de Polícia ou o Comando da Polícia Militar os autos de investigação,
comprovada a veracidade de infração disciplinar;
XIII - encaminhar autos administrativos investigatórios ao
Procurador-Geral de Justiça, para distribuição a um dos Promotores de Justiça Criminal ou da Auditoria Militar,
nos casos de infração penal, para as providências legais;
XIV - tomar providências imediatas, em casos urgentes, acompanhando o noticiante, se necessário, para lavratura
de flagrante, internação em hospital de pessoas vitimas de crime ou violência policial e outras medidas que julgar
relevantes;
XV - manter plantão de atendimento ao público, o que deverá ser amplamente divulgado;
XVI - impetrar “habeas corpus” e mandado de segurança perante o juízo competente, sempre que se fizer
necessário.

§ 1.º Após o expediente forense e nos finais de semana, estas atribuições serão exercidas pelo Promotor de Justiça
do Plantão Criminal;

§ 2.º Nas Comarcas do Interior, esta atividade será exercida na forma do art. 65 desta Lei.

Art. 90 - Deverá o membro do Ministério Público com atuação no controle externo da atividade policial, apresentar
Relatório Mensal à Corregedoria Geral contendo, além de outras informações que entender necessárias, os seguintes
dados estatísticos;

I - ocorrências policiais, discriminando quantos fatos noticiados resultaram em inquéritos policiais, por portaria ou
flagrante e quantos apenas se cingiram a investigações preliminares

II - os inquéritos policiais devolvidos pela Justiça, esclarecendo quanto ao cumprimento das diligências requeridas;

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III - prisões temporárias, preventivas e em flagrante efetuadas pela autoridade policial, esclarecendo as medidas
tomadas quanto às prisões irregulares.

Art. 91 - Nenhuma autoridade policial ou seus agentes, sob pena de responsabilidade, poderá obstar ao Ministério
Público qualquer pedido de informação sobre presos, investigações e inquéritos policiais.

Art. 92 - A prisão de qualquer pessoa, por parte de autoridade estadual, deverá ser comunicada imediatamente ao
Ministério Público com indicação do lugar onde se encontra o preso e cópia dos documentos comprobatórios da legalidade
da prisão.

SEÇÃO VI64

Art. 92-A - As atribuições das demais Promotorias de Justiça e dos cargos dos Promotores de Justiça que as
integram serão estabelecidas mediante proposta do Procurador-Geral de Justiça, aprovada pela maioria absoluta dos
membros do Colégio de Procuradores de Justiça.

Parágrafo único. A exclusão, inclusão ou outra modificação nas atribuições de quaisquer das Promotorias de
Justiça ou dos cargos de Promotor de Justiça que as integram serão efetuadas mediante proposta do Procurador-Geral
de Justiça, aprovada pela maioria absoluta dos membros do Colégio de Procuradores de Justiça.

CAPÍTULO V

DOS ÓRGÃOS AUXILIARES

SEÇÃO I

DO CENTRO DE APOIO OPERACIONAL

Art. 93 -. O Centro de Apoio Operacional é o órgão Auxiliar da atividade funcional do Ministério Público, dirigido
pelo Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Administrativos. 65

Art. 94 - Ficam criados 08 (oito) Centros de Apoio Operacional a serem regulamentados por Ato do Procurador-
Geral de Justiça, cabendo-lhe, ainda, designar seus dirigentes, dentre os integrantes da Carreira, bem como dotá-lo dos
serviços auxiliares necessários ao desempenho de suas funções. 66

Parágrafo único – O Procurador-Geral de Justiça, por imperiosa necessidade de serviço, poderá, por Ato, criar
outros Centros de Apoio Operacional.67

Art. 95 - Compete ao Centro de Apoio Operacional do Ministério


Público:

I - apresentar ao Procurador-Geral de justiça sugestões para a elaboração da política institucional e de programas


específicos;
II - executar planos e programas com cada Grupo de Apoio Operacional, em conformidade com as diretrizes
fixadas;
III – executar as políticas nacional e estadual de cada Grupo de Apoio Operacional; 68
IV - colaborar com os Poderes Públicos ou órgãos privados em campanhas educacionais;
V - prestar atendimento, orientação e manter intercâmbio com entidades públicas ou privadas que, direta ou
indiretamente, promovam o estudo ou a proteção dos bens, valores ou interesses que lhes incumbe defender;
VI - sugerir a realização de convênios e zelar pelo cumprimento das obrigações firmadas;
VII - propor a edição de normas, atos e instruções objetivando o aperfeiçoamento dos serviços do Ministério
Público;
VIII - estimular a integração e o intercâmbio entre órgãos de execução, inclusive para efeito de atuação conjunta
ou simultânea, quando cabível;
IX - prestar auxílio aos órgãos de execução do Ministério Público na instrução de inquéritos civis ou no
desenvolvimento de medidas processuais;
X - desenvolver estudos e pesquisas, criando ou sugerindo a composição de grupos e comissões de trabalho;
XI - remeter informações técnico-jurídicas, sem caráter vinculativo, aos órgãos de execução;
XII - apresentar ao Procurador-Geral de Justiça Relatório Anual das Atividades dos Grupos de Apoio Operacional.

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SEÇÃO II

DA COMISSÃO DE CONCURSO

Art. 96 - A Comissão de Concurso, órgão auxiliar de natureza transitória, incumbe realizar a seleção de candidatos
ao ingresso na carreira do Ministério Público, observado § 3º art. 12º, da Constituição Federal.

Parágrafo único - A constituição da Comissão de Concurso obedecerá ao previsto nos artigos 214 a 217 desta Lei.

SEÇÃO III

DO CENTRO DE ESTUDOS E APERFEIÇOAMENTO FUNCIONAL

Art. 97 - O Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional, órgão auxiliar do Ministério Público, tem por Chefe
um membro do Ministério Público, em exercício, e destina-se ao aprimoramento cultural e profissional dos membros da
Instituição, de seus auxiliares e funcionários, bem assim a melhor execução de seus serviços e a racionalização de seus
recursos materiais. 69

Parágrafo único – Ato do Procurador-Geral de Justiça disciplinará a organização, funcionamento, atribuições e


designará a direção do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional. 70

SEÇÃO IV

DOS ÓRGÃOS DE APOIO ADMINISTRATIVO

Art. 98 - Os órgãos e serviços auxiliares de apoio administrativo obedecerão ao quadro próprio de carreiras
estabelecidas na lei que disciplina a estrutura administrativa da Procuradoria Geral de Justiça.

SEÇÃO V

DOS ESTAGIÁRIOS

Art. 99 - O estagiário do Ministério Público, estudante do 5.º período do curso de graduação em Direito, ou o
correspondente, se o regime for anual, designado pelo Procurador-Geral de Justiça, exercerá encargos auxiliares dos
órgãos da Instituição, por período não superior a 02 (dois) anos, consecutivos ou alternados.71

§ 1.º Incumbe ao Estagiário:

I - permanecer no fórum durante o horário que lhe for fixado;


II - seguir, a orientação do Promotor de Justiça junto ao qual servir; III - auxiliar o Promotor de Justiça no exame
de autos e papéis,
realização de pesquisa, organização de notas, fichários e controle de recebimento e devolução de autos;
IV - comparecer às audiências e às sessões do júri, auxiliando o Promotor de Justiça no que for necessário;
V - dar ciência ao Promotor de Justiça das irregularidades que observar no desempenho de suas atribuições;
VI - prover os serviços administrativos gerais da Promotoria;
VII - apresentar ao CEAF, mensalmente, relatório de suas atividades funcionais.72

§ 2.º Ao Estagiário é vedado o exercício da advocacia, sob pena de


dispensa.

§ 3.º O Estagiário poderá ser dispensado, a qualquer tempo a seu pedido ou ao juízo do Procurador-Geral.

§ 4.º O Estagiário não terá vínculo empregatício com o Estado.

§ 5.º REVOGADO.73

Art. 100 - O Procurador-Geral de Justiça regulamentará a seleção dos estagiários, ficando o exercício de suas
atividades sob a supervisão do CEAF.74

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CAPÍTULO VI

DO CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES

Art. 101 - Quando dois ou mais membros do Ministério Público se manifestarem, positiva ou negativamente, sobre
a titularidade de atribuições, o conflito será resolvido pelo Procurador-Geral de Justiça.

Parágrafo único - Na solução do conflito, salvo expressa disposição legal em contrário, terá preferência o membro
do Ministério Público que atuar junto à Comarca ou Vara competente para conhecer da matéria.

CAPÍTULO V

DOS IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÕES

Art. 102 - É defeso ao membro do Ministério Público exercer as suas atribuições em processo ou procedimento:

I - em que seja parte ou, de qualquer forma, interessado;


II - em que interveio como representante da parte, oficiou como perito, funcionou como Juiz ou prestou depoimento
como testemunha;
III - no qual haja anteriormente funcionado em outro grau de
jurisdição;
IV - em que for interessado, o cônjuge, parente consangüíneo ou
afim, em linha reta ou na colateral até o 3.º (terceiro) grau;
V - em que tenha postulado como advogado de qualquer das pessoas mencionadas no item anterior;
VI - em que funcione, ou haja funcionado, como Juiz, membro do Ministério Público, autoridade policial, ou
Auxiliar de Justiça, qualquer das pessoas mencionadas no item IV.
VII - nos casos previstos na legislação processual;

Art. 103 - O membro do Ministério Público não poderá participar de Comissão ou banca de Concurso, intervir no
seu julgamento, e votar sobre organização de lista para nomeação, promoção ou remoção, quando concorrer seu cônjuge
ou parente consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 3° (terceiro) grau.

Art. 104 - Não poderão integrar o Colégio de Procuradores e o Conselho Superior do Ministério Público os cônjuges
e parentes consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

Parágrafo único - O membro do Ministério Público fica impedido de concorrer à eleição, para integrar o Conselho
Superior do Ministério Público, quando quaisquer das pessoas mencionadas no artigo anterior, ocuparem os cargos de
Procurador-Geral de Justiça, Subprocurador-Geral de Justiça e Corregedor-Geral.

Art. 105 - O membro do Ministério Público não poderá servir em órgão junto a Juízo do qual seja titular qualquer
das pessoas mencionadas no artigo anterior.

Art. 106 - O membro do Ministério Público dar-se-á por suspeito ou impedido, obrigatoriamente, nos casos previstos
na legislação processual.

Art. 107 - Poderá, ainda, o membro do Ministério Público declarar- se suspeito por motivo de ordem íntima que o
iniba de funcionar.

Art. 108 - Aplicam-se ao Procurador-Geral de Justiça as disposições sobre impedimento e suspeição, cabendo-lhe
dar ciência do fato ao seu substituto legal, para os devidos fins.

CAPÍTULO VI

DAS SUBSTITUIÇÕES

Art. 109 - Os membros do Ministério Público, em seus impedimentos, suspeições e faltas ocasionais, substituir-se-
ão entre si, automaticamente, segundo critérios estabelecidos pelo Procurador-Geral de Justiça.

Art. 110 - Nos casos de afastamentos em razão de férias, licença ou qualquer outro motivo, a substituição, que
terá caráter excepcional e temporário, far- se-á por Ato do Procurador-Geral de Justiça, mediante:

I - ampliação de competência, quando se tratar de substituição entre membros do Ministério Público da mesma
Entrância; 75

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II - convocação de Promotor de Justiça de entrância inferior para substituir Promotor da Entrância imediatamente
superior.76
III - convocação de Promotor de Justiça da mais elevada entrância para substituir Procurador de Justiça, mediante
solicitação da respectiva Procuradoria.

§ 1.º A substituição prevista no inciso I deste artigo será remunerada na forma do caput do art.283 desta Lei;77

§ 2.º A substituições previstas nos incisos II e III deste artigo serão remuneradas na forma do art.284 desta Lei;78

§ 3.º O direito a remuneração das substituições se dará mediante comprovação dos trabalhos realizados, através
de relatório circunstanciado.

§ 4.º A convocação de Promotor de Justiça, nas hipóteses dos incisos II e III deste artigo, recairá prioritariamente
sobre o membro mais antigo das Entrâncias Inicial ou Final, respectivamente.79

Art. 111 - Os Procuradores de Justiça também substituir-se-ão entre si, nos casos de afastamento superior a 30
(trinta) dias, segundo critérios estabelecidos pelo Procurador-Geral de Justiça.

TÍTULO III

DAS GARANTIAS E PRERROGATIVAS

Art. 112. - Os membros do Ministério Público como agentes políticos sujeitam-se a regime jurídico especial e têm
as seguintes garantias:

I - vitaliciedade, após (02) dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial
transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do Conselho Superior, por voto de 2/3
(dois terços) de seus membros, assegurada ampla defesa;
III - irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art.271 desta Lei, e ressalvado o disposto nos arts. 37,
X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2.º, I, da Constituição Federal.80

§ 1.º O membro vitalício do Ministério Público somente perderá o cargo, por sentença judicial transitada em julgado,
proferida em ação civil própria, nos seguintes casos:

I - prática de crime incompatível com o exercício do cargo, após decisão judicial transitada em julgado;
II - exercício da advocacia;
III - abandono do cargo por prazo superior a 30 (trinta) dias
corridos.

§ 2.º A ação civil para a decretação da perda do cargo dos membros vitalícios será proposta pelo Procurador-Geral
de Justiça perante o Tribunal de Justiça, após autorização do Colégio de Procuradores.

§ 3.º Por motivo de interesse público, o Conselho Superior do Ministério Público poderá determinar, pelo voto de
2/3 (dois terços) de seus integrantes, o afastamento cautelar de membro do Ministério Público, durante o curso da ação
ou do processo administrativo, sem prejuízo de seus vencimentos.

Art. 113 - A perda da vitaliciedade prevista no inciso 1, do artigo anterior, obedecerá ao procedimento e as
formalidades desta Lei.

Art. 114 - Em caso de extinção do órgão de execução, da Comarca ou mudança da sede da Promotoria de Justiça,
será facultado ao Promotor de Justiça remover-se para outra Promotoria de igual entrância ou categoria, ou obter a
disponibilidade dos vencimentos integrais e a contagem do tempo de serviço como se estivesse em exercício.

Parágrafo único - Na hipótese deste artigo aplicam-se os direitos e vedações dispostos nos parágrafos do Art. 326,
desta Lei:

Art. 115 - Os membros do Ministério Público serão processados e julgados originariamente pelo Tribunal de Justiça,
nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

Art. 116 - Além das garantias asseguradas pela Constituição, os membros do Ministério Público gozarão das
seguintes prerrogativas:

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I - receber o mesmo tratamento jurídico e protocolar dispensado aos membros do Poder Judiciário junto aos quais
oficiarem;
II - usar as vestes talares e as insígnias privativas do Ministério Público, que terão seu modelo fixado por ato do
Procurador-Geral de Justiça;
III - tomar assento imediatamente à direita e no mesmo plano dos Juízes de primeira instância ou do Presidente
do Tribunal, Câmara ou Turma, onde desempenhar suas funções;
IV - ter vista dos autos após distribuição às Varas, Turmas, Câmaras e intervir nas sessões de julgamento de
processos que lhe forem afetos, para sustentação oral ou esclarecimento de matéria de fato;
V - receber intimação pessoal em qualquer processo e grau de jurisdição, através da entrega dos autos com vista,
sob pena de nulidade;
VI - ser ouvido, como testemunha ou ofendido, em qualquer processo ou inquérito, em dia, hora e local previamente
ajustados com o Juiz ou com a autoridade competente;
VII - não estar sujeito a intimação ou convocação para comparecimento, exceto se expedido pela autoridade judicial
ou por órgão de Administração Superior do Ministério Público competente, ressalvadas as hipóteses constitucionais e
obedecido o disposto no inciso VI, deste artigo;
VIII - não ser preso, senão por ordem judicial escrita salvo em flagrante de crime inafiançável, caso em que a
autoridade, sob pena de responsabilidade, fará imediata comunicação e apresentação do membro do Ministério Público
ao Procurador Geral de Justiça;
IX - ser custodiado ou recolhido à prisão domiciliar à sala especial do Estado Maior, por ordem e a disposição do
Tribunal competente, quando sujeito a prisão antes do julgamento e, após o julgamento, se condenado, permanecerem
dependência separada do presídio;
X - gozar de inviolabilidade pelas opiniões que externa ou pelo teor de suas manifestações processuais ou
procedimentais, nos limites de sua independência funciona;
XI - ingressar e transitar livremente:

a) nas salas de sessões dos Tribunais, mesmo além dos limites que separam a parte reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, tabelionatos, ofícios de Justiça, inclusive dos
registros públicos, delegacias de polícia e estabelecimentos de internação coletiva;
c) em qualquer recinto público ou privado, ressalvada a garantia constitucional de inviolabilidade de domicílio, onde
deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício de suas funções;

XII - examinar, em qualquer Juízo ou Tribunal, autos de processos findos ou em andamento, ainda que conclusos
à autoridade, podendo copiar peças, tomar apontamentos e adotar outras providências;
XIII - examinar, em qualquer repartição policial, autos de flagrante ou inquérito, findos ou em andamento, ainda
que conclusos à autoridade, podendo copiar peças, tomar apontamentos e adotar outras providências;
XIV - ter acesso ao indiciado preso, a qualquer momento, mesmo quando decretada a sua incomunicabilidade;
XV - agir em Juízo ou fora dele com dispensa de emolumentos e custas, quando no exercício de suas funções;
XVI - exercer os direitos à livre associação sindical e de greve, nos termos do art. 37, incisos VI e VII, da
Constituição Federal;
XVII - ter acesso a quaisquer documentos ou registros relativos à atividade policial;
XVIII - requisitar à autoridade competente a abertura de sindicância ou inquérito sobre a omissão ou fato ilícito
ocorridos no exercício da atividade policial, acompanharas investigações e produzir provas;
XIX - requisitar informações, a serem prestadas em 48 (quarenta e oito) horas sobre inquérito policial não ultimado
no prazo legal, podendo requisitar a imediata remessa do dito procedimento, no estado em que se encontra;
XX - ter assegurado o direito de acesso, retificação e complementação dos dados e informações relativas a sua
pessoa, existentes nos órgãos de Instituição.

Parágrafo único - Quando, no curso de investigações, houver indicio de prática de infração penal por membro do
Ministério Público, a autoridade policial civil ou militar, remeterá imediatamente, sob pena de responsabilidade, os
respectivos autos ao Procurador-Geral de Justiça, a quem compete dar prosseguimento à apuração.

Art. 117 - Aos membros do Ministério Público, no exercício ou em razão das funções de seus cargos serão
assegurados:

I - o uso de Carteira de Identidade Funcional, expedida pelo Procurador-Geral de Justiça, valendo em todo o
território nacional como cédula de identidade e porte de arma, independentemente de qualquer ato formal de autorização
ou registro;
II - a prestação de auxílio ou colaboração por parte das autoridades administrativas, policiais e seus agentes,
sempre que lhes for solicitado;
III - dispor, nas comarcas onde servir de instalações próprias e condignas, no edifício do foro;

Parágrafo único - Ao membro do Ministério Público aposentado é assegurada, em razão das funções que exerceu,
Carteira de Identidade Funcional, expedida em modelo próprio.

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TÍTULO IV

DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I

DOS DEVERES E VEDAÇÕES

SEÇÃO I

DOS DEVERES

Art. 118 - São deveres dos membros do Ministério Público, além de outros previstos em lei:

I - manter conduta ilibada e irrepreensível nos atos de sua vida pública e privada;
II - zelar pelo prestígio dos Poderes constituídos, do Ministério Público, por suas prerrogativas, pela dignidade de
seu cargo e funções, pelo respeito aos Magistrados, Advogados e membros da Instituição;
III - indicar os fundamentos jurídicos de seus pronunciamentos processuais, elaborando relatório em sua
manifestação final ou recursal;
IV - obedecer, rigorosamente, aos prazos processuais, justificando os motivos de eventual atraso;
V - atender ao expediente forense e assistir aos atos judiciais, quando obrigatória ou conveniente a sua presença;
VI - usar, obrigatoriamente, vestes talares nas sessões do Colégio de Procuradores de Justiça, Audiências e nos
julgamentos perante os Tribunais, inclusive do Júri;
VII - trajar-se adequadamente e na conformidade das tradições forenses, quando do comparecimento à
Procurador-Geral de Justiça, ou em solenidade promovida pela Instituição, bem como, no exercício da função, a qualquer
repartição pública;
VIII - desempenhar, com zelo e presteza, as suas funções; IX - declarar-se suspeito ou impedido, nos termos da
lei;
X - adotar, nos limites de suas atribuições, as providências cabíveis em face de irregularidades de que tenha
conhecimento ou que ocorra nos serviços a seu cargo;
XI - tratar com urbanidade as partes, testemunhas, funcionários e auxiliares da Justiça;
XII - residir, se titular, na respectiva Comarca, salvo autorização expressa do Procurador-Geral de Justiça;
XIII - atender com presteza as solicitações dos demais membros do Ministério Público;
XIV - prestar informações solicitadas pelos órgãos da Instituição;
XV - prestar assistência judiciária onde não houver órgão próprio e orientação jurídica, sempre que solicitada, aos
necessitados;
XVI - guardar sigilo funcional quanto à matéria dos procedimentos judiciais e extrajudiciais que tramitem em
segredo de Justiça;
XVII - acatar, no plano administrativo, as decisões dos Órgãos da Administração Superior do Ministério Público;
XVIII - representar ao Procurador-Geral de Justiça sobre irregularidades que afetem o bom
desempenho de suas atribuições;
XIX - encaminhar ao Corregedor-Geral do Ministério Público, em 48 (quarenta e oito) horas, cópia dos pedidos de
arquivamento de inquéritos policiais; XX - atender aos interessados, a qualquer momento, nos casos
urgentes;
XXI - dedicar-se plena e exclusivamente a atribuições afetas ao
Ministério Público, excetuados os casos previstos em lei;
XXII - identificar-se em suas manifestações funcionais;
XXIII - permanecer no Fórum ou no prédio onde funcione a respectiva Promotoria de Justiça, nos dias úteis, durante
o expediente forense, salvo quando em diligência ou com autorização superior;
XXIV - participar, quando designado, de Comissões ou Colegiados, a critério do Procurador-Geral de Justiça, sem
prejuízo das demais funções de seu cargo;
XXV - comparecer às reuniões dos órgãos colegiados da Instituição aos quais pertencer;
XXVI - comparecer às reuniões administrativas quando convocado pelo Procurador-Geral de Justiça e Corregedor-
Geral do Ministério Público, salvo motivo justificado;
XXVII - velar pela regularidade e celeridade dos processos em que intervenha;
XXVIII - respeitar a dignidade pessoal do acusado;
XXIX - compor Comissão de Sindicância ou de Processo

Administrativo contra membro do Ministério Público, quando designado, salvo motivo a ser justificado por escrito;
XXX - apresentar, bienalmente, declaração de bens;
XXXI - encaminhar ao Corregedor-Geral do Ministério Público, até o quinto dia útil de cada mês, relatório das
atividades desenvolvidas no mês anterior, contando-se este prazo até o décimo dia útil nas hipóteses de acumulação;81
XXXII – zelar pela manutenção da residência oficial do Ministério Público.

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Parágrafo único - O membro do Ministério Público não está sujeito a livro de ponto, sendo a sua assiduidade
comprovada no Relatório Mensal.

SEÇÃO II

DAS VEDAÇÕES

Art. 119 - Aos membros do Ministério Público se aplicam as seguintes vedações;


I - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;
II - exercer advocacia;
III - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como quotista ou acionista;
IV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo de magistério;
V - exercer atividade político-partidária, ressalvada a filiação e o disposto no § 2.° deste artigo;
VI - integrar, sem autorização do Procurador-Geral de Justiça, comissões de sindicância ou de processo
administrativo estranhas ao Ministério Público;
VII - manter, sob sua chefia imediata, em cargo de função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o
segundo grau;

§ 1.º Não constituem acumulação, para os efeitos do inciso IV deste artigo, as atividades exercidas em organismos
estatais afetos à Área de atuação do Ministério Público, em Centro de Estudo e Aperfeiçoamento do Ministério Público,
em entidades de representação de classe e o exercício de cargos de confiança na sua administração e nos órgãos
auxiliares.

§ 2.º Para efeito do art. 128, § 5.º, inciso II, alínea "e", da Constituição Federal, sem prejuízo do disposto na
legislação eleitoral, o membro do Ministério Público poderá afastar-se para exercer cargo público eletivo ou a ele
concorrer.

§ 3.º Fica automaticamente impedido de funcionar em qualquer fase do procedimento eleitoral o membro do
Ministério filiado a partido político.

Art. 120 - O membro do Ministério Público, que tenha exercido a opção de que trata o artigo 29, § 3.º, do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, da Constituição Federal, poderá ser colocado à disposição de quaisquer órgãos
dos Poderes Estaduais ou Municipais, devendo o pedido ser submetido ao Conselho Superior, que ao decidir definirá se
os vencimentos e vantagens serão pagos pelo Ministério Público ou pelo órgão solicitante.

Parágrafo único - O afastamento do membro do Ministério Público, nos casos previstos neste artigo, será
considerado de efetivo exercício, para todos os efeitos legais, exceto para remoção ou promoção por merecimento.

SEÇÃO III

DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES

Art. 121 - Constituem infrações disciplinares, além de outras


definidas em lei:

I - violação de vedação constitucional; II - descumprimento do dever funcional;


III - conduta incompatível com o exercício do cargo;
IV - abandono do cargo, pela interrupção injustificada do exercício das funções, por mais de 30 (trinta) dias
consecutivos, ou 60 (sessenta) intercalados, no período de 12 (doze) meses;
V - revelação de assunto de caráter sigiloso de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função que exerça;
VI - lesão aos cofres públicos, dilapidação do patrimônio público ou de bens confiados à sua guarda;
VII - condenação por crime contra o patrimônio, costumes, administração e fé pública e por posse ou tráfico de
entorpecentes.

§ 1.º Considera-se conduta incompatível com o exercício do cargo a prática habitual de:

a) embriaguez;
b) ato de incontinência pública e escandalosa que comprometa gravemente a dignidade da instituição;
c) crítica pública e desrespeitosa a órgãos da Instituição.

Parágrafo único - Configura-se ainda conduta incompatível com o exercício do cargo a reincidência em atos já
punidos com suspensão.

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CAPÍTULO II

DA RESPONSABILIDADE FUNCIONAL

Art. 122 - Pelo exercício irregular da função pública, o membro do Ministério Público responde penal, civil e
administrativamente.

Parágrafo único - A responsabilidade administrativa do membro do Ministério Público dar-se-á por meio de
procedimento promovido pelo órgão competente do Ministério Público.

CAPÍTULO III

DAS CORREIÇÕES

Art. 123 - A atividade funcional dos membros do Ministério Público está sujeita a correições:
I - permanente; II - ordinárias;
III - extraordinárias;

Art. 124 - As correições permanentes serão realizadas pelo Procurador-Geral de Justiça e pelos Procuradores de
Justiça nos autos em que oficiarem, em grau de recursos, remetendo relatório a Corregedoria Geral de Justiça, do
desempenho funcional do Promotor de Justiça;

§ 1.º O Corregedor-Geral, de ofício ou a vista das apreciações sobre a atuação dos membros do Ministério Público
enviadas pelos Procuradores de Justiça, fará aos Promotores de Justiça, por escrito, em caráter reservado, as
recomendações ou observações que julgar cabíveis, dando-lhes ciência dos elogios e mandando consignar em seus
assentamentos as devidas anotações.

§ 2.º Nos casos passíveis de pena, o Procurador-Geral de Justiça determinará a instauração de sindicância ou de
processo administrativo, conforme a natureza de infração.

Art. 125 - A correição ordinária será efetuada pelo Corregedor- Geral ou por Corregedor-auxiliar, para verificar a
regularidade do serviço, a eficiência e a pontualidade dos membros do Ministério Público no exercício de suas funções,
bem como o cumprimento das obrigações legais e das determinações da Procuradoria Geral e da Corregedoria Geral.

Parágrafo único - As correições ordinárias em Procuradorias de Justiça serão realizadas pessoalmente pelo
Corregedor-Geral.

Art. 126 - A correição extraordinária será realizada, pessoalmente, pelo Corregedor-Geral, de oficio, por
determinação do Procurador-Geral de Justiça, por decisão do Colégio de Procuradores de Justiça ou do Conselho
Superior.

Art. 127 - Qualquer pessoa poderá reclamar ao Corregedor-Geral sobre os abusos, erros ou omissões dos
membros do Ministério Público sujeitos à correição.
Art. 128 - Concluída a correição, o Corregedor-Geral apresentará ao Procurador-Geral de Justiça e ao Órgão que
a houver determinado, relatório circunstanciado, mencionando os fatos observados, as providências adotadas e propondo
as de caráter disciplinar ou administrativo que excedam suas atribuições.

Parágrafo único - O relatório da correição será sempre levado ao conhecimento do Conselho Superior.

Art. 129 - Após análise do relatório da correição pelo Conselho Superior, o Corregedor-Geral, mediante prévia
aprovação do Procurador-Geral de Justiça, poderá baixar instruções aos Promotores de Justiça e aos Procuradores de
Justiça.

Art. 130 - Os Corregedores-Auxiliares atuarão juntamente com o Corregedor-Geral e, por delegação, exercerão
suas atribuições.

Parágrafo único - Os demais membros do Ministério Público poderão compor Comissão de correição na
impossibilidade comprovada do Corregedor-Geral ou de seus auxiliares.

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CAPÍTULO IV

DAS PENALIDADES E SUA APLICAÇÃO

Art. 131 - Os membros do Ministério Público são passíveis das seguintes penas disciplinares:

I - advertência;
II - censura;
III - suspensão por até 90 (noventa) dias; IV - demissão;
V - disponibilidade;
VI - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade.

Parágrafo único - Fica assegurada aos membros do Ministério Público ampla defesa em qualquer dos casos
previstos neste artigo.

Art. 132 - A pena de advertência será aplicada de forma reservada, por escrito, pelo Corregedor-Geral, encerrada
a sindicância, no caso de negligência no cumprimento dos deveres do cargo e desobediência às determinações e
instruções dos Órgãos de Administração Superior do Ministério Público.

Art. 133 - A pena de censura será aplicada reservadamente, por escrito, pelo Corregedor-Geral, no caso de
reincidência em falta já punida com advertência.

Parágrafo único - A pena de censura impossibilitará a inclusão em lista de promoção ou remoção por merecimento,
pelo prazo de 01 (um) ano, a contar da sua imposição.

Art. 134 - A pena de suspensão será aplicada, no caso de prática de infração disciplinar prevista no art. 121, itens
II e III desta Lei, e na reincidência em falta já punida com censura.

§ 1.º A suspensão não excederá de 90 (noventa) dias e não acarretará a perda dos direitos e vantagens
decorrentes do exercício do cargo, não podendo ter inicio durante o período de férias ou de licença do infrator.

§ 2.º A pena de suspensão poderá ser convertida em multa de valor não excedente a metade da remuneração,
sendo o membro do Ministério Público, neste caso, obrigado a permanecer em exercício.

§ 3.º A pena de suspensão impossibilitará a inclusão em lista de promoção, ou remoção por merecimento, pelo
prazo de 02 (dois) anos, contados da sua imposição.

Art. 135 - A pena de demissão será aplicada:

I - em caso de prática de infração disciplinar prevista no art. 121, itens I, IV, V, VI e VII, enquanto não decorrido o
prazo do estágio probatório;
II - condenação por crime praticado com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública,
quando a pena aplicada for igual ou superior a 02 (dois) anos;
III - no caso de perda de cargo declarado em sentença judicial transitada em julgado nos termos dos parágrafos
1º e 2º do art. 112, desta Lei;
IV - aceitação ilegal de cargo ou função pública;
V - perda ou suspensão de direitos políticos salvo quando decorrentes de incapacidade que autorize a
aposentadoria;
VI - no caso de reincidência em falta já punida com suspensão.

Parágrafo único - Considera-se reincidência, para os efeitos desta Lei, a prática de nova infração dentro de 02
(dois) anos após cientificado o infrator do ato que lhe tenha imposto condenação definitiva.

Art. 136 - Para o membro do Ministério Público vitalício, as penas de demissão e cassação de aposentadoria ou
disponibilidade serão impostas por decisão judicial; as de suspensão, mediante processo administrativo as de advertência
e censura, por meio de sindicância.

Parágrafo único - A pena de demissão do membro do Ministério Público não vitalício decorrerá de decisão
prolatada em processo administrativo, assegurada ampla defesa.

Art. 137 - Na aplicação das penas disciplinares considerar-se-ão os antecedentes do infrator, a natureza e a
gravidade da infração, as circunstancias em que foi praticada e os danos que dela resultaram ao serviço ou à dignidade
da instituição da Justiça.

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Art. 138 - Compete ao Procurador-Geral de Justiça aplicar aos membros não vitalícios a pena de suspensão e a
de demissão e, aos membros vitalícios, a de suspensão.

Art. 139 - Prescreverá:

I - em 01 (um) ano, a falta punível com advertência ou censura; II - em 02 (dois) anos, a falta punível com
suspensão;
III - em 04 (quatro) anos, a falta punível com demissão e cassação de aposentadoria ou de disponibilidade;

§ 1.º A falta, também prevista na lei penal como crime, prescreverá juntamente com este.

§ 2.º A prescrição começa a correr:

I - do dia em que a falta for cometida;


II - do dia em que tenha cessado a continuação ou permanência, nas faltas continuadas ou permanentes.

§ 3.º Interrompem a prescrição a instauração de procedimento disciplinar e a citação para a ação de perda do
cargo.

Art. 140 - As decisões referentes à imposição de pena disciplinar contarão do prontuário do infrator, com menção
dos fatos que lhe deram causa.

Art. 141 - As decisões definitivas referentes à imposição de pena disciplinar, salvo as de advertência, censura e
de suspensão, serão publicadas no Diário Oficial.

Art. 142 - Somente ao próprio infrator poderá ser fornecida certidão relativa à imposição de pena, salvo se for
fundamentadamente requerida para defesa de direito ou esclarecimento de situação.

CAPÍTULO V

DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR

SEÇÃO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 143 - A apuração das infrações disciplinares será feita


mediante:

I - sindicância, quando cabíveis as penas de advertência e censura; II - processo administrativo, quando cabíveis
as penas de suspensão,
demissão ou cassação da aposentadoria ou de disponibilidade.

Art. 144 - O processo administrativo será precedido de sindicância, de caráter simplesmente investigatório, quando
não houver elementos suficientes para se concluir pela existência de infração ou de sua autoria.

Art. 145 - Compete ao Procurador-Geral de Justiça determinar a instauração de sindicância e ao Conselho Superior
a de processo administrativo, na forma do inciso III, do § 2º, do art. 41, desta Lei82.

Parágrafo único - Poderão propor a instauração do procedimento


disciplinar:

I - O Procurador-Geral de Justiça;
II - O Conselho Superior do Ministério Público; III - O Corregedor-Geral do Ministério Público.

Art. 146 - Qualquer pessoa ou autoridade poderá pedir a instauração de procedimento disciplinar contra membro
do Ministério Público, mediante representação escrita e dirigida ao Procurador-Geral de Justiça.

Art. 147 - Havendo prova da infração e indícios suficientes de autoria, durante o procedimento disciplinar, poderá
o Procurador-Geral de Justiça, ouvido o Conselho Superior, afastar o sindicado ou o indiciado do exercício do cargo, sem
prejuízo de seus vencimentos e vantagens.

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§ 1.º O afastamento dar-se-á por decisão fundamentada, na conveniência para apuração dos fatos ou para
assegurar a tranqüilidade pública, e não excederá a 60 (sessenta) dias para sindicância e a 90 (noventa) dias para o
processo administrativo.

§ 2.º O período de afastamento será considerado como de efetivo exercício, para todos os efeitos.

§ 3.º O afastamento de que trata este artigo não poderá ocorrer quando o fato imputado corresponder as penas
de advertência e censura.

Art. 148 - Quando o sindicado ou indiciado for Procurador de Justiça, o procedimento disciplinar será sempre
presidido pelo decano do Colégio de Procuradores.

Art. 149 - O membro do Ministério Público participante da sindicância não poderá integrar a Comissão do processo
administrativo.

Art. 150 - No procedimento disciplinar fica assegurada aos membros do Ministério Público ampla defesa, na forma
desta Lei, exercida pessoalmente ou por procurador.

Art. 151 - Dos atos, termos e documentos principais do procedimento disciplinar extrair-se-ão cópias para a
formação de autos suplementares.

Art. 152 - Os autos de procedimentos disciplinares findos serão arquivados na Corregedoria Geral, não constando
da ficha funcional do sindicado, ou indiciado, aquele que concluir pela ausência de culpabilidade83.

Art. 153 - Aplicam-se subsidiariamente ao procedimento disciplinar, as normas do Estatuto dos Funcionários
Públicos Civis do Estado, do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União e as do Código de Processo Penal.

SEÇÃO II

DA SINDICÂNCIA

Art. 154 - A sindicância, ressalvada a hipótese do art. 148 desta Lei, será processada na Corregedoria Geral e terá
como sindicante o Corregedor-Geral, um dos Corregedores-Auxiliares ou membro do Ministério Público mais antigo do
que o sindicado por indicação daquele e designação do Procurador-Geral de Justiça.

§ 1.º A portaria que ordenar a realização de sindicância conterá, além do nome e qualificação do sindicato, a
exposição resumida do fato, a designação do sindicante e seus auxiliares, se houver.

§ 2.º Da instalação dos trabalhos lavrar-se-á ata resumida.

§ 3.º A sindicância terá caráter reservado e deverá estar concluída dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a contar da
instalação dos trabalhos, prorrogáveis por igual prazo, mediante despacho fundamentado do sindicante.

Art. 155 - Colhidos os elementos necessários à comprovação do fato e da autoria, será imediatamente ouvido o
sindicado.

§ 1.º Nos 03 (três) dias seguintes, o sindicato ou seu procurador poderá oferecer ou indicar as provas de seu
interesse, que serão deferidas a juízo do sindicante;

§ 2.º Concluída a produção de provas, o sindicado será intimado, dentro de 5 (cinco) dias, para oferecer defesa
escrita pessoalmente ou por procurador, ficando os autos à sua disposição em mãos do sindicante ou de pessoa por ele
designada.

Art. 156 - Decorrido o prazo estabelecido no parágrafo 2º do artigo anterior, o sindicante, em 10 (dez) dias,
elaborará relatório no qual concluirá pela aplicação da pena cabível, pela instauração de processo administrativo ou
arquivamento, ouvidos previamente o Conselho Superior ou o Corregedor-Geral, quando por estes proposta a sindicância.

Art. 157 - Aplicam-se à sindicância, no que for compatível, as normas do processo administrativo.

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SEÇÃO III

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 158 - A portaria de instauração do processo administrativo conterá a qualificação do Indiciado, a exposição
circunstanciada dos fatos imputados e a previsão legal sancionadora.

Art. 159 - O processo administrativo, para apuração de infrações punidas com a pena de suspensão, demissão ou
de disponibilidade, será realizado por comissão designada pelo Procurador-Geral de Justiça, composta de 01 (um)
Procurador de Justiça, que a presidirá e, de 02 (dois) membros do Ministério Público vitalícios, de entrância igual ou
superior à do indiciado, observado o disposto no art. 149 desta Lei.

Parágrafo único - O Secretário da Comissão, membro do Ministério Público, será também designado pelo
Procurador-Geral de Justiça, por indicação do Presidente.

Art. 160 - Os membros da Comissão, bem como o seu Secretário, poderão ser dispensados de suas funções
normais no curso dos trabalhos.

§ 1.º A Comissão dissolver-se-á automaticamente 10 (dez) dias após o julgamento, ficando até então a disposição
do Procurador-Geral de Justiça para as diligências e os esclarecimentos necessários.

§ 2.º À Comissão serão propiciados todos os meios necessários ao desempenho de suas funções.

Art. 161 - O processo administrativo iniciar-se-á dentro de 10 (dez) dias após a constituição da Comissão e deverá
estar concluído dentro de 60 (sessenta) dias, prorrogáveis por mais 30 (trinta) dias, a juíza da autoridade instauradora, à
vista de proposta fundamentada do Presidente.

Parágrafo único - A inobservância dos prazos estabelecidos neste artigo não acarretará nulidade do processo,
podendo importar, contudo, em falta funcional dos integrantes da Comissão.

Art. 162 - Instalados os seus trabalhos, a Comissão iniciará a instrução do processo com a citação pessoal do
indiciado, com entrega de cópia da portaria, do relatório final da sindicância, se houver, e da súmula da acusação,
cientificando-se o acusado do dia, hora e local do interrogatório.

§ 1.º Após o interrogatório, o indiciado terá 3 (três) dias para apresentar defesa previa, oferecer provas e requerer
a produção de outras, que poderão ser indeferidas, se forem impertinentes ou tiverem intuito meramente protelatório, a
critério da Comissão.

§ 2.º Durante o prazo da defesa prévia, os autos permanecerão na secretaria da Comissão, à disposição do
indiciado, para consulta.

Art. 163 - Findo o prazo de que trata o artigo anterior, o Presidente designará audiência para inquirição das
testemunhas da acusação e da defesa, mandando intimá-las, bem assim o indiciado e o seu procurador.

§ 1.º A Comissão e o indiciado poderão, isoladamente, arrolar até 5 (cinco) testemunhas, afora as referidas.

§ 2.º Prevendo a impossibilidade de inquirir todas as testemunhas numa só audiência, o Presidente poderá, desde
logo, designar tantas quantas forem necessárias.

Art. 164 - Concluída a produção da prova testemunhal, o Presidente, na própria audiência, de ofício, por proposta
de qualquer membro da Comissão ou a requerimento do indiciado, determinará a complementação das provas, se
necessário, sanando as eventuais falhas, no prazo de 10 (dez) dias.

Art. 165 - Encerrada a instrução, o indiciado terá 05 (cinco) dias para oferecer alegações finais, observado o
disposto no art. 162, § 2°, desta Lei.

Parágrafo único - Havendo mais de um indiciado, os prazos de defesa serão comuns em dobro.

Art. 166 - Esgotado o prazo de que trata o artigo anterior, a Comissão, em 10 (dez) dias, apreciará os elementos
do processo, apresentando relatório no qual proporá, justificadamente, a absolvição ou a punição do indiciado, indicando,
neste caso, a pena cabível e seu fundamento legal.

§ 1.º Havendo divergência nos entendimentos dos membros da Comissão, ficará constando do relatório o voto de
cada um deles.

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§ 2.º Juntado o relatório, serão os autos imediatamente remetidos ao Conselho Superior do Ministério Público.

Art. 167 - O indiciado e seu procurador deverão ser intimados de todos os atos e termos do processo,
pessoalmente, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, quando não forem em audiência.

§ 1.º Se o indiciado não for encontrado ou furtar-se à citação, esta será feita por edital, com prazo de 05 (cinco)
dias, publicado uma vez no Diário Oficial.

§ 2.º Se o indiciado não atender à citação por edital ou não se fizer representar por procurador, será declarado
revel, designando-se, para promover-lhe a defesa, membro do Ministério Público, de entrância igual ou superior, o qual
não poderá escusar-se de incumbência, sem justo motivo, sob pena de advertência.

§ 3.º O indiciado, uma vez citado, não poderá, sob pena de prosseguir o processo à sua revelia, deixar de
comparecer, sem justo motivo, aos atos processuais para os quais tenha sido regularmente intimado.

§ 4.º A todo tempo o indiciado revel poderá constituir procurador, que substituirá o membro do Ministério Público
designado.

Art. 168 - As testemunhas são obrigadas a comparecer às audiências quando regularmente intimadas e, se
injustificadamente, não o fizerem, poderão ser conduzidas por autoridade policial, mediante requisição do Presidente.

Art. 169 - Se as testemunhas de defesa não forem encontradas e o indiciado, no prazo de 03 (três) dias, não indicar
em substituição, prosseguir-se-á nos demais termos do processo.

Art. 170 - Se arroladas como testemunhas, o Chefe do Poder Executivo, Secretários de Estado, membros dos
Poderes Legislativos, Judiciários e do Ministério Público, serão ouvidos em local, dia e hora previamente ajustados entre
eles e a autoridade processante.

Art. 171 - Aos respectivos chefes diretos serão requisitados os servidores públicos civis e militares arrolados como
testemunhas.

Art. 172 - As testemunhas poderão ser inquiridas por todos os membros da Comissão e reinquiridas pelo
Presidente, após as perguntas de defesa.

Art. 173 - A Comissão pode conhecer acusações novas contra o indiciado ou denúncias contra outro membro do
Ministério Público que não figurar na portaria.

Parágrafo único - Nesse caso, a Comissão representará ao Procurador-Geral de Justiça sobre a conveniência de
expedir aditamento à portaria.

Art. 174 - Instituirão obrigatoriamente os autos, o prontuário e os assentamentos funcionais do indiciado.

Art. 175 - A Comissão executará todos os atos ou diligências necessárias ao completo esclarecimento dos fatos,
promovendo, inclusive, perícias, realizando inspeções e examinando documentos e autos.

§ 1.º Será assegurado ao indiciado o direito de participar, pessoalmente ou por seu defensor dos atos
procedimentais, podendo, inclusive, requerer provas, contraditar e inquirir testemunhas, oferecer quesitos e indicar
assistentes técnicos.

§ 2.º Verificando a Comissão que a presença do indiciado pela sua atitude, poderá influir no animo da testemunha
de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará retirá-lo, prosseguindo na inquirição com a presença de um
defensor, devendo, neste caso, constar do termo a ocorrência e os motivos que a determinaram.

Art. 176 - O Conselho Superior do Ministério Público, apreciando o processo administrativo, poderá:

I - determinar a realização de novas diligências, se o considerar insuficientemente instruído, caso em que,


efetivadas estas, procederá de acordo com os arts. 154 e 177 desta Lei;
II - propor o seu arquivamento ao Procurador-Geral de Justiça;
III - propor ao Procurador-Geral de Justiça a aplicação de sanções que sejam de sua competência.

Art. 177 - O Colégio de Procuradores, apreciando o procedimento administrativo, poderá propor ao Procurador-
Geral de Justiça o ajuizamento de ação civil para demissão de membro do Ministério Público com garantia de vitaliciedade
e cassação, de aposentadoria ou disponibilidade.

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Art. 178 - Não poderá participar da deliberação do Conselho Superior ou do Colégio de Procuradores de Justiça,
o membro que haja oficiado na sindicância ou integrado as comissões, de inquérito ou de processo administrativo.

Art. 179 - O indiciado, em qualquer caso, será pessoalmente intimado da decisão do Conselho Superior, salvo se
for revel ou furtar-se a intimação, casos em que esta será feita por edital afixado na Procuradoria-Geral de Justiça e
publicado uma só vez no Diário Oficial do Estado.

SEÇÃO IV

DO RECURSO

Art. 180 - Das decisões condenatórias proferidas pelo Conselho Superior caberá recurso, com efeito suspensivo,
para o Colégio de Procuradores, que não poderá agravar a pena imposta.

Art. 181 - O recurso será interposto pelo acusado ou seu procurador, no prazo de 10 (dez) dias, contados da
intimação da decisão, por petição dirigida ao Procurador-Geral de Justiça, da qual deverão constar, desde logo, as razões
do recorrente.

Art. 182 - Recebida a petição, o Procurador-Geral de Justiça determinará sua juntada ao processo, se tempestiva
e sorteará relator dentre os Procuradores com assento no Colégio de Procuradores, convocando reunião para os 15
(quinze) dias seguintes.

Parágrafo único - Nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes ao sorteio, o processo será entregue ao relator, que
terá o prazo de 10 (dez) dias para elaborar seu relatório.

Art. 183 - O Colégio de Procuradores de Justiça deverá deliberar sobre o mérito do recurso, no prazo máximo de
30 (trinta) dias seguintes à entrega dos autos ao relator.

Art. 184 - O julgamento realizar-se-á de acordo com as normas regimentais, intimando-se o recorrente da decisão,
na forma do art. 179 desta Lei.

SEÇÃO V

DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO

Art. 185 - Das Decisões proferidas pelo Conselho Superior caberá apenas um pedido de consideração, sem efeito
suspensivo, no prazo de 10 (dez) dias.

SEÇÃO VI

DA REVISÃO

Art. 186 - Cabe, em qualquer tempo, a revisão do processo disciplinar que houver resultado em imposição de
penalidade administrativa.

I - quando se aduzem fatos ou circunstancias suscetíveis de provar inocência ou de justificara imposição de


sanção mais branda; ou
II - quando a sanção se tenha fundado em prova falsa.

Art. 187 - A instauração do processo de revisão poderá ser determinada de oficio, a requerimento do próprio
interessado ou, se falecido ou interdito, seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Art. 188 - O pedido de revisão será dirigido ao Conselho Superior, o qual, se o admitir, determinará o seu processo
em apenso aos autos originais, não podendo integrar a Comissão Revisora quem haja atuado em qualquer fase do
processo revisando.

Parágrafo único - A petição será instruída com as provas de que o interessado dispuser e indicará as que pretenda
sejam produzidas.

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Art. 189 - Concluída a instrução, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, o requerente terá o prazo de 05
(cinco) dias para apresentar as suas alegações.

Art. 190 - A Comissão Revisora, com ou sem as alegações do requerente, relatará o processo no prazo de 10
(dez) dias e o encaminhará ao Conselho Superior, que decidirá no prazo de 30 (trinta) dias.

Art. 191 - Julgada procedente a revisão, será tornada sem efeito a


sanção aplicada.

Parágrafo único - Se a pena ineficaz for a de demissão, o requerente


será reintegrado.

Art. 192 - Procedente a revisão, o requerente será, ainda, ressarcido dos prejuízos que tiver sofrido,
restabelecendo-se em sua plenitude, os direitos atingidos pela punição.

SEÇÃO VII

DA REABILITAÇÃO

Art. 193 - Após 02 (dois) anos de trânsito em julgado da decisão que impuser pena de advertência, censura ou
suspensão, poderá o infrator, desde que não tenha reincidido, requerer ao Colégio de Procuradores a sua reabilitação.

Parágrafo único - A reabilitação, uma vez deferida, importará ineficácia de pena imposta, que deixará de ter
qualquer efeito sobre a reincidência, a promoção e a remoção por merecimento.

TÍTULO V

DA CARREIRA

CAPÍTULO I

DA VACÂNCIA DOS CARGOS

Art. 194 - A vacância de cargos da carreira do Ministério Público


decorrerá de:

I - exoneração;
II - demissão;
III - disponibilidade;
IV - promoção ou remoção; V - aposentadoria;
VI - falecimento;

Art. 195 - Dar-se-á a vacância na data da ocorrência do fato ou da publicação do ato que lhe der causa.

Art. 196 - Para cada vaga a ser preenchida por promoção ou remoção abrir-se-á inscrição distinta, sucessivamente,
com a indicação da Comarca ou Promotoria de Justiça correspondente à vaga a ser preenchida.

CAPÍTULO II

DO CONCURSO DE INGRESSO

Art. 197 - A investidura em cargo inicial da carreira dependerá de aprovação prévia em concurso público de provas
e títulos, organizado e realizado pela Procuradoria Geral de Justiça, com a participação do Conselho Seccional da Ordem
dos Advogados do Brasil.

§ 1.º É obrigatória a abertura do concurso de ingresso quando o número de vagas atingir um quinto dos cargos
iniciais da carreira84.

§ 2.º Assegurar-se-ão ao candidato aprovado a nomeação e a escolha da Promotoria de Justiça, de acordo com a
ordem de classificação no Concurso, observada a lista das Promotorias que o interesse da Administração fixar como
preferências para provimento imediato, dentre aquelas localizadas exclusivamente nas Comarcas de Entrância Inicial.85

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§ 3.º O Edital enunciara os requisitos para a inscrição, as condições para o provimento do cargo, o programa de
cada matéria, as modalidades de provas, assim como os títulos susceptíveis de apresentação e os critérios de sua
valoração.

§ 4.º - O concurso terá validade pelo prazo de 02 (dois) anos, contados da publicação do ato homologatório do seu
resultado no Diário Oficial do Estado, prorrogável uma vez por igual período.

Art. 198 - O concurso será aberto pelo prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias, devendo o Edital ser publicado
na íntegra, juntamente aos programas, por 03 (três) vezes seguidas no Diário Oficial do Estado.

Parágrafo único - Do Edital dar-se-á notícia resumida em jornal de larga circulação na Capital, também por 03
(três) vezes seguidas, com indicação das edições do Diário Oficial do Estado em que o mesmo tiver sido publicado.
Art. 199 - São requisitos para a inscrição ao concurso: I - ser brasileiro;
II - ser Bacharel em Direito, com diploma devidamente registrado; III - estar quite com o serviço militar, se do sexo
masculino;
IV - estar em gozo dos direitos políticos;
V - ter boa conduta social e moral, e não registrar antecedentes criminais, nem respondera processo-crime a que
se comine pena de reclusão, perda de cargo ou inabilitação para o exercício de qualquer função publica;
VI - gozar de boa saúde física e mental, comprovada mediante atestado firmado por dois médicos;

§ 1.º A prova de inexistência de antecedentes criminais será feita por folha corrida das Polícias e das Justiças
Federal e Estadual em que o candidato tiver residido nos últimos 05 (cinco) anos.

§ 2.º A prova de boa conduta social e moral far-se-á por atestado firmado por dois membros do Ministério Público,
ou da Magistratura, sem prejuízo de sindicância pelo Conselho Superior do Ministério Público, devida progressão
investigação social do candidato, destinada a apurar o preenchimento dos requisitos indispensáveis ao exercício das
funções ministeriais, durante o prazo de duração do concurso.

§ 3.º Se o candidato estiver respondendo a processo-crime a que se comine pena de detenção, prisão simples ou
multa, sua admissão ao concurso terá caráter precário, e, se aprovado, não poderá tomar posse enquanto não resolvido
definitivamente o processo, com sua absolvição, observado o limite previsto no § 4º do art. 197, desta Lei.

§ 4.º No pedido de inscrição, ou em documentos à parte, o candidato indicará pormenorizadamente as Comarcas


onde haja exercido a advocacia, cargo do Ministério Público, da Magistratura, da Polícia ou qualquer outra atividade
pública ou particular, assim como as épocas de permanência em cada uma delas.

§ 5.º Os candidatos serão submetidos aos exames de saúde física, mental e psicotécnico em qualquer fase do
concurso.

Art. 200 - Não será nomeado o candidato aprovado no concurso, que tenha sessenta e cinco anos, à época da
nomeação, ou que venha a ser considerado inapto para o exercício do cargo.

Art. 201 - As provas do concurso de ingresso na carreira ministerial seguirão as regras de Edital deliberado pelo
Colégio de Procuradores de Justiça que poderá autorizar a delegação da execução total ou parcial do certame a entidade
de reconhecida idoneidade. 86

Parágrafo único - A Comissão Examinadora, por deliberação de dois terços dos seus membros, poderá agrupar
disciplinas afins, no máximo de três matérias, passando cada grupo a constituir uma só prova, procedimento este que
deverá constar do Edital, sendo obrigatória a existência de, no mínimo, 05 (cinco) grupos de provas escritas, com intervalo,
entre estas, não inferior a 72 (setenta e duas) horas.

Art. 202 - A prova de títulos será realizada após a conclusão das demais provas, apenas para os candidatos que
alcançarem, na ponderação entre a média das provas escritas, média da prova oral e média da prova de tribuna, média
final eliminatória, igual ou superior a 06 (seis). 87

§ 1.º REVOGADO88

§ 2.º REVOGADO89

§ 3.º REVOGADO90

§ 4.º REVOGADO91

§ 5.º REVOGADO92

DIREITOS DE EDIÇÃO RESERVADOS


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CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

§ 6.º REVOGADO93

§ 7.º REVOGADO94

§ 8.º REVOGADO95

§ 9.º REVOGADO96

Art. 203 - A cada prova, será atribuída nota de 0 (zero) a 10 (dez), levando-se em conta, em todas elas, o
desempenho do candidato em matéria de linguagem.

Art. 204 - Serão eliminados os candidatos que:

§ 1.º não obtiverem nas provas escritas nota igual ou superior a 05


(cinco);

§ 2.º não obtiverem como média das provas escritas, média igual ou superior a 06 (seis);

§ 3.º não obtiverem na prova oral média igual ou superior a 05


(cinco);

§ 4.º não obtiverem na prova de tribuna, média igual ou superior a


05 (cinco);

§ 5.º não obtiverem como média final eliminatória, média igual ou superior a 06 (seis).

Art. 205 - A prova de títulos não terá caráter eliminatório, devendo ser computada tão somente para aferição da
média final classificatória. 97

Parágrafo único - Será atribuído o mesmo critério do art. 203 para aferição da nota da prova de títulos, apenas
para os candidatos que possuírem um dos requisitos enumerados no artigo seguinte, não diminuindo a média dos que
não os tem.

Art. 206 - Consideram-se títulos:

I - diploma de Doutor ou Mestre em Direito;


II - certificado de aprovação em curso de especialização ou aperfeiçoamento sobre matéria jurídica, ministrado por
instituição de ensino superior não sendo aceitos atestados ou declarações de mera freqüência a cursos, seminários,
congressos ou simpósios, salvo a participação como expositor;
III - certificado de aprovação em curso oficial de preparação ao ingresso no Ministério Público ou da Escola
Superior da Magistratura;
IV - certificado de aprovação em concurso público de provas e títulos para provimento de cargos em que
seja exigido diploma de Bacharel em Direito, considerado o conteúdo programático de cada um;
V - obras, monografias, ensaios, teses individuais, trabalhos, jurídicos publicados em que seja possível a
identificação do autor, excluídos os trabalhos de equipe.

§ 1.º Atestados ou declarações, que não se enquadrem na enumeração deste artigo, não serão considerados
como títulos.

§ 2.º Se o trabalho de tese ou monografia for requisito de conclusão do respectivo curso, este não será computado
como título à parte.

§ 3.º Os títulos serão apresentados em fotocópia autenticada, podendo o Procurador-Geral de Justiça, em caso
de dúvida, determinar a exibição do original.

§ 4.º A valoração dos títulos indicados neste artigo obedecerá aos limites estabelecidos no respectivo Edital.

Art. 207 - Ocorrendo empate na classificação final, resolver-se-á sucessivamente, pela prevalência das notas nas
provas escritas, pela nota da prova oral e pela nota de títulos.

Parágrafo único - Persistindo o empate, far-se-á sorteio.

Art. 208 - O conteúdo de cada prova restringir-se-á ao programa publicado no Edital.

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CONCURSO PÚBLICO

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Art. 209 - Encerrado o prazo para as inscrições, os pedidos com os respectivos documentos serão encaminhados
ao Conselho Superior do Ministério Público, que decidirá na forma do art. 43, item XV, desta Lei.

§ 1.º Poderá o Conselho Superior do Ministério Público indeferir, fundamentadamente, a inscrição do candidato
que não atender aos requisitos previstos no art. 199, inciso V e parágrafos 1º e 2º desta Lei.

§ 2.º A relação dos candidatos com inscrição homologada pelo Conselho Superior será publicada no Diário Oficial
do Estado.

§ 3.º Da decisão que indeferi a inscrição caberá, no prazo de 05 (cinco) dias, contados da publicação referida no
parágrafo anterior, pedido de reconsideração, podendo ser juntados novos documentos.

§ 4.º Até final do concurso poderá ser anulada a inscrição do candidato, pelo Colégio de Procuradores de Justiça,
se verificada incompatibilidade para o exercício de função ministerial ou falsidade, sendo a sua decisão definitiva na esfera
administrativa.

Art. 210 - O resultado do concurso será homologado pelo Conselho Superior, elaborando-se a lista dos candidatos
aprovados, de acordo com a ordem de classificação, resultado que será publicado no Diário Oficial do Estado.

Parágrafo único - Da decisão que homologar o concurso caberá pedido de reconsideração no prazo de 05 (cinco)
dias, contados da publicação do resultado, recurso restrito a erro de cálculo.

Art. 211 - Os casos omissos e não dispostos nesta Lei serão resolvidos pela Comissão de Concurso e homologados
pelo Conselho Superior do Ministério Público.

Art. 212 - O Procurador-Geral de Justiça assinará prazo aos candidatos aprovados para que, na ordem de
classificação, indiquem a Comarca de sua preferência, observada a lista das Promotorias de Justiça que o interesse da
administração fixar como preferenciais para o provimento imediato.

Parágrafo único - Perderá o direito de escolha o candidato que não exercer no prazo fixado, cabendo ao
Procurador-Geral de Justiça a indicação da Comarca para qual deva ser nomeado.

Art. 213. O candidato que desistir da nomeação poderá voltar a ser nomeado, dentro do prazo de validade do
concurso, uma vez nomeados os demais candidatos aprovados.

Art. 214 - A Comissão do Concurso será integrada por 5 (cinco) membros, sendo 2 (dois) do Ministério Público, o
Procurador-Geral de Justiça que a presidirá, 1 (um) jurista de reputação ilibada, indicado pelo Conselho Superior e 1 (um)
Advogado indicado pelo Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.98

§ 1.º O Chefe do Centro de Estudos e de Aperfeiçoamento Funcional será o Secretário da Comissão do Concurso,
sem direito a voto nas deliberações.

§ 2.º O membro da Comissão poderá ser substituído a qualquer tempo, sem prejuízo dos atos praticados.

§ 3.º Não poderá fazer parte da Comissão de Concurso quem tenha entre os candidatos inscritos, parentes ou
afins até o quarto grau.

§ 4.º O Conselho Superior, ao indicar os membros da Comissão de Concurso, designará três suplentes, assim
procedendo, também, o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, em relação ao seu representante.

Art. 215 - A Comissão de Concurso, com a anuência do Conselho Superior, poderá constituir grupos de
especialistas, dentre professores universitários e juristas, para a formulação, aplicação e avaliação das provas de
determinadas matérias ou grupos de matérias.

Parágrafo único - O número de especialistas não será superior ao dos membros da Comissão de Concurso.

Art. 216 - REVOGADO. 99

Art. 217 - REVOGADO. 100

Art. 217-A - Os membros da Comissão de Concurso e o seu Secretário perceberão, a título de gratificação e ao
final do certame, o equivalente a 10% (dez por cento) do valor de seu subsídio.101

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CAPÍTULO III

DA NOMEAÇÃO

Art. 218 - O Procurador-Geral de Justiça será nomeado pelo Governador do Estado dentre os integrantes da lista
tríplice elaborada na forma do § 1º do art. 18, desta Lei.

Art. 219 - O cargo inicial da carreira do Ministério Público, Promotor de Justiça Substituto, será provido por Ato do
Procurador-Geral de Justiça, observada a ordem de classificação final dos candidatos aprovados em Concurso Público
de Provas e Títulos, que será adotada, também, para efeito de antigüidade na Entrância. 102

§ 1.º Do ato nomeatório de que trata o “caput” deste artigo, deverá constar a Promotoria de Justiça, onde terá
exercício o membro recém-ingresso.103

§ 2.º A carreira do Ministério Público é formada pelos seguintes cargos:104

I - Promotor de Justiça Substituto, que constitui o grau inicial da carreira, a ser ocupado por membro do Ministério
Público em estágio probatório e com atribuições em Comarca de Entrância Inicial;
II - Promotor de Justiça de Entrância Inicial;
III - Promotor de Justiça de Entrância Final, cujo titular exercerá suas atribuições na Comarca da Entrância da
Capital;
IV - Procurador de Justiça, que constitui o último e mais elevado grau da carreira, cujo titular terá assento junto ao
Tribunal de Justiça.

§ 3.º Para os efeitos desta Lei, considera-se a mais elevada Entrância a circunscrição judiciária da Comarca da
Capital do Estado, também denominada Entrância Final.

§ 4.º O Promotor de Justiça Substituto somente poderá ser confirmado em Promotorias de Justiça localizadas nas
Comarcas da Entrância Inicial.105

CAPÍTULO IV

DA POSSE

Art. 220 - O Procurador-Geral de Justiça tomará posse em sessão pública e solene do Colégio de Procuradores,
na forma do art. 24 desta Lei.

Art. 221 - Os Promotores de Justiça Substitutos tomarão posse perante o Procurador-Geral de Justiça, em sessão
solene, nos 15 (quinze) dias, após a publicação do ato nomeatório, a quem prestarão compromisso.

Parágrafo único - Não haverá posse nos casos de remoção, reintegração e reversão de ofício.

Art. 222 - São requisitos da posse:

I - habilitação em exame de sanidade física e mental, realizado por junta médica oficial do Estado, onde se
constate a inexistência de moléstia incurável, infecciosa, contagiosa, assim como defeito incapacitante para o exercício
pleno do cargo;
II - declaração de bens;
III - declaração sobre a ocupação, ou não, de outro cargo, emprego, ou função pública;
IV - se ocupante de cargo de professor, como permite a Constituição da República, comprovação do
horário de exercício do mesmo;
V - quitação com as obrigações eleitorais e com o serviço militar; VI - prova de inexistência de antecedentes
criminais, na forma do §
1º do art. 199, desta Lei se passados mais três meses entre o pedido da inscrição e apresentação dos documentos
para a posse.

Art. 223 - A posse será precedida da prestação de compromisso legal, cujo teor é o seguinte: "Pela minha dignidade
e honra, prometo servir ao Ministério Público, promovendo e fiscalizando a aplicação da Constituição e das Leis, em
defesa da sociedade".

Art. 224 - O Secretário Geral lavrará termo de posse que, assinado pelo Procurador-Geral de Justiça e pelo
empossado, se referirá ao preenchimento dos requisitos legais e à prestação do compromisso.

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CAPÍTULO V

DO EXERCÍCIO E DO ESTÁGIO DE ADAPTAÇÃO

Art. 225 - O Procurador-Geral de Justiça entrará em exercício no dia de sua posse, em sessão solene do Colégio
de Procuradores, ocasião em que prestará compromisso.

Art. 226 - Os Promotores de Justiça Substitutos entrarão em exercício no dia de sua posse, dando inicio no primeiro
dia útil subseqüente, ao Estágio de Adaptação.

Art. 227 - O Estágio de Adaptação é um período de treinamento, com a duração de até 30 (trinta) dias, durante o
qual, sob a orientação de Promotores da Capital e supervisão da Corregedoria-Geral, atuarão junto ao Tribunal do Júri,
às Varas Criminais, de Família, da Infância e da Juventude obrigatoriamente e, se possível, nas demais áreas de atuação
do Ministério Público, praticando atos em conjunto com seu orientador.

§ 1.º Os dados relativos ao desempenho do estagiário serão incorporados ao seu prontuário na Corregedoria Geral
do Ministério Público, para efeito de avaliação do estágio probatório, devendo, para isto, o estagiário apresentar relatório
de sua atuação com cópia das peças executadas e comprovação do comparecimento às audiências.

§ 2.º Durante o estágio de Adaptação tomará ciência o estagiário, através da Corregedoria Geral, do procedimento
a adotar, quando assumir a Comarca, e esclarecimento para a feitura dos relatórios e formulários de informática a serem
preenchidos e encaminhados mensalmente.

Art. 228 - Só poderá ser dispensado o estágio de adaptação, por extrema necessidade de serviço, quando o
Procurador-Geral de Justiça determinará que o empossado assuma imediatamente o exercício de seu cargo na Comarca
para que tenha sido nomeado.

Art. 229 - O estágio de adaptação será regulamentado por ato do Procurador-Geral de Justiça.

Art. 230 - O tempo de serviço contar-se-á a partir do início do Estágio de Adaptação, adotando-se, para efeito de
promoção ou remoção por antigüidade, na entrância inicial, a ordem de classificação no concurso.

Art. 231 - Computar-se-á o exercício de membro do Ministério Público promovido ou removido, a partir da
publicação do respectivo ato no Diário Oficial do Estado.

§ 1.º Quando promovido ou removido para outra Comarca, o Promotor de Justiça assumirá o exercício do novo
cargo no prazo de 15 (quinze) dias, contados da publicação do ato, prorrogável, uma única vez, por igual período, pelo
Procurador-Geral de Justiça, em havendo motivo justo.

§ 2.º Na hipótese de promoção ou remoção dentro da mesma Comarca, o exercício no novo cargo deverá ocorrer
no prazo improrrogável de 05 (cinco) dias, a contar da publicação ou ciência do ato.

§ 3.º O Promotor de Justiça que se submeter ao Estágio de Adaptação, concluído este, deverá assumir o exercício
de seu cargo no prazo previsto no § 1º deste artigo.

§ 4.º Os prazos estabelecidos nos parágrafos anteriores, quando o Promotor de Justiça se encontrar afastado do
cargo por motivo de férias, licença, casamento ou luto, fluirão a partir da cessação do afastamento.

Art. 232 - Ao assumir o exercício do cargo na Comarca para a qual tenha sido nomeado, promovido, ou removido,
o membro do Ministério Público fará imediata comunicação ao Procurador-Geral de Justiça, devendo tomar igual
providência em caso de interrupção do exercício, qualquer que seja o motivo.

Art. 233 - O membro do Ministério Público, sempre que interromper o exercício, comunicará ao seu substituto as
datas e horários em que se realizarão os atos judiciais para os quais tenha sido intimado, bem como os prazos em curso
nas ações a seu cargo sob pena de advertência e, reincidindo, censura.

Art. 234 - O membro do Ministério Público não poderá afastar-se do exercício do cargo sem prévia autorização do
Procurador-Geral de Justiça.

Art. 235 - Para efeito do disposto no artigo anterior, considerar-se-á como de efetivo exercício, os casos previstos
no art. 316 desta Lei.

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CAPÍTULO VI

DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 236 - A partir da data em que o Promotor de Justiça entrar em exercício, durante o prazo de 2 (dois) anos,
apurar-se-á o preenchimento, ou não, das condições necessárias à sua confirmação na carreira.

§ 1.º São requisitos para a confirmação no cargo:

I - idoneidade moral; II - zelo funcional; III - eficiência;


IV- disciplina.

§ 2.º Não se considera para a avaliação do estágio probatório e para fins de vitaliciedade o tempo de serviço nas
hipóteses do art. 300 desta Lei.

Art. 237 - O desempenho do membro do Ministério Público, em estágio probatório, será acompanhado pela
Corregedoria-Geral, através de Correição, sindicâncias, visitas de inspeção e outros meios que se fizerem necessários.

Art. 238 - Não será confirmado na carreira o membro do Ministério Público em estágio probatório:

I - com três advertências; II - com duas censuras; III - com uma suspensão;
IV - que tenha dado causa e adiamento de audiência, por duas vezes, injustificadamente, nos seis meses anteriores
ou deixado de praticar qualquer ato de oficio nestas mesmas condições.

Art. 239 - O Corregedor-Geral, no 20º (vigésimo) mês de estágio, encaminhará relatório circunstanciado ao
Conselho Superior, por intermédio do Procurador-Geral de Justiça, no qual concluirá pela confirmação, ou não, do
Promotor na carreira.

Parágrafo único - Se o relatório for no sentido da não confirmação, dele terá ciência o interessado, que poderá
oferecer alegações e produzir provas no prazo de 10 (dez) dias, antes do encaminhamento ao Conselho Superior do
Ministério Público.

Art. 240 - Competirá ao Conselho Superior decidir pela confirmação, ou não, do Promotor na carreira, podendo
modificar a conclusão da Corregedoria Geral pela maioria absoluta de seus membros.

§ 1.º Se a decisão for pela confirmação, o Procurador-Geral de Justiça expedirá o respectivo ato declaratório,
passando o membro do Ministério Público de Promotor de Justiça Substituto a Promotor de Justiça de Entrância Inicial.106

§ 2.º Se a decisão for pela não-confirmação, caberá o pedido de reconsideração no prazo de 10 (dez) dias,
contados da ciência do ato, sem prejuízo do recurso disposto no art. 33, item IX, letra "a", desta Lei.

§ 3.º Decidido pela não-confirmação, o Promotor será afastado do cargo, mediante portaria do Procurador-Geral.

Art. 241 - O Conselho Superior deverá proferir decisão pela confirmação ou não do membro do Ministério Público
na carreira até 60 (sessenta) dias antes de o mesmo completar 02 (dois) anos de exercício.

Art. 242 - Não estará isento do estágio probatório o candidato que já tenha se submetido a igual exigência em
outro cargo, da mesma forma que não será computado para este efeito, tempo de serviço público anteriormente prestado.

Art. 243 - Durante o estágio probatório não será permitido o afastamento ou a aposentadoria voluntária do membro
do Ministério Público, salvo por motivo de férias, licença para tratamento de saúde, por doença em pessoa da família,
para acompanhar cônjuge ou para participar de curso, congresso ou simpósio, dentro ou fora do Estado. 107

Parágrafo único - Nas hipóteses excepcionadas no “caput”, o estágio ficará suspenso até o retorno do estagiário,
não podendo a suspensão ultrapassar seis meses, ininterruptos ou não. 108

CAPÍTULO VII

DA PROMOÇÃO

Art. 244 - As promoções na carreira do Ministério Público serão feitas de entrância a entrância, por antigüidade e
merecimento, alternadamente, observando-se o mesmo critério nas promoções à 2ª instância.

§ 1.º A antigüidade e o merecimento serão apurados na entrância.

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§ 2.º Somente após 02 (dois) anos de efetivo exercício, na entrância, poderá o membro do Ministério Público ser
promovido, dispensado o interstício apenas quando não houver candidato que o aceite na forma do § 4º do art. 129 c/c o
art. 93, inciso II, alínea "b", todos da Constituição Federal.

§ 3.º As vagas serão providas uma a uma, ainda que existam várias a serem preenchidas na mesma entrância,
obedecendo aos critérios previstos nos parágrafos anteriores.

Art. 245 - É licita a recusa à promoção, que deverá ser manifestada na forma regulamentada pelo Conselho
Superior.

Parágrafo único - Quando se tratar de recusa por antigüidade, a indicação recairá no Promotor de Justiça que se
seguir na lista, observando-se o disposto no art. 250 desta Lei Complementar. 109

Art. 246 - A antigüidade, para efeito de promoção, será determinada pelo tempo de efetivo exercício na entrância
importando em interrupção, na contagem do tempo, o afastamento do cargo, salvo em férias, licença para tratamento de
saúde ou para licença maternidade ou paternidade, licença por motivo de casamento e luto, ou período de trânsito, bem
como o decorrente de processo criminal ou administrativo de que não tenha resultado condenação, ressalvadas estas
exceções para o vitaliciamento na forma do art. 300 desta Lei.

Parágrafo único - Considera-se, ainda, como efetivo exercício, para efeito de promoção, o afastamento:

I - para freqüentar cursos ou seminários de aperfeiçoamento e estudos, no País ou no exterior, com prévia
autorização do Procurador-Geral de Justiça, ouvido o Conselho Superior, até 02 (dois) anos, prorrogável, no máximo, por
igual período;
II - para exercer, no âmbito da Procuradoria-Geral de Justiça cargo em comissão ou de assessoria previstos nesta
Lei;
III - para, com prévia audiência do Conselho Superior, exercer cargo na forma prevista no art. 120 desta Lei;
IV - para exercer cargo eletivo ou a ele concorrer;
V - para exercer o cargo de Presidente do órgão de classe.

Art. 247 - Ocorrendo empate na classificação por antigüidade, terá preferência, sucessivamente:

I - o mais antigo na carreira do Ministério Público; II - o de maior tempo de serviço público estadual; III - o que tiver
maior número de filhos;
IV - o mais idoso.

Art. 248 - Na indicação por antigüidade, o Conselho Superior somente poderá recusar o membro do Ministério
Público mais antigo pelo voto de 2/3 (dois terços) de seus integrantes, conforme procedimento próprio, repetindo-se a
votação até fixar a indicação, após julgamento do eventual interposto ao Colégio de Procuradores de Justiça, nos termos
do art. 33, IX, alínea "e", desta Lei.

Art. 249 - O Procurador-Geral de Justiça fará publicar no Diário Oficial do Estado, no mês de janeiro de cada ano,
a lista de antigüidade dos membros do Ministério Público em 31 de dezembro do ano anterior, a qual conterá, em anos,
meses e dias, o tempo de serviço na entrância e na carreira.

§ 1.º As reclamações contra a lista serão dirigidas ao Procurador- Geral de Justiça, no prazo de 30 (trinta) dias da
respectiva publicação.

§ 2.º Da decisão do Procurador-Geral de Justiça, sobre a reclamação prevista no parágrafo anterior, caberá recurso
para o Colégio de Procuradores, no prazo de 10 (dez) dias da respectiva ciência.

Art. 250 - Cabe ao Procurador-Geral de Justiça indicar o mais antigo membro do Ministério Público, na entrância,
devendo baixar o respectivo ato no prazo máximo de oito dias úteis, a contar da data da comunicação de vacância pela
Secretaria do Conselho Superior, observado o mesmo prazo. 110

Parágrafo único – Decorrido o prazo assinalado neste artigo sem que o membro mais antigo indicado por ato do
Procurador-Geral de Justiça expresse, formalmente, a recusa à promoção, o Conselho Superior homologará a indicação
e baixará a respectiva resolução para a conseqüente promoção, que far-se-á por Ato do Procurador-Geral de Justiça. 111

Art. 251 - Para todos os efeitos, será considerado promovido o membro do Ministério Público que vier a falecer ou
se aposentar sem que tenha sido efetivada, no prazo legal, a promoção que lhe cabia por antigüidade ou por força do art.
256, desta Lei.

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Art. 252 - O merecimento, também apurado na entrância, será aferido pelo Conselho Superior, que observará os
seguintes requisitos:

I - a conduta do membro do Ministério Público em sua vida pública e particular, o conceito de que goza na Comarca
segundo as observações feitas em correições, visitas de inspeção ou informações idôneas, e o mais que conste no
prontuário;

funcionais;

II - a pontualidade e a dedicação no cumprimento de seus deveres

III - eficiência no desempenho de suas funções, verificada através

de referência dos Procuradores de Justiça, de elogios constantes de julgados do Tribunal e suas Câmaras, da
publicação de trabalhos forenses de sua autoria e das observações feitas em sindicâncias, inquéritos administrativos,
correições, visitas de inspeção e outros atos administrativos internos;
IV - a contribuição à organização e melhoria dos serviços judiciários, bem como da conservação dos bens do
Ministério Público existentes na Comarca ou Promotoria;
V - aprimoramento de sua cultura jurídica em cursos especializados, comprovado no seu aproveitamento,
publicação de livros jurídicos, teses, estudos, artigos e obtenção de prêmios relacionados com a sua atividade funcional;
VI - atuação em Comarca que apresente dificuldade para o exercício de suas funções bem como para o seu
acesso;
VII - o número de vezes que tenha participado de listas.

Parágrafo único - Para os fins deste artigo, o Corregedor-Geral encaminhará ao Conselho Superior o prontuário
dos membros do Ministério Público que tiverem 02 (dois) anos na respectiva entrância e integrarem a primeira quinta
parte da lista de antigüidade, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago, ou quando o número
limitado de membros do Ministério Público inviabilizar a formação de lista tríplice.

Art. 253 - A promoção por merecimento dependerá de lista tríplice para cada vaga, organizada pelo Conselho
Superior, obedecendo aos limites estabelecidos no parágrafo único do artigo anterior.

§ 1º Serão incluídos na lista tríplice os nomes que obtiverem os votos da maioria absoluta dos votantes,
procedendo-se a tantas votações quantas forem necessárias para a composição da lista.

§ 2º A lista poderá conter menos de 03 (três) nomes, se os remanescentes na entrância, em condições de serem
votados, forem em número inferior a 03 (três).

Art. 254 - O Conselho Superior, ao encaminhar ao Procurador- Geral de Justiça a lista de promoção por
merecimento comunicar-lhe-á a ordem de escrutínios, o número de votos obtidos, assim como o número de vezes em
que os indicados tenham entrado em listas anteriores.

Art. 255 - Cabe ao Procurador-Geral de Justiça efetivar a promoção no prazo de 15 (quinze) dias a contar da data
de recebimento da respectiva lista.

Art. 256 - É obrigatória promoção do membro do Ministério Público que, pela terceira vez consecutiva ou quinta
vez alternada, figurar em lista de merecimento.

§ 1.º Havendo mais de um candidato com direito à promoção compulsória, deverá ser indicado ao Procurador-
Geral de Justiça o mais antigo, obedecida, no caso de empate, a ordem de preferência do artigo, 247, desta Lei. 112

§ 2.º Não sendo caso de promoção obrigatória, a escolha recairá em Membro do Ministério Público mais votado,
observada a ordem de escrutínios, prevalecendo, em caso de empate, a antigüidade na entrância, salvo se o Conselho
Superior preferir delegar a atribuição ao Procurador-Geral de Justiça. 113

Art. 257 - Somente poderão concorrer à promoção por merecimento os membros do Ministério Público:

I - estejam em dia com os serviços de sua Promotoria;


II - não tenham dado causa, injustificadamente, a adiamento de audiência no período de 06 (seis) meses, anterior
à abertura da vaga;
III - não tenham sofrido pena de censura no período de 01 (um) ano, anterior à ocorrência da vaga, ou de
02 (dois) anos, em caso de suspensão;

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IV - não tenham sido removidos por permuta no período de 06 (seis) meses, anteriores à elaboração da
lista;
V - tenham os requisitos exigidos pelo parágrafo único do artigo 252 desta Lei, salvo se não houver quem os tenha;

Art. 258 - Não podem, ainda, concorrer à promoção por merecimento, os membros do Ministério Público afastados
da carreira, na forma dos incisos V e VI do art. 300 desta Lei, e os que tenham regressado há menos de 6 (seis) meses.

Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica aos membros do Ministério Público afastados para o
exercício de cargo em comissão ou função de assessoria no âmbito da Procuradoria Geral de Justiça.

Art. 259 - Verificada a vaga a ser provida por merecimento, o Procurador-Geral de Justiça fará publicar no Diário
Oficial do Estado, por 02 (duas) vezes seguidas, Edital com prazo de 08 (oito) dias úteis, facultando a inscrição aos
interessados. 114

§ 1.º Os requerimentos de inscrição, dirigidos ao Procurador-Geral de Justiça, serão instruídos com as declarações
referidas nos incisos I e II do art. 257 desta Lei, indicando, ainda, se professor, o horário de atuação de seu mister, para
a verificação da compatibilidade exigida pela Constituição da República.

§ 2.º A lista de candidatos inscritos será afixada em local visível da Procuradoria Geral de Justiça e publicada, uma
única vez, no Diário Oficial do Estado, concedendo-se 3 (três) dias para impugnações ou reclamações. 115

§ 3.º Os Editais previstos no “caput” deste artigo serão formalmente remetidos, em extrato, a todos os membros
interessados do Ministério Público.116

§ 4.º Para este e para todos os efeitos, os prazos administrativos, no âmbito do Ministério Público do Amazonas,
serão contados excluindo-se o dia do início e incluindo-se, o último, na forma do disposto no artigo 184 do Código de
Processo Civil. 117

Art. 260 - Findo o prazo para impugnações ou reclamações, o Conselho Superior, em sua primeira reunião, indicará
03 (três) nomes à promoção por merecimento.

CAPÍTULO VIII

DA REMOÇÃO E DA PERMUTA

Art. 261 - A remoção é o ato pelo qual o membro do Ministério Público se movimenta na carreira, de uma para
outra Comarca da mesma entrância ou de uma para outra Promotoria dentro da mesma Comarca.

Art. 262 - Ao provimento inicial e à promoção, precederá a remoção devidamente requerida.

Art. 263 - A remoção será voluntária, e compulsória por interesse público evidenciado em procedimento
administrativo, facultada de ampla defesa, conforme previsto no art. 270 desta Lei.

Art. 264 - Somente após 01 (um) ano de efetivo exercício na Comarca poderá o Promotor de Justiça ser removido
a pedido.

Art. 265 - Na remoção por merecimento, o Conselho Superior apresentará lista tríplice, levando na devida conta o
prontuário dos postulantes, apresentado pelo Corregedor-Geral do Ministério Público.

Parágrafo único - Na apuração do merecimento, para efeito de remoção, observar-se-ão os requisitos elencados
nos incisos I a VII do art. 252 desta Lei.

Art. 266 - Para cada vaga a ser preenchida mediante remoção, abrir- se-á inscrição distinta, sucessivamente, com
indicação da Promotoria ou Procuradoria de Justiça vaga e do critério a ser observado.

Art. 267 - O procedimento para a inscrição dos candidatos à remoção pelo critério de merecimento será aquele
fixado pelo art. 259 e seus parágrafos desta Lei.

Art. 268 - A remoção por permuta, admissível entre membros do Ministério Público da mesma entrância, dependerá
de requerimento conjunto dirigido ao Procurador-Geral de Justiça e de manifestação do Conselho Superior, que apreciará
o pedido em função da conveniência de serviço e da posição dos interessados na lista de antigüidade, não conferindo,
neste caso, direito a ajuda de custo.

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§ 1.º É vedada a permuta quando um dos interessados:

I - estiver na iminência de ser promovido por antigüidade;


II - houver completado 69 (sessenta e nove) anos de idade;
III - contar tempo de serviço bastante para a aposentadoria voluntária;
IV - estiver em dias de ser exonerado, para assumir outro cargo, ou em decorrência de procedimento disciplinar;

§ 2.º É vedada, ainda, a permuta entre cargos ou funções


comissionados.

Art. 269 - A remoção voluntária e a permuta far-se-ão por ato do Procurador-Geral de Justiça.

Art. 270 - A remoção compulsória prevista no art. 263 desta Lei, se dará sempre para Comarca da mesma
entrância, mediante representação do Procurador-Geral de Justiça, após eventual recurso ao Colégio de Procuradores.

TÍTULO VI

DOS SUBSÍDIOS118

CAPÍTULO I

DOS VENCIMENTOS

Art. 271 - O subsídio mensal dos membros do Ministério Público, constitui-se exclusivamente de parcela única,
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória.119

Art. 272 - Os subsídios dos membros do Ministério Público serão fixados ou alterados por lei ordinária específica,
assegurada a revisão anual e a diferença de 5% (cinco por cento) entre os diversos graus da carreira, garantindo-se aos
Procuradores de Justiça subsídio idêntico àquele atribuído ao Procurador-Geral de Justiça.120

Art. 272-A - Os Promotores de Justiça Substitutos perceberão subsídio igual ao do Promotor de Justiça de
Entrância Inicial.121

Parágrafo único - REVOGADO. 122

Art. 273 - REVOGADO. 123

Art. 274 - REVOGADO. 124

Art. 275 - REVOGADO. 125

Art. 276 - Os membros do Ministério Público estarão sujeitos aos impostos gerais, inclusive o de renda, e aos
impostos extraordinários.

Art. 277 - É defeso tomar a remuneração ou os vencimentos dos membros do Ministério Público como base,
parâmetro ou paradigma dos estipêndios de qualquer classe ou categoria funcional, na forma do art. 37, XIII da
Constituição Federal e art. 109, XII da Constituição do Estado do Amazonas.

Art. 278 - O atraso na entrega das dotações orçamentárias constituirá desatendimento às garantias constitucionais
da Instituição, salvo situações emergenciais devidamente comprovadas.

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CAPÍTULO II

DAS VANTAGENS PECUNIÁRIAS

SEÇÃO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 279 - Além dos subsídios, os membros do Ministério Público terão direito às seguintes vantagens:126

I - de caráter indenizatório:
a) auxílio alimentação;
b) diárias;
c) indenização de férias não gozadas;
d) auxílio-moradia, nas Comarcas de Entrância inicial, em que não haja residência oficial condigna para o membro
do Ministério Público;127
e) ajuda de custo, para despesas de transporte e mudança;
f) auxílio-transporte, para deslocamento a serviço, fora da sede de exercício;
g) auxílio-funeral;
h) licença-prêmio convertida em pecúnia;
i) outras vantagens indenizatórias previstas em Lei, inclusive as concedidas aos servidores públicos em geral.

II - de caráter permanente:
a) benefícios percebidos de planos de previdência instituídos por entidades fechadas, ainda que extintas;
b) benefícios percebidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS em decorrência de recolhimento de
contribuição previdenciária oriunda de rendimentos de atividade exclusivamente privada.

III - de caráter eventual ou temporário:


a) auxílio pré-escolar;
b) benefícios de plano de assistência médico-social;
c) devolução de valores tributários e/ou contribuições previdenciárias indevidamente recolhidos;
d) bolsa de estudo com caráter remuneratório;
e) gratificação pela participação em comissão, grupo de trabalho ou grupo especial de assessoramento técnico,
de caráter transitório, correspondente a 10% (dez por cento) do subsídio do participante. 128

Parágrafo único. As verbas previstas nos incisos e alíneas deste artigo não integram o subsídio de que trata o art.
271 desta Lei e estão excluídas da incidência do limite remuneratório constitucional, sendo vedada, no cotejo com esse
limite, a exclusão de outras parcelas que não estejam arroladas neste artigo.

Art. 280 - Estão compreendidas no subsídio de que trata o art. 271 desta Lei e são por esse extintas todas as
parcelas do regime remuneratório anterior, exceto:129
I - gratificação pelo exercício cumulativo de atribuições, bem como pela atuação em atividades para as quais exista
a necessidade de serviço mas não exista demanda que justifique a criação de Promotoria de Justiça, na forma definida
por Ato do Procurador-Geral de Justiça;130
II - diferença por substituição em cargo de Entrância ou Instância
superior; 131
III - retribuição pelo exercício em Comarca de difícil provimento; IV - valores incorporados de vantagens
pessoais decorrentes da
aplicação do art. 323 desta Lei, aos que preencham os seus requisitos até a publicação da Emenda Constitucional
Federal n° 20, de 16 de dezembro de 1998;
V - gratificação pelo exercício temporário da função de Secretário- Geral do Ministério Público, Chefe do Centro de
Estudos e Aperfeiçoamento Funcional, Coordenadores de Grupos de Apoio Operacional, no percentual de 8% (oito por
cento), calculado sobre o subsídio do cargo de Procurador de Justiça;132
VI - gratificação pelo exercício temporário das funções de Corregedores-Auxiliares, Assessores do
Gabinete de Assuntos Jurídicos e Assessor de Centro de Apoio Operacional, no percentual de 7% (sete por cento),
calculado sobre o subsídio do cargo de Procurador de Justiça.
VII - a gratificação prevista no art. 279, III, “e”; 133
VIII - as verbas de representação pelo exercício dos cargos de Procurador-Geral, Subprocurador-Geral,
Corregedor-Geral e Membro do Conselho Superior do Ministério Público. 134

Parágrafo único. A soma das verbas previstas neste artigo com o subsídio mensal não poderá exceder ao teto
remuneratório constitucional.

Art. 281 - Não estão compreendidas no subsídio de que trata o art.

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271 desta Lei as seguintes verbas:135

I - valores em atraso;
II - remuneração ou proventos decorrentes do exercício do magistério, nos termos do art. 128, inciso II, alínea “d”,
da Constituição Federal;
III - gratificação pela prestação de serviço à Justiça Eleitoral, com os recursos desta e equivalente à devida ao
Magistrado ante o qual oficiar;
IV - gratificação de magistério por hora-aula proferida em cursos, seminários ou outros eventos destinados ao
aperfeiçoamento da instituição, que será fixada pelo Procurador-Geral de Justiça no limite máximo de 0,5% (cinco décimos
por cento) do subsídio mensal do cargo de Promotor de Justiça de Entrância Final;136
V - gratificação pelo exercício de função em conselho ou em outros órgãos colegiados externos cuja participação
do membro do Ministério Público decorra de Lei;
VI - gratificação pela participação como membro, em sessão do Conselho Nacional do Ministério Público;
VII - pensão por morte.

Parágrafo único. Para fins de aplicação do limite remuneratório constitucional, as verbas previstas neste artigo não
se somam entre si ou com o subsídio do mês em que se der o pagamento, devendo cada qual ser considerada
isoladamente no cotejo com o referido limite remuneratório.

Art. 281-A - Na Procuradoria-Geral de Justiça, terão direito à verba de representação de direção, em caráter
temporário, o Procurador-Geral de Justiça no percentual de 10% (dez por cento), os Subprocuradores-Gerais de Justiça,
o Corregedor-Geral do Ministério Público e os membros do Conselho Superior do Ministério Público, no índice de 9%
(nove por cento), calculados estes percentuais sobre o subsídio do cargo de Procurador de Justiça. 137

Parágrafo único. No caso de substituição do Procurador-Geral de Justiça, o substituto perceberá a diferença entre
a gratificação de seu cargo e a do substituído.

Art. 282 - Aplicam-se aos membros do Ministério Público os direitos sociais previstos no art. 7°, incisos VIII, XVII,
XVIII e XIX, da Constituição Federal, observado, no que couber, o disposto no parágrafo único do art. 281 desta Lei.138

Art. 283 - A gratificação prevista no artigo 280, inciso I, corresponderá a 10% (dez por cento) do subsídio mensal
do membro do Ministério Público que a ela faça jus, devendo ser calculada proporcionalmente aos dias de efetivo
exercício. 139

§ 1.º Aplica-se o disposto no caput deste artigo às hipóteses de substituição decorrente de ampliação de
competência prevista no artigo 110, inciso I, desta Lei. 140

§ 2.º REVOGADO. 141

§ 3.º REVOGADO. 142

Art. 284 - O membro do Ministério Público, convocado para substituição em órgão ministerial de Entrância ou
Instância Superior, terá direito à diferença entre o subsídio de seu cargo e o daquele para o qual for convocado, calculada
proporcionalmente aos dias em exercício. 143

Art. 285 - REVOGADO. 144

Art. 286 - REVOGADO. 145

SEÇÃO II

DAS DIÁRIAS

Art. 287 - O membro do Ministério Público que se deslocar, em caráter eventual, transitório, e em razão do serviço,
para localidade diversa de sua sede ou circunscrição, fará jus à percepção de diárias, sem prejuízo do custeio das
passagens ou do pagamento de indenização de transporte.146

§ 1.º As diárias serão regulamentadas por ato do Procurador-Geral de Justiça, sendo o valor mínimo
correspondente a 1/30 (um trinta avos) do respectivo subsídio e o valor máximo equivalente ao da diária devida ao
Procurador- Geral da República, excluído qualquer outro acréscimo.147

§ 2.º O valor será calculado por dia de afastamento e será destinado ao custeio das despesas com alimentação,
hospedagem e locomoção urbana do membro.148

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SEÇÃO III

DO AUXÍLIO-MORADIA

Art. 288 - Nas Comarcas de Entrância inicial, onde não haja residência oficial condigna para o membro do Ministério
Público, este fará jus à verba mensal de auxílio-moradia, correspondente a 5% (cinco por cento) de seu subsídio mensal.
149

Parágrafo único – Na hipótese de dois ou mais membros do Ministério Público residirem no mesmo imóvel, o
beneficio será pago ao primeiro que requerer.150

SEÇÃO IV

COMARCA DE DIFÍCIL PROVIMENTO

Art. 289 - O membro do Ministério Público que tiver efetivo exercício em Comarca de difícil provimento, assim
definida e indicada em ato do Procurador-Geral de Justiça, fará jus a uma gratificação correspondente a 2% (dois por
cento) de seu subsídio mensal.151

Parágrafo único - O pagamento da verba será suspenso em relação ao Promotor de Justiça que, por qualquer
motivo, afastar-se da Comarca por tempo excedente a 5 (cinco) dias, salvo quando em gozo de férias ou quando
previamente autorizado pelo Procurador-Geral de Justiça.152

SEÇÃO V

DA AJUDA DE CUSTO

Art. 290 - O membro do Ministério Público terá direito à percepção de ajuda de custo, no valor correspondente a
um terço do subsídio mensal do cargo que deva assumir, para indenização das despesas com transporte, mudança e
instalação na nova sede de exercício, quando:153
I - após o cumprimento do Estágio de Adaptação, entrar em exercício na Comarca para a qual tenha sido
nomeado;
II - promovido, passar a ter exercício na Entrância Final;
III - removido, mudar de residência de uma para outra sede de Comarca, desde que cumprido o interstício
previsto no art. 264 desta Lei.

Art. 291 - Não se concede a ajuda de custo ao membro do Ministério Público:

I - que deixar o cargo ou a ele retornam, em virtude de mandato eletivo.

II - posto a disposição, nos termos desta Lei;


III - nas hipóteses previstas no Capítulo VIII, do Título V, desta Lei.

Art. 292 - REVOGADO.154

SEÇÃO VI

DA PENSÃO POR MORTE

Arts. 293 a 296 - REVOGADOS155

SEÇÃO VII

DO AUXÍLIO-FUNERAL

Art. 297 - Ao cônjuge sobrevivente e, em falta, aos herdeiros ou dependentes do membro do Ministério Público,
ainda que aposentado ou em disponibilidade, será pago auxílio-funeral, correspondente a um mês de vencimentos ou
proventos percebidos pelo falecido.

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Parágrafo único - Na falta das pessoas enumeradas no "caput" deste artigo, quem houver custeado o funeral do
membro do Ministério Público será indenizado da despesa feita, até o montante a que se refere este artigo.

Art. 298 - Para os fins desta seção, equipara-se ao cônjuge, a companheira ou companheiro, nos termos da Lei.

CAPÍTULO III

DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 299 - A apuração do tempo de serviço dos membros do Ministério Público será feita em dias.

Parágrafo único - O número de dias será convertido em anos e meses, considerado ano como de 365 (trezentos
e sessenta e cinco) dias e o mês como de 30 (trinta) dias.

Art. 300 - Serão considerados de efetivo exercício para todos os efeitos legais, exceto para vitaliciamento, os dias
em que o membro do Ministério Público estiver afastado de suas funções em razão de:

I - férias;
II - trânsito decorrente de remoção ou promoção; III - desempenho de missão oficial;
IV - convocação para serviços obrigatórios por Lei;
V - exercício de cargo de confiança, na Administração Direta ou Indireta, com as limitações previstas no artigo 120
e parágrafo único desta Lei;
VI - licença para concorrer ou exercer cargo eletivo;
VII - freqüência a curso ou seminário de aperfeiçoamento e estudos, no País ou no Exterior, com duração máxima
de 02 (dois) anos, com prévia autorização do Conselho Superior;
VIII - disponibilidade remunerada, exceto para a promoção e em caso de afastamento decorrente de punição;
IX - designação, em comissionamento, em órgãos de direção do Ministério Público;
X - exercício do cargo de Presidente do Órgão de Classe; XI - designação do Procurador-Geral de Justiça para:
a) realização de atividade de relevância para a Instituição;
b) direção dos Centros de Apoio Operacional e de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do Ministério Público.
XII - licenças previstas no art. 307 desta Lei; XIII - outras hipóteses definidas em lei.

Art. 301 - Para efeito de aposentadoria, disponibilidade e gratificação adicional, será computado integralmente o
tempo de serviço de qualquer natureza e o tempo de exercício efetivo de advocacia, anteriores a nomeação, não
concomitante.

§ 1.º O tempo de serviço de advocacia será computado até o máximo de 15 (quinze) anos, não simultâneos com
nenhum tempo de serviço público, dependente de comprovação da respectiva inscrição na Seccional da Ordem dos
Advogados e Certidões dos Cartórios de distribuição do Foro, bem como o procuratório extrajudicial, assim compreendidos
os trabalhos jurídicos de consultoria e assessoria e as funções de diretoria jurídica.

§ 2.º Computar-se-á, para fins de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de serviço prestado em atividade
privada.

CAPÍTULO IV

DAS FÉRIAS

Art. 302 - O direito a férias anuais, coletivas e individuais, do membro do Ministério Público em atividade, será igual
a dos Magistrados, percebendo, neste caso, o beneficio de que trata o art. 7º, inciso XVII da Constituição Federal.

Art. 303 - Após o primeiro ano de exercício, os membros do Ministério Público terão direito, anualmente, a 60
(sessenta) dias de férias, individuais ou coletivas, segundo escala aprovada pelo Procurador-Geral de Justiça.

§ 1.º As férias dos membros do Ministério Público, sempre que possível, coincidirão com as dos Magistrados junto
aos quais oficiarem.

§ 2.º As férias não poderão ser fracionadas em períodos inferiores a 30 (trinta) dias e podem acumular se por
imperiosa necessidade do serviço e pelo máximo de 02 (dois) períodos.

Art. 304 - Por necessidade de serviço, o Procurador-Geral de Justiça poderá suspender ou transferir as férias de
qualquer membro do Ministério Público que, em conseqüência, deverá reassumir o exercício de seu cargo.

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Art. 305 - Ao entrar em férias e ao reassumir o exercício de seu cargo, o membro do Ministério Público fará as
devidas comunicações ao Procurador- Geral de Justiça e ao Corregedor-Geral do Ministério Público.

Parágrafo único - A comunicação do início das férias deverá conter: I - declaração de que os serviços estão em
dias;
II - endereço onde poderá ser encontrado.

Art. 306 - Para o membro do Ministério Público, promovido ou removido durante as férias, contar-se-á do término
destas, o prazo para assumir suas novas funções.

SEÇÃO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 307 - Conceder-se-á licença:

I - para tratamento de saúde;


II - por motivo de doença em pessoa da família; III - para repouso a gestante;
IV - paternidade;
V - em caráter especial, nas condições previstas no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado;
VI - para casamento, até 8 (oito) dias;
VII - por luto, em virtude de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmãos, sogros, noras e
genros, até 8 (oito) dias.
VIII - por motivo de afastamento de cônjuge; IX - em outros casos previstos em lei.

Art. 308 - É competente para conceder licença o Colégio de Procuradores, quando o interessado for o Procurador-
Geral de Justiça, e este, quando o forem os demais membros do Ministério Público.

Art. 309 - A licença para tratamento de saúde, por prazo superior a 30 (trinta) dias, bem como as prorrogações que
importem em licença por período ininterrupto, também superior a 30 (trinta) dias, dependerá de inspeção por junta médica
oficial.

Art. 310 - O membro do Ministério Público licenciado não poderá exercer qualquer de suas funções, nem qualquer
outra atividade pública ou particular.

Parágrafo único - Salvo contra indicação médica, o membro do Ministério Público licenciado poderá oficiar nos
autos que tiver recebido, com vista, antes da licença.

Art. 311 - A licença de membro do Ministério Público acometido, de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia
maligna, cegueira, surdez ou mudez, lepra, paralisia, epilepsia, cardiopatia grave ou HIV, será concedida quando a
inspeção de saúde não concluir pela necessidade imediata de aposentadoria.

Parágrafo único - Considerada definitiva a invalidez, será a licença de que trata este artigo convertida em
aposentadoria, mesmo que não tenha fluido o prazo de 24 (vinte e quatro) meses.

SEÇÃO II

DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Art. 312 - A licença para tratamento de saúde será concedida nos termos da legislação aplicável ao funcionalismo
estadual, sempre que esta Lei não dispuser de forma diversa.

Parágrafo único - O licenciado perceberá integralmente os vencimentos e vantagens de seu cargo, durante todo o
período de licença.

SEÇÃO III

DA LICENÇA POR DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

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Art. 313 - Será concedida licença por doença em pessoa da família quando o membro do Ministério Público
comprovar ser indispensável sua assistência pessoal ao enfermo e que esta não possa ser prestada concomitantemente
com o exercício do cargo.

§ 1.º Consideram-se pessoas da família, para os efeitos deste artigo, o cônjuge ou companheiro(a), padrasto ou
madrasta, ascendente, descendente, enteado(a) e colateral consangüíneo ou afim até o segundo grau civil;

§ 2.º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até 60 (sessenta) dias, podendo ser
prorrogada por igual período, mediante parecer da junta médica e, excedendo estes prazos, sem remuneração.

SEÇÃO IV

DA LICENÇA A GESTANTE

Art. 314 - A gestante será concedida, mediante inspeção por junta médica oficial do Estado, licença pelo prazo de
04 (quatro) meses, sem prejuízo de seus vencimentos e vantagens.

SEÇÃO V

DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE

Art. 315 - Ao membro do Ministério Público será concedida licença, sem remuneração, para acompanhar o cônjuge
eleito para o Congresso Nacional ou mandado servir em outra localidade, se servidor público ou militar.

SEÇÃO VI

DO AFASTAMENTO

Art. 316 - Além dos casos previstos em lei, tais como férias, licença e outros, o membro do Ministério Público só
poderá afastar-se do cargo para:

I - exercer cargo eletivo ou a ele concorrer, na forma da legislação eleitoral;


II - exercer cargo, na forma do art. 120, e seu parágrafo único, desta Lei;
III - freqüentar cursos ou seminários de aperfeiçoamento e estudos,

no País ou no exterior, de duração máxima de 02 (dois) anos, mediante prévia autorização do Conselho Superior
do Ministério Público.

Art. 317 - Em nenhuma hipótese será permitido o afastamento durante o estágio probatório;

SEÇÃO VII

DA LICENÇA ESPECIAL

Art. 318 - Após cada 5 (cinco) anos ininterruptos de exercício, o membro do Ministério Público fará jus a 03 (três)
meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, com a percepção dos vencimentos.

§ 1.º É facultado ao membro do Ministério Público fracionar a licença de que trata este artigo em até 03 (três)
parcelas;

§ 2.º Os períodos da licença especial já adquiridos e não gozados pelo membro do Ministério Público que vier a
falecer serão convertidos em pecúnia, em favor dos beneficiários da pensão.

Art. 319 - Não será concedida licença especial ao membro do Ministério Público que no período aquisitivo:

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remuneração; definitiva;

I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão; II - afastar-se do cargo em virtude de:


a) licença por motivo de doença em pessoa da família, sem
b) licença para tratamento de interesse particular;
c) condenação de pena privativa de liberdade por sentença
d) afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro.

Art. 320 - REVOGADO.156

CAPÍTULO VI

DA APOSENTADORIA E DA DISPONIBILIDADE

SEÇÃO I

DA APOSENTADORIA

Arts. 321 a 324 - REVOGADOS 157

Art. 325 - O membro do Ministério Público aposentado não perderá os seus direitos e prerrogativas, salvo os
incompatíveis com a sua condição de inativo.

SEÇÃO II

DA DISPONIBILIDADE

Art. 326 - O membro do Ministério Público será posto em disponibilidade:

I - em decorrência de processo disciplinar em que se verifique a incompatibilidade para o exercício de suas funções;
II - em razão de remoção compulsória, no interesse público;
III - em caso de extinção da Promotoria, da Comarca ou mudança da sede da Promotoria de Justiça, salvo haja
optado na forma do art. 114 desta Lei.

§ 1.º A disponibilidade será com vencimentos integrais e, nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo,
outorgar-se-á ao membro do Ministério Público o direito às vantagens do cargo e a contagem do tempo para efeito de
antigüidade na entrância como se em exercício estivesse.

§ 2.º No caso do inciso I deste artigo, a contagem de tempo para efeito de antigüidade na entrância se interromperá
até que se dê o aproveitamento do membro do Ministério Público colocado em disponibilidade.

§ 3.º O membro do Ministério Público em disponibilidade remunerada continuará sujeito às vedações


constitucionais e será classificado em quadro especial, provendo-se a vaga que ocorrer.

CAPÍTULO VII

DO REINGRESSO

Art. 327 - O reingresso na carreira do Ministério Público dar-se-á em virtude de reintegração, reversão de ofício e
aproveitamento.

Art. 328 - A reintegração que decorrerá de decisão judicial passada em julgado é o reingresso do membro do
Ministério Público ao cargo que ocupava, com ressarcimento dos direitos e vantagens atingidos pelo ato demissório,
contando- se o tempo de serviço correspondente ao afastamento e observadas as seguintes normas:

I - se o cargo estiver extinto, o reintegrado poderá optar nos termos do art. 114 desta Lei;
II - se o cargo estiver preenchido, o seu ocupante será removido ou posto em disponibilidade, até que possa ser
aproveitado;

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III - se no exame médico for considerado incapaz, o reintegrado será aposentado com as vantagens a que
teria direito, se efetivada a reintegração.

Art. 329 - Reversão, que só se dará de ofício, é o ato pelo qual o inativo retorna à carreira, em cargo da mesma
entrância anteriormente ocupado, em vaga a ser provida pelo critério de merecimento.

§ 1.º A reversão dependerá de inspeção de saúde realizada por junta oficial do Estado e de parecer favorável do
Conselho Superior;

§ 2.º Na reversão não haverá limite de idade, desaparecendo as causas determinantes da incapacidade física ou
mental;

§ 3.º O tempo de afastamento decorrente de aposentadoria será computado para efeito de nova aposentadoria.

Art. 330 - O aproveitamento é o retorno à carreira e ao exercício funcional, do membro do Ministério Público, posto
em disponibilidade.

§ 1.º O membro do Ministério Público será aproveitado no órgão de execução que ocupava quando posto em
disponibilidade, salvo se aceitar outro de igual nível ou se for promovido.

§ 2.º O aproveitamento terá preferência sobre as demais formas de


provimento.

§ 3.º Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo de disponibilidade e, em
caso de empate, o de maior tempo de Ministério Público.

Art. 331 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade, se o membro do Ministério Público
não comparecerá inspeção de saúde ou não assumir o exercício no prazo legal, salvo justo motivo, devidamente
comprovado.

Art. 332 - O reingresso em todas as suas atividades far-se-á por ato do Procurador-Geral de Justiça.

TÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 333 - Ao membro ou servidor do Ministério Público é vedado manter, sob sua chefia imediata, em cargo ou
função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o 3º (terceiro) grau civil.

Art. 334 - Os membros do Ministério Público, nomeados antes de 05.10.88, poderão optar entre o novo regime
jurídico e o anterior à promulgação da Constituição, quanto às garantias, vantagens e vedações do cargo.

§ 1.º A opção poderá ser exercida no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da promulgação desta Lei
Complementar, podendo a retratação ser feita, uma única vez, no prazo de 2 (dois) anos;

§ 2.º Não manifestada a opção no prazo estabelecido no parágrafo anterior, o silêncio valerá como opção tácita
pelo novo regime.

Art. 335 - Compete ao Procurador-Geral de Justiça, ouvido o Conselho Superior, ratificar o afastamento da carreira
do membro do Ministério Público que tenha optado na forma do artigo anterior.

Parágrafo único - Após a promulgação desta Lei o membro do Ministério Público que estiver afastado em
desacordo com o estabelecido no artigo 120 desta Lei, terá prazo de 90 (noventa) dias para reassumir seu cargo no
Ministério Público, sob pena de considerar-se abandono de cargo.

Art. 336 - Fica o Chefe do Ministério Público autorizado a efetuar a adequação dos efeitos financeiros decorrentes
da aplicação da presente Lei, inclusive os concernentes ao que se refere a pessoal, tudo de conformidade aos ditames
da Lei Complementar Federal n.º 101, de 10 de maio de 2000. 158

Art. 337 - Os órgãos colegiados da Administração Superior do Ministério Público terão um prazo de 90 (noventa)
dias para elaboração de seus Regimentos Internos.

Art. 338 - REVOGADO. 159

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125
CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

Art. 338-A - Fica criada a Ouvidoria do Ministério Público do Estado do Amazonas, em consonância com o disposto
no art. 130-A, § 5º da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 45/04, com o objetivo de
contribuir para elevar, continuamente, os padrões de transparência, presteza e segurança das atividades desenvolvidas
pela instituição e o fortalecimento da cidadania.160

§ 1.º As atribuições e estrutura da Ouvidoria serão disciplinadas por resolução do Colégio de Procuradores de
Justiça.

§ 2° Fica criado o cargo de Ouvidor-Geral do Ministério Público, a ser provido por membro ativo, cuja forma de
provimento e atribuições serão disciplinados por resolução do Colégio de Procuradores de Justiça.161

§ 3.º O Ouvidor-Geral do Ministério Público fará jus a uma gratificação no percentual de 8% (oito por cento)
calculados sobre o subsídio de Procurador de Justiça.

Art. 339 - A percepção cumulativa de subsídios, remuneração e proventos, de qualquer origem, não poderá
exceder o limite remuneratório constitucional, ressalvado o disposto nos arts. 279, 281 e 282, desta Lei.162

Parágrafo único – REVOGADO. 163

Art. 340 - Os proventos dos inativos pertencentes ao extinto cargo de Promotor-Adjunto corresponderão ao
subsídio do cargo de Promotor de Justiça de Entrância Inicial. 164

Art. 341 - Fica extinto o quadro especial de que trata o parágrafo único do art. 249 da Lei Complementar nº 02/83,
com a redação dada pelo art. 1.º da Lei Complementar nº 04, de 24.05.89, aplicando-se para os membros do Ministério
Público nesta hipótese, o disposto no art. 114 e parágrafo único, desta Lei.

Art. 342 - As Promotorias de Justiça somente serão providas nas Comarcas efetivamente instaladas e que tiverem
destinação de local próprio para o Ministério Público exercer suas atribuições.

Art. 343 - Na hipótese de fusão de Promotorias ou Curadorias de Justiça, permanecerá como titular o membro do
Ministério Público com atribuições na Promotoria ou Curadoria de Justiça incorporadora, aplicando-se ao outro o disposto
no art. 336 desta Lei.

Art. 344 - A Associação Amazonense do Ministério Público, sociedade civil com personalidade própria, é a entidade
de representação da Classe e dela podem fazer parte os membros do Ministério Público, em atividade, disponibilidade ou
aposentado. 165

Parágrafo único – O Membro do Ministério Público, quando no exercício do cargo de Presidente da entidade de
classe, terá direito a se afastar de suas funções originárias, sem prejuízo da percepção integral de seus subsídios.

Art. 345 - O beneficio da pensão por morte, de que trata o art. 293 desta Lei, será pago em folha especial,
mensalmente, pela Procuradoria Geral de Justiça.

Art. 346 - Fica instituída a Escola Superior do Ministério Público, com regulamentação de suas atividades elaborada
pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional, no prazo de um ano, aprovado pelo Colégio de Procuradores de
Justiça.

Parágrafo único - Enquanto não for criada a Escola Superior do Ministério Público, as suas atribuições serão
exercidas pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional.

Art. 347 - Fica criada a Medalha do Mérito do Ministério Público do Amazonas, cuja concessão será regulamentada
por ato do Procurador-Geral de Justiça.

Art. 348 - A Procuradoria-Geral de Justiça publicará a Revista do Ministério Público do Amazonas, com a finalidade
de divulgar os trabalhos jurídicos de interesse da Instituição.

Art. 349 - Fica criado no âmbito do Ministério Público, o Fundo de Apoio do Ministério Público do Amazonas
(FAMP/AM), com a finalidade de prover recursos para expansão, manutenção de suas atividades, aquisição de
equipamentos, bem como aperfeiçoamento técnico-profissional de seus membros e servidores.

Art. 350 - Além do espaço próprio, é assegurado ao Ministério Público a isenção de pagamento pela publicação
de seus atos, inclusive administrativos, no órgão oficial do Estado.

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126
CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

Art. 351 - Fica mantida a atual composição do Conselho Superior do Ministério Público, até final de mandato dos
seus atuais membros.

Art. 352 - SUPRIMIDO166

Art. 353 - O dia 14 de dezembro, "Dia Nacional" do Ministério Público, será feriado no âmbito da Instituição neste
Estado.

Art. 354 - Equipara-se a residência oficial o imóvel locado para este fim, pelo Poder Público, para o membro do
Ministério Público.

Art. 355 - Fica transformado em Gabinete de Assuntos Jurídicos o atual Gabinete de Assuntos Judiciários,
passando a denominar-se Assessores Jurídicos os atuais Assistentes de Assessoria.

Art. 356 – REVOGADO 167

Art. 357 - Os cargos integrantes do Quadro Único do Ministério Público do Estado são os constantes do Anexo I
desta Lei, tratando o Anexo II dos cargos de direção e o Anexo III dos cargos em comissão de assistência direta e
respectivos símbolos.

Art. 358 - Para o preenchimento dos cargos da Carreira, o Procurador-Geral de Justiça, baixará Ato, indicando as
Procuradorias e Promotorias de Justiça ocupadas e as disponíveis, com a respectiva numeração, que norteará a ordem
e seu respectivo local de funcionamento, observado o disposto no art. 128, § 5º, inciso I letra "b", da Constituição da
República.

Art. 359 - Ficam extintos 14 (quatorze) cargos de Promotores de Justiça de 2ª Entrância, reestruturando-se o cargo
de carreira do Ministério Público na forma do Anexo I desta Lei.

Art. 360 - O mandato do atual Procurador-Geral de Justiça terminará com a posse do escolhido na forma desta
Lei.

Art. 361 - Aplicam-se, subsidiariamente aos membros do Ministério Público as normas da Lei Orgânica do
Ministério Público da União e do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Amazonas, que não colidirem
com os desta Lei Complementar.

Art. 362 - As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão a conta das dotações próprias do Ministério
Público na Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado.

Art. 363 - Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário, e
especialmente, as Leis Complementares nº 02/83, nº 04/89, 05/ 89, 08/92, 09/93 e 010/93.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO


AMAZONAS, em Manaus, 17 de dezembro de 1993.

GILBERTO MESTRINHO DE MEDEIROS RAPOSO


Governador do Estado do Amazonas

MAURO LUIZ CAMPBELL MARQUES


Secretário de Estado de Justiça Segurança Pública e Cidadania

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127
CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

§ 6º Durante a execução orçamentária do


O MINISTÉRIO PÚBLICO NA
exercício, não poderá haver a realização de despesas
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ou a assunção de obrigações que extrapolem os
limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas,
Olá, pessoal, tudo bem? Espero que sim! mediante a abertura de créditos suplementares ou
Na aula de hoje, estudaremos as disposições da especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional
Constituição Federal relacionadas com o Ministério nº 45, de 2004)
Público. Para isso, faremos uso,
preponderantemente, dos artigos 127 a 129 do Art. 128. O Ministério Público abrange:
texto constitucional.

I - o Ministério Público da União, que


CAPÍTULO IV compreende:
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
80, de 2014) a) o Ministério Público Federal;

SEÇÃO I b) o Ministério Público do Trabalho;


DO MINISTÉRIO PÚBLICO
c) o Ministério Público Militar;
Art. 127. O Ministério Público é instituição
permanente, essencial à função jurisdicional do d) o Ministério Público do Distrito Federal e
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do Territórios;
regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis. II - os Ministérios Públicos dos Estados.

§ 1º - São princípios institucionais do Ministério § 1º O Ministério Público da União tem por


Público a unidade, a indivisibilidade e a independência chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo
funcional. Presidente da República dentre integrantes da
carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos
autonomia funcional e administrativa, podendo, membros do Senado Federal, para mandato de dois
observado o disposto no art. 169, propor ao Poder anos, permitida a recondução.
Legislativo a criação e extinção de seus cargos e
serviços auxiliares, provendo-os por concurso público § 2º A destituição do Procurador-Geral da
de provas ou de provas e títulos, a política República, por iniciativa do Presidente da República,
remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá deverá ser precedida de autorização da maioria
sobre sua organização e absoluta do Senado Federal.
funcionamento. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do
Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice
§ 3º O Ministério Público elaborará sua dentre integrantes da carreira, na forma da lei
proposta orçamentária dentro dos limites respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para
mandato de dois anos, permitida uma recondução.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a
respectiva proposta orçamentária dentro do prazo § 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos
Poder Executivo considerará, para fins de por deliberação da maioria absoluta do Poder
consolidação da proposta orçamentária anual, os Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.
valores aprovados na lei orçamentária vigente,
ajustados de acordo com os limites estipulados na
forma do § 3º. (Incluído pela Emenda § 5º Leis complementares da União e dos
Constitucional nº 45, de 2004) Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos
Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização,
as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público,
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata observadas, relativamente a seus membros:
este artigo for encaminhada em desacordo com os
limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo
procederá aos ajustes necessários para fins de I - as seguintes garantias:
consolidação da proposta orçamentária
anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)

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128
CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, do meio ambiente e de outros interesses difusos e
não podendo perder o cargo senão por sentença coletivos;
judicial transitada em julgado;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade
b) inamovibilidade, salvo por motivo de ou representação para fins de intervenção da União e
interesse público, mediante decisão do órgão dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
colegiado competente do Ministério Público, pelo voto
da maioria absoluta de seus membros, assegurada V - defender judicialmente os direitos e
ampla defesa; (Redação dada pela Emenda interesses das populações indígenas;
Constitucional nº 45, de 2004)
VI - expedir notificações nos procedimentos
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma administrativos de sua competência, requisitando
do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X informações e documentos para instruí-los, na forma
e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Redação dada da lei complementar respectiva;
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
VII - exercer o controle externo da atividade
II - as seguintes vedações: policial, na forma da lei complementar mencionada no
artigo anterior;
a) receber, a qualquer título e sob qualquer
pretexto, honorários, percentagens ou custas VIII - requisitar diligências investigatórias e a
processuais; instauração de inquérito policial, indicados os
fundamentos jurídicos de suas manifestações
b) exercer a advocacia; processuais;

c) participar de sociedade comercial, na forma IX - exercer outras funções que lhe forem
da lei; conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade,
sendo-lhe vedada a representação judicial e a
d) exercer, ainda que em disponibilidade, consultoria jurídica de entidades públicas.
qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério; § 1º - A legitimação do Ministério Público para
as ações civis previstas neste artigo não impede a de
e) exercer atividade político- terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto
partidária; (Redação dada pela Emenda nesta Constituição e na lei.
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º As funções do Ministério Público só podem
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão
ou contribuições de pessoas físicas, entidades residir na comarca da respectiva lotação, salvo
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções autorização do chefe da instituição. (Redação
previstas em lei. (Incluída pela Emenda dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas
Público o disposto no art. 95, parágrafo único, e títulos, assegurada a participação da Ordem dos
V. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se
2004) do bacharel em direito, no mínimo, três anos de
atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a
ordem de classificação. (Redação dada pela
Art. 129. São funções institucionais do Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Ministério Público:
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que
I - promover, privativamente, a ação penal couber, o disposto no art. 93. (Redação dada pela
pública, na forma da lei; Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes § 5º A distribuição de processos no Ministério


Públicos e dos serviços de relevância pública aos Público será imediata. (Incluído pela Emenda
direitos assegurados nesta Constituição, promovendo Constitucional nº 45, de 2004)
as medidas necessárias a sua garantia;
Art. 130. Aos membros do Ministério Público
III - promover o inquérito civil e a ação civil junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as
pública, para a proteção do patrimônio público e social,

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129
CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

disposições desta seção pertinentes a direitos, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para
vedações e forma de investidura. que se adotem as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Tribunais de Contas; (Incluído pela Emenda
Público compõe-se de quatorze membros nomeados Constitucional nº 45, de 2004)
pelo Presidente da República, depois de aprovada a
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, III - receber e conhecer das reclamações contra
para um mandato de dois anos, admitida uma membros ou órgãos do Ministério Público da União ou
recondução, sendo: (Incluído pela Emenda dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares,
Constitucional nº 45, de 2004) sem prejuízo da competência disciplinar e correicional
da instituição, podendo avocar processos disciplinares
I o Procurador-Geral da República, que o em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade
preside; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, e aplicar outras sanções administrativas, assegurada
de 2004) ampla defesa; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
II quatro membros do Ministério Público da
União, assegurada a representação de cada uma de IV rever, de ofício ou mediante provocação, os
suas carreiras; (Incluído pela Emenda processos disciplinares de membros do Ministério
Constitucional nº 45, de 2004) Público da União ou dos Estados julgados há menos
de um ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
III três membros do Ministério Público dos
Estados; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004) V elaborar relatório anual, propondo as
providências que julgar necessárias sobre a situação
do Ministério Público no País e as atividades do
IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista
Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de no art. 84, XI. (Incluído pela Emenda Constitucional
Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, nº 45, de 2004)
de 2004)
§ 3º O Conselho escolherá, em votação
V dois advogados, indicados pelo Conselho secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros
Federal da Ordem dos Advogados do do Ministério Público que o integram, vedada a
Brasil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, recondução, competindo-lhe, além das atribuições que
de 2004) lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI dois cidadãos de notável saber jurídico e
reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos I receber reclamações e denúncias, de
Deputados e outro pelo Senado Federal. (Incluído qualquer interessado, relativas aos membros do
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Ministério Público e dos seus serviços
auxiliares; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do 45, de 2004)
Ministério Público serão indicados pelos respectivos
Ministérios Públicos, na forma da lei. (Incluído pela II exercer funções executivas do Conselho, de
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) inspeção e correição geral; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do
Ministério Público o controle da atuação administrativa III requisitar e designar membros do Ministério
e financeira do Ministério Público e do cumprimento Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar
dos deveres funcionais de seus membros, cabendo servidores de órgãos do Ministério Público. (Incluído
lhe: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
2004)
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da
I zelar pela autonomia funcional e Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao
administrativa do Ministério Público, podendo expedir Conselho. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
atos regulamentares, no âmbito de sua competência, 45, de 2004)
ou recomendar providências; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão
ouvidorias do Ministério Público, competentes para
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, receber reclamações e denúncias de qualquer
de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos interessado contra membros ou órgãos do Ministério
atos administrativos praticados por membros ou Público, inclusive contra seus serviços auxiliares,
órgãos do Ministério Público da União e dos Estados,

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CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

representando diretamente ao Conselho Nacional do c) Zelar pela observância dos princípios constitucionais e
Ministério Público. (Incluído pela Emenda pela tutela constitucional do cidadão.
Constitucional nº 45, de 2004) d) Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da
União e pelos serviços de relevância pública.
QUESTÕES DE CONCURSOS e) A unidade, a indivisibilidade e a independência
funcional.
1. (CEBRASPE/CESPE/ACE/TC-DF/2021) Com relação
ao Poder Legislativo, ao Poder Judiciário e ao 6. (FCC/AJ/TER-RR/JUDICIÁRIA/2015) NÃO constitui
Ministério Público, julgue o item: função institucional do Ministério Público, de acordo
O Ministério Público de Contas da União é o órgão com a Constituição Federal:
integrante do Ministério Público da União que atua na a) Intervir como fiscal da lei nas causas em que a União,
busca da responsabilidade civil dos que fraudarem o suas Autarquias ou Empresas Públicas figurarem
emprego de recursos públicos. como autoras, rés, assistentes ou opoentes.
( ) CERTO ( ) ERRADO b) Mover a ação civil pública para o resguardo do sistema
político vigente.
2. (LEGALLE/AD/PREFEITURA DE c) Mover a ação penal pública com exclusividade.
MOSTARDAS/2020) São princípios institucionais do d) Exercer o controle externo da atividade policial.
Ministério Público: e) Representar para fins de intervenção da União no
a) A independência financeira e administrativa. Estado-membro.
b) A vitaliciedade e a independência financeira.
c) A unidade, a indivisibilidade e a independência 7. (FCC/TJ/TRT
funcional. 24/ADMINISTRATIVA/SEGURANÇA/2017) De acordo
d) A vitaliciedade, a independência funcional e a com a Constituição Federal, o Ministério Público
inamovibilidade absoluta. a) é instituição permanente, com os seguintes princípios
institucionais: unidade, indivisibilidade e
3. (EDUCA PB/TEC/PREF C DOS ÍNDIOS/CONTROLE independência funcional.
INTERNO/2020) O Ministério Público é um órgão b) possui autonomia funcional, não havendo autonomia
independente, que não está vinculado a nenhum dos administrativa, em razão da sua subordinação ao
Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). De Poder Executivo.
acordo com a Constituição da República, é uma c) possui autonomia funcional, não havendo autonomia
instituição permanente que possui autonomia e administrativa, em razão da sua subordinação ao
independência funcional. Sobre a atuação do Poder Judiciário.
Ministério Público, analise os itens abaixo e a d) elaborará sua proposta orçamentária dentro dos
alternativa INCORRETA: limites estabelecidos na lei Orgânica da Magistratura.
a) É responsável por garantir que todos se comportem de e) elaborará sua proposta orçamentária dentro dos
acordo com a legislação vigente. Isso vale para os limites estabelecidos no Regimento Interno do
governos e para os particulares. Supremo Tribunal Federal.
b) Zela pelo respeito dos serviços de relevância pública.
c) Exerce o controle interno da atividade policial. 8. (FCC/TCE-CE/ADMINISTRAÇÃO/SUPORTE
d) Requisita diligências investigatórias e a instauração de ADMINISTRATIVO GERAL/2015) Nos termos da
inquérito policial. Constituição Federal, o Ministério Público é
e) É uma espécie de “ouvidoria da sociedade brasileira” considerado instituição permanente e
a) essencial à função jurisdicional do Estado, integrando
4. (FCC/TEC LEG/ALESE/TAQUIGRAFIA/2018) A a estrutura do Poder Judiciário.
Constituição Federal reconhece como instituição b) incumbida da defesa do regime democrático e da
permanente, essencial à função jurisdicional do ordem jurídica, integrando a estrutura do Poder
Estado, à qual incumbe a defesa da ordem jurídica, do Executivo.
regime democrático e dos interesses sociais e c) responsável, privativamente, pela defesa dos direitos
individuais indisponíveis, sociais e individuais indisponíveis em Juízo.
a) a Defensoria Pública. d) responsável pela defesa do regime democrático e da
b) a Advocacia-Geral da União. ordem jurídica, integrando a estrutura do Poder
c) o Ministério Público. Legislativo.
d) a Controladoria-Geral da União. e) incumbida de promover a defesa da ordem jurídica,
e) a Justiça Federal. gozando de autonomia e independência funcional.

5. (FCC/ANA/CNMP/APOIO JURÍDICO/DIREITO/2015) 9. (FCC/ATE/SEFAZ PI/2015) Na Constituição brasileira


São princípios institucionais do de 1988, o inquérito civil e a ação civil pública
Ministério Público da União: aparecem dentre as funções institucionais do
a) A legalidade, a impessoalidade, a moralidade e a Ministério Público para a proteção
publicidade dos seus atos. a) dos direitos políticos dos cidadãos brasileiros.
b) A defesa da ordem jurídica, do regime democrático, b) do patrimônio cultural do povo brasileiro.
dos interesses sociais e dos interesses individuais c) dos direitos individuais de brasileiros e estrangeiros.
indisponíveis. d) do patrimônio público e social, do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivos.

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CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

e) dos direitos sociais dos trabalhadores. c) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos
serviços de relevância pública aos direitos
10. (FCC/TÉC SEC/DPE-RR/2015) Instituição assegurados na Constituição, promovendo as
permanente, incumbida da defesa da ordem jurídica, medidas necessárias à sua garantia.
do regime democrático e dos interesses sociais e d) propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de
individuais indisponíveis. Tal conceito constitucional seus cargos e serviços auxiliares, provendo- os por
refere-se concurso público de provas ou de provas e títulos, a
a) à Advocacia Pública. política remuneratória e os planos de carreira.
b) à Defensoria Pública. e) exercer funções que forem compatíveis com sua
c) à Ordem dos Advogados do Brasil. finalidade de defesa da ordem jurídica e do regime
d) ao Poder Judiciário. democrático, tais como a representação judicial e a
e) ao Ministério Público. consultoria jurídica de entidades públicas, quando
necessárias.
11. (FCC/TEC MIN/MPE-MA/ADMINISTRATIVO/2013) O
Ministério Público elaborará sua resposta 13. (FCC/ANA MIN/MPE PE/ARQUITETURA/2012) De
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de acordo com a Constituição da República Federativa do
diretrizes orçamentárias. Se a proposta orçamentária Brasil, NÃO se inclui dentre as funções institucionais
de que trata este artigo for encaminhada em do Ministério Público:
desacordo com estes limites o Poder Executivo a) promover ação popular para a proteção do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.
a) devolverá ao órgão competente do Ministério Público b) defender judicialmente os direitos e interesses da
para que este faça dentro do prazo máximo de cento e população indígena.
vinte dias os ajustes necessários para fins de c) promover, privativamente, ação penal pública, na
consolidação da proposta orçamentária anual. forma da lei.
b) devolverá ao órgão competente do Ministério Público d) requisitar diligências investigatórias e instauração de
para que este faça dentro do prazo máximo de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos
sessenta dias os ajustes necessários para fins de de suas manifestações processuais.
consolidação da proposta orçamentária anual. e) promover ação de inconstitucionalidade ou
c) procederá aos ajustes necessários para fins de representação para fins de intervenção da União e dos
consolidação da proposta orçamentária anual. Estados, nos casos previstos na Constituição.
d) encaminhará ao Procurador-Geral da República, para
que este tome as providências necessárias, e enviará 14. (FCC/TEC MIN/MPE-MA/EXECUÇÃO DE
também ao Congresso Nacional e ao Tribunal de MANDADOS/2013) Segundo a Constituição Federal
Contas da União. brasileira, os Ministérios Públicos dos Estados e o do
e) encaminhará ao Procurador-Geral da República, para Distrito Federal formarão lista
que este tome as providências necessárias, e enviará tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei
também ao Senado Federal e ao Supremo Tribunal respectiva, para escolha de seu Procurador- Geral,
Federal. que será nomeado pelo
a) Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois
12. (FCC/AJ/TJ-RJ/COMISSÁRIO DE JUSTIÇA DA anos, vedada a recondução.
INFÂNCIA, DA JUVENTUDE E DO IDOSO/ 2012) “O b) Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois
Poder Judiciário tem por característica central a anos, permitida uma recondução.
estática ou o não-agir por impulso próprio (ne procedat c) Presidente do Supremo Tribunal Federal, para
iudex ex officio). Age por provocação das partes, do mandato de dois anos, permitida uma recondução.
que decorre ser próprio do Direito Positivo este ponto d) Presidente do Supremo Tribunal Federal, para
de fragilidade: quem diz o que seja ‘de Direito’ não o mandato de dois anos, vedada a recondução.
diz e) Chefe do Poder Executivo, para mandato de três anos,
senão a partir de impulso externo. Não é isso o que se vedada a recondução.
dá com o Ministério Público. Este age de ofício e assim
confere ao Direito um elemento de dinamismo 15. (FCC/TJ/TER-SP/ADMINISTRATIVA/”SEM
compensador daquele primeiro ponto jurisdicional de ESPECIALIDADE”/2017) Uma Lei complementar
fragilidade.”(HC 97.969, Rel. Min. Ayres Britto, estadual, de iniciativa do Procurador-Geral de Justiça
Segunda Turma, publ. DJE de 23-5-2011). do Estado, que estabelecesse organização,
atribuições e estatuto do Ministério Público do Estado
Uma das funções institucionais atribuídas pela em questão, prevendo ser vedado a seus membros o
Constituição da República ao Ministério Público que exercício, ainda que em disponibilidade, de qualquer
evidencia a característica acima apontada consiste em outra função pública, salvo uma de magistério, seria
a) exercer o controle externo da atividade policial, na a) compatível com a Constituição Federal.
forma de lei complementar federal, de iniciativa b) incompatível com a Constituição Federal, por se tratar
privativa do Procurador-Geral da República. de matéria de competência da União, e não dos
b) elaborar sua própria proposta orçamentária, dentro Estados.
dos limites estabelecidos na lei de diretrizes c) incompatível com a Constituição Federal, por se tratar
orçamentárias. de matéria reservada à lei ordinária.

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132
CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

d) incompatível com a Constituição Federal, por se tratar dos membros da Assembleia Legislativa de Goiás,
de matéria de iniciativa privativa do Governador do para mandato de dois anos, vedada a recondução.
Estado. b) ser nomeado pelo Governador do Estado dentre
e) incompatível com a Constituição Federal, pois esta integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
permite ao membro do Ministério Público em após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta
disponibilidade o exercício de outra função pública que dos membros da Assembleia Legislativa de Goiás,
não apenas uma de magistério. para mandato de dois anos, permitida a recondução.
c) figurar em lista tríplice formada pelo Ministério Público
16. (FCC/TJ/TRT 20/ADMINISTRATIVA/2016) A de Goiás dentre os integrantes da carreira, na forma
Constituição Federal veda ao membro do Ministério da lei respectiva, e ser nomeado pelo Governador do
Público exercer Estado para mandato de dois anos, vedada a
a) qualquer outra função pública, ainda quando estiver recondução.
em disponibilidade, com exceção de exercer uma d) figurar em lista tríplice formada pelo Ministério Público
função de magistério. de Goiás dentre os integrantes da carreira, na forma
b) qualquer outra função pública, ainda quando estiver da lei respectiva, e ser nomeado pelo Governador do
em disponibilidade, sem qualquer exceção. Estado para mandato de dois anos, permitida uma
c) qualquer outra função pública, com exceção de recondução.
exercer a função de defensor público quando estiver e) figurar em lista tríplice formada pelo Ministério Público
em disponibilidade. de Goiás dentre os integrantes da carreira, na forma
d) algumas funções públicas predeterminadas da lei respectiva, e ser nomeado pelo Governador do
taxativamente no texto constitucional. Estado para mandato de três anos, permitida uma
e) qualquer outra função pública, exceto quando estiver recondução.
em disponibilidade, sem qualquer exceção.
20. (CEBRASPE/CESPE/ESC POL/PCMA/2018) A
17. (FCC/AJ/TRT 9/ADMINISTRATIVA/2015) Considere instituição permanente, essencial à função
as seguintes atividades: jurisdicional do Estado, à qual incumbe a defesa da
I – Participar de sociedade comercial, na forma da lei. ordem jurídica, do regime democrático e dos
II – Exercer atividade político partidária. interesses sociais e individuais indisponíveis é o(a.)
III – Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer a) advocacia pública.
outra função pública. b) Conselho Nacional de Justiça.
Aos integrantes do Ministério Público do Trabalho é c) polícia judiciária.
VEDADO, constitucionalmente, o constante em d) Defensoria Pública.
a) I, II e III. e) Ministério Público.
b) I e III, apenas.
c) I e II, apenas. 21. (CEBRASPE/CESPE/PJ/MPE-CE/2020) Um membro
d) II, apenas. do Ministério Público que atua em tribunal de justiça
e) III, apenas. discorda do decidido em um acórdão da corte e
pretende recorrer. Percebe, contudo, que o tribunal
18. (FCC/AJ/TJ-PE/CONTADOR/2012) Peixoto, membro acolhera integralmente o que fora preconizado para o
do Ministério Público Estadual, está passando por caso pelo promotor com atuação no primeiro grau.
enorme dificuldade financeira, e precisa auferir maior Nesse caso, o membro do parquet
rendimento para custear as suas despesas básicas, a) não poderá recorrer, devido a preclusão processual
pois o seu subsídio não está sendo suficiente. Nesse lógica.
caso, para complementar sua renda, Peixoto poderá b) não poderá recorrer, devido ao princípio institucional
a) participar de sociedade comercial, na forma da lei. da unidade do Ministério Público.
b) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, c) não poderá recorrer, devido ao princípio institucional
honorários, percentagens ou custas processuais nas da indivisibilidade do Ministério Público.
causas que funcionar. d) poderá recorrer, devido ao princípio institucional da
c) exercer a advocacia, desde que não advogue contra o independência funcional.
Estado. e) poderá recorrer, por ocupar posição hierárquica
d) exercer uma função de magistério. superior em relação ao promotor com atuação no
e) exercer atividade político-partidária em qualquer primeiro grau.
situação.
22. (CEBRASPE/CESPE/AG/TCE-
19. (FCC/AJ/TRT 18/ADMINISTRATIVA/”SEM PE/ADMINISTRAÇÃO/2017) Com relação às funções
ESPECIALIDADE”/2013) Considere a seguinte essenciais à justiça, julgue o item a seguir. Segundo a
situação hipotética: Paulo é Procurador de Justiça no CF, Ministério Público que atue junto ao TCU ou junto
Estado de Goiás e pretende ser nomeado ao tribunal de contas estadual integrará,
Procurador-Geral de Justiça do referido Estado da respectivamente, o Ministério Público da União ou o
Federação. Para tanto, Paulo deverá Ministério Público do estado em questão.
a) ser nomeado pelo Governador do Estado dentre ( ) CERTO ( ) ERRADO
integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta

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133
CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

23. (CEBRASPE/CESPE/TEC MIN/MPE-CE/2020) 29. (CEBRASPE/CESPE/AJ/TRF 1/JUDICIÁRIA/OFICIAL


Acerca do Poder Judiciário e das funções essenciais à DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/ 2017) Acerca
justiça, julgue o item que se segue. das funções essenciais à justiça, julgue o item. O
O Ministério Público, observando sua autonomia Ministério Público é instituição permanente e essencial
funcional e administrativa, pode propor ao Poder à função jurisdicional cujo rol de funções previsto pela
Legislativo a extinção e a criação de cargos e serviços Constituição Federal de 1988 é não exaustivo e inclui
auxiliares para o próprio Ministério Público. a titularidade para promover ação penal pública e ação
( ) CERTO ( ) ERRADO direta de inconstitucionalidade.

( ) CERTO ( ) ERRADO
24. (CEBRASPE/CESPE/TEC MIN/MPE-CE/2020)
Acerca do Poder Judiciário e das funções essenciais à 30. (CEBRASPE/CESPE/ASSJ/TJ-AM/”SEM
justiça, julgue o item que se segue. ÁREA”/2019) Acerca da estruturação orgânica do
A Advocacia-Geral da União é responsável por Ministério Público, julgue o item seguinte.
promover inquérito civil e ação civil pública para O Ministério Público da União é constituído pelo
proteção do meio ambiente e de outros interesses Ministério Público de Contas da União, pelo Ministério
difusos e coletivos. Público do Trabalho, pelo Ministério Público Federal,
( ) CERTO ( ) ERRADO pelo Ministério Público Militar e pelo Ministério Público
do Distrito Federal e dos Territórios.
25. (CEBRASPE/CESPE/TJ/TRT 7/APOIO ( ) CERTO ( ) ERRADO
ESPECIALIZADO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/
2017) De acordo com a Constituição Federal de 1988,
o Ministério Público é
a) um órgão de controle vinculado ao Legislativo, junto ao
Tribunal de Contas da União (TCU) e à Controladoria-
Geral da União (CGU).
b) uma instituição que representa a União, judicial e
extrajudicialmente, cabendo-lhe as atividades de
consultoria e de assessoramento jurídico do Poder
Executivo.
c) uma instituição permanente que integra as funções
essenciais à justiça conjuntamente com a defensoria
pública e a advocacia pública.
d) um órgão do Poder Judiciário.

26. (CEBRASPE/CESPE/DPF/PF/2018) Acerca da


disciplina constitucional da segurança pública, do
Poder Judiciário, do MP e das atribuições da PF, julgue
o seguinte item. Segundo o STF, o MP não possui
legitimidade para propor ação civil pública em matéria
tributária em defesa de contribuintes.
( ) CERTO ( ) ERRADO

27. (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPE-


PI/ENGENHARIA/ENGENHARIA CIVIL/2018) Acerca
das funções essenciais à justiça, julgue o próximo
item.
Apesar de a CF não prever expressamente que cabe
ao Ministério Público a defesa judicial dos direitos das
populações indígenas, a jurisprudência reconheceu-
lhe essa importante função institucional.

28. (CEBRASPE/CESPE/PROC MUN/PREF


FORTALEZA/2017) A respeito das funções essenciais
à justiça, julgue o item seguinte à luz da CF.
Em decorrência do princípio da unidade, membro do
MP não pode recorrer de decisão proferida na
segunda instância se o acórdão coincidir com o que foi
preconizado pelo promotor que atuou no primeiro grau
de jurisdição.
( ) CERTO ( ) ERRADO

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CONCURSO PÚBLICO

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1. Ano: 2015 Banca: FMP Concursos Órgão: MPE- 3. Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: MPE-AM Provas: FCC
AM Prova: FMP Concursos - 2015 - MPE-AM - - 2013 - MPE-AM - Agente de Apoio - Manutenção e
Promotor de Justiça Substituto Suporte de Informática
Considere as seguintes alternativas sobre a atuação Considerando as faltas disciplinares praticadas pelos
do Ministério Público: membros do Ministério Público, é correto afirmar que
I – A designação de Promotor Eleitoral é ato privativo do a) as infrações punidas com pena de advertência serão
Procurador-Geral de Justiça. apuradas em sindicância e da decisão será dado
II – Na fiscalização de casas prisionais, os membros do conhecimento ao infrator pela imprensa oficial.
Ministério Público deverão fazer visitas aos b) as infrações punidas com pena de censura serão
estabelecimentos penais a cada dois meses, fazendo apuradas em sindicância e da decisão será dado
minucioso relatório. conhecimento ao infrator pela imprensa oficial.
III – As visitas ordinárias do controle externo da atividade c) a pena de suspensão será proferida em sindicância,
policial deverão ser realizadas pelos Promotores de assegurada a ampla defesa ao infrator.
Justiça nos meses de abril ou maio e outubro ou d) a pena de demissão de membro do Ministério Público
novembro de cada ano. vitalício será aplicada em regular processo
IV – O membro do Ministério Público, nos pedidos feitos administrativo, proposta a instauração pelo Colégio de
nos procedimentos de investigação criminal, durante a Procuradores de Justiça.
instrução processual penal e no acompanhamento do e) a pena de demissão prescreve em 04 anos.
inquérito policial, deverá requerer ao Juiz competente
a inutilização da gravação que não interessar à prova. 4. Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: MPE-
AM Provas: FCC - 2013 - MPE-AM - Agente Técnico -
Quais das assertivas acima estão corretas? Administrador
a) Apenas a I, II e III. Compete ao Colégio de Procuradores de Justiça
b) Apenas a II e III. a) decidir sobre a remoção compulsória de membro do
c) Apenas a I, III e IV. Ministério Público, por motivo de interesse público,
d) Apenas a I, II e IV. mediante representação do Procurador-Geral de
e) Todas estão corretas. Justiça.
b) aprovar, por maioria absoluta, a proposta do
2. Ano: 2015 Banca: FMP Concursos Órgão: MPE- Procurador-Geral de Justiça para excluir, incluir ou
AM Prova: FMP Concursos - 2015 - MPE-AM - modificar as atribuições das Promotorias de Justiça ou
Promotor de Justiça Substituto dos cargos dos Promotores de Justiça.
O Conselho Superior do Ministério Público é órgão de c) decidir sobre avaliação de estágio probatório de
Administração e também de Execução do Ministério Promotor de Justiça e de seu vitaliciamento.
Público. Sobre a sua atuação, considere as seguintes d) indicar o nome do mais antigo membro do Ministério
assertivas: Público para promoção e remoção por antiguidade.
I – É quem tem atribuição para a formação da lista tríplice e) aprovar os pedidos de permuta entre membros do
para a promoção por merecimento, devendo o Ministério Público.
Procurador-Geral de Justiça acatar a sua indicação de
lista. 5. Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: MPE-
II – É integrado apenas por Procuradores de Justiça, AM Provas: FCC - 2013 - MPE-AM - Agente Técnico -
sendo vedada a participação de Promotores de Administrador
Justiça. Caio da Silva ofereceu representação ao Promotor de
III – Quanto à deliberação na análise de arquivamento de Justiça do Consumidor da Comarca de Manaus para
inquérito civil, pode converter o julgamento em investigar a venda de gasolina adulterada em postos
diligências, que serão cumpridas pelo mesmo órgão de combustíveis da cidade. Instaurado o inquérito civil
de execução que promoveu o arquivamento. e esgotadas as diligências para apuração dos fatos, o
IV – Pode funcionar dividido por câmaras temáticas e órgão do Ministério Público em manifestação
também com dedicação exclusiva por parte dos fundamentada propendeu pelo arquivamento dos
Conselheiros. autos. Considerando a não confirmação da promoção
de arquivamento pelo Conselho Superior, é correto
Quais das assertivas acima estão corretas? afirmar que
a) Apenas a I, II e III. a) os autos do inquérito civil voltam ao Promotor de
b) Apenas a II e III. Justiça para o prosseguimento das investigações.
c) Apenas a I, III e IV. b) os autos serão encaminhados ao Procurador-Geral de
d) Apenas a I, II e IV. Justiça para a propositura de ação civil pública.
e) I, II, III e IV. c) os autos serão encaminhados ao Subprocurador-
Geral de Assuntos Jurídicos com recomendação para
a designação de outro Promotor de Justiça para
prosseguir nas investigações.
d) será expedida recomendação, sem caráter vinculativo,
ao Promotor de Justiça para prosseguir as
investigações.

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135
CONCURSO PÚBLICO

H LEI ORGÂNICA DO ESTADO

e) será designado outro Promotor de Justiça, 9. Ano: 2007 Banca: CESPE /


preferencialmente, dentre os membros da Promotoria CEBRASPE Órgão: MPE-AM Prova: CESPE - 2007 -
de Justiça Especializada para o ajuizamento da ação. MPE-AM - Promotor de Justiça
No exercício de suas funções, o MP poderá
6. Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: MPE-
AM Provas: FCC - 2013 - MPE-AM - Agente Técnico - I requisitar informações e documentos a entidades
Administrador privadas, para instruir procedimentos ou processos em
Para manifestar-se em agravo de instrumento que oficie.
interposto no Tribunal de Justiça contra decisão de II dar publicidade dos procedimentos administrativos
primeira instância proferida em ação judicial na qual o não disciplinares que instaurar e das medidas
órgão do Ministério Público é parte, considera-se adotadas, ressalvadas as hipóteses legais de sigilo.
intimação pessoal a realizada III expedir notificações para colher depoimento ou
a) pessoalmente por Oficial de Justiça cumprindo esclarecimentos e, em caso de não comparecimento
mandado judicial. injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive
b) por carta com aviso de recebimento. pela polícia civil ou militar, ressalvadas as
c) por carta precatória. prerrogativas previstas em lei.
d) com a entrega dos autos com vista. IV sugerir ao poder competente a edição de normas e
e) por carta de ordem. a alteração da legislação em vigor, bem como a
adoção de medidas propostas, destinadas à
7. Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: MPE- prevenção e ao controle da criminalidade.
AM Provas: FCC - 2013 - MPE-AM - Agente Técnico -
Administrador A quantidade de itens certos é igual a
São órgãos de execução na organização do Ministério a) 0.
Público: b) 1.
I. A Corregedoria-Geral do Ministério Público. c) 2.
II. O Conselho Superior do Ministério Público. d) 3.
III. A Procuradoria-Geral de Justiça. e) 4.
IV. As Promotorias de Justiça.
V. O Procurador-Geral de Justiça.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I, II e III.
b) II e V.
c) I, III e V.
d) IV e V.
e) II e IV.

8. Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: MPE-


AM Provas: FCC - 2013 - MPE-AM - Agente de Apoio
- Manutenção e Suporte de Informática
Considerando o Estágio de Adaptação dos
Promotores de Justiça Substitutos, é correto afirmar:
a) O Estágio de Adaptação deve ser regulamentado por
Ato do Corregedor-Geral do Ministério Público.
b) Compete ao Conselho Superior do Ministério Público
decidir pela confirmação ou não de Promotor de
Justiça no Estágio de Adaptação.
c) Durante o estágio de Adaptação o Promotor de
Justiça, por intermédio do Corregedor-Geral, tomará
ciência dos procedimentos adotados ao assumir a
Comarca, bem como os esclarecimentos sobre a
elaboração dos relatórios e formulários de informática
a serem preenchidos e encaminhados mensalmente.
d) Durante o Estágio de Adaptação é facultativa a
atuação na Vara da Infância e Juventude.
e) A duração do Estágio de Adaptação será de dois anos.

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CONCURSO PÚBLICO
H ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

LEI N.º 2.850, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2003

INSTITUI o CÓDIGO DE ÉTICA DOS TITULARES DE CARGOS DE ALTA DIREÇÃO DO PODER EXECUTIVO.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS

FAÇO SABER a todos os habitantes que a ASSEMBLEIA LEGISLATIVA decretou e eu sanciono a presente

LEI:

Art. 1º Fica instituído o CÓDIGO DE ÉTICA DOS TITULARES DE CARGOS DE ALTA DIREÇÃO DO PODER
EXECUTIVO, a cujas normas ficam submetidos os seguintes agentes públicos:

I - Secretário de Estado e Secretário Executivo ou a estes equivalentes;

II - Chefe de Escritório de Representação do Governo;

III - Secretário Executivo Adjunto;

IV - Presidente e Diretor de:

a) Autarquias;

b) Fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público;

c) Sociedades de Economia Mista;

d) Empresas Públicas, incluídas as unipessoais e as constituídas sob a forma de sociedade anônima;

e) Comissões Gerais de caráter permanente; e

f) Serviços Sociais Autônomos.

Parágrafo único. Fica, também, submetido às normas deste Código, na condição extensiva de agente público, todo
aquele que, por força de Lei, de contrato ou qualquer outro ato jurídico, preste serviços de natureza permanente,
temporária, excepcional ou eventual, nos órgãos da Administração Direta e nas entidades da Administração Indireta do
Poder Executivo, sujeito às ordens diretas dos titulares de cargos de confiança referidos neste artigo.

Art. 2º O Código instituído por esta Lei tem as seguintes finalidades:

I - tornar claras as regras éticas de conduta inerentes ao exercício dos cargos mencionados no artigo anterior, cujas
infrações serão apuradas pela Comissão Geral de Ética do Poder Executivo, vinculada diretamente ao Governador do
Estado, para que a sociedade possa aferir a integridade e a lisura do processo decisório governamental;

II - preservar a imagem e a reputação do administrador público cuja conduta esteja de acordo com as normas
estabelecidas neste Código;

III - estabelecer regras básicas para evitar a ocorrência de situações que possam suscitar conflitos entre o interesse
privado e as atribuições públicas do agente público, bem como limitações às atividades profissionais posteriores ao
exercício de cargo de confiança;

IV - minimizar a possibilidade de conflito entre o interesse privado e o dever funcional das autoridades da Administração
Direta e Indireta do Poder Executivo;

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139
CONCURSO PÚBLICO
H ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

V - criar mecanismo de consulta destinado a possibilitar o prévio e pronto esclarecimento de dúvidas quanto à conduta
ética dos agentes públicos submetidos a este Código;

VI - conferir maior transparência às atividades dos órgãos da Administração Direta e das entidades da Administração
Indireta do Poder Executivo

Art. 3º A composição da Comissão Geral de Ética do Poder Executivo será disciplinada em ato do Governador do Estado,
com obediência dos seguintes princípios:

I - constituição por 8 (oito) membros, incluindo o Presidente, designados pelo Governador do Estado dentre brasileiros de
comprovada idoneidade moral e de reputação ilibada, representativos do Poder Público e dos diversos segmentos
representativos da Sociedade Civil;

II - mandatos com duração de 3 anos, permitida uma recondução, tendo o Presidente, eleito por seus Pares, voto de
qualidade nas deliberações da Comissão;

III - em qualquer hipótese, o termino dos mandatos dos membros da Comissão Geral de Ética coincidirá com o
enceramento do mandato do Governador;

IV - a atuação no âmbito da Comissão Geral de Ética não enseja qualquer remuneração para seus membros, e os
trabalhos nela desenvolvidos, são considerados prestação de relevante serviço público.

Art. 4º Compete à Comissão Geral de Ética:

I - o processo e julgamento de qualquer denúncia relativa a atos de irregularidade praticados por agentes ou servidores
públicos do Poder Executivo, com base em prévia apuração pelas Comissões de Ética setoriais e por encaminhamento
do Secretário de Controle Interno, Ética e Transparência, funcionando como instancia confirmatória ou revisora das
conclusões primárias;

II - elaboração do seu Regimento Interno, a ser homologado por ato do Governador.

Art. 5º Para fins deste Código, os agentes públicos, conceituados nos incisos e no parágrafo único do artigo 1º, deverão:

I - pautar-se pelos princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade, eficiência, moralidade e probidade;

II - manter clareza de posições e decoro, com vistas a motivar respeito e confiança do público em geral;

III - exercer com zelo e dedicação a sua atividade e manter respeito à hierarquia, dispensando atenção, presteza e
urbanidade às pessoas em geral;

IV - manter fora do local de trabalho conduta compatível com o exercício da atividade profissional em cargo de alta direção
da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo;

V - manter arquivo, na forma que for estabelecida pela Comissão Geral de Ética do Poder Executivo, da agenda de
reuniões com pessoas físicas e jurídicas com as quais se relacione funcionalmente;

VI - manter registro sumário das matérias tratadas nas reuniões referidas no inciso V, que ficará disponível para exame
pela Comissão Geral de Ética;

VII - enviar à Comissão Geral de Ética do Poder Executivo:

a) no prazo de 10 (dez) dias, contados da posse no cargo ou da investidura na função, sem prejuízo do disposto no art.
13 e parágrafos da Lei Federal nº 8.429, de 2 de junho de 1992, além de cópia da declaração de bens e rendas de que
trata o artigo 266 da Constituição do Estado, informações sobre sua situação patrimonial que, real ou potencialmente,
possa suscitar conflito com o interesse público, indicando o modo pelo qual irá evitá-lo;

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140
CONCURSO PÚBLICO
H ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

b) comunicação sobre alterações relevantes no seu patrimônio, especialmente quando se tratar de atos de gestão
patrimonial que envolvam transferência de bens a cônjuge, ascendente, descendente ou parente na linha colateral,
aquisição, direta ou indireta, do controle de empresa;

c) comunicado a respeito de outras alterações significativas ou relevantes no valor ou na natureza do seu patrimônio, em
especial os atos de gestão de bens cujo valor possa ser substancialmente afetado por decisão ou política governamental
da qual tenha prévio conhecimento em razão do cargo ou função, inclusive investimentos de renda variável ou
em commodities, contratos futuros e moedas para fim especulativo.

VIII - tornar pública sua participação superior a cinco por cento do capital de sociedade de economia mista, de instituição
financeira ou de empresa que negocie com o Poder Público;

IX - consultar formalmente a Comissão Geral de Ética, em caso de dúvida sobre como tratar situação patrimonial
específica.

Parágrafo único. A fim de preservar o caráter sigiloso das informações pertinentes à situação patrimonial dos agentes
públicos, esses documentos, uma vez conferidos por pessoa designada pela Comissão Geral de Ética, serão encerrados
em envelope lacrado, que somente será aberto por determinação da Comissão.

Art. 6º Os agentes públicos não poderão receber salário ou qualquer outra remuneração de fonte privada em desacordo
com a lei, nem receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir situação que
possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade.

Parágrafo único. É permitido aos agentes públicos:

I - a participação em seminários, congressos e eventos semelhantes, desde que tornada pública eventual remuneração,
bem como o pagamento das despesas de viagem pelo promotor do evento, o qual não poderá ter interesse em decisão
a ser tomada pela autoridade;

II - o exercício não remunerado de encargo de mandatário, desde que não implique a prática de atos de comércio ou
quaisquer outros incompatíveis com o exercício do seu cargo ou função, nos termos da Lei.

Art. 7º É vedado ao agente público opinar publicamente:

I - contra a honorabilidade e o desempenho funcional de outro agente público ou empregado público, independentemente
da esfera de Poder ou de Governo; e

II - sobre o mérito de questão que lhe será submetida para apreciação ou decisão individual ou em órgão colegiado.

Art. 8º O agente público não poderá valer-se do cargo ou da função para auferir benefícios ou tratamento diferenciado,
para si ou para outrem, em repartição pública ou entidade particular, nem utilizar em proveito próprio ou de terceiro os
meios técnicos e recursos financeiros que lhe tenham sido postos à disposição em razão do cargo.

Art. 9º Ficam vedados os atos de gestão de bens cujo valor possa ser substancialmente afetado por informação
governamental da qual o agente público tenha conhecimento privilegiado, inclusive investimentos de renda variável ou
em commodities, contratos futuros e moedas para fim especulativo.

Art. 10. Será informada à Comissão Geral de Ética do Poder Executivo, na forma que esta regulamentar, a participação
acionária do agente público em empresa privada que mantenha qualquer tipo de relacionamento com órgão ou entidade
da Administração Pública, de qualquer esfera de Poder ou Governo.

Art. 11. É vedado ao agente público, na relação com parte interessada não pertencente à Administração Pública direta e
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ou de organismo
internacional de que o Brasil participe:

I - prestar serviços ou aceitar proposta de trabalho, de natureza eventual ou permanente, ainda que fora de seu horário
de expediente;

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141
CONCURSO PÚBLICO
H ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

II - receber presente, transporte, hospedagem, compensação ou quaisquer favores, assim como aceitar convites para
almoços, jantares, festas e outros eventos sociais;

III - prestar informações sobre matéria que:

a) não seja da sua competência específica;

b) constitua privilégio para quem solicita ou que se refira a interesse de terceiro.

§ 1º Não se consideram presentes, para fins deste artigo, os brindes que não tenham valor comercial ou decorram de
distribuição, de forma generalizada, por entidades de qualquer natureza, a título de cortesia, propaganda, divulgação
habitual ou por ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas, desde que não ultrapassem o valor correspondente
a 40% (quarenta por cento) do salário mínimo.

§ 2º Os presentes que, por qualquer razão, não possam ser recusados ou devolvidos sem ônus para o agente público,
serão incorporados ao patrimônio do Estado do Amazonas ou destinados a entidade de caráter cultural ou filantrópico, na
forma regulada pela Comissão Geral de Ética.

Art. 12. No relacionamento com outros órgãos, entidades e servidores do Poder Executivo, os agentes públicos deverão
esclarecer a existência de eventual conflito de interesses, bem como comunicar qualquer circunstância ou fato impeditivo
de sua participação em decisão coletiva ou em órgão colegiado.

Parágrafo único. As divergências entre agentes públicos do Poder Executivo serão resolvidas internamente, mediante
coordenação administrativa, não lhes cabendo manifestar-se publicamente sobre matéria que não esteja afeta à sua área
de atuação.

Art. 13. As audiências com pessoas físicas ou Jurídicas, não pertencentes à Administração Pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ou de organismo internacional do qual
o Brasil participe, interessada em decisão de alçada do agente público, serão:

I - solicitadas formalmente pelo próprio interessado, com especificação do tema a ser tratado e a identificação dos
participantes;

II - objeto de registros específicos, que deverão ser mantidos para eventual consulta;

III - acompanhadas de pelo menos um outro servidor público ou militar.

Art. 14. As propostas de trabalho ou de negócio futuro no setor privado serão imediatamente informadas pelo agente
público à Comissão Geral de Ética do Poder Executivo, independentemente da sua aceitação.

Art. 15. Por ocasião da posse o Agente Público assinará termo de compromisso de que após deixar o cargo, pelo prazo
de 04 (quatro) meses:

I - não atuará em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, inclusive sindicato ou associação de classe, em
processo ou negócio do qual tenha participado em razão do cargo ou função que ocupava;

II - não prestará consultoria a pessoa física ou jurídica, inclusive sindicato ou associação de classe, valendo-se de
informações não divulgadas publicamente a respeito de programas ou políticas governamentais.

Art. 16. A inobservância das normas estipuladas neste Código acarretará para o agente público, sem prejuízo de outras
sanções legais, as seguintes consequências:

I - censura ética, a ser aplicada pela Comissão Geral de Ética do Poder Executivo;

II - exoneração do cargo em comissão ou dispensa da função de confiança.

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CONCURSO PÚBLICO
H ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

Parágrafo único. Caso a Comissão Geral de Ética tome conhecimento de que a conduta do agente público tenha
configurado transgressão a norma legal específica, a máteria será por ela encaminhada à entidade ou ao órgão público
com responsabilidade pela sua apuração, sem prejuízo do seu exame e deliberação.

Art. 17. O processo de apuração de prática de ato contrário ao disposto neste Código será instaurado pela Comissão
Geral de Ética, de oficio ou mediante representação, desde que os indícios sejam considerados suficientes, obedecidos
os seguintes procedimentos:

I - o agente público será notificado pela Comissão Geral de Ética para manifestar-se no prazo de 05 (cinco) dias;

II - as provas documentais serão produzidas pelo próprio agente público, por seu eventual representante ou, de ofício,
pela Comissão Geral de Ética;

III - a Comissão Geral de Ética poderá promover as diligências que considerar necessárias, bem como solicitar parecer
de especialista quando julgar imprescindível;

IV - concluídas as diligências mencionadas no inciso III, a Comissão Geral de Ética oficiará ao agente público para que
se manifeste novamente, no prazo de 05 (cinco) dias;

V - se a Comissão Geral de Ética concluir pela procedência da denúncia, adotará as medidas necessárias para o
cumprimento do disposto no artigo 16, com comunicação ao agente público e ao seu superior hierárquico.

Art. 18. O agente público poderá formular à Comissão Geral de Ética, a qualquer tempo, consultas sobre a aplicação das
normas deste Código às situações específicas relacionadas com sua conduta individual, devendo ser observados os
seguintes procedimentos:

I - as consultas deverão ser respondidas, de forma conclusiva, no prazo máximo de até 10 (dez) dias;

II - em caso de discordância com a resposta, ao agente público é assegurado o direito de pedido de reconsideração à
Comissão Geral de Ética.

Parágrafo único. O cumprimento da orientação dada pela Comissão Geral de Ética exonera o agente público de eventual
censura ética em relação à matéria objeto da consulta, não o eximindo de responsabilidade pelo descumprimento de
dispositivo legal.

Art. 19. A Comissão Geral de Ética poderá fazer recomendações ou sugerir normas complementares, interpretativas e
orientadoras das disposições deste Código.

Art. 20. Aplicam-se subsidiariamente a este Código as normas do Código de Conduta Ética dos Agentes Públicos em
exercício na Presidência e na Vice-Presidência da República, do Código de Conduta da Alta Administração Federal e do
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.

Art. 21. Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 19 de novembro de 2003.

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EDUARDO BRAGA

Governador do Estado

ARI JORGE MOUTINHO DA COSTA JÚNIOR

Secretário de Estado de Governo

JOSÉ ALVES PACÍFICO

Secretário de Estado Chefe da Casa Civil

WILSON MARTINS DE ARAÚJO

Secretário de Estado Chefe da Casa Militar

REGINA FERNANDES DO NASCIMENTO

Secretária de Estado Chefe do Gabinete Pessoal do Governador

ISPER ABRAHIM LIMA

Secretário de Estado de Controle Interno

JORGE HENRIQUE FREITAS PINHO

Procurador Geral do Estado

JOSUÉ CLÁUDIO DE SOUZA FILHO

Ouvidor Geral do Estado

ALFREDO PAES DOS SANTOS

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CONCURSO PÚBLICO
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PODER LEGISLATIVO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAZONAS
LEI Nº 3960 de 08/11/2013

REGULA o regime disciplinar e o Processo


Administrativo Disciplinar para os servidores
administrativos da Procuradoria-Geral de Justiça do
Estado do Amazonas

Do Regime Disciplinar

Capítulo I

Dos Deveres

Art. 1.º São deveres do servidor:


I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - ser leal à instituição;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando, manifestamente, ilegais;
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas aquelas protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
VI - dar conhecimento sobre irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo à autoridade superior ou,
quando houver suspeita de envolvimento desta, à outra autoridade competente para apuração;
VII - zelar pela economia do material e pela conservação do patrimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assunto que tomar conhecimento em razão de sua função;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pelo
Procurador-Geral de Justiça, assegurando-se ao representando ampla defesa.

Capítulo II
Das Proibições

Art. 2.º Ao servidor é proibido:


I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto do órgão público;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV- opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;
V - promover manifestação de apreço ou desapreço que venha a conturbar o ambiente de trabalho;
VI - cometer a pessoa estranha ao órgão público, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja
de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido
político;
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o
segundo grau civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV - proceder de forma desidiosa;
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da Instituição em serviços ou atividades particulares;
XVII - retirar recursos materiais da Instituição sem autorização do setor competente;
XVIII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e
transitórias;
XIX - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário
de trabalho;

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XX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

Capítulo III
Da Acumulação

Art. 3.º Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.
§1.º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas
públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos
Municípios.
§2.º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.
§3.º Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com
proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na
atividade.
Art. 4.º O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, nem ser remunerado pela participação em órgão
de deliberação coletiva.
Art. 5.º O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular, licitamente, dois cargos efetivos, quando investido em
cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver
compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarado pelo Procurador-Geral de Justiça. Parágrafo
único. O servidor investido em cargo de provimento em comissão não poderá exercer o magistério, público ou particular,
por período superior a 20 (vinte) horas-aula semanais, devidamente comprovadas, consideradas, como tais, as
efetivamente prestadas em sala de aula e as atividades de coordenação de ensino ou de curso.

Capítulo IV
Das Responsabilidades

Art. 6.º O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
Art. 7.º A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo
ao erário ou a terceiros.
§1.º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
§2.º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da
herança recebida.
Art. 8.º A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
Art. 9.º A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do
cargo ou função.
Art. 10. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 11. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a
existência do fato ou sua autoria.
Art. 12. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para
apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em
decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.

Capítulo V
Das Penalidades

Art. 13. São penalidades disciplinares:


I - advertência;
II - suspensão;
III - destituição de cargo em comissão;
IV - destituição de função comissionada;
V - demissão;
VI - cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
Art. 14. Na aplicação das penalidades, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos
que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção
disciplinar.
Art. 15. A advertência será aplicada, por escrito, nos casos de violação de proibição constante do artigo 2.º, incisos
I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não
justifique imposição de penalidade mais grave.
Art. 16. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das
demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo exceder de 90
(noventa) dias.
§1.º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser

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submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez
cumprida a determinação.
§2.º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na
base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a
permanecer em serviço.
Art. 17. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e
5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova
infração disciplinar de qualquer natureza.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.
Art. 18. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência na vida pública e conduta escandalosa na Instituição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiro público;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do artigo 2.º.
Art. 19. Detectada, a qualquer tempo, a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, o
Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Administrativos notificará o servidor para apresentar opção no prazo
improrrogável de 10 (dez) dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, instaurará Processo
Administrativo Disciplinar na forma do Capítulo VI.

§1.º Instaurado o Processo Administrativo Disciplinar, o servidor terá até o último dia de prazo de defesa para
apresentar o seu pedido de exoneração do outro cargo, hipótese em que se configurará a sua boa-fé.
§2.º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de
aposentadoria ou disponibilidade em relação ao cargo ou função pública em regime de acumulação ilegal ocupado na
Instituição.
Art. 20. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta
punível com a demissão.
Art. 21. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de
infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
Art. 22. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI, do artigo 18,
implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 23. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do artigo 2.º, incisos IX e XI,
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo na Instituição, pelo prazo de 5 (cinco) anos.
Art. 24. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) dias
consecutivos.
Art. 25. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias,
intercaladamente, durante o período de 12 (doze) meses.
Art. 26. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, será adotado o procedimento descrito no
Capítulo VI, observando-se, especialmente, que:
I - a indicação da materialidade dar-se-á:
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência intencional do servidor ao
serviço superior a 30 (trinta) dias;
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período
igual ou superior a 60 (sessenta) dias intercaladamente, durante o período de 12 (doze) meses;
II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo, quanto à inocência ou à
responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal,
opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior a 30 (trinta) dias e
remeterá o processo à autoridade instauradora para julgamento.
Art. 27. As penalidades disciplinares serão aplicadas pelo Procurador-Geral de Justiça.
Art. 28. A ação disciplinar prescreverá:
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e

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destituição de cargo em comissão;


II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
§1.º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido para a Instituição.
§2.º Os prazos de prescrição, previstos na lei penal, aplicam-se às infrações disciplinares capituladas, também,
como crime, salvo nos casos de absolvição no processo penal ou quando a lei tornar a conduta penalmente atípica,
circunstâncias em que se aplica o prazo prescricional administrativo.
§3.º A abertura de sindicância ou a instauração de Processo Administrativo Disciplinar interrompe a prescrição, até a
decisão final proferida por autoridade competente.
§4.º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

Capítulo VI
Do Processo Administrativo Disciplinar

Seção I
Disposições Gerais

Art. 29. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração
imediata, mediante Processo Administrativo Disciplinar, assegurada ao investigado ampla defesa.
§1.º Como medida preparatória, a autoridade competente para instaurar o processo indicado no caput poderá, se
necessário, determinar a realização de sindicância com a finalidade de investigar irregularidades funcionais,
oportunidade em que serão realizadas as diligências necessárias à obtenção de informações consideradas
necessárias ao esclarecimento do fato, suas circunstâncias e respectiva autoria.
§2.º A sindicância será conduzida por comissão composta por três integrantes, ocupantes de cargo superior ou de
mesmo nível, ou de nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado, dentre membros e/ou servidores
estáveis designados pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente.
§3.º As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o
endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.
§4.º Quando o fato narrado não configurar infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de
objeto.
§5.º Sempre que a comissão de processo disciplinar ou de sindicância punitiva constatar, ao longo da instrução,
novos fatos, será aditado o ato de instauração e aberto novo prazo, para defesa.
§6.º Sempre que a autoridade julgadora, após a instrução do processo disciplinar ou da sindicância punitiva,
constatar novos fatos, proceder-se-á à instauração de novo procedimento a apurar os fatos, até então, desconhecidos
pela Administração.
Art. 30. A comissão de sindicância apresentará seu relatório à autoridade que a designou, competindo a esta:
I - receber a denúncia constante do relatório da sindicância e instaurar o Processo Administrativo Disciplinar;
II - determinar que a mesma ou outra comissão de sindicância realize novas diligências julgadas necessárias ao
melhor esclarecimento das irregularidades;
III - concluir pelo arquivamento do processo;
IV - aplicar a penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias;
§1.º O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a
critério da autoridade superior.
§2.º Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de advertência ou suspensão de até
30 (trinta) dias, serão assegurados ao sindicado, durante a instrução probatória, o contraditório e a ampla defesa.
§3.º Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30
(trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será
obrigatória a instauração de processo disciplinar.

Seção II
Do Afastamento Preventivo

Art. 31. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a
autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo
prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda
que não concluído o processo.

Seção III
Do Processo Disciplinar

Art. 32. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar a responsabilidade de servidor por infração
praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre
investido.

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§1.º O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três a cinco integrantes, ocupantes de cargo
superior ou de mesmo nível, ou de nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado, dentre membros do
Ministério Público e/ou servidores estáveis da Procuradoria-Geral de Justiça, designados pela autoridade
competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente.
§2.º A comissão terá, como secretário, servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um
de seus membros.
§3.º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do
investigado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
§4.º A comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à
elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração.
Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.
Art. 33. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório; e
III - julgamento.
§1.º O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de
publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o
exigirem.
§2º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros
dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.
§3.º As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.

Seção IV
Do Inquérito

Art. 34. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada, ao acusado, ampla defesa,
com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
§1.º Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da instrução.
§2.º Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a
autoridade encaminhará cópia ao órgão competente do Ministério Público, independentemente da imediata
instauração do processo disciplinar.
§3.º Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências
cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a
completa elucidação dos fatos.
§4.º É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente, ou por intermédio de procurador,
arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova
pericial.
§5.º O presidente da comissão poderá, fundamentadamente, denegar pedidos considerados impertinentes,
meramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§6.º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento
especial de perito.
§7.º As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a
segunda via, com o ciente do interessado, ser anexado aos autos.
§8.º Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será, imediatamente, comunicada ao chefe da
Instituição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.
§9.º O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.
§10. As testemunhas serão inquiridas, separadamente.
§11. Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.
Art. 35. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado, observados os
procedimentos previstos no artigo anterior.
§1.º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido, separadamente, e, sempre que divergirem em suas
declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles.
§2.º O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe
vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da
comissão.
§3.º Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade competente que
ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe, pelo menos, um médico psiquiatra.
§4.º O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao processo principal, após a
expedição do laudo pericial.
Art. 36. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a
ele imputados e das respectivas provas.

§1.º O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no
prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na Instituição.

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§2.º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.
§3.º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.
§4.º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data
declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de 2 (duas)
testemunhas.
§5.º O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser
encontrado.
§6.º Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial do
Estado, no Diário Eletrônico da Instituição, e em jornal de grande circulação, na localidade do último domicílio
conhecido, para apresentar defesa.
§7.º Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do
edital.
Art. 37. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente, citado, não apresentar defesa no prazo legal.
§1.º A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.
§2.º Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como defensor
dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou
superior ao do indiciado.
§3.º O defensor dativo perceberá a mesma gratificação fixada aos integrantes da comissão processante.
Art. 38. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos
e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
§1.º O relatório será, sempre conclusivo, quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.
§2.º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar
transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
§3.º O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua
instauração, para julgamento.

Seção V
Do Julgamento

Art. 39. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua
decisão.
§1.º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, este será encaminhado à
autoridade competente, que decidirá em igual prazo.
§2.º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a
imposição da pena mais grave.
§3.º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá
ao Procurador-Geral de Justiça.
§4.º Reconhecida, pela comissão, a inocência do servidor, a autoridade instauradora do processo determinará o seu
arquivamento, salvo se, flagrantemente, contrária à prova dos autos.
§5.º O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.
§6.º Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente,
agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.
§7.º Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a instauração do processo ou outra de
hierarquia superior declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de outra
comissão para instauração de novo processo.
§8.º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.
§9.º A autoridade julgadora que der causa à prescrição, de que trata o artigo 28, será responsabilizada na forma da
legislação pertinente.
Art. 40. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos
assentamentos individuais do servidor.
Art. 41. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao órgão
competente do Ministério Público para instauração da ação penal, ficando trasladado na Instituição.
Art. 42. O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado,
voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.

Seção VI
Da Revisão do Processo

Art. 43. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem
fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade
aplicada.
§1.º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a
revisão do processo.

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H ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

§2.º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador.
§3.º No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.
§4.º A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos
novos, ainda não apreciados no processo originário.
§5.º O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Procurador-Geral de Justiça, que, se autorizar a
revisão, encaminhará o pedido à autoridade competente, a qual providenciará a constituição de comissão, na forma do
artigo 32, §1.º
Art. 44. A revisão correrá em apenso ao processo originário.
§1.º Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição das testemunhas que
arrolar.
§2.º A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos.
§3.º Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e procedimentos próprios da
comissão do processo disciplinar.
Art. 45. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade.
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso
do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
Art. 46. Julgada procedente a revisão, será declarada, sem efeito, a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os
direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que será convertida em exoneração.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

Capítulo VII
Das Disposições Finais

Art. 47. Aplicam-se, subsidiariamente, aos servidores administrativos da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado
do Amazonas as normas da Lei Estadual n. 1.762, de 14 de novembro de 1986, o Estatuto dos Funcionários
Públicos Civis do Estado do Amazonas, da Lei Estadual n. 2.794, de 06 de maio de 2003, a Lei do Processo
Administrativo do Estado do Amazonas, e da Lei Federal n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, o Estatuto dos
Servidores Públicos da União, desde que compatíveis com esta Lei.
Art. 48. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

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CONCURSO PÚBLICO
H ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

PODER LEGISLATIVO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAZONAS
LEI Nº 2869 de 22/12/2003

INSTITUI o CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL


DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS E DOS
MILITARES DO ESTADO DO AMAZONAS.

Art. 1° - Fica aprovado o CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS
E DOS
MILITARES DO ESTADO DO AMAZONAS, na forma do Anexo Único desta Lei.
Art. 2° - Para fins de apuração do comprometimento ético, na forma deste Código, entende-se por
servidor público
todo aquele que, por força de Lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza
permanente,
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, nos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário e
no Tribunal de Contas do Estado, com vinculação direta ou indireta a qualquer órgão ou entidade do
poder estatal.
Parágrafo único - As disposições deste artigo alcançam os servidores da Administração Direta,
autarquias,
fundações públicas, entidades paraestatais, empresas públicas, sociedades de economia mista e
serviços públicos
autônomos, sem exclusão de qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.
Art. 3° - Os dirigentes dos órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo
implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência desta Lei, em especial
mediante a
constituição das respectivas Comissões Setoriais de Ética, integradas por três servidores, titulares de
cargo de
provimento efetivo ou de emprego permanente.
§ 1° - É facultado à Assembléia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado e ao Poder Judiciário a
constituição de
Comissões de Ética Gerais ou Setoriais, bem como a designação da instância revisora dos
julgamentos dessas
Comissões, através de ato próprio, em que será estabelecida a composição e a competência das
mesmas.
§ 2° - A constituição das Comissões de Ética setoriais do Poder Executivo, com a designação dos
respectivos
membros titulares e suplentes por ato próprio do dirigente de órgão ou entidade, será comunicada à
Secretaria de
Controle Interno, Ética e Transparência, e suas deliberações serão submetidas à decisão final da
Comissão Geral de
Ética do Poder Executivo.
Art. 4° - A composição da Comissão Geral de Ética do Poder Executivo será disciplinada em ato do
Governador do
Estado, com obediência dos seguintes princípios:
a) constituição por 08 (oito) membros, incluído o Presidente, escolhidos e designados pelo Governador
do Estado
dentre brasileiros de comprovadas idoneidade moral e reputação ilibada, dotados de notórios
conhecimentos da
Administração Pública Estadual, representativos dos diversos segmentos representativos da
Sociedade Civil;
b) mandatos com duração de três anos, permitida uma recondução, tendo o Presidente, eleito por seus
Pares, voto
de qualidade nas deliberações da Comissão;

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H ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

c) em qualquer hipótese, o término dos mandatos dos membros da Comissão Geral de Ética coincidirá
com o
encerramento do mandato do Governador;
d) a atuação no âmbito da Comissão Geral de Ética não enseja qualquer remuneração para seus
membros, e os
trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de relevante serviço público.
Art. 5° - As regras estabelecidas para os mandatos dos membros da Comissão Geral de Ética do
Poder Executivo
são aplicáveis, no que couber, aos membros das Comissões de Ética Setoriais do mesmo Poder e às
Comissões de
Ética dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Tribunal de Contas do Estado.
Art. 6° - Aplicam-se subsidiariamente ao Código instituído por esta Lei as normas do Código de
Conduta Ética dos
Agentes Públicos em exercício na Presidência e na Vice-Presidência da República, do Código de
Conduta da Alta
Administração Federal e do Código Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal.
Art. 7° - Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 8° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

ANEXO ÚNICO

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO PODER EXECUTIVO


E
DOS MILITARES DO ESTADO DO AMAZONAS

CAPÍTULO I
SEÇÃO I
DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS

I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados
maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já
que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes
serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá
que decidir
somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o
inoportuno,
mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no artigo 104, caput,
e § 3.°, da
Constituição Estadual.
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser
acrescida
da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na
conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
IV - A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por
todos, até por
ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no
Direito, como
elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator
de
legalidade.
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como
acréscimo ao

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H ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser
considerado
como seu maior patrimônio.
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular
de cada
servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada
poderão acrescer
ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e
da
Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos
da lei, a
publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua
omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária
aos
interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer
ou
estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão, ou da mentira, que sempre
aniquilam até
mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o
esforço pela
disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe
dano moral.
Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por
descuido ou
má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a
todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus
esforços para construí-los.
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que
exerça suas
funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do
serviço, não
caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano
moral aos
usuários dos serviços públicos.
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando
atentamente por seu
cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de
desvios
tomam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da
função pública.
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do
serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e
cada
concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande
oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

SEÇÃO II
DOS PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

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H ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular;
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando
prioritariamente
resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de
atraso na
prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao
usuário;
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre,
quando estiver
diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e
serviços da
coletividade a seu cargo;
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, aperfeiçoando o processo de comunicação e contato
com o público;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada
prestação dos serviços públicos;
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações
individuais de
todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo,
nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de
causar-lhes dano
moral;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer
comprometimento indevido
da estrutura em que se funda o Poder Estatal;
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que
visem obter
quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações morais, ilegais ou
aéticas e
denunciá-las;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da
segurança coletiva;
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho
ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse
público, exigindo
as providências cabíveis;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua
organização e distribuição;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas
funções, tendo por
escopo a realização do bem comum;
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão
onde exerce
suas funções;
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou
função, tanto
quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem;
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;
t) exercer, com estrita moderação, as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se
de fazê-lo
contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados
administrativos;

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H ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha
ao interesse
público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa
à lei;
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe a existência deste Código de Ética,
estimulando o seu
integral cumprimento.

SEÇÃO III
DAS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO

XV - É vedado ao servidor público:


a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer
favorecimento, para si ou para outrem;
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam;
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de
Ética ou ao
Código de Ética de sua profissão;
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa,
causando-lhe
dano moral ou material;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para
atendimento do
seu mister;
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal
interfiram no
trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente
superiores ou
inferiores;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio,
comissão,
doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento
da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências;
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos;
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem
pertencente ao
patrimônio público;
m) fazer uso de informações privilegiadas, obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício
próprio, de
parentes, de amigos ou de terceiros;
n) apresentar-se embriagado no serviço ou, fora dele, habitualmente;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade
da pessoa
humana;
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.

CAPÍTULO II
DAS COMISSÕES DE ÉTICA

XVI - Nos Poderes Legislativo e Judiciário, no Tribunal de Contas do Estado e em todos os órgãos e
entidades da
Administração direta, indireta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, ou em qualquer órgão ou
entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de

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H ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com
as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de
procedimento susceptível de censura.
XVII - Cada Comissão de Ética, integrada por três servidores públicos e respectivos suplentes, poderá
instaurar, de ofício, processo sobre ato, fato ou conduta que considerar passível de infringência a
princípio ou norma
ético-profissional, podendo ainda conhecer de consultas, denúncias ou representações formuladas
contra o servidor público, a repartição ou o setor em que haja ocorrido a falta, cuja análise e
deliberação forem recomendáveis paraatender ou resguardar o exercício do cargo ou função pública,
desde que formuladas por autoridade, servidor, jurisdicionados administrativos, qualquer cidadão que
se identifique ou quaisquer entidades associativas regularmente constituídas.
XVIII - A Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro
de carreira
dos servidores, os registros sobre sua conduta Ética, para o efeito de instruir e fundamentar
promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público.
XIX - Os procedimentos a serem adotados pela Comissão de Ética, para a apuração de fato ou ato
que, em
princípio, se apresente contrário à ética, em conformidade com este Código, terão o rito sumário,
ouvidos apenas o queixoso e o servidor, ou apenas este, se a apuração decorrer de conhecimento de
ofício, cabendo sempre recurso à Comissão Geral de Ética do Poder Executivo, ou à instância superior
designada pelo Presidente do Poder ou Tribunal cujos quadros integre o servidor.
XX - Dada a eventual gravidade da conduta do servidor ou sua reincidência, poderá a Comissão de
Ética
encaminhar a sua decisão e respectivo expediente para a Comissão Permanente de Processo
Disciplinar do
respectivo órgão, se houver, e, cumulativamente, se for o caso, à entidade em que, por exercício
profissional, o
servidor público esteja inscrito, para as providências disciplinares cabíveis. O retardamento dos
procedimentos aqui prescritos implicará comprometimento ético da própria Comissão, cabendo à
Comissão de Ética do órgão
hierarquicamente superior o seu conhecimento e providências.
XXI - As decisões da Comissão de Ética, na análise de qualquer fato ou ato submetido à sua
apreciação ou por ela
levantado, serão resumidas em ementa e, com a omissão dos nomes dos interessados, divulgadas no
próprio órgão,
bem como remetidas às demais Comissões de Ética, criadas com o fito de formação da consciência
ética na
prestação de serviços públicos. Uma cópia completa de todo o expediente deverá ser remetida à
Secretaria de
Estado de Administração, Recursos Humanos e Previdência.
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará
do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.
XXIII - A Comissão de Ética não poderá se eximir de fundamentar o julgamento da falta de ética do
servidor
público ou do prestador de serviços contratado, alegando a falta de previsão neste Código, cabendo-
lhe recorrer à
analogia, aos costumes e aos princípios éticos e morais conhecidos em outras profissões.
XXIV - Em cada órgão do Poder Executivo Estadual em que qualquer cidadão houver de tomar posse
ou ser
investido em função pública, deverá ser prestado, perante a respectiva Comissão de Ética, um
compromisso solene
de acatamento e observância das regras estabelecidas por este Código de Ética e de todos os
princípios éticos e
morais estabelecidos pela tradição e pelos bons costumes.

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CONCURSO PÚBLICO
H ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

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CONCURSO PÚBLICO

H ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1. CONCEITOS BÁSICOS: ADMINISTRAÇÃO, ORGANIZAÇÃO, EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE


1.1 ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

O primeiro conceito que temos de Administração é o estudo das organizações. Mas o que seriam essas organizações?
Para entender tal conceito, precisamos saber o que significam as palavras RECURSOS e OBJETIVOS:

RECURSOS: são entidades reais ou virtuais que possuem um valor que pode ser avaliado. Por exemplo: pessoas,
conhecimento, tempo, dinheiro, informação, espaço, instalações, matéria-prima, etc.

OBJETIVOS: são resultados específicos que se pretende atingir. Por exemplo: uma situação ou estado futuro desejado,
a construção de um produto físico ou conceitual ou a realização de um determinado evento.

Juntando as duas palavras acima, obtemos a definição de organização

ORGANIZAÇÃO: SISTEMA DE RECURSOS estruturado com a finalidade de alcançar OBJETIVOS.

ADMINISTRAÇÃO

PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO

ORGANIZAÇÃO RECURSOS OBJETIVOS

ADMINISTRAÇÃO: processo de tomada de decisão sobre OBJETIVOS e utilização de RECURSOS. Viram como tudo
está interligado? Ela é que faz com que as pessoas que dirigem as ORGANIZAÇÕES (e aquelas que as auxiliam nessa
tarefa) tenham o embasamento necessário para tomar as decisões mais apropriadas para cada situação a fim de melhorar
o desempenho da organização.

1.2 INDICADORES DE DESEMPENHO

1.2.1 - INDICADORES DE RESULTADO

Grau de alcance das METAS programadas em um determinado período


de tempo, independentemente dos custos implicados.
Quanto mais alto o grau de realização dos objetivos e metas, mais a
EFICÁCIA
organização é eficaz
Se adicionarmos um prazo e uma quantificação associada a indicadores
de desempenho ao objetivo, ele se torna uma meta
Está associada à noção do ótimo, metas e tempo;

Relação entre resultados pretendidos e resultados obtidos;


Grau em que se alcançam os objetivos e as metas em um determinado
período de tempo, sem levar em conta os custos.

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CONCURSO PÚBLICO

H ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Possui foco externo e refere-se aos RESULTADOS.


Relação entre PRODUTOS (bens e serviços) gerados por uma atividade
e os CUSTOS dos insumos empregados, em um determinado período de
tempo
Uma organização é eficiente quando utiliza seus recursos da forma mais
produtiva e econômica possível, também conhecida como forma racional
de utilização. Este conceito envolve os processos de trabalho e o custo
dos insumos.
EFICIÊNCIA Capacidade administrativa de produzir o máximo de resultados com o
mínimo de recursos, energia e tempo;
eficiência está associada à racionalidade - produtividade (ação, força,
virtude de produzir).
A eficiência é a dimensão do desempenho expressa pela relação do
processo envolvido, seu meio. Assim, possui foco interno e refere-se
aos CUSTOS envolvidos.
Relação entre os resultados de uma ação ou programa, em termos de
efeitos sobre a POPULAÇÃO-ALVO (IMPACTOS OBSERVADOS) e
OBJETIVOS PRETENDIDOS (IMPACTOS ESPERADOS), QUALIDADE.
EFETIVIDADE Estabelece a relação entre os resultados e o objetivo
É a dimensão do desempenho que representa a relação entre os
resultados alcançados e as transformações ocorridas. Possui foco
externo e refere-se aos IMPACTOS

RESUMO

EFICÁCIA EFICIÊNCIA EFETIVIDADE

Quando um quando algo é realizado da melhor capacidade de fazer uma coisa


projeto/produto/pessoa maneira possível, ou seja, com menos (eficácia) da melhor maneira possível
atinge o objetivo ou a meta. desperdício ou em menor tempo. (eficiência).

Fazer corretamente o que tem que


Fazer o que deve ser feito Fazer corretamente
ser feito
Utilizar produtivamente os
Capacidade de atingir objetivos e metas Transformar a situação existente
recursos
Custo-benefício Realizar o que foi proposto Mudanças e desenvolvimento
Mínimo de perdas e/ou Relação entre produção e capacidade
associada à racionalidade
desperdício de produzir

1.2.2 - INDCADORES DE ESFORÇO

relação entre os INSUMOS/RECURSOS e a AÇÃO que foi


desenvolvida. Se para desenvolver a ação planejada com a
qualidade necessária foram empregados os insumos com o
menor custo possível, a organização foi econômica
ECONOMICIDADE
Uso de recursos com o menor ônus possível.
Está relacionada com os custos dos insumos. Quando
avaliamos o desempenho em termos de economicidade,
queremos saber o preço dos insumos usados na produção.

Realização dos processos, projetos e planos de ação conforme


EXECUÇÃO
estabelecidos

EXCELÊNCIA Conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência.

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CONCURSO PÚBLICO

H ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

EXERCÍCIOS 4. Banca: CESPE. Órgão: CNJ. Prova: Analista


Judiciário. Acerca dos aspectos estruturais e
1. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: TRT - 15ª Região (SP) organizacionais da administração pública, julgue os
Provas: FCC - 2018 - TRT - 15ª Região (SP) - Técnico itens a seguir.
Judiciário - Segurança
Texto associado. Atenção: A questão refere-se ao A busca pela eficiência, eficácia e efetividade é um
conteúdo programático de Administração Pública. exemplo de como as gestões pública e privada
convergem em termos de filosofia de gestão e
A expectativa da sociedade de que a gestão pública prestação de serviços na atualidade.
seja eficiente, eficaz e efetiva pode ser atendida, no
que concerne à 5. 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do
I. eficiência, pelo uso racional dos recursos disponíveis Distrito Federal Prova: FCC - 2018 - Câmara
e sua otimização. Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo
II. eficácia, pela disponibilização à população das ações Considere a seguinte situação hipotética: determinada
e serviços nos prazos demandados. empresa pública, cujo objeto é administrar a malha
III. efetividade, pelo controle de legalidade da atuação da ferroviária na região metropolitana, estabeleceu como
Administração. meta, baseada em pesquisas junto à população, a
redução do tempo de espera e aumento do conforto
Está correto o que consta APENAS de dos passageiros. Para tanto, não poupou esforços e
a) II. investiu na modernização de trens e em um novo
b) I e III. sistema de gerenciamento. Conseguiu atingir os níveis
c) II e III. de qualidade pactuados, na forma esperada pela
d) I. população, contudo, em função de falhas nos
e) I e II. orçamentos utilizados nos procedimentos licitatórios
para aquisição dos trens e sistemas, acabou pagando
2. Ano: 2018 Banca: IF-SP Órgão: IF-SP Prova: IF-SP - valores muito superiores aos de mercado. Na situação
2018 - IF-SP - Assistente em Administração. Todas as narrada, a atuação da empresa mostrou-se
organizações, inclusive o IFSP, são sistemas de I. efetiva, em face do atendimento dos anseios da
recursos que perseguem objetivos. Todas as pessoas sociedade.
são responsáveis pelo alcance dos objetivos e pela II. eficaz, pelo cumprimento das metas estabelecidas.
forma como os recursos são utilizados (MAXIMIANO, III. eficiente, pelo cumprimento do objetivo, ainda que a
2011). custos mais elevados.
Quanto aos conceitos de eficácia (1) e eficiência (2),
assinale a alternativa que faz a correlação correta com Está correto o que se afirma APENAS em
os seus significados. a) II.
I. Grau de coincidência dos resultados em relação aos b) I.
objetivos. c) I e II.
II. Realizar atividades de maneira certa. d) I e III.
III. Fazer as coisas certas. e) II e III.
IV. Realizar tarefas de maneira inteligente, com o mínimo
de esforço e com o melhor aproveitamento possível 6. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO
dos recursos. e AC)Prova: Analista Judiciário - Oficial de Justiça
V. Sobrevivência. Avaliador Federal. O Gespública, Programa de
VI. Capacidade de um sistema, processo, produto ou Excelência em Gestão Pública do Governo Federal,
serviço de solucionar um problema. está baseado em indicadores de resultado e de
esforço, dentre os quais o indicador de
a) I – 1; II – 2; III – 2; IV – 2; V – 2; VI – 2. a) Efetividade, dado pela realização dos processos,
b) I – 2; II – 2; III – 2; IV – 1; V – 1; VI – 1. projetos e planos de ação de acordo com o
c) I – 2; II – 1; III – 1; IV – 2; V – 2; VI – 2. planejamento efetivado.
d) I – 1; II – 2; III – 1; IV – 2; V – 1; VI – 1. b) Eficácia, vinculada ao grau de satisfação ou ainda ao
valor agregado ou à transformação produzida no
3. FCC - AJ TRT4/TRT 4/Apoio contexto em geral.
Especializado/Biblioteconomia. Assunto: Eficiência, c) Eficiência, baseada na relação entre os produtos ou
eficácia e efetividade. “É o alcance das metas e serviços gerados (outputs) com os insumos
objetivos determinados e a correta determinação utilizados.
destes objetivos”. A definição acima refere-se ao d) Efetividade, amparada na relação entre o que foi
conceito de entregue e o que foi consumido de recursos.
a) eficiência operacional. e) Eficiência, de acordo com os impactos gerados pelos
b) qualidade em serviços. produtos, serviços, processos ou projetos.
c) eficácia organizacional.
d) custo-benefício.
e) excelência empresarial.

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2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Administração Pública pode ser encarada de duas formas distintas:

é o conjunto de entes (pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos) que tem a


Sentido subjetivo (formal) incumbência de exercer uma das funções do Estado: a função administrativa, ou seja,
é o conjunto de órgãos instituídos para consecução de seus objetivos
em sentido objetivo, material ou funcional, designa a natureza da atividade exercida
pelos referidos entes; nesse sentido, a Administração Pública é a própria função
Sentido objetivo
administrativa; é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral;
(material)
em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos
serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em beneficio da coletividade.

Numa visão global, a Administração Pública é, pois, todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização
de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas.

EQÜIDADE: tratar da mesma forma aos indivíduos com iguais necessidades e proporcionar tratamentos diferenciados a
indivíduos com necessidades diferentes, objetivando justiça social.

2.1. Modelos Teóricos de Administração Pública

Podemos dizer que são basicamente três diferentes formas de se administrar o Estado:

O termo patrimonialismo vem de “patrimônio”, isso porque o governante


PATRIMONIALISMO administrava o patrimônio público como se fosse seu patrimônio privado.
Era o modelo característico das monarquias europeias até o Século XIX,

O Termo burocrático se desenvolve as ideias de legalidade e impessoalidade.


Surge como uma forma de proteger o patrimônio coletivo contra os interesses
privados, estabelecendo procedimentos a serem seguidos.
BUROCRACIA Contudo, exageraram nas regras, a administração pública ficou muito rígida e
“burocracia” virou sinônimo de ineficiência.
Isso se torna um problema sério com a crise fiscal a partir da década de 1970.

Administração gerencial - busca adotar técnicas de gestão da administração


privada e tem como principal diferença em relação ao modelo burocrático o
GERENCIALISMO foco no controle, que deixa de ser a priori nos processos para ser a posteriori
nos resultados.

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2.1.3 - ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL

Na metade do século XX, surgiu a Administração Pública Gerencial ou Administração por Resultados ou Pós-burocrática.

As reformas buscavam implantar a administração gerencial e ficaram conhecidas como a Nova Gestão Pública, ou New
Public Management (NPM).

2.1.3.1 - Pontos importante para mudança – Contexto Sócio-Econômico

Durante as décadas de 70 e 80 do século passado, os governos passaram por momentos difíceis, com uma economia
em recessão e choques externos (crise do petróleo em 73 e 79), que levaram a uma crescente dificuldade destes governos
em manter o “Estado de bem-estar”.
A crise fiscal foi também um importante fator, pois ficou cada vez mais difícil para o país “rolar” as dívidas antigas e
financiar os déficits, portanto era primordial reduzir os gastos governamentais.
Houve expansão das funções sociais e econômicas do Estado,
O desenvolvimento tecnológico e a globalização da economia trouxeram à tona os problemas decorrentes do modelo
burocrático, principalmente a não correspondência às exigências do “cidadão-cliente”.
A crise do Estado levou a uma crescente crítica ao modelo burocrático, visto como causador de lentidão, ineficiências e
gastos excessivos.

2.1.3.2 - Nova Gestão Pública, ou New Public Management (NPM).


“conjunto de argumentos e filosofias administrativas aceitas em determinados contextos e propostas como novo
paradigma de gestão pública a partir da emergência dos temas crise e reforma do Estado, nos anos 1980”.
Começa-se uma nova concepção do Estado, em que se começa a implantar uma administração gerencial, é chamada
também de Nova Gestão Pública (“New Public Management” ou NPM em inglês).
Todavia, não podemos ver a administração gerencial como uma negação da Burocracia já que ela mantém diversas
características, como a meritocracia, a avaliação de desempenho, a noção de carreira, entre outras. Ou seja, a
administração gerencial deve ser vista como uma evolução do modelo burocrático, pois “aproveita”
diversos de seus aspectos.
Uma das principais diferenças entre o modelo burocrático e o modelo gerencial está na função controle, que deve deixar
de ser efetuado com base em processos e procedimentos (“a priori” ou “exante”) para ser efetuado com base em
resultados (“a posteriori” ou “ex-post”).
A Nova Administração Pública evoluiu por meio de três modelos em vários países:

MODELOS
Esse primeiro estágio gerencial foi inspirado na administração de empresas privadas e
surgiu na administração pública como resposta à crise fiscal do Estado.
A Inglaterra, no governo Thatcher em 1979, foi um dos primeiros países a adotar os
conceitos do NPM.
O usuário do serviço público era visto como financiador do sistema - CONTRIBUINTE
Em seu primeiro passo buscou reduzir custos e pessoal.
devolver ao Estado a condição de investir através da redução de custos e do aumento
da eficiência.
Gerencialismo Puro impulso foi na direção de melhorar as finanças e a produtividade dos órgãos públicos.
– Managerialism Descentralização do aparelho de Estado, que separou as atividades de planejamento e
execução do governo e transformou as políticas públicas em monopólio dos
ministérios;
Privatização das estatais;
Terceirização dos serviços públicos;
Regulação estatal das atividades públicas conduzidas pelo setor privado;
Este segundo momento gerencial passa a direcionar suas ações como foco no
“CLIENTE”: CIDADÃO
Neste período acreditou-se que a redução de custos e o aumento da eficiência não
podiam ser o único objetivo das reformas (crítica ao gerencialismo puro)
Os serviços deveriam ser prestados com qualidade e com foco nas necessidades dos
“clientes” e não com base nas necessidades da máquina pública.
Foi o início do que chamamos de “paradigma do cliente” na administração pública.
Consumerism.
Uma das medidas tomadas neste modelo foi a descentralização do processo decisório.
Além disso, as decisões são mais rápidas e o próprio “cliente” poderá acompanhar o
processo decisório e cobrar do agente público que gerencia o processo.

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Outra medida foi a tentativa de quebrar o “monopólio” na prestação de serviços dentro


da máquina pública, tentando assim criar uma competitividade dentro do setor público
e gerando alternativas de atendimento ao “cliente”.
Contratualização é uma forma de gestão por resultados (controlar e avaliar a partir do
contrato.
Com o PSO, que é a versão atual ou mais moderna da Nova Gestão Pública (ou NPM),
entra a noção de tratamento não somente como “cliente”, mas como CIDADÃO – uma
noção mais ampla do que a de cliente, com direitos e devere.
Os princípios do PSO são temas como:
a equidade,
a justiça,
a transparência,
a accountability, Controle Social
participação popular.
Estado deve não só prestar serviços de qualidade e tratar bem seus cidadãos, mas que
deve proporcionar meios que possibilitem a cobrança de resultados e a participação
destes cidadãos nas políticas públicas, de modo que o cidadão deixe de ser passivo
Public Service diante do Estado para uma postura mais ativa.
Orientation - PSO Descentralização administrativa, através da delegação de autoridade para os
administradores públicos transformados em gerentes crescentemente autônomos;
Descentralização do ponto de vista político, transferindo recursos e atribuições para os
níveis políticos regionais e locais. Organizações com poucos níveis hierárquicos ao
invés de piramidal,
Pressuposto da confiança limitada e não da desconfiança total;
Controle por resultados, a posteriori, ao invés do controle rígido, passo a passo, dos
processos administrativos;
Administração voltada para o atendimento do cidadão, ao invés de autoreferida.
Como estratégia, serve-se da descentralização e do incentivo à criatividadee à
inovação;
O instrumento mediante o qual se faz o controle sobre os órgãos descentralizados é o
contrato de gestão.
Valorização do servidor

EVOLUÇÃO – MODELO GERENCIAL DA ADMINISTRAÇÃO

MANAGERIALISM CONSUMERISM
PUBLIC SERVICE ORIENTATION (PSO)
(Gerencialismo puro) (Consumidor)

Eficiência e Redução de Custos Foco no Cliente e Qualidade Cidadania, Accountability, Equidade


Contribuintes Clientes/Consumidores Cidadãos

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EXERCÍCIOS 5. Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: TRT - 7ª Região


(CE). Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa.
1. FCC - ACE (TCE-CE)/TCE-CE/Controle O objetivo da nova gestão pública é
Externo/Auditoria Governamental/. Assunto: a) assegurar a impessoalidade e a racionalidade técnica
Administração burocrática na gestão pública por meio da burocratização dos
A Administração pública burocrática processos.
a) caracteriza-se pelo controle rígido, exercido b) fomentar a eficiência da administração por meio da
prioritariamente por indicadores de gestão. redução de custos e da melhora na qualidade dos
b) baseia-se no princípio do mérito profissional e enfatiza serviços.
a definição de metas para a atuação dos servidores c) promover o poder racional-legal como estratégia de
públicos e, consequentemente, a sua progressão na combate à corrupção e ao nepotismo.
carreira. d) garantir o acesso à propriedade privada para o gestor
c) baseia-se no princípio do mérito profissional e enfatiza e os seus servidores.
a importância do cumprimento de regras e
procedimentos rígidos. 6. FCC - AJ TRT24/TRT 24/Administrativa/"Sem
d) baseia-se no princípio do mérito profissional e atribui Especialidade"/2017. Assunto: Administração
grau limitado de confiança aos servidores e políticos, gerencial (Nova Gestão Pública ou modelo pós-
recomendando, para isso, o contrato de gestão. burocrático). Constitui(em) característica(s) própria(s)
e) foi adotada em substituição à Administração e inovadora(s) do modelo gerencial de Administração
patrimonial, que distinguia o patrimônio público do pública, que o diferencia(m) dos outros modelos
patrimônio privado. precedentes:
a) combate ao patrimonialismo.
2. FCC - Ana (COPERGÁS)/COPERGÁS/Administrador. b) controle de resultados.
Assunto: Administração burocrática. Constitui c) formalização dos procedimentos.
característica do modelo de Administração pública d) profissionalização do corpo técnico.
burocrática: e) hierarquia e meritocracia.
a) Inexistência de distinção entre a esfera pública e
privada. 7. FCC - Ana (DPE RS)/DPE
b) Controle a posteriori das ações públicas. RS/Administração/2017.Assunto: Administração
c) Competência técnica e meritocracia. gerencial (Nova Gestão Pública ou modelo pós-
d) Ausência de padronização dos procedimentos, burocrático). O modelo de Administração pública
gerando casuísmos. gerencial, implementado no Brasil a partir dos anos
e) Falta de hierarquia e nepotismo. 1990, introduziu algumas inovações em relação ao
modelo burocrático, dele se diferenciando, entre
3. FCC - Aud (TCE-CE)/TCE-CE/2015. Assunto: outros aspectos, pela
Administração burocrática. O modelo burocrático de
gestão na Administração pública apresenta, como um I. possibilidade de contratualização de resultados para
dos traços que o diferenciam do modelo ampliação de autonomia das entidades.
patrimonialista: II. verticalização das estruturas hierárquicas e combate ao
a) criação de cargos públicos na forma de prebendas, em patrimonialismo.
substituição às anteriores sinecuras. III. meritocracia e controle dos processos administrativos.
b) inexistência de distinção entre o público e privado, com
domínio da estrutura pública pelos detentores do Está correto o que se afirma APENAS em
poder. a) I.
c) controle concentrado nos resultados e não mais nos b) II.
processos e procedimentos administrativos. c) I e III.
d) participação popular na avaliação da qualidade dos d) II e III.
serviços públicos. e) III.
e) meritocracia bem como o combate à corrupção e ao
nepotismo. 8. FCC - TJ TRT14/TRT 14/Administrativa/2016.
Assunto: Administração gerencial (Nova Gestão
4. FCC - Ass TD (DPE AM)/DPE AM/Assistente Técnico Pública ou modelo pós-burocrático). É considerado um
Administrativo/2018. Assunto: Administração gerencial mecanismo característico da administração gerencial:
(Nova Gestão Pública ou modelo pós-burocrático) a) Controle rígido de procedimentos.
O modelo de administração gerencial difere do modelo b) Gestão hierárquica.
burocrático em alguns aspectos essenciais, entre os c) Normas e regulamentos.
quais pela introdução do conceito de d) Controle de legalidade.
a) patrimonialismo. e) Gestão por Competências.
b) meritocracia.
c) hierarquia.
d) avaliação a posteriori.
e) verticalização das estruturas.

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2.2 - Convergências e diferenças entre a gestão pública e a gestão privada

Os desafios da administração se relacionam com quebra de paradigmas e conceitos preestabelecidos sobre a gestão
organizacional. As esferas pública e privada realizam constantes trocas de conhecimentos, ações essas essenciais na
evolução dos sistemas organizacionais.
As ferramentas de gestão, em alguns aspectos, possuem aplicabilidades distintas entre si, necessitando de adaptação
para utilização em outro ambiente distinto daquele para as quais foram concebidas inicialmente.
No entanto, é possível relacionarmos atributos de convergências e diferenças entre as administrações públicas e privadas
Apesar de grandes diferenças com o desenvolvimento da Administração Gerencial, houve uma aproximação grande entre
a gestão pública e a gestão privada, pois as técnicas desta começaram a ser usadas naquela. (CONVERGÊNCIA)

2.2.1 - Convergências entre a gestão pública e a gestão privada

Os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade passaram a fazer parte do


vocabulário de todo administrador público.
Tanto na iniciativa privada quanto na gestão pública os gestores utilizam
técnicas como o planejamento, o controle, a organização e a direção.
tanto no setor privado quanto no setor público são utilizadas técnicas de
CONVERGÊNCIA motivação e liderança, por exemplo.
Muitas das funções administrativas são as mesmas, como as áreas de finanças
e de recursos humanos.
Buscam empregar tecnologias de gestão
Prestam contas à sociedade, já que possuidoras de direitos e deveres diante
da coletividade (responsabilidade jurídica e social).

2.2.2 - Divergências entre a gestão pública e a privada

GESTÃO PÚBLICAS GESTÃO PRIVADA


A gestão pública é regida pela supremacia do interesse
público e pela obrigação da continuidade da prestação do A gestão privada é conduzida pela autonomia da vontade privada
serviço público. Efetividade da missão institucional é a (mercado). Competitividade é a palavra-chave do setor privado.
palavra-chave do setor público.
Na gestão privada, a transparência ( disclosure) é princípio que
A gestão pública possui no controle social e transparência
inspira melhores práticas de governança corporativa empresarial.
requisitos obrigatórios para regimes democráticos.
A gestão privada é fortemente orientada para preservação e
A gestão pública possui canais de participação social.
proteção de interesses corporativos (dirigentes e acionistas).
A gestão pública não pode fazer acepção de pessoas,
A gestão privada utiliza estratégias de segmentação de
devendo tratar a todos com igualdade e qualidade. O
“mercado”, estabelecendo diferenciais de tratamento para
tratamento diferenciado restringe-se apenas aos casos
clientes preferenciais.
previstos em lei.
A gestão pública busca gerar valor para a sociedade e
formas de garantir o desenvolvimento sustentável, sem A gestão privada busca o lucro financeiro e formas de garantir a
perder de vista a obrigação de utilizar os recursos de forma sustentabilidade do negócio.
eficiente.
Na gestão pública, a publicidade é dever administrativo do
Na gestão privada, a publicidade de atos não é elemento
Estado e elemento para manter plena transparência dos
obrigatório.
atos administrativos.
A gestão pública é financiada com recursos públicos,
oriundos de contribuições compulsórias de cidadãos e
A gestão privada é financiada com recursos de particulares que
empresas, os quais devem ser direcionados para a
têm legítimos interesses capitalistas.
prestação de serviços públicos e a produção do bem
comum.
A gestão pública pode regular e gerar obrigações e A gestão privada não detém poder de constituir unilateralmente
deveres para a sociedade obrigações em relação a terceiros.
A gestão pública, para fixar parâmetros de controle do
A gestão privada pode fazer tudo o que não estiver proibido por
administrador, evitando desvios de conduta, só pode fazer
lei. A legalidade possui aspecto negativo.
o que a lei permite. A legalidade possui aspecto positivo.
A gestão pública tem sua estrutura mais verticalizada e
A gestão privada possui estrutura mais horizontalizada e flexível.
burocratizada. O comando Na gestão pública ainda é
A gestão privada o comando é mais concentrada com menos
muito disperso e diluído com excesso de cargos de
cargos de chefia.
chefia em sua estrutura.
a gestão pública, a eficiência e a eficácia são medidas
considerando-se a correta utilização dos recursos, o Na gestão privada, a eficiência e a eficácia são medidas pelo
cumprimento de sua missão e pelo atendimento, com aumento de suas receitas, pela redução de seus gastos e pela
qualidade, das necessidades e demandas do cidadão e da expansão de seus mercados.
sociedade.

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Nas próximas décadas, tanto a administração pública quanto a privada deverão enfrentar os seguintes desafios:
sofisticação tecnológica,
internacionalização das relações empresariais e organizacionais,
maior visibilidade e
necessidade de maior agilidade no processo decisório.

Quadro Resumo

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EXERCÍCIOS 4. Banca: FCC. Órgão: TST. Prova: Analista Judiciário -


Área Administrativa. Ao tratar de divergências e
1. Banca: CESPE. Órgão: TRE-MT convergências entre a administração pública e a
Prova: Técnico Judiciário – Administrativo. administração privada, é correto afirmar:
Considerando a atual dinâmica da administração a) Na administração pública, faz-se diferenciação entre
pública brasileira, assinale a opção que apresenta pessoas, o que é regra na gestão privada, a exemplo
característica que difere a gestão pública da gestão da segmentação de públicos e mercados.
privada. b) O conceito de partes interessadas é semelhante para
ambos, visto que suas decisões, focam interesses de
a) existência de avaliação de desempenho individual grupos mais diretamente afetados por uma questão.
b) utilização de indicadores de desempenho c) A administração pública só pode fazer o que a lei
c) gestão voltada para resultados permite, enquanto a iniciativa privada pode fazer tudo
d) comando diluído e disperso o que não estiver proibido por lei.
e) descentralização de atividades e responsabilidades d) A administração possui maior agilidade na área
privada, dado que os servidores públicos possuem
2. Banca: FCC. Órgão: TRE-SE. Prova: Analista menor interesse na gestão e recursos menos
Judiciário - Área Administrativa. Sobre as competitivos.
convergências e diferenças entre a e) A administração pública empenha o mínimo de
Administração privada e pública, é correto afirmar que recursos para o desenvolvimento sustentável,
a) os contratos de gestão são característicos do enquanto que na gestão privada, o investimento em
modelo de Administração gerencial, na medida em sustentabilidade é diferencial competitivo.
que levam ao estabelecimento de metas e o alcance
de resultados. 5. Banca: FCC. Órgão: TRT - 6ª Região (PE).Prova:
b) a legalidade, a impessoalidade e a hierarquia Analista Judiciário – Área. Administrativa
são pilares principais tanto da Administração
privada, quanto da pública. Com relação às convergências e diferenças entre a
c) a contratualização de resultados exige uma gestão pública e a gestão privada, considere as
parceria público-privada para se concretizar. afirmativas a seguir.
d) o controle por resultados não está relacionado a outras I. As empresas devem suas receitas aos seus clientes.
formas de controle, como o social. Os governos têm os tributos como fonte exclusiva de
e) a Administração privada é caracterizada por uma receita.
gestão gerencial, baseada no cumprimento de II. Os clientes só pagam às empresas se comprarem
procedimentos e normas, o que é semelhante à seus produtos, mas pagam ao governo mesmo que
Administração pública. não estejam "consumindo" seus serviços.
III. As empresas normalmente operam em um ambiente
3. Banca: FCC. Órgão: TRT - 19ª Região (AL). Prova: competitivo (seus clientes podem trocar de fornecedor
Analista Judiciário - Área Administrativa. Gestão se não estiverem satisfeitos), já os governos sempre
pública e gestão privada apresentam algumas operam por meio de monopólios.
convergências importantes, mas também diferenças IV. Os cidadãos controlam o governo por meio das
significativas em decorrência da natureza e regime eleições, já as empresas privadas são controladas
jurídico aplicável a cada qual. A respeito do tema, pelo mercado.
considere: V. A Administração Pública só pode fazer o que estiver
I. Os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade são autorizado em lei, enquanto o gestor privado pode
próprios da gestão privada, aplicando-se à gestão fazer tudo que não estiver proibido.
pública apenas de forma subsidiária ao princípio do
interesse público. Está correto o que se afirma APENAS em
II. O princípio da legalidade aplicável à gestão pública a) I, III e IV.
possui a mesma conotação do aplicável à gestão b) I e III.
privada, tendo, contudo, maior prevalência na gestão c) II, III, IV e V.
pública. d) II, IV e V.
III. O cliente da iniciativa privada paga, apenas, pelos e) II e V.
serviços que utiliza, enquanto o cliente da
Administração pública os financia através de tributos,
mesmo sem usá-los.

Está correto o que consta APENAS em


a) III.
b) I e III.
c) II e III.
d) I e II.
e) I.

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6. (FCC Î TRT / RS - ANALISTA) Com relação às


convergências entre a gestão pública e a gestão
privada, considere as afirmativas abaixo.
I. Deve-se gerir um órgão público como quem administra
uma empresa, isto é, buscando compatibilizar custos
e resultados, atuar com os olhos no cliente-
consumidor e tomar decisões rápidas para aproveitar
oportunidades de mercado.
II. A gestão pública funciona exclusivamente sob a forma
do modelo burocrático, o que a impede de focar
necessidades especiais dos cidadãos.
III. Os órgãos públicos existem para servir a todos
igualmente, independentemente da capacidade de
pagar pelo serviço prestado, o que pode dificultar
alcançar a agilidade e a eficiência das empresas
privadas.
IV. Os órgãos públicos devem operar sem levar em conta
princípios típicos da gestão privada, como a
economicidade e a eficiência.
V. Os servidores públicos estão submetidos a normas
jurídicas e a condições de trabalho que impedem sua
responsabilização diante das possíveis falhas no
atendimento aos cidadãos.

Estão corretas SOMENTE


a) I, II, III e IV.
b) II, III e V.
c) I e III.
d) III e IV.
e) I, III e V.

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3. GOVERNABILIDADE E GOVERNANÇA
3.1 Conceito

Segundo Bresser Pereira:

Governabilidade e governança são conceitos mal definidos, frequentemente confundidos.

capacidade financeira e administrativa em sentido amplo de uma organização de implementar


suas políticas.
pode ser entendida capacidade que um determinado governo tem para formular e
implementar as suas políticas, capacidade esta que pode ser dividida em financeira, gerencial
e técnica.
pode ser interna ou externa.
Internamente, refere-se a gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros.
Externamente, envolve a atuação conjunta com outros órgãos e as entidades sem fins
lucrativos na implementação das políticas públicas.
Está no Plano administrativo
sua fonte não seriam os cidadãos, mais os agentes e servidores públicos (pois são os que
efetivamente formulam e executam as políticas públicas)
PALUDO (2013):
A governança envolve o modo/forma pelo qual o Governo se organiza para prestar serviços
à sociedade; o modo/forma de gestão dos recursos públicos; o modo/forma como divulga
suas informações; o modo/forma como se relaciona com a sociedade civil; e o modo/forma
como constrói os arranjos/acordos institucionais necessários à implementação das políticas
públicas.
A governança é instrumental, é o braço operacional da governabilidade, “pode ser entendida
como a outra face de um mesmo processo, ou seja, como os aspectos adjetivos/instrumentais
da governabilidade” (Vinícius Araujo, 2002)
Por ser um instrumento da governabilidade para a realização dos fins do Estado, a
governança pressupõe condições mínimas de governabilidade, ou seja, em situações de crise
grave ou de ruptura institucional, que afetem a governabilidade, a governança restará
comprometida, haja vista o seu caráter instrumental. “Sem governabilidade é impossível
governança” (Caderno Mare no 01).
GOVERNANÇA o conceito de governança não englobaria apenas os aspectos operacionais e da gestão de
recursos do Estado e de gestão da máquina, Ele ultrapassa o marco operacional para
incorporar questões relativas a padrões de articulação e cooperação entre atores sociais e
políticos e arranjos institucionais que coordenam e regulam transações dentro e através das
fronteiras do sistema econômico. Incluem-se aí, não apenas os mecanismos tradicionais de
agregação e articulação de interesses, tais como partidos políticos e grupos de pressão, como
também redes sociais informais (de fornecedores, famílias, gerentes), hierarquias e
associações de diversos tipos.
Hoje podemos falar de governabilidade eletrônica, que abrange o termo Governo eletrônico
(e-governance). Promove a interação entre governante e governados. São instrumentos de
incremento de políticas públicas.

TCU - “a origem da governança está associada ao momento em que organizações deixaram


de ser geridas diretamente por seus proprietários (p. ex. donos do capital) e passaram à
administração de terceiros, a quem foi delegada autoridade e poder para administrar recursos
pertencentes àqueles. Em muitos casos há divergência de interesses entre proprietários e
administradores, o que, em decorrência do desequilíbrio de informação, poder e autoridade,
leva a um potencial conflito de interesse entre eles, na medida em que ambos tentam
maximizar seus próprios benefícios”.
De acordo com a Corte de Contas Federal, para que as funções de governança sejam
executadas de forma satisfatória, alguns mecanismos devem ser adotados: a liderança, a
estratégia e o controle (accountability).
Busca evitar:
Conflito de Agência: Conflito de Interesses (Divergência de Interesses) que ocorre entre os
administradores/gestores (agente) da organização e os sócios/acionistas (principal).
Assimetria de Informação: Divergência entre o grau e quantidade de informações que as
partes possuem. O agente possui mais informações que o principal.
Princípios da governança pública

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Funções da Governança (Atividades Básicas)


De acordo com o Referencial Básico de Governança, as funções básicas (atividades básicas
/ funções principais) da governança são:
-Avaliar, com fundamento em evidências, o ambiente, os cenários, as alternativas, o
desempenho e os resultados atuais e os almejados. É necessário avaliar para poder
direcionar.
-Direcionar (dirigir), priorizar e orientar a preparação, a articulação e a coordenação de
políticas e de planos, alinhando as funções organizacionais às necessidades das partes
interessadas (usuários dos serviços, cidadãos e sociedade em geral) e assegurando o
alcance dos objetivos estabelecidos. O direcionamento dá os critérios para o monitoramento
-Monitorar os resultados, o desempenho e o cumprimento de políticas e planos, confrontando-
os com as metas estabelecidas e as expectativas das partes interessadas. O monitoramento
gera insumos para a avaliação.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBCG (2004), a governança
corporativa surge com o objetivo de superar o conflito de agência, presente a partir do
fenômeno da separação entre a propriedade e a gestão empresarial
a Governança Corporativa busca criar mecanismos eficientes (sistemas de monitoramento e
incentivos) para garantir que o comportamento dos executivos (agentes) esteja alinhado com
o interesse dos acionistas (principal).
No setor público, a governança corporativa refere-se à administração das agências do setor
público mediante a aplicação dos princípios de governança corporativa do setor privado
Governança corporativa é o conjunto de práticas que tem por finalidade melhorar o
desempenho de uma companhia, ao proteger todas as partes envolvidas, como as empresas,
investidores, empregados e credores, facilitando o acesso ao capital
De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBCG, os princípios da
Governança Corporativa são os seguintes

GOVERNANÇA
CORPORATIVA

Um outro princípio que merece destaque, e que também serve de base de sustentação para
a boa governança corporativa, é o Compliance.
Compliance: Trata-se de agir de acordo com as regras e normas. Ou seja, obedecer e fazer
cumprir as regras e as normas. Nesse sentido, “estar em compliance” significa estar em
conformidade com as regras e as normas (tanto internas, quanto externas). Busca-se, assim,
evitar desvios de condutas, ilícitos ou fraudes.
De acordo com o Referencial Básico de Governança Organizacional do Tribunal de Contas
da União, cada um dos mecanismos de governança (Liderança, Estratégia e Controle) é
composto de alguns componentes:

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173
CONCURSO PÚBLICO

H ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade


está associada às condições de exercício do poder e de legitimidade do Estado e do seu
governo derivadas da sua postura diante da sociedade civil e do mercado
Está no plano político – conciliar os interesses.
- Capacidade do governo para identificar problemas críticos e formular políticas adequadas
ao seu enfrentamento;
- Capacidade governamental de mobilizar os meios e recursos necessários à execução
GOVERNABILIDADE dessas políticas, bem como sua implementação;
- Capacidade de liderança do Estado sem a qual as decisões tornam-se inócuas.
sua fonte direta são os cidadãos e da cidadania organizada
- A fonte e origem são os cidadãos e a cidadania organizada, os partidos políticos, as
associações e demais agrupamentos representativos da sociedade.

As principais características da governabilidade seriam: segundo Eli Diniz:


a forma de governo, ou seja, se o sistema é parlamentarista (com todas as suas variantes), presidencialista ou misto,
como no caso brasileiro;
a relação Executivo-Legislativo: se esta for mais assimétrica para um ou para outro podem surgir dificuldades de
coordenação política e institucional, vitais para a governabilidade plena;
a composição, formação e dinâmica do sistema partidário (com poucos ou muitos partidos), o que pode dificultar a relação
Executivo-Legislativo e Estado sociedade;
todo o conjunto das relações Estado-sociedade, ou seja, as relações dos movimentos organizados, associações e da
cidadania com o Estado no sentido de ampliar a sua participação no processo de formulação/implementação de políticas
das quais sejam beneficiários.

o sistema de intermediação de interesses vigente na sociedade (clientelismo, corporativista, neocorporativismo,


institucional pluralista, dispersos, ONGs etc.); e

Clientelismo

De acordo com Alfio Mastropaolo, o termo clientelismo tem sua origem no mundo das sociedades tradicionais,
principalmente em Roma.

José Murilo de Carvalho conceitua clientelismo como:


Um tipo de relação entre atores políticos (Nível mais pessoal) que envolve concessão de benefícios públicos, na forma
de empregos, benefícios fiscais, isenções, em troca de apoio político, sobretudo na forma de voto.
Não confundir com : Fisiologismo é a ação de grupos, que buscam vantagens pessoais em detrimento do interesse público

Corporativismo

Bobbio define corporativismo como:


Uma doutrina que propugna a organização da coletividade baseada na associação representativa dos interesses e das
atividades profissionais (corporações). Propõe, graças a solidariedade orgânica dos interesses concretos e às fórmulas
de colaboração que daí podem derivar, a remoção ou neutralização dos elementos de conflito: a concorrência no plano
econômico, a luta de classes no plano social, as diferenças ideológicas no plano político.

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CONCURSO PÚBLICO

H ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Neocorporativismo

O neocorporativismo é uma forma de intermediação dos interesses entre a sociedade civil e o Estado. O conjunto de
mudanças ocorridas nas relações entre Estado e organizações representativas de interesse privado, nos países
capitalistas com regime democrático, permitiu a passagem do corporativismo para o neocorporativismo que, além de
representar os interesses, passa a decidir junto com o Estado as políticas públicas.
O corporativismo é chamado também de “corporativismo estatal”, enquanto o neocorporativismo é chamado de
“corporativismo societário”.
Segundo Bobbio: O conceito de neocorporativismo difundiu-se recentemente na literatura política internacional, como
instrumento para analisar um conjunto de mudanças ocorridas nas relações entre Estado e organizações representativas
dos interesses particulares, nos países capitalistas com regime democrático.
Atenção!
Os conceitos de Governança e Governabilidade são indissociáveis e complementares, ou, no dizer de Vinícios de Araujo
– “mantêm entre si relação muito forte”. Augustinho Paludo.
Uma boa governança fortalece a legitimidade do Governo eaumenta sua governabilidade.

Governabilidade Governança
Condições substantivas ou materiais de exercício do
Capacidade que um determinado governo tem para formular
poder e de legitimidade do Estado – condições sistêmicas
e implementar as suas políticas – regulação de transações
e institucionais
Capacidade política de governar Capacidade de gerir os recursos públicos
Surgem e desenvolvem-se as condições acordadas com a
Capacidade para agregar múltiplos interesses da
sociedade – capacidade de representar os interesses da
sociedade e apresentar-lhes um objetivo comum
sociedade
Definição de atuação do espaço público Atuação no espaço público
Fonte ou origem principal: próprios agentes públicos ou
Fonte ou origem principal: cidadãos servidores do Estado que possibilitam a implementação das
políticas públicas
Sistema de intermediação de interesses Mecanismos para operacionalizar as políticas públicas
Relaciona-se com processo Relaciona-se com estrutura
Conceito mais restrito Conceito mais amplo

4. ACONTABILITY
Não há tradução de accountability para o português. Alguns traduzem o termo como responsabilização, outros como
responsividade, mas nenhum destes termos consegue abarcar todos os sentidos presentes na accountability.
Segundo Vinícius de Carvalho:
Accountability é um conceito novo na terminologia ligada à reforma do Estado no Brasil, mas já bastante difundido na
literatura internacional, em geral pelos autores de língua inglesa. Não existe uma tradução literal para o português, sendo
a mais próxima “a capacidade de prestar contas” ou “uma capacidade de se fazer transparente”.
Entretanto, aqui nos importa mais o significado que está ligado, segundo Frederich Mosher, à responsabilidade objetiva
ou obrigação de responder por algo ou à transparência nas ações públicas Podemos dizer que o conceito de accountability
abrange pelo menos três aspectos:
Obrigação em prestar contas;
Responsabilização pelos atos e resultados
Responsividade

O termo accountability abrange a relação entre o administrador público, encarregado da gerência dos bens da
coletividade, e a sociedade civil. Como ele administra bens pertencentes a terceiros, deve prestar contas desta
administração.
O segundo aspecto é a responsabilização do administrador público pelos seus atos e pelos resultados alcançados. A
administração gerencial busca a gestão por resultados, ou seja, transfere o foco do controle do processo para o
desempenho, passando de um controle a priori para um a posteriori. Portanto, o administrador público deve responder
não só em termos de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, mas também em termos de eficiência.
A responsividade refere-se à sensibilidade dos representantes à vontade dos representados; ou, dito de outra forma, à
disposição dos governos de adotarem as políticas preferidas por seus governados. Podemos dizer, então, que a
accountability engloba a responsividade.
Já Andréas Schedler identifica no conceito de accountability dimensões e distintos significados e ênfases. Inicialmente o
autor distingue as duas conotações básicas que o termo accountability política suscita:
Capacidade de resposta dos governos (answerability), ou seja, a obrigação dos oficiais públicos informarem e explicarem
seus atos;

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CONCURSO PÚBLICO

H ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Capacidade (enforcement) das agências de accountability (accounting agencies) de impor sanções e perda de poder para
aqueles que violaram os deveres públicos.

Estes dois aspetos não se diferenciam muito dos vistos acima. O autor considera a noção de accountability bidimensional:
envolve capacidade de resposta e capacidade de punição (answerability e enforcement).
Contudo, a dimensão da answerability, aqui traduzida como capacidade de resposta, englobaria por sua vez dois tipos de
questões: uma dimensão relativa à informação das decisões e outra condizente com a necessidade dos governantes
explicarem tais decisões.
A informação pode ser associada à necessidade de prestação de contas, o primeiro aspecto visto anteriormente. Já a
explicação, ou justificação, está ligada à responsividade, ou seja, o administrador deve justificar seus atos para demonstrar
que eles estão de acordo com o interesse público, com os anseios da sociedade.
Por fim, o enforcement, ou capacidade de punição, pode ser associado com a responsabilização.

4.1 Classificação

A accountability pode ser classificada em horizontal, vertical e societal. Vamos ver as definições.
Accountability horizontal: a existência de agências estatais que estão legalmente capacitadas e autorizadas, e realmente
dispostas e aptas, a tomar ações que ultrapassem da vigilância rotineira a sanção criminal ou impedimento em relação
às ações ou omissões por outros agentes ou agências do estado que podem ser qualificadas como ilegais... pois este
tipo de accountability para ser efetivo precisa ter agências que são autorizadas e dispostas a vigiar, controlar, corrigir e/ou
punir ações ilegais de outras agências estatais.
Accountability vertical: pressupõe uma ação entre desiguais, seja sob a forma do mecanismo do voto (controle de baixo
para cima) ou sob a forma do controle burocrático (de cima para baixo).
Ao contrário da accountability horizontal, no caso do vertical, este controle não é exercido por entidades do mesmo plano,
do mesmo nível, com poderes semelhantes.
Accountability Societal: um mecanismo de controle não eleitoral, que emprega ferramentas institucionais e não
institucionais (ações legais, participação em instâncias de monitoramento, denúncias na mídia etc), que se baseia na ação
de múltiplas associações de cidadãos, movimentos, ou mídia, objetivando expor erros e falhas do governo, trazer novas
questões para a agenda pública ou influenciar decisões políticas a serem implementadas pelos órgãos públicos

EXERCÍCIOS

1. FCC - GP (SEAD PI)/SEAD PI/. Assunto: Governança Pública. Segundo Bresser Pereira, a Governança Pública é definida
como
a) a capacidade financeira e administrativa, em sentido amplo, de um governo implementar políticas públicas.
b) a capacidade de articular alianças políticas e pactos sociais, como forma de obter consenso ou conciliação de interesses
legítimos.
c) a forma de administração e controle das organizações e como estas interagem com as partes relacionadas.
d) o conjunto dos princípios orientadores da conduta estatal, inspirado nas boas práticas das empresas privadas.
e) a legitimidade conferida a determinado governo em face ao apoio dos principais setores da sociedade civil.

2. FCC - Ass TD (DPE AM)/DPE AM/Assistente Técnico Administrativo/2022


Administração Geral e Pública - Governabilidade
Governança e governabilidade são conceitos
a) distintos, sendo que a governança preocupa-se com a sociedade e os seus níveis de poderes, que poderão reagir às suas
ações.
b) distintos, sendo que a governabilidade se refere ao ambiente político em que se efetivam as ações do sistema de
governança, que pode gerar legitimidade, credibilidade e imagem positiva.
c) distintos, porque a governabilidade garante a governança.
d) distintos, porque a governabilidade é a capacidade de governar por meio de apoio político e popular e a governança é
quem garante esse relacionamento.
e) sinônimos.

3. FCC - Ass TD (DPE AM)/DPE AM/Assistente Técnico Administrativo/2022


Administração Geral e Pública - Governança Pública
A governança em organizações públicas busca, prioritariamente,
a) pelo modo como o setor público interage com o setor privado.
b) pelo aumento da eficácia, da eficiência e da efetividade da Gestão Pública.
c) pela adequação do plano de governo ao orçamento público.
d) pela articulação realizada entre os entes federativos e seus órgãos de execução.
e) pela boa imagem e legitimidade do gestor público.

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CONCURSO PÚBLICO

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4. Banca: FCC. Órgão: TCE-CE. Prova: Auditor. Considere as seguintes definições sobre governança e governabilidade:

I. Governabilidade refere-se ao poder político em si e consiste na capacidade política de governar derivada da relação de
legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade.
II. Governança pública pode envolver a forma como o Estado se organiza para prestar serviços à sociedade e é instrumental
em relação à governabilidade.
III. Governabilidade é a capacidade de decidir e de implementar políticas públicas, relacionando-se exclusivamente à
competência técnica da máquina administrativa e condições econômicas vigentes.
IV. Governança corresponde aos mecanismos de avaliação das políticas públicas vinculada ao correspondente planejamento
estratégico.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) II, III e IV. b) I, II e III. c) III e IV. d) I e IV. e) I e II.

5. FCC - Ana (COPERGÁS)/COPERGÁS/Administrador/2023


Administração Geral e Pública - Governança Corporativa
Os agentes de governança devem zelar pela sustentabilidade das organizações, visando a sua longevidade, incorporando
considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações. Trata-se de um dos pilares da
governança denominado
a) responsabilidade empresarial.
b) accountability.
c) equidade.
d) transparência.
e) compliance.

6. Banca: FCC. Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ). Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa
O conceito de accountability, que passou a ser bastante difundido no âmbito da Gestão de Resultados na produção de
serviços públicos, corresponde a
a) métrica específica para apuração dos resultados obtidos com a atuação pública, de acordo com indicadores de
desempenho e performance.
b) obrigação dos governantes de prestar contas de sua atuação aos administrados, envolvendo as dimensões de
conformidade e de desempenho.
c) sistema de avaliação interna para aferir a atuação do agente público, que objetiva a produção do melhor resultado com o
menor dispêndio de recursos públicos.
d) avaliação, pelas instâncias superiores da Administração, de acordo com parâmetros estabelecidos a priori, dos resultados
obtidos com programas e ações públicas.
e) forma de implementação de remuneração por resultados, de acordo com indicadores e metas claramente estabelecidos
e voltados à melhoria dos serviços oferecidos ao usuário.

7. Banca: FCC. Órgão: SEFAZ-PI . Prova: Analista. Governança, na Administração pública, pode ser entendida como
a) o poder de governar decorrente da legitimidade democrática, relacionado com a capacidade de assegurar condições
sistêmicas e institucionais para que a organização cumpra sua função
b) o braço instrumental da governabilidade, envolvendo o modo como o Governo se organiza para atender às necessidades
da população.
c) a conjugação de políticas públicas voltadas ao combate de práticas ilícitas, tais como corrupção, nepotismo e
favorecimentos pessoais.
d) um conjunto de medidas para assegurar a sinergia entre as diversas instâncias de poder, em especial legislativo e
executivo, a fim de implementar as políticas públicas voltadas ao atendimento às necessidades do cidadão.
e) um sistema que se aplica exclusivamente às entidade privadas que integram a Administração pública, relativo à forma
como estas são administradas, objetivando a geração e preservação de valor.

8. Banca: FCC. Órgão: SEFAZ-SP. Prova: Agente Fiscal de Rendas - Tecnologia da Informação. O conceito de Governança
Pública :
a) traz uma nova perspectiva para a administração pública, pois reafirma o papel do Estado como condutor exclusivo e
executor direto das políticas públicas.
b) representa uma continuidade dentro do paradigma dos modelos gerenciais de administração pública, baseando-se nos
preceitos de centralidade, hierarquia e verticalização.
c) apresenta um novo modelo de administração pública que reduz a preocupação dos gestores com os resultados das
políticas públicas, uma vez que privilegia a sinergia entre público e privado.
d) reflete um novo paradigma de administração pública, pois busca a ampliação da participação de novos atores, como os
agentes privados e o terceiro setor, na formulação e gestão das políticas públicas.
e) representa uma nova abordagem para a administração pública, pois, por ser um conceito importado do setor privado,
privilegia a atuação privada na formulação e condução das políticas públicas.

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177
CONCURSO PÚBLICO

H ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

9. Ano: 2016. Banca: FCC. Órgão: Copergás – PE. Prova: Auxiliar administrative. Um dos aspectos inerentes ao conceito
de Accountability, aplicável no âmbito da Administração pública refere-se à
a) contabilidade.
b) finanças.
c) orçamento.
d) redução de custos.
e) responsabilização dos agentes públicos.

10. Ano: 2016. Banca: FCC. Órgão: Copergás – PE. Prova: Técnico Operacional – Mecânica. A expressão Accountability,
que passou a ser muito aplicada no âmbito da Administração pública ao influxo da implementação do modelo gerencial
diz respeito a
a) instrumentos de mensuração da vontade da sociedade.
b) mecanismos de obtenção da participação popular.
c) estratégias de redução de custos e melhoria do serviço público.
d) medidas de controle de gastos e responsabilidade fiscal.
e) prestação de contas e responsabilização dos agentes públicos.

11. (FCC DPE/SP ADMINISTRADOR) NÃO exercem a accountability horizontal:


a) Organizações Sociais.
b) Câmaras Municipais.
c) Ministério Público.
d) Controladoria Geral do Município.
e) Tribunais de Contas Estaduais.

12. (FCC DPE/SP ADMINISTRADOR 2015) É correto afirmar que a accountability


a) vertical compreende o controle exercido pelo Legislativo sobre o Executivo.
b) vertical compreende o controle exercido pela administração direta sobre a indireta.
c) horizontal compreende o controle exercido pelo Judiciário sobre o Executivo.
d) horizontal compreende o controle exercido por meio de plebiscito e referendos.
e) horizontal compreende o controle exercido pelos cidadãos por meio do voto.

13. (FCC TCE/CE CONSELHEIRO 2015) Accountability é um dos temas relevantes na evolução da Administração pública.
Como uma de suas dimensões ou tipos está a
a) horizontal, que ocorre através da fiscalização exercida pelos cidadãos sobre os governantes, por meio do voto e de
mecanismos como referendo e plebiscito.
b) vertical, consistente no exercício das competências fiscalizadoras e sancionatórias por órgãos autônomos dotados de tal
competência.
c) social, correspondente a um mecanismo de controle não eleitoral realizado pela sociedade civil, envolvendo associações,
movimentos e mídia.
d) fiscal, correspondente às medidas de ajustes que devem ser tomadas pelos governantes em situações de crise ou
constrição.
e) primária, que decorre das iniciativas tomadas espontaneamente pelos governantes, independentemente de determinação
externa ou sancionatória, para justificar suas decisões perante a sociedade.

14. Banca: FCC. Órgão: TCE-PR. Prova: Analista de Controle. Considere as afirmativas:
I. A Accountability horizontal requer a institucionalização de poderes para aplicação de sanções legais em atos verificados
como nocivos à gestão pública.
II. A Accountability relaciona-se ao princípio da publicidade.
III. A Governança tem um sentido amplo, denotando articulação entre Estado e sociedade.
IV. A Governabilidade denota um conjunto essencial de atributos de um governo a fim de executar sua gestão.
V. Há relação direta e proporcional entre a percepção dos cidadãos na avaliação positiva de governantes agirem em função
do interesse coletivo e a maior accountability do governo.

No âmbito da esfera pública, está correto o que se afirma em


a) I, II, III e V, apenas.
b) II, III, IV e V, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I, II, III, IV e V.
e) I, III, IV e V, apenas.

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178
CONCURSO PÚBLICO

H ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

5. QUALIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


No caso do setor público a qualidade está relacionado prestação de serviços públicos à população (a excelência).
“Excelência em gestão pública pressupõe atenção prioritária ao cidadão e à sociedade na condição de usuários de
serviços públicos e destinatários da ação decorrente do poder de Estado exercido pelas organizações públicas.”
A qualidade do Setor Público visa:
Atendimento as necessidades do cidadão
Redução de custos e serviços
Melhoria contínua dos processos

Portanto, quando falamos de excelência nos serviços públicos, estamos nos referindo a um serviço público de qualidade
à sociedade em geral.
Collor lançou o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade (PBQP), em 1990. O objetivo era apoiar o esforço de
modernização da empresa brasileira, através da promoção da qualidade e produtividade, objetivando aumentar a
competitividade dos bens e serviços produzidos no Pais. Ação voltada para setor privado.
A administração publica também foi inserida no PBQP, no subprograma setorial Programa da Qualidade no Serviço
Publico (PQSP) 1991, que viria mais tarde a ser transformado em um programa. Ação voltada para setor público,
qualidade no setor público e melhoria do processo.
No Governo FHC, em 1995, o PDRAE apresenta dois programas: PBQP foi alterado para Programa da Qualidade e
Participação da Administração o Publica (PQPAP), dando ainda mais valor ao caráter da qualidade voltada para o cidadão
e o Programa de Reestruturação e Qualidade dos Ministérios, voltado a promover a readequadação das estruturas
administrativas dos Ministérios.
O Programa da Qualidade e Participação na Administração Publica (1996) foi um dos principais instrumentos de aplicação
do Plano Diretor da Reforma do Aparelho Estado, propondo-se a introduzir no Setor Público as mudanças de valores e
comportamentos preconizados pela Administração Publica Gerencial, e, ainda, viabilizar a revisão dos processos internos
da Administração Pública com vistas a sua maior eficiência e eficácia.
Objetivos gerais do PQPAP

Contribuir para uma melhor qualidade no serviço público para os cidadãos;


Apoiar processo de mudança dos processos burocráticos para o gerencial;
Ênfase na participação e motivação dos servidores;

Princípios do PQPAP

Satisfação do cliente
Envolvimento dos servidores
Gestão participativa
Gerência de processos
Valorização dos servidores
Melhoria contínua

A implantação da gestão da qualidade foi considerada um fator crítico para o sucesso da reforma gerencial do Estado.

Em 2000, ainda no governo FHC, foi criado o Programa da Qualidade no Serviço Público – PQSP, inserindo o foco:

na satisfação dos cidadãos (usuários dos serviços públicos);


gestão por resultado
inovação nos instrumentos gerenciais
envolvimento dos servidores em todos os níveis

Objetivos Principais

apoiar as organizações públicas no processo de transformação gerencial


promover o controle social

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179
CONCURSO PÚBLICO

H ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

PROGRAMAS DA QUALIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ANO 1991 1996 1998 1999 2005


PBQP-Programa PQP- Programa
PQSP- Gespública- Programa
Brasileiro de da Qualidade e Prêmio Nacional
Programa de Nacional de Gestão
Programas Qualidade e Participação na de Qualidade
qualidade no Pública e
Produtividade na Administração (sub-programa)
serviço público desburocretização
Adm. Pública Publica
Melhorar os serviços e
Sensibilização e Avaliação e Melhor gestão
Finalidade Premiação aumentar a
capacidade premiação e serviços
competitividade
Externa
Área de Externa
Interna Interna e Externa Interna e Externa (predominante
atuação (predominante)
)
Resultado e Gestão por resultados
Técnicas e Gestão e
Foco Melhores práticas satisfação do orientada para o
ferramentas Resultado
cidadão cidadão

Eficiência e Critérios de Eficiência e Eficiência, Eficácia e


Dimensão Eficiência
Eficácia excelência Eficácia efetividade

5.1 - GESPÚBLICA

Em 2005 ocorreu a ultima alteração no programa, que passou a ser chamado de Programa Nacional de Gestão Publica
e Desburocratização (GesPública) que, na realidade e a fusão do PQSP com o Programa Nacional de Desburocratização.
Foi instituído com a finalidade de contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos e
para o aumento da competitividade do País, formulando e implementando medidas integradas em agenda de
transformações da gestão, necessárias a promoção dos resultados
O Gespública foi instituído pelo Decreto 5.378 de 2005 (REVOGADO PELO DECRETO 9.094/2017).
Missão: - promover a excelência em gestão pública
Finalidade: - melhorar a qualidade dos serviços públicos ao cidadão
- aumentar a competitividade do país
Objetivos:
I - eliminar o déficit institucional, visando ao integral atendimento das competências constitucionais do Poder Executivo
Federal;
II - promover a governança, aumentando a capacidade de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas;
III - promover a eficiência, por meio de melhor aproveitamento dos recursos, relativamente aos resultados da ação pública;
IV - assegurar a eficácia e efetividade da ação governamental, promovendo a adequação entre meios, ações, impactos e
resultados; e
V - promover a gestão democrática, participativa, transparente e ética.
Quem PODERIA participar da Gespública?
Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal (seja por adesão ou por meio deconvocação)

Organizações privadas (de modo voluntário).

5.2. - EXCELÊNCIA EM SERVIÇOS PÚBLICOS


A questão da excelência em serviços públicos está atrelada às melhorias acumuladas no decorrer do processo de
modernização, à utilização de ferramentas da qualidade, à situação orçamentário financeira do Estado para custeio da
prestação dos serviços e ao padrão de relacionamento entre o Estado e a sociedade.
A excelência na prestação de serviços públicos corresponde ao grau máximo/ótimo dos serviços prestados – quase
impossível de ser atingido –, no entanto, advoga-se ser possível e atribui-se aos programas de qualidade a missão de
atingir essa excelência.

- MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO PÚBLICA


O ponto de partida da construção do Modelo de Excelência em Gestão Pública repousa sobre a premissa de que a
administração pública tem que ser excelente, conciliando esse imperativo com os princípios que deve obedecer, os
conceitos e a linguagem que caracterizam a natureza pública das organizações e que impactam na sua gestão. A esse
respeito, há diversas características próprias da Administração Pública que merecem ser consideradas.

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180
CONCURSO PÚBLICO

H ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO PÚBLICA - MEGP


Legalidade
Princípio da Separação entre os Poderes.
Princípio da centralidade dos direitos individuais e sociais
FUNDAMENTOS
Princípio da descentralização federativa
CONSTITUCIONAIS
Princípio da participação social na governança das instituições.
Funcionamento em rede. Parceria com a sociedade civil
Os princípios da administração pública brasileira
Entendimento das relações de interdependência entre os diversos
Pensamento componentes de uma organização, bem como entre a organização e o
Sistêmico ambiente externo.

Busca e alcance de um novo patamar de conhecimento para a


Aprendizado
organização por meio da percepção, reflexão, avaliação e
Organizacional
compartilhamento de experiências.

Promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e


Cultura de Inovação implementação de novas ideias que possam gerar um diferencial
competitivo para a organização.

Atuação de forma aberta, democrática, inspiradora e motivadora das


Liderança e pessoas, visando o desenvolvimento da cultura da excelência, a
Constância de promoção de relações de qualidade e a proteção dos interesses das
Propósitos partes interessadas.

Compreensão e segmentação do conjunto das


Orientação por
atividades e processos da organização que agreguem valor para as
Processos e
partes interessadas
Informações

Compreensão dos fatores que afetam a organização, seu ecossistema


Visão de Futuro
FUNDAMENTOS e o ambiente externo no curto e no longo prazo.

Alcance de resultados consistentes pelo aumento de valor tangível e


Geração de Valor intangível de forma sustentada para todas as partes interessadas.

Estilo de gestão que determina uma atitude gerencial da alta


administração que busque o máximo de cooperação das pessoas,
Gestão Participativa reconhecendo a capacidade e o potencial diferenciado de cada um e
harmonizando os interesses individuais e coletivos, a fim de conseguir
a sinergia das equipes de trabalho
Melhoria da qualidade nas relações de trabalho, para que as pessoas
se realizem tanto profissionalmente quanto na vida pessoal,
Comprometimento maximizando seu desempenho por meio de oportunidades para o
com as pessoas desenvolvimento de suas competências e de práticas do incentivo ao
reconhecimento

– Desenvolvimento de atividades em conjunto com outras


Desenvolvimento de
organizações, a partir da plena utilização das competências essenciais
Parcerias
de cada uma, objetivando benefícios para ambas as partes.

Direcionamento das ações públicas para atender e regular


continuamente as necessidades dos cidadãos e da sociedade, na
Foco no cidadão e
condição de sujeitos de direitos e como beneficiários dos serviços
na sociedade
públicos e destinatários da ação decorrente do poder de Estado
exercido pelas organizações públicas.
Este critério aborda a governança pública; o exercício da liderança
CRITÉRIOS ou DIMENSÕES Governança pela alta administração e a atuação da alta administração na
condução da análise do desempenho do órgão/entidade.

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181
CONCURSO PÚBLICO

H ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Este critério aborda a formulação e a implementação da estratégia do


Estratégia e planos
órgão/entidade pública

Este critério aborda o relacionamento do órgão/entidade pública com


ao Público-alvo, abrangendo a imagem da organização, o
Público alvo(cidadão conhecimento que o público-alvo tem da organização, a maneira como
usuário) essa se relaciona com este. O cidadão, as empresas, organizações da
sociedade civil e organizações do setor público são exemplos de
públicos alvo

Interesse público e Este critério aborda a observância do interesse público, a observância


cidadania do regime administrativo e a participação e o controle social.

Gestão da Este critério aborda a gestão das informações e do conhecimento da


informação organização.
Este critério aborda o sistema de trabalho do órgão/entidade, o
Pessoas desenvolvimento profissional e a qualidade de vida da força de
trabalho

Este critério aborda a gestão dos processos finalísticos e os processos


financeiros, de integração de políticas públicas, de atuação
Processos descentralizada, de compras e contratos, de parcerias com entidades
civis e de gestão do patrimônio público.

Este critério apresenta os resultados produzidos pelo órgão/entidade


Resultados
pública.

O Modelo de Excelência em Gestão é dividido em quatro blocos.


O primeiro e do planejamento, compostos por oito critérios: liderança; estratégias e planos; cidadãos; e sociedade.
O segundo bloco representa a execução e composto pelos critérios Pessoas e Processos.
O terceiro bloco corresponde ao controle, com um único critério, os Resultados.
O quarto bloco envolve a inteligência da organização, cujo critério são as informações e conhecimento.

Com base nesses critérios, que são desdobrados em itens e posteriormente em alíneas, o sistema de pontuação utilizado
permite quantificar o grau de atendimento aos requisitos - que representam o item avaliado por meio do desdobramento
em alíneas. A escala utilizada permite que a organização atinja uma pontuação entre 0 (zero) pontos e 1000 (mil) pontos,
sendo o resultado final igual à soma da pontuação obtida em cada um dos itens.

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O investimento permanente e contínuo em práticas de excelência em todas as dimensões do sistema, conduz a uma
gestão pública de excelência e reproduz, dentro do órgão/entidade público, o Ciclo PDCA.

5.2.2 - MODELO DA FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE


A Fundação Nacional da Qualidade gerou um modelo de gestão da qualidade. Ele se chama Modelo de Excelência da
Gestão – MEG e está voltado para a melhoria contínua dos processos da organização. A FNQ é uma instituição focada
na disseminação do conhecimento sobre a Excelência em Gestão. Para atingir alguns destes objetivos, ela criou o Prêmio
Nacional da Qualidade (PNQ), que vem premiando as boas práticas de gestão das organizações brasileiras.
De acordo com a FNQ o Modelo de Excelência da Gestão 21ª Edição - Guia da Gestão para Excelência (dez/2016)–
tutorial para adoção e implementação do Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), que aborda os novos Fundamentos,
Temas e Processos propostos e sugere ferramentas e metodologias de gestão;
O novo Diagrama do MEG agora é representado pelo Tangram, antigo quebra cabeça chinês, que possibilita formar mais
de 5000 figuras diferentes. O Tangram reúne os Oito Fundamentos da Gestão para Excelência. As cores do diagrama
representam as etapas do ciclo PDCL (Plan, Do, Check, Learn) que podem ser associadas a cada Fundamento.

5.2.2.1 -FUNDAMENTOS DA GESTÃO PARA EXCELÊNCIA


Os Fundamentos da Gestão para Excelência são um conjunto de valores e princípios que revelam padrões culturais
internalizados nas organizações de Classe Mundial - expressão utilizada para caracterizar uma organização considerada
entre as melhores do mundo em gestão organizacional. No MEG, os Fundamentos são expressos em características
tangíveis, mensuráveis quantitativa ou qualitativamente, por meio de processos e seus respectivos resultados.

Os Fundamentos são desdobrados em Temas e estes em um conjunto de processos – versão 21

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FUNDAMENTOS DO MEG TEMAS

Entendimento das relações de interdependência entre os diversos


Alinhamento
Pensamento Sistêmico componentes de uma organização, bem como entre a organização e o
Tomada de decisão
ambiente externo.

Requisitos das
partes interessadas
Cliente
Compromisso com as Estabelecimento de pactos com as partes interessadas e suas inter-relações Relacionamento
partes interessadas com as estratégias e processos, numa perspectiva de curto e longo prazos com as partes
interessadas
Fornecedor
Força de trabalho

Busca e alcance de um novo patamar de conhecimento para a Aperfeiçoamento


Aprendizado organização por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento Conhecimento
Organizacional e de experiências, promovendo um ambiente favorável à criatividade, Competências
Inovação experimentação e implementação de novas ideias capazes de gerar ganhos essenciais
sustentáveis para as partes interessadas. Inovação

Capacidade de
Flexibilidade e capacidade de mudança em tempo hábil, frente a novas
Adaptabilidade mudar
demandas das partes interessadas e alterações no contexto.
Flexibilidade

Valores e princípios
Atuação dos líderes de forma inspiradora, exemplar, realizadora e com
organizacionais
constância de propósito, estimulando as pessoas em torno de valores,
Governança
princípios e objetivos da organização, explorando as potencialidades das
Liderança transformadora Cultural
culturas presentes, preparando líderes e interagindo com as partes
organizacional
interessadas.
Olhar para o futuro
Sucessão

Compromisso da organização em responder pelos impactos de suas decisões Econômico-


Desenvolvimento e atividades, na sociedade e no meio ambiente, e de contribuir para a financeiro
Sustentável melhoria das condições de vida, tanto atuais quanto para as gerações futuras, Ambiental
por meio de um comportamento ético e transparente. Social

Compreensão e segmentação do conjunto das


Informações
atividades e processos da organização que agreguem valor para as partes
organizacionais
interessadas, sendo que a tomada de decisões e execução de ações deve ter
Orientação por processos Gestão por
como base a medição e análise do desempenho, levando-se em
processos
consideração as informações disponíveis, além de incluir os riscos
Produto
identificados.

Compreensão dos fatores que afetam a organização, seu ecossistema e o Resultados


Geração de valor ambiente sustentáveis
externo no curto e no longo prazo.

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Versão 20 do Modelo da FNQ.

FUNDAMENTOS DO MEG

Entendimento das relações de interdependência entre os diversos


Pensamento Sistêmico
componentes de uma organização, bem como entre a organização e o ambiente externo.

Desenvolvimento de relações e atividades em cooperação entre organizações ou indivíduos com


Atuação em rede
interesses comuns e competências complementares

Aprendizado Busca e alcance de um novo patamar de conhecimento para a


Organizacional organização por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de experiências.

Promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e


Cultura de Inovação
implementação de novas ideias que possam gerar um diferencial competitivo para a organização.

Atuação dos líderes de forma inspiradora, exemplar, realizadora e com constância de propósito,
Liderança estimulando as pessoas em torno de valores, princípios e objetivos da organização, explorando
transformadora as potencialidades das culturas presentes, preparando líderes e interagindo com as partes
interessadas.
Projeção e compreensão de cenários e tendências prováveis do ambiente e dos possíveis efeitos
Olhar para o futuro sobre a organização, no curto e longo prazos, avaliando alternativas e adotando estratégias mais
apropriadas.
Conhecimento sobre Interação com clientes e mercados e entendimento de suas necessidades, expectativas e
clientes e mercados comportamentos, explícitos e potenciais, criando valor de forma sustentável.

Agilidade Capacidade de realizar a mudança e a transformação

Atuação que se define pela relação ética e transparente da organização com


todos os públicos com os quais ela se relaciona. Refere-se também à inserção da empresa no
desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para
Responsabilidade social
gerações futuras; respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais
como parte integrante da estratégia da organização.

Criação de condições para que as pessoas se realizem profissional e


Valorização das
humanamente, maximizando seu desempenho por meio do comprometimento, do
pessoas e da cultura
desenvolvimento de competências e de espaços para empreender.

Deliberações sobre direções a seguir e ações a executar, utilizando o conhecimento gerado a


Decisões
partir do tratamento de informações obtidas em medições, avaliações e análises de desempenho,
fundamentadas
de riscos, de retroalimentações e de experiências.

Compreensão e segmentação do conjunto das


atividades e processos da organização que agreguem valor para as partes interessadas, sendo
Orientação por
que a tomada de decisões e execução de ações deve ter como base a medição e análise do
processos
desempenho, levando-se em consideração as informações disponíveis, além de incluir os riscos
identificados.

Compreensão dos fatores que afetam a organização, seu ecossistema e o ambiente


Geração de valor
externo no curto e no longo prazo.

CRITÉRIOS
é fundamental para que toda a organização esteja focada nos seus desafios e objetivos. Esta
liderança liderança visa comprometer e motivar seus funcionários para o alcance da visão de futuro, ou
seja, dos resultados desejados
Estratégias e planos para que os objetivos estratégicos sejam alcançados
clientes específicos e, no caso do setor público. Sem esse foco no cliente, a organização não terá
Clientes
sustentabilidade.
Sociedade como um todo.
Pessoas processos de trabalho e motivar e desenvolver suas pessoas.
Processos processos de trabalho
Resultados Metas atingidas

Informações e Forma que todos os membros da organização tenham as informações e os conhecimentos


conhecimento. necessários ao seu trabalho.

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EXERCÍCIOS

1. Banca: FCC. Órgão: TRT - 11ª Região (AM). Prova: Técnico Judiciário – Área Administrativa. Uma gestão pública voltada
para a excelência deve:
a) estar focada em resultados e orientada para o cidadão.
b) concentrar seus recursos nos serviços mais rentáveis.
c) priorizar, acima de tudo, a racionalização dos gastos.
d) se pautar apenas no cumprimento das regras formais.
e) enfatizar as demandas dos setores mais necessitados.

2. FCC - AJ TRT23/TRT 23/Administrativa/"Sem Especialidade"/2022. Administração Geral e Pública - Modelo de Excelência


Gerencial (FNQ)
O modelo de excelência em gestão predicado pela Fundação Nacional de Qualidade (FNQ) consiste em um sistema
baseado em diversos fundamentos e critérios,
a) sendo os critérios divididos em subitens que compõem um sistema de questões que permite a autoavaliação da
organização.
b) sendo os fundamentos os valores que cada organização elege como os mais relevantes para sua visão de futuro.
c) podendo os critérios variar de acordo com o grau de maturidade de cada organização, apurado de acordo com
fundamentos fixados pela FNQ.
d) cabendo a cada organização apresentar o conjunto de critérios e fundamentos para avaliações individualizadas realizadas
pela FNQ.
e) que são a base para a certificação de excelência da organização, de acordo com o grau de aderência aos fundamentos
e critérios estabelecidos em cada ciclo avaliatório.

3. FCC - TJ TRT17/TRT 17/Administrativa/2022


Administração Geral e Pública - Modelo de Excelência Gerencial (FNQ)
O modelo de excelência apresentado pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), que objetiva alçar as organizações
públicas e privadas a padrões de excelência de nível mundial, apresenta, entre seus fundamentos, o denominado
pensamento sistêmico, correspondente ao
a) conjunto de enunciados que deve ser internalizado na organização para alinhar as práticas de todos os colaboradores,
sendo o principal: “qualidade gera qualidade”.
b) programa de treinamento aplicado aos integrantes da organização para mudança de padrão de comportamento com foco
na qualidade total.
c) método de trabalho proposto aos gestores que conjuga o binômio qualidade do trabalho e qualidade no trabalho, este
último focado nas relações interpessoais.
d) entendimento das relações de interdependência entre os diversos componentes de uma organização, bem como entre a
organização e o ambiente externo.
e) sistema de boas práticas, envolvendo governança, sustentabilidade e responsabilidade social, que assegura a certificação
da organização com o selo “qualidade total”.

4. 2016. Banca: FCC. Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT)Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa
A conquista da excelência nos serviços públicos decorre de um amplo conjunto de fatores, muitos dos quais associados
à incorporação de novas filosofias gerenciais, de novas tecnologias, de mudança cultural e amplo engajamento dos
servidores. O modelo de excelência preconizado pela Fundação Nacional da Qualidade define fundamentos e critérios de
gestão tendo como referência organizações de excelência em nível mundial. Constituem, entre outros, fundamentos desse
modelo:
a) avaliação e remuneração por resultados.
b) informações e conhecimento.
c) inovação e geração de valor.
d) eficiência no uso de recursos e prestação de contas.
e) treinamento contínuo e transmissão de conhecimentos.

5. Ano: 2015. Banca: FCC. Órgão: TRT - 3ª Região (MG). Prova: Analista Judiciário
O conceito de geração de valor, na perspectiva adotada pelo modelo de excelência em gestão da FNQ − Fundação
Nacional da Qualidade,
a) é uma métrica adotada pela Fundação para identificar o grau de atingimento dos objetivos estabelecidos no planejamento
estratégico da organização.
b) corresponde a um dos critérios de excelência adotados pela Fundação, que permite às organizações a identificação de
seu estágio de qualidade.
c) precede o processo de certificação aplicado pela Fundação à organização e constitui pressuposto necessário para o
mesmo.
d) consiste em um dos fundamentos do modelo e diz respeito ao aumento de valores tangíveis e intangíveis, de forma
sustentada.
e) é a tradução objetiva, medida em pontos, atribuída a cada um dos critérios de excelência adotados pela Fundação.

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6. FCC- Ass Leg (ALAP)/ALAP/Atividade Administrativa e Operacional/Assistente Administrativo/2020. Administração Geral


e Pública - Modelo de Excelência Gerencial (FNQ)
O Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), baseado em seus critérios de excelência, classifica os processos em
a) Processos Finalísticos; Processos Secundários e Processos Independentes.
b) Processos estratégicos; Processos Táticos e Processos Intermediários.
c) Processos Internos; Processos Externos e Processo Decisivo.
d) Macroprocesso; Processos-meio e Microprocesso.
e) Processos Primários; Processos de Apoio e Processo Gerencial.

7. FCC - Ana (TJ SC)/TJ SC/Administrativo/2021


Administração Geral e Pública - Modelo de Excelência Gerencial (FNQ). Os Fundamentos da Gestão para Excelência são
um composto de valores e princípios que revelam padrões culturais internalizados nas organizações. Esses fundamentos
são distribuídos em Temas. O atributo que o “Fundamento Desenvolvimento Sustentável” tem como um dos seus Temas
éo
a) Aprendizado Organizacional.
b) Produto.
c) Relacionamento com as partes interessadas.
d) Olhar para o futuro.
e) Econômico-financeiro.

8. Ano: 2017. Banca: FCC. Órgão: TRT - 11ª Região (AM e RR). Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa
A excelência nos serviços públicos corresponde ao grau máximo da qualidade dos serviços prestados. Não obstante difícil
de ser alcançada plenamente, é certo que os programas de qualidade perseguem o seu atingimento. Exemplo disso é o
modelo de excelência em gestão desenvolvido pela Fundação Nacional da Qualidade – FNQ, que contempla
a) critérios de excelência em gestão, inspirados nas melhores práticas das organizações, como o pensamento sistêmico.
b) fundamentos de excelência, como estratégias e planos, que permitem medir o grau de excelência da organização.
c) benchmarking, consistente em exemplos de ações e experiências bem sucedidas passíveis de serem incorporadas.
d) procedimentos padronizados para gerenciamento de processos, utilizando como ferramenta principal o workflow.
e) sistema de pontuação que visa determinar o grau de maturidade da gestão da organização, tendo como referência os
critérios de excelência e seus subitens.

9. Banca: FCC. Órgão: PGE-MT. Prova: Analista – Administrador. A excelência em serviços públicos corresponde ao grau
máximo – ótimo – dos serviços prestados ao cidadão e atribui-se aos programas de qualidade a missão de atingir esse
patamar. Nesse contexto, a Fundação Nacional da Qualidade – FNQ, desenvolveu um modelo de excelência em gestão
constituído por diversos fundamentos e critérios, sendo que
a) os fundamentos permitem medir o grau de excelência atingido pela organização.
b) os critérios correspondem às diretrizes adotadas para aplicação da metodologia.
c) o pensamento sistêmico diz respeito ao entendimento das relações de interdependência dentro da organização, bem
como com o ambiente externo.
d) um dos principais fundamentos de tal metodologia consiste no sistema de pontuação que permite às organizações a
obtenção da certificação de qualidade pela FNQ.
e) entre os critérios de excelência aplicáveis às organizações públicas, figura a responsabilidade social, pautada pela ética,
sustentabilidade e transparência.

6. PROCESSO ORGANIZACIONAL OU ADMINISTRATIVO


O processo organizacional, tambem chamado de processo administrativo, busca explicar as várias funções da
administração. Para os Neoclássicos o processso tem como funções: Planejamento, organização, direção e controle.

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EXERCÍCIOS

1. FCC - AJ TRT22/TRT 22/Apoio. Especializado/Biblioteconomia/2022. Administração Geral e Pública - Processo


Organizacional e Funções Administrativas. As funções administrativas que envolvem, respectivamente, o estabelecimento
da estrutura formal de autoridade e a análise da forma como a unidade de informação está operando são as de
a) organização e comando.
b) planejamento e controle.
c) organização e controle.
d) coordenação e comando.
e) planejamento e coordenação.

2. FCC – TP. (MANAUSPREV)/MANAUSPREV/Administrativa/2021. Administração Geral e Pública - Processo


Organizacional e Funções Administrativas. A coordenação no âmbito de uma organização constitui uma das funções
inerentes à atuação do administrador, podendo ser exercida por meio de diferentes formas. Nesse contexto, o mecanismo
denominado ajuste espontâneo
a) apresenta-se como uma dessas formas, sendo pautado pela comunicação, formal ou informal, entre os responsáveis
pelas atividades para obter o equilíbrio entre as quantidades, tempos de produção e direções a serem seguidas.
b) configura uma falha de coordenação presente quando o administrador não exerce a função que lhe foi atribuída,
propiciando comunicação informal entre os administrados e acomodações indesejáveis nos processos produtivos.
c) não faz parte da função de coordenação propriamente dita, ligando-se à subsequente função de controle e sendo utilizado
para fins de ações corretivas dos processos de trabalho.
d) constitui uma técnica de coordenação de caráter restrito, cuja aplicação é adequada apenas a organizações mecanicistas,
com processos de trabalho e produção pouco complexos.
e) não faz parte da função de coordenação propriamente dita, constituindo uma ferramenta de organização e planejamento
comumente utilizada pelos administradores para propiciar o entrosamento da equipe.

3. FCC - AJ TRT22/TRT 22/Apoio Especializado/Biblioteconomia/2022. Administração Geral e Pública - Introdução ao


Processo de Planejamento (Diretrizes, Princípios, Características, Etapas, Níveis)
Consiste em comprometer os recursos – físicos, de pessoal e materiais – da unidade de informação com o melhor
conhecimento possível do futuro. Isso requer a organização sistemática do esforço necessário para utilizar esses recursos
e a mensuração dos resultados das decisões tomadas, por meio de retroalimentação sistemática, de maneira a que as
mudanças necessárias possam ser implementadas. Trata-se
a) da elaboração de políticas.
b) da alocação de recursos.
c) da tomada de decisão.
d) da avaliação.
e) do planejamento.

6.1 PLANEJAMENTO

Planejamento é a função administrativa que define objetivos e decide sobre os recursos e tarefas necessários para
alcançá-los adequadamente. Como principal decorrência do planejamento estão os planos.
Planejamento pode ser definido como um processo desenvolvido para o alcance de uma situação futura desejada, de um
modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa ou organização.
Os planos facilitam a organização no alcance de suas metas e objetivos. Além disso, os planos funcionam como guias ou
balizamentos para assegurar os seguintes aspectos:
Os planos definem os recursos necessários para alcançar os objetivos organizacionais.
Os planos servem para integrar os vários objetivos a serem alcançados em um esquema organizacional que proporciona
coordenação e integração.
Os planos permitem que as pessoas trabalhem em diferentes atividades consistentes com os objetivos definidos.

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Os planos permitem que o alcance dos objetivos possa ser continuamente monitorado e avaliado em relação a certos
padrões ou indicadores a fim de permitir a ação corretiva necessária quando o progresso não seja satisfatório.

6.1.1 - PROCESSO DE PLANEJAMENTO

O planejamento é um processo constituído de uma série sequencial de seis passos

Definir os objetivos O primeiro passo do planejamento é o estabelecimento de objetivos que se pretende alcançar.

Verificar qual a situação


Simultaneamente à definição dos objetivos, deve-se avaliar a situação atual em contraposição aos
atual em relação aos
objetivos desejados, verificar onde se está e o que precisa ser feito.
objetivos

Premissas constituem os ambientes esperados dos planos em operação. Como a organização


opera em ambientes complexos, quanto mais pessoas estiverem atuando na elaboração e
Desenvolver premissas
compreensão do planejamento e quanto mais se obter envolvimento para utilizar premissas
quanto às condições
consistentes, tanto mais coordenado será o planejamento. Trata-se de gerar cenários alternativos
futuras
para os estados futuros das ações, analisar o que pode ajudar ou prejudicar o progresso em
direção aos objetivos.

O quarto passo do planejamento é a busca e aná lise dos cursos alternativos de ação. Trata-se de
Analisar as alternativas de
relacionar e avaliar as ações que devem ser tomadas, escolher uma delas para perseguir um ou
ação
mais objetivos, fazer ura plano para alcançar os objetivos.

Escolher um curso de ação O quinto passo é selecionar o curso de ação adequado para alcançar os objetivos propostos. A
entre as várias alternativas alternativa escolhida se transforma em um plano para o alcance dos objetivos.

Fazer aquilo que o plano determina e


Implementar o plano e
avaliar cuidadosamente os resultados para assegurar o alcance dos objetivos, seguir através do
avaliar os resultados
que foi planejado e tomar as ações corretivas à medida que se tornarem necessárias.

6.1.2 - BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO


O planejamento ajuda o administrador em todos os tipos de organização a alcançar o melhor desempenho, porque:
1. O planejamento é orientado para resultados. Cria um senso de direção, isto é, de desempenho orientado para metas e
resultados a serem alcançados.
2. O planejamento é orientado para prioridades. Assegura que as coisas mais importantes receberão atenção principal.
3. O planejamento é orientado para vantagens. Ajuda a alocar e a dispor recursos para sua melhor utilização e
desempenho.
4. O planejamento é orientado para mudanças. Ajuda a antecipar problemas que certamente aparecerão e a aproveitar
oportunidades à medida que se defronta com novas situações.
Fique de olho!: O planejamento impõe racionalidade e proporciona o rumo às ações da organização. Além disso,
estabelece coordenação e integração de suas várias unidades, que proporcionam a harmonia e sinergia da organização
no caminho em direção aos seus objetivos principais.

6.1.3 - OS PRINCÍPIOS GERAIS DO PLANEJAMENTO SÃO:


a) contribuição aos objetivos
b) precedência do planejamento, ou seja, corresponde a uma função administrativa que vem antes das outras
(organização, direção e controle)
c) maior penetração e abrangência
d) maior eficiência, eficácia e efetividade, isto é, o planejamento deve procurar maximizar os resultados e minimizar as
deficiência.

6.1.4 - OS PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO PLANEJAMENTO SÃO:


Planejamento participativo: o principal benefício do planejamento não é o plano em si, mas o processo envolvido
Planejamento coordenado, ou seja, nenhuma parte de uma empresa pode ser planejado eficientemente se isto ocorrer
de maneira independente
Planejamento integrado: os vários setores de uma empresa devem ter seus planejamentos integrados
Planejamento permanente: nenhum plano mantém seu valor com o passar do tempo.

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6.1.5 – TIPOS OU NÍVEIS DE PLANEJAMENTO


O planejamento envolve uma volumosa parcela da atividade organizacional. Com isso, queremos dizer que toda
organização está sempre planejando: o nível institucional elabora genericamente o planejamento estratégico, o nível
intermediário segue-o com planos táticos e o nível operacional traça detalhadamente os planos operacionais. Cada qual
dentro de sua área de competência e em uníssono com os objetivos globais da organização.

6.1.5.1 - O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO


A presenta as seguintes características fundamentais:
É projetado no longo prazo e orientado para o futuro;
Está voltado para as relações entre a empresa e seu ambiente de tarefa –
Envolve a empresa como um todo
O planejamento estratégico é um processo de construção de consenso.
O planejamento estratégico é uma forma de aprendizagem organizacional.

6.1.5.1.1- FASES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

- Negócio - O negócio da organização é relacionado com as atividades principais da empresa naquele momento
específico, seu âmbito de atuação. Ao contrário da missão, o negócio é mais focado um contexto específico.
- A Estratégia caminho escolhido para que a organização possa chegar ao destino desejado pela visão.
- Missão: É a declaração dos propósitos da organização (razão de existir). É perene e delimita o contorno daquela
organização, deixando claro o que faz e para quem.
- Visão: Define onde a organização quer estar em um determinado horizonte de tempo, normalmente em 5, 10 anos. É o
grande norteador da estratégia da organização.
- Valores: Assim como a missão são perenes. Os valores definem as crenças e as convicções com as quais aquela
organização opera. Os valores servem como uma orientação e inspiração ao desenvolvimento do trabalho no dia-a-dia
da empresa. Alguns exemplos genéricos de valores: Excelência; Inovação; Participação; Parceria; Serviço ao Cliente;
Igualdade; Transparência; Criatividade.
- Análise SWOT: é a que “situamos” a organização frente a seu ambiente interno e externo. Muitos autores chamam esta
etapa de diagnóstico estratégico. É do nome da ferramenta utilizada para fazer esse diagnóstico: análise SWOT (ou
FOFA). Este nome SWOT é simplesmente a soma de siglas dos termos em Inglês: “Strengths” (forças), “Weakness”
(fraquezas), “Opportunities” (oportunidades) e “Threats” (ameaças).

6.1.5.2 PLANEJAMENTO TÁTICO


Enquanto o planejamento estratégico envolve toda a organização, o planejamento tático envolve uma determinada
unidade organizacional, um departamento ou divisão.
Se estende pelo médio prazo, geralmente o exercício de um ano,
É desenvolvido pelo nível intermediário.
Focado no médio prazo e que enfatiza as atividades correntes das várias unidades ou departamentos da organização
Os planos táticos geralmente são desenvolvidos para as áreas de produção, marketing, pessoal, finanças e contabilidade.
Ocorrem o detalhamento e a especificação dos planos estratégicos.
Funcionam como orientações para a tomada de decisão.
As políticas constituem exemplos de planos táticos que funcionam como guias gerais de ação. Elas funcionam como
orientações para a tomada de decisão. Geralmente refletem um objetivo e orienta as pessoas em direção a esses objetivos
em situações que requeiram algum julgamento
Cuida da articulação entre o nível estratégico e o operacional.

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6.1.5.3 NÍVEL OPERACIONAL


Trata da execução cotidiana das tarefas e operações na empresa.
O trabalho desenvolvido nesse nível está diretamente relacionado com a produção dos produtos ou serviços da empresa,
representando seu núcleo técnico.
Pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, dos planos de ação para
implantação daquilo que foi estabelecido nos planos táticos.
É neste nível que são estabelecidos os objetivos e estratégias operacionais, que definem as ações específicas que
permitem realizar os objetivos dos níveis anteriores.
ferramenta do gerente de departamento para as operações diárias e semanais. Seu horizonte de tempo é o curto prazo.
Preocupa-se com “o que fazer” e com o "como fazer” as atividades quotidianas da organização.
voltados para a eficiência (ênfase nos meios), pois a eficácia (ênfase nos fins) é
problema dos níveis institucional e intermediário da organização.

Apesar de serem heterogêneos e diversificados, os planos operacionais podem ser classificados em quatro tipos, a saber:
Procedimentos. São os planos operacionais relacionados com métodos.
Orçamentos. São os planos operacionais relacionados com dinheiro.
Programas (ou programações). São os planos operacionais relacionados com tempo.
Regulamentos. São os planos operacionais relacionados com comportamentos das pessoas.

EXERCÍCIOS

1. FCC - AJ TRT22/TRT 22/Apoio Especializado/Biblioteconomia/2022. Administração Geral e Pública - Introdução ao


Processo de Planejamento (Diretrizes, Princípios, Características, Etapas, Níveis). Em serviços de informação, fala-se
em planos

a) globais, que fornecem os fundamentos para as atividades da unidade de informação.


b) específicos, determinados a enfrentar catástrofes.
c) especiais, voltados à determinada área de atuação.
d) setoriais, relacionados a implementações pontuais.
e) emergenciais, que traçam diretrizes para situações não planejadas.

2. FCC - Ass Adm (SANASA)/SANASA/Call Center/2019


Administração Geral e Pública - Introdução ao Processo de Planejamento (Diretrizes, Princípios, Características, Etapas,
Níveis). Qualquer que seja sua natureza ou tamanho, as organizações possuem três níveis diferentes para lidar com os
desafios externos e internos. O nível responsável por transformar as diretrizes elaboradas em programas de ação
corresponde ao nível
a) Operacional.
b) Institucional.
c) Estratégico.
d) Tático.
e) Técnico.

3. (FCC/PGE-RJ/TENICO SUPERIOR - ADMINISTRAÇÃO). Em uma organização, o planejamento


a) operacional é menos genérico e mais detalhado, tem um prazo longo de tempo e aborda cada unidade da empresa ou
cada conjunto de recursos separadamente.
b) estratégico é realizado nas funções mais elevadas da empresa (diretoria), tem um maior alcance de tempo e as decisões
envolvidas englobam a organização como um todo.
c) tático deve ser capaz de combinar as oportunidades ambientais com a capacidade empresarial a patamar de equilíbrio
ótimo entre o que a empresa quer e o que ela realmente pode fazer.
d) tático é aquele que coloca em prática os planos gerais dentro de cada setor da empresa. Normalmente demanda curto
alcance de tempo.
e) operacional é realizado pelos executivos (gerentes), traduz e interpreta as decisões da direção e as transforma em planos
concretos dentro dos departamentos da empresa. Geralmente tem um médio alcance de tempo

4. FCC - TJ TRT4/TRT 4/Administrativa. Assunto: Características dos planejamentos estratégico, tático e operacional. O
planejamento estratégico é uma metodologia de planejamento gerencial de longo prazo, cuja principal funcionalidade é
estabelecer a direção a ser seguida pela organização e contempla.
a) o estabelecimento dos cenários, definidos pela realidade existente na organização.
b) o estabelecimento da visão de futuro da organização, que traduz a razão de ser da entidade.
c) a definição da missão da organização, que exerce a função orientadora da ação organizacional no longo prazo.
d) o diagnóstico institucional, consistente na análise interna, que identifica as ameaças e oportunidades da organização.
e) a fixação dos valores da organização, que devem ser passíveis de mensuração objetiva.

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5. (FCC/TRT-MS/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO -ADMINISTRATIVA). Analise:


I. A missão é uma orientação atemporal, a razão de ser, o motivo da existência de uma organização.
II. A missão é uma orientação temporal, a razão ser de uma organização.
III. A missão é uma orientação temporal, determinando onde a organização deseja chegar.

Considerando as etapas do Planejamento Estratégico, está correto o que consta APENAS em


a) II e III. b) II. c) III. d) I e II. e) I.

6. FCC - TJ TRT4/TRT 4/Administrativa/"Sem Especialidade"/2022


Administração Geral e Pública - Planejamento Estratégico. O planejamento estratégico dos órgãos públicos
a) se concentra nos problemas que a organização experimenta diuturnamente.
b) busca a superação de objetivos imediatos.
c) é caracterizado por um regime em que as metas não são fixas.
d) parte de uma identificação sistemática de pontos fortes e fracos.
e) procura identificar, internamente na organização, quais são as ameaças e quais são as oportunidades.

7. FCC - Ana (CNMP)/CNMP/Apoio Técnico Administrativo/Gestão Pública/2015


Após análises do ambiente externo e interno, determinada instituição obteve como diagnóstico a predominância de
ameaças e pontos fortes. Neste tipo de ambiente, a recomendação é a adoção da Estratégia de
a) Crescimento. b) Manutenção. c) Sobrevivência. d) Desenvolvimento. e) Crescimento Intensivo.

8. Ano: 2016. Banca: CESPE. Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP). Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa
Assinale a opção correta a respeito de planejamento estratégico, tático e operacional.
a) Para a formulação da estratégia de uma instituição, segundo a análise SWOT, é relevante que se avalie o ambiente
interno com a finalidade de se identificarem as oportunidades e as ameaças existentes dentro da organização.
b) Os planos operacionais correspondem à tradução e à interpretação das decisões estratégicas e são realizados nos níveis
intermediários de uma instituição.
c) A definição da visão de uma instituição é compreendida como uma etapa do planejamento estratégico, com o foco no
futuro e naquilo que se pretende alcançar no longo prazo.
d) O planejamento estratégico, para ser eficaz, deve possuir conteúdo detalhado e analítico, e a amplitude de sua
abrangência deve ser orientada para cada unidade organizacional.
e) Com o detalhamento das tarefas, os planos de curto prazo para dar cobertura às atividades individuais dos servidores de
um órgão são inerentes ao planejamento tático.

9. FCC - TJ TRT4/TRT 4/Administrativa/2015. Assunto: Características dos planejamentos estratégico, tático e operacional.
O planejamento estratégico é uma metodologia de planejamento gerencial de longo prazo, cuja principal funcionalidade
é estabelecer a direção a ser seguida pela organização e contempla.
a) o estabelecimento dos cenários, definidos pela realidade existente na organização.
b) o estabelecimento da visão de futuro da organização, que traduz a razão de ser da entidade.
c) a definição da missão da organização, que exerce a função orientadora da ação organizacional no longo prazo.
d) o diagnóstico institucional, consistente na análise interna, que identifica as ameaças e oportunidades da organização.
e) a fixação dos valores da organização, que devem ser passíveis de mensuração objetiva.

6.1.6 –Gestão Estratégica

6.1.6.1 Planejamento estratégico: definições de estratégia, condições necessárias para se desenvolver a estratégia,
questões‐chave em estratégia.

Estratégia é o caminho escolhido pela organização para alcançar seus objetivos ou superar algum desafio. Esse caminho
deve ser condizente com as competências próprias de cada organização e deve balizar um comportamento global,
compreensivo e sinérgico de todos os seus componentes.

Gestão Estratégica é o processo sistemático, planejado, gerenciado, executado e acompanhado sob a liderança da alta
administração da instituição, envolvendo e comprometendo todos os gerentes e colaboradores da organização

Administração estratégica é uma administração do futuro que, de forma estruturada, sistêmica e intuitiva, consolida
um conjunto de princípios, normas e funções para alavancar o processo de planejamento da situação futura desejada da
empresa como um todo e seu posterior controle perante os fatores ambientais, bem como a organização e
a direção dos recursos empresariais de forma otimizada com a realidade ambiental e com a maximização das relações
interpessoais.

6.1.6.1.1 Processos associados: formação de estratégia, análise, formulação, formalização, decisão e implementação.

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Ciclo da Gestão Estratégica é fazer com que a estratégia da organização seja acompanhada, analisada e realinhada de
forma sistemática através de um processo eficaz, utilizando-se de reuniões com foco na tomada de decisão, tendo como
ponto central, a estratégia da organização.

Esse ciclo é composto por quatro etapas:

- Análise do Ambiente de Negócios: O mercado é pesquisado, buscando referências a respeito de concorrentes, normas
governamentais, dados macroeconômicos, entre outros. Entre as mais utilizadas estão Matriz SWOT, que estuda a
competitividade de uma organização segundo quatro variáveis: Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas),
Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças) e as 5 Forças de Porter, onde a proposta é analisar a competitividade
de um setor, por meio das seguintes forças: competidores, novos entrantes, substitutos, compradores e fornecedores.
- Formulação: Nesta etapa é desenhada a estratégia da organização. A missão, a visão, o posicionamento mercadológico
e as principais diretrizes da organização são concebidas ou revisadas, quando cabível. Com base nas análises realizadas,
pode- se traçar as principais diretrizes estratégicas e os objetivos. É durante esta fase de formulação que se decide o
“caminho a ser seguido”.
- Implementação: A estratégia é colocada em prática. Para tanto, é preciso que os funcionários entendam a estratégia e
o seu papel para operacionalizá-la por meio da execução de projetos e processos.

- Avaliação e Aprendizado: É o momento de verificar o que funcionou, o que deu errado e analisar as causas. Nessa hora
é que são feitas as revisões de rumo necessárias, para que se inicie então um novo ciclo.

Existem alguns pontos que são orientadores da estratégia da organização, definindo as condições de contorno do negócio
e o rumo principal para onde ele deve caminhar. Normalmente são definidos pela alta administração da organização.
São eles:
- Missão: É a declaração dos propósitos da organização. É perene e delimita o contorno daquela organização, deixando
claro o que faz e para quem.
- Valores: Assim como a missão são perenes. Os valores definem as crenças e as convicções com as quais aquela
organização opera.
- Visão: Define onde a organização quer estar em um determinado horizonte de tempo, normalmente em 5, 10 anos. É o
grande norteador da estratégia da organização.
- A Estratégia baseia-se nessas premissas e também é definida pela administração superior.

6.1.6. 1.2. – Tipos de Estratégias


Ferramentas de análise de cenário interno e externo.
São quatro os tipos básicos de estratégia: ANÁLISE SWOT

a) Estratégia de Sobrevivência: só deve ser adotado pela empresa quando não existir outra alternativa para a mesma, ou
seja, apenas quando o ambiente e a empresa estão em situação inadequada com muitas dificuldades ou quando
apresentam péssimas perspectivas (alto índice de pontos fracos internos e ameaças externas). Alguns tipos de estratégias
de sobrevivência:

Redução de custos: utilizada normalmente em período de recessão, que consiste na redução de todos os custos possíveis
para que a empresa possa subsistir.

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Desinvestimento: quando as empresas encontram-se em conflito com linhas de produtos que deixam de ser interessantes,
portanto, é melhor desinvestir do que comprometer toda a empresa.

b) Estratégia de Manutenção: busca-se a manutenção de um estado de equilíbrio, concentração em sua linha de negócios.
É aplicada em um cenário não otimista, com um ambiente com ameaças, mas a empresa ainda apresenta pontos fortes.
Manter a estabilidade dos negócios de uma organização está além de simplesmente preocupar-se com a sobrevivência
da empresa, embora ainda seja uma atitude defensiva diante das ameaças existentes. A estratégia de manutenção pode
apresentar três situações:
Estratégia de estabilidade: procura, principalmente, a manutenção de um estado de equilíbrio ameaçado, ou ainda, o seu
retorno em caso de sua perda.

Estratégia de especialização: a empresa busca conquistar ou manter a liderança no mercado através da concentração
dos esforços de expansão numa única ou em poucas atividades da relação produto/mercado.

Estratégia de nicho: a empresa procura dominar um segmento de mercado que ela atua, concentrando o seu esforço e
recursos em preservar algumas vantagens competitivas.

c) Estratégia de Crescimento: recomendável quando o porte da organização é um limitador para atender satisfatoriamente
a demanda do mercado, ou seja, há predominância de oportunidades no ambiente externo, mas a empresa ainda
apresenta pontos fracos.
Estratégia de inovação: a empresa procura antecipar-se aos concorrentes através de freqüentes desenvolvimentos e
lançamentos de novos produtos e serviços; portanto, a empresa deve ter acesso rápido e direto a todas as informações
necessárias num mercado de rápida evolução tecnológica.

Estratégia de internacionalização: a empresa estende suas atividades para fora do seu país de origem. Embora o processo
seja lento e arriscado, esta estratégia pode ser muito interessante para empresas de grande porte, pela atual evolução
de sistemas, como logísticos e comunicação.

Estratégia de expansão: muitas vezes a não-expansão na hora certa pode provocar uma perda de mercado, onde a única
providência da empresa perante esta situação seja a venda ou a associação com empresas de maior porte.

d) Estratégia de Desenvolvimento: neste caso a predominância na situação da empresa, é de pontos fortes e de


oportunidades. Diante disso, o executivo deve procurar desenvolver a sua empresa através de duas direções: pode-se
procurar novos mercados e clientes ou então, novas tecnologias diferentes daquelas que a empresa domina. A
combinação destas permite ao executivo construir novos negócios no mercado.
Desenvolvimento de mercado: ocorre quando a empresa procura maiores vendas, levando seus produtos a novos
mercados.

Desenvolvimento de produto ou serviços: ocorre quando a empresa procura maiores vendas mediante o desenvolvimento
de melhores produtos e/ou serviços para seus mercados atuais. Este desenvolvimento pode ocorrer através de novas
características do produto/serviço; variações de qualidade; ou diferentes modelos e tamanhos (proliferação de produtos).

Desenvolvimento financeiro: união de duas ou mais empresas através da associação ou fusão, para a formação de uma
nova empresa. Isto ocorre quando uma empresa apresenta poucos recursos financeiros e muitas oportunidades; enquanto
a outra empresa tem um quadro totalmente ao contrário; e ambas buscam a união para o fortalecimento em ambos os
aspectos.

Desenvolvimento de capacidades: ocorre quando a associação é realizada entre uma empresa com ponto fraco em
tecnologia e alto índice de oportunidades usufruídas e/ou potenciais, e outra empresa com ponto forte em tecnologia, mas
com baixo nível de oportunidades ambientais.

e) Estratégias Genéricas
Igor Ansoff e sua estratégia genérica de quatro componentes, conforme ilustrado a seguir:

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Segundo o autor, a organização dentro de uma indústria restringe a sua posição em termos de produtos e mercados e
tenta obter vantagem competitiva. Vetor de crescimento é o elo comum, ou seja, a relação entre produtos e mercados,
presentes e futuros, que permite perceber a direção na qual a empresa está avançando. Seus componentes são os
seguintes:
Penetração no mercado: denota uma direção de crescimento por meio do aumento da participação relativa da organização
nas suas linhas correntes de produtos e mercados; assim, mesmos produtos na mesma missão (crescimento de
participação no mesmo mercado).
Desenvolvimento de mercados: a organização busca novas missões para os seus produtos atuais; assim, mesmos
produtos em novos mercados.
Desenvolvimento de produtos: representa o processo pelo qual a organização cria novos produtos para substituir os já
existentes; assim, produtos novos no mesmo mercado.
Diversificação: a organização busca novos produtos e novos mercados. A diversificação é considerada economicamente
valiosa quando existe alguma economia de escopo valiosa entre os múltiplos negócios em que uma organização opera e
quando é menos custoso para os gerentes realizar essas economias de escopo do que para os próprios acionistas,
reduzindo, portanto, custos e aumentando receitas (economia de escopo operacional). A essas duas condições -
economia de escopo valiosa e economia de escopo operacional - dá se o nome de valor da diversificação corporativa.
No entanto, Ansoff (1977), considerando as mudanças reais de evolução, resolveu adicionar uma terceira dimensão de
vetor; juntou ao mercado e ao produto a geografia de mercado. Atualizando o vetor, temos:
Necessidade do mercado: representa as necessidades do mercado atual ou no qual se pretende atuar.
Tecnologia do produto ou serviço: representa as tecnologias atuais ou as que se pretende utilizar.
Geografia de mercado: define as regiões nas quais a empresa atua ou pretende atuar.
f) Modelo BCG - Matriz de Crescimento e Participação

De acordo com Bruce Henderson, um dos fundadores do BCG, para ter sucesso, uma empresa precisa ter um portfólio
de produtos com diferentes taxas de crescimento e diferentes participações de mercado.
A proposta da matriz é que as unidades empresariais localizadas nos quatro quadrantes identificados estarão em posições
diferentes de fluxo de caixa, sendo, portanto, administradas de maneira diferente.
Assim, foi adotado um elenco de tipos de recomendações estratégicas, permitindo à administração classificar as unidades
de negócio como vacas leiteiras, pontos de interrogação, abacaxis ou vira-latas e estrelas. Vejamos a ilustração:

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Para os autores dessa escola, uma sequência segura de orientação estratégica seria (PEVA):
Pontos de interrogação;
Estrela;
Vaca leiteira; e
Abacaxi.

g) Modelo de Porter – Forças Competitivas


Porter (1986) apresenta um modelo de estratégias baseado nas cinco forças competitivas básicas, que são:
ameaça de novos entrantes;
poder de negociação dos compradores;
poder de negociação dos fornecedores;
ameaças de produtos/serviços substitutos; e
rivalidade entre os atuais concorrentes.
Em conjunto, essas forças determinam a intensidade da concorrência da organização e até mesmo a sua rentabilidade.

Vamos analisar cada uma dessas cinco forças competitivas:

Diante dessas cinco forças competitivas, Michael Porter faz uma relação entre "Custo" e "Diferenciação", conforme o
escopo que a organização quer abranger:

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Assim, considerando essas possibilidades, o autor desmembrou essas relações de custo e diferenciação, descrevendo,
então, as três estratégias competitivas genéricas:
Liderança de custo: a organização decide tornar-se o produtor de baixo custo em sua indústria.
Diferenciação: a organização decide ser única em sua indústria, escolhendo características de produto ou serviço
amplamente valorizados pelos clientes para diferenciar-se dos demais concorrentes.
Enfoque: a organização decide escolher um ambiente competitivo mais restrito dentro do mercado da indústria, um
segmento para obter vantagem competitiva local e obter vantagem de custo ou diferenciação.

6.1.6.2 - Balanced Scorecard

Trata-se de um sistema balanceado de monitoramento de resultados que tem por objetivo a implementação e o
acompanhamento da estratégia organizacional, por meio do estabelecimento de indicadores, objetivos e metas.

O objetivo do BSC é justamente retirar o caráter subjetivo (qualitativo) da estratégia, e transformála em algo mais objetivo
(quantitativo).

O BSC é um método de administração focado no equilíbrio organizacional e se baseia em quatro perspectivas básicas.

Então vamos conhecer um pouco mais de cada perspectiva?!


Finanças. Para analisar o negócio do ponto de vista financeiro. Envolve os indicadores e medidas financeiras e
contábeis que permitem avaliar o comportamento da organização frente a itens como lucratividade, retomo sobre
investimentos, valor agregado ao patrimônio e outros indicadores que a organização adote como relevantes para seu
negócio.
Clientes. Para analisar o negócio do ponto de vista dos clientes. Inclui indicadores e medidas como satisfação,
participação no mercado, tendências, retenção de clientes e aquisição de clientes potenciais, bem como valor agregado
aos produtos/serviços, posicionamento no mercado, nível de serviços agregados à comunidade pelos quais os clientes
indiretamente contribuem etc.
Processos internos. Para analisar o negócio do ponto de vista interno da organização. Inclui indicadores que
garantam a qualidade intrínseca aos produtos e processos, a inovação, a criatividade, a capacidade de produção,
o alinhamento com as demandas, a logística e a otimização dos fluxos, assim como a qualidade das informações, da
comunicação interna e das interfaces.
Aprendizagem/crescimento organizacional. Para analisar o negócio do ponto de vista daquilo que é básico para alcançar
o futuro com sucesso. Considera as pessoas em
termos de capacidades, competências, motivação, empowerment, alinhamento e estrutura organizacional em termos de
investimentos no seu futuro. Essa perspectiva garante a solidez e constitui o valor fundamental para as organizações de
futuro.
O mapa estratégico é uma “representação gráfica” que traz a missão, a visão e a estratégia organizacional, descrevendo
objetivos estratégicos que estão inter-relacionados e distribuídos nas quatro perspectivas (Financeira, Cliente, Processos
Internos e Aprendizado e Crescimento).
O mapa estratégico facilita a visualização da estratégia, ou seja, facilita a “comunicação” da estratégia, para que as
pessoas consigam compreender a estratégia da organização e saibam o caminho que devem seguir.
O mapa estratégico permite a visualização das relações de causa e efeito entre as perspectivas estratégicas (Financeira,
Cliente, Processos Internos e Aprendizado e Crescimento) e os objetivos estratégicos da organização.

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O BSC traduz a missão, a visão e a estratégia organizacional, através de um mapa estratégico, composto por objetivos
estratégicos que estão distribuídos nas diferentes perspectivas (Financeira, Cliente, Processos Internos e Aprendizado e
Crescimento), as quais estão inter-relacionadas por uma relação de causa e efeito; associando-se, ainda, os objetivos
estratégicos a indicadores, metas e planos de ação.

6.1.6.3 – MATRIZ DE GUT

A Matriz GUT (ou Matriz Gravidade, Urgência e Tendência) é uma ferramenta utilizada para priorizar os problemas. Ela
auxilia os gestores a avaliarem os diversos problemas e “priorizar” aqueles mais importantes. São utilizados três fatores
para avaliar e quantificar os problemas: Gravidade (G), Urgência (U) e Tendência (T).

Gravidade: para quantificarmos o nível de gravidade, precisamos avaliar se o problema afeta os objetivos ou resultados
da organização. Analisa-se o grau de dano ou prejuízo que esse problema poderá trazer à organização. Ou seja, analisa-
se o impacto do problema sobre a organização.

Urgência: avalia-se o prazo que a organização possui para agir sobre o problema, ou seja, analisa-se “quando” esse
problema irá ocorrer e quanto tempo a organização terá para resolver essa situação.

Tendência: avalia de que forma esse problema irá se desenvolver caso a organização não atue sobre ele. Trata-se do
“padrão de desenvolvimento” da situação. Em outras palavras, avalia o quanto pior (ou melhor) serão os impactos desse
problema com o passar do tempo. A tendência do problema pode indicar três situações:

-estabilidade: mesmo sem intervenção da organização, o problema se manterá estável com o passar do tempo.

-agravamento: caso a organização não atue sobre o problema, ele irá se agravar com o passar do tempo.

-atenuação: trata-se do problema que irá “regredir” com o passar do tempo, mesmo que a organização não atue sobre
ele.

Após a análise (que é realizada através de algumas “perguntas-padrão”), os problemas da organização recebem notas
(que variam de 1 a 5) para cada um desses fatores (Gravidade, Urgência e Tendência).

Essas notas são multiplicadas e, então, pode ser possível estabelecer o grau de importância de cada problema. Quanto
maior for o resultado obtido, maior será a prioridade do problema.

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O problema “delta” é, portanto, o problema mais prioritário. O problema “alpha”, por sua vez, é o problema que está
classificado como de menor prioridade. Você pode perceber, ainda, que o problema “alpha” é bastante grave! Contudo, o
grau de urgência dele é pequeno (pode ser um problema que irá ocorrer somente daqui a 10 anos, por exemplo).

Além disso, com o passar do tempo, o problema “alpha” será atenuado (tendência de atenuação). Enquanto isso, o
problema “beta” é pouco grave. Contudo, é um problema que irá se agravar com o passar do tempo (tendência de
agravamento).

Além disso, é um pouco mais urgente que o problema “alpha”. Portanto, o problema “beta” tem um nível de prioridade
maior do que o problema “alpha”.

EXERCÍCIOS

1. FCC - AJ TRT18/TRT. 18/Administrativa/"Sem Especialidade"/2023


Administração Geral e Pública - Diagnóstico de Ambiente Organizacional - Matriz SWOT. Considere que, no âmbito da
realização de diagnóstico institucional, determinada organização pretenda utilizar como ferramenta a matriz SWOT.
Deverá constar da referida matriz
a) a identificação do cenário interno da organização, com suas forças e fraquezas, e o externo, com o mapeamento das
oportunidades e as ameaças.
b) a classificação das prioridades da organização, elencando as ações de curto, médio e longo prazo a serem
implementadas.
c) o mapeamento das competências técnicas e comportamentais necessárias para o desempenho das atividades inerentes
à organização.
d) a fixação de metas e indicadores de desempenho, com a adoção de métricas que permitam a avaliação do desempenho
dos colaboradores.
e) a relação dos principais projetos da organização, seu cronograma de execução e o caminho crítico apontando os desafios
a serem vencidos.

2. FCC - TP (MANAUSPREV)/MANAUSPREV/Administrativa/2021
Administração Geral e Pública - Diagnóstico de Ambiente Organizacional - Matriz SWOT
Os aspectos que devem necessariamente ser identificados para a construção de uma matriz SWOT correspondem
I. às forças e fraquezas presentes na organização.
II. às ameaças e oportunidades identificadas no ambiente.
III. ao mapeamento das competências existentes na organização.
IV. à participação nos lucros e resultados da organização.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I e III.
b) I e II.
c) III e IV.
d) II e IV.
e) II.

3. FCC - Aud Fisc (SEFAZ BA)/SEFAZ BA/Administração Tributária/2019


Administração Geral e Pública - Diagnóstico de Ambiente Organizacional - Matriz SWOT. A análise SWOT torna-se uma
ferramenta estratégica quando realiza-se o cruzamento que verifica a influência que as forças e fraquezas possuem sobre
as oportunidades e as ameaças, e, a partir disso, são definidos os planos de ação. Podem ser realizadas quatro
estratégias, dentre as quais se encontram:

I. Pontos Fracos × Oportunidades (WO): analisa como o ponto fraco da organização pode impedir, ou diminuir, a chance da
oportunidade acontecer. O principal objetivo dessa estratégia é diminuir as fraquezas a fim de que não atrapalhem o
ambiente externo da organização.
II. Pontos Fortes × Oportunidades (SO): é utilizada no cenário mais otimista da organização e ocorre quando utiliza-se uma
força para aumentar as chances de uma oportunidade acontecer, potencializando-a. Essa estratégia visa ao crescimento
e desenvolvimento dos pontos positivos da organização.

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I e II referem-se, correta e respectivamente, à estratégia


a) de reforço e ofensiva.
b) de defesa e de reforço.
c) ofensiva e de confronto.
d) de confronto e de defesa.
e) de defesa e ofensiva.

4. FCC - Ana Leg (ALAP)/ALAP/Atividade Administrativa/Administrador/2020. Administração Geral e Pública - Matriz GUT.
Suponha que uma organização pretende reestruturar determinadas áreas críticas, bem como adotar algumas medidas
mais imediatas para resolução de problemas verificados em tais setores, alguns dos quais com potencial de gerar
prejuízos relevantes. Dentro de tal escopo, aventou-se a utilização da denominada Matriz GUT, o que, dada a situação
narrada, afigura-se
a) impertinente, pois se trata de ferramenta utilizada no planejamento estratégico das organizações, e não em ações
corretivas, identificando metas (goals); utilidades (utilities); e tendências de mercado (trends).
b) pertinente, eis que se trata de metodologia consagrada para mapeamento dos processos da organização, a qual poderá
ser bastante útil na etapa de reestruturação.
c) pertinente, eis que se trata de ferramenta que auxilia na priorização da resolução de problemas, classificando-os de acordo
com a gravidade, urgência e tendência.
d) impertinente, pois se trata de ferramenta típica de gerenciamento de riscos, aplicada preventivamente, de acordo com as
medições de probabilidade de ocorrência e de extensão do dano.
e) pertinente, eis que se trata de ferramenta útil tanto para a reestruturação de processos, como para aplicação de medidas
corretivas pontuais, baseada no conceito “gerenciamento útil para tratamento”, que minimiza as intervenções estruturais.

5. FCC - TJ TRT18/TRT 18/Administrativa/"Sem Especialidade"/2023. Administração Geral e Pública - Balanced Scorecard


(BSC). A utilização do Balanced Scorecard (BSC) como ferramenta de planejamento estratégico prioriza o equilíbrio
organizacional a partir das perspectivas
a) financeira; dos clientes; dos processos internos; e do aprendizado/crescimento.
b) econômica circular; da responsabilidade social, ambiental e de sustentabilidade.
c) da governança interna; da comunicação; da qualidade e dos resultados financeiros.
d) da visão de futuro; da missão institucional; dos valores e da cultura organizacional.
e) de curto, médio e longo prazo, considerando as ameaças e oportunidades vigentes.

6. FCC - TJ TRT14/TRT 14/Administrativa/2022. Administração Geral e Pública - Balanced Scorecard (BSC). Suponha que
determinada organização pública pretenda implementar planejamento estratégico aplicando o Balanced Scorecard (BSC).
Considerando os conceitos e premissas da referida metodologia, tal aplicação
a) afigura-se problemática para uma organização pública, pois possui foco apenas nas perspectivas econômica (de
resultados financeiros) e do cliente, o que, em princípio, faz sentido apenas para uma organização privada.
b) demandará a elaboração de mapa estratégico, para visualização das relações de causa e efeito entre os objetivos
estratégicos, distribuídos entre as perspectivas consideradas pelo BSC.
c) dependerá da prévia identificação da missão da organização, que significa a identificação de seus objetivos estratégicos,
e da visão, que corresponde à construção dos indicadores e metas correspondentes.
d) demandará a elaboração de uma Matriz SWOT, na qual são tabulados a missão, a visão, os valores e os objetivos da
organização, trazendo como resultante as guias operacionais.
e) poderá ser adaptada para as peculiaridades de uma organização pública, com a redistribuição dos pesos próprios das
perspectivas inerentes ao BSC, a saber: forças, fraquezas, ameaças e oportunidades.

6.2 ORGANIZAÇÃO

Significa o ato de estruturar, ordenar, dividir e integrar atividades, recursos e órgãos, visando o alcance dos objetivos e
resultados preestabelecidos.
É a mobilização dos recursos humanos e materiais para transformar o plano em ação. Ato de estruturar, mostrando as
relações de autoridade, os mecanismos de comunicação e coordenação.
Organizar é o processo de dividir, integrar e coordenar as atividades e os recursos organizacionais de forma a alcançar
as metas definidas. O resultado final do processo de organização é o desenho da estrutura organizacional.

Esta função depende do planejamento, da direção e do controle, formando o processo administrativo, e envolve tarefas,
pessoas, órgãos e relações.

6.2.1 - Papeis da Organização

Desenhar cargos e tarefas específicas;


Criar estrutura organizacional (Tipos / Hierarquia / Autoridade e Responsabilidade / Amplitude Administrativa);
Definir posições de staff;
Coordenar as atividades de trabalho;

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Estabelecer políticas e procedimentos;


Definir e alocar recursos.

6.2.2 - A Função Organizar desdobra-se em três níveis:


Nível Global – estabelece o desenho organizacional como um todo, estabelecendo a estrutura mais adequada.
Nível departamental – estabelece os critérios de departamento.
Nível operacional – estabelece os desenhos de cargos, tarefas e das operações.

6.3 - DIREÇÃO
Está relacionada com a maneira pela qual os objetivos devem ser alcançados através da atividade das pessoas e da
aplicação dos recursos que compõem a organização.
Dirigir significa interpretar os planos para as pessoas e dar as instruções e orientação sobre como executá-los. e garantir
o alcance dos objetivos.
É o processo de guiar as atividades dos membros da organização nos rumos adequados.
A direção está diretamente relacionada com a atuação sobre os recursos humanos da empresa. As pessoas precisam
ser aplicadas em seus cargos e funções, treinadas, capacitadas, guiadas e motivadas para que possam atingir os
resultados que delas se esperam. (CHIAVENATO)
A direção envolve a focalização nos membros organizacionais como pessoas e a abordagem de assuntos como liderança,
motivação, comunicação, solução de conflitos, além do desenvolvimento de boas relações entre as pessoas e a criação
de um excelente ambiente de trabalho. A direção constitui um importante elemento na consolidação da qualidade de vida
no trabalho.
A direção é a função administrativa que se refere ao relacionamento interpessoal do
administrador com os seus subordinados. Para dirigir as pessoas, o administrador precisa saber comunicar, liderar e
motivar.
Atenção! Enquanto as outras funções administrativas - planejamento, organização e controle - são impessoais, a direção
constitui um processo interpessoal que define as relações entre indivíduos.

6.3.1 - MEIOS DE DIREÇÃO


Modo pelo qual a Direção de organização faz os níveis inferiores atingir os objetivos pré-determinados.

a) Ordens ou Instrução – Transmissão das decisões aos subordinados. Essa transmissão subdividi-se em:
I. Quanto a amplitude
1) Ordens Gerais
2) Ordens Específicas
II. Quanto à forma
1) Orais
2) Escritas

b) Motivação – no exercício da função de direção, os administradores buscam utilizar-


se da comunicação para estimular a motivação dos subordinados;
c) Comunicação – Processo de transmissão de informação ou mensagem. A comunicação constitui o principal
instrumento de falhas internas e externa das organizações. Aproximadamente 90% de erros/problemas
nas organizações estão associados à comunicação.
d)Liderança: o exercício da liderança também utiliza da comunicação para influenciar o comportamento dos subo
rdinados para que eles desejem realizar as atividades relevantes para a organização.

6.3.2 - O PAPEL DA DIREÇÃO


Para a Teoria Comportamental, o papel do administrador é promover a integração e articulação entre as variáveis
organizacionais e as variáveis humanas, focalizando o ambiente e, mais especificamente, o cliente.
De um lado, as variáveis organizacionais – como missão, objetivos, estrutura, tecnologia, tarefas etc. - e de outro, as
variáveis humanas - como habilidades, atitudes, competências, valores, necessidades individuais etc. - que devem ser
devidamente articuladas e balanceadas. Planejar, organizar, controlar e, principalmente, dirigir servem exatamente para
proporcionar essa integração e articulação.
Coordenação é um dos aspectos básicos da função de Direção nas empresas modernas. Ela consiste na capacidade de
integrar, com método e ordem, os diversos conhecimentos, atividades e pessoas alocadas em um processo, projeto ou
sistema, a fim de proporcionar seu desenvolvimento harmonioso.

6.4 - CONTROLE
Quando se fala em controle, pensa-se em significados como frear, cercear, regular, conferir ou verificar, exercer
autoridade sobre alguém, comparar com um padrão ou critério. É a verificação de que as coisas aconteçam em
conformidade com as regras estabelecidas expressas pelo comando.
Medir o desempenho;
Estabelecer comparação do desempenho com os padrões;
Tomar as ações necessárias para melhorias do desempenho.

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6.4.1 - TIPOS DE CONTROLE


6.4.1.1 QUANTO AO TEMPO
a) Prévio. - preocupação com o futuro (previo - prever - futuro)
b) Simultâneo/ Intermediário - preocupação com o que está em andamento
c) Feedback - retorno sobre algo que já aconteceu, portanto, preocupação com o passado

6.4.1.2 – QUANTO AO NÍVEL HIERÁRQUICO


Controle Estratégico – longo prazo - abrangente

Grau de realização das missões, objetivos, estratégias e objetivos estratégicos;


Adequação das missões, objetivos e estratégias às ameaças e oportunidades do ambiente;
Desempenho global da organização, medido por indicadores como a satisfação dos acionistas, clientes e imagem na
sociedade;
Concorrência e outros fatores externos;
Eficiência e outros fatores internos.

Controle Administrativo –médio prazo - departamentos

Quantidade e qualidade dos produtos e serviços e produtividade (área de produção);


Admissão de novos colaboradores (área de recursos humanos);
Divulgação da empresa (área de marketing).

Controle Operacional – curto prazo – atividades operacionais

Programar e controlar o trabalho de cada empregado em uma unidade;


Avaliar o desempenho da unidade como um todo.

6.4.2 SIGNIFICADOS MAIS COMUNS DE CONTROLE SÃO:


Controle como função restritiva e coercitiva. Utilizada no sentido de coibir ou
restringir certos tipos de desvios indesejáveis ou de comportamentos não aceitos pela comunidade. Nesse sentido, o
controle assume um caráter negativo e restritivo, sendo muitas vezes interpretado como coerção, delimitação, inibição e
manipulação.

Controle como um sistema automático de regulação. Utilizado no sentido de manter automaticamente um grau constante
no fluxo ou funcionamento de um sistema. É o caso do processo de controle automático das refinarias de petróleo, de
indústrias químicas de processamento contínuo e automático.

Controle como função administrativa. É o controle como parte do processo administrativo, como o planejamento, a
organização e a direção.

6.4.3 - O PROCESSO DE CONTROLE


O processo de controle apresenta quatro etapas ou fases, a saber:
1. Estabelecimento de objetivos ou padrões de desempenho.
2. Avaliação ou mensuração do desempenho atual.
3. Comparação do desempenho atual com os objetivos ou padrões estabelecidos.
4. Tomada de ação corretiva para corrigir possíveis desvios ou anormalidades.
O processo de controle se caracteriza pelo seu aspecto cíclico e repetitivo. Na verdade, o controle deve ser visualizado
como um processo sistêmico em que cada etapa influencia e é influenciada pelas demais.

6.4.4 - CARACTERÍSTICAS DO CONTROLE


Na verdade, o administrador deve compreender que um sistema eficaz de controle precisa reunir os seguintes aspectos:
1. Orientação estratégica para resultados (foco estratégico). O controle deve apoiar planos estratégicos e focalizar as
atividades essenciais que fazem a real diferença para a organização.
2. Compreensão. O controle deve apoiar o processo de tomada de decisões apresentando dados em termos
compreensíveis. O controle deve evitar relatórios complicados e estatísticas enganosas.
3. Orientação rápida para as exceções (rapidez). O controle deve indicar os desvios rapidamente, através de uma visão
panorâmica sobre onde as variações estão ocorrendo e o que deve ser feito para corrigi-las adequadamente.
4. Flexibilidade. O controle deve proporcionar um julgamento individual e que possa ser modificado para adaptar-se a
novas circunstâncias e situações.
5. Autocontrole (Precisão). O controle deve proporcionar confiabilidade, boa comunicação e participação entre as pessoas
envolvidas.
6. Natureza positiva. O controle deve enfatizar o desenvolvimento, a mudança e a melhoria. Deve alavancar a iniciativa
das pessoas e minimizar o papel da penalidade e das punições.

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7. Clareza e objetividade. O controle deve ser imparcial e acurado para todos. Deve ser respeitado como um propósito
fundamental: a melhoria do desempenho.
8. Maleabilidade - possibilitar a introdução de mudanças decorrentes de alterações nos planos e nas ordens;
9. Instantaneidade - acusar o mais depressa possível as faltas e os erros verificados;
10. Correção - permitir a reparação das faltas e dos erros, evitando-se a sua repetição.

EXERCÍCIOS

1. Órgão: IFB. Prova: Auxiliar administrativo. Assinale a alternativa que apresenta uma característica da função
administrativa de organizar.
a) Estabelecer comunicação com os trabalhadores.
b) Apresentar solução de conflitos.
c) Medir o desempenho.
d) Desenhar cargos e tarefas específicas.
e) Estabelecer comparação de desempenho com os padrões estabelecidos.

2. FCC - Ass Adm Fom (AFAP)/AFAP/2019. Assunto: Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional,
Centralização, Descentralização). Suponha que a Agência de Fomento do Amapá pretenda aprimorar seus processos de
trabalho e, como etapa inicial, esteja implementando o mapeamento de todos os processos da organização, identificando
as entradas e saídas correspondentes. A ferramenta pertinente a ser utilizada nessa etapa de mapeamento é
a) o organograma.
b) o fluxograma.
c) o histograma.
d) o diagrama de Pareto.
e) a matriz FOFA.

3. Banca: FCC. Órgão: DPE-RR. Prova: Secretária Executiva


Considere:
I. Definir missão.
II. Dividir o trabalho.
III. Alocar recursos.
IV. Designar as pessoas.

As atividades I a IV estão relacionadas, respectivamente, às seguintes etapas do processo administrativo:


a) Organização, planejamento, planejamento e controle.
b) Planejamento, organização, controle e direção.
c) Organização, organização, controle e direção.
d) Planejamento, organização, organização e direção.
e) Planejamento, planejamento, organização e controle.

4. FCC - Tec Gest (SABESP)/SABESP/"Sem Área". Assunto: Introdução ao Processo de Organização (Desenho
Organizacional, Centralização, Descentralização). O desenho da estrutura organizacional é representado pelo
organograma onde é possível visualizar:

I. Divisão do trabalho.
II. Definição de responsabilidade.
III. Processos.
IV. Autoridade e hierarquia.
V. Comunicação entre unidades organizacionais.

Está correto o que consta APENAS em


a) I, III e V.
b) II.
c) I e IV.
d) III, IV e V.
e) I, II, IV e V.

5. 2017. Banca: FCC. Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS). Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa. O processo
organizacional compreende, entre as funções do administrador, aquelas consistentes em medir e corrigir o desempenho
dos subordinados para assegurar que os objetivos e metas da organização sejam atingidos. Trata-se da atividade de
a) controle. b) planejamento. c) direção. d) comunicação. e) organização.

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6. Banca: FCC. Órgão: MPE-AP. Prova: Auxiliar administrativo. O controle que se preocupa com a empresa, organização
ou órgão público no passado é chamado de
Parte superior do formulário
a) Prévio. b) Simultâneo. c) Intermediário. d) Feedback. e) Monitoria.

7. FCC - AJ TRT8/TRT 8/Administrativa/. Assunto: Processo de controle. O processo administrativo possui quatro funções
básicas − planejamento, organização, direção e controle. A função de controle é um processo cíclico composto de quatro
fases:
a) análise dos resultados; definição de metas; ações de reforço para aplicação de boas práticas e acompanhamento.
b) definição de objetivos; acompanhamento da execução; avaliação e ações de melhoria.
c) acompanhamento da execução; identificação de inconformidades; definição de novos processos e implantação.
d) monitoração dos processos definidos; identificação de inconsistências; implantação e avaliação.
e) estabelecimento de padrões de desempenho; monitoração do desempenho; comparação do desempenho com o padrão
e ação corretiva.

8. Banca: FCC. Órgão: TRE-SP. Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa . Uma das atividades próprias do
administrador é a que diz respeito ao controle, no bojo da qual se insere:
a) fixação de critérios de avaliação do desempenho individual de cada colaborador em função dos resultados almejados.
b) o denominado ajuste espontâneo, que corresponde ao alinhamento da ação às circunstâncias ambientais.
c) estabelecimento de metas de curto, médio e longo prazo e a verificação do correspondente cumprimento.
d) apenas medidas de natureza estritamente financeira, em especial contenção de gastos e revisão de estratégias voltadas
para a busca da eficiência.
e) medir e corrigir o desempenho de subordinados para assegurar que os objetivos e metas da organização sejam atingidos.

7. LIDERANÇA
7.1. TEORIA DA LIDERANÇA

Pode-se definir liderança como a habilidade de influenciar pessoas no sentido da realização das metas organizacionais.

Diferenças entre Líderes e Gerentes

- Tomam atitudes impessoal e passiva em relação aos objetivos

- Negociam e tomas atitudes coercitivas

- Evitam riscos

- Preferem trabalhar com pessoas, mas com pouco envolvimento emocioanl


GERENTES

- Focam em processos, no como as decisões são tomadas, em vez de quais decisões


devem ser tomadas.

- Tomam atitude ativa e pessoal em relação aos objetivos

- Buscam novas abordagens para os problemas

- Procuram o risco quando as oportunidades são interessantes


LÍDERES

- Focam em pontos importantes dos eventos e decisões

- Moldam as ideias em vez de reagir a elas.

7.2 – VISÃO GERAL DAS TEORIAS DA LIDERANÇA

As teorias de liderança são muitas, mas iremos ver aqui as que são recorrentemente citadas em provas.

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7.2.1 - TEORIA DOS TRAÇOS DE LIDERANÇA.

A teoria dos traços ou das características é uma das mais antigas no estudo da administração. Ela se baseia em uma
noção antiga de que os líderes teriam certos “traços” de personalidade que os definiriam, que seriam característicos
destas pessoas.
Ideia é que os líderes nascem com características inatas e o objetivo deve ser a identificação dos traços individuais dos
líderes para identificar potenciais líderes.
Traços são características pessoais como a inteligência, a capacidade de oratória, a confiança, os valores, dentre outros
aspectos vistos como positivos para que um líder possa desempenhar este papel.
O modelo aos poucos foi sendo desacreditado e superado por novas teorias que buscaram analisar a influência do meio
externo no papel do líder e não somente características pessoais.

A teoria dos traços – Perspectiva que busca identificar as qualidades e características pessoais que
diferenciam líderes de não líderes

Esta teoria não é mais aceita por alguns profissionais, entretanto ainda é cobrada nas provas de concurso.

7.2.2 – TEORIAS COMPORTAMENTAIS

As teorias comportamentais procuram enfatizar os comportamentos que diferenciam os líderes ons dos outros. Tentaram
verificar não o que os líderes eram, mas o que faziam, procurando isolar as características comportamentais dos líderes
eficazes. Uma diferença crucial da abordagem dos traços é que o comportamento passa a ser aprendido. O foco passou
a ser as funções de liderança. O líder eficaz seria aquele que exerce essas funções.

Funções de natureza técnica,


relacionada à tarefa e à solução Foco nas tarefas
Conjunto de atividades de problemas.
empreendidas pelo líder para
Funções de Liderança promover o desempenho eficaz
Funções de natureza social,
do grupo
ligadas a mediação de conflitos,
promoção da comunicação e Foco nas pessoas
motivação do grupo

7.2.2.1– ESTILOS DE LIDERANÇA

A teoria ficou conhecida através dos estudos de Kurt Lewin, Lipitt e White, autores americanos, com suas pesquisas na
Universidade de IOWA. Os trabalhos apontaram três estilos básicos de liderança: - autocrática ; - liberal (ou permissiva),
- democrática (ou participativa).
Características Liderança Autocrática Liderança Liberal Liderança Democrática
Apenas o líder decide e fixa as Total liberdade para a tomada de As diretrizes são debatidas e
diretrizes, sem qualquer decisões grupais ou individuais, com decididas pelo grupo que é
Tomada de Decisão participação do grupo. participação mínima do líder. estimulado e assistido pelo líder.
Próprio grupo esboça
O líder determina providências
A participação do líder no debate é providências e técnicas para
para a execução das tarefas,
limitada, apresentando apenas atingir o alvo com o
Programação uma por vez, na medida em
alternativas ao grupo, esclarecendo aconselhamento técnico do
dos trabalhos que são necessárias e de
que poderia fornecer informações, líder. As tarefes ganham novos
modo imprevisível para o
desde que solicitadas. contornos
grupo
com os debates.
Tanto a divisão das tarefas como a
O líder determin qual a tarefa A divisão das tarefas fica a
escolha dos colegas ficam por conta
Divisão do que cada um deverá executar critério do grupo e cada
do grupo.
trabalho e qual seu companheiro de membro tem liberdade de
Absoluta falta de participação do
trabalho. escolher seus próprios colegas.
líder.
O líder não faz nenhuma tentativa O líder procura ser um membro
O líder é pessoal e dominador
de avaliar ou regular normal do grupo. É objetivo e
nos elogios e nas críticas ao
o curso das coisas. Faz apenas estimula com fatos, elogios ou
trabalho de cada um.
comentários quando perguntado. críticas.
Participação Líder envolve seus funcionários,
Líder praticamente "ausente".
do líder delegando
O líder controla rígidamente Equipe liberdade quase total. Lider
autoridades e
seus funcionários e centraliza apenas responder dúvidas e
responsabilidades. Tem dois
as decisões. fornecer os recursos
tipos: consultivo (líder decide) e
necessários.
participativo (grupo decide).

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7.2.2.2- OS ESTILOS DE LIDERANÇA DE LIKERT.

Outra teoria comportamental ligada aos estilos de liderança é a criada por Likert, que se baseou no estilo de
autoridade do líder. Para ele, os quatro estilos de liderança são os seguintes: autoritário-coercitivo, autoritário-
benevolente, consultivo e participativo.

O líder é autocrático, centralizando a tomada de decisões,


tendo um controle rígido sobre o funcionamento da instituição.
Se comunica raramente com seus subordinados e utiliza
ameaças e punições frequentemente.
Costuma gerar uma submissão dos subordinados, uma
dependência deles perante o chefe, além da inibição e uma
Autoritário-coercitivo
desmotivação.
Como ponto positivo, temos uma rapidez na tomada de
decisão. É comum em empresas de setores com mão de obra
intensiva.
Seria um caso mais "brando" do estilo autoritário-coercitivo.
O líder continua autocrático, mas seria menos rígido e faria
algumas consultas eventuais a equipe e delegaria algumas
tarefas e decisões.
Neste estilo, as ameaças seriam utilizadas também com
Autoritário-benevolente
prêmios e recompensas.
As consequências desse estilo seriam semelhantes ao do
estilo autoritário-coercitivo, mas em menor escala.
Ocorre com mais frequência em empresas industriais com
profissionais ou pouco mais especializados.
É um estilo em que o líder envolve mais seus funcionários e
discute os objetivos e metas com eles.
A comunicação com os subordinados é melhor e existe um
clima mais propenso ao trabalho colaborativo e em equipe.
Consultivo
A motivação dos liderados costuma ser maior e o clima
organizacional é mais ameno. Entretanto, o trabalho se torna
um pouco mais moroso.
Costuma ser utilizado em organizações do setor de serviços.
Líder tem uma postura mais democrática e cria um ambiente
em que todos participam na tomada de decisões.
Participativo.
A comunicação entre a equipe é boa e as pessoas sentem
real responsabilidade pelo seu trabalho. A motivação é
claramente superior.

7.2.2.3 - GRID GERENCIAL DE BLAKE E MOUTON.


A visão bidimensional da liderança – segundo a qual o líder pode combinar os dois estilos, pessoas e tarefas,
em seu comportamento ou enfatizá-los simultaneamente – levou Blake e Mouton (1964), a planejarem um
programa de treinamento e desenvolvimento gerencial conhecido pelo nome de Grid Gerencial, Universidade de
Michigan (CAVALCANTI, 2009) .
Para Blake e Mouton, tanto a preocupação com as pessoas e com a produção são fundamentais para se alcançar
um bom resultado. Eles montaram a grade gerencial baseada nas duas dimensões comportamentais:
preocupação com as pessoas e preocupação com a produção (por isso é chamada visão bidimensional do estilo
de liderança.
A preocupação com a produção (que é sinônimo de foco na tarefa) e com a obtenção de resultados é uma das dimensões
Grid e se refere a ações como enfatizar a realização das metas do grupo, definir e estruturar atribuições de trabalho dos
membros do grupo e enfatizar o cumprimento de prazos finais.
A segunda dimensão é a preocupação com as pessoas – subordinadas e colegas – e abrange ações como desenvolver
boas relações interpessoais, ser amistoso e acessível, e estar preocupado com problemas pessoais dos funcionários.
Diante disso, o grid gerencial, é formado por dois eixos:
a) o eixo horizontal se refere à preocupação com a produção, isto é, com o trabalho a ser realizado, enquanto
b) o eixo vertical se refere à preocupação com as pessoas, isto é, com sua motivação, liderança, satisfação, comunicação.

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A teoria de Blake e Mouton foi muito importante por sintetizar as teorias comportamentais de liderança, mas os estudos
posteriores não confirmaram que o estilo líder-equipe seja realmente o mais eficaz em todos os casos. A falha de não
levar em consideração os fatores situacionais acabou levando ao desenvolvimento posterior das teorias contingenciais
ou situacionais de liderança.
Conceitos importantes desenvolvidos na Universidade de Ohio
Estrutura de Iniciação : grau em que um líder consegue estruturar o próprio papel e dos funcionários na busca do alcance
de objetivos. Inclui a organização do trabalho, das relações de trabalho e a definição de metas.
Estrutura de Consideração : grau em que uma pessoa é capaz de manter relacionamentos de trabalho caracterizados por
confiança mútua, respeito às ideias do funcionário e cuidado com seus sentimentos.

7.2.3 - LIDERANÇA CONTINGENCIAL OU SITUACIONAL


Para os estudiosos do fenômeno da liderança – Fiedler, Robert House, Victor Vroom e Phillip Yetton – tornou-se bastante
claro que prever seu sucesso era algo que não se restringia ao isolamento de alguns traços ou comportamentos
preferenciais. A impossibilidade de obter resultados consistentes levou os pesquisadores a enfocar as influências da
situação (ROBBINS, 2004). A preocupação voltou-se para a influência do ambiente ou do contexto no processo de
liderança.
Além do aspecto do ambiente que envolve a situação, as teorias contingenciais também consideram como importantes
tanto o comportamento dos líderes, bem como a maturidade dos liderados. A ênfase não é dada, portanto, a uma variável
limitada à ação do líder sobre a atitude passiva do subordinado, mas, sobretudo, está relacionada às características
comportamentais dos liderados, da situação e do objetivo do processo como um todo.

7.2.3.1 - LIDERANÇA CONTINGENCIAL DE FIEDLER


De acordo com o autor, as características das personalidades são desenvolvidas durante diversas experiências vividas
durante a vida e dificilmente são alteradas. Para Fiedler, existem dois tipos de líderes: líderes orientados para tarefas e
líderes orientados para pessoas. Os primeiros seriam mais focados nos resultados e nos objetivos organizacionais. Já os
segundos, naturalmente, estariam mais voltados para o bem-estar de sua equipe.
Os três fatores situacionais básicos ou dimensões contingenciais identificados por Fiedler são descritos a seguir:
Relação entre líder e liderados: o grau de confiança, a credibilidade e o respeito que os membros do grupo têm para com
seu líder;
Estrutura da tarefa: o grau em que os procedimentos são estabelecidos no trabalho (ou seja, se as tarefas são
estruturadas ou não);
Poder da posição: volume de autoridade formal atribuído ao líder, independentemente de seu poder pessoal.

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Os fatores combinados formam dimensões, desde a mais desfavorável a mais favorável para o líder. O conceito principal
da teoria é que o gestor deve analisar qual é o perfil do líder para que possa posteriormente inseri-lo dentro do contexto
que mais se adapte ao seu comportamento.
A partir dos estudos de Fiedler concluiu-se que os líderes orientados para a tarefa tendem a ter melhor desempenho em
situações que lhe são extremamente favoráveis ou extremamente desfavoráveis e aqueles orientados para o
relacionamento, entretanto, se saem melhor em situações moderadamente favoráveis.
Teoria do Recurso Cognitivo
Fred Fiedler, no final da década de 1980, atualizou sua teoria e especificou o estresse como forma de desvantagem
situacional e como a inteligência e a experiência de um líder influenciam sua reação ao estresse.
A base dessa teoria reside na dificuldade de o líder pensar logicamente perante forte tensão, e que a sua inteligência e
experiência são diferenciais nas situações de alta ou baixa tensão.

7.2.3.2 - TEORIA CAMINHO META


A teoria do caminho-objetivo foi desenvolvida por House e Mitchell a partir praticamente da segunda metade dos anos 70.
É uma teoria de liderança que enfatiza a importância de os líderes indicarem aos seguidores quais comportamentos
(caminhos) eles precisam exibir para alcançar os objetivos (metas) desejados. O líder tem a responsabilidade de aumentar
a motivação dos funcionários mostrando os comportamentos necessários para o alcance das metas e as recompensas
disponíveis no caso de sucesso.

Esta teoria da contingência afirma que os líderes devem ser flexíveis e, portanto, devem moldar o tipo de liderança à
situação, envolvendo fatores contingenciais ambientais e fatores contingenciais do subordinado.
A teoria afirma que um líder precisa ser capaz de manifestar quatro estilos diferentes de comportamento, que resultaram
de pesquisas anteriores sobre comportamento no trabalho.
Diretivo – O líder fornece diretrizes específicas aos subordinados sobre como eles realizam suas tarefas. O líder deve
fixar padrões de desempenho e dar expectativas explícitas de desempenho.
Prestativo/Apoiador/Amigável – O líder deve demonstrar interesse pelo bem-estar dos subordinados e se mostrar
acessível a eles como indivíduos.
Participativo – O líder deve solicitar idéias e sugestões dos subordinados e incentivar sua participação em decisões que
os afetam diretamente.
Orientado para realização – O líder deve fixar objetivos desafiadores, enfatizar melhoras no desempenho do trabalho e
encorajar altos níveis de realização de objetivos.

7.2.3.3- LIDERANÇA SITUACIONAL


De acordo com HERSEY & BLANCHARD a Liderança Situacional "baseia-se numa inter-relação entre a quantidade de
orientação e direção (comportamento de tarefa) que o líder oferece, a quantidade de apoio sócio-emocional
(comportamento de relacionamento) dado pelo líder e o nível de prontidão (maturidade) dos subordinados no desempenho
de uma tarefa, função ou objetivo específico".
Para os autores, os líderes devem analisar o nível de maturidade para saber como devem se comportar em relação a
eles. Um conceito muito importante nesta teoria é o de adaptabilidade. Um líder é adaptável (ou adaptativo) quando

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consegue variar o estilo de liderança de acordo com o contexto. Ao contrário, um líder rígido só consegue ser eficaz
quando seu estilo de liderança é adequado ao ambiente que o cerca.
Os autores do modelo em questão propõem quatro estilos de liderança: determinar (ou dirigir) (E1), persuadir (E2),
compartilhar (E3) e delegar (E4), os quais envolvem uma combinação de comportamento de tarefa e de relacionamento.

A abordagem situacional sugere que não existe um melhor estilo de liderança, nem um estilo permanente, e sim o mais
eficaz para uma dada situação. A liderança situacional somente pode ser exercida por pessoa investida em cargo formal
de gerência.

7.2.3.4 - TEORIA 3D DE DESENVOLVIMENTO DE EFICÁCIA DE REDDIN


A ideia central da Teoria 3-D, de William J. Reddin, consiste no líder desenvolver três habilidades gerenciais básicas:
Sensitividade situacional: a habilidade para diagnosticar situações;
Flexibilidade de estilo: a habilidade de se adaptar às demandas do contexto;
Destreza de gerência situacional: a habilidade de transformar uma dada realidade.
Para a teoria 3-D, a eficácia do gerente é mensurada proporcionalmente ao quanto ele é capaz de adequar o próprio estilo
às situações de mudança. Essa teoria baseou-se nas pesquisas da Universidade de Michigan, que consideravam a
classificação do líder orientado para as tarefas (trabalho) e do líder orientado para as pessoas (empregado). Para a teoria
3-D, existem quatro estilos gerenciais básicos:
Estilo relacionado - que se orienta exclusivamente para as relações que estabelece entre as pessoas;
Estilo dedicado - que, na sua atuação, dá ênfase às tarefas a serem realizadas;
Estilo separado - tem uma atuação deficitária tanto no que diz respeito às inter-relações, quanto à realização das tarefas;
Estilo integrado - que consegue conjugar, de forma concomitante, uma atuação eficaz tanto voltada para a relação entre
as pessoas quanto para a realização das tarefas.

7.2.4- ABORDAGENS CONTEMPORÂNEAS DE LIDERANÇA


As abordagens contemporâneas apresentam algumas teorias sobre liderança dentro da abordagem sistêmica, que não
mais dissociam a empresa e o líder do contexto mais amplo em que se inserem, nem tampouco o homem do seu trabalho.
Tais abordagens ampliam a percepção do papel do líder, que passa a considerar os aspectos intangíveis de sua gestão,
e não apenas aqueles tangíveis e mensuráveis.
7.2.4.1 - LIDERANÇA TRANSACIONAL.
Segundo Bass & Avolio a liderança transacional está baseada em um processo de troca na qual o líder provê recompensas
em troca do esforço de seguidores e desempenho. Bass claramente identifica liderança transacional como sendo baseado
em troca material ou econômica, ele da mesma maneira claramente identifica liderança transformacional como estando
baseada em troca social.
O líder transacional possui autoridade burocrática e na legitimidade do cargo dentro da organização.

7.2.4.2 - LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL


Refere-se ao processo de influenciar grandes mudanças nas atitudes e nos pressupostos de membros da organização e
obter o comprometimento com mudanças importantes nos objetivos e nas estratégias da organização.

A liderança transformacional envolve a influência de um líder sobre seus subordinados, mas o efeito da influência é
fortalecer os subordinados que também se tornam líderes no processo de transformar a organização. Portanto, a liderança
transformacional geralmente é vista como um processo compartilhado, envolvendo as ações dos líderes em diferentes
níveis e em diferentes subunidades de uma organização.

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A liderança transformacional está associada ao carisma ou inspiração e tem como essência a premiação por parte do
líder à realização da própria tarefa; os liderados recebem recompensas de conteúdo moral e o líder empenha-se em fazer
com que os seus liderados atinjam suas metas, superando os seus interesses individuais com o máximo de
comprometimento. Assim, os liderados tornam-se fiéis seguidores.

7.2.4.3 - LIDERANÇA CARISMÁTICA


Os líderes carismáticos possuem uma meta idealizada que desejam atingir, são fortemente envolvidos com ela, são
percebidos com anticonvencionais, auto- confiantes e agentes de mudança. Algumas características são consideradas
fundamentais: autoconfiança, visão, habilidade de articulação, forte comprometimento, comportamento fora do habitual,
são agentes de mudança e possuem sensibilidade ao ambiente.
De certa forma, a teoria da liderança carismática aponta o carisma como uma característica que fariam os subordinados
dedicarem-se mais e a seguirem fielmente o líder em torno de uma meta idealizada por ele.

7.2.4.3.- LIDERANÇA VISIONÁRIA


Os autores que criaram esse termo, Bennis e Nanus, apontaram que é a capacidade de criar e articular uma visão de
futuro realista, atrativa e digna de crédito para a organização ou unidade organizacional, que tem como ponto de partida
a avaliação da situação presente e a busca de sua melhoria. Além de criar a visão, dois outros ingredientes tornam-se
essenciais para que o líder consiga realizá-la: paixão e integridade

Um líder visionário “vende” a visão aos membros da organização. Ele utiliza esse “alvo”, esse macro objetivo, como um
fator motivador e que cria uma coesão no grupo.

Assim sendo, um líder visionário não só escolhe uma visão correta para a empresa, mas também comunica essa visão a
todos os membros e consegue que estes “comprem” essa visão e se dediquem ao máximo para que a mesma vire
realidade.

7.2.4.5 - LIDERANÇA BASEADA EM PRINCÍPIOS

As relações mantidas com os outros, as decisões, a visão de negócio e todas as práticas dos líderes, tanto na vida pessoal
quanto na profissional, são baseadas em princípios. Hesselbein, Goldsmith e Beckhard (apud CAVALCANTI, 2009)
referem-se a essa liderança como aquela do líder voltado para “como ser”. Esse líder aprendeu mais do que lições
dirigidas ao “como fazer”, está focado em como desenvolver caráter, princípios, qualidade, coragem, sabe que as pessoas
estão no centro da organização e demonstra este saber por meio de palavras, condutas e relacionamentos.

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O líder empresarial tem adquirido novos perfis, deixando de ser controlador e passando a ser facilitador. Busca uma visão
estratégica do negócio, e não somente soluções de curto prazo. Em lugar de pretender a disciplina de seus subordinados,
cultiva o comprometimento deles. O comportamento individual passou a ser focado na valoriza- ção de ações em equipe
e formações de times.

7.2.4.6 - NOVAS ABORDAGENS SOBRE LIDERANÇA

Líder executivo - aquele que surgiu por causa da busca das organizações pela obtenção da ordem; costuma possuir
muitas habilidades técnicas e competência.
Líder coercitivo - aquele que exerce a liderança através da coerção, violência, que pode ser verbal ou física. Nesse estilo
de liderança, a relação entre líder e liderado é instável.
Líder distributivo - aquele que apenas delega tarefas, sempre controlando, acompanhando de perto e cobrando
resultados. É o líder que não constrói nem destrói, mantendo um posicionamento de “posições e papéis".
Líder educativo - aquele que costuma dar o exemplo; seus liderados têm uma relação de responsabilidade com o trabalho.
É onde existe abertura para troca de conhecimentos não apenas técnicos, mas também humanos.
Líder inspirador - aquele que raramente precisa dar ordens a seus liderados, pois eles se sentem atraídos pela figura do
líder e estão dispostos a fazer o que é necessário.

EXERCÍCIOS

1. Ano: 2017.Banca: FCC.Órgão: TRT - 11ª Região (AM e RR).Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa. O tema da
liderança nas organizações tem sido objeto de estudo na literatura e apresenta diferentes abordagens, dentre elas, as
denominadas teorias situacionais, as quais apontam, entre outros preceitos:
a) a importância da ênfase na produção e nas tarefas, relativizando o papel das características pessoais do líder.
b) que a liderança é uma condição inata das pessoas, passível de transmissão apenas em situações peculiares.
c) a possibilidade do desenvolvimento de traços de personalidade ligados às tarefas, sendo inviável desenvolver aqueles
ligados à gestão.
d) que o líder deve agir de acordo com as contingências e situações apresentadas pelo ambiente.
e) que fatores exógenos não influenciam o comportamento do líder autêntico, eis que este deve sempre ter o domínio da
equipe.

2. Banca: FCC. Órgão: Copergás – PE. Prova: Analista Administrador. A literatura aponta entre as teorias sobre liderança a
denominada Teoria do Grid (ou grade) Gerencial, segundo a qual o gestor orienta a ação para dois aspectos essenciais:
a) ênfase na produção e ênfase nas pessoas.
b) programa de incentivos e rol de punições.
c) alinhamento de objetivos e atingimento de metas.
d) colaboração e comprometimento com resultados.
e) foco no processo e visão de futuro.

3. Ano: 2017. Banca: FCC. Órgão: TRT - 11ª Região (AM e RR). Prova: Analista Judiciário – Psicologia. Trata-se de
comportamento de liderança caracterizado por amabilidade e preocupação como bem estar, a prosperidade e as
necessidades dos colaboradores. Este estilo é denominado liderança
a) flexível. b) incentivadora. c) orientada para resultados. d) situacional. e) diretiva.

4. FCC - Ana Gest (SABESP)/SABESP/Administração/2018. Assunto: Liderança. Uma das classificações apontadas pela
doutrina para o tema da liderança indica a divisão entre as teorias situacionais e, de outro lado, as teorias de estilo de
liderança, também chamadas comportamentais. De acordo com o preconizado por estas últimas,
a) a estrutura de iniciação corresponde ao ponto em que o líder adquire as habilidades necessárias ao seu papel.
b) a liderança é algo inato, não podendo ser aprendida, razão pela qual os líderes devem ser identificados entre os membros
da organização.
c) o predominante não são os traços de personalidade, mas sim o estilo de liderança adotado pelo líder da organização.
d) o tipo de estrutura organizacional adotada determina a escolha do melhor líder para os subordinados.
e) cada equipe possui peculiaridades que demandam diferentes estilos de liderança, sendo a democrática a menos eficaz.

5. FCC - AJ TRT18/TRT 18/Administrativa/"Sem Especialidade"/2023


Administração Geral e Pública – Liderança. O modelo de liderança situacional baseado nos estudos de Paul Hersey e
Ken Blanchard é centrado, basicamente,
a) na estrutura de iniciação, que corresponde à escolha da equipe de acordo com o desafio apresentado.
b) na adequação do estilo de liderança à situação e ao nível de maturidade da equipe.
c) na estrutura da tarefa, que demanda a adequada atribuição de atividades a cada colaborador, de acordo com seu grau
de engajamento.
d) nas variáveis exógenas, que não influenciam o comportamento do líder, mas devem ser consideradas no estabelecimento
de metas.
e) no nível de aceitação do líder pela equipe, que varia em uma relação proporcional ao grau de capacitação técnica dos
liderados.

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6. Ano: 2016. Banca: FCC. Órgão: AL-MS. Prova: Analista em Recursos Humanos. Entre os diversos estudos e teorias
desenvolvidos sobre liderança destacam-se os três estilos clássicos apontados por Kurt Lewin. Entre eles, inclui-se o
estilo
a) carismático, no qual o líder toma decisões com base em seu prestígio pessoal e sem envolvimento do grupo.
b) liberal, no qual o líder atua somente quando solicitado conferindo liberdade ao grupo para tomada de decisões.
c) consultivo, em que o líder toma as decisões com base em processo de votação ou confirmação pelo grupo.
d) benevolente, quando as diretrizes são decididas e debatidas pelo grupo, sob a orientação e direção do líder.
e) democrático, no qual não existe propriamente uma liderança mas sim um conjunto de agentes que induzem o processo
decisório.

7. FCC - TJ TRT15/TRT 15/Administrativa/"Sem Especialidade"/. Assunto: Liderança. Uma das conhecidas teorias sobre
liderança, desenvolvida por Robert House, é a Teoria Caminho-meta ou Caminhoobjetivo. A principal ideia dessa teoria é
de que o líder será aceito pelos liderados quando estes o virem como fonte de satisfação, imediata ou futura. House
destacou quatro comportamentos de liderança, entre os quais NÃO se inclui:
a) Líder diretivo: deixa claro o que espera dos liderados, organiza e proporciona diretrizes claras e objetivas.
b) Líder apoiador: é receptivo e sensível às necessidades dos liderados.
c) Lider participativo: antes de tomar decisões, consulta os liderados.
d) Líder orientado para a conquista ou líder voltado para a realização: estabelece desafios e espera que os liderados
demonstrem desempenho máximo.
e) Líder carismático: comunica expectativas e expressa confiança nos liderados de que vão conseguir alcançá-las.

8. FCC - Ass TD (DPE AM)/DPE AM/Assistente Técnico Administrativo/2018. Assunto: Liderança. O modelo situacional
proposto por Fiedler para explicar a liderança e sua relação com a eficácia dos liderados foi reconceituado, no final da
década de 1980, em conjunto com Joe Garcia, gerando a Teoria do Recurso Cognitivo, apresentando, como uma de suas
conclusões:
a) A racionalidade é o fator determinante a ser induzido pelo líder, independentemente do grau de tensão da situação.
b) Nas situações de alta tensão, existe uma relação positiva entre experiência no trabalho e desempenho.
c) O estresse atua favoravelmente no desempenho, devendo ser fomentado, de forma moderada, pelo líder diretivo.
d) O líder cognitivo é tido como o mais eficaz, pois identifica e utiliza as melhores habilidades de cada liderado.
e) A liderança diretiva somente é útil em grupos heterogêneos e deve ser substituída pela cognitiva sempre que viável.

9. FCC - TJ TRT18/TRT 18/Administrativa/"Sem Especialidade"/2023


Administração Geral e Pública – Liderança. Entre os diferentes estudos que buscam contribuir para o entendimento da
liderança no ambiente organizacional, aqueles que discorrem sobre a liderança transacional apontam como traço
característico de tal modelo:
a) existência de uma relação paternalista entre líder e liderados, na qual as falhas são relevadas e é difícil obter resultados
satisfatórios.
b) modulação do comportamento do líder de acordo com o grau de maturidade apresentado pelos liderados.
c) presença de um líder carismático, que conduz os liderados com base na crença que os mesmos nutrem quanto à sua
superioridade.
d) uma relação simbiótica e tóxica entre líder e liderados, com resultados obtidos por meio de ameaças constantes.
e) recompensa proporcional ao desempenho, com o gestor se comportando como chefe, sem estimular o crescimento dos
liderados.

10. FCC - Ana G (DPE AM)/DPE AM/Especializado de Defensoria/Administração/2018. Assunto: Liderança. A teoria caminho-
meta ou caminho-objetivo, desenvolvida por Robert House, a partir dos estudos da Universidade de Ohio, identifica e
detalha diferentes comportamentos de liderança e a sua adequação às contingências ambientais e a características dos
subordinados. Entre eles, a liderança
a) autocrática, que não leva em conta as necessidades dos liderados, mas é a única viável em situações de conflito instalado.
b) participativa, adequada para liderados de baixa capacitação e pouca motivação.
c) apoiadora, semelhante à “estrutura de iniciação” e adequada quando os liderados não realizam tarefas estruturadas.
d) carismática, que induz a uma alta motivação dos liderados e é adequada para tarefas desafiadoras.
e) diretiva, adequada quando as tarefas são ambíguas, mas que pode ser percebida como redundante por liderados
experientes.

11. FCC - AJ TRT4/TRT 4/Administrativa/"Sem Especialidade"/2022. Administração Geral e Pública – Liderança. Entre os
diferentes tipos de liderança apontados pela literatura, destacam-se a liderança transacional e a transformacional,
a) ambas baseadas em características inatas do líder, sendo a transformacional um estágio mais elevado obtido a partir de
treinamentos de liderança com foco no aprimoramento de habilidades de comunicação.
b) ambas baseadas no carisma do líder, com a diferença de que a transacional pressupõe uma maior permeabilidade e
interação com os liderados e valorização da participação coletiva.
c) sendo a transacional baseada em uma relação de troca, onde os liderados obtêm benefícios a partir do seu desempenho,
enquanto na transformacional há um maior estímulo para superação e crescimento pessoal.

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d) sendo a transformacional baseada no conceito de laissez-faire, onde o líder apenas entra em cena para ações corretivas,
enquanto na transacional o líder atua de forma mais ativa, indutiva e muitas vezes coercitiva.
e) ambas independentes de características pessoais do líder, sendo totalmente focadas em fatores do ambiente
organizacional, possuindo como traço distintivo o grau de maturidade dos liderados.

8. MOTIVAÇÃO
A expressão “motivação” origina-se do latim “movere”, que significa “mover”. É aquilo que é suscetível
de mover o indivíduo, de levá-lo a agir para atingir algo e de lhe produzir um comportamento orientado
É o que dá origem a um comportamento específico e pode ser gerado por estímulos internos e externos. É orientada para
um objetivo que nasce de um impulso, um desejo, uma necessidade, uma tendência, mas é um processo individual.
A motivação, um processo individual que atinge a equipe de trabalho, envolve a intensidade, a direção e a persistência
dos esforços das pessoas para o alcance de metas
Robbins diz que, no ambiente organizacional, a motivação é a vontade de exercer altos níveis de esforço para alcançar
os objetivos organizacionais.
Chiavenato (2005) destaca que os três elementos fundamentais da definição de motivação são os
seguintes: objetivos organizacionais, esforço e necessidades individuais.
Apesar de ser algo relacionado ao individual de cada pessoa, a autora Cecilia Whitaker Bergamini leciona que a motivação
contém características intrínsecas e extrínsecas.
A Motivação Intrínseca tem origem em fatores internos ao indivíduo, esta relaciona-se com a sua forma de ser, os seus
interesses, os seus gostos, fatores psicológicos. Neste tipo de motivação, não há necessidade de existir recompensas,
visto que a tarefa em si própria, representa um interesse para o sujeito, algo que ele gosta ou está relacionado com a
forma de ele ser. Ex: Satisfação que a pessoa sente a atingir um bom resultado
A Motivação Extrínseca tem origem em fatores externos ao indivíduo, como qualquer recompensa monetária. O indivíduo
faz a tarefa para ser recompensado ou para não ser castigado. A punição ou a recompensa é o “combustível” que faz
mobilizar o sujeito. O indivíduo não gosta da tarefa em si, mas gosta da recompensa que a tarefa ao ser executada lhe
pode trazer, o que implica necessariamente pouca satisfação e prazer na execução da tarefa. Geradas por métodos de
reforço e punições. Ex: Recompensa dada por outra pessoa, como
aumentos e promoções.

8.1 - CICLO MOTIVACIONAL


O ciclo motivacional é o processo pelo qual as necessidades condicionam o comportamento humano,
levando-o a algum estado de resolução. Todavia, nem sempre o ciclo motivacional se completa. O ciclo pode ser
resolvido a partir de três maneiras diferente. (Idalberto Chiavenato).

Temos, portanto, a satisfação.

Toda vez que a satisfação é bloqueada por uma barreira, ocorre a frustração. A frustração impede que a tensão
existente seja liberada e mantém o estado de desequilíbrio e tensão.

Além da satisfação ou frustração da necessidade, o ciclo motivacional pode ter uma terceira solução: a
compensação ou transferência. A compensação ocorre quando o indivíduo tenta satisfazer uma
necessidade impossível de ser satisfeita, através da satisfação de uma outra necessidade complementar
ou substitutiva. Assim, a satisfação de outra necessidade aplaca a necessidade mais importante e reduz
ou evita a frustração.

Dessa forma, as necessidades humanas podem ser satisfeitas, frustradas ou compensadas

8.2 – TEORIAS MOTIVACIONAIS

Temos duas grandes classificações das teorias motivacionais: as teorias de conteúdo e as


teorias de processo

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As teorias de conteúdo se concentram nas necessidades internas que motivam o comportamento. Concentram nas razões
que levam uma pessoa a ficar motivada (seria o QUE motiva alguém)
São exemplos de teorias de conteúdo:
• Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas – Maslow
• Teoria ERC – Alderfer
• Teoria dos Dois Fatores – Herzberg
• Teoria da Realização ou Teoria das Necessidades Adquiridas – McClelland
• Teoria X e Y
As teorias de processo objetivam explicar o processo pelo qual se inicia, mantém e termina a motivação. Concentram no
modo em que o comportamento é motivado (seria o COMO esta motivação ocorre)
São exemplos de teorias de processo:
• Teoria da Expectação – Vroom
• Teoria da Equidade – Adams
• Teoria do Reforço – Skinner
Teoria do Estabelecimento de Objetivos (Autoeficácia)

8.2.1 – TEORIAS DE CONTEÚDO

8.2.1.1 – TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS – MASLOW

A teoria da hierarquia das necessidades humanas de Abraham H. Maslow afirma que a satisfação das
necessidades do homem é importante tanto para a sua parte física quanto para sua parte mental. Ao
satisfazer uma necessidade, ela deixa de ser motivadora e por isso troca-se o nível da pirâmide. De acordo com Maslow,
o comportamento do ser humano é motivado por diversos estímulos internos ou por necessidades.

De acordo com Chiavenato (2003 ), a teoria da hierarquia de necessidades de Maslow pressupõe os


seguintes aspectos:
Somente quando um nível inferior de necessidades está satisfeito ou adequadamente atendido é
que o nível imediatamente mais elevado surge como determinante do comportamento.
Nem todas as pessoas conseguem chegar ao topo da pirâmide de necessidades. Algumas pessoas
- devido às circunstâncias de vida - chegam a se preocupar fortemente com necessidades de
auto-realização; outras estacionam nas necessidades de auto-estima; outras ainda nas
necessidades sociais, enquanto muitas outras ficam ocupadas exclusivamente com necessidades
de segurança e fisiológicas, sem conseguir satisfazê-las adequadamente. São os chamados
“excluídos”.
Quando as necessidades mais baixas estão razoavelmente satisfeitas, as necessidades
localizadas nos níveis mais elevados começam a dominar o comportamento. Contudo, quando
alguma necessidade de nível mais baixo deixa de ser satisfeita, ela volta a ser fator predominante
no comportamento, enquanto continuar a gerar tensão no organismo.

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Cada pessoa possui sempre mais de uma motivação. Todos os níveis atuam conjuntamente no
organismo, dominando as necessidades mais elevadas sobre as mais baixas, desde que estas
estejam suficientemente satisfeitas ou atendidas.

8.2.1.2 - TEORIA ERC (OU ERG) - ALDERFER


A teoria ERC de Clayton Alderfer foi uma tentativa de aprimoramento da teoria de Maslow. De acordo com esse estudo,
os grupos de necessidades humanas não estão colocados de forma hierárquica e não seriam cinco, mas apenas três
grupos: Existência, Relacionamento e Crescimento. A primeira diferença entre as duas teorias é o fato de que Alderfer
“condensou” os níveis hierárquicos.
O primeiro nível - existência – engloba os primeiros níveis de Maslow (fisiológico e segurança).
Já o segundo nível – relacionamento - engloba o nível social de Maslow e alguns fatores externos do nível de estima.
O terceiro nível - crescimento engloba os componentes internos de estima e o nível de autorrealização de Maslow.

A segunda diferença entre as teorias está no fato de que, para Alderfer, não existe uma hierarquia tão rígida entre os
níveis de necessidades quanto Maslow acreditava.

8.2.1.3 - TEORIA DOS DOIS FATORES – HERZBERG


A teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg é uma das mais importantes no estudo da Administração e uma das que
mais se presta a “pegadinhas” de bancas de concurso. A teoria basicamente diz que os fatores que levam à satisfação
são diferentes dos que levam à insatisfação, portanto o nome da teoria: dois fatores!
A teoria dos dois fatores de Frederick Irving Herzberg pressupõe os seguintes aspectos:
A satisfação no cargo depende dos fatores motivacionais ou intrínsecos. Estes seriam os relacionados com necessidades
do mais alto nível, como o reconhecimento das pessoas, o conteúdo do trabalho, a possibilidade de crescimento
profissional e de aprendizagem e o exercício da responsabilidade. Quando estes fatores motivacionais não existem, as
pessoas são neutras em relação à motivação (não ficam motivadas nem desmotivadas). Mas quando estes fatores estão
presentes geram um alto nível de motivação no profissional.

A insatisfação no cargo depende dos fatores higiênicos ou extrínsecos. Estes influenciam a insatisfação, ou seja, podem
gerar insatisfação se forem negativos, mas não geram satisfação se forem positivos! Dentre estes fatores estão
relacionados: condições de trabalho, remuneração, segurança, relações pessoais, políticas da empresa e supervisão.

A regra, portanto, é de que os fatores higiênicos estão relacionados com as fontes de insatisfação no trabalho e os
motivacionais com as fontes de satisfação. Essa é a ideia principal dessa teoria:
• Fatores higiênicos : vão da insatisfação à não-insatisfação.
• Fatores motivacionais : vão da não-satisfação à satisfação.

8.2.1.4- TEORIA DA REALIZAÇÃO OU TEORIA DAS NECESSIDADES ADQUIRIDAS – MCCLELLAND


Para a teoria da realização ou das necessidades adquiridas de David McClelland, a motivação é relacionada com a
existência de necessidades aprendidas e socialmente adquiridas com a interação do ambiente, divididas em três
categorias:

Necessidade de afiliação – relativas ao desejo de ter bons relacionamentos e amizades;


Necessidade de poder – ligadas ao controle e a influência de outras pessoas e em relação aos destinos da organização,
e;
Necessidade de realização – ligada aos desejos de sucesso, de fazer bem algum trabalho, de se diferenciar dos outros.

Afiliação Poder Realização

Estabelecer relacionamento
Influenciar comportamento Alcançar algo difícil
Estabelecer amizade
Controlar os outros Superar problemas
Evitar conflitos
Ser responsável com os outros Dominar tarefas

8.2.1.5- TEORIA X E Y DOUGLAS McGREGOR


Na era da informação, após 1990, surge a teoria Y, proposta por Douglas McGregor, traz uma ideia oposta à da teoria X
(era da industrialização clássica 1900 a 1950). A teoria Y possui foco no futuro e no destino. Ênfase na mudança e na
inovação proporcionando valor ao conhecimento e à criatividade.
Segundo Chiavenato (2015),
“McGregor compara dois estilos de liderança opostos e antagônicos de administrar: de um lado, um estilo baseado
na teoria tradicional, mecanicista e pragmática (a que deu o nome de Teoria X), e, de outro, um estilo baseado
nas concepções modernas a respeito do comportamento humano (a que denominou Teoria Y)”.
A teoria X leva os indivíduos a fazerem exatamente aquilo que a organização pretende que elas façam,
independentemente de suas opiniões ou objetos pessoais. A teoria Y desenvolve um estilo de administração muito aberto
e mecânico, extremamente democrático, por meio do qual administrar é um processo de criar oportunidades, libertar
potencialidades, encorajar o crescimento individual e proporcionar orientação quanto aos objetivos.

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TEORIA X TEORIA Y

As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que


As pessoas são preguiçosas;
fazer;

O trabalho é uma atividade tão natural como


As pessoas evitam o trabalho;
descansar;

As pessoas procuram aceitar responsabilidade e


As pessoas precisam ser controladas;
desafios;

As pessoas evitam responsabilidade; As pessoas podem ser automotivas e autodirigidas;

As pessoas são sem iniciativa. As pessoas são criativas e competentes.

8.2.2 – TEORIAS DE CONTEÚDO

8.2.2.1 -TEORIA DA EXPECTAÇÃO – VROOM

A teoria de motivação considerada mais completa até o momento é a teoria da expectância de Victor Vroom. A
teoria da expectância diz que a motivação:
É um produto das expectativas das pessoas em relação a suas habilidades de atingir os resultados e o valor que elas dão
às recompensas.
É o processo que governa a escolha de comportamentos voluntários alternativos (relações entre expectativas e
recompensas). Assim, o quadro inicial seria aquele de uma pessoa que poderia escolher entre fazer A, B ou C.

Em suma, a aplicação dessa teoria confirma a regra de que não é qualquer recompensa que gerará
motivação. Daí ser chamada de teoria contingencial, pois rejeita noções preconcebidas de motivação. Levou em
consideração as diferenças pessoais, pois cada indivíduo tem uma habilidade específica e desejos e necessidades
diferentes.
Segundo Vroom, a motivação da pessoa para escolher uma das alternativas dependeria de 3 fatores:
do valor que ele atribui ao resultado advindo de cada alternativa (que ele chama de "valência");
da percepção de que a obtenção de cada resultado está ligada a uma compensação (que ele
chama de "instrumentalidade") e
da expectativa que ele tem de poder obter cada resultado (que ele chama de "expectativa" ou "expectância")
VALÊNCIA (esforço-desempenho): Atração que um determinado resultado exerce sobre o indivíduo, por exemplo - uma
promoção.
INSTRUMENTALIDADE (desempenho-recompensa): Convicção que uma pessoa tem da relação entre executar uma
ação e experimentar um resultado, por exemplo - saber que possui um desempenho superior à média para obter a
promoção.
EXPECTATIVA (recompensa-meta): Vínculo entre fazer um esforço e realmente desempenhar bem, por exemplo - focar
na melhoria constante do desempenho, na expectativa de receber a promoção.

8.2.2.2 - TEORIA DA EQUIDADE – ADAMS


Pela Teoria da Equidade, de John Stancy Adams, afirma-se que as pessoas são motivadas a alcançar
uma condição de igualdade ou justiça nas suas relações com outras pessoas e com as organizações. A percepção de
que o que ganhamos está em linha com o que oferecemos em troca (e em relação aos outros) é um aspecto motivador.
Assim, a noção de que esta relação é justa teria um impacto significativo na motivação.
Acredita-se que quando uma pessoa avalia o resultado do seu trabalho, qualquer diferença percebida
em relação ao dos outros é um estado de consciência motivador. As pessoas buscam corrigir as situações em que exista
injustiça ou desigualdade por acreditarem nos valores pessoais de justiça nas relações sociais no trabalho
De acordo com Adams, existem seis possibilidades de ação frente à uma inequidade:
Mudança nas “entregas”, ou seja, passar a trabalhar menos;
Mudanças nos resultados – ocorre quando pessoas que ganham por produção começam a produzir mais com menos
qualidade (ou seja, na “pressa”);
Distorção na sua percepção – o indivíduo pode começar a mudar sua ideia sobre si mesmo (“achava que trabalhava
pouco, mas vendo sicrano trabalhando já começo a achar que sou muito trabalhador”);
Distorção na percepção dos outros – o indivíduo passa a achar que a posição dos outros é que não é satisfatória;

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Mudança no referente – Se a pessoa que nos comparamos está em situação melhor, podemos passar a nos comparar
com alguém que está pior do que nós mesmos;
Sair do “jogo” – por exemplo: sair do emprego atual.

8.2.2.3 - TEORIA DO REFORÇO – SKINNER


Esta teoria afirma que o reforço condiciona o comportamento. Ou seja, de que os indivíduos podem ser manipulados a se
comportarem de certa maneira, de acordo com os estímulos aplicados a eles. Exemplo: pagamento de bônus por atingir
metas de vendas.

A teoria do reforço não toma conhecimento do que se passa no “interior” da pessoa (como as emoções, expectativas,
atitudes etc.), apenas o que acontece com o indivíduo quando ele age. Assim, essa teoria é muito criticada pelo seu
aspecto “manipulador” das pessoas
Características da Teoria do Reforço:
Busca entender como as consequências dos comportamentos anteriores influenciam as ações futuras;
A relação entre o comportamento e suas consequências segue uma ideia de aprendizagem cíclica;
O reforço é uma tentativa de causar a repetição ou inibição de um comportamento
Reforço Positivo - Dar recompensa quando um comportamento desejado ocorre.
Reforço Negativo - Retirar consequência negativa quando um comportamento desejado ocorre.
Punição - Aplicação de medida negativa quando um comportamento indesejado ocorre.
Extinção - Retirada de recompensas positivas quando um comportamento indesejado ocorre.

- TEORIA DO ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS (AUTOEFICÁCIA)

A teoria da autoeficácia, preocupa-se em estudar como a crença das pessoas em suas próprias habilidades pode afetar
o seu comportamento. Pessoas com grande autoeficácia acreditam ser capazes de realizar tarefas e serão motivadas a
aplicar o esforço necessário para isso.
De acordo com essa teoria, a motivação para uma tarefa está relacionada ao fato de a pessoa acreditar
ou não que é capaz de concluir a tarefa com sucesso. Uma das formas em que a grande autoeficácia se
desenvolve é pelo sucesso. Indivíduos com altos níveis de habilidade provavelmente terão obtido
sucesso no passado, e assim, tendem a ter uma elevada autoeficácia.
Os gestores adotam estilos mais participativos de liderança e de gestão, assim as pessoas apresentam melhor
desempenho profissional, já que elas trabalham com objetivos claros, específicos e desafiadores e recebem feedbacks
gerenciais.

8.3 A Teoria de Campo

Desenvolvida por Kurt Lewin, é uma teoria da psicologia social que enfatiza a importância do ambiente em que uma
pessoa vive na determinação de seu comportamento. A teoria afirma que o comportamento humano é uma função da
interação entre o indivíduo e o ambiente em que ele vive.

De acordo com a Teoria de Campo, o comportamento humano é influenciado por dois tipos de fatores: fatores pessoais
e fatores ambientais. Os fatores pessoais incluem as características individuais, como personalidade, atitudes e
crenças. Os fatores ambientais incluem o ambiente físico, social e cultural em que o indivíduo vive.

Essa teoria postula que dentro do ambiente psicológico, as pessoas, os objetos ou mesmo qualquer coisa mensurável
pelo indivíduo podem apresentar valências negativas, que correspondem à sensação de desprazer ou aversão
ou valências positivas, que tendem a atrair o indivíduo.

Segundo a teoria, as valências negativas são influenciadas pela percepção que o indivíduo tem do objeto ou da pessoa
em questão, assim como pelas necessidades e motivações do indivíduo. Por exemplo, um objeto que é visto como
desagradável por uma pessoa pode ter uma valência negativa para essa pessoa, enquanto outra pessoa pode não ter a
mesma percepção negativa.

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EXERCÍCIOS

1. FCC - TJ TRT18/TRT 18/Administrativa/"Sem Especialidade"/2023


Administração Geral e Pública – Motivação No início da década de 1940, Abraham Maslow desenvolveu sua teoria sobre
a hierarquia das necessidades, a partir da qual é possível inferir o que motiva cada pessoa. Segundo Maslow, o princípio
básico da motivação consiste no fato de que o ser humano é
a) dotado de diversas expectativas e necessidades, não sendo plausível propor uma hierarquia entre elas, mas apenas
constatar que não existe motivação quando o indivíduo possui necessidades básicas não satisfeitas.
b) avesso ao trabalho e ao esforço físico e intelectual, naturalmente, necessitando ser induzido a realizar essas atividades
a partir de um sistema consistente de recompensas e de punições.
c) orientado apenas para busca de recompensas materiais, de forma que o grau de motivação obtido constitui resultado
diretamente proporcional ao salário e benefícios que lhe são oferecidos.
d) orientado, intrinsecamente, para busca de reconhecimento, pertencimento e afiliação ao grupo, possuindo esses fatores
um peso relativo maior na motivação do que as recompensas financeiras.
e) motivado por necessidades não satisfeitas, e que certas necessidades básicas, precisam ser satisfeitas antes que outras:
as de segurança, de associação, de status e de autorrealização.

2. FCC - Ana (COPERGÁS)/COPERGÁS/Administrador/2023


Administração Geral e Pública – Motivação. Ao definir as políticas administrativas e empresariais de recursos humanos,
seus elaboradores podem levar em consideração dois modelos de motivação: (1) Hierarquia de necessidades de Maslow
e (2) Teoria dos dois fatores de Herzberg. Tais políticas administrativas e empresariais, na comparação entre os modelos,
estão estabelecidas diretamente com (1) as necessidades
a) do ego e (2) os fatores psicológicos.
b) fisiológicas e (2) os fatores de recompensas.
c) sociais e (2) os fatores motivacionais.
d) de segurança e (2) os fatores higiênicos.
e) de autorrealização e (2) os fatores de autoestima.

3. FCC - TJ TRT22/TRT 22/Área Administrativa/"Sem Especialidade"/2022


Administração Geral e Pública – Motivação. Suponha que um consultor contratado para efetuar diagnóstico sobre a
motivação em determinado ambiente corporativo e para propor medidas de melhoria, adote como premissa de trabalho a
“Teoria X” predicada por McGregor. Nesse contexto, tem-se que referido consultor
a) parte da concepção de que o homem médio não gosta do trabalho e evita assumir responsabilidades, necessitando ser
controlado e dirigido.
b) acredita que o trabalho é algo natural e satisfatório para a maioria das pessoas, que devem contar com autonomia para
realizar suas tarefas.
c) considera que existe uma hierarquia de necessidades a serem atendidas no processo de motivação, partindo dos ligados
à subsistência.
d) procurará identificar os objetivos comuns da equipe, capazes de induzir um processo de motivação coletiva, elegendo
uma meta central denominada “Fator X”.
e) adotará o conceito da valência, propondo medidas indutoras da motivação e medidas punitivas, de acordo com uma
equação que buscará o ponto médio (“Fator X”).

4. FCC - Ass TD (DPE AM)/DPE AM/Assistente Técnico Administrativo/2018. Assunto: Motivação. Diversos autores
apontam, entre os fatores determinantes para o desempenho dos colaboradores no âmbito organizacional, a motivação.
Dada sua importância, diferentes teorias emergiram para explicar o fenômeno motivacional, entre elas a Teoria da
Expectativa (ou expectância), predicada por Victor Vroom, cujos principais elementos são
a) valência, instrumentalidade e expectativa.
b) razão, emoção e reconhecimento.
c) expectativa, ação e resultado.
d) valor, expectativa e reconhecimento.
e) intenção, direção e ação.

5. Ano: 2017. Banca: FCC. Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS). Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa. Uma das
classificações feitas pela literatura para distinguir as diversas teorias sobre a motivação no ambiente organizacional,
corresponde às Teorias de Conteúdo, que procuram explicar

a) precipuamente o grau de correlação entre as recompensas oferecidas e a motivação para a sua consecução.
b) os processos cognitivos do indivíduo, que influenciam seu comportamento e geram motivação.
c) apenas os elementos objetivos que compõem a motivação, como salários e benefícios.
d) os componentes da motivação comuns aos diferentes grupos sociais, e não os fatores individuais.
e) quais fatores motivam as pessoas, dentro do indivíduo ou do ambiente que o envolve.

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6. FCC - AJ TRT17/TRT 17/Administrativa/"Sem Especialidade"/2022


Administração Geral e Pública – Motivação. De acordo com os conceitos predicados pela Teoria do Reforço, de Skinner,
o denominado reforço negativo corresponde
a) a algum tipo de punição aplicada quando há um comportamento indesejado, buscando evitar sua repetição e coibir outros
agentes.
b) a estímulos externos que reforçam o caráter negativo de algum comportamento individual, como o isolamento do agente
pelo grupo.
c) à remoção de algum estímulo aversivo capaz de fortalecer ou induzir algum tipo de reação ou comportamento desejado.
d) à repetição sistemática pela alta cúpula da organização de standards de comportamentos e condutas eticamente
reprováveis.
e) à valência adquirida por determinados incentivos em face da percepção emocionalmente desfavorável do agente ou do
grupo.

7. Banca: FCC. Órgão: TRF - 3ª REGIÃO. Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa. Considere que, em uma
abordagem acerca da motivação verificada em determinado ambiente de trabalho, um dos aspectos considerados sejam
os denominados fatores de higiene. Referida abordagem diz respeito à Teoria
a) Bifatorial, preconizada por Herzberg, na qual tais fatores são insatisfacentes, ou seja, previnem a insatisfação.
b) X e Y, de Macgregor, que sustenta a concepção negativa da natureza humana, segundo a qual o homem precisa ser
forçado a trabalhar.
c) da Hierarquia das Necessidades Humanas, criada por Maslow, que aloca tais fatores no topo da pirâmide.
d) ERC, defendida por Clayton Alderfer, fundada no reforço positivo e negativo dos comportamentos padrão.
e) das Necessidades Adquiridas, defendida por Mcclelland, na qual o principal fator a ser considerado é a recompensa
envolvida em determinada ação.

8. CESPE - TA (ANVISA)/ANVISA/2016. No que se refere a gestão de pessoas, equilíbrio organizacional, motivação e


liderança, julgue o item subsequente.
É recomendável instituir programas motivacionais padronizados e permanentes nas organizações para estimular a
motivação dos empregados.

9. FCC - AJ TRT5/TRT 5/Administrativa/"Sem Especialidade"/2022. Administração Geral e Pública – Motivação. Os estudos


sobre o fenômeno da motivação no ambiente organizacional resultaram na consolidação de diversas teorias, entre as
quais a Teoria de Campo, desenvolvida por Kurt Lewin, segundo a qual, dentro do ambiente psicológico, as pessoas, os
objetos ou mesmo qualquer coisa mensurável pelo indivíduo podem apresentar valências negativas, que correspondem
à(ao)
a) valor que a cultura atribui a esses elementos, que não necessariamente influencia o comportamento do indivíduo, dado
que se trata de fenômeno que não apresenta qualquer efeito dinâmico.
b) métrica que dimensiona o grau de motivação presente no indivíduo, decorrente exclusivamente de fatores inatos e que
não se relacionam com a percepção do ambiente.
c) conceito ou valor que o indivíduo se atribui, decorrente de experiências negativas preexistentes, ocorridas principalmente
na infância, e que necessitam ser ressignificadas para gerar autoconfiança e motivação.
d) campo dinâmico de forças psicológicas que tendem a afastar o indivíduo ou mesmo causar repulsa ou fuga, influenciando
seu comportamento de forma inversa às valências positivas.
e) vetor de indução aplicado a esses elementos de forma deliberada pela organização, utilizando-os como forma de punir o
indivíduo e desestimular comportamentos indesejáveis.

10. FCC - Ana Exec (SEGEP MA)/SEGEP MA/Assistente Social/2018. Assunto: Motivação. A motivação de um colaborador
é percebida por meio de seu comportamento no ambiente de trabalho, dedicando-se ele a produzir mais, ou ainda
propondo melhorias para esse ambiente. Uma ferramenta usada para motivação é
a) utilização de telefone móvel corporativo.
b) utilização de carro corporativo.
c) contratação de mão de obra.
d) aproveitamento de mão de obra interna.
e) otimização das atribuições.

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9. COMUNICAÇÃO
9.1 CONCEITO
A comunicação está intimamente relacionada à função Direção, tendo em vista que se trata da função onde o
administrador precisa motivar e liderar os funcionários em busca do alcance dos objetivos organizacionais.
Comunicação é a transferência de informação e significado de uma pessoa para outra pessoa.
A comunicação pode ser dividida em:

Comunicação interpessoal: Trata-se da comunicação que ocorre entre os membros de um grupo. Ou seja, se refere à
comunicação que ocorre entre os indivíduos.
Comunicação organizacional: Trata-se da comunicação utilizada pelas empresas.
A comunicação organizacional por ser de dois tipos:
Comunicação organizacional interna: A organização busca se comunicar com seus funcionários, com o objetivo de
transmitir informações sobre a própria empresa.
Comunicação organizacional externa: A organização busca se comunicar com outras empresas ou então com seu público
externo (clientes, fornecedores, etc.).
A comunicação organizacional é realizada através das redes de comunicação. As redes de comunicação podem ser
formais ou informais e centralizadas ou descentralizadas.
Redes formais: são aquelas criadas, definidas, padronizadas e administradas pela organização. Nas redes formais, a
comunicação flui dentro da cadeia de comando e hierarquia da organização.
Redes informais: são aquelas que surgem espontaneamente, e derivam da necessidade de relação interpessoal dos
funcionários. Elas podem ultrapassar níveis hierárquicos e não levam em consideração as cadeias de comando. Podem
conectar quaisquer pessoas dentro de uma organização. Elas também são conhecidas como “redes de rumores”, “rádio
peão”, rádio corredor”, etc.

Redes centralizadas: são as redes de comunicação que são centralizadas no gestor. Os membros da equipe se
comunicam por meio do gestor. O gestor recebe as informações e toma as decisões. De acordo com Chiavenato (2014),
as redes centralizadas são mais adequadas para resolver rapidamente problemas mais simples.

Redes descentralizadas: são as redes que conferem uma maior liberdade aos membros, para que eles possam se
comunicar entre si. Os membros trocam informações e discutem sobre as situações, para entrar em consenso sobre as
decisões que devem ser tomadas.
Por conta disso, as redes descentralizadas tendem a ser mais lentas para resolver problemas simples. Contudo, são mais
rápidas para resolver problemas complexos, tendo em vista que há várias pessoas “pensando” sobre o problema.
Comunicação Pública
De acordo com Matos,
“o conceito de comunicação pública tem sido invocado como sinônimo de comunicação governamental, referindo-se a
normas, princípios e rotinas a comunicação social do governo, explicitadas ou não em suportes legais que regulamentam
as comunicações internas externas do serviço público”. Segundo a autora, “a comunicação pública deve ser pensada
como um processo político de interação no qual prevalecem a expressão, a interpretação e o diálogo”. A autora destaca,
ainda, que a comunicação pública é um conceito complexo, e abrange os seguintes tipos de comunicação:
Comunicação estatal;
Comunicação da sociedade civil organizada que atua na esfera pública em defesa da coletividade;
Comunicação institucional dos órgãos públicos, para promoção de imagem, dos serviços e das realizações do governo;
e
Comunicação política, com foco mais nos partidos políticos e nas eleições.
Por fim, é importante ressaltar que, quando os Órgãos Públicos utilizam a comunicação institucional para promoção da
imagem, dos serviços e das realizações do governo, devem observar com rigor a previsão contida no §1° do art. 37 da
Constituição Federal de 1988.

classificação de comunicação quanto ao tipo, que pode ser: verbal, escrita ou não verbal.
Comunicação não verbal: Refere-se ao tipo de comunicação que não utiliza palavras ou escrita. É realizada por meio de
expressões corporais e comportamentais que transmitem algum tipo de mensagem, ou ainda, pela maneira que as falas
são expostas através da entonação.

Comunicação escrita: Refere-se à forma de comunicação que é realizada por meio da linguagem escrita.

Comunicação verbal: Refere-se à forma de comunicação que é realizada por meio da fala, por meio da oratória.

Funções da Comunicação
Controle: A comunicação funciona com um tipo de controle no comportamento das pessoas. Isso acontece, por exemplo,
quando os funcionários seguem normas ou regulamentos (comunicação escrita), ou então quando comunicam qualquer
problema aos seus superiores (comunicação verbal/oral).

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Motivação: A comunicação funciona como uma fonte de motivação. Por exemplo: através da orientação dos funcionários
em relação aos objetivos organizacionais, feedbacks, avaliação de desempenho, reforço do comportamento desejável,
etc.
Expressão emocional: É através da comunicação que os indivíduos expressam seus sentimentos de satisfação ou
insatisfação.
Informação: A comunicação proporciona informação aos indivíduos, que os auxilia no processo de tomada de decisões.

O sistema de comunicação de uma organização é a forma pela qual as informações necessárias ao funcionamento da
estrutura organizacional são transmitidas a todos os interessados, e que permite a integração de todos em torno de
objetivos comuns.

A comunicação pode ser vista como um processo composto por várias etapas, com a finalidade de facilitar a compreensão
desse processo:

9.2 - ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO


• Emissor/Fonte: é a pessoa que, desejando se comunicar, emite a mensagem para a outra parte.
• Mensagem: é o conjunto de símbolos, é a ideia que o emissor quer transmitir.
• Codificador: é o meio ou equipamento utilizado para converter a mensagem em código passível de ser transmitido.
• Transmissor: é o meio ou aparelho utilizado para transportar a mensagem do emissor/fonte ao canal.
• Canal: é o meio de transmissão da mensagem entre a fonte e o destino.
• Decodificador: é o meio ou aparelho que decodifi ca a mensagem e a torna compreensível.
• Receptor/Destino: é a pessoa para quem a mensagem foi enviada. É o destinatário da mensagem, que deve recebê-la
e compreendê-la.
• Feedback: é a parte da resposta do receptor que retorna ao emissor.
• Ruído: é toda interferência estranha à mensagem que torna a comunicação menos eficaz: pode ser barulho, informação
ambígua, canal inadequado, aparelho com defeito etc.

9.3- CANAIS DE COMUNICAÇÃO.


Para que possamos ter uma comunicação eficaz, temos de saber escolher o canal correto para o tipo de mensagem e de
público.
Os canais podem ser classificados de acordo com a hierarquia abaixo:

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Ambos os tipos de canais (alta e baixa riqueza) têm suas vantagens. Se uma mensagem é rotineira, por exemplo, ou
precisa alcançar um número imenso de indivíduos dispersos, devemos escolher um canal de baixa riqueza.
Já quando a mensagem é muito importante ou quando precisamos ter certeza de que a pessoa compreendeu a
mensagem, devemos escolher um canal de alta riqueza.
Abaixo, podemos ver as vantagens de cada um:

9.4- COMUNICAÇÃO EFICIENTE E EFETIVA.


A comunicação deve ser eficiente e efetiva. Uma comunicação eficiente acontece quando gastamos o mínimo possível
de recursos para nos comunicarmos. Canais de menor riqueza estamos sendo mais eficientes, ou seja, gastando menos
recursos.
Mas nós podemos ser eficientes e não termos um bom resultado final. Isso acontece quando a comunicação não for
efetiva. Esta comunicação efetiva acontece quando a mensagem for completamente compreendida pelo seu receptor.
Sem que a pessoa “do outro lado” tenha entendido a mensagem, não temos uma comunicação efetiva. Assim, devemos
analisar a importância da mensagem e o seu custo para que possamos escolher um canal de comunicação que nos traga
eficiência e efetividade.
De acordo com Chiavenato, a eficiência da comunicação está relacionada aos “meios” utilizados no processo de
comunicação. Por sua vez, a eficácia da comunicação está relacionada ao objetivo de transmitir uma mensagem com
significado.

9.4.1- Fluxos da Comunicação.

Existem diversos fluxos de informação dentro de uma empresa ou órgão público. Estes fluxos indicam como a informação
se move dentro da estrutura organizacional podem ser formais e informais.
A Comunicação informal ocorre fora das normas e dos cargos determinados pelo organograma da empresa, acontece
naturalmente entre as pessoas.
A Comunicação Informal é aquela que transmite mensagens que estão mais relacionadas às necessidades de
relacionamento interpessoal dos indivíduos. Esse tipo de comunicação flui em qualquer direção (ou seja, não segue,
necessariamente, a rede de “autoridade” e “hierarquia” existente na organização).

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A comunicação informal utiliza canais espontâneos de comunicação (ou seja, não utiliza os canais formais de
comunicação da organização.). Da comunicação informal podem surgir os famosos “boatos” (”rumores”).
De acordo com Chiavenato, existem 02 tipos principais de redes informais de comunicação15: Passeando pela
organização: Esse tipo de rede é utilizada pelos gestores da organização (especialmente da cúpula). Consiste em
conversar com os funcionários enquanto andam (passeiam) pelos setores da organização. Essa técnica permite ao
administrador descrever valores e ideias aos funcionários e, em contrapartida, apreender como os funcionários pensam.
Cachos de Uva: a comunicação flui de pessoa a pessoa, interligando funcionários em todas as direções e em todos os
níveis organizacionais. Esse tipo de rede de comunicação tende a ser mais ativo em situações de mudança, ansiedade e
crises.
A Comunicação Formal é aquela que transmite mensagens relacionadas ao trabalho. Esse tipo de comunicação segue a
rede de “autoridade” e “hierarquia” existente na organização.
As comunicações formais costumam seguir três direções: o fluxo descendente, o fluxo ascendente e o fluxo horizontal.

O fluxo é considerado descendente quando a informação sai da cúpula para o nível operacional, ou seja, é um fluxo de
“cima para baixo”.
Normalmente, englobam as ordens, as definições de objetivos e metas a
serem atingidas, noticias etc.
Já o fluxo de comunicação é considerado ascendente quando o contrário ocorre: as informações saem do nível
operacional (mais baixo) e vão em direção à cúpula (nível mais alto).

Este fluxo normalmente engloba os relatórios de desempenho, o relato de problemas, sugestões etc. Este fluxo é
fundamental em toda organização que deseja saber rapidamente dos fatos que ocorrem na “linha de frente”.
Existem os fluxos horizontais ou laterais. Estes são fluxos que ocorrem entre os órgãos da empresa e entre os próprios
colegas de trabalho. Assim, a comunicação flui entre níveis hierárquicos semelhantes ou entre áreas diferentes.
De uma forma simplificada, é possível classificar redes formais nos seguintes tipos (adaptado de Robbins, 2010 e outros
autores):
1. Rede tipo cadeia: trata-se de uma rede de comunicações formal estruturada de acordo com a cadeia de comando,
CENTRALIZADA. Cada chefe se comunica formalmente com seus subordinados. A precisão da comunicação é elevada,
já sua velocidade é moderada, uma vez que a comunicação tem que seguir as redes formais. Por já seguir a hierarquia
da organização, há uma chance apenas moderada de surgimento de novas lideranças, assim como uma satisfação
moderada por parte de seus membros.
2. Rede tipo círculo: são redes de comunicação na qual cada integrante tem contato lateral com algumas pessoas, fazendo
com que a comunicação forme um círculo pela organização (como em um grupo de pessoas sentadas em um círculo
parafazer a brincadeira do "telefone sem fio"). Neste caso, não há tendência de emergência de um líder, as comunicações
tem velocidade ALTA, mas tendem a perder qualidade ao serem retransmitidas, o rigor é bom, a satisfação é MODERADA
, não é centralizada e não tem emergência de liderança.
3. Rede tipo roda: Neste tipo de comunicação em roda os membros comunicam por de um único membro,ocupando este
a posição central. A comunicação neste tipo de rede é mais rápida, é centralizada e o rigor é bom, tem emergência de
liderança. A satisfação neste tipo de cadeia é BAIXA.
4. Rede tipo todos os canais: trata-se de uma rede onde as pessoas possuem liberdade para contribuir no processo, e
não há a figura de um líder em torno de quem as informações são centralizadas. A satisfação dos membros é alta, a
velocidade é ALTA, já que todos se comunicam com todos. Apesar disso, a precisão das comunicações é MODERADA
aos outros modelos de redes formais de comunicação, já que todos trocam informações com todos, potencializando a
distorção das informações e a satisfação é elevada.
5. Em Y: Na rede em Y a comunicação faz-se nos dois sentidos aos diversos níveis da hierarquia. Tem como característica
de ser lenta, ao rigor é razoável,é centralizada e tem emergência de liderança. A satisfação é reduzida a centralização é
moderada , e tem emergência de liderança.
Rumores são comunicações não oficiais.

9.5 - BARREIRAS DA COMUNICAÇÃO


1.Omissão: exclusão de dados ou informações comprometendo a totalidade ou a significância do processo de
comunicação.Segundo Chiavenato (2008, p.80) “certos aspectos ou partes importantes da comunicação são omitidos,
cancelados ou cortados por alguma razão, fazendo com que a comunicação não seja completa ou com que seu significado
perca alguma substância”.
2.Distorção: a partir da percepção individual a comunicação poderá ser distorcida.“Quando a mensagem sofre alteração,
deturpação, modificação, afetando e modificando seu conteúdo e significado”. (CHIAVENATO, 2008, p.81)
3.Sobrecarga: aumento de mensagens afetando o entendimento. “Quando a quantidadede comunicação é muito grande
e ultrapassa a capacidade pessoal do destinatário de processar as informações, perdendo parte delas ou distorcendo seu
conteúdo”.(CHIAVENATO, 2008, p.81)
Outras Barreiras
1. Barreiras mecânicas ou físicas: Aparelho de transmissão, como o barulho, ambiente e equipamentos inadequados. A
comunicação é bloqueada por fatores físicos.
2. Barreiras fisiológicas: Dizem respeito aos problemas genéticos ou de má-formação dos órgãos vitais da fala.

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3. Barreiras semânticas: São as que decorrem do uso inadequado de linguagem não comum ao receptor ou a grupos
visados.
4. Barreiras psicológicas: São os preconceitos e estereótipos que fazem com que a comunicação fique prejudicada.
5. Barreiras pessoais: As pessoas podem facilitar ou dificultar a comunicação. Tudo dependerá da personalidade de cada
um, do estado de espírito, das emoções, dos valores etc.
6. Barreiras administrativas/burocráticas: Decorrem das formas como as organizações atuam e processam as
informações.
Para Robins as barreiras são:

Barreiras no emissor
Uso de linguagem e simbolos inadequados
Timidez,impaciência, etc.
Escolha de um momento impróprio;
Supor que o receptor já domina o assunto a ser tratado. (Este ponto está sendo abordado na questão).
Barreiras no Receptor
Desatenção, impaciência ou pressa;
Tendência a avaliar e julgar;
Preconceitos;
Desconfiança em relação ao emissor;
Resistência em aceitar a mensagem por excesso de autoconfiança.

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EXERCÍCIOS

1. FCC - Ana (COPERGÁS)/COPERGÁS/Administrador/2023


Administração Geral e Pública - Comunicação no Processo de Gestão. Em um evento promovido exclusivamente para os
supervisores dos centros de distribuição (CD), o supervisor do CD situado em Garanhuns fez uma apresentação especial
aos demais supervisores ali presentes, pelo motivo de ter sido o CD que alcançou o melhor resultado operacional de toda
a empresa. O principal objetivo de sua comunicação foi gerar empatia para que o seu sucesso servisse de benchmark aos
demais. Essa situação exprime uma forma de comunicação conhecida como:
a) Horizontal.
b) De cima para baixo.
c) De baixo para cima.
d) Informal.
e) Comparativa.

2. FCC – Ana. (COPERGÁS)/COPERGÁS/Administrador/2023. Administração Geral e Pública - Comunicação no Processo


de Gestão. Em um processo de comunicação, a entonação, ou ênfase, dada às palavras, é considerada um tipo de
comunicação
a) lateral.
b) oral.
c) não verbal.
d) indireta.
e) ruidosa.

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3. FCC - AJ TRT23/TRT 23/Administrativa/"Sem Especialidade"/2022. Administração Geral e Pública - Comunicação no


Processo de Gestão. Os estudos sobre o processo de comunicação nas interações sociais propõem diferentes modelos,
sendo um deles a comunicação linear, em que
a) a mensagem é decodificada anteriormente à etapa de transmissão, o que evita equívocos de interpretação por parte do
receptor.
b) os ruídos de comunicação tendem a ser anulados, por ser priorizada a interação entre transmissor e receptor.
c) os aspectos do ambiente são determinantes no processo de comunicação, eis que influenciam no feedback recíproco
próprio desse modelo.
d) se segrega a etapa de transmissão e recepção, de forma que o processo de decodificação da mensagem ocorra de forma
bidirecional.
e) se descreve a comunicação como um processo unidirecional, dissociando o emissor do receptor.

4. FCC - Ass Leg (ALAP)/ALAP/Atividade Administrativa e Operacional/Assistente Administrativo/2020


Administração Geral e Pública - Comunicação no Processo de Gestão. Algumas barreiras podem dificultar, ou até mesmo
distorcer, a comunicação eficaz. “ Quando um gestor diz ao seu superior exatamente aquilo que acredita que o chefe quer
ouvir [...]”, ele está impondo uma barreira à comunicação conhecida como
a) Filtragem.
b) Percepção seletiva.
c) Sobrecarga.
d) Propagação exclusiva.
e) Difamação.

5. FCC - TGP (SPPREV)/SPPREV/2019


Administração Geral e Pública - Comunicação no Processo de Gestão. Comunicabilidade é um elemento indispensável
para que o atendimento ao público seja adequado. Nesse contexto, uma comunicação eficaz pressupõe:

I. transmissão de forma correta, ou seja, com identidade entre a mensagem mentada pelo emissor e captada pelo receptor.
II. que não sejam necessários esforços de decifração e compreensão por parte do receptor.
III. o uso de termos técnicos, que demonstrem o conhecimento do emissor, gerando respeitabilidade perante o receptor.
IV. identidade entre emissor e receptor, que somente se estabelece quando possuem os mesmos valores.

Esta correto o que consta, APENAS de


a) I e III.
b) I e II.
c) I, III e IV.
d) III e IV.
e) II e IV.

PROCESSO DECISÓRIO

De uma maneira geral, todas as funções administrativas envolvem a tomada de decisão, seja de uma forma mais
estruturada, seja de uma maneira mais prática.
Agilidade no processo decisório se consegue quando a decisão é tomada o mais próximo possível de onde os problemas
surgem. Assim, dentro da organização, existem níveis diferentes de tomada de decisão..

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Segundo Sobral e Peci (2013), decisão consiste na escolha entre alternativas ou possibilidades com o objetivo de resolver
um problema ou aproveitar uma oportunidade.

Nesse contexto, no âmbito dos níveis organizacionais, podemos vislumbrar os seguintes tipos de decisão:
1. Decisões Estratégicas – : englobam a definição de objetivos, políticas e critérios gerais para planejar o curso da
organização. Dessa forma, são voltadas finalidade desenvolver estratégias para que a organização seja capaz de atingir
os objetivos (estratégicos).

Quadro obtido em Johnson et al (2011)


2. Decisões Táticas: estão voltadas para a estruturação dos recursos da organização, visando criar possibilidades de
execução com os melhores resultados possíveis de desempenho dos subsistemas de recursos humanos, marketing,
financeiro, produção, entre outros. Dessa forma, são decisões de médio prazo e relacionadas com o controle
administrativo e com a formulação de novas regras de decisão que podem ser aplicadas por parte do pessoal de operação
e designação de recursos
3. Decisões Operacionais: neste caso, a decisão é um processo que tem por objetivo assegurar que as atividades
operacionais sejam desenvolvidas de modo eficiente e eficaz, por meio da utilização de procedimentos e regras de
decisões preestabelecidas. Possui horizonte temporal de curto prazo, sendo que a maior parte dessas decisões é
programada, pois elas seguem os procedimentos e as rotinas pré-elaborados pela organização.
Considerando todos esses níveis, as decisões podem ser tomadas dentro de quatro CONDIÇÕES, a saber:
Incerteza: nas situações de decisão sob incerteza, o tomador de decisão tem pouco ou nenhum conhecimento ou
informação para utilizar como base para atribuir probabilidade a cada estado da natureza ou a cada evento futuro.
Risco: nas situações de decisão sob risco, o tomador de decisão tem informação suficiente para predizer os diferentes
estados da natureza. Porém, a qualidade dessa informação e a sua interpretação pelos diversos administradores podem
variar amplamente e cada administrador pode atribuir diferentes probabilidades, conforme sua crença ou intuição,
experiência anterior, opinião etc.
Certeza: nas situações sob certeza, o administrador tem completo conhecimento das consequências ou dos resultados
das várias alternativas de cursos de ação para resolver o problema. É a decisão mais fácil de se tomar, pois cada
alternativa pode ser associada com os resultados que pode produzir.
Turbulência ou ambiguidade: sob condições de certeza, risco e incerteza, o objetivo final é claro. Porém, sobre condições
de turbulência, até mesmo o objetivo pode não ser claro. A turbulência também ocorre quando o ambiente está mudando
rapidamente. Representa a situação mais difícil de decisão.
Podemos ter tomada de decisão centralizada ou descentralizada (vide vantagem e desvantagens no assuntos estruturas
organizacionais).

DECISÕES ESTRUTURADAS
Assim sendo, as decisões estruturadas estão associadas a situações nas quais se pode especificar previamente os
procedimentos a seguir, e são típicas de níveis de gestão operacional. Decidir a realização de um inventário, disponibilizar
crédito aos clientes e avançar com ofertas especiais na aquisição de produtos ou serviços, são e exemplos de decisões
neste âmbito.

DECISÕES NÃO ESTRUTURADAS


Situações nas quais não é possível especificar previamente a maior parte das decisões caracterizam o domínio das
decisões não estruturadas. Típicas da gestão de topo, entre outras podem ser o caso da tomada de decisão quanto à
entrada ou saída de determinados mercados, a aprovação de orçamentos, ou a definição de objetivos a longo-prazo.

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DECISÕES SEMI-ESTRUTURADAS
Como em muitas atividades e aspectos da vida real nem tudo é branco ou preto, existem alguns procedimentos de decisão
que podem ser especificados previamente, sem contudo bastarem para determinar a decisão definitiva. Nesse caso, as
decisões dizem-se semi-estruturadas. Típicas do nível de gestão intermédio ou tático, podem ser os casos de conceber
um plano de marketing, ou empreender a concepção de um novo website institucional.
Temos, ainda, dois tipos de decisões gerenciais: as programadas (estruturadas) e as não programadas (não estruturadas).
As decisões programadas (estruturadas) caracterizam os problemas que são bem compreendidos, altamente
estruturados, rotineiros e repetitivos e que se prestam aos procedimentos, regras e hábitos sistemáticos. Assim, essas
decisões são sempre semelhantes. A retirada de livros de uma biblioteca ou o processamento de um pedido de pagamento
de um fornecedor são exemplos de decisões programadas, pois são repetitivas e rotineiras.
As decisões não programadas (não estruturadas) destinam-se àqueles problemas que não são bem compreendidos,
carecem de estruturação, tendem a ser singulares e não se prestam aos procedimentos sistêmicos ou rotineiros. A chave
para entender essas decisões é lembrar que acontecem raramente, ou seja, existem poucos precedentes para a tomada
de decisões. As decisões são causadas por variáveis diversas.
Quanto às fases ou etapas da tomada de decisão, as bancas nem sempre indicam a bibliografia tomada como base, o
que nos leva a um número elevado de etapas, se formos considerar a quantidade de autores e pesquisas sobre o tema.
Uma classificação bastante cobrada em provas é a adotada por Antonio Cesar Amaru Maximiano.

O processo decisório tem 5 fases ou etapas principais:


Identificar o problema ou oportunidade: é a fase em que se percebe que o problema ou oportunidade estão ocorrendo e
que é necessário tomar uma decisão.
Diagnóstico (análise): procura-se entender o problema ou oportunidade e identificar suas causas e consequências.
Geração de alternativas: muitas vezes, as alternativas já vêm junto com o problema ou oportunidade. Em outros casos,
não há alternativas prévias e é preciso ter ideias.
Escolha de uma alternativa: consiste na avaliação, escolha e julgamento da alternativa ideal.
Avaliação da decisão: avalia-se os resultados obtidos com a alternativa escolhida.
De acordo com Sobral e Peci (2013), a tomada de decisão em grupo tem uma dinâmica diferente da individual, pois as
pessoas precisam discutir suas ideias, procurar consensos e fazer alianças e coalizões. Dessa forma, são vantagens e
desvantagens da tomada de decisão em grupo:

Modelo Racional e Modelo de Racionalidade Limitada


O Modelo Racional de Decisão ou Modelo Decisório da Escolha Racional foi a primeira visão teórica acerca do processo
decisório. Esse modelo também é denominado Modelo da Racionalidade Maximizadora ou Modelo de Racionalidade
Substantiva. É o modelo que confere ao indivíduo a capacidade irrestrita de maximizar e atingir, da melhor maneira
possível, seus objetivos.

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O Modelo de Racionalidade Limitada ou Modelo de Carnegie propõe que não é possível para um tomador de decisões
ter acesso a todas as possibilidades de ação, além do alto custo envolvido nesse processo.
Simon (1970)[9] destaca que a racionalidade é o processo de selecionar as alternativas de comportamento escolhidas
baseadas em um sistema de valores permitindo avaliar as consequências desse comportamento. Seis tipos de
racionalidade são indicados:
Racionalidade OBJETIVA: apresenta-se quando o comportamento é realmente o comportamento correto para aumentar
certos valores em uma situação;
Racionalidade SUBJETIVA: é observada quando as decisões aumentam o alcance ao se ter um conhecimento atual de
um certo assunto;
Racionalidade CONSCIENTE: é verificada quando as decisões visam ajustar os meios aos fins por meio de um processo
consciente;
Racionalidade DELIBERADA: é observada quando o ajuste dos meios aos fins é deliberadamente procurado pelo
indivíduo ou pela organização;
Racionalidade ORGANIZADA: se apresenta quando os objetivos do indivíduo forem a favor da organização;
Racionalidade PESSOAL: é verificada quando são visados os objetivos pessoais do indivíduo.

Erros e vieses da tomada de decisão


No contexto da racionalidade limitada, encontramos diversos erros e vieses, que atrapalham os julgamentos dos
tomadores de decisão. Isso acontece porque, na tentativa de agilizar o processo de tomada de decisão, tendemos a nos
apegar à nossa própria experiência e a usar regras do senso comum que nos são convenientes. Pode dar certo, mas
também pode conduzir a diversas distorções da realidade.
Viés de Excesso de Confiança – Pode levar a graves problemas de julgamento e tomada de decisão. Uma das
descobertas mais interessantes do ponto de vista organizacional é que aqueles que têm habilidades intelectuais e
interpessoais mais fracas apresentam maior probabilidade de superestimar sua capacidade e desempenho.
Viés de Ancoragem – Nos fixamos em uma informação como ponto de partida. Nossa mente tende a dar uma grande
ênfase à primeira informação que recebemos. Pode ocorrer nas negociações de salário, nas entrevistas de seleção,
dentre outras. Temos dificuldade de ajuste diante de informações posteriores. São usadas em áreas que a persuasão é
importante (publicidade, políticos, executivos). Um exemplo é quando um profissional pergunta numa seleção qual o
salário anterior; a resposta servirá de âncora para a oferta que ele fará.

Viés de Confirmação – O processo de tomada de decisões racionais pressupõe que levantemos informações
objetivamente. Mas isso não acontece. Nós levantamos as informações seletivamente. O viés de confirmação representa
um tipo específico de percepção seletiva. Buscamos informações que corroborem nossas escolhas anteriores e
desprezamos aquelas que as contestam. Também tendemos a aceitar, prontamente, as informações que confirmam
nossos pontos de vista pré-concebidos e somos críticos ou céticos com aquelas que contrariam esses pontos de vista.
Portanto, as informações que levantamos possuem um viés de confirmação das opiniões que já tínhamos anteriormente.
Viés da Disponibilidade – É a tendência de as pessoas julgarem com base nas informações disponíveis. Eventos que
despertam nossas emoções, que são, particularmente, vívidos ou que ocorreram mais recentemente tendem a estar mais
disponíveis em nossa memória. Consequentemente, tendemos a superestimar eventos improváveis. O viés da
disponibilidade também pode explicar por que os executivos, quando fazem suas avaliações anuais, costumam dar mais
peso aos comportamentos mais recentes de seus funcionários do que àqueles de vários meses atrás.
Viés da Representatividade – Tomamos decisões a partir de uma categoria pré-existente. Os executivos, por exemplo,
frequentemente, preveem o sucesso de um produto relacionando-o com o sucesso de um produto anterior. Ou, se três
ex-alunos de uma certa universidade são contratados por uma mesma empresa e não se saem muito bem, os executivos
da empresa poderão prever que candidatos formados naquela universidade não serão bons funcionários.
Escalada do Comprometimento – É o apego a uma decisão anterior, mesmo quando fica claro que essa decisão foi um
erro. Como exemplo, casar porque investiu muito no relacionamento. Empresas perdem dinheiro porque um executivo
insiste em provar que uma decisão estava certa, mesmo sem estar. Há vários casos registrados de pessoas que
aumentam seu comprometimento com cursos de ação malsucedidos quando se veem como responsáveis pelo fracasso.
Ou seja, elas dobram seus esforços para recuperar o prejuízo na tentativa de demonstrar que sua decisão inicial não
estava errada e para não ter de admitir que cometeram um engano. A escalada de comprometimento também está
relacionada com a evidência de que as pessoas sempre tentam parecer coerentes naquilo que dizem e fazem. O
comprometimento com ações prévias é uma demonstração de coerência.
Erro de Aleatoriedade – É o acaso. Tenta-se dar sentido à eventos aleatórios, transformando-se padrões imaginários em
superstições, como por exemplo, não tomar decisões importantes em sextas-feiras 13.
Viés da Compreensão Tardia – É a tendência de achar que sabíamos antecipadamente o resultado de um evento depois
dele ter ocorrido. É resultado tanto da nossa memória seletiva, como da capacidade de construir previsões anteriores.
Reduz nossa capacidade de aprender com o passado.

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EXERCÍCIOS

1. FCC - AJ TRT18/TRT 18/Administrativa/"Sem Especialidade"/2023. Administração Geral e Pública - Processo Decisório


(Tomada de Decisão). O processo decisório no âmbito das organizações comporta diferentes abordagens, incluindo a
classificação dos tipos de decisões dele decorrentes. Uma dessas categorizações classifica as decisões em
“programadas” e “não programadas”, sendo que
a) ambas decorrem do processo de identificação das alternativas aplicáveis à situação-problema, com a diferença de que
as decisões programadas dizem respeito a ações já incluídas no planejamento estratégico da organização.
b) as programadas são consideradas superiores, pois decorrem de um processo de avaliação individualizado para solução
de uma situação-problema inédita na organização.
c) as não programadas prestam-se apenas a situações contingentes ou de emergência e, portanto, possuem natureza
precária e provisória.
d) não há uma hierarquia entre as duas modalidades, mas sim aplicabilidade a situações diversas, sendo as programadas
as adotadas com base no acervo de soluções disponíveis na organização e aplicáveis a situações não extraordinárias.
e) as programadas somente podem ser aplicadas em organizações com processos de trabalho estratificado ou planificado,
por isso são consideradas precursoras das decisões não programadas.

2. FCC - Ana Leg (ALESE)/ALESE/Apoio Técnico Administrativo/Administração/2018. Assunto: Processo Decisório


(Tomada de Decisão). A literatura especializada aponta diferentes tipos de decisões e diferentes modelos do processo
de tomada de decisão.
Entre as classificações correntes para esses temas, podem ser apontados, exemplificativamente,
a) decisões autocráticas, fundadas apenas na opinião do líder, e processos decisórios estratificados, que seguem fórmulas
preestabelecidas.
b) decisões reativas, que se apresentam como resposta a um desafio colocado, e processos de tomada de decisão
democráticos, que pressupõem a unanimidade.
c) decisões não programadas, que são de natureza reativa, e processos de tomada de decisão consensuais, que são
eminentemente intuitivos.
d) decisões programadas, que fazem parte do acervo de soluções da instituição, e processos decisórios consultivos, em que
os envolvidos opinam e o líder toma a decisão.
e) decisões aleatórias, fruto da imposição de autoridade, e processos de tomada de decisão inovadores, que desprezam as
alternativas já testadas.

3. Banca: FCC. Órgão: MANAUSPREV. Prova: Técnico Previdenciário – Administrativa. O processo de tomada de decisões,
seja no âmbito organizacional ou pessoal, normalmente é complexo e produz efeitos. A sequência que garante a eficácia
e a racionalidade do processo decisório é
a) o diagnóstico; a identificação do problema ou oportunidade; escolha da alternativa; implantação e avaliação da decisão.
b) o diagnóstico; identificação do problema ou oportunidade; escolha da alternativa; avaliação da decisão e geração de
alternativas.
c) a identificação do problema ou oportunidade; geração de alternativas; escolha da alternativa; implantação e avaliação da
decisão.
d) a identificação do problema; geração de alternativas; diagnóstico; avaliação da decisão e escolha da alternativa.
e) a identificação do problema ou oportunidade; diagnóstico; geração de alternativas; escolha da alternativa e avaliação da
decisão.

4. FCC - TJ TRT18/TRT 18/Administrativa/"Sem Especialidade"/2023. Administração Geral e Pública - Processo Decisório


(Tomada de Decisão)Tomando por base as diferentes categorizações apresentadas pela doutrina acerca dos tipos de
decisões e processos decisórios, caracterizam-se como decisões
a) consensuais aquelas baseadas na orientação de um consultor externo especializado no assunto.
b) consultivas aquelas baseadas em um processo de coleta de opiniões e que reflitam a posição da maioria.
c) não programadas aquelas dotadas de precariedade e pouca técnica e que oferecem soluções inadequadas.
d) programadas aquelas adotadas para situações rotineiras ou repetitivas, com base no acervo de soluções disponível.
e) democráticas aquelas que envolvem um processo de discussão, podendo, ao final, serem tomadas pela minoria mais
esclarecida.

5. FCC - AJ TRT5/TRT 5/Administrativa/"Sem Especialidade"/2022. Administração Geral e Pública - Processo Decisório


(Tomada de Decisão)
Hebert Simon ao estudar o processo decisório no âmbito da administração, introduz o conceito de racionalidade limitada,
diferenciando o “homem econômico” do denominado “homem administrativo”, sob a perspectiva de que
a) a racionalidade própria do segundo busca a máxima eficiência e, ao contrário do homem econômico, não se conforma
com qualquer decisão que apresente uma solução meramente adequada.
b) o primeiro busca a maximização dos ganhos, enquanto, para o segundo, as decisões podem ser apenas satisfatórias,
assim entendidas aquelas que atendam aos requisitos mínimos desejados.
c) o homem econômico considera que a racionalidade própria do homem administrativo é limitada e ineficiente e sustenta
que o processo decisório deve pautar-se pela busca de soluções pragmáticas.

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d) o primeiro adota apenas decisões programadas, baseadas em critérios de custo e benefício, enquanto o homem
administrativo é pautado por um processo intuitivo, tomando decisões de natureza não programada.
e) embora ambos objetivem maximizar o processo decisório, buscando a solução ótima para o problema posto, apenas o
homem administrativo consegue atingir esse ponto ótimo em termos de eficiência.

6. 103.FCC - AssT (DETRAN MA)/DETRAN MA/2018. Assunto: Processo Decisório (Tomada de Decisão)
No que concerne aos tipos de decisões, aquelas denominadas “programadas” são passíveis de aplicação
a) em situações já enfrentadas anteriormente, já que fazem parte do acervo de soluções da organização para eventos que
se apresentam sempre de maneira semelhante.
b) apenas para solução de problemas de natureza econômica ou financeira, eis que se traduzem em fórmulas prontas ou
algoritmos.
c) em situações que não comportam uma tomada de decisão propriamente dita, mas sim uma automação de processos de
trabalho.
d) apenas pelas áreas operacionais da organização, já que dizem respeito à aplicação de padrões e protocolos já fixados
previamente.
e) de caráter eminentemente racional, devendo, sempre que possível, substituir as denominadas “não programadas” que
são tomadas aleatoriamente.

11. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

A fórmula é simples: Desempenho = Motivação + Competências + Apoio Organizacional


Assim, não basta motivação do funcionário para que haja um bom desempenho. É preciso também que se possua
capacidade de execução (conhecimentos sobre a tarefa e como realizá-la) e que o contexto de trabalho seja favorável,
com incentivos e ferramentas para que as tarefas possam ser realizadas.
A gestão do desempenho é uma perspectiva ampla adotada pelas organizações, que buscam gerir o valor que as pessoas
efetivamente geram por meio de suas competências e de sua aplicação ao trabalho, considerando os efeitos positivos da
motivação.
Os sistemas da gestão do desempenho com maior sucesso não objetivam detectar e punir falhas. São para a
aprendizagem, que ajudam a empresa na identificação do que funciona e o que necessita ser melhorado, substituindo-se
e reparando-se o que não funciona.
Portanto, a gestão de desempenho faz parte de um processo maior de gestão empresarial, pois permite rever estratégias,
objetivos, processos de trabalho e políticas de recursos humanos, entre outros, objetivando a correção de desvios para
dar continuidade ao caminho certo da empresa.
Atenção ! A Gestão do Desempenho é um processo que vai além da avaliação do desempenho.
Alguns elementos importantes estão relacionados à gestão de desempenho:
1. A avaliação de desempenho: trata-se do instrumento utilizado para que o desempenho dos indivíduos, áreas e daprópria
organização possam ser mensurados.
2. Feedback: trata-se do retorno de informações sobre o próprio desempenho para aquele profissional, área ou
organização que foi avaliado. Com o feedback, é possível, por exemplo, que se saiba se o caminho que está sendo
realizado é o correto e se ele levará aos resultados esperados. O feedback gerenciados pelo próprio profissional tendem
a gerar um desempenho melhor do que feedbacks que precisam ser gerenciados por terceiros.
3. Reconhecimento: o reconhecimento pelo trabalho realizado é uma importante ferramenta para que o desempenho seja
melhorado. Quando outras pessoas se apropriam do trabalho de um funcionário, a falta de reconhecimento pode levar à
desmotivação e a uma consequente perda do desempenho.
4. Diversidade: trata-se de um elemento que favorece a criatividade no trabalho em equipe, por isso pode favorecer o
desempenho – quando a necessidade de criar análises e soluções for preponderante para o sucesso.
5. Agilidade e flexibilidade: a agilidade e flexibilidade profissionais favorecem o desempenho das equipes, uma vez que
permitem uma inserção mais fácil e menos conflituosa do indivíduo no grupo.

11.1 - AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO.


A avaliação de desempenho busca medir o desempenho que as pessoas têm no exercício de suas atribuições na
organização em relação aos padrões estabelecidos, metas e resultados esperados, competências e seu potencial de
desenvolvimento.
Na avaliação de desempenho existem diferentes campos de influência:
Variáveis volitivas: relacionadas à vontade (querer) e ao conhecimento (saber) do avaliador para realizar a avaliação de
desempenho.

Variável teleológica: os esforços são necessários para o cumprimento dos objetivos e metas do indivíduo e da
organização. É o cerne da avaliação de desempenho.

Variável cognitiva: trata-se do nível de conhecimento necessário para a realização do trabalho.

Variável tecnológica: o conjunto de ferramentas disponíveis para que o trabalho do indivíduo possa gerar os resultados
máximos desejados.

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Variável compensatória: é a recompensa que existirá para o indivíduo como consequência de uma avaliação de
desempenho positivo no trabalho.

A avaliação de desempenho busca medir o desempenho que as pessoas têm no exercício de suas atribuições na
organização em relação aos padrões estabelecidos, metas e resultados esperados, competências e seu potencial de
desenvolvimento.
A avaliação corresponde, segundo Idalberto Chiavenato, à comparação dos resultados alcançados, descritos pelos
indicadores de desempenho, com o desempenho pretendido, descrito pelos objetivos estratégicos e metas definidas,
constituindo-se em importante instrumento para a promoção da aprendizagem organizacional.
Desta maneira, a avaliação de desempenho ajuda a organização avaliar se seus funcionários estão conseguindo
“entregar” resultados.

“A avaliação deve abarcar não somente o desempenho dentro do cargo, mas também o alcance de metas e objetivos,
deve concentrar-se em uma análise objetiva do desempenho e não uma avaliação subjetiva de hábitos pessoais; deve
ser aceita tanto pelo avaliador quanto pelo avaliado e ser utilizada para melhorar a produtividade do indivíduo dentro da
organização.”
Para Chiavenato (2008), os principais objetivos da Avaliação de Desempenho são:
1) Permitir condições de medição do potencial humano no sentido de determinar sua plena aplicação;
2) Permitir o tratamento dos recursos humanos como importante vantagem competitiva da organização cuja produtividade
pode ser desenvolvida dependendo, obviamente, da forma de administração.
3) Fornecer oportunidades de crescimento e condições de efetiva participação a todos os membros da organização, tendo
em vista, de um lado, os objetivos organizacionais e, de outro, os objetivos individuais.

11.1.1 – ERROS OU DESVANTAGENS DA AVALIÇÃO

Burocracia excessiva do processo de avaliação. Muitas vezes, o avaliador deve cumprir tantas etapas e preencher tantos
formulários que o foco deixa de ser a avaliação e passa a ser o “papelório”.

Foco demasiado na punição pelos resultados alcançados. Quando as pessoas percebem o processo de avaliação como
determinante para a demissão ou até pela promoção para cargos, as pessoas podem tentar burlar o sistema ou ficarem
descontentes quando forem participar do processo de avaliação.

Injustiça nos critérios de avaliação também pode ser muito predatória para o clima organizacional. Quando as pessoas
percebem o processo de avaliação como imparcial ou injusto, tendem a não colaborar com o avaliador.

Critérios ou aspectos que não agregam nenhum valor à avaliação ou ao processo de aprendizado. Imagine que você está
sendo avaliado na sua empresa e seu chefe lhe pergunta se você é casado ou solteiro, por exemplo.

11.1.2 – QUEM PODE AVALIAR (CHIAVENATO)


Gerente. Este é o método mais comum dentro das organizações. O gerente, normalmente assessorado pela equipe do
RH, utiliza certos parâmetros para avaliar sua equipe de trabalho, ou seja, seus subordinados.

Equipe de trabalho. Neste método, a avaliação é feita pelos próprios membros da equipe. A consciência de que a
avaliação será positiva é fundamental para que seja vista um aspecto benéfico para funcionamento da equipe. Os
membros mais experientes normalmente servem de suporte aos demais nesta atividade.

Avaliação 360°. Neste tipo de avaliação, o funcionário recebe uma avaliação de todas as áreas e pessoas com quem tem
contato no contexto da organização. Desta forma, os chefes, os colegas de trabalho, os clientes internos e externos,
fornecedores e subordinados avaliam, cada um de sua forma, o trabalho do funcionário.

Comissão de avaliação. Este é um método em que é formada uma comissão de avaliação para avaliar os funcionários.
Deste modo, pode ser formada por pessoas de um ou mais setores e ser permanente ou temporária.CÉ um método muito
mais caro e que toma bastante tempo. Entretanto, tem como benefício uma maior padronização dos critérios de avaliação.

Avaliação de baixo para cima. Ao contrário do método em que o gerente avalia seus subordinados, neste caso são os
subordinados que avaliam o seu superior. Desta maneira, o gerente é avaliado de acordo com seu estilo de liderança,
seu aspecto motivacional e habilidade de comunicação.

11.1.3 – MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

11.1.3.1 – TRADICIONAIS

11.1.3.1.1 - Escalas Gráficas

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É um método baseado em uma tabela de dupla entrada: nas linhas estão os fatores da avaliação e nas colunas estão os
graus de avaliação de desempenho.
É um método subjetivo e sujeito ao efeito de generalização (ou “efeito de halo”). O efeito de halo é a tendência do avaliador
de se concentrar em apenas um aspecto do avaliado, sem considerar suas outras características com imparcialidade;

Método mais simples, mais usado e mais antigo de avaliação do desempenho;

Pode ser utilizado por qualquer nível de avaliador e é de fácil construção.

Fácil compreensão do método para o avaliado;

Porém facilita generalizações simplistas e análises subjetivas e preconceituosas;

Tende a rotinizar e bitolar os resultados da avaliação;

Sistema fechado de avaliação;

Nenhuma participação ativa do avaliado.

11.1.3.1.2 - Listas de Verificação


Este é um método simplificado das escalas gráficas. Seu funcionamento é bastante similar, sendo utilizado para
avaliações mais frequentes. Deste modo, acaba funcionando como uma ficha padronizada, em que o gerente marca as
principais características dos funcionários. Também é conhecida pelo seu termo em inglês: checklist. Abaixo, podemos
ver as principais características do método:
Método baseado em uma lista de fatores (check lists) respeito de cada funcionário.
Em cada um dos fatores o funcionário recebe uma nota.
Esta maneira fornece um lembrete para o gerente de todos os quesitos que necessitam de análise na avaliação de
desempenho.
Na prática é uma simplificação do método de escalas gráficas!

11.1.3.1.3 - Método da Escolha Forçada


Para eliminar a superficialidade, a generalização e a subjetividade – métodos característicos da escala gráfica -, surgiu o
método da escolha forçada
Consiste em avaliar o desempenho das pessoas através de blocos de frases descritivas que focalizam determinados
aspectos do comportamento. Características:
Para tentar eliminar o aspecto subjetivo, a generalização e a superficialidade do método das escalas gráficas, foi criado
o método da escolha forçada;
Busca evitar o efeito de generalização (hallo efect);
Se avalia através de blocos de frases descritivas que focalizam certos aspectos do comportamento;

O avaliador tem de marcar uma ou duas opções que mais se aplicam a cada candidato.
11.1.3.1.4 - Método dos Incidentes Críticos
Baseia-se nas características extremas (incidentes críticos) que representam desempenhos altamente positivos (sucesso)
ou altamente negativo (fracasso). O método não se preocupa com o desempenho normal, mas com desempenhos
excepcionais, sejam positivos ou negativos.
Como vantagens deste método, temos a facilidade de construção e aplicação. Entretanto, este método não proporciona
uma maneira de avaliar o comportamento normal da pessoa (somente os críticos), portanto acaba sendo um pouco restrito
e tendencioso. Características:

Método simples que se baseia nas características extremas que representam desempenhos altamente positivos ou
negativos;
Tenta avaliar os pontos fortes e fracos dos avaliados;
Aspectos negativos seriam então corrigidos e os fortes realçados.

11.1.3.1.5 - Método da Pesquisa de Campo


É um dos métodos tradicionais mais completos de avaliação de desempenho. Evidencia a função de staff da equipe de
RH da empresa (que funciona como uma consultoria interna, ajudando aos gerentes no processo de avaliação), enquanto
o gerente tem a responsabilidade de linha de avaliar os seus funcionários.
Desta forma, a equipe de RH entrevista o gerente no seu ambiente de trabalho (por isso o nome de pesquisa de campo)
e em conjunto com este avalia o desempenho dos funcionários9. De acordo com Chiavenato, o método abrange as
seguintes fases: entrevista de avaliação inicial, entrevista de análise complementar, planejamento das providências e
acompanhamento posterior dos resultados. Características.

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Um dos métodos tradicionais mais completos.


Utiliza a entrevista de um especialista com o gerente de linha para avaliar o desempenho de seus subordinados.
Este especialista corre toda a empresa. Por isso é chamada pesquisa de campo.
O método se desenvolve em quatro etapas: Entrevista de avaliação inicial, entrevista complementar, planejamento das
providências e acompanhamento dos resultados.

11.1.3.1.6 – Comparação aos Pares


Esse método compara os funcionários dois a dois e anota-se o funcionário que tenha o melhor desempenho. Esse método
é aconselhado apenas quando não for possível utilizar outro método
11.1.3.2 – MÉTODOS MODERNOS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

11.1.3.2.1 – Avaliação 360 graus

A avaliação 360 graus é um método de avaliação de desempenho muito utilizado pelas empresas, que tem por objetivo
principal contribuir para o desenvolvimento de competências essenciais dos colaboradores. É uma importante ferramenta
da gestão estratégica de pessoas.
Na avaliação 360º, conhecida também como Feedback 360 Graus, Feedback com Múltiplas Fontes, e Avaliação
Multivisão, o colaborador recebe feedbacks simultâneos de diversas fontes ao seu redor (daí o nome 360º). Ele pode ser
avaliado por seus pares de trabalho, superiores, subordinados, clientes internos e externos. Neste tipo de avaliação é
considerada também a avaliação que o próprio funcionário faz de si mesmo.

Tal avaliação é feita por meio de um questionário específico, que visa descrever os comportamentos e competências
considerados essenciais pela organização, a fim de facilitar o alcance de seus objetivos estratégicos.
Este método de avaliação de desempenho é o mais adequado para situar o colaborador com relação às competências
desejadas pela empresa.
É uma forma mais rica de avaliação pelo fato de produzir diferentes informações vindas de todos os lados.
A avaliação 360° proporciona condições para que colaborador se adapte e se ajuste às várias demandas que recebe do
seu contexto de trabalho ou dos seus diferentes parceiros.
O sistema é mais compreensível e as avaliações provém de múltiplas perspectivas. A qualidade da informação é melhor
Complementa as iniciativas da qualidade total. Enfatiza os clientes internos/externos e o espírito de equipe.
Como a retroação vem de vários avaliadores, pode haver preconceitos e prejuízos. A retroação fornecida pelo rentorno
permite o auto desenvolvimento do avaliado.

Aspectos Contrários: - O sistema é administrativamente complexo pra combinar todas as avaliações.


A retroação pode intimidar e provocar ressentimentos no avaliado. Pode envolver avaliações conflitivas sob diferentes
pontos de vista. O sistema requer treinamento dos avaliadores para funcionar bem. As pessoas podem fazer conluio ou
jogo para dar avaliação inválida para as outras.

11.1.3.2.2 - Avaliação Participativa Por Objetivos (APPO).


A avaliação participativa por objetivos (AAPO) é uma técnica mais moderna de avaliação do desempenho, sendo mais
aberta à participação do funcionário no próprio processo de avaliação - do início ao fim - o que possibilita maior
envolvimento e motivação dos funcionários para atingir os objetivos definidos. Note que ela também pode ser chamada
de avaliação participativa por resultados, já que o objetivo é o resultado a ser alcançado!

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11.1.3.2.2.1 - Seis etapas da APPO:

1. Formulação de objetivos em consenso: trata-se do primeiro passo para a realização da avaliação participativa por
objetivos
2. Comprometimento do pessoal quanto ao alcance dos objetivos ficados: quando disse que os objetivos devem ser
formulados em consenso, quer dizer consenso de verdade! Os funcionários e os gerentes tem que concordar de fato com
o que está sendo combinado
3. Negociação com o gestor para a alocação de recursos necessários para o alcance dos objetivos: uma vez definidos os
objetivos a serem atingidos com a aceitação e comprometimento do funcionário, deverá haver uma negociação entre o
gestor e o funcionário quanto aos recursos a serem alocados para a realização dos objetivos
Desempenho: é a realização do trabalho pelo funcionário no sentido de atingir os objetivos consensuais fixados. Para
Chiavenato (2010) o aspecto principal do sistema de APPO está aqui.
Contínuo monitoramento e comparação dos resultados com os objetivos fixados: é nesta etapa que os resultados vão
sendo medidos conforme vão sendo obtidos, o que possibilita o acompanhamento do esforço empreendido e dos
resultados alcançados.
6 - Retroação intensiva e contínua avaliação conjunta: trata-se de um dos aspectos mais importantes do sistema APPO.
É aqui que o funcionário deverá receber informações sobre como está caminhando para o atendimento dos objetivos
fixados.

11.2 - Distorções na Avaliação

Efeito Halo Tendência de nivelar o julgamento de uma pessoa por cima ou por baixo. O avaliador generaliza um
(Generalização) aspecto do desempenho, bom ou ruim, e aplica para todos os requisitos.

O avaliador apresenta-se pouco rigorosa na avaliação, atribuindo, geralmente, notas muito altas nos
Leniência
itens avaliador por minimizar os erros do avaliado

O avaliador apresenta-se muito rigoroso na avaliação, atribuindo, geralmente notas muito baixas nos
Excesso de rigor
itens avaliados por maximizar os erros do avaliado.

Entraves relacionados à distorção das informações por interesses políticos, na busca da manutenção
Obstáculos políticos
de uma imagem própria ou do setor, por exemplo.

O avaliador não assume valores extremos na avaliação por medo de prejudicar os fracos e assumir
Tendência Central
responsabilidade pelos excelentes, marcando sempre valores medianos para não se comprometer

Recenticidade (Falta O avaliador se atenta apenas aos últimos acontecimentos, a avaliação fica viciada pois situações
de memória). recentes de erros ou acertos interferem exageradamente.

Avaliação congelada O avaliador mantém o mesmo padrão de avaliação, avaliando o funcionário do mesmo jeito e com os
(força do hábito) mesmos conceitos em todas as avaliações.

O avaliador age apenas pelo bom senso por desconhecer as técnicas de avaliação e as técnicas
Falta de Técnica
utilizadas na rotina de trabalho do funcionário avaliado.

Desvalorização do O avaliador não considera a avaliação algo importante e a desvaloriza, esta atitude compromete a
Avaliador fidedignidade das notas e do resultado do processo avaliativo.

Unilateralidade O avaliador valoriza aspectos que apenas ele julga importante, dando maior atenção a estes itens.

O avaliador distorce ou oculta propositalmente dados sobre o julgamento do avaliado, objetivando


Falsidade
favorece-lo ou prejudica-lo.

Projeção
O avaliador atribui (projeta) ao avaliado qualidade e defeitos que são próprios do avaliado.
(Subjetividade)

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Efeito Halo Tendência de nivelar o julgamento de uma pessoa por cima ou por baixo. O avaliador generaliza um
(Generalização) aspecto do desempenho, bom ou ruim, e aplica paa todos os requisitos.

O avaliador apresenta-se pouco rigorosa na avaliação, atribuindo, geralmente, notas muito altas nos
Leniência
itens avaliador por minimizar o erros do avaliado

O avaliador apresenta-se muito rigoroso na avaliação, atribuindo, geralmente notas muito baixas
Excesso de rigor
nos itens avaliados por maximizar os erros do avaliado.

Entraves relacionados à distorção das infirmações por interesses políticos, na busca da


Obstáculos políticos
manutenção de uma imagem própria ou do setor, por exemplo.

O avaliador não assunme valores extremos na avaliação por medo de prejudicar os fracos e
Tendência Central assumir responsabilidade pelos excelentes, marcando sempre valores medianos para não se
comprometer

Recenticidade O avaliador se atem apenas aos últimos acontecimentos, a avaliação fica viciada pois situações
(Falta de memória). recentes de erros ou acertos interferem exageradamente.

Avaliação
O avaliador mantém o mesmo padrão de avaliação, avaliando o funcionário do mesmo jeito e com
congelada (força do
os mesmos conceitos em todas as avaliações.
hábito)

O avaliador age apenas pelo bom senso por desconhecer as técnicas de avaliação e as técnicas
Falta de Técnca
utilizadas na rotina de trabalho do funcionário avaliado.

Desvalorização do O avaliador não considera a avaliação algo importante e a desvaloriza, esta atitude compromete a
Avaliador fidedignidade das notas e do resultado do processo avaliativo.

Unilateralidade O avaliador valoriza aspectos que apenas ele julga importante, dando maior atenção a estes itens.

O avaliador distorce ou oculta propositalmente dados sobre o julgamento do avaliado, objetivando


Falsidade
favorece-lo ou prejudica-lo.

Projeção
O avaliador atribui (projeta) ao avaliado qualidade e defeitos que são próprios do avaliado.
(Subjetividade)

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IMPORTANTE !!! O absenteísmo, a rotatividade e a satisfação com o trabalho são, segundo Robbins (2005), reações
derivadas da percepção de cada empregado sobre a empresa onde atua.

1) Absenteísmo:

Absenteísmo ou ausentismo é a freqüência ou duração do tempo de trabalho perdido quando os empregados não
comparecem ao trabalho.

2) Rotatividade:

Rotatividade ou turnover refere-se ao fluxo de entradas e saídas de pessoas em uma organização, ou seja, às entradas
de pessoas para substituição/reposição da vaga motivada pela saída de pessoas das organizações.

EXERCÍCIOS

1. FCC - AJ TRT18/TRT 18/Administrativa/"Sem Especialidade"/2023


Administração Geral e Pública – Desempenho. A avaliação do desempenho de colaboradores de uma organização com
base na metodologia dos Incidentes Críticos toma por base
a) apenas o registro de erros ou falhas cometidas pelo avaliado no período de avaliação, razão pela qual é considerado um
método deficiente.
b) o resultado de testes de prontidão aplicados aos avaliados para medir a capacidade de resposta a situações críticas.
c) aspectos do comportamento dos avaliados considerados extremos, tanto positivos como negativos.
d) um modelo ideal de atuação para cada cargo, com características técnicas e comportamentais predefinidas, para fins de
pontuação dos avaliados.
e) a autoavaliação, na qual o avaliado deve considerar o benchmark acordado com o avaliador previamente, razão pela qual
é aplicável apenas à alta administração.

2. FCC - AJ TRT18/TRT 18/Administrativa/"Sem Especialidade"/2023


Administração Geral e Pública – Desempenho . Considere que determinada organização pretenda aplicar, com o propósito
de avaliação e aprimoramento da gestão de desempenho de seus colaboradores, a metodologia denominada Pesquisa
de Campo, o que significará a adoção de um método
a) ultrapassado, pois considera poucas dimensões do comportamento dos avaliados, dando ênfase apenas à assiduidade e
à produtividade.
b) superficial, pois baseia-se exclusivamente na coleta de dados constantes dos registros funcionais dos avaliados.
c) completo, porém de maior custo, pois demanda entrevistas feitas por um especialista em avaliação com os gestores do
avaliado, permitindo planejar seu desenvolvimento.
d) indireto, pois trabalha com extrapolação de dados de uma amostra de avaliados para aferir uma média da performance
do grupo todo.
e) rápido, porém sujeito a erros e vícios, baseando-se em questionários e testes respondidos por meio eletrônico e avaliados
com base em algoritmos.

3. FCC - AJ TRT11/TRT 11/Judiciária/"Sem Especialidade"/2017. Considere que determinado órgão integrante da


Administração pública pretenda implementar uma política de valorização de pessoal baseada na meritocracia, utilizando,
como ferramenta, a avaliação de desempenho. Para tanto, pretende privilegiar, entre as metodologias disponíveis, a que
contemple a auto-avaliação e também permita que o avaliado receba feedbacks (retornos) de todas as pessoas com as
quais se relaciona. A metodologia mais adequada para o escopo pretendido seria a
a) APPO – Avaliação Participativa por Objetivos.
b) Comparação Binária.
c) Pesquisa de Campo.
d) Avaliação 360º.
e) Lista de Verificação.

4. FCC - Ana G (DPE AM)/DPE AM/Especializado de Defensoria/Administração/2018. Assunto: Desempenho. Uma


determinada entidade pública pretende implementar metodologia tradicional de avaliação de desempenho, que não
apresente grau significativo de complexidade. Os consultores contratados para tal escopo indicaram o método
denominado Escala Gráfica. A sugestão apresentada pelos consultores afigura-se
a) inadequada, pois o método pressupõe diversas entrevistas com todos aqueles que se relacionam com o avaliado.
b) adequada, pois o método consiste na utilização de um formulário com fatores de avaliação pré-definidos e a
correspondente graduação.
c) adequada, eis que o método se resume ao registro de aspectos positivos e negativos do comportamento do avaliado.
d) inadequada, tendo em vista que sua aplicação demanda observação da conduta do avaliado em relação à definição dos
objetivos organizacionais.
e) adequada, pois o método nada mais é do que uma comparação binária entre os avaliados.

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5. FCC - Esp RT (ARTESP)/ARTESP/Gestão Pública/I/2017. O ciclo da gestão do desempenho contempla, como etapa
relevante, a avaliação de desempenho dos colaboradores da organização. Uma das metodologias consagradas para levar
a efeito tal etapa é a avaliação 360º ou circular, que possui, entre suas principais características,
a) a participação de avaliadores externos, independentes, para eliminar eventuais desvios.
b) a comparação entre os colaboradores e o subsequente ranqueamento dos avaliados.
c) o processamento de informações e dados coletados em dinâmicas aplicadas durante o processo.
d) a autoavaliação e o recebimento, pelo avaliado, de feedbacks (retornos) das pessoas com quem se relaciona.
e) o envolvimento apenas dos integrantes da cadeia hierárquica na qual está inserido o avaliado.

6. FCC - Ass TD (DPE AM)/DPE AM/Assistente Técnico Administrativo/2018. Assunto: Desempenho. Uma empresa pública
contratou uma consultoria especializada para implementar avaliação de desempenho objetivando melhorar a performance
de seus gestores. O consultor contratado executou a avaliação tomando por base o registro dos aspectos extremos, tanto
do ponto de vista negativo como positivo, em relação ao comportamento dos avaliados. Tal abordagem
a) corresponde à primeira etapa do método de Escalas Gráficas.
b) não é aderente a nenhuma metodologia de avaliação de desempenho.
c) é bastante rudimentar, denominada comparação binária.
d) é relativa à metodologia denominada incidentes críticos.
e) consiste em uma das distorções da avaliação, denominada efeito halo.

7. FCC - AJ TRT22/TRT 22/Área Administrativa/"Sem Especialidade"/2022


Administração Geral e Pública – Desempenho. Em um processo de gestão de desempenho, na etapa de avaliação, em
que tenha sido checada a ocorrência de possíveis vícios ou desvios que podem acometer processos dessa natureza,
apontou-se a ocorrência do denominado efeito halo, o que significa
a) a presença de viés por parte do avaliador em relação ao universo de avaliados, sendo mais leniente em relação a
determinados grupos com os quais se identifica.
b) a consideração apenas do desempenho e dos comportamentos mais recentes dos avaliados.
c) tendência central por parte do avaliador, avaliando todos como medianos e evitando comprometer-se com resultados
muito negativos.
d) a contaminação do resultado global da avaliação a partir de um extrato específico de avaliados, tidos como muito ruins,
distorcendo os resultados individuais.
e) a extrapolação do resultado da avaliação de um aspecto específico do avaliado para todos os demais aspectos, levando
a uma generalização indevida.

8. FCC - Esp RT (ARTESP)/ARTESP/Gestão Pública/I/2017. A avaliação corresponde, segundo Idalberto Chiavenato, à


comparação dos resultados alcançados, descritos pelos indicadores de desempenho, com o desempenho pretendido,
descrito pelos objetivos estratégicos e metas definidas, constituindo-se em importante instrumento para a promoção da
aprendizagem organizacional. Contudo, na prática, as organizações incorrem, com certa frequência, em erros e distorções
no processo de avaliação de desempenho. Entre eles, a denominada recenticidade, quando o avaliador
a) mantem o mesmo padrão de avaliação, por força do hábito, mantendo os mesmos conceitos em relação ao avaliado em
todas as avaliações.
b) leva em conta opiniões pessoais sobre o avaliado, atuando de forma tendenciosa de acordo com preferencias e antipatias.
c) se atem apenas aos últimos acontecimentos, de forma que os erros e acertos recentes interferem demasiadamente no
resultado da avaliação.
d) nivela o julgamento do avaliado a partir da generalização de um aspecto da avaliação, positivo ou negativo, para todos
os demais.
e) se apresenta pouco rigoroso na avaliação, minimizando os erros do avaliado e evitando assumir valores extremos.

9. FCC - Ass Adm Fom (AFAP)/AFAP/2019. Assunto: Desempenho. Considere que tenha sido efetuada a avaliação de
desempenho de determinada equipe da AFAP, procedida por um avaliador independente contratado para essa finalidade.
Ocorre que, entregues os resultados, constatou-se que, em relação a alguns avaliados, o resultado apresentado mostrou-
se distorcido em função da generalização de um aspecto negativo observado pelo avaliador para todos os demais
aspectos avaliados. Tal circunstância
a) decorre da falta de comprometimento dos próprios avaliados, ensejando um efeito conhecido como “tendência central”.
b) é típica de avaliações realizadas por agentes externos à organização, denominada “viés de baixa”.
c) corresponde a um efeito conhecido como “recenticidade”, decorrente da falta de preparo técnico do avaliador.
d) significa que a avaliação foi contaminada por fatores externos, em um efeito denominado “leniência”.
e) configura um vício de avaliação comumente apontado pela literatura, denominado “efeito Horn”.

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10. FCC - AJ TRT11/TRT 11/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2017. Suponha que determinada organização
pública tenha implantado, como uma das práticas de gestão de pessoas, avaliação de desempenho para fins de evolução
funcional. Ocorre que, em determinado setor, percebeu-se no avaliador uma tendência de generalização de um aspecto
negativo do desempenho do avaliado para todos os demais quesitos sob avaliação, nivelando o julgamento para baixo.
Tal distorção
a) é típica do setor público, denominada tendência central.
b) costuma ser mais recorrente no setor privado, induzida pelo excesso de rigor.
c) é denominada recenticidade, podendo ocorrer tanto no setor público como no privado.
d) é denominada leniência, derivando da falta de comprometimento do avaliador.
e) pode ocorrer tanto no setor público como no privado, sendo conhecida como efeito halo.

12- ESTRUTURA ORGANIZACIONAL.

12.1 - CONCEITO

Por organização podemos entender um “conjunto de pessoas que atuam juntas em uma criteriosa divisão de trabalho
para alcançar um objetivo comum”
Vamos ver outras definições acerca da estrutura organizacional:
MINTZBERG: A soma total das maneiras pelas quais o trabalho é dividido em tarefas distintas e como é feita coordenação
entre essas tarefas.
HALL: distribuição das pessoas entre posições sociais que influenciam os relacionamentos de papeis desempenhados
pelas mesmas. Esta distribuição possui duas implicações: a divisão de trabalho (distribuição das tarefas entre as pessoas)
e a hierarquia (distribuição das pessoas em posições).
VASCONCELOS: o resultado de um processo no qual a autoridade é distribuída, as atividades são especificadas (desde
os níveis mais baixos até a alta administração) e um sistema de comunicação é delineado, permitindo que as pessoas
realizem as atividades e exerçam a autoridade que lhes compete para o alcance dos objetivos da organização.
Podemos notar nas definições que elas falam em divisão e coordenação. A estrutura organizacional tem estas duas
funções: ela divide o trabalho na organização, distribuindo as responsabilidades; ela coordena as pessoas, estabelecendo
a hierarquia e o sistema de comunicação.

A estrutura organizacional pode ser definida como o conjunto ordenado de responsabilidades,


autoridades, comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa.

O Sistema de Responsabilidade faz a distribuição das atividades na organização (Departamentalização, Linha e


assessoria e Especialização do trabalho);

O Sistema de Comunicação estabelece a forma como será feita a integração entre as diversas unidades da organização
(O que, Como, Quando, De quem, Para quem)
O Sistema de Decisão é o esquema que delineia a natureza das decisões, os responsáveis por elas e a metodologia para
tomá-las
O Sistema de Autoridade constitui a distribuição do poder dentro da organização. A autoridade é o direito estabelecido de
se designar o que – e, se necessário, como, por quem, quando e por quanto – deve ser realizado em sua área de
responsabilidade na empresa, Amplitude administrativa ou de controle; Níveis hierárquicos;
Delegação; Centralização/descentralização. Pode ser formal e informal.
Formal - representa a estabelecida pela estrutura hierárquica da empresa.
Informal - é desenvolvida por meio de relações informais entre as pessoas da empresa. Serve para modificar a autoridade
formal na determinação do quanto esta terá de aceitação por parte dos vários subordinados nos diferentes níveis
hierárquicos da empresa
12.2 - COMO FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
Tal como as demais funções administrativas, organizar é um processo de tomada de decisões. Nesse sentido envolve
dois processos:
Processo de diferenciação: consiste na divisão das atividades e tarefas organizacionais e seu agrupamento em
departamentos especializados.
Processo de Integração: consiste na coordenação das atividades dos diferentes departamentos, de forma a obter unidade
de esforço e, assim, alcançar os objetivos globais da organização.

12.3 ELEMENTOS BÁSICOS DA ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES.

12.3.1- Especialização do Trabalho

A especialização do trabalho surge no início do século XX com a industrial, em oposição a um modelo de produção
artesão, onde cada um dos trabalhadores conhecia a produção de um produto como um todo. Cada funcionários recebia

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uma tarefa específica e repetitiva. Taylor e Ford demonstraram que o trabalho pode ser realizado mais eficientemente se
os funcionários forem especializados em cada tarefa.
Hoje em dia, usamos o termo especialização do trabalho, ou divisão do trabalho, para descrever o grau em que as tarefas
na organização são subdivididas em funções separadas. A essência da especialização do trabalho é que, em vez de uma
atividade ser completada inteiramente por uma única pessoa, ela é dividida em um certo número de etapas, cada qual
sendo realizada por um indivíduo. Essencialmente, os indivíduos se especializam em realizar parte de uma atividade em
vez de fazer a atividade inteira.

12.3.2- Formalização

A formalização se refere ao grau em que as tarefas dentro da organização são padronizadas. Quando uma tarefa é muito
padronizada, seu responsável tem pouca autonomia para decidir o que, quando e como deve ser feito. Nas organizações
altamente formalizadas existem descrições explícitas de tarefas, muitas regras organizacionais e procedimentos
claramente definidos sobre os processos de trabalho.
Quando a formalização é baixa, os comportamentos são relativamente não programados e os empregados tem
uma boa dose de liberdade para decidir sobre o trabalho. Como a autonomia individual é inversamente proporcional
à programação do comportamento pela organização, quanto maior a padronização, menor a interferência do
funcionário sobre como seu trabalho deve ser realizado.
A padronização não apenas elimina a possibilidade dos funcionários adotarem comportamentos alternativos como
também elimina a necessidade de eles buscarem alternativas.

12.3.3 - Cadeia de Comando


A cadeia de comando é uma linha única de autoridade que vai do topo da organização até o escalão mais baixo,
determinando quem se reporta a quem na empresa. O princípio da unidade de comando ajuda a preservar o
conceito de linha única de autoridade. Ele determina que cada pessoa deve ter apenas um superior a quem se
reportar diretamente. Se a unidade de comando for quebrada, o funcionário pode ter de enfrentar demandas ou
prioridades conflitantes vindas de diferentes chefias.
Os conceitos de cadeia de comando, autoridade e unidade de comando têm hoje uma relevância substancialmente
menor, por causa dos avanços da tecnologia da computação e da tendência de autonomia dos funcionários.
Evidentemente, muitas organizações ainda acreditam que ficam mais produtivas quando reforçam sua cadeia de
comando, mas elas parecem estar se tornando minoria.

12.3.4 - Amplitude de Controle


A amplitude administrativa ou amplitude de controle significa o número de empregados que se devem reportar a
um administrador. Determina quanto um administrador deve monitorar estreitamente seus subordinados. Quanto
maior a amplitude de controle, maior é o número de subordinados para cada administrador, e vice-versa.
A amplitude administrativa estreita provoca custo administrativo maior, porque existem mais administradores para
cuidar de um número menor de pessoas. Com a supervisão mais estreita, as pessoas recebem maior atenção
individual e suporte do chefe, mas tem menos autonomia e menos oportunidade para auto-direção.
A amplitude estreita tende a produzir estruturas altas e alongadas, com mais níveis hierárquicos, comunicações
mais lentas e mais dificuldade de coordenação entre os diferentes grupos.
Ao contrário, a amplitude de controle larga permite custos administrativos menores, porque existem menos
administradores para cuidar de um número maior de pessoas. Como os subordinados são mais numerosos, a
tarefa administrativa é mais difícil, pois o administrador deve dispersar seus esforços entre maior número de
subordinados. As pessoas são encorajadas a desenvolver mais habilidades e maior iniciativa, pois têm maior
oportunidade para exercitar seu próprio julgamento na tomada de decisão a respeito de seu trabalho.
Uma maior amplitude de controle tende a produzir estruturas organizacionais mais baixas e achatadas, nas quais
o número de níveis hierárquicos é menor, proporcionando comunicação direta entre as pessoas situadas nos níveis
mais baixos e mais alto da organização.

12.3.5 - Centralização e Descentralização


O grau de centralização/descentralização refere-se ao quanto a autoridade para tomar decisão está centrada no
topo ou dispersa na base da organização. A centralização significa que a autoridade para decidir está localizada
no topo da organização. A descentralização significa que a autoridade para decidir está mais próxima nos níveis
operacionais mais baixos.

Vantagens da Centralização:
1. as decisões são tornadas por administradores que tem urna visão global da empresa;

2. tomadores de decisão situados no topo e geralmente melhor


treinados e preparados do que os que estão nos níveis mais baixos;

3. eliminação dos esforços duplicados reduz os custos operacionais;

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4. certas funções – como compras – quando centralizadas, provocam maior especialização e aumento de
habilidades;
5. decisões são mais consistentes com os objetivos empresariais

Desvantagens da Centralização:
1. as decisões não são tomadas por administradores que estão próximos dos fatos;
2. tomadores de decisão situados no topo raramente tem contato com os trabalhadores e com as situações
envolvidas;
3. as linhas de comunicação mais distanciadas provocam demoras prolongadas;

4. administradores nos níveis mais baixos são frustados porque estão fora do processo decisorial;

Vantagens da descentralização:
1. decisões são tomadas mais rapidamente pelos próprios executores;

2. tomadores de decisão são os que têm mais informação sobre a situação. Os gerentes ficam mais próximos do
ponto em que se devem tomar decisões;

3. maior envolvimento na tornada de decisões cria maior moral e motivação entre os administradores médios;
4. proporciona bom treinamento para os administradores médios;

5. Aumenta a eficiência e a motivação, aproveitando melhor o tempo e a aptidão dos funcionários,


evitando que fujam à responsabilidade, por ser mais fácil recorrer à matriz ou ao chefe.

6. Os gastos de coordenação podem ser reduzidos graças à maior autonomia para tomar decisões.

7. Permite a formação de executivos locais ou regionais mais motivados e conscientes dos seus
resultados operacionais. A estrutura descentralizada produz gerentes gerais em vez de simples especialistas.

Desvantagens da descentralização:
1. pode ocorrer a falta de informação e coordenação entre departamentos;
2. maior custo por administrador devido ao melhor treinamento, melhor salário dos administradores nos níveis mais
baixos
3. administradores tendem a uma visão estreita e podem defender mais o sucesso de seus departamentos em detri
mento da empresa como um todo;

4. políticas e procedimentos podem variar enormemente nos diversos departamentos.


5. Falta de uniformidade nas decisões:
6. Falta de equipe apropriada no campo de atividades: ao proceder-se à descentralização, deve-se prover o treinamento.

12.4 - ESTRUTURA FORMAL X INFORMAL


A estrutura formal é a colocada no papel, é a estabelecida no estatuto da empresa. Ela a representada pelo organograma
da empresa, que é a representação gráfica da estrutura organizacional.
De acordo com Schermerhorn4, lendo um organograma você pode entender vários aspectos de uma organização, como:

Divisão de trabalho cargos e títulos mostram quem faz o quê dentro da empresa
Relação de supervisão Linhas mostram quem reporta a quem
Canais de comunicação Linhas mostram os canais de comunicação
Subdivisões principais divisões quem se reportam a um mesmo gerente são mostradas
Níveis hierárquicos os diversos níveis hierárquicos são evidenciados
características da estrutura formal
- Ênfase a posições em termos de autoridades e responsabilidades.
- É estável.
- Está sujeita a controle.
- Está na estrutura.
- Autoridade é descendente
- Canais de Comunicação
vantagens da estrutura formal
- É representada pelo organograma da empresa e seus aspectos básicos.

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- Reconhecida juridicamente de fato e de direito.


É estruturada e organizada.
A estrutura informal é a rede de relações sociais e pessoais que não é formalmente estabelecida pela empresa, as quais
surgem e se desenvolvem espontaneamente entre os níveis da organização, e, portanto, apresenta situações que não
aparecem no organograma. O organograma é um gráfico que representa a organização.
características da estrutura informal
- Está nas pessoas.
- Sempre existirão.
- A autoridade flui na maioria das vezes na horizontal.
- É instável.
- Não está sujeita a controle.
- Está sujeita aos sentimentos.
- Líder informal.
- Desenvolve sistemas e canais de comunicação.
vantagens da estrutura informal
- Proporciona maior rapidez no processo.
- Complementa a estrutura formal.
- Reduz a carga de comunicação dos chefes.
- Motiva e integra as pessoas na empresa.
desvantagens da estrutura informal
- Provocar desconhecimento da realidade empresarial pelas chefias.
- Dificuldade de controle.
- Possibilidade de atritos entre pessoas.

EXERCÍCIOS

114.FCC - AJ TRT17/TRT 17/Administrativa/"Sem Especialidade"/2022


Administração Geral e Pública - Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização,
Descentralização). Entre as características básicas das organizações formais modernas, a literatura aponta a distribuição
da autoridade e da responsabilidade como um dos seus pilares e, nesse sentido, a denominada cadeia escalar
corresponde
a) à transmissão de conhecimento entre os integrantes da organização, que prescinde de hierarquia formal.
b) ao ajuste de atuações entre os integrantes de um mesmo nível hierárquico, que não pressupõe, portanto, uma relação
de subordinação.
c) à sequência de ações internalizadas na organização de forma programada e que não demanda a emissão de ordem
ou comando superior para sua execução.
d) à cadeia de responsabilidades inerentes a cada função ou cargo da organização, concatenadas de forma orgânica e
horizontal.
e) à linha de autoridade que parte do topo da hierarquia até os níveis mais baixos, de acordo com a qual as ordens
deverão descer desde o nível em que são dadas até chegar a quem as executa.

115.FCC - ADG Jr (METRO SP)/METRO SP/Administração de Empresas/2019


Administração Geral e Pública - Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização,
Descentralização). A estrutura organizacional de uma empresa define como as tarefas são formalmente distribuídas,
agrupadas e coordenadas. São seis os elementos básicos a serem focados pelos administradores quando projetam a
estrutura das organizações: a especialização do trabalho, a departamentalização, a cadeia de comando, a amplitude de
controle, a centralização e descentralização e, por fim, a formalização. A amplitude de controle
a) é a base segundo a qual as tarefas são agrupadas.
b) determina o número de funcionários que um administrador consegue dirigir com eficiência e eficácia.
c) descreve o grau em que as funções na organização são subdivididas em tarefas separadas.
d) é uma linha de autoridade no topo da organização, determinando a quem os gerentes e diretores se reportam.
e) refere-se ao grau em que o processo decisório está concentrado em um único ponto da organização.

116.FGV - Tec NS (Salvador)/Pref Salvador/Suporte Administrativo/Administração/2017


Assunto: Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização, Descentralização)
Com relação às vantagens da descentralização, analise as afirmativas a seguir.

I. Os chefes ficam mais próximos dos pontos onde se devem tomar as decisões.

II. O melhor aproveitamento do tempo do trabalhador permite ganhos de eficiência.

III. A falta de uniformidade nas decisões oriundas de modelos engessados gera ganhos.

Está correto o que se afirma em

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a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.

117.FCC - Ana Adm (SANASA)/SANASA/Serviços Administrativos/2019


Administração Geral e Pública - Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização,
Descentralização). Para atender à demanda de um mercado cada vez mais exigente, uma empresa que presta serviços
de infraestrutura de água e esgoto em uma conurbação urbana estuda viabilizar um projeto de descentralização das suas
operações; todavia, a descentralização traz consigo a lgumas DESVANTAGENS, tal como:
a) Os tomadores de decisão no topo têm pouco contato com as pessoas e decisões envolvidas.
b) Maior custo pela exigência de melhor seleção e treinamento dos gestores de nível médio.
c) As linhas de comunicação ao longo da cadeia provocam demora e maior custo operacional.
d) Maior incidência de erros pessoais no processo de comunicação das decisões, de cima para baixo.
e) Menor autonomia e independência na tomada de decisão nos níveis mais baixos da hierarquia

118.FGV - Ag Cen (IBGE)/IBGE/Supervisor/2017


Assunto: Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização, Descentralização)
O diretor da área comercial de uma empresa quer que os vendedores tenham maior autonomia de decisão, como forma
de responder às variadas demandas dos clientes. Ele acredita que a descentralização nas decisões dará maior rapidez
na resposta aos clientes e também maior motivação aos vendedores.

No entanto, a descentralização também tem desvantagens, entre elas:


a) sobrecarga no trabalho decisório dos chefes;
b) dificuldade de responsabilização dos funcionários;
c) perda de uniformidade nas decisões;
d) perda na qualidade das decisões;
e) lentidão no feedback sobre a qualidade do trabalho junto aos clientes.

12.5 - DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Departamentalização corresponde a uma especialização horizontal, ou seja, agrupamento de atividades em órgãos que
se situam em um mesmo nível hierárquico. A fim de cumprir o princípio da homogeneidade, atividades de mesma natureza
eram ocupadas e alocadas juntas. Assim, depois de dividir o trabalho por meio da especialização, você precisa agrupar
as atividades para que as tarefas comuns possam ser coordenadas.
A Departamentalização não é um fim, mas um meio de organizar a empresa para a consecução de seus objetivos.
Entretanto, a separação, qualquer que seja o tipo adotado, cria problemas de coordenação de difícil solução. Quatro são
os princípios utilizados que tendem a minorar esse problema:
Principio de Maior Uso: O departamento que mais uso fizer de uma atividade deve tê-la sob sua jurisdição.
Princípio de Maior Interesse: O departamento que mais interesse tenha por uma atividade deve supervisioná-la, porque
se torna proficiente nela.
Princípio de separação do Controle: As atividades de controle devem ser autônomas, independentes e separadas das
atividades que estão sendo controladas.
Princípio da Supressão da Concorrência: Deve-se eliminar a concorrência entre departamentos, agrupando atividades
diversas em um só departamento, para evitar a rivalidade interdepartamental.
A Departamentalização pode se feita das seguintes formas:
12.5.1- Departamentalização por Função:

Corresponde à reunião de todos os especialistas em um único órgão. Cada departamento exerce uma função típica dos
elementos que o compõe. É indicado para empresas que desenvolvem atividades rotineiras, onde se exige pouca
flexibilidade. Separa o planejamento e controle da execução.

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As vantagens da departamentalização funcional são:


Permite agrupar os especialistas sob uma chefia comum;
Garante o máximo de utilização das habilidades técnicas das pessoas, isto porque se baseia no princípio da
especialização ocupacional;
Permite economia de escala pela utilização integrada de pessoas, máquinas e produção em massa;
Orienta as pessoas para uma específica atividade, concentrando sua competência de maneira eficaz e simplifica o
treinamento de pessoal;

As desvantagens da departamentalização funcional são:


Reduz a cooperação interdepartamental, pois exige forte concentração intradepartamental e cria barreiras entre os
departamentos devido à ênfase nas especialidades (criam-se panelinhas, da contabilidade, do marketing, etc.).
É pouco flexível, por isso é inadequada quando as circunstâncias externas são mutáveis ou imprevisíveis;
Faz com que as pessoas focalizem seus esforços sobre suas próprias especialidades em detrimento do objetivo global
da empresa.
Pior cumprimento de prazos e orçamentos, pois este tipo de departamentalização não cria condições para uma perfeita
interligação das várias atividades da empresa

12.5.2- Departamentalização por Produto ou por Serviço:


Divide a empresa em unidades de produção. Esse tipo é indicado para situações onde a flexibilidade é exigida.

Vantagens
Fixa a responsabilidade dos departamentos para um produto ou uma linha de produto. O departamento é avaliado pelo
sucesso do produto ou serviço;
Facilita a coordenação interdepartamental, uma vez que a preocupação básica é o produto e as diversas atividades
departamentais tornam-se secundárias;
Facilita a inovação, que requer cooperação e comunicação de vários grupos contribuintes para o produto;
Indicada para circunstâncias externas instáveis e mutáveis, pois induz a cooperação entre especialistas e à coordenação
de seus esforços para um melhor desempenho;
Permite flexibilidade, pois as unidades de produção podem ser maiores ou menores, conforme as condições mudem, sem
interferir na estrutura organizacional como um todo.

Desvantagens:
Enquanto a departamentalização funcional concentra especialistas em um grupo sob uma só chefia, a
departamentalização por produtos os dispersa em subgrupos orientados para diferentes produtos, provocando duplicação
de recursos e de órgãos, com evidente aumento dos custos operacionais;
É contra-indicada para circunstâncias externas estáveis, para empresas com poucos produtos ou linhas reduzidas de
produtos, por trazer elevado custo operacional nestas situações;
Enfatiza a coordenação em detrimento da especialização.

12.5.3- Departamentalização por Cliente:

Agrupamento conforme o tipo ou tamanho do cliente ou comprador. Ênfase no cliente. Orientação extroversa, mais voltada
para o cliente do que para si mesma.

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Vantagens:
Importante quando a satisfação do cliente é o aspecto mais crítico da organização e quando os grupos de clientes
apresentam grandes diferenças;
Predispõe os executivos e todos os participantes da organização para a tarefa de satisfazer às necessidades dos clientes;
Permite à organização concentrar seus conhecimentos sobre as distintas necessidades e exigências dos canais
mercadológicos.

Desvantagens:
Pode tornar secundárias ou acessórias as demais atividades da organização devido à preocupação compulsiva com o
cliente.
Os demais objetivos da organização, como lucratividade e eficiência, podem ser deixados de lado ou sacrificados em
função da satisfação do cliente;
Não é adequada para organizações com pouca diferenciação entre os clientes, pois eleva os custos operacionais em
virtude da duplicação de trabalhos.

12.5.4- Departamentalização por Processo:

A Departamentalização corresponde à seqüência do processo produtivo; Cada departamento é um centro de produção.


Indicada para situações onde o foco é a tecnologia, que demandam grandes investimentos. Divide a empresa de acordo
com o ciclo produtivo: fase 1 – enrolamento, fase 2 – pré-montagem, fase 3 – montagem. Ênfase na tecnologia utilizada.
Enfoque introvertido.

Vantagens
A vantagem da departamentalização por processo é extrair vantagens econômicas oferecidas pela própria natureza do
equipamento ou da tecnologia. A tecnologia passa a ser o foco e o ponto de referência para o agrupamento de unidades
e posições.

Desvantagens:
Contudo, quando a tecnologia utilizada sofre mudanças e desenvolvimento revolucionários, a ponto de alterar
profundamente o processo, este tipo de departamentalização peca pela absoluta falta de flexibilidade e de adaptação. No
caso do computador, os tremendos desenvolvimentos tecnológicos no processamento de dados tem provocado
mudanças seja no equipamento (hardware) seja no processo (software), o que tem complicado as coisas.

12.5.5- Departamentalização por Projeto:

As atividades são agrupadas de acordo com as saídas e resultados (outputs) relativos a um ou vários projetos da empresa.
Os departamentos são criados para desenvolver determinado projeto, ou seja, são agrupamentos temporários, já que
todo projeto tem um fim. Requer estrutura organizacional flexível e adaptável às circunstâncias do projeto. Requer alto
grau de coordenação entre órgãos para cada projeto.

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Vantagens:
A departamentalização por projeto é, no fundo, uma departamentalização temporária por produto, quando este assume
proporções enormes, requerendo investimentos e recursos elevados, tecnologia específica e períodos prolongados de
tempo para seu planejamento e execução. Sua principal vantagem é a enorme concentração de diferentes recursos em
uma atividade complexa e que exige pontos definidos de início e término, com datas e prazos determinados. Cada projeto
tem seu ciclo de vida específico. É o tipo de departamentalização orientado para resultados.

Desvantagem:
Geralmente, cada projeto é único e inédito e envolve muitas habilidades e conhecimentos dispersos na empresa, com os
quais pode passar de uma fase para a outra dentro do ciclo de vida. Assim quando termina um projeto, a empresa pode
ser obrigada a dispensar pessoal ou paralisar máquinas e equipamentos se não tiver outro projeto em vista. Além dessa
possível descontinuidade, a departamentalização por projeto pode provocar em muitas pessoas forte dose de ansiedade
e angústia pela imprevisibilidade de futuro no emprego.

12.5.6- Departamentalização por Área Geográfica:

Indicada para empresas que cobrem grandes áreas (multinacionais, por exemplo). Tem a matriz e as divisões localizadas
em outros países, estados ou cidades. Agrupamento conforme localização geográfica ou territorial. Ênfase na cobertura
geográfica. Orientação para o mercado. Extroversão.

Vantagens
Quando as circunstâncias externas indicam que o sucesso da organização depende particularmente do seu ajustamento
às condições e necessidades locais ou regionais, a estratégia territorial torna-se imprescindível.
A organização territorial permite fixar a responsabilidade de lucro e desempenho, da mesma forma que a organização
por produtos, apenas que, no caso, a ênfase é colocada no comportamento regional ou local.
Permite encorajar os executivos a pensar em termos de sucesso do território, melhor que em termos de sucesso de um
departamento especializado em uma departamentalização funcional ou em termos de sucesso de um produto em uma
departamentalização por produtos.
É especialmente indicado para firmas de varejo, desde que certas funções (como, por exemplo, compras ou finanças)
sejam centralizadas.
Variando as condições e características locais, o delineamento da organização na base de departamentalização territorial
pode acompanhar adequadamente essas variações, sem grandes problemas.

Desvantagens
O enfoque territorial da organização pode deixar em segundo plano a coordenação tanto dos aspectos de planejamento,
execução ou controle da organização como um todo, em face do grau de liberdade e autonomia colocado nas regiões ou
filiais.
A preocupação estritamente territorial concentra-se mais nos aspectos mercadológicos e de produção e quase não requer
especialização. As outras áreas da empresa, como finanças, pesquisa e desenvolvimento e recursos humanos tornam-
se secundários.

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EXERCÍCIOS

1. FGV - ATA (MPE BA)/MPE BA/2017


Assunto: Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização, Descentralização)
A figura abaixo representa a departamentalização da empresa XYZ.

Entre as vantagens do tipo de departamentalização adotada pela empresa XYZ, está:


a) permitir boa coordenação intradepartamental, pelo compartilhamento de um mesmo conhecimento técnico;
b) favorecer a flexibilidade e a adaptabilidade às condições externas;
c) facilitar a coordenação de projetos complexos e interdependentes;
d) facilitar a comunicação e a coordenação interdepartamental;
e) promover a visão global dos problemas da organização, por parte dos funcionários.

2. Banca: FCC. Órgão: DPE-RR. Prova: Administrador. Os tipos de departamentalização:


I. agrupamento de todas as atividades de educação em uma Secretaria de Educação.
II. agrupamento das atividades de recursos humanos em um Departamento de Recursos Humanos.
III. agrupamento de algumas atividades de esportes e cultura em uma equipe para a realização de um campeonato.
IV. agrupamento de atividades relacionadas aos indígenas em um departamento específico.

São classificados, respectivamente, como por

Parte superior do formulário


a) funções, por funções, por projetos e por clientela.
b) serviços, por funções, por projetos e territorial.
c) serviços, por serviços, por processos e por clientela.
d) funções, por funções, por projetos e territorial.
e) serviços, por processos, por processos e por clientela.

3. FCC - Ana Adm (SANASA)/SANASA/Serviços Administrativos/2019


Administração Geral e Pública - Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização,
Descentralização). A figura abaixo apresenta um dos principais tipos de Departamentalização, que é utilizado por uma
empresa fabricante de equipamentos para infraestrutura de água e esgoto.

A principal DESVANTAGEM desse tipo de departamentalização consiste em ter


a) menor utilização de pessoas especializadas e recursos.
b) alto custo operacional pela duplicação das especialidades.
c) imprevisibilidade às equipes de trabalho quanto a novos projetos.
d) enfraquecimento da especialização.
e) pequena cooperação interdepartamental.

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4. 122.FCC - Ana (DETRAN AP)/DETRAN AP/Gestão em Trânsito/2022


Administração Geral e Pública - Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização,
Descentralização). A departamentalização que consiste na organização de uma abordagem divisional que envolve a
distinção e o agrupamento de atividades, conforme as etapas de execução, é conhecida como a departamentalização por
a) localização geográfica.
b) fases do processo.
c) produtos ou serviços.
d) clientes.
e) projetos.

5. 123.FCC - AJ TRT23/TRT 23/Apoio Especializado/Biblioteconomia/2022


Administração Geral e Pública - Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização,
Descentralização). Entre as vantagens da departamentalização por funções, pode-se destacar que:
a) é especialmente indicada para firmas de varejo, desde que certas funções (como, por exemplo, compras ou finanças)
sejam centralizadas.
b) facilita a inovação, já que requer cooperação e comunicação entre vários grupos contribuintes para o produto.
c) permite economia pela utilização máxima de pessoas, máquinas e produção em massa.
d) permite à organização concentrar seus conhecimentos sobre as distintas necessidades e exigências dos canais
mercadológicos.
e) permite a enorme concentração de diferentes recursos em uma atividade complexa que exige pontos definidos e início e
término.

6. 124.CESPE - AJ (TJ CE)/TJ CE/Técnico-Administrativa/Administração/2014. Com relação às abordagens para a


departamentalização em organizações, assinale a opção correta.
a) A departamentalização por localização é caracterizada pelo parcelamento das operações da organização em
componentes temporais.
b) Na departamentalização por processos, as divisões organizacionais são definidas com base nas atividades operacionais
executadas.
c) Na departamentalização por produto, consideram-se as áreas funcionais da organização.
d) Na departamentalização funcional, observam-se os processos desenvolvidos na organização como base para a definição
dos departamentos.
e) Organizações que destinam um departamento para clientes industriais e outro para clientes varejistas adotam a
departamentalização por objetivo.

12.6- MODELOS ORGANIZACIONAIS

12.6.1 - Estrutura linear


Constitui a forma estrutural mais simples e antiga, tendo sua origem na hierarquia militar. O nome linear significa que
existem linhas diretas e únicas de autoridade e responsabilidade, entre superior e subordinado. A autoridade linear é uma
decorrência do princípio da unidade de comando: significa que cada superior tem autoridade única e absoluta sobre seus
subordinados e que não a reparte com ninguém.
É uma organização simples e de formato piramidal. Sua base é a hierarquia do poder de autoridade. Além disso, cada
gerente recebe e transmite tudo o que se passa na sua área de competência, pois as linhas de comunicação são
rigidamente estabelecidas. Há uma grande centralização na estrutura, que é verticalizada.
É uma forma de organização típica de pequenas empresas ou de estágios iniciais das organizações, pois as funções
básicas das organizações aparecem em primeiro lugar e passam a constituir o fundamento da organização.
As suas características são:
Autoridade linear ou única: unidade de comando, cada subordinado só se reporta a um chefe, por isso dizemos que
apresenta linhas de cadeia de comando.
Linhas formais de comunicação: as comunicações entre os órgãos ou cargos da organização são feitas unicamente
através das linhas existentes no organograma. Cada administrador centraliza as comunicações.
Centralização das decisões: como cada linha de comunicação liga cada órgão ou cargo ao seu superior e sucessivamente
até a cúpula da organização, a autoridade linear que comanda toda a organização centraliza-se no topo.
Aspecto piramidal: em decorrência da centralização da autoridade e da autoridade linear, à medida que se sobe na escala
hierárquica, diminui o número de cargos ou órgãos.

Vantagens:
Estrutura simples e de fácil compreensão;
Clara delimitação das responsabilidades;
Facilidade de implantação;
É estável;
É o tipo de organização indicado para pequenas empresas

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Desvantagens:
Estabilidade e constância das relações formais, levando à rigidez e inflexibilidade;
Autoridade linear baseada no comando único e direto, tornando-se autocrática;
Exagera a função de chefia e de comando, pressupondo que os chefes são capazes de fazer tudo e saber tudo;
A unidade de comando torna o chefe um generalista;
Na medida em que a empresa cresce, provoca congestionamentos nas linhas formais de comunicação;
As comunicações tornam-se demoradas, sujeitas a intermediários e distorções;

12.6.2 - Estrutura Funcional:


É o tipo de estrutura organizacional que aplica o princípio funcional ou princípio da especialização por funções. Este tipo
de estrutura é fundamentado no trabalho de Taylor sobre supervisão funcional, em que ele dividiu o processo de produção
em dois níveis: estudos ou planos e execução ou contramestre. Ou seja, separou o planejamento da execução.
A autoridade é funcional ou dividida, que é relativa e baseada na especialização. Assim, cada operário da linha de
produção se reporta a diversos supervisores, cada um relacionado a uma especialidade. É uma autoridade do
conhecimento. Nada tem de hierárquica, linear ou de comando.
Segundo Chiavenato, as suas características são:
Há linhas diretas de comunicação, sem necessidade de intermediação
Descentralização das decisões, que são delegadas aos órgãos ou cargos especializados;
Ênfase na especialização, em todos os níveis da organização. Cada órgão ou cargo contribui com sua especialidade e as
responsabilidades são delimitadas de acordo com as especializações.

Vantagens:
Proporciona o máximo de especialização;
Permite melhor supervisão técnica;
Desenvolve comunicações diretas e sem intermediações;
Separa as funções de planejamento e de controle das funções de execução.
Baixo custo administrativo

Desvantagens:
Dilui e perde autoridade de comando;
Subordinação múltipla;
Tendência à concorrência entre os especialistas;
Confusão quanto aos objetivos, já que há subordinação múltipla.

12.6.3- Estrutura Linha-staff (linha e assessoria):

Representa a combinação da linear com a funcional. É o tipo mais empregado atualmente. Na organização linha-staff
existem órgãos de linha (execução) e de assessoria (apoio e de consultoria) mantendo relações entre si. Os órgãos de
linha utilizam-se de autoridade linear e pelo princípio escalar, já os de staff prestam assessoria e serviços especializados.
As unidades e posições de linha se concentram no alcance dos objetivos principais da empresa e as demais unidades e
posições da empresa que receberam aqueles encargos passaram a denominar assessoria (staff), cabendo-lhes a
prestação de serviços especializados e de consultoria técnica, influenciando indiretamente o trabalho dos órgãos de linha
por meio de sugestões, recomendações, consultoria, prestação de serviços como planejamento, controle, levantamentos,
relatórios etc.
Fusão da estrutura linear com a funcional, com predomínio da primeira. Cada órgão se reporta a um e apenas um órgão
superior, mas cada órgão recebe também assessoria e serviços especializados de diversos órgãos de staff;
Coexistência entre linhas formais de comunicação com linhas diretas. As primeiras se dão entre superiores e
subordinados, representando as relações de hierarquia. Já as diretas ligam os órgãos com o staff;
Separações entre órgãos operacionais e órgãos de apoio.
Hierarquia versus especialização, havendo predomínio dos aspectos lineares na organização. Mantém o princípio da
hierarquia, sem abrir mão da especialização.

Vantagens:
Assegura assessoria especializada e inovadora, mantendo o princípio da autoridade única;
Atividade conjunta e coordenada de órgãos de linha e de staff;

Desvantagens:
Possibilidade de conflito entre órgãos de linha e de staff;
Dificuldade na obtenção e manutenção do equilíbrio entre linha e staff.

12.6.4 - Estrutura Comissional ou Colegiada:


Comissão é um grupo de pessoas a quem se dá um assunto para estudar ou um projeto para ser desenvolvido. Este tipo
de estrutura é encontrado nas grandes organizações nos níveis de alta administração e no setor público quando da
formulação de políticas e orientações como conselhos de assessoramento.

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Para Chiavenato, suas características são:


Não é um órgão da estrutura organizacional, pode ser criada para analisar problemas que ultrapassam os limites ou a
competência de um ou mais órgãos da empresa. Enquanto cada órgão tem seu pessoal próprio, a comissão é formada
por participantes que pertencem a vários e diferentes órgãos.
Podem assumir tipos bastante diferentes: formais, informais, temporárias, relativamente permanentes.

Vantagens:
Tomadas de decisões e julgamentos grupais;
Coordenação;
Transmissão de informações;
Restrições à delegação de autoridade, evitando a delegação a uma só pessoa;
Consolidação de autoridade, juntando vários administradores juntos;

Desvantagens:
Possível perda de tempo na tomada de decisões, já que envolve consenso;
Custo em tempo e em dinheiro;
Absorção de tempo útil de diversos participantes;
Divisão de responsabilidades;
Exigem um coordenador excepcionalmente eficiente;

12.6.5 - Estrutura matricial (1960-1070)


A estrutura matricial é caracterizada pela coexistência de dois ou mais tipos de departamentalização. A
departamentalização é a especialização horizontal decorrente da divisão do trabalho. Normalmente, na estrutura matricial,
temos a convivência da departamentalização funcional com a departamentalização por projetos ou por produtos.
Adequada em uma organização que atua num ambiente competitivo, em constante mudança.
Vantagens
aglutinação de vantagens e neutralização de desvantagens das estruturas funcionais e por projeto/produto;
combinação de esforços de especialização e coordenação;
foco no lucro e nos recursos;
resposta à complexidade dos negócios;
resposta à turbulência ambiental.

Desvantagens
viola a unidade de comando;
enfraquece a coordenação vertical;
depende da colaboração dos participantes.

Temos ainda alguns conceitos


Estrutura matricial fraca (ou matricial funcional): a autoridade é exercida pelo gerente funcional. O gerente de projetos
está subordinado ao um dos gerentes funcionais. Esta é uma estrutura adequada a organizações com poucos projetos
interdisciplinares que apresentam baixo grau de prioridade, em que o organograma reflete uma estrutura funcional
tradicional.
Estrutura matricial forte (ou matricial por projetos): é o contrário da matricial funcional. A autoridade é exercida pelo gerente
de projeto, que é o responsável por sua conclusão e a quem compete mobilizar recursos e definir equipes de trabalho.
Assim, o gerente de projeto possui ampla autoridade sob a maioria dos aspectos do projeto e está associado a ele em
tempo integral.
Os gerentes funcionais possuem pouca influência nas atividades do projeto. É uma estrutura adequada a organizações
com muitos projetos interdisciplinares ou que sejam prioritários para o sucesso da organização. Dispõe de muitos recursos
e longos prazos.

Estrutura matricial balanceada: o gerente de projeto designado atua em bases iguais com os gerentes funcionais.
Representa um meio termo em relação às autoridades do gerente de projetos e dos gerentes funcionais.
12.6.6 - Por Equipe – Funcional Cruzada:
É composta de pessoas de vários departamentos funcionais que resolvem problemas mútuos. Cada pessoa reporta-se a
seu departamento funcional, mas também se reporta à equipe. Um dos membros é o líder da equipe.
Essas equipes criam uma atmosfera de trabalho em grupo e representam abordagem multidisciplinar na
departamentalização, embora não cheguem a constituir órgãos propriamente.
Enquanto as formas tradicionais de organização são lentas, burocratizadas, pouco flexíveis e favorecem a estabilidade,
a organização por equipes é uma construção recente, que busca tornar a organização ágil, mutável, capaz de responder
aos desafios
Chiavenato nos ensina que, nesse tipo de organização, há dois tipos de equipes:
- Equipes funcionais cruzadas: são equipes que abrangem pessoas de diferentes funções da organização. Apesar de
ainda estarem em uma função da organização, elas estão também nas equipes multidisciplinares e buscam resolver os
problemas de diferentes áreas.

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- Equipes permanentes: são aquelas perenes no tempo e que funcionam tais como se fossem unidades organizacionais.
Muitas vezes são focadas em processos de trabalho específicos.
Vantagens
a redução de barreiras entre os departamentos;
a rapidez para mudar e atender a demandas dos clientes e do ambiente externo;
a maior participação das pessoas na tomada de decisão e a diminuição de custos administrativos (em razão da não
necessidade de gerentes para supervisionar o trabalho).

Desvantagens
a existência de equipes a duplicidade na cadeia de comando;
a dificuldade de resolução de conflitos;
o aumento do gasto de recursos com reuniões e excesso de descentralização.

12.6.7- Estrutura Divisional (1940-1950)


É constituído por divisões autossuficientes que produzem um produto ou serviço específico.
Estruturas divisionais é caracterizada pela forma de administração descentralizada. É quando os quando a empresa
decide que cada setor agirá de forma “livre”, demonstrando independência nas suas tomadas de decisões e forma de
gerenciamentos.
Com as dificuldades enfrentadas pelas organizações que utilizavam a estrutura com base em função, surgiu a estrutura
divisional, que nada mais é que divisão da estrutura em unidades orgânicas de maior flexibilidade organizacional. Neste
tipo de estrutura, atividades díspares, porém com um objetivo comum são agrupadas em uma mesma unidade
organizacional.
As principais características:
Unidimensional: sua base é um produto, um processo de trabalho, serviço, área geográfica, área de negócio etc.
Atividades dispares vinculadas por um objetivo final específico;
Resulta do parcelamento da estrutura com base em função;
Cada divisão desenvolve um único grupo de produtos afins;
Desenvolver uma área de negócios da empresa;
Objetivos permanentes, atuando mesmo em ambientes instáveis;
Gerente divisional orientado no sentido das metas básicas de custos, cronogramas e lucros de produtos específicos;
Profit Center (descentralização de operações e de resultados);
Divisão de produção.
As principais vantagens:
Cada gerente é orientado estrategicamente aos produtos, problemas de programação, expansão, comercialização, custos
e lucratividade;
Fácil coordenação para atingir objetivo principal;
Maximização da capacidade pessoal e do conhecimento especializado, favorecendo a inovação, o crescimento e a
diversificação de produtos no mercado;
Flexibilidade;
Melhor cumprimento de cronogramas e de controle de custos;
Facilita emprego de capital especializado em função dos objetivos.
As principais Desvantagens:
Custos elevados, duplicação de órgãos e redução das margens de lucro;
Dificuldade de integração de grupos de produtos;
Sacrifica a especialização funcional e economia de escala pela diferenciação de produtos;
Ampla autonomia dos gerentes divisionais pode provocar onerosos investimentos;
Difícil integração entre diferentes unidades de negócio;
Instabilidade nas estruturas da organização

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12.6.8- A organização em rede (1970)

É um tipo bastante inovador de estrutura organizacional. A mais recente abordagem de organização é a chamada rede
dinâmica.
A estrutura em rede significa que a organização desagrega as suas funções principais e as transfere para empresas ou
unidades separadas que são interligadas através de uma pequena organização coordenadora, que passa a constituir o
núcleo central. Internamente.
Os processos organizacionais vão além das fronteiras de uma organização e se concluem ao longo de diversas
organizações que se entrelaçam.

Surge, dessa forma, um tipo de estrutura que pode ser definida como estrutura de rede. A unidade básica do desenho em
uma estrutura de rede é o empregado, mais do que um trabalho ou uma tarefa específica. Os empregados podem
contribuir para múltiplas tarefas organizacionais ou podem ser reconfigurados e recombinados à medida que as tarefas
da organização mudam.
Vantagens
Permite competitividade em escala global, pois aproveita as melhores vantagens no mundo todo;
Flexibilidade da força de trabalho e habilidade em fazer as tarefas onde elas são necessárias;
Flexibilidade da organização frente Às mudanças ambientais;
Custos administrativos reduzidos pois reduz o número de níveis hierárquicos;

Desvantagens
Falta de controle global, pois os gerentes não têm todas as operações dentro de sua empresa;
Maior incerteza e potencial de falhas, pois se uma empresa subcontratada deixar de cumprir o contrato o negócio pode
ser prejudicado;
A lealdade dos empregados é enfraquecida, pois as pessoas sentem que podem ser substituídas por outros contratos de
serviços

12.7 - Estrutura Mecanicista X Orgânica


Os primeiros que alertam para a emergência dessa nova forma organizacional, a estrutura em rede, encontrada com
denominações diferentes (horizontalizada, orgânica, rede interna etc.), são Burns & Stalker, representantes da Teoria de
Contingência.
Eles apresentaram duas formas extremas de organização: a mecanicista e a orgânica.

Na mecanicista, as atividades da organização são divididas em tarefas separadas, especializadas. A centralização é muito
evidente, porque é preciso assegurar uma hierarquia formal de autoridades. Os procedimentos exigem que uma máquina
eficiente, com muitas regras, regulamentos e controle.
Nas estruturas mecanicistas, a variabilidade humana, suas personalidades, seus julgamentos e suas dúvidas são vistos
como produtores de ineficiências e inconsistências.

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Na orgânica, os indivíduos trabalham em grupos, recebem menos ordens dos chefes. Os membros se comunicam através
de todos os níveis da organização. Na estrutura orgânica a variabilidade humana e toda a sua complexidade são
aproveitadas para estimular as decisões. Por causa disso, a supervisão direta é menor, o aprendizado é contínuo e a
quantidade de regras formais é menor.

Estas duas formas de sistemas representam um “continnum”, entre os quais existem estágios intermediários. Segundo
os autores, não existe um tipo ideal de sistema gerencial que é aplicado em qualquer caso, mas que devem ser
continuamente adaptados às características ambientais. Essa é a principal ideia da Teoria da Contingência, a de que tudo
depende. A estratégia, a estrutura, a liderança, tudo dentro da organização depende do ambiente em que ela se encontra.

ESTRUTURA MECÂNICA ESTRUTURA ORGÂNICA

Especialização do trabalho Coordenação e equipes multifuncionais


Papéis determinados com tarefas específicas
Mecanismos de integração complexos
Hierarquia reforçada/centralização
Papéis complexos e fluidos

Padronização de tarefas Descentralização e autonomia


Símbolos de status e poder
Organização baseada em competência entre pares

Controles burocráticos Controles “frouxos”

12.8 – Estruturas de Mintizberb


Uma das mais importantes classificações de designs foi criada por Mintizberg. O autor definiu cinco partes básicas da
organização:
Núcleo operacional – composto por um grupo de pessoas que executam o trabalho básico de fabricar produtos e prestar
serviços.
Cúpula estratégica - composta por pessoas com total responsabilidade pela organização. Em geral, é composta pelo
principal administrador executivo – o presidente, superintendente.
Linha intermediária – composta por gerentes com autoridade formal que ligam a cúpula estratégica ao núcleo operacional.
Tecnoestrutura – composta pelos analistas que prestam serviços à organização delineando, planejando e alterando as
tarefas dos outros, de modo a torná-las mais eficazes.
Assessoria de apoio – composta pelas pessoas que prestam diversos serviços distintos das atividades-fim da organização.
Mintzberg também caracteriza como cinco os mecanismos de coordenação das tarefas de uma organização. São eles:
Ajustamento mútuo – coordenação do trabalho pelo simples processo da comunicação informal;
Supervisão direta – coordenação por intermédio de uma pessoa tendo a responsabilidade pelo trabalho dos outros, lhes
dando instruções e monitorando suas ações;
Padronização dos processos de trabalho – especificação e programação das execuções de trabalho;
Padronização dos resultados – especificação das saídas, dos resultados, como por exemplo, as dimensões do produto
ou o desempenho;
Padronização das habilidades dos trabalhadores – especificação do tipo de treinamento necessário para execução do
trabalho.

6.8.1 – Principais configurações para Mintzberg.


Estruturas Simples – também chamadas de organização empreendedora. É composta de uma cúpula estratégica pequena
e de um núcleo operacional. Possui poucos controles e formalização. O mais usual é o da pequena empresa.
Burocracia Mecanizada- é muito comum em grandes industrias que têm tecnologias de produção em massa. Existe uma
grande padronização dos processos de trabalho, que é repetitivo e especializado para possibilitar a utilização e o
treinamento de uma massa de trabalhadores desqualificada. É baseada da Burocracia Weberiana com formalização,
padronização e especialização do trabalho.
Burocracia Profissional – baseia-se na padronização de habilidades e não nos processos de trabalho. O núcleo
operacional tem muita importância ,assim como o staff de suporte.
Estrutura Divisionalizada – é um conjunto de organizações dentro de outra, ou seja, a descrição de um conglomerado de
empresas. Possui controle por resultado e uma pequena tecnoestrutura para controlar os resultados.

Adhocracia- configuração mais adequada para empresas envolvidas em setores dinâmicos, como aeroespacial, o de
consultorias e o cinematográfico. Não existe uma estrutura fixa, mas diversos profissionais altamente treinados, que são
agrupados de acordo com uma necessidade específica (por isso o termo ad hoc), portanto existe uma estrutura de projeto.
São orgânicas, flexíveis e dinâmicas, levando a um ambiente inovador e criativo.

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EXERCÍCIOS

1. FCC - AJ TRT18/TRT 18/Administrativa/"Sem Especialidade"/2023


Administração Geral e Pública - Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização,
Descentralização). Uma organização dotada de uma estrutura do tipo matricial possui como característica a existência de
órgãos
a) dotados de autonomia executiva, porém sem autonomia para apuração de resultados, esta que somente está presente
na estrutura funcional.
b) de existência limitada no tempo, vinculada a projetos, além dos órgãos de apoio funcional, estes últimos de natureza
permanente.
c) centrais, responsáveis pela execução de projetos e dotados de natureza permanente, e os de assessoramento, que
possuem natureza transitória.
d) alocados na estrutura sob o critério de departamentalização funcional por produtos, sem especialização de atribuições.
e) sujeitos a uma administração centralizada, dotados de baixa autonomia, ao contrário da estrutura divisional na qual
operam como centros de resultados.

2. FCC - AJ TRT4/TRT 4/Administrativa/"Sem Especialidade"/2022


Administração Geral e Pública - Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização,
Descentralização). Percebendo que cada unidade de uma determinada instituição poderia contar com um responsável
por TI descentralizado, ainda que mantivesse a usual subordinação hierárquica com a atual chefia, a diretoria pode
implementar a estrutura conhecida como
a) piramidal.
b) hierárquica.
c) funcional.
d) divisional.
e) matricial.

3. FCC - AJ TRT14/TRT 14/Administrativa/2022


Administração Geral e Pública - Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização,
Descentralização). A respeito dos tipos de estruturas organizacionais, pode-se apontar como traço distintivo do Modelo
Matricial, comparativamente ao Modelo Funcional, a
a) existência de órgãos de duração temporária, vinculados a projetos, o que lhe confere maior flexibilidade.
b) apuração de resultados de forma unificada, em uma estrutura central (matriz de resultados), o que confere maior controle
de custos.
c) departamentalização por produtos, de forma mecanicista, introduzindo o conceito de linha de montagem com ênfase na
produção.
d) departamentalização pelo critério geográfico, com a criação de filiais operacionais não dotadas de autonomia financeira,
visando maior capilaridade.
e) criação de uma matriz de gerenciamento de produção, que considera as variáveis geográfica, de custos e clientes,
tornando o modelo mais dinâmico.

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4. FCC - Ana Leg (ALAP)/ALAP/Atividade Administrativa/Administrador/2020


Administração Geral e Pública - Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização,
Descentralização). No que concerne às relações existentes nas estruturas organizacionais, a denominada autoridade de
linha corresponde
a) ao poder normativo exercido por determinados órgãos da organização, geralmente conselhos ou comitês.
b) àquela que o chefe de um órgão exerce diretamente sobre seus subordinados, integrantes deste órgão.
c) à função de zelar pelo cumprimento de regras e pela conformidade dos processos, típica das áreas de auditoria
e compliance.
d) àquela exercida por empregado do mesmo nível hierárquico dos liderados, sem envolver relação de subordinação.
e) à função de coordenação, própria de gestores de projetos, na qual a autoridade é estabelecida de forma provisória, com
duração vinculada a projeto ou ação específica.

5. FCC - Tec GP (PGE AM)/PGE AM/Administração/2022


Administração Geral e Pública - Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização,
Descentralização). Entre as principais abordagens da Administração insere-se a estrutura divisional, cujo principal teórico
é Alfred Sloan, tendo, como traço característico,
a) a interação da organização com o ambiente externo em que atua, apresentando-se como um sistema aberto em constante
aprimoramento.
b) a departamentalização da organização pelo critério de importância relativa da atividade em face do custo total de
produção.
c) a existência de unidades que operam com relativa autonomia, organizadas por produto, área geográfica ou clientela,
denominadas centros de resultados.
d) a existência de unidades de duração temporária, voltadas à consecução de projetos específicos.
e) a centralização de custos em uma unidade central e a departamentalização das demais atividades pelo critério geográfico.

6. Ano: 2017. Banca: Instituto de Seleção. Órgão: CREFITO - 1ª Região (PE, PB, RN e AL). Prova: Fiscal Fisioterapeuta.
Algumas desvantagens estão presentes na estrutura em rede. Dentre as assertivas abaixo, pode-se considerar como
desvantagens dessa estrutura organizacional:
I. Permite uma maior flexibilidade e adaptabilidade da organização ao ambiente complexo e mutável.
II. Estimula o desenvolvimento da competitividade global.
III. Dificuldade de criar uma cultura organizacional forte.

Parte superior do formulário


a) As alternativas I e II.
b) As alternativas I e III.
c) Apenas a alternativa II.
d) Apenas a alternativa III.
e) As alternativas I, II e III.

7. A LINHA-STAFF é o tipo de organização que resulta da combinação dois tipos: linear e funcional, buscando incrementar
as suas vantagens e reduzir as suas desvantagens. Quanto ao tipo de organização LINHA-STAFF é correto afirmar:
Parte superior do formulário
a) Existem três critérios para distinguir as organizações de LINHA-STAFF.
b) Existência de conflitos entre os órgãos de linha é uma vantagem da organização de LINHA-STAFF.
c) A organização LINHA-STAFF mantém o princípio da hierarquia (cadeia escalar).
d) Não existe separação entre os órgãos operacionais (executivos) e os órgãos de apoio e suporte (assessores).
e) Nos órgãos de LINHA-STAFF a medida que sobe a escala hierárquica diminui a proporção das funções de
assessoramento e aumenta as funções de serviço.

8. FGV - Anal (DPE MT)/DPE MT/Administrador/2015


Assunto: Introdução ao Processo de Organização (Desenho Organizacional, Centralização, Descentralização)
Relacione as partes básicas da organização, segundo Minztberg, às respectivas unidades organizacionais de uma
empresa fabril típica.

1. Núcleo Operacional
2. Tecnoestrutura
3. Assessoria de Apoio

( ) Pesquisa e Desenvolvimento e Relações Industriais.


( ) Planejamento Estratégico e Programação da Produção.
( ) Compradores e Despachantes.

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Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.


a) 2–3–1
b) 1–2–3
c) 3–2–1
d) 2–1–3
e) 3–1–2

- GESTÃS POR PROCESSO – FLUXO DE PROCESSO

13.1 - CONCEITO

Processo é um conjunto de atividades relacionadas entre si que, juntas, transformam um conjunto de entradas de um
sistema em saídas.

Processo é uma ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e no espaço, com um começo e um fim
identificados, assim como as entradas e as saídas.

De acordo com Davenport, um processo é uma série de atividades estruturadas para produzir um produto ou serviço para
um cliente ou mercado em particular. Um processo é um conjunto de atividades encadeadas, que devem ser realizadas
por pessoas e por máquinas. Um processo envolve atividades interligadas e interdependentes.

Gestão de Processo - gerenciamento de um processo específico, ou seja, a análise e melhoria de um fluxo de trabalho.
Gestão por Processo - É uma forma diferente de gerenciarmos uma empresa ou instituição. Neste modelo, não ficamos
focados nas necessidades de cada departamento, mas nas interdependências entre eles e nos fluxos de trabalho (os
processos).
Atenção!
“O modelo de organização orientado por processos passou a ser considerado como alternativa mais adequada para
promover uma maior efetividade organizacional.”
A ideia principal dos autores que propõem a gestão por processos é a de uma derrubada geral das barreiras internas da
empresa, de maior interação entre as diversas áreas (além de fornecedores e clientes), gerando uma visão do todo e um
melhor resultado.
A noção de organização e gestão de processos surge para resolver os problemas derivados da visão verticalizada da
organização.

De acordo com Gonçalves, as principais mudanças necessárias para que estas organizações mudem de uma gestão
tradicional para uma gestão por processos envolvem:
A definição das responsabilidades pelo andamento dos processos
A minimização das transferências internas (a troca de informações e materiais entre os setores)
A maximização do agrupamento de atividades conexas
A diminuição do gasto de tempo e energia

13.2 – TIPOS DE PROCESSOS


Processos de negócio são aqueles mais “centrais” para que a organização cumpra sua missão e atenda aos seus clientes.
São, portanto, os que caracterizam a atuação da empresa. Também chamado de Processos Finalísticos.
Características
Representam a essência do funcionamento da organização;
Confeccionam o produto ou serviço para o cliente externo;
Caracterizam a área de atuação da organização;
São muito diferentes de uma organização para outra;
Recebem suporte de outros processos internos.
Exemplos: fabricação do produto em uma fábrica ou atendimento dos pedidos do cliente em uma empresa de serviço.

Processos organizacionais são aqueles que integram todos os setores da instituição e viabilizam os subsistemas da
organização. São processos que não “aparecem” para os clientes externos, mas são vitais para que a organização
funcione. Também chamado de Processos Meio.
Características
Essenciais para a gestão efetiva da organização, garantindo o suporte adequado aos processos finalísticos.
Fabricam produtos invisíveis para os clientes externos;
São essenciais ao funcionamento efetivo do negócio;
Estão diretamente relacionados à gestão dos recursos necessários ao desenvolvimento de todos os processos.
Exemplos: contratação de pessoas, aquisição de bens e materiais e execução orçamentário-financeira, o processo de
faturamento, o processo de treinamento dos novos funcionários, contas a pagar e receber dentre outros.

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Processos gerenciais incluem todos os processos que facilitam a tomada de decisão gerencial, como os processos de
avaliação de desempenho, bem como as pesquisas de opinião.
Características
Medir, monitorar, controlar atividades e administrar o presente e o futuro do negócio.
Incluem as ações que os gerentes devem tomar para apoiar os processos de negócios.
Exemplos: definição de metas, definição de preços, acompanhamento do planejamento.

Em relação a geração de valor para o cliente os processos podem ser:

Processos Primários são os processos que geram os produtos e serviços desejados pelos clientes. Relacionam se com
os processos de negócio

Processo de suporte ou secundários são todos os demais - tornam possíveis os processos primários. Relacionam-se com
os processos organizacionais e gerenciais

Quanto ao fluxo de informação e decisão podem ser classificados:

Processos verticais esta classificação entende os processos como fluxos de informação e decisão que envolveriam fluxos
de “cima para baixo” ou de “baixo para cima”. Seriam relacionados, por exemplo, com o processo de planejamento
estratégico da instituição.

Processos horizontais são todos os processos principais, ou de negócio, que geram os produtos e serviços das
instituições, acompanham o fluxo de trabalho.

Os processos também podem ser:

Internos quando começam e terminam dentro da organização. Se não existirem dessa forma serão externos.

Transversais que são aqueles que atravessam diversas áreas da organização e até mesmo outras instituições
O BPM (Business Process Management) é um guia que trata do gerenciamento de processos de negócio.
O termo BPM, traduzido do inglês “Business Process Management”, quer dizer Gerenciamento de Processos de Negócio,
que representa uma nova forma de visualizar as operações de negócio, indo além das estruturas funcionais tradicionais.
Essa visão compreende todo o trabalho executado para entregar o produto ou serviço do processo, independentemente
de quais áreas funcionais, níveis organizacionais ou localizações estejam envolvidas.
Disciplina gerencial que integra estratégias e objetivos de uma organização com expectativas e necessidades de clientes,
por meio do foco em processos ponta a ponta. BPM engloba estratégias, objetivos, cultura, estruturas organizacionais,
papéis, políticas, métodos e tecnologias para analisar, desenhar, implementar, gerenciar desempenho, transformar e
estabelecer a governança de processos.” (ABPMP, 2013)
"O gerencimento de processos visa identificar, desenhar, executar, documentar, medir, MONITORAR, CONTROLAR e
MELHORAR processos de negócios automatizados ou não para ALCANÇAR os resultados pretendidos consistentes e
alinhados com as metas estratégicas de uma organização."

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O Enterprise Resource Planning − ERP é um software que integra informações de todos os setores da empresa em uma
plataforma única.

EXERCÍCIOS

1. Ano: 2018. Banca: FCC, Órgão: SABESP. Prova: Técnico em Gestão


As organizações modernas passaram a adotar a visão de trabalho em forma de processos, denotando evolução em
relação a modelos anteriores, como o funcional, onde predominava a fragmentação em departamentos por especialização
de atividades. Nesse contexto, constitui característica de um processo
a) inovação associada ao uso intensivo da tecnologia, com gerenciamento de tempo por meio do uso de ferramentas como
benchmarking.
b) singularidade associada à temporalidade, não englobando atividades rotineiras da organização.
c) ordenação específica de atividades, para transformar insumos em bens ou serviços, com identificação de inputs (entradas)
e outputs (saídas).
d) escopo claro, passível de subdivisão em tarefas ou pacotes de trabalho com responsáveis identificados.
e) sequência lógica de decisões no âmbito da organização, representada pelo seu organograma funcional.

2. FCC - Aud Fisc (SEFAZ BA)/SEFAZ BA/Tecnologia da Informação/2019


Administração Geral e Pública - Gestão por Processos (BPM CBOK, Ciclo PDCA, 6 Sigma etc.). O Business Process
Management (BPM)

I. possibilita a representação gráfica dos fluxos dos processos.


II. permite redesenhar e otimizar processos já padronizados.
III. utiliza o modelo vertical de gestão, centralizado no gestor do projeto.
IV. é um método de planejamento de recursos humanos.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) III e IV.
e) I, II e IV.

3. FCC - TJ TRT5/TRT 5/Administrativa/"Sem Especialidade"/2022


Administração Geral e Pública - Gestão por Processos (BPM CBOK, Ciclo PDCA, 6 Sigma etc.. Constitui um tipo de
processo nas organizações o
a) primário ou principal, de que resulta geração direta de valor para os clientes finais.
b) secundário ou organizacional, ligado a diretrizes, estratégias e coordenação dos demais processos.
c) gerencial, de que resulta geração direta de valor para os clientes finais.
d) gerencial, que propicia apoio e condições para o processo principal.
e) primário ou principal, ligado a diretrizes, estratégias e coordenação dos demais processos.

4. FCC - AGA (Pref Recife)/Pref Recife/2019


Administração Geral e Pública - Gestão por Processos (BPM CBOK, Ciclo PDCA, 6 Sigma etc.). O Business Process
Management – BPM ganhou ênfase nos anos 1990 como um paradigma da Gestão de Processos. Trata-se de
metodologia
a) que, diferentemente do Enterprise Resource Planning − ERP, considera que o processo não se restringe à execução do
sistema, mas pode ser adaptado pelas próprias áreas de gestão.
b) precursora do sistema de workflow, possuindo foco exclusivo na automação dos processos com uso intensivo da
tecnologia da informação.
c) que deu origem à reengenharia dos processos de negócios, partindo de um modelo horizontalizado e passando a aplicar
a verticalização da gestão.

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d) que introduziu o conceito de ciclo de melhoria contínua, sustentando a aplicação de uma técnica simples de controle de
processos que prescinde de sistemas informatizados.
e) aplicável apenas aos macroprocessos da organização, aplicando o conceito de top-down, segundo o qual os processos
intermediários não demandam controles específicos.

13.3 NÍVEIS DE DETALHAMENTO DOS PROCESSOS

O nível de detalhamento dos processos, do maior para o menor, pode ser definido assim: macroprocesso, processo,
subprocessos, atividade e tarefa.

Macroprocesso - gera um alto impacto e envolve, normalmente, diversas áreas da empresa.


Processo - somatório de atividades e/ou subprocessos inter-relacionados.
Subprocesso - é um processo que está inserido dentro de outro processo.
Atividade - são trabalhos executados nos processos.
Tarefa - é um elemento ainda menor. Uma parte específica de uma atividade ou subdivisão de algum trabalho.

13.4. MAPEAMENTO DE PROCESSO

O Mapeamento de processos é uma técnica geral utilizada por empresas para entender de forma clara e simples
como uma unidade de negócio está operando, representando cada passo de operação dessa unidade em termos de
entradas, saídas e ações

Esse mapeamento envolve 3 etapas:

1. Determinar o processo e a ferramenta de mapeamento utilizada


2. Determinar o nível de detalhe e as informações necessárias;
3. Verificação e Validação do mapa do processo;

O Mapeamento de Processo é uma ferramenta gerencial e de comunicação que tem a finalidade de ajudar a melhorar os
processos existentes ou de implantar uma nova estrutura voltada para processos.

O mapeamento também auxilia a empresa a enxergar claramente os pontos fortes, pontos fracos (pontos que precisam
ser melhorados tais como: complexidade na operação, reduzir custos, gargalos, falhas de integração, atividades
redundantes, tarefas de baixo valor agregado, retrabalhos, excesso de documentação e aprovações), além de ser uma
excelente forma de melhorar o entendimento sobre os processos e aumentar a performance do negócio.

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13.4.1 OBJETIVOS E TÉCNICAS


Objetivo do Mapeamento de Processos:
É buscar um melhor entendimento dos processos de negócios existentes e dos futuros para melhorar o nível de satisfação
do cliente e aumentar desempenho do negócio.
Técnicas de Mapeamento de Processos:

Entrevistas, questionários, reuniões e workshops;


Observação de campo;
Análise da documentação existente;
Análise de sistemas legados
Coleta de evidências.
A simulação de um processo serve para validar um modelo, ou seja, checar se o processo "desenhado" se comportará
como esperado na vida "real"

De acordo com Mello, as principais técnicas de mapeamento são:


SIPOC: é uma ferramenta usada por um time para identificar todos os elementos pertinentes de um projeto de melhoria
de processo antes de o trabalho começar. O próprio nome da ferramenta solicitará à equipe para considerar os F
ornecedores do seu processo (Suppliers ), as Entradas para o processo (Inputs ), o Processo que será melhorando
(Process ), as Saídas do processo (Outputs ) e os Clientes que recebem as saídas do processo (Customers ).

Blueprinting: representa um fluxograma de todas as transações integrantes do processo de prestação de serviço; A


principal característica é a apresentação de uma linha de visibilidade que separa as atividades onde os clientes observam
diretamente a prestação do serviço e as atividades em que não há essa observação direta.
Fluxograma: técnica que permite o registro de ações de algum tipo e pontos de tomada de decisão que ocorrem no fluxo
real.
Mapofluxograma: segundo Barnes (1982), o mapofluxograma é um fluxograma desenhado sobre a planta de um edifício
ou layout para visualizar melhor o processo.

Diagrama homem-máquina: tem por objetivo o estudo da inter-relação entre o trabalho do homem e o da máquina,
identificando os tempos ociosos de ambos e balanceando a atividade do posto de trabalho.

IDEF0 a IDEF9: Diagramas que representam um desenho do comportamento dos clientes.


Resultados obtidos com o mapeamento de processos
Melhor entendimento do negócio como ele é e como ele deve ser.
É possível analisar e melhorar os processos de negócio
Requisitos mais claros, tornando o desenvolvimento de sistemas mais fácil de gerenciar.
Redução do tempo de execução
Melhoria da qualidade
Padronização

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Melhoria de Processo

13.4.2 - TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS


De acordo com o CBOK, existem diversas técnicas para a captura das informações necessárias ao mapeamento e
modelagem de processos de trabalho. As principais são:
Observação direta - é uma boa alternativa para entender em detalhes o processo atual. Possibilita descobrir atividades e
tarefas que não poderiam ser reconhecidas de outra maneira e pode ser efetiva para identificar variações e desvios que
ocorrem no trabalho diário.
Entrevistas - podem criar um senso de propriedade e participação no processo de modelagem e documentação de
processos de negócio. Tal abordagem requer um mínimo de tempo e interrupção
do trabalho do dia-a-dia dos participantes.
Observação e feedback por escrito - requer tempo e interrupção na execução das tarefas. Normalmente, informações
podem ser coletadas dessa forma. Entretanto, frequentemente tende a apresentar as mesmas dificuldades encontradas
em entrevistas individuais, tais como tomada de mais tempo, falta de alguma informação, tempo gasto reconciliando
diferenças de opinião ou quando o mesmo trabalho tem sido descrito de forma diferente por pessoas diferentes, podendo
demandar acompanhamento.
Workshops estruturados - são focados, facilitando reuniões quando houver suficientes profissionais com conhecimento e
pessoas impactadas pelo assunto, reunidos para criar o modelo de forma interativa.
Videoconferência - pode ser utilizada para ganhar muitos dos mesmos benefícios que os workshops presenciais oferecem,
mas funciona melhor com resultado com grupos menores.

EXERCÍCIO

137.FCC - Ana Proc (PGE BA)/PGE BA/Administrativo/2013. Na visão contemporânea da gestão de organizações por
processos.
a) o foco são os processos, diretamente responsáveis pela satisfação do cliente-fornecedor.
b) subprocessos são tarefas tipicamente executadas por um departamento.
c) as decisões são tomadas pelas gerências diretamente responsáveis pelos processos.
d) o objetivo central é o redesenho de processos, estruturas organizacionais, sistemas de informação e valores da
organização.
e) a prioridade é a racionalização de processos por meio da redução de níveis hierárquicos desnecessários.

138.Banca: FCC. Órgão: CNMP. Prova: Analista do CNMP - Gestão Pública. Dentre as técnicas de mapeamento de
processos está o [...], que focaliza as necessidades e experiências do cliente, pois gera evidências tangíveis do serviço.
A lacuna é corretamente preenchida por:
a) Mapeamento Lean (porta a porta).
b) Diagrama de Causa e Efeito.
c) Mapofluxograma.
d) Blueprinting.
e) Fluxograma de processo.

139.FCC. Na tabela abaixo estão retratadas algumas ferramentas utilizadas no mapeamento de processos e a respectiva
definição de cada uma delas.

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A correta correlação entre ferramentas e sua respectiva definição consta em:

a) a-III; b-IV; c-I; d-II. b) a-II; b-IV; c-III; d-I. c) a-IV; b-I; c-II; d-III. d) a-II; b-III; c-IV; d-I.
e) a-I; b-IV; c-III; d-II.

140.FCC - ADP (DPE SP)/DPE SP/Administrador/2010


Assunto: Gestão de processos

A metodologia de administração de processos que realiza o desenho de fluxogramas de todas as atividades executadas
por todos os cargos pertencentes a força de trabalho com o objetivo de reconhecer as incongruências e corrigi-las em
tempo é conhecida como

a) brainstorming.
b) balanced scorecard.
c) melhoria contínua.
d) reengenharia.
e) mapeamento de processos

141.FCC - ADP (DPE SP)/DPE SP/Administrador. Assunto: Gestão de processos. O ponto crucial na análise de processos
de trabalho é a determinação

a) dos processos críticos da organização.


b) da lacuna de competências.
c) do organograma funcional da organização.
d) do clima organizacional.
e) dos pontos fortes e oportunidades de negócios.

13.5 - MODELAGEM DE PROCESSO


A modelagem de processos da organização pode ser compreendida como o conjunto de atividades necessárias para
redesenhar e documentar os processos de trabalho anteriormente mapeados.

O padrão atualmente utilizado para a modelagem (ou redesenho) de processos é o BPMN (Business Process Modeling
Notation). Este é um modo de facilitar a visualização de um processo e construir o fluxograma.
As principais “notações” são as seguintes:

Em suma, temos:

• Planejamento: as necessidades de alinhamento estratégico dos processos.

• Análise do processo: procura-se identificar os papéis, as metodologias, as expectativas e metas. Identificam-se


também os pontos críticos e essenciais e demais particularidades dos processos.

• Desenho do processo: criação de especificações para os processos.

• Modelagem de processos: representação gráfica do processo, facilitando o entendimento de todos os envolvidos


(é nessa etapa que se usa a ferramenta fluxograma).

• Implementação: torna o desenho da modelagem real.

• Monitoramento: acompanha o dia a dia do processo.

• Refinamento: utiliza as informações do monitoramento para transformar e melhorar o processo.

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Normalmente, fazemos dois tipos de diagrama: um antes de propormos modificações e outro com as mudanças propostas.
Eles são identificados como “AS-IS” E “TO-BE”.
O primeiro deles é chamado de “AS-IS” (“como está” em inglês) e descreve como o processo funciona no momento, sem
nenhuma alteração proposta. Serve como uma “linha de base” para entendermos quais são os atores que atuam no
processo e quais as decisões tomadas.
Após a análise da equipe, é proposto um segundo diagrama que contém as modificações propostas: o diagrama “TO-BE”
(“como será” em inglês). Este novo fluxograma vai incorporar, portanto, as melhorias necessárias para que o processo
funcione melhor.
Com os dois diagramas na mão, os gestores terão maior facilidade para verem quais são as deficiências no processo
atual e buscar alterá-lo e melhorá-lo.

13.6-GERENCIAMENTO DOS PROCESSOS

O gerenciamento de processos do BPM é estabelecido com base em um ciclo de vida contínuo para os processos. O
menciona um ciclo de vida com atividades que tipicamente são abordadas pela literatura, incluindo:

1. Planejamento

É a primeira etapa do ciclo de gerenciamento de processos. Aqui que o plano e a estratégia dirigida aos processos da
organização são elaborados, estabelecendo a estratégia e o direcionamento do gerenciamento de processos.

A estrutura e o direcionamento dos processos centrados no cliente são baseados no plano.

É aqui também que são identificados os papéis e responsabilidades organizacionais de gerenciamento de processos, o
patrocínio executivo, metas, expectativas quanto à medição do desempenho e as metodologias a serem utilizadas.

2. Análise

Após considerar as metas e objetivos desejados, a análise dos processos busca entender os processos atuais, também
chamados de AS IS (do inglês - “como é” - em oposição aos processos a serem implementados no futuro, chamados de
TO BE “como será”), no contexto das metas e objetivos desejados.

A análise dos processos leva em conta diferentes metodologias para facilitar as atividades de identificação do contexto e
de diagnóstico da situação atual, que constituem o foco desta etapa.

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Nessa etapa são vistos alguns pontos como: objetivos da modelagem de negócio, ambiente do negócio que será
modelado, principais stakeholders e escopo da modelagem de processos relacionados com o objetivo geral.

3. Desenho e modelagem;

Essa etapa está voltada para o desenho intencional e cuidadoso dos processos de negócio para entrega de valor ao
cliente.

Desenho é Criação de especificações para processos de negócio novos ou modificados no contexto dos objetivos de
negócio, objetivos de desempenho de processos, aplicações de negócio, plataformas tecnológicas, recursos de dados,
controles financeiros e operacionais, e integração com outros processos

Modelagem “fase onde ocorre a representação do processo presente exatamente como o mesmo se apresenta na
realidade, buscando-se ao máximo não recorrer à redução ou simplificação de qualquer tipo”.

4. Implementação

A implementação nada mais é do que a realização do desenho do processo de negócio aprovado. Ela se dá através de
procedimentos e fluxos de trabalho documentados, testados e operacionais.

5. Monitoramento e controle;

Esta etapa busca fornecer informações-chave de desempenho de processos através de métricas ligadas às metas
estabelecidas e ao valor para a organização. A análise do desempenho realizada nesta etapa pode fazer com que se
desenvolvam atividades de melhoria, redesenho ou reengenharia, por exemplo.

6. Refinamento;
O refinamento se refere aos ajustes e melhorias pós-implementação de processos, tendo como base os indicadores e
informações-chave de desempenho.

- NÍVEL DE MATURIDADE EM PROCESSOS


Para avaliar a “maturidade” de cada organização no desenvolvimento de seus processos, foi desenvolvido um modelo
de maturidade de processos de negócio, o Business Process Maturity Model.

13.7.1 Visão CBOK

O CBOK, em sua versão 2.0, trazia um modelo dividido em cinco níveis de maturidade. Os estágios eram os seguintes:
inicial, gerenciado, padronizado, previsível e otimizado.

NÍVEIS DE MATURIDADE
Os processos são executados de maneira ad-hoc, o gerenciamento não é consistente e é
INICIAL
difícil prever os resultados.
A gestão equilibra os esforços nas unidades de trabalho, garantindo que sejam executados
de modo que se possa repetir o procedimento e satisfazer os compromissos primários dos
GERENCIADO
grupos de trabalho. No entanto, outras unidades de trabalho que executam tarefas
similares podem usar diferentes procedimentos.
Os processos padrões são consolidados com base nas melhores práticas identificadas
PADRONIZADO pelos grupos de trabalho, e procedimentos de adaptação são oferecidos para suportar
diferentes necessidades do negócio
As capacidades habilitadas pelos processos padronizados são exploradas e devolvidas às
unidades de trabalho. O desempenho dos processos é gerenciado estatisticamente
PREVISÍVEL
durante a execução de todo o workflow, entendendo e controlando a variação, de forma
que os resultados dos processos sejam previstos ainda em estados intermediários.
Ações de melhorias proativas e oportunistas buscam inovações que possam fechar os
OTIMIZADO gaps entre a capacidade atual da organização e a capacidade requerida para alcançar
seus objetivos de negócio.

Este modelo, entretanto, foi revisado na terceira versão do CBOK. Deste modo, este guia de conhecimentos no
gerenciamento de processos de trabalho atualmente indica outros cinco estágios de maturidade: inicial, gerenciado,
definido, gerenciado quantitativamente e em otimização.

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13.7.2 Visão SDPS

(Society for Design and Process Science). Esta visão de maturidade de processos segue a definição de seu ciclo de
gestão, ou seja, os níveis estão relacionados com cada uma das etapas do conhecimento dos membros envolvidos e da
minimização dos riscos de efeitos indesejados nos processos.

NÍVEIS DE MATURIDADE
Os processos são identificados a partir de seus valores, de seus impactos / motivações /
PROCESSOS características, de seus papéis (valor adicionado, insumo, referência, infraestrutura), das
MODELADOS sincronias envolvidas (critérios, condições / ações, atividades) e de seus efeitos
colaterais.
Os processos são simulados a partir da introdução de dados estimados (quantidades,
filas, tempos de espera, tempos de transformação, distribuições estatísticas, valores
PROCESSOS
máximo / mínimo / médio, etc) que nos permitem a criação e a análise de cenários
SIMULADOS
distintos, reduzindo os riscos da implantação e induzindo, quando necessário, mudanças
nos modelos de processos.
Os processos são emulados a partir da coexistência de dados da realidade junto aos
PROCESSOS
dados estimados, permitindo um maior refinamento dos cenários e dos possíveis
EMULADOS
impactos e, novamente, minimizando a possibilidade de efeitos indesejáveis.
Os processos são realizados conforme os modelos desenhados, simulados e emulados,
PROCESSOS
e a observação das novas condições exigidas pela realidade induz a permanentes
ENCERRADOS
adequações dos requisitos de processo.
Os processos são executados e geridos além das fronteiras organizacionais,
PROCESSOS
promovendo cadeias de valor entre instituições como, por exemplo, no caso da
INTEROPERADOS
execução de políticas públicas.

EXERCÍCIO

1. Banca: FCC. Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT). Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa. O denominado Ciclo PDCA
pode ser entendido como um método ou técnica para controle de processos que
a) é focado no gerenciamento de riscos, com aplicação de instrumentos de compliance.
b) é pautado pela redução de custos e otimização dos recursos humanos e materiais existentes.
c) tem como objetivo a drástica redução do tempo necessário para o cumprimento de todas as etapas do processo.
d) contempla, entre outras etapas, a de controle e a corretiva, buscando a minimização de erros.
e) propõe a redução de interfaces e o estabelecimento de um fluxo horizontal de ações e decisões.

2. FCC - AJ TRT15/TRT 15/Apoio Especializado/Odontologia (Endodontia)/2015


Assunto: Gestão de processos
O denominado Ciclo PDCA, também conhecido como Ciclo da Melhoria Contínua,
a) analisa os processos com vistas a realizá-los de maneira otimizada, envolvendo as etapas de planejamento, execução,
controle e avaliação.
b) é um instrumento de gerenciamento de projetos, que contempla planejamento, desenvolvimento, controle e atualização.
c) consiste em uma metodologia de avaliação de desempenho individual, vinculada a um projeto de constante
desenvolvimento e aprimoramento.
d) corresponde a método de gestão corporativa com dinâmicas de capacitação e aprendizagem.
e) é um programa de excelência em gestão pública introduzido no âmbito da reforma voltada à implantação do modelo
gerencial.

3. FCC - AJ TRT14/TRT 14/Administrativa/2022


Administração Geral e Pública - Gestão por Processos (BPM CBOK, Ciclo PDCA, 6 Sigma etc.)
De acordo com a sistemática de análise de processos preconizada pela Society for Design and Process Science (SDPS),
os denominados processos encenados correspondem àqueles
a) executados de maneira ad hoc, com gerenciamento inconsistente e apresentando resultados heterogêneos, o que dificulta
sua classificação em termos de maturidade.
b) que apresentam alto nível de falhas, demandando intervenções para melhorias ou mesmo expurgo, eis que não agregam
efeitos positivos na cadeia de valor da organização.
c) utilizados como paradigma (modelo ideal ou modelo referente) para medição do grau de maturidade dos processos
mapeados na organização.
d) que não correspondem a processos propriamente ditos, mas apenas a uma sequência de atividades que não geram
produtos ou serviços.
e) realizados conforme os modelos desenhados, simulados e emulados, sendo que a observação das novas condições
exigidas pela realidade induz a permanentes adequações dos requisitos de processo.

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4. FCC - Ana Leg (ALESE)/ALESE/Apoio Técnico Administrativo/Administração/2018. Assunto: Gestão por Processos (BPM
CBOK, Ciclo PDCA, 6 Sigma etc.) . Suponha que, como resultado de um diagnóstico realizado por consultoria
especializada utilizando os paradigmas da Society for Design and Process Science (SDPS), os processos de trabalho de
determinada organização tenham sido classificados como “emulados”. Isso significa, de acordo com os padrões
preconizados pela SDPS, que o grau de maturidade de tais processos é
a) intermediário, correspondente ao Nível 3 de uma escala até 5.
b) alto, considerando a perfeita identificação de todas as etapas.
c) irrisório, sequer podendo ser considerado um processo propriamente dito.
d) baixo, ensejando, em face de sua padronização, efeitos indesejados.
e) excelente, correspondendo ao último Nível da escala, com alto grau de refinamento.

5. Banca: FCC. Órgão: DPE-RS. Prova: Analista – Administração. Ao adotar metodologia de gestão por processos, um dos
conceitos básicos que se coloca para a organização é a identificação do grau de maturidade de seus processos. De
acordo com a classificação proposta pela Society for Design and Process Science – SDPS, o nível mais avançado de
maturidade corresponde aos denominados processos
a) interoperados, executados e geridos com elevado grau de conhecimento das equipes envolvidas e minimização de riscos
e efeitos indesejados.
b) padronizados, a partir da adoção de manuais e metodologias aplicadas por equipes externas de consultoria
especializada.
c) modelados, quando ocorre a importação, pela organização, de modelos de processos cuja eficiência e eficácia são
consagradas.
d) emulados, que replicam, no âmbito interno da organização, as melhores práticas identificadas no mercado, utilizando o
conceito de benchmarking.
e) gerenciados, baseados no conceito de workflows, decorrentes do mapeamento e aprimoramento do fluxo dos processos
repetitivos da organização.

6. FCC - Ass Adm Fom (AFAP)/AFAP/2019


Administração Geral e Pública - Gestão por Processos (BPM CBOK, Ciclo PDCA, 6 Sigma etc.). O grau de maturidade
no gerenciamento de processos em uma organização pode ser aferido a partir da aderência às melhores práticas
preconizadas por entidades especializadas. Entre tais entidades, a Society for Design and Process Science considera
que os denominados processos interoperados
a) são também denominados macroprocessos, agregando processos primários e secundários e demandando práticas
gerenciais mais avançadas.
b) estão no nível intermediário de maturidade, não gerando cadeias de valor entre instituições e sendo restritos às áreas
operacionais da organização.
c) situam-se no nível mais precário de maturidade, carecendo de padronização e apresentando falhas repetitivas na sua
execução.
d) correspondem ao mais alto nível de maturidade, onde os processos são executados e geridos além das fronteiras
organizacionais.
e) são também denominados subprocessos, correspondentes a uma parte específica de um processo mais amplo, passível
de gerenciamento autônomo.

7. Banca: FCC. Órgão: Copergás – PE. Prova: Analista Administrador. O diagnóstico do grau de maturidade dos processos
de determinada organização apontou que as práticas de gestão e gerenciamento dos processos estabelecidos
correspondia, de acordo com a classificação da Society for Design and Process Science – SDPS, aos denominados
processos encenados, o que significa o
a) grau mais precário de gerenciamento, que não corresponde a um processo propriamente dito, sendo executados de
maneira ad-hoc, sem previsibilidade.
b) segundo nível de maturidade, no qual os processos são simulados a partir da introdução de dados estimados, que
permitem a criação e a análise de cenários distintos.
c) grau mais avançado de maturidade, presente quando os processos são executados e geridos além das fronteiras
organizacionais, promovendo cadeias de valor entre instituições.
d) terceiro nível de maturidade, quando os processos são emulados a partir da coexistência de dados da realidade junto aos
dados estimados, minimizando a possibilidade de efeitos indesejados.
e) quarto nível da maturidade, quando os processos são realizados conforme os modelos desenhados, simulados e
emulados, e a observação das novas condições exigidas pela realidade induz a permanente adequação dos requisitos
do processo.

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13.8 - FERRAMENTAS DE MELHORIA DE PROCESSOS

CICLO PDCA

Foi desenvolvido por Walter A. Shewart na década de 20, mas começou a ser conhecido como ciclo de Deming em 1950,
por ter sido amplamente difundido por este. É uma técnica simples que visa o controle do processo, podendo ser usado
de forma contínua para o gerenciamento das atividades de uma organização.

O Ciclo PDCA tem como objetivo exercer o controle dos processos, podendo ser usado de forma contínua para seu
gerenciamento em uma organização, por meio do estabelecimento de uma diretriz de controle (planejamento da
qualidade), do monitoramento do nível de controle a partir de padrões e da manutenção da diretriz atualizada,
resguardando as necessidades do público alvo.

PLANEJAR O planejamento é a primeira etapa de um processo. Os demais passos dependem fundamentalmente deste
sendo que este consiste do projeto do produto e suas demais implicações para o correto andamento do processo de
desenvolvimento.
EXECUTAR A segunda etapa do processo de desenvolvimento de qualquer novo produto, metodologicamente é a
execução. Esta consiste de colocar em pratica as definições e demais circunstâncias desenvolvidas na primeira fase do
processo, ou seja, esta consiste essencialmente da fabricação do produto que foi projetado.

VERIFICAR – A terceira etapa do processo é a verificação. Fundamentalmente, para que o produto e todo o processo
estejam de comum acordo com as duas etapas anteriores, a verificação deve ser executada.
AÇÃO CORRETIVA – A quarta e última etapa do Ciclo PDCA é a ação. Corretiva ou mesmo preventiva, esta faz parte da
filosofia kaisen, que são as pequenas e constantes melhorias, e é uma etapa fundamental para que realmente haja o
espírito kaisen dentro do processo de desenvolvimento. A partir daí, o Ciclo PDCA é reiniciado, com várias melhorias que
deverão ser constantes.
DIAGRAMA DE CAUSA-EFEITO
Levantar possíveis causas para problemas

O diagrama de Causa e Efeito é a representação gráfica das causas de um fenômeno. Este diagrama é utilizado quando
precisamos estudar as possíveis causas de um problema.
Ele é chamado de “causa e efeito” exatamente por isso – nos auxilia a entender essa relação entre as causas e os efeitos.
É também conhecido como Gráfico “Espinha de Peixe”, Diagrama de Ishikawa 6M.

Este diagrama é utilizado para mostrar de maneira objetiva os fatores de um determinado assunto e apontar suas
características. Este assunto pode ser um problema que esteja acontecendo na empresa ou uma possível melhoria que
se queira realizar.

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O método de desenvolvimento do diagrama é o seguinte:


Defina o assunto e coloque-o na ponta da seta central (efeito ou problema);

Ramifique a seta central em causas ou fatores, sendo que cada um deles deverá ser específico por assunto como: método,
máquina, mão-de-obra, matéria-prima, recursos (money), meio-ambiente, medida e gerenciamento. Esses fatores, por
princípio, deverão estar atuando sobre o assunto em questão (efeito ou problema).

Subdivida novamente, esses fatores (causas) em sub-causas e assim por diante.

Para identificar qual a causa (fator) e as sub-causas responsáveis pelo problema, é necessário analisar todas as
possibilidades podendo as vezes, um problema ser decorrente de várias causas e sub-causas.
Para a gestão da qualidade, ele é muito importante para que os envolvidos no problema possam visualizar todos os
fatores que podem estar provocando os defeitos.
Com isso, é possível ampliar a visão das possíveis causas de um problema para que se possa pensar sobre sua resolução.
A fácil visualização é uma de suas grandes vantagens, pois as causas e subcausas são estruturadasde modo a formar
um gráfico parecido com uma espinha de peixe.
PROGRAMA 5S
O 5S ou Programa 5S como também é conhecido, é um conjunto de cinco conceitos simples que, ao serem praticados,
são capazes de modificar o seu humor, o seu ambiente de trabalho, a maneira de conduzir suas atividades rotineiras e
as suas atitudes.

A terminologia de cada "S" é da seguinte maneira:


1º S - Senso de Utilização
2º S - Senso de Ordenação
3º S - Senso de Limpeza
4º S - Senso de Asseio
5º S - Senso de Autodisciplina

As atividades são divididas em: sensibilização e perpetuação.


Sensibilização: educação e treinamento de todos os colaboradores em temática, origem e concepção.
Perpetuação: aplicação dos últimos 2S (Seiketsu, Shitsuke).
1ª. Fase: Sensibilização: Fixam-se cartazes nas dependências da empresa com o objetivo de sensibilizar os
colaboradores, suscitando sua curiosidade. Nesta fase, cria-se um símbolo para a campanha. Pode-se também escrever
mensagens nos contra-cheques. Estrutura-se o plano de ação (apresentação a todos os colaboradores). Em seguida,
acontece a “semana da limpeza” ou “ dia da limpeza”. Esta etapa é conduzida por multiplicadores (colaboradores de cada
área, indicados pelas chefias), cuja incumbência é transmitir informações aos demais colegas e alertá-los quanto aos
principais pontos a serem observados na “semana da limpeza”.
2ª. Fase: Perpetuação: Equivale à aplicação dos últimos 2S (padronização, disciplina), que dá o suporte formal para a
perpetuação do processo, a fim de tornar a prática do 5S uma constante no dia-a-dia do colaborador, não só no ambiente
organizacional mas também em casa. São criadas as comissões 5S, que irão definir as condições ideais de trabalho, e
os grupos de auditoria do 5S, que estabelecerão a pontuação correspondente aos itens planejado versus realizado.
Os principais benefícios da metodologia 5S são:
Redução de despesas e melhor aproveitamento de materiais, pois a acumulação excessiva de materiais estimula a
desorganização.
Melhoria da qualidade de produtos e serviços
Redução de acidentes do trabalho
Maior satisfação das pessoas com o trabalho
KAIZEN
“Hoje melhor do que ontem, amanhã melhor do que hoje!”
O termo Kaizen significa Kai: mudar e Zen: bem, o que traduz o conceito de melhorar continuamente.
Esta melhoria está associada tanto a vida pessoal, doméstica, social e profissional e sua base fundamental é a melhoria
incremental.
As atividades de Kaizen estão relacionadas ao Controle de Qualidade Total ? TQC (Total Quality Control), e para serem
desenvolvidas, é necessário o envolvimento dos gerentes, supervisores e trabalhadores em todas as áreas da
organização. Desta forma, haverá melhoria de desempenho de todos os níveis, eliminação dos desperdícios, diminuição
dos erros e outros fatores que afetam a produtividade. Para ser eficiente, o Kaizen precisa contar com o apoio da diretoria,
pois caso contrário seu crescimento e sua prática não ocorrerão.
O Kaizen procura alcançar a melhoria contínua em todos os níveis do processo, melhorando a produtividade e a
qualidade, com o mínimo custo possível e em muitos casos, a custo zero, proporcionando a melhoria da qualidade dos
produtos e serviços da organização e melhorando a satisfação de seus clientes internos e externos.
MASP
O MASP (Método de Análise e Solução de Problemas) é um método gerencial utilizado tanto na manutenção, como
também na melhoria das ações, utiliza o PDCA como ferramenta para a solução de problemas.
Sequência do MASP:

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Problema: identificar o problema;


Observação: apreciar as características do problema;
Análise: determinar as causas principais;
Plano de ação: conceber um plano para eliminar as causas;
Ação: agir para eliminar as causas;
Verificação: confirmar a eficácia da ação;
Padronização: eliminar definitivamente as causas;
Conclusão: recapturar as atividades desenvolvidas e planejar para o futuro.
O MASP utiliza o PDCA como ferramenta para a solução de problemas. O MASP e o PDCA são ferramentas eficazes
utilizadas por muitas empresas, que em conjunto, atuam na causa dos problemas e melhoram a efetividade dos processos
organizacionais.
ABC e ABM.

O custeio baseado em atividade (metodologia ABC = Activity Based Costing / não confundir com a Curva ABC de Pareto!!!)
é uma metodologia de medição dos custos e do desempenho que está baseada nas atividades desenvolvidas no processo
de produção. Trata-se, em outras palavras, de
identificar e alocar os custos dos processos.

O gerenciamento baseado em atividade (metodologia ABM = Activity Based Management), por sua vez, está focado
sobre o gerenciamento das atividades dentro dos processos utilizando as informações de custos ABC para buscar
melhorar de forma contínua o valor gerado para os clientes pelos processos de negócio da organização, assim como
melhorar o lucro obtido pela organização ao prover os clientes com saídas de valor.

REENGENHARIA
Surgiu na década de 1990 como uma resposta as intensas mudanças globais ocorridas nos cenários econômicos,
tecnológicos e cultural.
De acordo com Hammer e Champy, a reengenharia é:
“o repensar fundamental e a reestruturação radical dos processos empresariais que visam alcançar drásticas melhorias
em indicadores críticos e contemporâneos de desempenho, tais como custos, qualidade, atendimento e velocidade.”
A reengenharia parte do ponto zero, ou seja, o gestor deve “começar de novo”. O problema aqui não é a busca de melhorar
o que já existe, mas questionar o quê é feito, por quem é feito, porque é feito, para quem, etc.
Segundo Paludo: “A reengenharia é uma forma de intervenção estratégica para adaptar as organizações às mudanças
no ambiente em que atuam”.
Atenção:
A reengenharia poderá abranger uma área apenas, ou toda a organização.
A reengenharia não busca consertar nada! Ela busca melhorias radicais nos processos.

Objetivos principais da reengenharia:


Aumentar a qualidade dos produtos e serviços.
Aumentar a satisfação dos clientes quanto aos produtos e serviços.
Ampliar a competitividade da organização.
Aumentar a produtividade, reduzir custos e aumentar o lucro.
Melhorar a flexibilidade e facilitar adaptação às mutações no ambiente.
Facilitar e simplificar as operações.

O que a Reengenharia não é?


A reengenharia não é um sinônimo de automação de processos.
A reengenharia também não se trata de um downsizing ou de
uma reestruturação pura e simples. De acordo com os autores, o downsizing é fazer menos com menos. Já a reengenharia
é fazer mais com menos!
A reengenharia não se relaciona com a Gestão pela Qualidade Total. A reengenharia não busca melhorar o que existe, e
sim “começar do zero”! Portanto, não se relaciona com os programas de melhoria da qualidade.

SISTEMA ENTERPRISE RESOURCE PLANNING (ERP)


trata-se de um software integrado de gestão empresarial que reúne numa única solução as informações gerenciais dos
setores de uma empresa e por cuidar das atividades diárias (ações de curto prazo) de uma organização reúne os dados
no nível operacional. O uso do ERP facilita a gestão e a implementação do conjunto de indicadores de desempenho, pois
facilita a quantificação dos serviços prestados, bem como a automação dos processos de negócios.
De acordo com Szabo (2015),
“Um sistema dito ERP tem a pretensão de suportar todas as necessidades de informação para a tomada de decisão
gerencial de um empreendimento como um todo”.

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EXERCÍCIOS

1. FCC - TJ TRT4/TRT 4/Administrativa/"Sem Especialidade"/2022


Administração Geral e Pública - Gestão por Processos (BPM CBOK, Ciclo PDCA, 6 Sigma etc.). É assentada entre os
estudiosos a conveniência de estudar o chamado ciclo PDCA também conhecido como “roda de
a) Deming” e segue o acrônimo plan, do, check e act.
b) Maslow” e segue o acrônimo plan, do, check e act.
c) Deming” e segue o acrônimo “planejar”, “direcionar”, “controlar” e “antecipar”.
d) Maslow” e segue o acrônimo “planejar”, “direcionar”, “controlar” e “antecipar”.
e) Fayol” e segue o acrônimo “planejar”, “direcionar”, “controlar” e “antecipar”.

2. FCC - TJ TRT4/TRT 4/Administrativa/"Sem Especialidade"/2022


Administração Geral e Pública - Gestão por Processos (BPM CBOK, Ciclo PDCA, 6 Sigma etc.). O denominado Ciclo
PDCA consiste
a) em uma ferramenta para gerenciamento de projetos, que identifica o caminho crítico para a execução de suas etapas e
busca eliminar os obstáculos.
b) em uma técnica usada para controle de processos de trabalho buscando melhoria contínua, com planejamento, execução,
controle e correção, buscando evitar erros lógicos.
c) nas etapas verificadas no planejamento estratégico de uma organização, divididas entre diagnóstico interno e externo.
d) no caminho percorrido para gestão de pessoal de uma organização buscando o alinhamento a seus objetivos estratégicos
através de ações de desenvolvimento e aprimoramento.
e) em um sistema automatizado de controle de projetos e de processos, voltado à verificação de conformidade (compliance).

3. FCC - AGA (Pref Recife)/Pref Recife/2019


Administração Geral e Pública - Gestão por Processos (BPM CBOK, Ciclo PDCA, 6 Sigma etc.). Em uma organização
que pretenda adotar a Gestão por Processos, afigura-se fundamental, na etapa de mapeamento, obter a representação
gráfica dos processos identificando as atividades e os pontos de decisão e permitindo comparar o processo gráfico com
o real. Para tal escopo, a ferramenta mais pertinente é
a) o Fluxograma.
b) a Matriz SWOT.
c) a Curva ABC.
d) o Benchmarking.
e) o Diagrama de Pareto.

4. FCC - AJ TRT18/TRT 18/Administrativa/"Sem Especialidade"/2023


Administração Geral e Pública - Diagrama de Causa e Efeito – Ishikawa. No âmbito da gestão de processos em uma
organização, podem ser utilizadas diferentes ferramentas e metodologias, entre as quais o Diagrama de Ishikawa, o qual
a) apresenta-se como uma matriz de quatro quadrantes, sendo dois deles ligados aos fatores internos (mão de obra e
método de produção) e dois aos externos (fornecedores e clientes).
b) parte dos efeitos dos problemas para a identificação das causas que os provocam, colocando-as em grau de importância
na forma de uma representação gráfica semelhante a uma espinha de peixe.
c) é representado em plano cartesiano, tendo como eixo horizontal as causas que mais se repetem nas falhas identificadas,
e no vertical a frequência das falhas ocorridas, o que permite identificar as maiores correlações entre os dois eventos.
d) adota a forma de um fluxograma com todos os inputs (entradas) e outputs (saídas) envolvidos em um processo, tendo
por objetivo a aplicação de ações avaliativas e corretivas.
e) sustenta que 80% do volume dos problemas de uma organização é constituído por apenas 20% de eventos causadores,
em relação aos quais deve-se dirigir a atenção e ações preventivas e corretivas.

5. FCC - Ana Leg (ALAP)/ALAP/Atividade Administrativa/Administrador/2020


Administração Geral e Pública - Plano 5W2h. Suponha que determinada empresa pretenda lançar uma nova linha de
produtos e, para consecução de tal objetivo, esteja cogitando utilizar a conhecida ferramenta 5W2H. Considerando as
características e finalidades dessa ferramenta, tal utilização
a) não se afigura pertinente, eis que se trata de ferramenta comumente utilizada para administração de materiais e gestão
de estoques, não apresentando aplicação para outras finalidades.
b) não faz sentido, pois se trata de ferramenta de controle de qualidade para itens já em produção, com normatização das
etapas correspondentes e certificação do processo.
c) poderá ser útil, desde que tal objetivo se encontre previsto no planejamento estratégico da empresa, eis que tal ferramenta
é voltada à mensuração de metas, com a utilização de indicadores de resultado.
d) auxiliará no planejamento para consecução do objetivo, com a identificação do que será feito; por que será feito; onde,
por quem, quando e como será feito, e quanto vai custar.
e) auxiliará a empresa especificamente no processo de benchmarking, com a identificação de cases de sucesso no setor
mercadológico em que pretende se inserir.

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6. FCC - TJ TRT14/TRT 14/Administrativa/2022


Administração Geral e Pública - Gestão por Processos (BPM CBOK, Ciclo PDCA, 6 Sigma etc.)
O denominado Ciclo PDCA, também conhecido como Ciclo de Deming, traduz-se em ferramenta bastante difundida e
aplicada em
a) controle de qualidade, com a identificação das causas de falhas recorrentes, partindo do conceito de que 80% delas são
geradas por 20% de causas.
b) gerenciamento de projetos, com a classificação de acordo com o grau de prioridade no âmbito do planejamento
estratégico.
c) gestão de riscos, classificando os riscos em potenciais, desconhecidos, críticos e aleatórios, estes últimos não
gerenciáveis.
d) gestão de processos, com vistas a maximizar a eficiência, envolvendo ações de planejamento, execução, controle e
correção.
e) gestão de contratos, decompondo o objeto (pretendido, desejável, compatível e adequado) para melhor elaboração do
termo de referência e acompanhamento.

7. FCC - TP (MANAUSPREV)/MANAUSPREV/Administrativa/2021
Administração Geral e Pública - Gestão por Processos (BPM CBOK, Ciclo PDCA, 6 Sigma etc.)
Em uma organização pautada pela gestão de processos, afigura-se pertinente a adoção
a) do método Kaizen, para segregar, na forma de um fluxograma, os processos das diferentes áreas da organização.
b) do diagrama de Ishikawa, utilizado para identificação de pontos críticos nos processos da organização.
c) do diagrama de Pareto, para construir um workflow dos principais processos da organização.
d) do sistema ERP (Enterprise Resource Planning), utilizado para automação dos processos de negócios.
e) da matriz GUT, que classifica os processos de acordo com o grau de inconsistências verificadas.

8. Ano: 2018. Banca: FGV. Órgão: Câmara de Salvador – BA. Prova: Analista Legislativo Municipal - Gestão da Qualidade.
O chefe de repartição de um órgão público de educação, ao perceber o estado de desorganização no qual se encontrava
o ambiente de trabalho, com servidores desmotivados e com pouca interação entre eles, decide promover, com o apoio
do departamento de recursos humanos, a utilização do programa japonês 5S. Seguindo a ordem dessa metodologia, após
a fase de sensibilização, compreendida pelos 3Ss iniciais, será implementada a fase da:
a) correção;
b) perpetuação;
c) reversão;
d) utilização;
e) aceitação.

9. Ano: 2018. Banca: FGV. Órgão: Câmara de Salvador – BA. Prova: Analista Legislativo Municipal - Gestão da Qualidade.
Ao conseguir a certificação ISO 9001, uma organização adquire uma série de benefícios, dentre eles:
a) evidenciação de práticas internacionalmente aceitas e reconhecidas na gestão da qualidade;
b) garantia de dispensa de licitação em contratos governamentais;
c) atribuição de grau de investimento pelas agências de risco;
d) isenção de ISS nos seus serviços;
e) remissão de dívidas relacionadas ao FGTS.

14 – GESTÃO DE PROJETO
PROJETO é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Um processo
interativo e coletivo.
É um processo único, constituindo em um grupo de atividade coordenadas e controladas com data de início e término,
empreendido para o alcance de um objetivo conforme requisitos específicos, inclindo limitação de tempo, custo e recursos.
O gerenciamento de projetos, de acordo com a definição encontrada no PMBOK.
“a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de atender a seus
requisitos”
No gerenciamento de projetos, é preciso lidar com os terceiros que fornecem serviços, mão de obra, materiais e
equipamentos.
PMBOK (Project Management Body of Knowledge) Livro com as boas práticas do gerenciamento de projetos
PMI (Project Management Institute) Instituto de Gerenciamento de Projetos - publica o PMBOK
PMP (Project Management Professional) Profissional com certificação do PMI em gerenciamento de projeto
PMO (Project Management Office) é o escritório de gerenciamento de projetos de uma organização.

O BPI é uma metodologia de aplicação de melhores práticas, tanto para enxugar a operação e aumentar a produtividade
quanto reduzir custos, criando um negócio realmente otimizado e escalável.

Cuidado! Projeto≠Operações, enquanto estas são contínuas e perenes (atividade) aquele é temporário.
Os processos são conjuntos de atividades encadeadas.

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A equipe do projeto deve considerar o projeto em


seus contextosambientais cultural, social, internacional, político e físico

14.1 Partes Interessadas - Stakeholders


Stakeholders são as pessoas ou grupos interessados no projeto, que são impactados por ele de alguma forma. Qualquer
projeto envolve desde pessoas impactadas positivamente quanto negativamente por sua existência;
Clientes/usuários; Gerentes de portfólios/comitê de análise de portfólios; Gerentes de programas Patrocinador; Escritório
de projetos; Gerentes de projetos; Equipe do projeto; Gerentes funcionais; Gerenciamento de operações;
Fornecedores/parceiros comerciais

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EXERCÍCIOS

1. FCC - TJ TRT5/TRT 5/Administrativa/"Sem Especialidade"/2022


Gestão de Projetos (PMBOK) - Noções Introdutórias de Administração ou Gestão de Projetos. Quanto à definição de
projeto, pode-se dizer que é
a) uma estrutura organizacional permanente criada com o objetivo de entregar diversos produtos para os clientes da
empresa.
b) um esforço permanente empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo.
c) um esforço permanente empreendido para criar um produto, serviço ou resultado comum.
d) um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo.
e) um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado comum.

2. FCC - AssGP (Pref Recife)/Pref Recife/2019


Gestão de Projetos (PMBOK) - Noções Introdutórias de Administração ou Gestão de Projetos. No que concerne à gestão
por projetos, o primeiro ponto a se ter em mente é que nem toda a atividade desempenhada por uma organização
caracteriza-se como um projeto. Nesse contexto, constitui requisito fundamental para a caracterização de uma atividade
como projeto a
a) materialidade, eis que todo o projeto deve produzir um resultado financeiro imediato.
b) intangibilidade, ligada ao seu caráter de difícil mensuração.
c) temporalidade, eis que todo o projeto possui início e fim determinados.
d) especialidade, demandando a condução por especialistas externos à organização.
e) excepcionalidade, o que afasta a possibilidade de execução concomitante de mais de um projeto.

3. Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: SABESP. Prova: Técnico em Gestão. Considerando-se a definição apresentada pelo PMI
(Project Management Institute), são atributos de um projeto
a) o objetivo definido e o uso de vários recursos disponíveis para a sua consecução.
b) o esforço único e as tarefas dependentes e repetitivas.
c) a vida finita e a flexibilização dos objetivos em decorrência do andamento do projeto.
d) a independência de tarefas e a variação do prazo em decorrência da necessidade dos recursos.
e) o grau de incerteza e o esforço cíclico.

4. Ano: 2018. Banca: CEPS-UFPA. Órgão:. UNIFESSPA. Prova: Assistente - Apoio administrativo. Sobre o gerenciamento
de projetos, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.
( ) O gerenciamento de projetos se refere à aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades
do projeto a fim de satisfazer seus requisitos.
( ) No gerenciamento de projetos, é preciso lidar com os terceiros que fornecem serviços, mão de obra, materiais e
equipamentos.
( ) A gestão de projetos visa a delimitar o campo da gestão das relações de trabalho com base num enfoque crítico e
estratégico.
( ) O gerente de projetos deve aplicar sempre a avaliação de aprendizagem e de reação nas reuniões de projeto.
A sequência correta é
a) F, F, F, V.
b) F, V, F, V.
c) F, V, V, F.
d) V, F, V, F.
e) V, V, F, F.

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5. FCC - Ana (COPERGÁS)/COPERGÁS/Administrador/2023


Gestão de Projetos (PMBOK) - O Papel do Gerente de Projetos. As bases de influência do gerente de projetos estão
relacionadas tanto a componentes derivados da própria empresa, como derivados do próprio indivíduo. Sendo assim, a
“Autoridade”, sendo uma das bases de influência do gerente de projetos, possui como componente derivado da empresa
o
a) ambiente estimulante.
b) bônus.
c) crescimento profissional.
d) suporte da alta administração.
e) orçamento.

6. Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: ALESE. Prova: Analista – Administrador. Algumas características são fundamentais para
diferenciar uma atividade ordinária desempenhada no âmbito organizacional, de outra caracterizada como um projeto,
entre elas a
a) valoração, com a fixação de indicadores mensuráveis.
b) amplitude, englobando todos os setores da organização.
c) prioridade, não cabendo, uma vez iniciada, a suspensão.
d) complexidade, pressupondo o envolvimento de especialistas externos.
e) temporalidade, com início e fim definidos.

7. Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: TRT - 7ª Região (CE). Prova: Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação.
Considerando que o sucesso de um projeto dependa de o gerente de projetos ter a responsabilidade de administrar as
expectativas das partes interessadas, assinale a opção que apresenta a parte interessada responsável por angariar
recursos e trabalhar junto à alta gerência, demonstrando que o projeto produzirá benefícios.
a) parceiros de negócios
b) cliente
c) gerente funcional
d) patrocinador

8. Ano: 2017. Banca: UPENET/IAUPE. Órgão: UPE. Prova: Administrador. Projeto é a técnica de planejamento no qual são
estruturadas, dimensionadas e orçadas as ações necessárias para que sejam atingidos os objetivos preestabelecidos. No
que diz respeito aos motivos para elaboração de um projeto, coloque V para “Verdadeiro” e F para “Falso”.
( ) Facilita a solução de problemas
( ) Indica o que deve ser feito e a forma de fazer
( ) Identifica e quantifica os recursos necessários à solução do problema
( ) Contribui no processo de obtenção de recursos para a implantação do projeto

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.


a) F-V-F-F
b) V-V-V-V
c) V-V-F-F
d) F-F-V-V
e) V-F-V-V

9. Ano: 2017. Banca: FGV. Órgão: TRT - 12ª Região (SC). Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa. O desembargador
de um grande órgão público contratou um gestor de projetos para planejar e implantar um novo sistema de informação
para melhor gerenciamento dos processos internos. Em relação à gestão de projetos, é correto afirmar que:
a) um sistema é um conjunto de projetos;
b) um projeto é um conjunto de atividades repetitivas;
c) projetos são atividades temporárias, contínuas e únicas;
d) projetos podem ser meios de se implantarem estratégias;
e) seu objetivo é planejar mudanças.

10. (FCC – TRT 24°/MS – ANAL ADM – 2011) Os indivíduos que podem influenciar de maneira positiva ou negativa em um
projeto são os
a) stakeholders.
b) stakeholers.
c) players.
d) backhloders.
e) throwers.

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14.2 Ciclo de vida de um Projeto


segundo o
Guia PMBOK 5a Edição o ciclo de vida genérico de um projeto pode ser estruturado nas seguintes etapas:

1. Início do projeto;
2. Organização e preparação do projeto;
3. Execução dos trabalhos do projeto;
4. Encerramento do projeto.

O Guia PMBOK 5 aborda alguns tipos de ciclo de vida do projeto, nos seguintes termos:

Ciclo de vida preditivo: uma forma de ciclo de vida do projeto em que o escopo do projeto, bem como o tempo e custos
exigidos para entregar tal escopo são determinados o mais cedo possível no seu ciclo de vida.

Ciclo de vida iterativo ou incremental: ciclo de vida do projeto em que o escopo do projeto é geralmente determinado no
início do ciclo de vida do mesmo, mas as estimativas de tempo e custos são rotineiramente modificadas à proporção que
a compreensão do produto pela equipe do projeto aumenta. Iterações desenvolvem o produto através de uma série de
ciclos repetidos, enquanto os incrementos sucessivamente acrescentam à funcionalidade do produto.

Ciclo de vida adaptativo: um ciclo de vida de projeto, também conhecido como "orientado" à mudança ou métodos ágeis,
que se destina a facilitar a mudança e que exige um contínuo e alto grau de envolvimento das partes interessadas. Os
ciclos de vida adaptativos são também iterativos e incrementais, a diferença é que as iterações são muito rápidas
(geralmente com uma duração de 2 a 4 semanas), com tempo e recursos fixos.

14.2.1 - Grupos de Processos dos Projetos


A aplicação dos conhecimentos requer a adoção eficaz de processos apropriados. Cada área de conhecimento abrange
diversos processos no gerenciamento de projetos.
Um processo é um conjunto de ações e atividades interrelacionadas que são executadas para alcançar um objetivo. Cada
processo é caracterizado por suas entradas, ferramentas e técnicas que podem ser aplicadas, e as saídas resultantes.
Para gerenciarmos os projetos precisamos gerenciar de forma eficaz os processos.
De acordo com o PMBOK, os cinco principais grupos de processos são:

Realizados para definir um novo projeto ou uma nova fase de um projeto


Iniciação existente através da obtenção de autorização para iniciar o projeto ou a
fase.
Realizados para definir o escopo do projeto, refinar os objetivos e
Planejamento desenvolver o curso de ação necessário para alcançar os objetivos para
os quais o projeto foi criado.
Realizados para executar o trabalho definido no plano de gerenciamento
Execução
do projeto para satisfazer as especificações do mesmo.
Necessários para acompanhar, revisar e regular o progresso e o
Monitoramento
desempenho do projeto, identificar todas as áreas nas quais serão
e controle
necessárias mudanças no plano e iniciar as mudanças correspondentes.
Executados para finalizar todas as atividades de todos os grupos de
Encerramento
processos, visando encerrar formalmente o projeto ou fase.

Atenção!
Estes processos não são fases do projeto e não, necessariamente, sequenciais. Alguns podem ocorrer ao mesmo tempo,
principalmente os processos de monitoramento e controle e os processos de execução, ocorrem de forma intercaladas.
Outro aspecto dos processos é sua iteratividade. Os processos no gerenciamento de projetos são iterativos, pois são
executados diversas vezes e em várias etapas ou fases do projeto.
Aspectos principais de cada grupo de processo

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Desenvolver o termo de abertura do projeto - documento que autoriza o início de um


projeto;
Iniciação Identificar as partes interessadas (stakeholders) estes se relacionam com qualquer pessoa
ou entidade que tem interesse (ou é impactado, seja de forma positiva ou negativa) pelo
projeto.
Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto documentação das ações necessárias
para definir, coordenar e integrar todos os planos auxiliares;
Coletar os requisitos documentar as necessidades das partes interessada
Definir o escopo descrição detalhada do projeto e do produto;
Criar a estrutura analítica do projeto (EAP) em componentes menores para que possa ser
mais facilmente gerenciável;
Definir, Sequenciar as atividades;
Estimar custos e os recursos e durações das atividades;
Desenvolver o cronograma;
Determinar o orçamento;
Planejar a qualidade;
Desenvolver o plano de recursos humanos;
Planejar as comunicações definir as necessidades de informação de cada parte;
Planejar o gerenciamento de riscos;
Planejamento
Identificar os riscos;
Realizar a análise qualitativa dos riscos avaliação da probabilidade da ocorrência e
impacto;
Realizar a análise quantitativa de riscos analisar numericamente o efeito dos riscos no
projeto;
Planejar respostas a riscos desenvolvimento de opções e ações;
Planejar aquisições documentar as decisões de compra do projeto
Orientar e gerenciar a execução do projeto;
Realizar a garantia da qualidade;
Mobilizar a equipe do projeto;
Desenvolver a equipe do projeto;
Gerenciar a equipe do projeto;
Execução Distribuir informações;
Gerenciar as expectativas das partes interessadas;
Realizar aquisições
Monitorar e controlar o trabalho do projeto;
Realizar o controle integrado de mudanças processo de avaliação de todas as solicitações
de mudanças;
Verificar o escopo;
Controlar o escopo, o cronograma e os custos;
Monitoramento
Realizar o controle da qualidade;
e controle
Reportar o desempenho;
Monitorar e controlar os riscos;
Administrar as aquisições
Encerrar o projeto ou a fase;
Encerramento
Encerrar as aquisições.

14.3 - Áreas do Conhecimento


De acordo com a QUINTA edição do PMBOK, são DEZ as áreas do conhecimento no gerenciamento de projetos:
integração, escopo, tempo, custos, qualidade, recursos humanos, comunicações, riscos, aquisições e gerenciamento
partes interessadas..

Áreas do Conhecimento
Refere-se aos aspectos de unificação, consolidação, articulação e ações integradoras
Integração
que são necessárias para que um projeto tenha sucesso
Deverá assegurar que o projeto irá concluir exatamente o trabalho requerido, nem mais
nem menos.
O escopo deve ser dividido em dois: o escopo do projeto e o escopo do produto. O
primeiro engloba a gestão do projeto em si, sua execução. Já o escopo do produto
Escopo
engloba as características detalhadas do produto que deve ser entregue pelo projeto
(exemplo: um prédio, uma estrada, um software, etc.)

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Refere-se às atividades que buscam garantir que o projeto seja feito dentro do prazo
Gerenciamento necessário. Dentre as atividades envolvidas, podemos citar: a criação de um
do tempo cronograma detalhado, o sequenciamento das atividades, o monitoramento deste
cronograma, etc
Envolve, obviamente, os gastos que são necessários para que o projeto seja executado.
Custo Todo projeto deve ter um orçamento aprovado. Sendo assim, o gerente deve assegurar
que o projeto não gaste mais do que o projetado.
Gestão da Esta é fundamental para que os produtos sejam desenvolvidos e entregues de acordo
qualidade. com as especificações acordadas com o cliente, nem mais nem menos.
Recursos Deve assegurar que temos pessoas certas nos lugares necessários, de modo que todos
humanos os processos estejam ocorrendo dentro do esperado.
As informações devem circular entre as pessoas. Sem dados, a tomada de decisão é
muito difícil. É fundamental para que as pessoas saibam como o projeto está se saindo,
Comunicação
quais são as áreas que devem ser enfatizadas, quem deve saber o quê, dentre outros
fatores.
Riscos seriam coisas que podem ou não ocorrer em um projeto, que o impactariam de
modo negativo. Estes riscos devem ser mapeados (identificados) e monitorados de
Riscos
perto. Cada fator identificado deve ser medido, de acordo com sua probabilidade e
impacto nos resultados do projeto.
gestão das
Buscará assegurar que os insumos e serviços estejam disponíveis quando necessários.
aquisições
trata dos processos ligados à identificação de partes que possam impactar ou ser
Gerenciamento
impactadas pelo projeto, analisando suas expectativas e impacto no projeto,
das partes
desenvolvendo estratégias de gerenciamento apropriadas para que as partes
interessadas
interessadas se engajem nas decisões e execução do projeto

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Conceitos Importantes no Gerenciamento dos Projetos:


Gerenciamento do valor agregado: é uma técnica que integra escopo, cronograma e recursos financeiros de um projeto
para que seu progresso e desempenho possam ser medidos - comparando-se o custo orçado com o custo real. Com base
nela é possível verificar qual o valor que será agregado para a organização pelo projeto.

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Técnica Delphi: é uma técnica usada no gerenciamento de riscos que serve para se buscar um consenso entre
especialistas em uma determinada área. Ela é especialmente útil para que especialistas gerem ideias sobre os riscos
enfrentados, no processo de identificação de riscos.
Brainstorming: é uma técnica que consiste na geração de ideias pelos participantes para que possam ser anotadas e
organizadas posteriormente. É muito útil para a identificação de riscos e geração de ideias. Pode ser feita de forma livre
ou estruturada.

Entrevistas: também é uma importante técnica para a identificação dos riscos através da realização de entrevistas com
as partes interessadas, os especialistas e os participantes do projeto.

Análise da causa-raiz: trata-se de um conjunto de técnicas para a identificação de riscos e problemas, buscando saber
qual a causa principal para que ele ocorra e preocupando-se também com o estabelecimento de ações preventivas e
corretivas. A causa-raiz pode ser obtida, por exemplo, pela resposta sucessiva aos 5 porquês, onde o primeiro é aplicado
sobre o problema e os demais aplicados sobre a resposta obtida no porquê anterior. A última resposta é a causa-raiz,
para a qual devem ser estabelecidas as ações preventivas e corretivas

Estrutura Analítica do Projeto (EAP).

Criar a EAP é o processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em componentes menores e de
gerenciamento mais fácil. A estrutura analítica do projeto (EAP) é uma decomposição hierárquica orientada (para baixo)
às entregas do trabalho a ser executado pela equipe para atingir os objetivos do projeto e criar as entregas requisitadas,
sendo que cada nível descendente da EAP representa uma definição gradualmente mais detalhada da definição do
trabalho do projeto.

A EAP organiza e define o escopo total e representa o trabalho especificado na atual declaração do escopo do projeto
aprovada.

O trabalho planejado é contido dentro dos componentes de nível mais baixo da EAP, que são chamados de pacotes de
trabalho. Um pacote de trabalho pode ser agendado, ter seu custo estimado, monitorado e controlado. No contexto da
EAP, o trabalho se refere a produtos de trabalho ou entregas que são o resultado do esforço e não o próprio esforço.

Sugiro que você memorize ainda as entradas, ferramentas/técnicas e saídas do processo de criar a EAP, conforme
apresento a seguir:
Entradas:
o Plano de gerenciamento do escopo
o Especificação do escopo do projeto
o Documentação dos requisitos
o Fatores ambientais da empresa
o Ativos de processos organizacionais

Ferramentas e técnicas:
o Decomposição
o Opinião especializada

Saídas:
o Linha de base do escopo o Atualizações nos documentos do projeto

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EXERÍCIOS
1. As áreas que compõem o conjunto de conhecimentos sobre gerenciamento de projetos são dez. Para essas dez áreas,
o PMBOK propõe o agrupamento de processos em função da sua natureza. Entre as opções abaixo, selecione aquela
que enuncia corretamente os grupos de processos de gerenciamento de projetos.
a) Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e Encerramento.
b) Escopo, Tempo, Custo, RH, Qualidade e Riscos.
c) Escopo, Planejamento, Execução, Monitoramento e Implantação.
d) Contrato, Escopo, Custo, Cronograma, Planejamento e Monitoramento.
e) Termo de Abertura, Iniciação, Contrato, Gerenciamento do Projeto, Monitoramento e Encerramento.

2. (FCC/ALESP/SP/Gestão de Projetos). A área de gerenciamento de projetos que garante que o projeto inclui todo e
somente o trabalho requerido, para que seja completado com sucesso, é a de:
a) integração b) tempo c)custo d)escopo e)comunicação

3. FCC - TJ TRT17/TRT 17/Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/2022


Gestão de Projetos (PMBOK) - Conceitos Gerais de Áreas de Conhecimento e Grupos de Processo 27)
No guia PMBOK 6ª Edição, os processos Validar o Escopo e Monitorar os Riscos fazem parte grupo de processos de
a) Validação e Monitoramento.
b) Planejamento.
c) Monitoramento e Controle.
d) Execução.
e) Execução e Controle.

4. Ano: 2018. Banca: CESPE. Órgão: EMAP. Prova: Engenheiro civil. Julgue o item subsequente, relativo à gestão de
projetos e às ferramentas computacionais atualmente disponíveis para auxiliar e facilitar o gerenciamento das rotinas de
trabalho.

A estrutura analítica de projeto (EAP) é uma representação visual da estrutura do projeto, na qual se apresentam, de
forma hierárquica, todas as entregas, subdividindo-se os produtos e o trabalho em componentes, para facilitar o
gerenciamento das atividades do projeto.

5. FCC - Ana Fom (AFAP)/AFAP/Tecnologia da Informação/2019


Gestão de Projetos (PMBOK) - Conceitos Gerais de Áreas de Conhecimento e Grupos de Processo
No PMBOK 5ª edição, os processos Determinar o Orçamento, Desenvolver o Cronograma e Criar a Estrutura Analítica
do Projeto – EAP são, respectivamente, integrantes das áreas de Conhecimento: Gerenciamento
a) dos custos do projeto, do tempo do projeto e do escopo do projeto.
b) do escopo do projeto, das comunicações do projeto e do escopo do projeto.
c) dos custos do projeto, do tempo do projeto e dos riscos do projeto.
d) das comunicações do projeto, dos custos do projeto e da qualidade do projeto.
e) dos riscos do projeto, da qualidade do projeto e dos riscos do projeto.

6. FCC - TJ TRT19/TRT 19/Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/2022


Gestão de Projetos (PMBOK) - Ciclo de Vida de Projetos. A estrutura do PMBoK 6ª edição contempla os grupos de
processos de iniciação, de planejamento, de execução, de encerramento e de
a) monitoramento e controle.
b) gestão do conhecimento.
c) monitoramento e gestão.
d) gerenciamento e controle.
e) gerenciamento de recursos humanos.

7. FCC - AJ TRT22/TRT 22/Apoio Especializado/Biblioteconomia/2022


Gestão de Projetos (PMBOK) - Ciclo de Vida de Projetos. Na elaboração do projeto, representa um momento privilegiado
de discussão de ideias, de soluções e de caminhos, além de ser também a hora de definição dos princípios que servirão
de base a seu desenvolvimento. Trata-se da etapa de
a) planejamento das estratégias de disseminação e comunicação relacionadas ao projeto.
b) planejamento das ações e atividades.
c) planejamento da capacitação da equipe de implementação do projeto.
d) planejamento da avaliação.
e) definição do objeto e dos objetivos.

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8. FCC - TTIFM (Manaus)/Pref Manaus/2019


Gestão de Projetos (PMBOK) - Ciclo de Vida de Projetos. A Fazenda Municipal ao fazer uso do PMBOK 5ª edição deve
ter conhecimento de um gráfico contido nessa publicação, que relaciona riscos, incertezas e custo das mudanças com
relação ao tempo de projeto, sendo apontado por tal gráfico que
a) custo de mudanças são constantes ao longo do projeto.
b) custo de mudanças são maiores no início do projeto.
c) riscos, incertezas e custo das mudanças são maiores no início do projeto.
d) riscos, incertezas e custo das mudanças são maiores no final do projeto.
e) riscos e incertezas são maiores no início do projeto.

9. FCC - AJ TRF4/TRF 4/Apoio Especializado/Infraestrutura em Tecnologia da Informação/2019. Gestão de Projetos


(PMBOK) - Ciclo de Vida de Projetos. Durante o ciclo de vida da maioria dos projetos gerenciados com base no PMBOK
5ª edição,
a) as incertezas só aumentam com o passar do tempo.
b) os custos atingem seu valor máximo na fase de planejamento do projeto.
c) os riscos permanecem estáveis após a iniciação do projeto.
d) os níveis de custo e de pessoal atingem um valor máximo na fase de execução do projeto.
e) a capacidade de influenciar as características finais do produto do projeto, sem impacto significativo sobre os custos, é
mais alta no final do projeto.

10. FCC - AJ TRF4/TRF 4/Apoio Especializado/Sistemas de Tecnologia da Informação/2019


Gestão de Projetos (PMBOK) - Estrutura Organizacional na Gestão de Projetos. Suponha que o TRF4 esteja migrando,
em relação aos projetos, de uma organização do tipo 1 para do tipo 2. No tipo 1, atual, há apenas uma coordenação geral,
cada funcionário possui um superior bem definido e cada departamento realiza o seu trabalho do projeto de modo
independente dos outros departamentos. No tipo 2, haverá um chefe dos gerentes de projeto, com autoridade
considerável, que coordenará outros gerentes de projeto de tempo integral, além de haver pessoal administrativo de
tempo integral trabalhando nos projetos. De acordo com o PMBOK 5ª edição, os tipos 1 e 2 são, correta e respectivamente,
estrutura organizacional
a) matricial fraca e projetizada balanceada.
b) funcional fraca e funcional projetizada.
c) funcional clássica e matricial forte.
d) matricial balanceada e matricial forte.
e) matricial funcional e matricial projetizada.

11. Ano: 2017. Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos). Órgão: UFVJM-MG. Prova: Engenheiro. As áreas do gerenciamento
de projetos descrevem o gerenciamento em termos de seus processos componentes. Assim, a área que engloba os
processos necessários para assegurar que, no projeto, esteja incluído todo o trabalho requerido para concluí-lo de maneira
bem-sucedida é o gerenciamento de:
a) custo.
b) escopo.
c) qualidade.
d) risco.

14.4 – Ferramentas de acompanhamentos dos Projetos

Program Evaluation and Review Technique – PERT

Possui, como uma de suas características preponderantes, o gerenciamento do tempo estimado do projeto, a partir da
média ponderada de estimativas (provável, otimista e pessimista).
Mais provável (tM). Essa estimativa é baseada na duração da atividade, dados os recursos prováveis
de serem designados, sua produtividade, expectativas realistas de disponibilidade para executar a
atividade, dependências de outros participantes e interrupções.
• Otimista (tO ). A duração da atividade é baseada na análise do melhor cenário para a atividade.
• Pessimista (tP ). A duração da atividade é baseada na análise do pior cenário para a atividade.
Método do Caminho Crítico (CPM – Critical Path Method) é o método para encontrar entre as atividades do projeto as
tarefas que não possuem uma flexibilidade de mudança de datas e que devem ser concluídas dentro de um prazo
determinado. As atividades que não possuem um caminho crítico possuem uma folga em seus prazos nas datas de
entregas. No final estas atividades podem ser concluídas e geralmente não comprometem o cronograma do projeto em
geral.
CUIDADO! A diferença que existe entre PERT e CPM está na maneira como o tempo é tratado: o CPM utiliza valores
determinísticos, enquanto o PERT
permite utilizar três estimativas de tempo e a distribuição Beta para a determinação do tempo mais provável, sendo,
portanto, um modelo probabilístico.
CPM -> DeterMinísticos

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PERT -> PRobabilísticos

Gráfico de Gantt é uma representação gráfica de informações relacionadas ao cronograma. Em um gráfico de barras
típico, as atividades do cronograma ou os componentes da estrutura analítica do projeto são listados verticalmente do
lado esquerdo do gráfico, as datas são mostradas horizontalmente na parte superior e as durações das atividades são
exibidas como barras horizontais posicionadas de acordo com as datas.

Gerenciamento do Valor Agregado


Uma das ferramentas/técnicas mais cobradas em provas é o Gerenciamento do Valor Agregado (GVA), do processo de
"Controlar os custos", da área de "Gerenciamento dos custos do projeto".

O GVA é uma metodologia que combina escopo, cronograma, e medições de recursos para avaliar o desempenho e
progresso do projeto. É um método comumente usado para medição do desempenho dos projetos. Os princípios do GVA
podem ser aplicados a todos os projetos de qualquer setor. O GVA desenvolve e monitora três dimensões chave para
cada pacote de trabalho e conta de controle:

Valor planejado. Valor planejado (VP) é o orçamento autorizado designado ao trabalho agendado. O valor planejado (VP)
é o orçamento autorizado designado para o trabalho a ser executado para uma atividade ou componente da estrutura
analítica do projeto. Esse orçamento é designado por fase no decorrer de todo o projeto mas, em um determinado
momento, o valor planejado define o trabalho físico que deveria ter sido executado. O total do VP algumas vezes é
chamado de linha de base de medição do desempenho (PMB sigla em inglês). O valor total planejado para o
projeto também é conhecido como orçamento no término (ONT).

Valor agregado. Valor agregado (VA) é a medida do trabalho executado expressa em termos do orçamento autorizado
para tal trabalho. É o orçamento associado ao trabalho autorizado que foi concluído. O VA sendo medido deve estar
relacionado à linha de base de medição do desempenho (PMB em inglês), e o VA medido não pode ser maior que o
orçamento VP autorizado para um componente. O VA é frequentemente usado para calcular a percentagem concluída de
um projeto. Os critérios de medição do progresso devem ser estabelecidos para cada componente da EAP para medir o
trabalho em andamento. Os gerentes de projeto monitoram o VA, tanto em incrementos para determinar a situação
corrente, e de forma acumulativa para determinar as tendências de desempenho a longo prazo.

Custo real. Custo real (CR) é o custo realizado incorrido no trabalho executado de uma atividade, durante um período
específico. É o custo total incorrido na execução do trabalho que o VA mediu. O CR deve corresponder em definição ao
que foi orçado para o VP e medido no VA (por exemplo, somente horas diretas, somente custos diretos, ou todos os
custos inclusive os indiretos). O CR não terá limite superior; tudo o que for gasto para atingir o VA será medido.

EXERCÍCIOS

1. FCC - AJ TRT2/TRT 2/Administrativa/"Sem Especialidade"/2018


Gestão de Projetos (PMBOK) - Noções Introdutórias de Administração ou Gestão de Projetos. Entre as ferramentas e
metodologias consagradas para a gestão de projetos no âmbito das organizações, a que trabalha com a média ponderada
de cenários probabilísticos (otimista, pessimista e realista) em relação ao tempo de conclusão do projeto corresponde
a(o):
a) Business Process Management (BPM).
b) Critical Path Method (CPM).
c) Plan, Do, Check, Act to Corret (PDCA).
d) Enterprise Application Integration (ERP).
e) Program Evaluation and Review Technique (PERT).
2. Suponha que uma determinada autarquia tenha sido incumbida da realização de um projeto governamental de grande
relevância e caráter estratégico, que necessita ser concluído de acordo com o cronograma fixado. Temendo atrasos na
execução do projeto, os dirigentes da autarquia decidiram utilizar uma das metodologias consagradas de gerenciamento
de projetos, optando pela técnica PERT – Program Evaluation and Review Technique, que utilizará a média ponderada
de três estimativas de tempo das atividades: provável, pessimista e otimista.
3. Ano: 2017. Banca: FCC. Órgão: DPE-RS. Prova: Analista – Administrador. Entre as diversas metodologias e ferramentas
de gestão de projetos, destaca-se o Program Evaluation and Review Technique – PERT, que possui, como uma de suas
características preponderantes, o gerenciamento
a) de escopo, com a descrição detalhada do projeto e do produto e monitoramento a partir de indicadores.
b) de resultados, aplicando métricas próprias de comparação com experiências anteriores similares.
c) do tempo estimado do projeto, a partir da média ponderada de estimativas (provável, otimista e pessimista).
d) das equipes envolvidas, com aplicação de dinâmicas de grupo objetivando a otimização dos recursos de RH disponíveis
na organização.
e) do grau de satisfação do cliente final, usando pesquisas para obtenção de feedbacks e retroação de dados para
aprimoramento contínuo.

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H ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

4. Ano: 2017. Banca: FCC. Órgão: DPE-RS. Prova: Técnico – Logística. Para controlar o cronograma de atividades, um
gerente está reanalisando um projeto para prever sua duração. Para isso, analisa a sequência de atividades com a menor
flexibilidade no cronograma. A técnica de gerenciamento de projeto utilizada é
a) o método do caminho crítico.
b) o fluxograma.
c) o método do diagrama de precedência.
d) a estrutura analítica do projeto.
e) o nivelamento de recursos.

5. FCC - TJ TRT17/TRT 17/Administrativa/2022


Gestão de Projetos (PMBOK) - Diagrama de Redes, PERT, CPM e MDP. Uma organização que pretenda adotar um
sistema de gestão por projetos, valendo-se dos conceitos predicados pelo Método do Caminho Crítico, deverá
a) construir um fluxograma dos projetos prioritários da organização, identificando os pontos de conexão entre eles e os
caminhos (críticos) a serem evitados para minimizar sobreposições, retrabalho e perda de eficiência.
b) estimar o tempo de duração de cada projeto de acordo com cenários otimista e pessimista, apresentando, ao final, uma
média ponderada que será adotada como prazo alvo no cronograma fixado.
c) identificar o sequenciamento de atividades mais importantes para que o projeto seja executado no menor tempo possível,
sabendo que, se houver atraso em alguma das etapas, o cronograma do projeto será inteiramente afetado.
d) trabalhar com uma matriz de variáveis internas e externas que influenciam ou impactam a execução do projeto, segundo
probabilidade de ocorrência e criticidade, adotando medidas de mitigação de riscos.
e) concentrar o foco no custo para realização do projeto e não no seu prazo de execução, otimizando os recursos humanos
e materiais alocados e buscando ganhos de escala.

6. FCC - TJ TRT18/TRT 18/Administrativa/"Sem Especialidade"/2023


Gestão de Projetos (PMBOK) - Diagrama de Redes, PERT, CPM e MDP. Quando a gestão de projetos de uma
organização é feita com base na metodologia CPM (Critical Path Method), isso significa que o denominado caminho crítico
é formado por
a) desafios internos a serem superados, normalmente relacionados com resistência a mudanças ou falta de suporte técnico.
b) ameaças externas que podem impactar o tempo de duração do projeto e devem ser neutralizadas.
c) atividades que não podem sofrer atrasos, sob pena de comprometimento do prazo estimado para a execução do projeto.
d) fatores contingentes que precisam ser monitorados, como rotatividade de pessoal, atraso de fornecedores e aumento de
custos.
e) aspectos que não interferem no tempo de execução do projeto, mas que afetam o seu escopo ou a qualidade do resultado.

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H DIREITO ADMINISTRATIVO

NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DE DIREITO


ADMINISTRATIVO
CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO

• “Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem


os órgãos, os agentes e as atividades públicas
tendentes a realizar, concreta, direta e imediatamente
os fins desejados pelo Estado.” (Hely Lopes Meirelles)

• “Conjunto de regras e princípios aplicáveis à Direito Privado


estruturação e ao funcionamento das pessoas e
órgãos integrantes da administração pública, às
relações entre estas e seus agentes, ao exercício da
Direito Direito do
função administrativa, especialmente às relações com Direito Civil
os administrados, e à gestão dos bens públicos, tendo Comercial Consumidor
em conta a finalidade geral de bem atender ao
interesse público.” (Marcelo Alexandrino e Vicente
Paulo)

Fontes do Direito Administrativo REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO


• Lei • Regime Jurídico da Administração Pública
• Jurisprudência – É utilizada para designar, em sentido amplo, os
• Doutrina regimes de direito público e de direito privado a
• Costumes que pode submeter-se a Administração Pública.
• Regime Jurídico Administrativo
– “É reservado tão-somente para abranger o
conjunto de traços, de conotações, que tipificam
o Direito Administrativo, colocando a
Administração Pública numa posição
privilegiada, vertical, na relação jurídico-
administrativa.” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro)
– Distancia-se do tratamento predominantemente
encontrado no direito privado, pois “confere à
Administração prerrogativas sem equivalente
Lei
nas relações privadas e impõe à sua liberdade de
• Fonte primordial (primária) do Direito
Administrativo, sendo empregada, para este efeito, ação sujeições mais estritas do que aquelas a
que estão submetidos os particulares.” (Rivero,
o sentido amplo (que abrange normas
1973:35).
constitucionais, normas legais e atos
• Supremacia do Interesse Público sobre o
normativos/regulamentares).
Privado
Jurisprudência – É oriundo do Estado de Bem-Estar Social
(“Welfare State”), quando o Direito deixou de ser
• É o entendimento reiterado dos Tribunais.
mero instrumento assecuratório de direitos dos
• Em regra, não tem aplicação geral e efeito
vinculante. indivíduos e passou a funcionar como meio para
▪ Exceções: controle abstrato de constitucionalidade a consecução da justiça social.
– “Proclama a superioridade do interesse da
e súmulas vinculantes, casos em que se tornam
coletividade, firmando a prevalência dele sobre o
fontes primárias do Direito Administrativo.
do particular, como condição, até mesmo, da
Doutrina sobrevivência e asseguramento deste último.”
(Celso Antônio Bandeira de Mello)
• Conjunto de teses e construções teóricas acerca
– Fundamenta a existência de prerrogativas de
do direito positivo.
ordem pública como os atributos especiais do ato
administrativo, prazos judiciais mais extensos,
intervenção do Estado na propriedade, cláusulas
Costumes
exorbitantes nos contratos administrativos, etc.
• São os costumes sociais e os costumes
– Está presente tanto no momento da elaboração
administrativos.
da lei como no momento da execução em
concreto pela Administração Pública.
– A vontade estatal se proclama de forma unilateral
e autoritária, inexistindo acordo de vontades.
• Exceção: nas atividades estranhas ao exercício
da função administrativa, há o chamado “regime
parcialmente sujeito ao direito privado”.

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287
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

• Indisponibilidade do Interesse Público – É adotado na Suíça, na Finlândia, na Grécia, na


– O patrimônio e o interesse público não são de Turquia e na Iugoslávia, dentre outros países.
propriedade da Administração, tampouco de Não é adotado no Brasil.
seus agentes públicos. Cabe-lhes, assim, a sua
gerência e conservação, com o fito de resguardá-
los em prol da coletividade. Os administradores • "Para bem conhecer a natureza dos povos, é
públicos não podem gerenciar os recursos necessário ser príncipe, e para bem conhecer a
públicos visando atender a interesses privados. dos príncipes, é necessário pertencer ao povo."
– Traduz-se pelas restrições jurídico- (Nicolau Maquiavel)
constitucionais na realização de concurso
público, licitação, motivação dos atos PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
administrativos, restrições a alienações de bens
públicos, etc. Noção de Princípio Administrativo
• “São os postulados fundamentais que inspiram todo o
INTERESSE PÚBLICO modo de agir da Administração Pública.” (José dos
• Não é simplesmente o somatório dos Santos Carvalho Filho)
interesses individuais, pois não se • De acordo com Robert Alexy e Ronald Dworkin,
restringe à vontade da maioria. diferenciam-se das regras porque o conflito entre
• Como no conceito de “vontade geral” de estas é dirimido no plano de validade. Os princípios
Rousseu, o ponto de intersecção entre admitem um critério de ponderação de valores, sendo
interesses privados e o interesse atribuído um grau de preponderância.
público é a Lei – o instituto jurídico
considerado em abstrato. Princípios Expressos
• CRFB, art. 1°, parágrafo único. • Legalidade
• Interesse Público Primário – É a diretriz básica da conduta dos agentes públicos,
– Diz respeito aos interesses diretos controlando a Administração e garantindo a
do povo, os interesses gerais observância de direitos individuais.
imediatos. – Legalidade privada (CRFB, art. 5°, II) x legalidade
• Interesse Público Secundário estrita (atuação “secundum legem”).
– Consiste nos interesses imediatos do Estado – A doutrina cita como exceções ao princípio da
enquanto detentor de personalidade jurídica, legalidade: a edição de medidas provisórias, o estado
titularizando direitos e obrigações. de sítio e o estado de defesa.
– De qualquer forma, o interesse público – Os atos são vinculados (lei determinativa) ou
secundário, voltado geralmente à prosperidade discricionários (lei autorizativa).
arrecadatória do Estado, só pode ser
considerado legítimo se não for contrário ao Vamos cantar?
interesse público primário, sob pena de sequer “Só se a lei autorizar, pode o agente praticar a conduta
ser reputado interesse público, mas meramente Se a lei silenciar, a conduta estará proibida”
interesse governamental injusto.
• Impessoalidade (Igualdade, Isonomia ou
SISTEMA JURÍDICO ADMINISTRATIVO Finalidade)
• Sistema Inglês (Judiciário ou Jurisdição Una) – Toda a atuação estatal deve guiar-se pela busca da
– Todos os litígios – de natureza administrativa ou satisfação do interesse público, sob pena de nulidade
de interesses exclusivamente privados – são por desvio de finalidade.
resolvidos judicialmente pela Justiça Comum, ou – Impessoal é “aquilo que não pertence a uma pessoa
seja, pelos juízes e tribunais do Poder Judiciário. em especial” (Caldas Aulete, p. 2.667).
– Utilizado nos EUA, Bélgica, Romênia, México, – Veda a promoção pessoal (CRFB, art. 37, §1°).
dentre outros países. – Proíbe a adoção de medidas que visem a favoritismos
– Não implica vedação à existência de solução em ou perseguições.
litígios do âmbito administrativo, porém não há a – “Os atos e provimentos administrativos são
chamada “preclusão administrativa” de forma imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao
plena. Tampouco acarreta óbice ao dever-poder órgão ou entidade administrativa da Administração
de autotutela da Administração Pública. Pública, de sorte que ele é o autor institucional do
– CRFB, art. 5°, XXXV. ato. Ele é apenas o órgão que formalmente
• Sistema Francês (Contencioso manifesta a vontade estatal.” (José Afonso da Silva).
Administrativo ou Dualidade de Jurisdição) – Moralidade
– O Poder Judiciário é impedido de conhecer as
causas cujo objeto sejam atos da Administração
Pública, pois estes estão sujeitos à chamada Moral
Moral Comum
Administrativa
jurisdição especial do contencioso administrativo, Possui Possui
com tribunais e julgadores próprios, integrantes consequências
jurídicas sanção difusa
da própria administração.

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288
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

– Liga-se às ideias de probidade e boa-fé, nunca gravoso para alcançar o fim público, ou seja, causa
desprezando-se o elemento ético objetivo da o menor prejuízo possível;
conduta. • Proporcionalidade em sentido estrito: as
– É um vício de consciência, intencional, que vantagens a serem conquistadas devem superar
acarreta uma ilegalidade em sentido amplo. as desvantagens.
– CRFB, art. 37, §4°, art. 5°, LXXIII e art. 85, V. SV
13. Vamos cantar?
“Eu andei errado, eu pisei na bola
• Publicidade Matei um pardalzinho usando um canhão
– Possui dupla acepção, a saber: Mas o exagero é sempre ilegal
• Necessidade de publicação em imprensa oficial É inválida a conduta desproporcional”
como requisito de eficácia dos atos
administrativos gerais que devam produzir
efeitos externos ou onerem o patrimônio público; • Autotutela
• Exigência de transparência na atuação – Possibilita à Administração Pública
administrativa (CRFB, art.5°, XXXIII e XXXIV); exercer controle sobre seus próprios
– Exceção: informações imprescindíveis à atos, apreciando-os quanto ao
segurança da sociedade e do Estado (interesse mérito e quanto à legalidade, sem
social) ou que digam respeito à esfera de prejuízo da verificação de legalidade
intimidade do particular (CRFB, art. 5º, LX). pelo Poder Judiciário (Súm. 473,
STF). O controle pode ser de:
Vamos Cantar?
“Segundo o Princípio da Publicidade •Controle exercido
administrativa ou
É vedada a prática de atos sigilosos Legalidade judicialmente.
Mas existem exceções proibindo divulgar •Dá ensejo à anulação
Informações que ponham em risco a segurança
e a intimidade”
•Controle exercido
• Eficiência exclusivamente pela
– Os serviços públicos devem ser fornecidos com
Mérito Administração.
presteza, perfeição e rendimento funcional •Dá ensejo à revogação
(Fernanda Marinela). –
– Desdobra-se nas concepções de atualidade,
economicidade, public management e • Continuidade dos Serviços Públicos
administração gerencial. Foi inserida como – Em razão da natureza premente e inadiável das
princípio administrativo na CRFB por meio da EC necessidades sociais básicas, os serviços
19/98. públicos não podem sofrer interrupções,
– CRFB, art. 5°, XXXV e LXXVIII. envolvendo o próprio poder público e os seus
– Não pode servir de pretexto para suprimir a delegatários.
observância de outros princípios. – Sustenta institutos limitativos como os atinentes
ao direito de greve do servidor público e ao
Princípios Reconhecidos “exceptio non adimpleti contractus” (exceção do
• Razoabilidade contrato não cumprido) do particular que contrata
– “A Administração, ao atuar no exercício da com a Administração.
discrição, terá de obedecer a critérios aceitáveis do • Segurança Jurídica
ponto de vista racional, em sintonia com o senso – “Se é assente que a Administração pode cancelar
normal de pessoas equilibradas e das finalidades seus atos, também o é que por força do princípio
que presidiram a outorga da competência da segurança jurídica obedece aos direitos
exercida.” (Celso Antônio Bandeira de Mello) adquiridos e reembolsa eventuais prejuízos pelos
– Incide sobre o mérito administrativo e o processo seus atos ilícitos ou originariamente lícitos, como
legislativo (Ex.: ADI 1.158), perfazendo análise de consectário do controle jurisdicional e das
congruência entre o fato ensejador e a medida responsabilidades dos atos da Administração.”
tomada. (Luiz Fux)
• Proporcionalidade – Sustenta a credibilidade administrativa e seu
– Assim como o princípio da Razoabilidade, é um poder normativo, revelando a confiança
forte limitador dos poderes discricionário e de necessária para embasar o lastro democrático
polícia. (Princípio da Proteção à Confiança, existente no
– Conhecido como “vedação ao excesso”, reveste- Direito Alemão, aspecto subjetivo do princípio).
se de um tríplice fundamento: – Veda a aplicação retroativa de interpretação
• Adequação: o meio empregado deve ser sobre norma jurídica (Lei 9.784/99, art. 2°, caput).
compatível com o fim colimado; – Remete à “Teoria do Fato Consumado”, segundo
• Exigibilidade: a conduta deve ter-se por a qual existem ocasiões em que:
necessária, não havendo outro meio menos • a convalidação do ato causa menos transtornos
que sua supressão do ordenamento jurídico (Lei
9.784/99, art. 54);

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289
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

• mantém-se os atos praticados por funcionário de b) eficiência não encontra expresso amparo
fato; constitucional, mas é deduzido pela interpretação
• fixa-se prazo para que a anulação seja possível sistemática e finalística dos demais princípios de
(Lei 9.784/99, art. 54); status supra legais.
• há modulação dos efeitos da ADIN ou súmula c) impessoalidade informa todos os órgãos e pessoas
vinculante. que compõem a estrutura administrativa, impedindo a
prévia identificação dos agentes públicos, para evitar
“A administração é a arte de aplicar constrangimentos e revelação de conflitos de
as leis sem lesar os interesses.” interesses.
(Honoré de Balzac) d) publicidade foi alçado à categoria de único princípio
absoluto após a edição da Lei de Acesso à Informação.
1. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de São e) legalidade apresenta diferentes acepções, dentre elas
José do Rio Preto - SP Prova: FCC - 2019 - a circunscrição de matérias reservadas à expressa
Prefeitura de São José do Rio Preto - SP - Agente disciplina por lei formal.
Administrativo
O regime jurídico imposto à Administração pública a 4. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Câmara de Fortaleza
submete a princípios e regras. No que se refere à - CE Prova: FCC - 2019 - Câmara de Fortaleza - CE
obrigatoriedade de observância, - Contador
a) os princípios possuem hierarquia superior às regras A tabela abaixo apresenta, na coluna da esquerda,
constantes da legislação, sobrepondo-se, portanto, a cinco princípios que norteiam a administração pública;
elas. e na coluna da direita, apresenta cinco exemplos de
b) a Administração indireta se submete apenas às regras ações administrativas que ferem esses princípios.
constantes da legislação, não se lhes aplicando os
princípios que regem a Administração direta. Princípios
c) as regras legais podem ser afastadas se a 1. Legalidade
Administração pública demonstrar que essa conduta 2. Impessoalidade
melhor atenderá ao princípio da eficiência. 3. Moralidade
d) o conteúdo dos princípios pode ser identificado em 4. Publicidade
inúmeras regras legais, a exemplo da obrigatoriedade 5. Eficiência
de realizar procedimento licitatório para garantia da
impessoalidade entre os interessados. Ações
e) o princípio da legalidade é hierarquicamente superior I. em uma licitação do Governo Federal para compra de
aos demais princípios, porque obriga a Administração papel para escritório, todos os atos praticados na fase
pública a agir nos termos da lei. externa do processo licitatório (proposta, lances,
habilitação, adjudicação e homologação) correram
2. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: RIOPRETOPREV sigilosamente.
Prova: FCC - 2019 - RIOPRETOPREV - Analista II. um fiscal de um órgão ambiental estadual deixa de
Previdenciário - Assistente Social autuar uma empresa que necessita de um
O direito administrativo disciplina a função licenciamento ambiental e opera sem possuí-lo.
administrativa dos entes federados, órgãos, agentes e III. a Secretaria da Fazenda de dado município brasileiro
atividades desenvolvidas pela Administração Pública. designou nominalmente um dado munícipe em sua
Entre seus princípios está a legalidade, ou seja, cabe dotação orçamentária, para pagamento a este de
à Administração Pública: precatórios judiciais.
a) Apresentar resultados positivos para o serviço público, IV. a Secretaria Estadual de Saúde de dado estado
bem como o atendimento das necessidades públicas. negligencia programas de capacitação de uma nova
b) Promover a qualificação de agentes públicos que equipe de agentes de saúde para uma campanha de
apresentem comportamento de acordo com o combate a focos do vetor da febre amarela.
interesse público. V. um funcionário da Secretaria de Obras de dado
c) Ser composta por agentes públicos que não usem a município atende a pedidos de recapeamento de ruas
administração pública para a promoção pessoal. mediante o recebimento direto de valor em espécie
d) Ter credibilidade voltada para transparência na defesa pago pelo solicitante do serviço.
de direitos para a oferta de informações nos órgãos
públicos. A alternativa que apresenta a relação correta entre
e) Atuar de acordo com a lei e finalidades expressas ou cada um dos princípios com cada um dos exemplos de
implícitas previstas no Direito. ações administrativas que os ferem é

3. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TCE-GO Provas: a) 1-I; 2-II; 3-IV; 4-III; 5-V.
FCC - 2022 - TCE-GO - Analista de Controle Externo b) 1-II; 2-III; 3-V; 4-I; 5-IV.
Especialidade Engenharia c) 1-III; 2-V; 3-I; 4-IV; 5-II.
Dentre os princípios que regem as atividades da d) 1-IV; 2-I; 3-II; 4-V; 5-III.
Administração pública, o princípio da e) 1-V; 2-IV; 3-III; 4-II; 5-I.
a) moralidade sobrepõe-se aos demais, porque tem
caráter transversal e pode fundamentar medidas
judiciais em função de seu descumprimento.

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290
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

5. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de 8. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 5ª Região (BA)
Manaus - AM Prova: FCC - 2019 - Prefeitura de Prova: FCC - 2022 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista
Manaus - AM - Técnico Fazendário Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade
Os princípios da eficiência e da moralidade, que regem a A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em
atuação da Administração pública, linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro
a) admitem interpretação que sobreponha seu conteúdo grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor
e hierarquia ao de norma jurídica prevista em lei da mesma pessoa jurídica investido em cargo de
formal, dada sua capacidade de atualização e ajuste direção, chefia ou assessoramento, para o exercício
ao caso concreto. de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de
b) não são passíveis de serem objeto de controle por função gratificada na Administração pública direta e
órgãos externos, dado seu conteúdo fluido e indireta em qualquer dos poderes da União, dos
desprovido de elementos concretos e tutela formal em Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
lei. compreendido o ajuste mediante designações
c) se sobrepõem aos demais princípios administrativos recíprocas, viola a Constituição Federal. (Enunciado
explícitos e implícitos, em razão do conteúdo de da Súmula Vinculante nº 13)
interesse público transversal que expressam.
d) não impedem o exercício do controle pelo Tribunal de As decisões do Supremo Tribunal Federal amiúde
Contas, ao qual também é dado inferir conteúdo de recorrem à ponderação, em que algumas normas são
economicidade aos atos e contratos administrativos. sopesadas em relação às demais do sistema. Na
e) afastam a possibilidade de controle judicial quando edição da SV nº 13 pesaram mais e menos,
tiverem sido o fundamento da edição de atos e respectivamente, os princípios da
celebração de contratos administrativos. a) Eficiência e da Moralidade.
b) Moralidade e da Impessoalidade.
6. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEGEP-MA Prova: c) Publicidade e da Moralidade.
FCC - 2018 - SEGEP-MA - Analista Executivo - d) Impessoalidade e da Legalidade.
Administrador e) Legalidade e da Publicidade.
Entre os princípios aplicáveis à Administração pública,
insere-se o da 9. Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: FCC -
a) impessoalidade, com base no qual é coibido o uso de 2020 - AL-AP - Analista Legislativo - Administrador
símbolos que caracterizem a promoção pessoal de de Rede e Telecomunicações
autoridades em atos e programas de governo. Considerando os princípios que regem a
b) razoabilidade, que afasta a possibilidade de ações Administração Pública, de acordo com o princípio da:
governamentais que impliquem restrições à atuação I. Indisponibilidade do interesse público, os interesses
de particulares com base no poder de polícia. públicos não se encontram à livre disposição do
c) legalidade, que impede a prática de atos Administrador público.
discricionários, fundados em conveniência e II. Supremacia do interesse público, a Administração
oportunidade da Administração. Pública está sempre acima dos direitos e garantias
d) moralidade, que deve, necessariamente, ser aplicado individuais.
em caráter acessório e complementar ao da III. Segurança jurídica, deve ser prestada a assistência
legalidade, eis que não dotado de autonomia. jurídica integral e gratuita aos que comprovem
e) publicidade, aplicável apenas em relação aos atos insuficiência de recursos.
administrativos que produzam efeitos em face de IV. Continuidade do serviço público, o serviço público,
terceiros. atendendo a necessidades essenciais da coletividade,
como regra, não deve parar.
7. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 17ª Região
(ES) Prova: FCC - 2022 - TRT - 17ª Região (ES) - Está correto o que se afirma APENAS em
Técnico Judiciário - Área Administrativa a) II e III.
Com relação aos princípios da Administração Pública, b) I e II.
a) o rol dos princípios da Administração Pública c) III e IV.
elencados na Constituição Federal é exaustivo. d) I e IV.
b) os Poderes Legislativo e Judiciário não estão sujeitos e) II e IV.
aos princípios da Administração Pública no exercício
de suas funções típicas ou atípicas. 10. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: SANASA Campinas
c) o princípio da eficiência não constava da redação Prova: FCC - 2019 - SANASA Campinas - Analista
original da Constituição Federal, sendo posteriormente Administrativo - Serviços Jurídicos
incluído por meio de uma emenda, quase dez anos No que concerne aos princípios constitucionais,
após a sua promulgação. explícitos e implícitos na Constituição Federal de 1988,
d) os princípios da Administração Pública se aplicam aplicáveis à Administração pública, tem-se
somente à administração direta, não se aplicando às a) a prevalência do princípio da moralidade sobre todos
empresas públicas e às sociedades de economia os demais princípios, podendo ser invocado para
mista. afastar, em situações de restrição de direitos
e) a obrigação do poder público de disponibilizar para a individuais, os princípios da razoabilidade e da
sociedade a remuneração dos servidores públicos legalidade estrita.
está relacionada ao princípio da eficiência.

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291
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

b) que o princípio da legalidade impede a edição de atos


normativos pelo Poder Executivo, salvo no estrito
âmbito do poder regulamentar, apenas nos limites
para fiel execução de lei.
c) que o princípio da eficiência aplica-se, de forma
autônoma, exclusivamente às entidades sujeitas ao
regime jurídico de direito privado, aplicando-se às
entidades de direito público apenas em caráter
subsidiário.
d) como decorrência do princípio da razoabilidade, a
possibilidade de afastamento do princípio da
legalidade quando presentes razões de interesse
público, devidamente comprovadas.
e) que a aplicação dos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade na prática de atos discricionários
pela Administração demanda a adequação entre
meios e fins de forma a evitar restrições
desnecessárias a direitos individuais.

GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D E E B D A C B D E

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292
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

ATOS ADMINISTRATIVOS
 É espécie do gênero ato jurídico.

Atos jurídicos *Os atos administrativos são


em sentido espécies de atos jurídicos em
sentido estrito.
estrito*
Atos Jurídicos
Negócios
Fatos jurídicos
jurídicos
Fatos jurídicos
em sentido
estrito

CONCEITO DE ATOS ADMINISTRATIVOS

 Fatos Administrativos (Atos materiais)


 São as atividades com repercussão meramente material no exercício da função administrativa, que não
contém uma manifestação de vontade. Ex.: pavimentação de ruas, mudança da localização de setor,
serviço de limpeza das ruas, etc.

 Atos (privados) da Administração


 Têm natureza de ato privado, desprovidos, portanto, do regime jurídico de Direito Público.
 Perfazem-se quando da celebração de contrato de aluguel, da emissão de cheques ou da intervenção
no domínio econômico por parte das empresas estatais, por exemplo.

 Atos Administrativos
 São atos provindos da vontade estatal, aptos a propiciar efeitos jurídicos com finalidade pública,
estando, destarte, regidos pelos ditames do Direito Público.
 Pressupõem sempre uma manifestação unilateral da vontade administrativa.
 Podem ser implementados pelos três órgãos de Poder, embora configure atividade típica do Executivo.

CLASSIFICAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS

 Quanto aos destinatários


 Individuais: direcionam-se a pessoa(s) determinada(s), ou seja, a título singular ou plúrimo. Ex.:
nomeação, exoneração.
 Gerais: atinge toda uma coletividade, de forma indeterminada. Ex.: placas de trânsito, decretos,
instruções normativas.

 Quanto à formação de vontade


 Simples: são formados pela declaração jurídica de um só órgão, singular ou colegiado.
 Complexos: existem duas manifestações volitivas, envolvendo dois órgãos distintos e independentes.
Ex.: concessão de aposentadoria
 Compostos: existe a manifestação de vontade de um único órgão, que depende da ratificação
(confirmação, homologação ou aprovação) de outro órgão (geralmente pertencente à mesma estrutura
jurídica), que é condição para geração de seus efeitos. Ex.: vistos, pareceres, homologação.

Vamos cantar?
“Não se esqueça que ato complexo
É aquele formado por vontade de dois órgãos
É diferente do ato composto
Por vontade de um só órgão
Mais aprovação de outro”

 Quanto ao grau de liberdade da Administração em sua prática


 Vinculados: não existe margem de liberdade para decisão, conquanto a lei predetermine de modo
completo todo o modo de agir do agente público. Confere direito subjetivo ao administrado sobre a sua
observância. Ex.: aposentadoria compulsória, licença maternidade.

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293
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

 Discricionários: existe liberdade para se efetuar uma avaliação ou decisão do caso concreto, segundo
critérios de conveniência e oportunidade prelecionados pela autoridade exequente, nos ditames da lei
autorizativa. Ex.: autorização para porte de arma, conceitos jurídicos indeterminados (bem comum,
conduta escandalosa, moralidade, etc.).

Mérito Administrativo
▪ Só existe em atos discricionários, casos em que, por previsão legal, existe margem de liberdade dada ao
agente público para decidir sobre a oportunidade e conveniência do ato administrativo.

▪ Oportunidade
 Escolha do momento adequado para a prática do ato.

▪ Conveniência
 Aferição do atendimento ao interesse público.

 Quanto à posição jurídica da Administração


 Atos de império: são aqueles praticados pela Administração no gozo de prerrogativas de autoridade.
Ex.: interdição de estabelecimento, desapropriação.
 Atos de gestão: são os praticados sem o uso de poderes comandantes. Ex.: aluguel de um bem,
autorização de uso.
 Atos de expediente: atos internos, relacionados às rotinas administrativas, sem conteúdo decisório. Ex.:
protocolo e movimentação de processos.

• Quanto à situação de terceiros


 Internos: produzem efeitos apenas no interior da Administração. Ex.: pareceres, informações.
 Externos: produzem efeitos sobre terceiros. Ex.: admissão, licença.

• Quanto aos efeitos


 Constitutivos: fazem nascer uma situação jurídica, seja de forma originária, seja extinguindo ou
modificando situação anterior. Ex.: nomeação e demissão de servidor público.
 Declaratórios: afirmam a preexistência de uma situação de fato ou de direito. Ex.: certidão de matrícula.

 Quanto à formação
 Perfeito: passou por todas as fases de produção.
 Válido: está conforme à lei.
 Eficaz: já está disponível para produzir seus efeitos jurídicos.

ELEMENTOS (REQUISITO DE VALIDADE)

 Competência (Sujeito ou Agente)


 É a atribuição legal permissiva que confere ao agente público legitimidade para a prática dos atos
atinentes à sua função (atribuições funcionais).
 É de exercício obrigatório para os órgãos e agentes.
 É irrenunciável e intransferível, embora haja previsão legal para a avocação e delegação de
competência (Lei 9.784/99, arts. 11 a 15).
▪ OBS: Não é possível a avocação ou a delegação de competência para:
a) Atos Normativos;
b) Decisões de Recursos Administrativos;
c) Atos de competência exclusiva.
 É imodificável pela vontade de agente, haja vista ser sempre dotada de natureza vinculada.
 É imprescritível, pois o seu não-exercício não acarreta a extinção da competência.
 Sua inobservância dá origem ao excesso de poder.

 Objeto (Conteúdo)
 “É o próprio conteúdo material do ato” (Marcelo Alexandrino).
 “É a alteração no mundo jurídico que o ato administrativo se propõe a processar” (José dos Santos
Carvalho Filho).
 Integra o mérito administrativo, razão porque pode assumir a forma vinculada ou a discricionária.
 Não pode ser ilícito (açambarca a ausência de previsão legal e a desconformidade com a lei), impossível
ou indeterminável.

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294
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

 Forma
 É o modo de exteriorização do ato administrativo.
 É requisito vinculado e imprescindível à validade do ato.
▪ OBS: possibilidade de convalidação de vício de forma, se não contrariar expressa exigência
da lei.
 Como regra, deve seguir rito formal, sendo comum a forma escrita. Exceções a esta regra existem,
como as ordens verbais na relação de hierarquia, os sinais de trânsito, etc.
 A motivação faz parte da forma, tanto que sua ausência implica nulidade do ato por vício de forma. A
motivação pode ser considerada um princípio administrativo.

 Motivo
 É a causa imediata (pressuposto de direito ou de fato) do ato administrativo, confirmando uma
subsunção do fato à norma.
 Assim como o objeto, pode se revestir de vinculação ou discricionariedade, integrando o mérito
administrativo.
 Difere da motivação, pois esta é a expressão textual da situação de fato que levou o agente à
manifestação de vontade. A motivação é obrigatória, ressalvados os casos em que haja dispensa legal
ou incompatibilidade com a natureza da medida.
 Teoria dos Motivos Determinantes
▪ O ato administrativo deve guardar compatibilidade com a situação de fato que gerou a
manifestação de vontade, sob pena de nulidade. Ou seja, o motivo não pode ser ilegítimo nem
inexistente.

Vamos cantar?
“Se o ato é praticado com base num motivo
E o motivo é falso ou inexistente
O ato é nulo, o ato é nulo
É o que afirma, é o que afirma
A chamada, a chamada
Teoria dos Motivos, Teoria dos Motivos
Determinantes, Determinantes”

 Finalidade (Fim)
 “Desde que a Administração Pública só se justifica como fator de realização do interesse coletivo, seus
atos hão de dirigir sempre e sempre para um fim público” (Hely Lopes Meirelles)
 Sua inobservância acarreta o desvio de poder (ou desvio de finalidade), hipótese de nulidade insanável
do ato administrativo.
 Enquanto o objeto representa um fim imediato ou resultado prático, a finalidade traduz a vontade
coletiva, o interesse público, o fim mediato colimado pelo ato estatal.
 É sempre vinculado, determinado pela lei. Sua inobservância acarreta a necessária nulidade do ato.

Elementos Vinculados
Forma
Elementos Vinculados ou
Discricionários
Finalidade
Motivo Objeto

Competência Mérito Administrativo

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CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

 Imperatividade (Coercibilidade ou Poder Extroverso do Estado)


 Traduz a possibilidade de a Administração, independente da concordância do terceiro envolvido, criar-
lhe obrigações ou impor-lhe restrições.
 Não está presente em todos os atos administrativos, mas principalmente nos atos punitivos e atinentes
ao poder de polícia.

 Presunção de Legalidade (ou de Legitimidade) e de Veracidade


 Todo ato administrativo presume-se verdadeiro e conforme ao Direito, estando aptos a produzirem
todos os seus efeitos desde a sua edição, até que seja decretada a sua invalidade.
 É estabelecida uma presunção juris tantum (presunção relativa), cabendo a quem alega o ônus da prova
de existência do eventual vício.

 Autoexecutoriedade
 O ato administrativo, por si só, tem o condão de criar direitos obrigações, submetendo a todos os que
se situem em sua órbita de incidência (Vedel).
 Diz respeito à possibilidade de praticar atos administrativos, utilizando-se inclusive da força (se
necessário) sem que se precise obter autorização judicial prévia.
 Não reveste todos os atos administrativos, pois é qualidade própria dos atos inerentes ao exercício de
atividades típicas da Administração, atuando na condição de Poder Público. São os casos em que haja
autorização em lei (apreensão de mercadorias, cassação de licença para dirigir) ou se trate de medida
urgente, que possa causar prejuízo maior (demolição de prédio, internação de pessoa com doença
contagiosa).

 Tipicidade
 “É o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei
como aptas a produzir determinados resultados” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro)
 Como corolário do Princípio da Legalidade, possui o objetivo de afastar a possibilidade de a
Administração praticar atos inominados.
 Representa uma garantia para o administrado, pois impede que seja vítima de uma arbitrariedade,
consubstanciada pela prática de ato unilateral e coercitivo sem previsão legal.

ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS

 Atos normativos
 Contêm determinações gerais e abstratas.
 Não podem inovar o ordenamento jurídico, uma vez que se prestam a regulamentar conteúdo já
disciplinado em lei. Por isso são chamados de atos derivados ou secundários.
 Exceção: decretos autônomos – Poder Normativo - (CRFB, 84,VI)
 Têm como exemplos os decretos ou regulamentos (exclusivos dos Chefes do Executivo), os
regimentos, os regulamentos, as deliberações e as resoluções.

 Atos ordinatórios
 “São os atos administrativos internos, endereçados aos servidores públicos, que veiculam
determinações concernentes ao adequado desempenho de suas funções.” (Marcelo Alexandrino e
Vicente Paulo)
 Fundamentam-se no Poder Hierárquico e não atinge os administrados, ou seja, possuem efeitos
internos. São inferiores aos atos normativos.

➢ “Ordinário, avisa na portaria que a ordem de serviço é circular ao despacho de ofício!”


➢ CAIO PODE: circulares, avisos, instruções, ordens de serviço, portarias, ofícios e despachos.

• Atos negociais
 São utilizados em situações nas quais o ordenamento jurídico exige que o particular obtenha anuência
prévia da Administração para realizar determinada atividade ou direito.
 Assumem a forma de um ato vinculado (se o administrado preencher todos os requisitos legais para o
exercício do direito) ou de um ato discricionário (quando há mero interesse do administrado, e não
direito subjetivo).
 Podem consistir em licenças (alvarás, CNH), autorizações (porte de arma, serviço de táxi, serviços
privados de saúde, uso de bem público), ou permissões (uso permanente se bem público).

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296
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

 Atos enunciativos
 São atos que contém algum juízo de valor, uma opinião, uma recomendação de atuação administrativa.
 Não produzem efeitos jurídicos, haja vista dependerem sempre de um outro ato de conteúdo decisório.
 São exemplos os pareceres, as certidões e os atestados.

• Atos punitivos
 São os meios pelos quais a Administração pode impor diretamente sanções a seus servidores ou
administrados em geral. Pode ter fundamento:
 No Poder Disciplinar: servidores públicos e particulares dotados de vínculo jurídico específico
(contrato administrativo);
 No Poder de Polícia: afeta particulares em geral, não ligados à Administração por vínculo
jurídico específico.

EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

 Anulação (ou Invalidação)


 É o desfazimento do ato administrativo em razão da existência de vício de legalidade, que pode estar
atrelado a qualquer dos elementos que o compõem.
 Trata-se de obrigação para a Administração, sendo, portanto, um ato vinculado, visto que a
Administração possui o dever de obediência à legalidade e em respeito ao Princípio da Autotutela
(Lei 9.784/99, art. 53 e Súmula 473, STF).
 Exceção: convalidação de atos com irregularidades superáveis (Lei 9.784/99, art. 55).
 Pode ainda ser realizado pelo Judiciário (ações ordinárias, reclamações, remédios constitucionais e
CRFB, art. 5°, XXV).
 A nulidade não origina direitos, não pode ser confirmada, não convalesce com o decurso do tempo e
opera ex tunc.

 Revogação
 É a retirada do mundo jurídico de ato válido, mas segundo critérios de valores da autoridade
administrativa, tornou-se inoportuno e/ou inconveniente.
 São insuscetíveis de revogação os atos do VC PODE DA

 Vinculados;
 Que exauriram os seus efeitos, consumados (Ex.: férias já gozadas);
 Integrativos de procedimento administrativo;
 Atos enunciativos (meramente declaratórios).
 Que geram direitos adquiridos;
 VC PODE DA

 Surge como consequência do Poder Discricionário, em controle de mérito.


 Seus efeitos operam ex nunc.
 Não se permite o controle judicial sobre os critérios de conveniência e oportunidade, visto que o controle
de mérito resulta na revogação, só possível à própria Administração. O exame judicial somente pode
se dirigir aos aspectos de legalidade (adequação à lei e aos requisitos do ato) ou legitimidade
(observância dos princípios administrativos) do ato, que resultam na anulação, em homenagem ao
Princípio da Separação dos Poderes.

Vamos cantar
“Alalaôôôôôôô, se anulooooooou
Judiciário e o Poder Executivo
Com efeitos ‘ex tunc’, um defeito é o motivo
Alalaôôôôôôô, se revogooooooou
Só o Executivo pode revogar seus atos
Com efeitos ‘ex nunc’, a causa é o interesse público”

• Convalidação (Saneamento) dos Atos Administrativos


o Significa corrigir, regularizar um ato administrativo com defeito sanável, desde a origem (“ex tunc”).
Relaciona-se com os atos denominados anuláveis.

o Para ser sanado, o ato administrativo irregular deve preencher dois requisitos (art. 50 da Lei 9.784/99):
▪ Não acarretar lesão ao interesse público; e
▪ Não acarretar prejuízo a terceiros.

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297
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

o São defeitos sanáveis:


▪ Vício relativo à competência quanto à pessoa, (não quanto à matéria), desde que não seja
exclusiva;
▪ Vício de forma, desde que a lei não considere a forma elemento essencial.
o Pode recair sobre atos discricionários ou vinculados.

PARA MEMORIZAR

Para convalidar Precisa ter FOCO

FORMA COMPETÊNCIA

Não podem Ser convalidados É O FIM

OBJETO FINALIDADE MOTIVO

Anulação x Revogação x Convalidação

Anulação Revogação Convalidação


• Opera retroativamente • Efeitos prospectivos • Opera retroativamente
("ex tunc"); ("ex nunc"); ("ex tunc");
• Pode ser efetuada pela • Só pode ser efetuada • Só pode ser efetuada
Administração ou pelo pela própria; pela própria
Judiciário; Administração que Administração que
• Pode incidir sobre atos praticou o ato; praticou o ato;
vinculados ou • Só incide sobre atos • Pode incidir sobre atos
discricionários, exceto discricionários; vinculados ou
sobre o mérito • É sempre um ato discricionários;
administrativo; discricionário. • É sempre um ato
• Em regra, é vinculada. discricionário.

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298
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

 Extinção natural
 Decorre do cumprimento normal dos efeitos do ato. Ex.: permissão de uso por prazo certo e férias.
 Caducidade
 “Funda-se no advento de nova legislação que impede a permanência da situação anteriormente
consentida.” (Diógenes Gasparini)
 Cassação
 O beneficiário do ato deixa de cumprir requisito capaz de manter válido o ato administrativo.
 Contraposição (Derrubada)
 Prática ulterior de ato administrativo que torne impossível a manutenção da situação anterior.

“Quem mais demora a prometer


é mais fácil no cumprir.”
(Jean-Jacques Rosseau)

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299
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

1. Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: MANAUSPREV e) desobriga a Administração pública de realizar, em
Prova: FCC - 2021 - MANAUSPREV - Analista relação ao ato praticado, prova de sua legalidade, que,
Previdenciário - Especialidade Auditoria no entanto, admite prova em contrário, podendo ser
Distinguem-se as atividades materiais e as afastada nas esferas judicial, administrativa ou perante
manifestações de vontade da Administração Pública o Tribunal de Contas.
porque
a) das primeiras não decorrem efeitos jurídicos, enquanto 4. Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: TRT - 18ª Região
as manifestações de vontade vinculam e (GO) Prova: FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) -
responsabilizam a Administração Pública. Analista Judiciário - Área Administrativa
b) as primeiras podem ser classificadas como atos Quanto aos atributos e elementos do ato
administrativos de efeitos concretos, enquanto as administrativo e respectiva relação com a existência e
manifestações de vontade são exaradas no contexto validade,
dos negócios jurídicos firmados com a Administração a) a presunção de legitimidade que informa todos os atos
Pública. administrativos não afasta a possibilidade de controle
c) as primeiras podem ser fatos administrativos e, judicial em relação a eventuais vícios de legalidade,
embora possam produzir efeitos jurídicos, não como no caso de ato proferido por autoridade
veiculam manifestação de vontade da Administração incompetente.
Pública, característica dos atos administrativos. b) a imperatividade dos atos administrativos enseja
d) as primeiras não estão sujeitas a controle por parte da medidas de autoexecutoriedade e, em razão da
Administração Pública e de órgãos externos, natureza discricionária, não admite controle judicial,
considerando que de sua prática não decorrem efeitos apenas autotutela por parte da Administração Pública.
jurídicos ou impacto na esfera jurídica dos c) a exigibilidade dos atos administrativos guarda relação
administrados. direta com a forma, estando presente apenas nos atos
e) as primeiras são sempre unilaterais, enquanto as vinculados que, como tal, encontram todos os seus
manifestações de vontade da Administração Pública requisitos de validade elencados na lei.
são bilaterais, complexas ou compostas. d) o vício relativo ao motivo, ou seja, quanto aos
pressupostos fáticos do ato, pode ser objeto de
2. Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: FCC - controle judicial, sem prejuízo da possibilidade de
2020 - AL-AP - Advogado Legislativo - Procurador convalidação.
Os atos administrativos, manifestações de vontade da e) o objeto do ato administrativo pode ser discricionário
Administração pública, devem observar os requisitos ou vinculado, sendo que somente os atos
legais para vigência, validade e eficácia. A análise discricionários que apresentem vícios poderão ser
desses requisitos permite convalidados.
a) inferir que tanto a validade quanto a eficácia se
referem à produção de efeitos do ato, não dependendo 5. Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: TRT - 18ª Região
da vigência do ato. (GO) Prova: FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) -
b) prever que o implemento de condição suspensiva Técnico Judiciário Área Administrativa
implica a extinção do ato administrativo, atuando no Quando constatado que as razões de fato ou de direito
campo da validade. consignadas para a prática de determinado ato
c) concluir que a validade e a eficácia dependem da administrativo são falsas, tem-se
vigência do ato administrativo, não sendo o inverso a) vício de motivo, sendo cabível a invalidação
necessariamente verdadeiro. administrativa ou judicial do ato, ainda que se trate de
d) analisar o campo da vigência sob o prisma das ato discricionário.
nulidades para identificar a existência de vícios, estes b) vício de finalidade, não passível de invalidação em
que, no que se refere aos elementos do ato sede judicial, salvo em se tratando de ato vinculado.
administrativo, são sempre sanáveis. c) ato jurídico inexistente, dada a ausência de um de
e) interligar a esfera de projeção de efeitos, de forma que seus elementos constitutivos essenciais.
a ineficácia de um ato enseja a invalidade e esta d) vício meramente formal, descabendo invalidação na
interrompe a vigência. medida em que o motivo é elemento extrínseco ao ato.
e) a obrigação de convalidação do ato pela autoridade
3. Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: MANAUSPREV superior, no exercício da autotutela administrativa,
Prova: FCC - 2021 - MANAUSPREV - Técnico com a correção da falha identificada.
Previdenciário - Especialidade Informática
A presunção de legitimidade dos atos administrativos 6. Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: TRT - 18ª Região
a) impede que sejam objeto de controle externo, que, se (GO) Prova: FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) -
exercido, caracterizaria indevida ingerência na escolha Analista Judiciário Área - Contabilidade
do administrador. Pedro, servidor que ingressou recentemente em órgão
b) implica reconhecer que são conforme o direito, administrativo encarregado de conceder licença de
presunção que não admite prova em contrário. edificação, expediu alvará para construção de um
c) é a qualidade de certos atos que se impõem aos seus galpão, verificando, posteriormente, que a
destinatários independentemente da concordância competência para tanto seria de seu superior
destes. hierárquico. Diante de tal situação, caberá a
d) é a qualidade de certos atos de se impor ao seu
destinatário independentemente de ação judicial.

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300
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

a) anulação do ato e a sua substituição por outro hígido, 9. Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: Copergás - PE
praticado pela autoridade competente, dado seu Provas: FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista
caráter discricionário. Administrador
b) declaração de nulidade do ato, eis que vício de Um servidor público pretende extinguir ato
competência não é passível de saneamento. administrativo válido, por razões de oportunidade e
c) convalidação do ato pela autoridade competente, conveniência. Nesse caso, a extinção do ato
desde que presentes os requisitos legais para a
concessão da licença, eis que se trata de ato a) não será possível, tendo em vista tratar-se de ato
vinculado. administrativo válido, isto é, editado em conformidade
d) manutenção do ato, desde que o particular esteja de com a lei.
boa-fé e não tenha induzido a autoridade a erro, b) dar-se-á por meio de revogação, que corresponde a
vedada a anulação ou revogação pela Administração. ato administrativo discricionário da Administração
e) homologação do ato pelo superior hierárquico, com Pública, desde que presentes os requisitos legais.
produção de efeitos apenas a partir do ato c) dar-se-á por meio de anulação, desde que observados
homologatório, dado seu caráter discricionário. os requisitos legais e respeitados os efeitos já
produzidos pelo ato.
7. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO d) dar-se-á por meio de revogação, desde que o ato que
e AC) Prova: FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e se pretende extinguir seja vinculado, pois apenas atos
AC) - Técnico Judiciário - Área Administrativa administrativos dessa natureza comportam
A anulação de ato administrativo revogação.
a) é de competência exclusiva da Administração pública, e) poderá ocorrer tanto por meio de revogação quanto
não podendo ser efetivada pelo Poder Judiciário. por anulação, no entanto, na primeira hipótese,
b) produz efeitos ex nunc, ou seja, retroativos à data em produzirá efeitos ex tunc.
que foi emitido.
c) corresponde ao desfazimento do ato por razões de
ilegalidade. 10. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 22ª Região (PI)
d) depende de provocação do interessado. Prova: FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico
e) corresponde ao processo de que se vale a Judiciário - Área Administrativa
Administração pública para aproveitar atos Diversos Estados brasileiros passaram a produzir
administrativos com vícios superáveis, de forma a legislação de combate ao trabalho análogo à
confirmá-los no todo ou em parte. escravidão, determinando que as empresas que sejam
condenadas pela prática percam o seu registro de
8. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 5ª Região (BA) contribuinte estadual, ficando assim impedidas de
Prova: FCC - 2022 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista operar no território estadual. À luz da teoria dos atos
Judiciário - Área Administrativa administrativos, o cancelamento do registro deve ser
Com relação ao ato administrativo é correto afirmar classificado como um ato de
que a) caducidade.
a) a revogação, quando se tratar de ato discricionário b) confisco.
válido, poderá ser realizada tanto pela Administração c) encampação.
Pública que o produziu quanto pelo Poder Judiciário, d) cassação.
no desempenho da sua função jurisdicional. e) expropriação.
b) sua anulação somente poderá ocorrer pelo Poder
Judiciário, tendo em vista que os atos administrativos
possuem a presunção de legitimidade, produzindo
todos os efeitos para os quais foi editado.
c) tanto a própria Administração pública quanto o Poder
Judiciário têm o poder de anulá-lo quando estiver
eivado de vício que o torna ilegal.
d) a revogação, quando se tratar de ato discricionário
válido, poderá ser realizada apenas pela
Administração Pública que o produziu, por razões de
oportunidade e conveniência, sendo seus efeitos
sempre retroativos (eficácia ex tunc).
e) é possível a anulação e a revogação dos atos que
geram direitos adquiridos e dos meros atos
administrativos, desde que sejam realizadas pelo GABARITO
Poder Judiciário, no desempenho da sua função 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
jurisdicional. C C E A A C C C B D

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301
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GOVERNO

 Função Administrativa ou de Estado


▪ É aquela exercida pelo Estado ou por seus delegados, subjacente à ordem constitucional e legal, sob
regime de direito público, com vistas a alcançar os fins colimados pela ordem jurídica. (Aricê Moacyr
Amaral Santos)
Ex.: o serviço público, a intervenção, o fomento e a polícia.
 Função Política ou de Governo
▪ “Implica uma atividade de ordem superior referida à direção suprema e geral do Estado em seu conjunto
e em sua unidade, dirigida a determinar os fins da ação do Estado, a assinalar as diretrizes para outras
funções, buscando a unidade da soberania estatal.” (Renato Alessi)
Ex.: atividades colegislativas e de direção.
▪ Não admitem o controle judicial, desde que não afetem direitos individuais. São exemplos de atos
exclusivamente políticos: a convocação extraordinária do Congresso Nacional, a nomeação de CPIs,
as nomeações de Ministros de Estado, a declaração de guerra ou paz e etc.

Conceito de Administração Pública


 Sentido Formal, Subjetivo ou Orgânico
▪ “Conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que o nosso ordenamento jurídico identifica como
administração pública, não importa a atividade que exerçam.” (Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo)
▪ Abrange os órgãos da Administração Direta e as entidades da Administração Indireta, açambarcando
inclusive as entidades que não desempenham função administrativa.
▪ Está especificada no art. 4° do Decreto-Lei 200/67.
▪ Sentido Material, Objetivo ou Funcional
▪ É o conjunto de atividades próprias da função administrativa, não sendo parâmetro quem a exerce.
▪ Para fins de delineação deste conceito, são considerados os serviços públicos, a polícia administrativa,
o fomento e a intervenção.
▪ É uma atividade concreta, pondo em execução a vontade estatal contida na lei, com finalidade de
satisfazer direta e imediatamente ao interesse público, sob regime predominante de direito público.

PARA MEMORIZAR

FOS chama a OAB


- Quem faz?
MFO chama de SP a PA e sente FOMI
- O que faz?

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302
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

Organização da Administração

 Centralização Administrativa
▪ É sinônimo de Administração Direta.
▪ Ocorre quando o Estado executa suas tarefas diretamente, por meio de órgãos e agentes integrantes desta
Administração.
▪ Integram a Administração Centralizada (ou Direta) as entidades políticas, que possuem autonomia política,
traduzida pela capacidade de auto-organização e de legislar, conferida pela CRFB. Ex.: União, Estados, DF e
Municípios.
 Descentralização Administrativa
▪ É sinônimo de Administração Indireta.
▪ É consubstanciada por meio das entidades administrativas, que integram a administração pública formal brasileira
sem dispor de autonomia política. Integram a Administração Indireta. São elas: autarquias, fundações, consórcios
públicos, empresas públicas e sociedades de economia mista.
▪ São criadas pelas entidades políticas, na atividade de descentralização, mas não são subordinadas a elas. Envolve
a relação criada entre pessoas jurídicas diversas, reproduzindo o Poder de Vinculação, Tutela, Controle
Finalístico ou Supervisão Ministerial.
 Desconcentração Administrativa
▪ Ocorre sempre dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica, dando origem aos órgãos. São exemplos os
Ministérios (Administração Centralizada Desconcentrada), os departamentos de uma universidade (Administração
Descentralizada Desconcentrada), etc. Classificam-se em razão:
❖ Da matéria: Ministério da Saúde, da Educação, etc.
❖ Do grau ou da hierarquia: Ministérios, Secretarias, Superintendências, etc.
❖ Do critério territorial: Superintendências Regionais, Setoriais, etc.
▪ Trata-se de mera técnica administrativa de distribuição interna de competências, perfazendo relação de hierarquia,
de subordinação.
 Concentração Administrativa
▪ É fenômeno inverso à desconcentração administrativa, quando a entidade, extinguindo determinados órgãos,
concentra maior número de atribuições em outros órgãos maiores.
 Orgãos versus Entidades
 Entidades
 Subdividem-se em:
✓ Entidades políticas (Administração Centralizada): União, Estados, DF e Municípios, possuindo autonomia
política, legislativa e administrativa; e em
✓ Entidades administrativas (Administração Descentralizada): autarquias, fundações, consórcios públicos,
empresas públicas e sociedades de economia mista, que possuem autonomia administrativa.
▪ Possuem personalidade jurídica, portanto são sujeitos personalizados que possuem capacidade para contrair
direitos e obrigações.
▪ Possuem patrimônio próprio.
▪ Possuem capacidade processual (personalidade judiciária).
 Órgãos (Desconcentração Administrativa)
▪ “É o compartimento na estrutura estatal a que são cometidas funções determinadas, sendo integrado por agentes
que, quando as executam, manifestam a própria vontade do Estado.” (José dos Santos Carvalho Filho)

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303
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

▪ Não possuem personalidade jurídica, portanto não podem ser sujeitos de direitos ou obrigações.
▪ Não possuem patrimônio próprio.
▪ Não possuem capacidade processual (personalidade judiciária).

Administração Indireta
 Autarquias
▪ São entidades administrativas, com capacidade exclusivamente administrativa, criadas por lei
específica, com personalidade jurídica de direito público, para o desempenho de serviço público
descentralizado e específico, mediante controle administrativo.
▪ Possui conceito legal (art. 5°, I, do Decreto-Lei 200/67).
▪ Seus atos e contratos são dotados de todas os privilégios e restrições atribuíveis aos entes políticos.
▪ O juízo competente para suas lides é o da Justiça Federal, se federais (CRFB, art. 109, I).
 Autarquias Especiais
 Agências Reguladoras
▪ São autarquias especiais de controle, pois possuem poder normativo técnico para
regulamentar determinadas atividades, e seus servidores estão sujeitos ao regime estatutário.
▪ Seus atos não podem ser revistos ou alterados pelo Executivo.
▪ Seus dirigentes são dotados de estabilidade para o exercício de mandatos fixos, cuja escolha
se dá pelo Chefe do Executivo, podendo passar por aprovação do Senado.

Vamos cantar?
“Agências têm, agências têm
Regime especiaaaaaall
Seus dirigentes são estáveis
E têm mandatos fixos”

 Agências Executivas
▪ Podem ser autarquias ou fundações já existentes, desde que, para atingir seus objetivos e
metas institucionais:
✓ Tenham plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional em
desenvolvimento;
✓ Tenham celebrado contrato de gestão com o Ministério supervisor.
 OAB
▪ Segundo o STF (ADI 3.026-4/DF), é um serviço público independente, constituindo pessoa jurídica de
direito público com todas as prerrogativas de direito público (imunidade tributária, impenhorabilidade
dos bens, prazos em dobro, etc.), mas que:
▪ Não integra a Administração Pública Indireta;
▪ Não está sujeita a controle da Administração;
▪ Não necessita prestar contas ao Tribunal de Contas;
▪ Não precisa realizar licitação nem concurso público.

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304
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

 Fundações
▪ Podem ser:
✓ Privadas, caso em que são instituídas por ato de pessoas da iniciativa privada, mediante autorização legal, para
a prestação de atividades desprovidas do poder de império da Administração;
✓ Públicas, equivalendo-se às autarquias, inclusive quanto à criação por lei e aos privilégios e restrições de direito
público (autarquias fundacionais ou fundações autárquicas).
▪ Possuem três elementos:
a) O instituidor, que separa um patrimônio a uma finalidade;
b) O objeto consistente em atividade de interesse social (assistência social, saúde, educação, pesquisa ou cultura);
c) A ausência de fins lucrativos;
▪ Suas áreas de atuação devem ser definidas por lei complementar (CRFB, art. 37, XIX).
▪ Sujeitam-se ao controle administrativo e, se privadas, à fiscalização ministerial.
 Empresas Estatais
▪ São as empresas públicas e sociedades de economia mista.
▪ São pessoas jurídicas de direito privado , criadas, em regra para a exploração de atividade econômica,
somente quando necessário aos imperativos de segurança nacional ou relevante interesse coletivo (CRFB,
art. 173).
▪ Não podem gozar de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado, equiparando-se a estes em todas
as obrigações, inclusive civis, comerciais, trabalhistas e tributárias (CRFB, art. 173, §1º).
▪ Não gozam de imunidade tributária, impenhorabilidade dos seus bens, prazos especiais nem outras prerrogativas
especiais típicas da função administrativa.
 Exceção: não estão sujeitas a falência (art. 2º, I da Lei 11.101/2005) e, quando executarem serviços públicos,
gozam de imunidade tributária e impenhorabilidade dos seus bens, segundo o STF (RE 220906-DF).
▪ Estão submetidas, entretanto, a regras de direito público, como as atinentes a:
• acumulação de cargos públicos;
• teto remuneratório;
• OBS: Se não depender de recursos públicos para custeio da folha de pagamento, não se submete ao teto
remuneratório constitucional (CRFB, art. 37, § 9º).
• sujeição à improbidade administrativa e lei penal;
• dever de licitar na atividade-meio;
• exigência de concurso público para contratação;
• sujeição a controle pelo Tribunal de Contas.
▪ Sua criação e extinção são autorizadas por lei.

 Empresas Estatais em espécie


▪ Sociedades de Economia Mista
– Devem ter a forma de sociedade anônima (S/A).
– O capital é formado parte por recursos públicos e parte por capital privado. No entanto, o capital é constituído
majoritariamente pelo Poder Público, que mantém o controle acionário.
– Suas ações são processadas na Justiça Estadual (Súm. 556 e 517, STF e Súm. 42, STJ).

▪ Empresas Públicas
– Podem assumir qualquer forma societária.

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305
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

– O capital é integralmente público.


– Suas ações poderão ser processadas na Justiça Federal, se forem federais (CRFB, art. 109, I)

Vamos cantar?
As autarquias e as fundações
Têm natureza de Direito Público
Empresas Públicas e Sociedades Mistas
São de Direito Privado”

 Consórcios Públicos e Associações Públicas (Lei 11.107/05)


▪ São entidades criadas para a gestão associada de serviços entre os entes federativos, integrando a Administração
Indireta destes entes.
▪ O instrumento firmado pode ser celebrado entre a União e Estado(s), entre Estados ou entre Estado e Município(s)
dentro de sua circunscrição geográfica.
▪ Podem firmar contrato de rateio (os entes consorciados entregam recursos) ou contrato de programa (convênio
de cooperação).

Paraestatais
 São também chamadas pessoas de cooperação governamental.
 São pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que produzem algum benefício para grupos sociais
ou profissionais.
 Não integram a Administração Pública. Podem ser:
▪ Serviços sociais autônomos
– São exemplos o SESC (Serviço Social do Comércio), o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial),
etc.
– Seu custeio provém de contribuições parafiscais compulsórias dos contribuintes, razão por que estão sujeitas à
realização de licitação e a controle pelo Poder Público e Tribunal de Contas.
– Suas ações são julgadas na Justiça Estadual (Súm. 516, STF).
▪ Terceiro Setor (“ONGs”)
✓ Organizações Sociais (OS) – Lei 9.637/1998:
– São declaradas como “entidade de interesse social e utilidade pública” mediante ato discricionário do Ministro
ou órgão supervisor, por meio do qual será celebrado contrato de gestão;
– Pode atuar em ensino, pesquisa, tecnologia, meio ambiente, cultura ou saúde, recebendo delegação para a
gestão de serviço público;
– Seu órgão deliberativo superior precisa obrigatoriamente ter representantes do poder Público e da comunidade,
de notória capacidade profissional e idoneidade moral.
✓ Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs)
– Devem habilitar-se perante o Ministério da Justiça para obterem a qualificação, mediante ato vinculado (devem
estar preenchidos os requisitos da Lei 9.790/1999), estabelecendo com a Administração um termo de parceria;
– Exerce atividade de natureza privada, relacionada a assistência social, cultura, educação, saúde, nutrição,
meio ambiente, produção, crédito, assessoria jurídica, cidadania e etc.
“O Executivo do Estado moderno não é outra coisa
senão um comitê de administração dos negócios da burguesia”
(Karl Marx)

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306
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

1. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC econômico, quando necessário para evitar abusos
- 2022 - DPE-AM - Assistente Técnico de Defensoria nesse campo, perpetrados por pessoas da iniciativa
- Assistente Técnico Administrativo privada.
Considere que o Estado do Amazonas repartiu suas (CARVALHO FILHO. Manual de Direito Administrativo,
atribuições de fiscalização sanitária entre diversos 34.ed., item 8.1)
órgãos públicos pertencentes à mesma pessoa
jurídica, mantendo a vinculação hierárquica àquela Preenche corretamente a lacuna I:
unidade federativa estadual. No presente caso, trata- a) empresas
se de um exemplo de b) órgãos
a) avocação administrativa. c) fundações
b) descentralização administrativa. d) paraestatais
c) centralização administrativa. e) autarquias
d) concentração administrativa.
e) desconcentração administrativa. 5. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-PE Prova:
FCC - 2022 - SEFAZ-PE - Auditor Fiscal do Tesouro
2. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: DETRAN-AP Prova: Estadual - Conhecimentos Gerais
FCC - 2022 - DETRAN-AP - Analista de Gestão em As autarquias, fundações e empresas estatais
Trânsito relacionam-se, quanto aos princípios que regem a
Acerca da organização do Estado, integra a Administração Pública e o regime funcional aplicável a
Administração Pública Direta a seus servidores, porque
a) secretaria Estadual. a) autarquias e fundações públicas sujeitam-se ao
b) empresa Pública. princípio que exige a realização de concurso público
c) sociedade de Economia Mista. para a contratação de servidores públicos, de
d) autarquia. aplicação facultativa para as empresas estatais.
e) fundação Pública. b) empresas estatais não se submetem aos princípios
que regem a Administração Pública porque a
3. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: PGE-AM Prova: FCC Constituição lhes destina legislação própria e
- 2022 - PGE-AM - Técnico em Gestão Procuratorial específica.
Especialidade Engenharia de Software c) autarquias, fundações públicas e empresas estatais
Observe a seguinte disposição da Lei nº 14.026, de 15 submetem-se ao regime público, inclusive quanto à
de julho de 2020, conhecida como “Novo Marco do necessidade de licitação para suas contratações,
Saneamento”: ainda que com procedimentos diferenciados.
Art. 8º Exercem a titularidade dos serviços públicos de d) autarquias são as pessoas jurídicas integrantes da
saneamento básico: I - os Municípios e o Distrito Administração Indireta que mais se aproximam do
Federal, no caso de interesse local; [...] § 1º O regime jurídico aplicável à Administração Direta,
exercício da titularidade dos serviços de saneamento inclusive no que se refere ao regime de bens, que não
poderá ser realizado também por gestão associada, se prestam a garantir ou satisfazer a execução de
mediante consórcio público ou convênio de débitos do ente.
cooperação, nos termos do art. 241 da Constituição e) as fundações não dependem de observância do
Federal, observadas as seguintes disposições: princípio licitatório para alienação de seu patrimônio,
I - fica admitida a formalização de consórcios tendo em vista que são constituídas sob a forma de
intermunicipais de saneamento básico, pessoas jurídicas de direito privado, natureza que
exclusivamente composto de Municípios, que poderão também predica seus bens.
prestar o serviço aos seus consorciados diretamente,
pela instituição de autarquia intermunicipal; [...]. A 6. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO
criação dos consórcios intermunicipais na referida lei e AC) Prova: FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e
configura hipótese de AC) - Técnico Judiciário - Área Administrativa
a) descentralização por serviços. A entidade AB é uma autarquia federal e a entidade
b) desconcentração por serviços. BC é uma empresa pública federal. Nesse caso,
c) descentralização por colaboração. a) AB foi criada por lei específica e, a instituição de BC
d) desconcentração por colaboração. foi autorizada por lei específica.
e) descentralização territorial. b) ambas têm personalidade jurídica de direito público.
c) AB integra a Administração pública direta e BC integra
4. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: PGE-AM Prova: FCC a Administração pública indireta.
- 2022 - PGE-AM - Técnico em Gestão Procuratorial d) ambas admitem organização sob quaisquer das
Especialidade Contabilidade formas admitidas em direito.
No processo de modernização do Estado, uma das e) ambas possuem capital inteiramente público, com
medidas preconizadas pelo Governo foi a da criação possibilidade de participação das entidades da
de um grupo especial de I a que se convencionou Administração indireta.
denominar de agências, cujo objetivo institucional
consiste na função de controle de pessoas privadas
incumbidas da prestação de serviços públicos, em
regra sob a forma de concessão ou permissão, e
também na de intervenção estatal no domínio

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307
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

7. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 5ª Região (BA) e) opera-se com a criação de associação, nos termos do
Prova: FCC - 2022 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Código Civil, vedada a instituição sob regime de direito
Judiciário - Área Administrativa público.
Considere:
I. Empresa Pública é pessoa jurídica de direito público 10. Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: MPE-PB Prova: FCC
e sociedade de economia mista é pessoa jurídica de - 2023 - MPE-PB - Técnico Ministerial - Sem
direito privado na qual há participação do Poder Especialidade
Público na sua gestão e organização. II. As fundações Integra a Administração indireta, no direito positivo
instituídas e mantidas pelo Poder Público integram a brasileiro,
Administração Pública Indireta, seja federal, estadual a) serviço social autônomo, que é a entidade dotada de
ou municipal. III. A autarquia é pessoa jurídica de personalidade jurídica de direito público, sem fins
direito privado; a fundação pode ser de direito público lucrativos, com criação autorizada por lei, para
ou privado. ministrar assistência ou ensino a certas categorias
sociais ou grupos profissionais, sendo mantido por
Com relação às entidades da Administração Indireta, dotações orçamentárias ou por contribuições
é correto o que se afirma APENAS em parafiscais.
a) III. b) sociedade de economia mista, que é a entidade
b) I e II. dotada de personalidade jurídica de direito privado,
c) I. com criação autorizada por lei, sob a forma de
d) II. sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
e) II e III. pertencem em sua maioria a qualquer ente federado
ou à entidade da Administração indireta.
8. Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: TRT - 18ª Região c) organização da sociedade civil de interesse público,
(GO) Prova: FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) - que é a pessoa jurídica, de direito privado, sem fins
Técnico Judiciário Área Administrativa lucrativos, instituída por iniciativa de particulares, e
A criação de empresa pública para atuar em regime de que recebe delegação do Poder Público, mediante
competição no mercado com empresas privadas contrato de gestão para desempenhar serviço público
a) não encontra respaldo em nosso ordenamento de natureza social.
jurídico, admitindo-se, em tais casos, a criação de d) empresa pública, que é a entidade dotada de
sociedade de economia mista com participação personalidade jurídica de direito público, criada por lei
pública minoritária. e com patrimônio próprio, cujo capital social é
b) pressupõe imperativo de segurança nacional ou integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo
relevante interesse coletivo e demanda prévia Distrito Federal ou pelos Municípios.
autorização legislativa. e) fundação instituída pelo Poder Público, que é o
c) é inconstitucional, somente sendo autorizada a patrimônio exclusivamente público, dotado de
atuação empresária do Estado para prestação de personalidade jurídica de direito privado, e destinado,
serviços públicos. por lei, ao desempenho de atividades na ordem social,
d) somente é viável em caráter excepcional, sendo a com capacidade de autoadministração, e mediante
empresa criada por lei específica, derrogatória do controle da Administração Pública.
regime de direito privado.
e) não é juridicamente viável, eis que a intervenção direta
do Estado no domínio econômico somente é
admissível em regime de monopólio ou em setores
regulados.

9. Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: TRT - 18ª Região


(GO) Prova: FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) -
Técnico Judiciário Área Administrativa
A instituição de consórcios públicos, regidos pela Lei
no 11.107/2005,
a) depende de prévia subscrição de protocolo de
intenções pelos entes consorciados e, caso adotada
personalidade de direito público, ratificação, mediante
lei.
b) ocorre mediante a celebração de convênio entre os
consorciados, podendo ser denunciado a qualquer
momento.
c) não pode envolver entes da mesma esfera da
federação, salvo em se tratando de regiões GABARITO
metropolitanas. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
d) demanda a prévia instituição de pessoa jurídica de E A B E D A D B A B
direito público, com natureza de autarquia
interfederativa.

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308
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
CONCEITO
⦿ São ajustes bilaterais de vontade.
⦿ São diferentes dos Contratos da Administração (Contratos Privados), porque:
◼ São regidos por normas de Direito Público;
• OBS: Regras de direito privado aplicam-se somente de forma supletiva (art. 89 da Lei
14.133/21).
◼ A Administração se encontra em posição de superioridade jurídica;
◼ Possuem as chamadas “cláusulas exorbitantes”;
◼ Têm por objeto uma atividade que, de alguma forma, traduza o interesse público.

CARACTERÍSTICAS
⦿ Formalismo
◼ Quase sempre serão formais e escritos.

◼ O instrumento de contrato é obrigatório, salvo nos casos de dispensa de licitação em razão do valor
ou compras com entrega imediata e integral dos bens adquiridos e dos quais não resultem obrigações
futuras (art. 95 da Lei 14.133/21). Nestes casos, o contrato pode ser substituído por carta-contrato, nota
de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução.
• OBS: É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas
compras ou o de prestação de serviços de pronto pagamento, assim entendidos aqueles de
valor não superior a R$ 10.000,00 (art. 95, § 2º da Lei 14.133/21).
◼ Devem mencionar os nomes das partes e de seus representantes, o ato autorizativo da celebração, o
número do certame licitatório, além de ser devidamente publicado.

⦿ Pessoalidade (“Intuitu Personae”)


◼ A execução deve ser levada a termo pela mesma pessoa (física ou jurídica) que se obrigou perante a
Administração.

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309
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

⦿ Contrato de Adesão
◼ A Administração propõe as disposições contratuais e a outra parte não pode alterar, suprimir ou
acrescentar cláusulas.
⦿ Mutabilidade
◼ Diferente do Direito Privado, no qual prevalece a manutenção dos termos escritos no contrato (“pacta
sunt servanda”), os contratos administrativos possibilitam a modificação unilateral das cláusulas
convencionais pela Administração Pública.
• OBS1: cláusulas relativas ao equilíbrio econômico-financeiro dependem de anuência do
contratado, pois este possui direito ao lucro, que decorre do princípio da boa-fé.
• OBS2: Possibilita-se a previsão contratual de reajustes ou atualizações e a aplicação da Teoria
da Imprevisão no caso de circunstância superveniente que torne a execução contratual
onerosamente excessiva.

CLÁUSULAS EXORBITANTES (CLÁUSULAS DE PRIVILÉGIO)


⦿ São chamadas exorbitantes porque extrapolam os ditames comuns do Direito Privado, estabelecendo uma
desigualdade jurídica entre os contratantes.
⦿ De acordo com o art. 104 da Lei 14.133/21, consistem nas seguintes prerrogativas:
▪ F iscalizar a execução contratual;
▪ A plicar sanções pela inexecução total ou parcial;
▪ R escindir unilateralmente o contrato;
▪ A lterar unilateralmente as cláusulas contratuais;
▪ O cupar provisoriamente bens vinculados ao contrato para assegurar a execução.
• OBS: As cláusulas econômico-financeiras não poderão ser alteradas sem concordância do
administrado.
⦿ Alteração Unilateral do Contrato
◼ Só é cabível a alteração unilateral do contrato nos seguintes casos (art. 124 da Lei 14.133/21):
• Modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus
objetivos (alteração qualitativa);
• Modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de
seu objeto nos seguintes limites (alteração quantitativa):
● 25% do valor inicial atualizado do contrato (regra geral, para obras, serviços e
compras);
● 50% no caso de reforma de edifício ou de equipamento, somente para acréscimos
(para supressões, segue a regra de 25%).
● OBS: para supressão, é possível ultrapassar o limite, desde que haja consenso entre
as partes.
⦿ Fiscalização pela Administração
◼ A Administração indica um representante, e o contratado, um preposto no local da obra ou serviço, para
viabilizar a fiscalização, durante todo o prazo contratual (arts. 117 e 118 da Lei 14.133/21).
◼ A fiscalização não exclui ou reduz a responsabilidade do contratado por danos que, por culpa ou dolo,
a execução contratual venha a ocasionar a terceiros (art. 120 da Lei 14.133/21).
⦿ Aplicação de sanções
◼ Independem de manifestação judicial, mas devem ser assegurados o contraditório e a ampla defesa
prévios. Podem ser (art. 156 da Lei 14.133/21):
I - advertência;
II – multa (de 0,5% a 30% do valor contratado);
III - impedimento de licitar e contratar (por até 3 anos);
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar (de 3 a 6 anos).
◼ Restrições à “exceptio non adimpleti contractus”

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310
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO


Em razão do Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos, o contratado só poderá exercitar a
referida exceção quando houver atraso superior a dois meses no pagamento (art. art. 137, § 2º, IV
da Lei 14.133/21).
• OBS: Mesmo com o citado atraso, o contratado não poderá alegar a exceção em caso de
calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra.
⦿ Exigência de garantia
◼ Em regra, é limitada a um por cento do valor estimado do objeto contratado, para os licitantes.
◼ Para os contratados, não excederá a cinco por cento, podendo ser elevado para dez por cento
mediante análise da complexidade técnica e dos riscos envolvidos (art. 98 da Lei 14.133/21).
• OBS: nas contratações de obras e serviços de engenharia de grande vulto, a garantia
poderá chegar ao percentual de 30% do valor inicial do contrato, na modalidade seguro-
garantia (art. 99 da Lei 14.133/21).
◼ É o contratado quem escolhe a modalidade de garantia (caução, seguro-garantia, fiança bancária, etc.)
⦿ Ocupação Provisória
◼ É cabível em dois casos (art. 104, V da Lei 14.133/21):
• Risco à prestação de serviços essenciais;
• Necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado,
inclusive após extinção do contrato.
⦿ Rescisão Unilateral
◼ As hipóteses mais relevantes estão enumeradas no art. 137 da Lei 14.133/21, dentre elas:
• Por inadimplemento do contratado;
• Devido ao desaparecimento do objeto, à insolvência ou à falência do contratado;
• Por razões de interesse público;
• Caso fortuito ou força maior.
• OBS: o contratado terá direito à extinção contratual nos casos previstos no § 2º do mesmo
artigo.
DURAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
⦿ A Administração convoca o licitante vencedor para assinar o termo de contrato dentro do prazo estabelecido no
edital, que poderá ser prorrogado uma única vez por igual período, a requerimento do interessado (art. 90 da Lei
14.133/21).
⦿ São vedados os contratos por prazo indeterminado, salvo nos contratos em que seja usuária de serviço
público oferecido em regime de monopólio, desde que comprovada, a cada exercício financeiro, a existência de
créditos orçamentários vinculados à contratação (art. 109 da Lei 14.133/21).
⦿ Em regra, o prazo será o estabelecido no edital, devendo haver a disponibilidade dos créditos orçamentários e,
quando ultrapassar 01 (um) ano, previsão no plano plurianual (art. 105 da Lei 14.133/21).
◼ Casos particulares:
• Serviços e fornecimentos contínuos: até 5 anos, desde que haja maior vantagem
econômica e existência de créditos orçamentários, podendo ser extinto antecipadamente.
Comporta prorrogações, com vigência máxima decenal;
• Hipóteses previstas nas alíneas “f” e “g” do inciso IV e nos incisos V, VI, XII e XVI do caput do
art. 75: até 10 anos;
• Contratação gere receita e no contrato de eficiência que gere economia: até 10 anos
quando não houver investimento e até 35 anos quando houver.
• Operação continuada de sistemas estruturantes de tecnologia da informação: até 15 anos.
RESPONSABILIDADE DO CONTRATADO
⦿ O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da
execução contratual (art. 121 da Lei 14.133/21).
⦿ Exclusivamente nas contratações de serviços contínuos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra, a
Administração responderá solidariamente pelos encargos previdenciários e subsidiariamente pelos
encargos trabalhistas se comprovada falha na fiscalização do cumprimento das obrigações do contratado (art.
121, § 2º da Lei 14.133/21).

EXTINÇÃO DO CONTRATO
⦿ Anulação
◼ Ocorre quando houver ilegalidade na celebração do contrato, quer quanto à competência, quer quanto
ao objeto, ou a qualquer outro vício de legalidade, seguindo, portanto, regra análoga aos atos
administrativos.
◼ Quando a extinção decorrer de culpa exclusiva da Administração, o contratado será ressarcido pelos
prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido e terá direito a: I - devolução da garantia; II -
pagamentos devidos pela execução do contrato até a data de extinção; III - pagamento do custo da
desmobilização (art. 138, § 2º da Lei 14.133/21).
⦿ Rescisão
◼ A rescisão unilateral pela Administração ocorrerá por culpa do contratado ou por razões
supervenientes de interesse público. São hipóteses previstas no art. 137 da Lei 14.133/21.

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311
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

◼ A rescisão também pode se operar de maneira consensual entre as partes ou ainda por determinação
de uma autoridade, seja arbitral, seja judicial.

⦿ Força maior e caso fortuito (Maria Sylvia Zanella di Pietro e Celso Antonio B. de Mello)
◼ Eventos imprevisíveis e inevitáveis que geram onerosidade excessiva ou impossibilidade de execução
ao contratado.
• Força maior: evento externo, estranho a qualquer atuação da Administração, que, além disso,
deve ser imprevisível e irresistível ou inevitável. Ex.: furacão, terremoto, guerra.
• Caso Fortuito: evento interno, decorrente de uma atuação prudente da Administração, com
resultado anômalo, inexplicável, imprevisível. Ex.: falha dos freios de um veículo, pane elétrica.
⦿ Fato do Príncipe
◼ “É toda determinação estatal geral, imprevisível ou inevitável, que impeça ou, o que é mais comum,
onere substancialmente a execução do contrato, autorizando sua revisão, ou mesmo sua rescisão”
(Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo). Ex.: aumento de imposto, lei proibindo importação de um bem
necessário ao contrato.
⦿ Fato da Administração
◼ É a ação ou omissão estatal que atinge especificamente o contrato, impedindo ou retardando a sua
execução. Ex.: atraso no pagamento, não desapropriação da área em que seria realizada a obra.
⦿ Interferências Imprevistas
◼ São elementos materiais constatados durante a execução contratual, dificultando ou impossibilitando a
execução contratual.
◼ São circunstâncias que antecedem a celebração do contrato, mas sua existência não pode ser
comprovada previamente.
◼ Ex.: encontro de terreno rochoso de difícil manuseio, passagem de canais ou dutos subterrâneos não
revelados no projeto de execução.

"A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.“


(Peter Drucker)

LICITAÇÃO PÚBLICA
Conceitos gerais
 “É o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa
para o contrato de seu interesse.” (Hely Lopes Meirelles) Também tem por finalidade garantir a disputa isonômica
entre os licitantes, incentivar o desenvolvimento nacional sustentável, promover justa competição e evitar
contratações com preços irregulares.
 Tem fundamento e exigência constitucional no artigo 37, XXI.
 A competência privativa para legislar sobre normais gerais de licitação e contratos administrativos é privativa da
União (CRFB, art. 22, XXVII).
 Para que é preciso licitar?

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312
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

 PRESTA ALIENAÇÃO, O COCO LOCO!


 PRESTAção de serviços
 ALIENAÇÃO e concessão de direito real de uso de bens públicos;
 Obras e serviços de arquitetura e engenharia;
 COmpra, inclusive por encomenda;
 COncessão e permissão de uso de bem público;
 LOcação;
 COntratação de tecnologia da informação e de comunicação.
 É de uso obrigatório a todos os entes federativos e pessoas jurídicas integrantes da Administração Pública (art.
1° da Lei 14.133/2021). Também se aplica ao Legislativo e ao Judiciário no exercício da função administrativa e
aos fundos especiais e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública.
Exceção: Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as suas
subsidiárias, regidas pela Lei nº 13.303/2016. (art. 1º, § 1º).

PRINCÍPIOS PRÓPRIOS

Julgamento Objetivo
Não pode haver qualquer discricionariedade na apreciação das propostas pela Administração, pois o julgamento se
baseia em critérios objetivos impostos pelo instrumento convocatório.

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313
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

Obriga “os julgadores a aterem-se ao critério prefixado pela Administração, com o que se reduz e se delimita a margem
de valoração subjetiva, sempre presente em qualquer julgamento.” (Hely Lopes Meirelles)

 Vinculação ao Edital

 É garantia do administrador e dos administrados, já que as regras traçadas para o procedimento devem ser fielmente
observadas por todos.

 Evita-se a alteração de critérios de julgamento, além de dar a certeza aos interessados do que pretende a
Administração. O instrumento convocatório é “a lei interna da licitação”.
 OBS: Verificando-se a inviabilidade da licitação, a Administração poderá invalidá-la e reabri-la em novos moldes.
Se houver falha no edital, este poderá ser corrigido a tempo através do aditamento, sempre com republicação e
reabertura de prazo, quando a alteração afete a elaboração das propostas (art. 55, § 1º da Lei 14.133/2021).

Segregação das Funções


Veda a designação do agente público para atuação simultânea em funções mais suscetíveis a erros ou fraudes.
 O mesmo agente não pode praticar diversas atribuições relevantes e sujeitas a risco, especialmente quando ele puder
cometer e ocultar irregularidades.

Publicidade dos atos e Transparência


 A regra continua sendo da publicidade, mas há uma exceção, quando o sigilo for imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado.
 A Nova Lei traz também as situações em que a publicidade é diferida, ou seja, a publicidade só ocorrerá após
um certo marco. As situações são as que seguem:
 Quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura: o conteúdo das propostas só é divulgado após a
abertura da sessão, para manter o caráter competitivo da licitação.
 Quanto ao orçamento da Administração, desde que justificado: o sigilo do orçamento é exceção, só pode ocorrer
quando houver uma justificativa. O sigilo do orçamento não é permanente, ele deve ser divulgado na abertura
da sessão.
 A Nova Lei de Licitação traz como regra o processo eletrônico, que é muito mais transparente e eficiente que a
licitação presencial. Porém, o processo pode ser presencial, desde que haja motivação para isso. No caso da
sessão presencial, esta deverá ser registrada em ata e gravada mediante utilização de recursos tecnológicos de
áudio e vídeo.
 Também se prevê a criação de um Portal Nacional de Contratações Públicas único para toda a federação.
 Os atos praticados na licitação devem ser públicos, abrangendo os avisos, o edital, a documentação, as
certidões, etc.
Princípios

 Igualdade e Competitividade

 São vedadas práticas discriminatórias ou preferenciais entre os participantes do certame, quer através de cláusulas
no edital ou convite, quer através do julgamento das propostas.

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314
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

 A competitividade impõe que o edital não imponha restrições indevidas à ampla participação dos possíveis
fornecedores no processo licitatório.
 OBS1: em caso de empate, será dada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços (art. 60 da Lei
14.133/2021 c/c art. 44 da LC 123/2006):
▪ I - microempresa ou empresa de pequeno porte;

▪ II - disputa final, hipótese em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta em ato contínuo à
classificação;

▪ III - avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, para a qual deverão preferencialmente ser
utilizados registros cadastrais para efeito de atesto de cumprimento de obrigações previstos nesta Lei;

▪ IV - desenvolvimento pelo licitante de ações de equidade entre homens e mulheres no ambiente de trabalho,
conforme regulamento;

▪ V - desenvolvimento pelo licitante de programa de integridade, conforme orientações dos órgãos de controle.
 OBS2: § 1º Em igualdade de condições, se não houver desempate, será assegurada preferência,
sucessivamente, aos bens e serviços produzidos ou prestados por:
▪ I - empresas estabelecidas no território do Estado ou do Distrito Federal do órgão ou entidade da
Administração Pública estadual ou distrital licitante ou, no caso de licitação realizada por órgão ou
entidade de Município, no território do Estado em que este se localize;
▪ II - empresas brasileiras;
▪ III - empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País;
▪ IV - empresas que comprovem a prática de mitigação, nos termos da Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de
2009.
Princípios

 Desenvolvimento Nacional Sustentável


As licitações não visam apenas selecionar a proposta mais vantajosa do ponto de vista econômico, em sentido estrito,
mas também avaliar o que é mais vantajoso para os interesses da coletividade.
Deve haver ainda uma preocupação ambiental, com a manutenção do meio ecologicamente equilibrado, preservando
as futuras gerações (princípio da licitação sustentável).
A margem de preferência deve incentivar a produção nacional, o crescimento empresarial e o compromisso ambiental
dos fornecedores.

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315
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

AGENTES PÚBLICOS

Art. 7º Caberá à autoridade máxima do órgão ou da entidade, ou a quem as normas de


organização administrativa indicarem, promover gestão por competências e designar agentes
públicos para o desempenho das funções essenciais à execução desta Lei que preencham os
seguintes requisitos:
I – sejam, preferencialmente, servidor efetivo ou empregado público dos quadros permanentes
da Administração Pública;
II – tenham atribuições relacionadas a licitações e contratos ou possuam formação compatível
ou qualificação atestada por certificação profissional emitida por escola de governo criada e
mantida pelo poder público; e
III – não sejam cônjuge ou companheiro de licitantes ou contratados habituais da Administração
nem tenham com eles vínculo de parentesco, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, ou
de natureza técnica, comercial, econômica, financeira, trabalhista e civil.

Art. 8º A licitação será conduzida por agente de contratação, pessoa designada pela autoridade competente, entre servidores
efetivos ou empregados públicos dos quadros permanentes da Administração Pública, para tomar decisões, acompanhar o trâmite
da licitação, dar impulso ao procedimento licitatório e executar quaisquer outras atividades necessárias ao bom andamento do
certame até a homologação.
§ 1º O agente de contratação será auxiliado por equipe de apoio e responderá individualmente pelos atos que praticar, salvo
quando induzido a erro pela atuação da equipe.
§ 2º Em licitação que envolva bens ou serviços especiais, desde que observados os requisitos estabelecidos no art. 7º desta Lei, o
agente de contratação poderá ser substituído por comissão de contratação formada por, no mínimo, 3 (três) membros, que
responderão solidariamente por todos os atos praticados pela comissão, ressalvado o membro que expressar posição individual
divergente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que houver sido tomada a decisão.
§ 3º As regras relativas à atuação do agente de contratação e da equipe de apoio, ao funcionamento da comissão de contratação e
à atuação de fiscais e gestores de contratos de que trata esta Lei serão estabelecidas em regulamento, e deverá ser prevista a
possibilidade de eles contarem com o apoio dos órgãos de assessoramento jurídico e de controle interno para o desempenho das
funções essenciais à execução do disposto nesta Lei.
§ 4º Em licitação que envolva bens ou serviços especiais cujo objeto não seja rotineiramente contratado pela Administração,
poderá ser contratado, por prazo determinado, serviço de empresa ou de profissional especializado para assessorar os agentes
públicos responsáveis pela condução da licitação.
§ 5º Em licitação na modalidade pregão, o agente responsável pela condução do certame será designado pregoeiro.

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316
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

CASOS DE CONTRATAÇÃO DIRETA


 “A regra geral é a necessidade de a Administração Pública, como um todo, previamente à celebração de
contratos administrativos, realizar licitação, em decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse
público.” (Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo)
 As exceções são as seguintes:
 Inexigibilidade de licitação: a licitação é juridicamente impossível, pois inexiste competição, pluralidade de
proponentes.
 Licitação dispensável: a licitação é possível, isto é, existe competição, porém a lei permite sua dispensa. Há
discricionariedade da Administração em sua realização.
 Licitação dispensada: não haverá licitação, existindo verdadeira vedação legal à sua realização, embora fosse
possível.
OBS: a dispensa ou inexigibilidade de licitação serão sempre motivadas e dependem de justificativa de preço, com
parecer jurídico, previsão dos recursos orçamentários, razão de escolha do contratado e autorização da autoridade
competente.

Inexigibilidade de licitação
 Para Celso Antonio Bandeira de Mello, é pressuposto lógico da licitação a existência de uma pluralidade de
ofertantes para um mesmo objeto pretendido pela Administração. Diante disso, havendo somente um proponente
apto a disponibilizar o serviço ou bem requestado (inviabilidade de competição), não há como cogitar de uma
disputa objetivando identificar a melhor proposta.

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317
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

 São os casos elencados no art. 74 da Lei 14.133/2021, consistindo em um rol exemplificativo, que dizem
respeito a:
a) fornecedor (produtor, empresa ou representante comercial) exclusivo;
b) serviço técnico especializado de natureza predominantemente intelectual, prestado por empresa ou profissional de
notória especialização;
c) contratação de artistas consagrados pela crítica ou pelo público;
d) credenciamento: é utilizado quando a Administração quer dispor do máximo possível de profissionais credenciados,
deixando a cargo do usuário do serviço a escolha;
e) aquisição ou locação de imóveis cujas características de instalações e de localização tornem necessária sua escolha;
Observações:
a) é vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
b) Também não se admite a subcontratação de profissionais distintos daqueles que justificaram a contratação direta
tendo em vista que o motivo da inexigibilidade foi justamente a escolha do profissional ou empresa que deveria prestar o
serviço.
Licitação dispensada e dispensável
 A licitação dispensada, como regra, refere-se à alienação de bens e direitos pela Administração em casos
especiais (dação em pagamento, permuta, venda ou concessão de uso a pessoas administrativas, etc.),
enumerados taxativamente no art. 76 da Lei 14.133/2021. É caso de licitação proibida.
 A licitação dispensável diz respeito a diversos critérios especiais permissivos, que possibilitam ao administrador
o exercício discricionário da licitação. São hipóteses taxativamente previstas no artigo 75 da Lei 14.133/2021 e
envolvem, dentre outros:
 a) valores inexpressivos: valores inferiores a R$ 100.000,00 para obras e serviços de engenharia ou de serviços
de manutenção de veículos automotores ou inferiores a R$ 50.000,00 no caso de outros serviços e compras;
 b) licitações desertas (não compareceram interessados) ou fracassadas (não foram apresentadas propostas
válidas ou elas estavam superfaturadas ou em desacordo com os valores fixados pelo órgão competente)
ocorridas há menos de um ano;
 c) situações graves: guerra, estado de defesa, estado de sítio, intervenção federal, grave perturbação da ordem,
emergência e calamidade pública (nestes dois últimos casos, a contratação não poderá durar mais que um ano),
etc.

Quadro da Contratação Direta

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318
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

Critérios de Julgamento

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319
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

Contrata-se o serviço que vai gerar a maior economia para a Administração, e o pagamento se dá de acordo com
um percentual economizado. A remuneração varia de acordo com a eficiência do contrato. O retorno econômico é
calculado pela diferença entre a proposta de trabalho e a proposta de preço.

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CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

Retorno Econômico = Proposta de Trabalho - Proposta de Preço

Modalidades de Licitação
❖ Inovações trazidas pela Lei 14.133/2021:
• foram extintas: tomada de preços, RDC e convite;
• foi criada uma nova modalidade: diálogo competitivo;
• o valor estimado não é mais parâmetro para definir as modalidades;
• todas as modalidades são definidas pela natureza do objeto.

 Concorrência
▪ É a “modalidade de licitação para contratação de bens e serviços especiais e de obras e serviços comuns
(estes também admitem o pregão) e especiais de engenharia” (art. 6º da Lei 14.133/2021).
▪ Adota o “ rito comum”, ou seja, aquele que consta no art. 17 da Lei 14.133/2021.
▪ Permite o emprego de todos os critérios de julgamento (menor preço, melhor técnica ou conteúdo artístico,
técnica e preço, maior retorno econômico e maior desconto), exceto o maior lance, que é próprio dos leilões.

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321
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

Modalidades de Licitação

Pregão
 É a “modalidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns, cujo critério de julgamento
poderá ser o de menor preço ou o de maior desconto” (art. 6º, XLI da Lei 14.133/2021)

➢ O QUE É UM BEM OU SERVIÇO COMUM?


 - São aqueles que podem ser objetivamente definidos no edital, mediante
 especificações usuais de mercado.
 ➢ O QUE É UM SERVIÇO COMUM DE ENGENHARIA
 Mod - É o serviço acompanhado de profissional habilitado, que possa ser
 O pregão
objetivamente padronizado
não se aplica nos casos de:no edital.técnicos especializados de natureza predominantemente
serviços
intelectual (pode ser o caso de inexigibilidade ou de concorrência), obras, serviços especiais de
engenharia, bens e serviços especiais (são casos de concorrência), alienações (aplica-se o leilão) e
locações imobiliárias (pode ser caso de inexigibilidade ou de concorrência).
 Adota o “ rito comum”, ou seja, aquele que consta no art. 17 da Lei 14.133/2021.

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322
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

o
 Concurso
 “Modalidade de licitação para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante instituição de
prêmios ou remuneração aos vencedores, critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com
antecedência mínima de 35 dias úteis.
 O procedimento é especial, conforme regras e condições previstas no edital.
 O critério de julgamento será a melhor técnica ou conteúdo artístico.

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323
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

o
 Leilão
▪ É a modalidade de licitação para alienação de bens imóveis ou de bens móveis inservíveis ou legalmente
apreendidos a quem oferecer o maior lance (art. 6º, XL da Lei 14.133/2021). Adota-se o rito especial definido
em regulamento e no edital.
▪ O leilão poderá ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela autoridade competente da
Administração, e regulamento deverá dispor sobre seus procedimentos operacionais. O leiloeiro oficial será
selecionado por meio de credenciamento ou licitação na modalidade pregão (art. 31, § 1º da Lei 14.133/2021).

▪ Diálogo Competitivo
 É a nova modalidade de licitação que será utilizada para situações complexas que exigem soluções inovadoras.
Esse é um procedimento de contratação que funciona por meio de diálogos/debates entre licitantes, que serão
previamente selecionados mediante critérios objetivos. Nesses debates, os licitantes vão desenvolver uma ou
mais alternativas capazes de atender às necessidades da Administração Pública. Ao final dos debates, os
licitantes apresentarão uma proposta final de solução.

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324
CONCURSO PÚBLICO

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Modalidades de Licitação

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325
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➢ RESUMO DAS MODALIDADES

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➢ PRAZOS PARA APRESENTAÇÕES DAS PROPOSTAS (art. 55 da Lei 14.133/2021)

Fases do certame licitatório


Formalização
 Instauração do devido procedimento administrativo, descrevendo a autorização do certame, a descrição do
objeto e a menção aos recursos próprios para a futura despesa.
 O artigo 54 da Lei 14.133/2021 prevê a divulgação e manutenção do inteiro teor do ato convocatório e de seus
anexos no Portal Nacional de Contratações Públicas.
 A Lei traz novos conceitos relacionados aos agentes públicos que serão parte do processo de licitação e
contratações públicas, quais sejam:
o A) Agente de contratação: é designado entre servidores efetivos ou empregados públicos, sendo o
principal responsável pelo procedimento licitatório. Com a extinção da comissão de licitação, o agente
de licitação terá uma equipe de apoio, que exercerá o seu assessoramento, não tendo, entretanto, poder
decisório sobre a posterior contratação.
o B) Autoridade superior: é hierarquicamente superior ao agente de contratações e tem como
competência adjudicar e homologar o processo de licitação.
o C) Comissão de Contratação: quando se tratar da contratação de bens e serviços especiais, é possível
(mas não obrigatório) o estabelecimento de uma comissão de no mínimo três membros. No diálogo
competitivo, será obrigatória a formação de comissão de licitação com pelo menos três membros.
Fases do certame licitatório
 Edital
É o instrumento convocatório da licitação, que estabelece toda a regulamentação atinente ao certame (objeto, prazo,
condições, sanções, local, julgamento, pagamento, etc.).
Na dicção de Hely Lopes Meirelles, “é a lei interna da licitação”.
Deve conter como anexos a minuta do contrato a ser firmado, o orçamento estimado, o projeto básico, e, se for o caso,
o projeto executivo.
Pode ser impugnado por qualquer pessoa no prazo de 3 (três) dias úteis antes da data de abertura do certame. A
resposta à impugnação ou ao pedido de esclarecimento será divulgada em sítio eletrônico oficial no prazo de até 3 (três)
dias úteis, limitado ao último dia útil anterior à data da abertura do certame (art. 164 da Lei 14.133/21).io
Fases do certame lictatóro

 Apresentação e Julgamento das propostas

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327
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

 Pode haver a desclassificação de propostas que não observem as regras e condições do edital, que possuírem
vícios insanáveis ou apresentem preços inexequíveis (cujos valores forem inferiores a 75% do valor orçado pela
Administração) ou permanecerem acima do orçamento estimado para a contratação (art. 59 da Lei 14.133/21).
 Poderá ser exigida garantia do licitante, que não será superior a 1% do valor estimado para a contratação. A
garantia de proposta será devolvida aos licitantes no prazo de 10 (dez) dias úteis, contados da assinatura do
contrato ou da data em que for declarada fracassada a licitação. A garantia poderá ser prestada nas seguintes
modalidades (art. 96, § 1º):
• caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública;
• seguro-garantia;
• fiança bancária.

 Habilitação
“Fase do procedimento em que a Administração verifica a aptidão do candidato para a futura contratação” (José dos
Santos Carvalho Filho).
Somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações, não podendo fazer exigências indevidas ou impertinentes (CRFB, art. 37, XXI – Princípio da Competitividade).
Após esta fase, o licitante não pode mais desistir da proposta formulada.
 Analisa cinco aspectos:
1) habilitação jurídica;
2) qualificação técnica;
3) qualificação econômico-financeira;
4) regularidade fiscal;

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328
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

 Encerramento da Licitação
 O vencedor não adquire direito subjetivo à contratação, posto que cabe à Administração decidir sobre a efetiva
celebração ou não do contrato (pode haver revogação ou anulação).
 O vencedor fica obrigado a fornecer o objeto licitado, sob pena de responsabilidade. Não poderá haver nova
licitação enquanto eficaz o ato de resultado final.

Anulação e revogação da licitação


 Anulação
Decorre da existência de uma ilegalidade no procedimento administrativo, implicando a sua anulação e de todas as
etapas posteriores consequentes.
Em regra, não gera direito à indenização, a não ser pelo que o contratado houver executado até a data de declaração
da nulidade, se esta não lhe for imputável (art. 149 da Lei 14.133/21).
 Revogação
Somente é possível motivada por interesse público superveniente, devidamente comprovado (art. 71, § 2º da Lei
14.133/21).
 Em qualquer caso, deverá ser assegurada a prévia manifestação dos interessados.
 Instrumentos auxiliares

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329
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

▪ A Esses procedimentos não eram previstos na Lei 8.666/93, mas já existem na legislação brasileira, na lei do
RDC, na Lei de Licitações das Empresas Estatais (Lei 13.303/16) e em outros dispositivos legais. Agora eles são
unificados pela Nova Lei de Licitação, sendo os que seguem:
• Credenciamento (art. 79): situação em que não há competição, mas cadastramento por chamamento público
de vários licitantes interessados, de maneira paralela e não excludente, com seleção a critério de terceiros, em
mercados fluidos (preços dinâmicos);
• Pré-qualificação (art. 80): procedimento aberto permanentemente para selecionar licitantes que reúnam
condições de habilitação para participar de futura licitação ou de licitação vinculada a programas de obras ou de
serviços objetivamente definidos, ou ainda, de bens que atendam às exigências técnicas ou de qualidade
estabelecidas pela Administração;
• Procedimento de manifestação de interesse (art. 81): ocorre quando uma licitação é interessante para vários
órgãos públicos, de forma que eles manifestam o interesse em fazer a licitação em conjunto.
• Sistema de registro de preços (art. 82): registro de preços de produtos quando não se sabe exatamente a
quantidade que vai precisar contratar, garantindo o congelamento do valor ao longo de certo período de tempo.
A ata de registro de preços terá validade de 1 ano, prorrogável por igual período. É utilizado não somente na
modalidade pregão, mas também na concorrência e em contratações diretas;
• Registro cadastral (art. 87): banco de dados do PNCP, público, amplamente divulgado e aberto
permanentemente, para cadastrar possíveis fornecedores. É obrigatório o chamamento público, pela internet, no
mínimo anualmente, para atualização e ingresso.

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330
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1. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: PGE-AM Prova: FCC - 2022 efetivado o respectivo procedimento licitatório para a
- PGE-AM - Técnico em Gestão Procuratorial aquisição pretendida.
Especialidade Engenharia Elétrica c) é inexigível a licitação, devendo, no entanto, serem
A Lei nº 14.133/2021, estabelece normas gerais de licitação observados alguns requisitos legais, como a certificação da
e contratação para as Administrações Públicas diretas, inexistência de imóveis públicos vagos e disponíveis que
autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito atendam ao objeto, dentre outros.
Federal e dos Municípios. Em relação ao que se aplica a d) não se trata de hipótese de dispensa ou de inexigibilidade de
referida lei, considere: licitação, sendo, no entanto, possível a aquisição direta,
I. Alienação e concessão de direito real de uso de bens. II. desde que a autarquia justifique a singularidade do imóvel.
Locação. III. Contratos que tenham por objeto operação de e) trata-se de hipótese típica de dispensa de licitação, não se
crédito, interno ou externo, e gestão de dívida pública, exigindo nenhum outro requisito para a aquisição direta
incluídas as contratações de agente financeiro e a concessão pretendida.
de garantia relacionadas a esses contratos. IV. Contratações
sujeitas a normas previstas em legislação própria. 5. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 5ª Região (BA)
De acordo com a Lei nº 14.133/2021, subordina-se ao regime Provas: FCC - 2022 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista
desta lei o que consta APENAS de Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade
a) III. Ao definir as modalidades de licitação, a Lei nº 14.133/2021
b) IV. (Lei de Licitações e Contratos Administrativos) estabelece
c) I e III. que se utiliza
d) II e IV. a) a concorrência, para contratação de bens e serviços
e) I e II. especiais e de obras e serviços comuns e especiais de
engenharia.
2. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 5ª Região (BA) Prova: b) o concurso, para escolha de trabalho técnico, científico e
FCC - 2022 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - artístico, sendo restrita aos candidatos que estejam
Engenharia Elétrica vinculados a universidades ou escolas técnicas federais.
Na Lei nº 14.133/2021, no Título II, em seu Capítulo I, Artigo c) o leilão, para aquisição de bens e serviços comuns a quem
17, são apresentadas as fases, em sequência, que devem ser oferecer o maior lance.
observadas no processo de licitação. Considere as fases d) o pregão, para aquisição de bens imóveis ou de bens móveis,
descritas abaixo que se encontram fora de ordem: cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o
1. preparatória de maior desconto.
2. de apresentação de propostas e lances, quando for o caso e) a licitação internacional, para as hipóteses em que haja
3. recursal cotação de preços em moeda estrangeira, devendo ser
4. de habilitação processada no exterior, na sede da representação brasileira,
5. de julgamento para ser executada em território nacional.
6. de divulgação do edital de licitação
7. de homologação 6. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 17ª Região (ES)
A sequência correta das fases do processo de licitação Prova: FCC - 2022 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista
corresponde a: Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade
a) 3 – 6 – 1 – 2 – 7 – 4 – 5 Engenharia (Civil)
b) 1 – 7 – 5 – 3 – 4 – 2 – 6 Segundo a Lei Federal nº 14.133/2021, a modalidade de
c) 4 – 1 – 2 – 7 – 6 – 5 – 3 licitação para escolha de trabalho técnico, científico ou
d) 1 – 6 – 2 – 5 – 4 – 3 – 7 artístico, cujo critério de julgamento será o de melhor técnica
e) 3 – 6 – 2 – 7 – 1 – 5 – 4 ou conteúdo artístico, e para concessão de prêmio ou
remuneração ao vencedor é denominada
3. Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: DPE-SP Prova: FCC - 2023
- DPE-SP - Defensor Público do Estado de São Paulo a) pregão.
De acordo com a Nova Lei de Licitações, b) concorrência.
a) os casos de dispensa de licitação em razão do valor do objeto c) concurso.
foram reduzidos para até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) d) leilão.
para obras ou serviços de engenharia, ou serviços de e) empreitada integral.
manutenção de veículos automotores.
b) o diálogo competitivo surge como uma nova modalidade de 7. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 17ª Região (ES)
licitação. Prova: FCC - 2022 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista
c) a etapa de análise dos documentos de habilitação deve Judiciário - Área Administrativa - Especialidade
preceder às etapas de propostas e julgamento. Contabilidade
d) não há definição da modalidade em razão da natureza do Suponha que a Administração tenha instaurado uma
objeto, de modo que as modalidades de tomada de preços e licitação, na modalidade concorrência, para construção de
concorrência deixam de existir. uma obra de grande vulto. Contudo, no curso do certame,
e) a possibilidade de resolução de controvérsias por meio do defrontou-se com situação imprevista consistente no
comitê de resolução de disputas foi suprimida. cancelamento de compromisso de doação de organismo
4. Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: Copergás - PE Prova: FCC multilateral, que suportaria parte significativa dos custos
- 2023 - Copergás - PE - Analista Sistemas decorrentes da contratação, em face da não comprovação do
Uma autarquia estadual pretende adquirir imóvel específico, cumprimento de indicadores de preservação ambiental.
cujas características de instalações e de localização tornam Aventou-se, assim, a revogação do certame por razões de
necessária sua escolha para o atendimento das finalidades interesse público, o que, de acordo com a legislação de
de interesse público daquela pessoa jurídica. Nos termos da regência (Lei nº 14.133/2021),
Lei nº 14.133/2021, tendo em vista a inviabilidade de a) somente será juridicamente viável caso ainda não tenham
competição na situação narrada, sido reveladas as propostas econômicas apresentadas pelos
a) é dispensável a licitação, desde que demonstrado ser o preço licitantes.
de aquisição compatível com o praticado no mercado. b) afigura-se juridicamente possível desde que obtida a
b) não se trata de hipótese autorizadora de contratação direta, anuência de todos os licitantes habilitados e não gere
haja vista vedação legal expressa, devendo, portanto, ser quaisquer ônus para a Administração.

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CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

c) não mais será viável caso ultrapassada a fase de habilitação, b) a Administração pode impor redução quantitativa do objeto,
facultando-se à Administração a não adjudicação do objeto no limite de 25% do valor inicial atualizado, estando o
ao vencedor caso não obtenha recursos para fazer frente às contratado obrigado a aceitá-la, mantidas as condições do
despesas decorrentes da contratação. contrato e indenizados danos regularmente comprovados
d) não é admissível, porém é possível suspender o certame, que decorrentes da supressão.
deverá ser retomado no estágio em que paralisado quando c) a contratada somente estará obrigada a aceitar a redução
obtida nova fonte de financiamento. quantitativa do objeto se presente situação de calamidade
e) é juridicamente possível, mediante despacho fundamentado pública ou em razão de força maior e, superadas tais
da autoridade competente em que demonstre a ocorrência de circunstâncias, poderá rescindir o contrato com direito a
fato superveniente, assegurada manifestação prévia dos indenização.
interessados. d) a redução depende de consenso da Administração com a
contratada, não podendo ser imposta unilateralmente, eis que
8. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2022 tal prerrogativa somente está presente em contrato de obras
- DPE-AM - Assistente Técnico de Defensoria - Assistente e reformas.
Técnico Administrativo e) embora a contratada não possa rescindir o contrato, poderá
Sobre contratos administrativos, considere: suspender a execução dos serviços independentemente do
I. é vedada a modificação unilateral do contrato pela percentual de redução imposto pela Administração, se
Administração Pública, em atenção ao princípio da igualdade considerar a continuidade antieconômica, vedada a aplicação
entre as partes. de sanções.
II. os contratos administrativos podem ser alterados por acordo
das partes quando for conveniente a substituição da garantia
da execução.
III. a decretação de falência da empresa contratada constitui
motivo para a rescisão do contrato administrativo.
IV. é permitido à Administração pública aplicar sanções
imotivadas ao contratado.

Está correto o que consta de


a) I, II, III e IV.
b) I, III e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II, III e IV, apenas.

9. Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: FCC - 2020 -


AL-AP - Analista Legislativo - Técnico de Controle Interno
O regime jurídico dos contratos administrativos, disciplinado
na Lei no 8.666/1993, prevê uma série de prerrogativas que
favorecem a consecução do interesse público. Porém, a
disciplina legal em tela NÃO confere à Administração a
prerrogativa de
a) rescindir os contratos, unilateralmente, nos casos
especificados na lei.
b) aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do
ajuste, independentemente de prévia defesa.
c) modificar o contrato, unilateralmente, para melhor adequação
às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do
contratado.
d) ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato, nos casos de
serviços essenciais, na hipótese da necessidade de acautelar
apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado,
bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
e) fiscalizar a execução contratual.
10. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 22ª Região (PI)
Prova: FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista
Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade
Considere que determinado órgão da Administração tenha
celebrado contrato para prestação de serviços de limpeza em
prédio público e, em função da implantação de regime de
trabalho remoto durante a pandemia de Covid-19, decidiu
reduzir quantitativamente o objeto contratado. A empresa,
contudo, recusou-se a aceitar a redução, alegando que sua
margem de lucro estaria diretamente ligada ao ganho de
escala e solicitou a rescisão do contrato e pagamento de
indenização por lucros cessantes. Para deslinde da questão
posta, cabe considerar que: GABARITO
a) a redução é cabível desde que assegurado reequilíbrio 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
econômico-financeiro com a adequação das condições E D B C A C E C B B
originais do contrato, de molde a manter a margem de lucro
projetada em função dos quantitativos originalmente
pactuados.

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332
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 2. Penalidades

1. Considerações Gerais As sanções são de natureza administrativa, política ou


civil, jamais penal!
Base Constitucional (CRFB, Art. 37, § 4º)
Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa
importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda Administrativa Política Civil
da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação • Perda da •Suspensão dos •Ressarcimento
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. função pública direitos ao erário
• Proibição de políticos • Perda dos
Sujeitos Passivos (art. 1º e §§5º e ss.) contratar com bens e valores
- Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem o Poder acrescidos
como a administração direta e indireta, no âmbito da Público ilicitamente
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal; •Proibição de • Multa Civil
- Entidade privada que receba subvenção, benefício receber do
ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes públicos ou Poder Público
governamentais; benefícios
- Entidade privada para cuja criação ou custeio o erário fiscais ou
haja concorrido ou concorra no seu patrimônio ou creditícios
receita atual, limitado o ressarcimento de prejuízos,
nesse caso, à repercussão do ilícito sobre a
contribuição dos cofres públicos.
• Suspensão dos direitos políticos de até 14 anos;*
Sujeitos Ativos (Arts. 2º e 3º) Enriquecimento • Multa civil equivalente ao valor do acréscimo
- A Ação de Improbidade jamais poderá ser proposta Ilícito (art. 9º) patrimonial;
exclusivamente contra o particular, tendo em vista que, • Proibição de contratar com o Poder Público ou de
Exige dolo receber benefícios dele por até 14 anos.
para este ser responsabilizado nos termos da lei,
deverá:
a) Induzir o agente público a praticar o ato de
improbidade;
b) Concorrer dolosamente para a prática do ato de
Lesão ao Erário • Suspensão dos direitos políticos de até 12 anos;*
improbidade. • Multa civil equivalente ao valor do dano;
- O conceito de agente público para fins de aplicação
(art. 10)
• Proibição de contratar com o Poder Público ou de
da lei é bastante amplo, abrangendo todo aquele que Exige dolo receber benefícios dele por até 12 anos.
exerça, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades Atenta contra os
passíveis de ser enquadradas como sujeito passivo de princípios • Multa civil de até 24 vezes o valor da
atos de improbidade. administrativos remuneração;*
• Proibição de contratar com o Poder Público ou de
- O STJ decidiu que “excetuadas as hipóteses de atos (art. 11) receber benefícios dele por até 4 anos.
de improbidade praticados pelo Presidente da
República cujo julgamento se dá em regime especial Exige dolo
pelo Senado Federal, não há norma constitucional
alguma que imunize os agentes políticos, sujeitos a * A multa pode ser multiplicada até o dobro,
crimes de responsabilidade, de qualquer das sanções considerando a situação econômica do réu (art. 12, §
por atos de improbidade previstas no art. 37, § 4º, CF. 2º)
Seria incompatível com a Constituição eventual - Todas as penalidades podem ser aplicadas isolada
preceito normativo infraconstitucional que impusesse ou cumulativamente, dependendo da gravidade do
imunidade dessa maneira” (REsp 1034511/CE, DJ fato.
22/8/2009). - Os atos de improbidade estabelecidos na lei
- O STF também se manifestou sobre o assunto constituem um rol taxativo (art. 1º, §1º).
defendendo a aplicação conjunta da Lei de Crimes de - As sanções de (a) perda dos bens ou valores
Responsabilidade com a Lei de Improbidade acrescidos ilicitamente ao patrimônio, (b) obrigação de
Administrativa, ainda que a doutrina trate o tema de ressarcimento integral do dano e (c) perda da função
modo diverso. Em seu julgamento, o Min. Celso de pública, se couberem, são aplicadas a todos os atos
Mello defendeu o princípio republicano segundo o qual de improbidade administrativa, indistintamente.
todos os agentes públicos são essencialmente - A aplicação das sanções previstas na lei (art. 21):
responsáveis pelos comportamentos que adotem na a) Independe da efetiva ocorrência de dano ao
prática do respectivo ofício governamental (Informativo patrimônio público (em sentido monetário), salvo
761/STF – 2014). quanto à pena de ressarcimento;
OBS: Este dispositivo não se aplica aos atos de
improbidade estabelecidos no artigo 10 da lei, uma vez

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333
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

que a ausência de lesividade ao erário, nestes casos, Juízo Competente


impede a caracterização do ato ilícito (STJ, REsp O STF possui o entendimento sedimentado de que o
734.984-SP, DJ 16/6/2008 e REsp 939.142-RJ, DJ foro especial de prerrogativa de função só é invocável
10/4/2008). nos procedimentos de caráter penal, não se
b) Independe da aprovação ou rejeição das contas estendendo às ações de natureza civil (ADI 2.797/DF
pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou e ADI 2.860/DF). À luz deste entendimento, a
Conselho de Contas. jurisprudência deste tribunal confirma que inexiste foro
- A aplicação das sanções numeradas na Lei por prerrogativa de função nas ações de improbidade
8.429/1992 é de competência exclusiva do Poder administrativa (AI-AgR 506.323/PR).
Judiciário. Exceção: penalidade de demissão pode
ser aplicada no bojo de processo administrativo 1. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 5ª Região (BA)
disciplinar, pela autoridade administrativa (Súm. 651, Prova: FCC - 2022 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista
STJ). Judiciário - Área Judiciária - Oficial de Justiça
Avaliador Federal
3. Procedimentos Administrativos e Judiciais Suponha que em uma contratação para obra de
- Qualquer pessoa pode representar à autoridade grande vulto, com indícios de direcionamento no
administrativa competente para que seja instaurada processo de escolha do contratado, o Ministério
investigação destinada a apurar o ato de improbidade Público tenha instaurado inquérito civil para investigar
(art. 14). Porém o Ministério Público pode requisitar a a prática de ato de improbidade pela autoridade
instauração de inquérito policial ou procedimento responsável pela contratação e também pelo particular
administrativo disciplinar de ofício (art. 22). contratado. Considerando as disposições da Lei de
- É legitimado para propor a ação de improbidade o Improbidade Administrativa, de acordo as alterações
Ministério Público (art. 17) e o órgão de representação introduzidas pela Lei no 14.230, de 2021, tem-se que
da pessoa jurídica lesada (ADIs 7042 e 7043 do STF). a) apenas agentes públicos podem ser sujeitos passivos
- A ação tem natureza repressiva, com aplicação de de ato de improbidade, descabendo tal imputação a
sanções pessoais ao agente ímbrobo, e não serve particulares, ainda que pratiquem ato doloso ou
para a tutela de direitos difusos ou coletivos (art. 17- culposo em conjunto com agentes públicos ou que se
D). beneficiem de ato ímprobo a estes imputado.
- A ação de improbidade passou a permitir acordo de b) a responsabilização do agente público e do particular
não persecução cível, a ser homologado judicialmente por ato de improbidade depende, em qualquer caso,
(§1º do artigo 17 da Lei 8.429/92 e AResp 1.314.581). do elemento subjetivo dolo, não sendo passíveis de tal
O acordo pode ser proposto pelo Ministério Público ou enquadramento condutas culposas, ainda que causem
pela pessoa jurídica lesada. Tal possibilidade foi prejuízo à Administração.
reforçada no novo artigo 17-B da Lei n. 8.429/92 e c) as condutas do particular e do agente público somente
exige, ao menos, os seguintes resultados: serão passíveis de enquadramento como ato de
a) O integral ressarcimento do dano; improbidade se comprovado enriquecimento ilícito,
b) A reversão à pessoa jurídica lesada da vantagem não sendo suficiente o mero prejuízo à Administração,
indevida obtida, ainda que oriunda de agentes ainda que decorrente de conduta dolosa.
privados. d) as condutas praticadas com dolo que ensejem prejuízo
OBS: Em caso de descumprimento do acordo a que à Administração e/ou enriquecimento ilícito não são
se refere o caput deste artigo, o investigado ou o alcançadas pela prescrição, podendo ser objeto de
demandado ficará impedido de celebrar novo acordo persecução civil a qualquer tempo.
pelo prazo de 5 (cinco) anos, contado do e) admite-se que o particular celebre acordo de não
conhecimento pelo Ministério Público do efetivo persecução civil, desde que se trate de conduta
descumprimento (art. 17-B, § 7º da Lei n. 8.429/92). meramente culposa, afastando a aplicação das
- A perda da função pública e a suspensão dos direitos sanções pela prática de ato de improbidade, mediante
políticos demandam o trânsito em julgado da sentença a reparação do dano.
condenatória (art. 17, §2º). Mas é permitido o
afastamento temporário, por até 90 dias, sem prejuízo 2. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: PGE-AM Prova: FCC
da remuneração, caso necessário à instrução - 2022 - PGE-AM - Procurador do Estado da 3ª
processual (art. 20, §2º). Classe
- A absolvição penal em processo que julgue o mesmo À luz da Constituição Federal e da jurisprudência do
fato, confirmada por órgão colegiado, impede a Supremo Tribunal Federal, diante da existência de
tramitação de ação prevista nesta lei (art. 21, §4º). indícios da prática, por Prefeito municipal, de ato que
- As ações de improbidade prescrevem em 8 (oito) pode caracterizar tanto crime de responsabilidade,
anos, contados a partir da ocorrência do fato ou, no tipificado na lei especial pertinente, como ato de
caso de infrações permanentes, do dia em que cessou improbidade administrativa, previsto na lei respectiva,
a permanência (art. 23). caberá promover a responsabilização do Prefeito
- O sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano a) tanto por improbidade administrativa, como pelo
ao erário ou que se enriquecer ilicitamente estão cometimento de crime de responsabilidade, desde que
sujeitos apenas à obrigação de repará-lo até o limite se trate de infração penal, não cabendo a
do valor da herança ou do patrimônio transferido (art. responsabilização simultânea se o ato tipificado como
8º). crime de responsabilidade tiver natureza de infração

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334
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

político-administrativa, sob pena de ocorrer bis in patrimonial e proibição de contratar com o poder
idem. público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais
b) tanto pelo cometimento de crime de responsabilidade, ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
independentemente de se tratar de infração penal ou intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
político-administrativa, como por improbidade majoritário, pelo prazo não superior a catorze anos
administrativa, em virtude da autonomia das instâncias pode ser aplicada no ato que
de responsabilização, não havendo que se falar em bis a) permite ou facilita a aquisição, permuta ou locação de
in idem nessa hipótese. bem ou serviço por preço superior ao de mercado.
c) apenas pelo cometimento de crime de b) ordena ou permite a realização de despesas não
responsabilidade, independentemente de se tratar de autorizadas em lei ou regulamento.
infração penal ou político- -administrativa, por se c) deixa de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-
cuidar de agente político, regido por normas especiais lo, desde que disponha das condições para isso, com
de responsabilidade, não se lhe aplicando as vistas a ocultar irregularidades.
penalidades pela prática de ato de improbidade, sob d) descumpre as normas relativas à celebração,
pena de ocorrer bis in idem. fiscalização e aprovação de contas de parcerias
d) tanto por improbidade administrativa, como pelo firmadas pela administração pública com entidades
cometimento de crime de responsabilidade, desde que privadas.
se trate de infração político-administrativa, não e) percebe vantagem econômica, direta ou indireta, para
cabendo a responsabilização simultânea se o ato facilitar a alienação, permuta ou locação de bem
tipificado como crime de responsabilidade tiver público ou o fornecimento de serviço por ente estatal
natureza de infração penal, sob pena de ocorrer bis in por preço inferior ao valor de mercado.
idem.
e) apenas pela prática de ato de improbidade, por meio 5. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 17ª Região
de ação civil pública de competência originária do (ES) Prova: FCC - 2022 - TRT - 17ª Região (ES) -
Tribunal de Justiça do Estado, em virtude da Analista Judiciário - Área Judiciária
prerrogativa de foro assegurada ao Prefeito, enquanto A prática de ato de improbidade administrativa que
estiver no exercício do cargo. atente contra os princípios da administração pública
cuja ação ou omissão dolosa viole os deveres de
3. Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: TRT - 18ª Região honestidade, de imparcialidade e de legalidade,
(GO) Prova: FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) - independentemente do ressarcimento integral do dano
Técnico Judiciário Área Administrativa patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns
Suponha que determinado servidor público esteja e de responsabilidade, civis e administrativas previstas
sendo acusado da prática de ato de improbidade por na legislação específica, sujeitará o responsável ao
conduta que causou prejuízo à Administração, pagamento de multa civil de até I vezes o valor da
perpetrada já sob o regime da Lei no 14.230/2021, que remuneração percebida pelo agente e proibição de
alterou a Lei no 8.429/1992. A conduta em questão contratar com o poder público ou de receber benefícios
a) será considerada ato de improbidade, desde que ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
presentes os elementos de tipificação como crime indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
contra a Administração Pública, dada a jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não
comunicabilidade de instâncias. superior a II anos.
b) caracterizará ato de improbidade, se for de natureza Conforme estabelece a Lei nº 8.429/1992, as lacunas
comissiva, dolosa ou culposa, não mais sendo I e II devem ser preenchidas, correta e
admitida a capitulação de condutas omissivas como respectivamente, por:
ato de improbidade. a) 12 – 6 b) 24 − 4 c) 10 – 8 d) 5 − 2 e) 15 − 5
c) não será suficiente para configurar ato de
improbidade, ainda que dolosa, sendo necessária a 6. Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: TRT - 18ª Região
comprovação de enriquecimento ilícito do agente. (GO) Prova: FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) -
d) depende da prévia condenação do agente público em Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador
processo administrativo disciplinar para, a partir da Federal
delimitação de sua culpabilidade, ser enquadrada No que se refere às penas passíveis de serem aplicadas
como ato de improbidade. em decorrência da caracterização de ato de
e) somente poderá ser capitulada como ato de improbidade, na forma da Lei federal nº 8.429/1992, a
improbidade se presente o elemento subjetivo dolo, a) responsabilização pelo integral ressarcimento do
não sendo assim capituladas condutas meramente prejuízo causado ao erário absorve a possibilidade de
culposas. imputação de outras sanções ou penalidades, com
exceção da apuração de infração disciplinar para os
4. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 4ª REGIÃO agentes públicos.
(RS) Provas: FCC - 2022 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - b) perda da função pública somente é passível de
Analista Judiciário - Especialidade: Arquitetura imposição, em caráter cumulativo com outras
Conforme estabelece a Lei nº 8.429/1992, a pena de penalidades, aos agentes públicos que tenham
perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao praticado ato de improbidade que importem em
patrimônio, perda da função pública, suspensão dos enriquecimento ilícito, em sua modalidade dolosa.
direitos políticos até catorze anos, pagamento de c) imposição da pena de perda de bens ou de valores
multa civil equivalente ao valor do acréscimo acrescidos ilicitamente ao patrimônio não afasta a

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335
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

possibilidade de cominação de multa, esta que interesse de celebração de acordo para evitar o
também pode ser aplicada nos casos em que não se ajuizamento de ação de improbidade, o que, conforme
caracterize dano ao erário ou enriquecimento ilícito. a legislação de regência,
d) imposição de multa deve guardar relação com o a) somente é viável em se tratando de condutas
prejuízo ao erário apurado ou com o acréscimo culposas, sendo as dolosas não passíveis de
patrimonial indevido, razão pela qual não se mostra celebração de acordo de não persecução civil após as
factível nos atos de improbidade que atentam contra alterações introduzidas pela Lei nº 14.230/2021.
os princípios da Administração Pública. b) dependerá da capitulação das condutas, eis que
e) cominação da pena de ressarcimento do dano apenas aquelas que não caracterizem enriquecimento
causado ao erário pode ser imposta cumulativamente ilícito são passíveis de ajustamento em sede pré-
à pessoa jurídica responsável pelo ato de improbidade processual.
e aos seus representantes legais, sendo a imposição c) será admissível apenas para as condutas que não
de multa restrita às pessoas jurídicas. caracterizem crimes contra a Administração, dada a
necessária comunicação de efeitos entre as instâncias
7. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 19ª Região civil e penal em caso de improbidade.
(AL) Prova: FCC - 2022 - TRT - 19ª Região (AL) - d) poderá ser firmado acordo de não persecução civil
Analista Judiciário - Área Apoio Especializado desde que este assegure o integral ressarcimento do
Especialidade: Tecnologia da Informação dano e a reversão à pessoa jurídica lesada da
Segundo o que estabelece a Lei de Improbidade vantagem indevida obtida.
Administrativa (Lei nº 8.429/1992 com alterações e) passou a ser permitido com a edição da Lei nº
posteriores), 14.230/2021 exclusivamente para as condutas
a) a posse e o exercício de agente público ficam atingidas pela prescrição introduzida pelo referido
condicionados à apresentação de declaração de diploma, que ocorre em cinco anos contados da
imposto de renda e proventos de qualquer natureza, prática do ato.
que será atualizada semestralmente e na data em que
o agente público se aposentar. 10. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO
b) o sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao e AC) Prova: FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e
erário ou que se enriquecer ilicitamente estão sujeitos AC) - Analista Judiciário - Área Judiciária
à obrigação de repará-lo integralmente, O Ministério Público do Estado de Rondônia pretende
independentemente do valor da herança ou do ajuizar ação de improbidade administrativa contra dois
patrimônio transferido. agentes públicos e, para tanto, deve ater-se ao prazo
c) ao réu em ação de improbidade administrativa será prescricional pertinente. Nos termos da Lei nº
assegurado o direito de ser interrogado sobre os fatos 8.429/1992 com redação dada pela Lei nº
de que trata a ação, e a sua recusa ou o seu silêncio 14.230/2021, a ação para a aplicação das sanções
implicarão sua confissão. previstas na Lei de Improbidade prescreve em
d) somente servidores públicos poderão representar à a) cinco anos, contados a partir da ocorrência do fato ou,
autoridade administrativa competente para que seja no caso de infrações permanentes, do dia em que
instaurada investigação destinada a apurar a prática cessou a permanência.
de ato de improbidade administrativa. b) cinco anos, contados a partir do término do exercício
e) as disposições da Lei de Improbidade Administrativa de mandato, cargo em comissão ou função de
são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não confiança.
sendo agente público, induza ou concorra c) quatro anos, contados a partir da ciência inequívoca
dolosamente para a prática do ato de improbidade. do fato pelo legitimado ativo para a demanda, ou, no
caso de infrações permanentes, do dia em que cessou
8. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: PGE-AM Prova: FCC a permanência.
- 2022 - PGE-AM - Técnico em Gestão Procuratorial d) oito anos, contados a partir da ocorrência do fato ou,
Especialidade Controle Interno no caso de infrações permanentes, do dia em que
A ação de improbidade administrativa cessou a permanência.
a) é uma ação cautelar. e) oito anos, contados a partir do término do exercício de
b) é uma ação incidental. mandato, cargo em comissão ou função de confiança.
c) não é uma ação repressiva.
d) é uma ação trabalhista.
e) não é uma ação civil.

9. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 17ª Região


(ES) Prova: FCC - 2022 - TRT - 17ª Região (ES) -
Analista Judiciário - Área Administrativa -
Especialidade Contabilidade
Suponha que condutas de agentes públicos e de
particulares na celebração de aditivos contratuais que GABARITO
causaram lesão ao erário estejam sendo objeto de 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
inquérito civil instaurado pelo Ministério Público para B B E E B C E E D D
apuração da prática de ato de improbidade. Alguns
dos particulares implicados na questão manifestaram

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336
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ➢ Classifica-se em prévio (preventivo


ou a priori), concomitante ou
Conceito subsequente (corretivo ou
▪ Segundo José dos Santos Carvalho Filho, é o posterior).
“conjunto de mecanismos jurídicos e ❖ Quanto à iniciativa
administrativos por meio dos quais se exerce o ➢ Divide-se em de ofício (ex officio) ou
poder de fiscalização e de revisão da atividade provocado.
administrativa em qualquer esfera de Poder”.  Controle Administrativo
Assegura, assim, um duplo objetivo: ▪ É decorrência lógica do Poder de
✓ Garantir o respeito aos direitos Autotutela da Administração
subjetivos dos usuários; Pública (Súmula 473, STF),
✓ Assegurar a observância das diretrizes configurando hipótese de controle
constitucionais da Administração. interno.
▪ Tem natureza de poder-dever para a ▪ Dá ensejo à existência de alguns
Administração, uma vez que esta não poderá se institutos, a saber:
furtar aos cânones da legalidade e dos objetivos ✓ Reclamação
atinentes à consecução dos fins públicos a que se administrativa: forma de
dirige. manifestação de
 Classificação das formas de controle irresignação do
❖ Conforme a origem (quanto à extensão do administrado quanto a um
controle) ato (ou omissão), em geral,
➢ Controle interno apta a ensejar prejuízo a
✓ É exercido por órgãos de um direito seu, seja porque
poder sobre condutas não foi reconhecido, seja
administrativas produzidas porque foi lesionado.
dentro de sua esfera ✓ Pedido de
organizativa. reconsideração:
✓ Perfaz-se pelo poder requerimento feito à
hierárquico (por subordinação, própria autoridade
relação de dever e obediência emissora do ato
existente nos níveis de impugnado, visando à sua
organização administrativa) ou reapreciação, um juízo de
pelo controle finalístico (por retratação.
vinculação, também chamado ✓ Revisão: petição
de supervisão ministerial ou apresentada em face a
tutela, exercido pelos entes uma decisão administrativa
políticos sobre as entidades sancionatória, em razão da
administrativas por eles superveniência de fatos
criadas). novos que demonstrem a
inadequação da
 OBS: A banca CESPE penalidade aplicada.
entende que controle OBS: é o único caso em que não é possível a
finalístico é hipótese reformatio in pejus.
de controle externo, ✓ Recurso administrativo:
contrariando a petição interposta à
doutrina majoritária. autoridade administrativa
➢ Controle externo imediatamente superior
✓ Ocorre quando o órgão àquela cujo ato se aspira
fiscalizador pertence a impugnar, com o objetivo
Administração diversa daquela de formar uma nova
de onde a conduta se originou. decisão. Podem ser
✓ É o caso do controle judicial de próprios (tramitam na via
atos administrativos, controle interna de órgãos ou
pelos Tribunais de Contas, etc. pessoas administrativas)
ou impróprios (dirigem-se
❖ Quanto à natureza do órgão controlador a entidades ou órgãos
➢ Pode ser legislativo, judicial ou estranhos àquele de onde
administrativo. se originou o ato). Não
❖ Quanto à natureza do controle (quanto ao podem ser delegados.
aspecto controlado) ✓ Representação: é o
➢ Será de legalidade ou de mérito. recurso pelo qual
❖ Quanto ao momento de exercício (quanto à administrado denuncia
oportunidade) irregularidades ou

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CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

ilegalidades cometidas por preservar a sua dignidade


servidor público. e a sua sobrevivência, em
• Controle Judicial todos os aspectos (saúde,
▪ É o poder de fiscalização exercido educação, segurança,
pelo Judiciário sobre os atos lazer, etc.), extraindo-se da
oriundos da função administrativa. norma constitucional a sua
▪ Tem como exemplos clássicos as máxima efetividade. Sendo
súmulas vinculantes, os remédios assim, o Judiciário pode
constitucionais (MS, HC, HD, MI, controlar as políticas
AP, etc.), a ACP e a AI. públicas adotadas pelo
▪ Diz respeito sempre a um exame de Estado, visando adequá-
legalidade, dirigindo-se, em regra, las às necessidades da
ao controle de atos vinculados. população. É a teoria
OBS: Os atos discricionários podem ser controlados prevalente nos Tribunais
judicialmente: pátrios.
✓ Quando extrapolar os
limites da lei;  Atos sob controle especial
✓ Quando violar princípio ❖ Atos políticos
administrativo; ✓ São atos de governo, em
✓ Quando houver violação que há larga margem de
de elementos vinculados discricionariedade. Ex.:
do ato. indulto (CRFB, art. 84, VII),
 Omissão Administrativa (Silêncio permissão para forças
Administrativo) estrangeiras transitarem
▪ É o simples não-agir do Estado em território nacional
frente a uma demanda ensejadora (CRFB, art. 84, XXII),
do seu pronunciamento. autorização para o
▪ Em se tratando de ato vinculado, o Presidente da República
Judiciário poderá decidir ou ordenar se ausentar do País
sobre a situação fática ou jurídica. (CRFB, art. 49, III).
Ex.: aposentadoria. ✓ Só cabe o controle judicial
▪ Sendo o caso de ato discricionário, se houver vício de
o Judiciário poderá fixar prazo para legalidade ou
a Administração decidir ou agir, sob constitucionalidade, ou
pena de multa ou de envio do caso ofensa a direito individual
ao Ministério Público, para que seja ou coletivo.
proposta a devida ação de
improbidade. Ex.: licença para ❖ Atos legislativos típicos
interesses particulares. ✓ Atos de conteúdo
normativo, abstrato e geral
 Políticas Públicas (lei em tese).
▪ Teoria da Reserva do Possível ✓ Só são controlados por
✓ Por ser impossível que a ações especiais (ADIN,
Administração Pública ADC, ADO e ADPF).
concretize todas as
políticas públicas de que ❖ Atos “interna corporis”
necessite a população, não ✓ São os praticados dentro
pode o Judiciário interferir da competência interna e
na gestão dos recursos exclusiva do Legislativo e
públicos, definindo quais do Judiciário. Ex.:
as prioridades a serem Regimentos Internos.
implementadas pelo ✓ Só cabe o controle judicial
Estado. se houver vício de
▪ Teoria do Núcleo Essencial Mínimo legalidade ou
do Direito Fundamental, Teoria da constitucionalidade, ou
Máxima Efetividade da Norma ofensa a direito individual
Constitucional ou Teoria do Mínimo ou coletivo.
Existencial • Controle Legislativo
✓ O Estado, no papel de Trata-se da prerrogativa atribuída ao Poder Legislativo
mantenedor da ordem de fiscalizar a Administração Pública sob os critérios
pública e do edifício social, político (exercício da função administrativa) e
deve fornecer aos financeiro (gestão dos gastos públicos), como forma
cidadãos ao menos o de controle externo.
mínimo necessário para

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quanto à atividade das


 Controle Político entidades beneficiárias.

▪ É competência exclusiva do
Congresso Nacional fiscalizar e ➢ Controle Financeiro (Fiscalização contábil,
controlar, diretamente, ou por financeira e orçamentária)
qualquer de suas Casas, os atos do ▪ É exercido com auxílio do Tribunal
Poder Executivo, incluídos os da de Contas, que possui competência
administração indireta (CRFB, art. para fiscalizar quaisquer pessoas,
49, X). físicas ou jurídicas, públicas ou
▪ O Congresso Nacional pode sustar privadas, que utilizem dinheiro
os atos normativos do Executivo que público, incluindo as contas das
exorbitem do poder regulamentar ou Defensorias, do Ministério Público e
dos limites da delegação (CRFB, art. dos Poderes Legislativo e Judiciário,
49, V). tendo sua competência definida no
artigo 71 da CRFB.
▪ A Câmara, o Senado ou qualquer de ▪ São funções do Tribunal de Contas,
suas comissões pode convocar dentre outras:
Ministro ou autoridade para prestar ✓ Apreciar a
informações sobre assunto constitucionalidade de leis
determinado (CRFB, art. 50). e atos do Poder Público
▪ É de competência do Congresso (Súmula 347, STF);
Nacional sustar contratos que ✓ Analisar os atos de
apresentem ilegalidade, mediante admissão e aposentadoria
solicitação do TCU (CRFB, art. 71, de pessoal (CRFB, art. 71,
§1°). III);
▪ O Legislativo, por meio das ✓ Sustar a execução de ato
Comissões Parlamentares de administrativo (CRFB, art.
Inquérito, podem exercer 71, X);
prerrogativas próprias de ✓ Aplicar multas ou débitos
autoridades judiciais para apurar com eficácia de título
fatos ocorridos na Administração executivo (CRFB, art. 71,
(CRFB, art. 58, §3°). §3°).

"Tomemos um passo em direção à liberdade, em


 Controle Legislativo direção ao controle e eficiência,
➢ Controle Financeiro (Fiscalização contábil, ao afastar-nos apenas um passo do nosso próprio
financeira e orçamentária) ego".
▪ Refere-se ao controle do modo de Teco Nicolau
administrar as receitas, as despesas
e a própria gestão dos recursos 1. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: PGE-AM Prova: FCC
públicos, com sustentáculo em - 2022 - PGE-AM - Técnico em Gestão Procuratorial
competência constitucional. Especialidade Controle Interno
▪ Dá-se em todos os âmbitos A relação entre os chamados controle interno e
federativos, abrangendo União, controle externo da Administração Pública é de
Estados, DF e Municípios. a) hierarquia, constituindo o controle externo a chefia do
▪ Dirige-se a examinar os critérios de controle interno.
(CRFB, art. 70): b) hierarquia, constituindo o controle interno a chefia do
controle externo.
 Legalidade; OBS: c) continência, sendo o controle interno mais amplo do
Súmula Vinculante N.° 3; que o controle externo.
 Legitimidade: d) colaboração, devendo o controle externo apoiar o
consonância com o dever controle interno em sua missão.
de boa administração, a e) colaboração, devendo o controle interno apoiar o
finalidade e a moralidade. controle externo em sua missão.
 Economicidade:
adequada relação de 2. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: DETRAN-AP Prova:
custo-benefício, FCC - 2022 - DETRAN-AP - Assistente
inexistência de Administrativo de Trânsito
desperdícios. No que toca à Administração Pública, o controle
 Aplicação das judicial poderá ser exercido por meio de
subvenções e renúncia a) recurso hierárquico próprio e impróprio.
de receitas: controle b) mandado de segurança individual e coletivo.
c) reclamação administrativa.

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d) pedido de reconsideração. d) a multa aplicada pela Corte de Contas possui eficácia


e) pedido de revisão. de título executivo e sua cobrança independe da
subsequente apuração de outros eventuais prejuízos
3. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 22ª Região (PI) à Administração.
Prova: FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico e) a exequibilidade da multa aplicada pressupõe a prévia
Judiciário - Área Administrativa instauração de procedimento de Tomada de Contas
No tocante à atividade de controle da Administração Especial, onde são individualizadas as
Pública, responsabilidades e os danos.
a) dentre os possíveis efeitos do julgamento pelo Tribunal
de Contas da União está a inabilitação para o exercício 6. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 5ª Região (BA)
de cargo em comissão ou função de confiança. Prova: FCC - 2022 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista
b) no exercício da atividade de controle interno admite-se Judiciário - Área Judiciária - Oficial de Justiça
apenas o controle de juridicidade, não havendo Avaliador Federal
possibilidade de controle de mérito do ato Suponha que determinado agente público que detém
administrativo. competência para expedição de licenças para
c) os pareceres emitidos pelo Tribunal de Contas da funcionamento de empreendimentos, em face do
União sobre as contas do Presidente da República são grande número de solicitações e visando dar mais
de natureza vinculante. celeridade aos processos, cogite delegar a agente
d) a propositura de ação visando o controle jurisdicional subordinado a competência decisória para
dos atos administrativos exige, como regra geral, que empreendimentos de pequeno impacto. De acordo
haja prévio exaurimento da via administrativa. com as disposições da Lei n° 9.784/1999, que regula
e) o controle parlamentar é de natureza inerte, o processo administrativo no âmbito federal, tal
dependendo sempre de provocação de parte delegação afigura-se
interessada em suscitá-lo. a) vedada, eis que a delegação somente pode ser feita a
autoridade de mesmo nível hierárquico, autorizada a
4. Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: DPE-SC Prova: FCC avocação de competência de agente subordinado.
- 2021 - DPE-SC - Defensor Público b) possível, desde que mediante decreto do Chefe do
Sob a ótica do controle administrativo, da tutela, Executivo, somente sendo a delegação retratável por
autotutela e hierarquia nas entidades da ato de igual teor.
Administração Indireta, c) possível, caso não se trate de competência exclusiva,
a) a autotutela se exerce por uma pessoa jurídica sobre podendo a delegação ser revogada a qualquer tempo.
outra, no caso da modalidade repressiva. d) vedada, salvo previsão expressa em lei ou no ato que
b) a tutela se exerce dentro da mesma pessoa jurídica, atribui a competência originária à autoridade
desde que na modalidade preventiva. delegante.
c) há hierarquia entre as entidades da Administração e) possível apenas no que diz respeito a atos instrutórios
Indireta e a Administração Direta. ou normativos, vedada a delegação para a prática de
d) a hierarquia, ao contrário da tutela, depende de atos decisórios.
previsão em lei.
e) o controle administrativo é exercido pelos órgãos 7. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 5ª Região (BA)
centrais e nos limites definidos em lei. Prova: FCC - 2022 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista
Judiciário - Área Judiciária
5. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 5ª Região (BA) O instituto da decisão coordenada, na forma
Prova: FCC - 2022 - TRT - 5ª Região (BA) - Técnico disciplinada pela Lei nº 9.784/1999, que regula o
Judiciário - Área Administrativa processo administrativo no âmbito federal, aplica-se a
Suponha que o Tribunal de Contas tenha considerado decisões administrativas
irregular determinado contrato administrativo, por a) que exijam a participação de 3 (três) ou mais setores,
entender que a modalidade licitatória adotada, pregão, órgãos ou entidades do mesmo Poder, em matéria
não foi a adequada, eis que não se trataria de serviço relevante e cuja discordância prejudique a celeridade
de natureza comum. A decisão do Tribunal imputou do processo, vedada em procedimentos licitatórios e
multa à autoridade responsável pela instauração do sancionatórios.
procedimento licitatório, identificando, ainda, dano ao b) produzidas de forma conjunta pelo Poder Executivo e
erário e determinando à Administração a apuração dos Legislativo, em matéria de competência comum,
prejuízos in concreto. De acordo com as disposições podendo também incluir o Poder Judiciário desde que
constitucionais aplicáveis, tem-se que não se trate de atividade jurisdicional.
a) a aplicação de multa não possui embasamento c) quando for recomendável uma tomada de decisão
jurídico, eis que somente cabível na hipótese de única, de forma a excluir a responsabilidade original de
descumprimento ou resistência injustificada no cada órgão ou autoridade, especialmente em matéria
cumprimento de determinação da Corte de Contas. de alta complexidade.
b) o Tribunal extrapolou suas competências, eis que não d) quando se tratar de ato jurídico complexo, cujos efeitos
pode aplicar sanções pecuniárias, mas apenas julgar apenas se performam com a confirmação ou
a regularidade ou irregularidade dos atos. ratificação do ato originário por autoridade superior.
c) o Tribunal proferiu decisão ilíquida, eis que não e) em se tratando de conselhos ou outros órgãos
delimitou o montante dos prejuízos decorrentes do ato, colegiados em que a decisão é resultado de processo
o que impede a cobrança da multa. de deliberação coletiva dos integrantes.

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340
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO ADMINISTRATIVO

8. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO administrativamente com o interessado ou respectivo
(PR) Prova: FCC - 2022 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - cônjuge ou companheiro.
Técnico Judiciário - Área Administrativa e) o indeferimento de alegação de suspeição poderá ser
A propósito das formalidades relativas ao processo objeto de recurso, com efeito suspensivo.
administrativo, a Lei n° 9.784/1999 estatui que
a) nos processos acusatórios, a defesa técnica por
advogado é obrigatória.
b) a intimação realizada sem observância das
prescrições legais deve ser refeita, ainda que haja
comparecimento espontâneo do administrado.
c) a autenticação de documentos exigidos em cópia
poderá ser feita pelo próprio órgão administrativo.
d) os atos do processo devem realizar-se exclusivamente
na sede do órgão administrativo que o conduz.
e) o reconhecimento de firma deve ser sempre exigido,
salvo se houver dispensa legal.

9. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 17ª Região


(ES) Prova: FCC - 2022 - TRT - 17ª Região (ES) -
Analista Judiciário - Área Administrativa
O recurso administrativo será dirigido à autoridade que
proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no
prazo de I dias, o encaminhará à autoridade superior.
Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso
administrativo deverá ser decidido no prazo máximo
de II dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão
competente. Interposto o recurso, o órgão competente
para dele conhecer deverá intimar os demais
interessados para que, no prazo de III dias úteis,
apresentem alegações.

Conforme estabelece a Lei nº 9.784/1999, que dispõe


sobre o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal, as lacunas I, II e III
devem ser preenchidas, correta e respectivamente,
por:
a) 5 − 15 − 2
b) 15 − 60 − 2
c) 10 − 15 − 5
d) 5 − 30 − 5
e) 10 − 30 – 8

10. Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO


(MT) Prova: FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) -
Analista Judiciário - Área Judiciária
No processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal (Lei nº 9.784/1999), a
lei estabelece que:
a) inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou
autoridade responsável pelo processo e dos
administrados que dele participem devem ser
praticados no prazo máximo de 48 horas, salvo motivo
de força maior.
b) é impedido de atuar em processo administrativo o
servidor ou autoridade que tenha amizade íntima ou
inimizade notória com algum dos interessados ou com
os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e
afins até o terceiro grau.
c) os atos do processo administrativo devem ser GABARITO
produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
local de sua realização e a assinatura da autoridade E B A E D C A C D C
responsável.
d) pode ser arguida a suspeição de autoridade ou
servidor que esteja litigando judicial ou

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CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 4. DPE AM – 2022. Considere os seguintes itens:


(PARTE 1) I. a soberania.
II. a plenitude de defesa.
OBS.: Todas as questões são da FCC – banca do III. o pluralismo político.
edital. IV. a inviolabilidade do domicílio.
Ponto 1 - Constituição: princípios fundamentais. Dos
direitos e garantias fundamentais: dos direitos e São fundamentos da República Federativa do Brasil
deveres individuais e coletivos previstos no art. 1º da Constituição Federal o que
consta de
1. MANAUSPREV – 2021. São, respectivamente, a) I e II, apenas.
fundamento e objetivo fundamental da República: b) I, II, III e IV.
a) a erradicação da pobreza e a não intervenção. c) II e IV, apenas.
b) o pluralismo político e a independência nacional. d) III e IV, apenas.
c) a solução pacífica dos conflitos e a prevalência dos e) I e III, apenas.
direitos humanos.
d) a defesa da paz e a construção de uma sociedade 5. TRT 4º REGIÃO -2022. A República Federativa do
livre, justa e solidária. Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
e) a dignidade da pessoa humana e a garantia do seguintes princípios:
desenvolvimento nacional. I. pluralismo político.
II. repúdio ao terrorismo e ao racismo.
2. MANAUSPREV – 2021. Sobre as normas III. erradicação da pobreza e da marginalização e redução
constitucionais relativas aos princípios fundamentais das desigualdades sociais e regionais.
da República Federativa do Brasil, considere: IV. independência nacional.
I. A cidadania e a dignidade da pessoa humana são V. concessão de asilo político.
princípios que regem a República em suas relações
internacionais. Está correto o que se afirma APENAS em
II. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o a) II, IV e V.
pluralismo político são fundamentos da República. b) I, III e V.
III. Promover o bem de todos, sem preconceitos de c) II, III e V.
origem, raça, sexo, cor e idade e quaisquer outras d) I, III e IV.
formas de discriminação, é objetivo fundamental da e) I, II e IV.
República.
IV. A defesa da paz e a não intervenção são fundamentos
da República. 6. TRT 14ª REGIÃO – 2022. Dario foi punido com a
decretação do perdimento de bens, vindo a falecer
À luz da Constituição Federal, está correto o que se afirma antes do cumprimento dessa obrigação. Dario deixou
APENAS em bens que foram transferidos para seu único herdeiro e
a) I, II e IV. filho, Arantes, maior de idade, que já possuía outros
b) I, III e IV. bens próprios. Nesse caso, de acordo com a
c) II e III. Constituição Federal, essa penalidade
d) III e IV. a) não poderá ser estendida a Arantes nem poderá ser
e) I e II. contra ele executada, pois apenas será estendida aos
sucessores as obrigações de reparar dano, inclusive
3. TRT 14 – 2022. Em conformidade com a Constituição respondendo com os bens particulares que já possuía
Federal, no que se refere aos princípios fundamentais, antes do falecimento de seu pai.
a) a República Federativa do Brasil buscará a integração b) poderá, nos termos da lei, ser estendida a Arantes e
social e cultural dos povos da América Latina, visando contra ele executada, inclusive respondendo com os
à formação de uma comunidade latino-americana de bens particulares que já possuía antes do falecimento
nações, sendo vedadas a integração econômica e a de seu pai.
política. c) não poderá ser estendida a Arantes nem poderá ser
b) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas contra ele executada, pois nenhuma pena passará da
relações internacionais pelo princípio da proibição da pessoa do condenado.
concessão de asilo político. d) não poderá ser estendida a Arantes nem poderá ser
c) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas contra ele executada, pois apenas será estendida aos
relações internacionais pelo princípio da intervenção. sucessores as obrigações de reparar dano, até o limite
d) são poderes da União, dependentes entre si, o do valor do patrimônio transferido.
Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Ministério e) poderá, nos termos da lei, ser estendida a Arantes e
Público. contra ele executada, até o limite do valor do
e) a República Federativa do Brasil constitui-se em patrimônio transferido.
Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da
pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da
livre iniciativa e o pluralismo político

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345
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

7. MPE/PB – 2023. Tomando conhecimento de que seria 10. TRT 22ª REGIÃO – 2022. Os moradores de um
encenada uma peça teatral na cidade que retrataria determinado bairro da cidade de Teresina desejam
uma tradicional figura cristã masculina como uma criar, na forma da lei, uma associação com o intuito de
mulher negra, determinado grupo religioso requereu a melhorar o bem-estar da comunidade onde vivem. A
proibição da estreia da referida peça, no que foram criação dessa associação
prontamente atendidos. Diante da situação hipotética a) independe de autorização, sendo permitida a
apresentada, e levando-se em conta o que estabelece interferência estatal em seu funcionamento, só
a Constituição Federal, podendo ela ser compulsoriamente dissolvida ou ter
a) somente a União poderia, mediante regra geral, suas atividades suspensas por decisão judicial, não
restringir ou impedir a estreia da peça, mediante sendo necessário, em nenhum dos casos, o trânsito
censura prévia, com fundamento na inviolabilidade da em julgado.
liberdade de consciência e de crença. b) depende de autorização, sendo vedada a interferência
b) somente por meio de lei é possível a censura prévia à estatal em seu funcionamento, só podendo ela ser
liberdade de expressão e de criação artística, de sorte compulsoriamente dissolvida ou ter suas atividades
que o prefeito do município em questão não poderia suspensas por decisão judicial, exigindo-se, em
ter proibido a estreia da peça de teatro. ambos os casos, o trânsito em julgado.
c) somente o Estado poderia, mediante regra geral, c) independe de autorização, sendo vedada a
restringir ou impedir a estreia da peça, mediante interferência estatal em seu funcionamento, só
censura prévia, com fundamento em sua competência podendo ela ser compulsoriamente dissolvida ou ter
para exercer a classificação, para efeito indicativo, de suas atividades suspensas por decisão judicial,
diversões públicas e de programas de rádio e exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
televisão. d) depende de autorização, sendo permitida a
d) é admissível a proibição da estreia da peça, desde que interferência estatal em seu funcionamento, podendo
se pretenda encená-la em local aberto ao público, ela ser compulsoriamente dissolvida ou ter suas
hipótese em que a reunião de pessoas, ainda que atividades suspensas por decisão judicial ou por meio
pacífica, depende de aviso prévio e autorização da de processo administrativo, exigindose o trânsito em
autoridade competente. julgado quando a decisão for judicial.
e) é inconstitucional a proibição da estreia da peça e) depende de autorização, sendo permitida a
teatral, uma vez que é assegurada a livre expressão interferência estatal em seu funcionamento, só
da atividade intelectual, artística, científica e de podendo ela ser compulsoriamente dissolvida ou ter
comunicação, independentemente de censura ou suas atividades suspensas por decisão judicial,
licença. exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.

8. MANAUSPREV – 2021. Ao dispor sobre direitos e 11. TRT 18ª REGIÃO – 2023. Ronaldo praticou crime de
garantias fundamentais, a Constituição Federal exige tráfico ilícito de entorpecentes, tendo como mandante
decisão judicial para seu irmão, Luís. Sabe-se que Carolina poderia ter
a) dissolver compulsoriamente ou suspender as evitado referido crime, mas se omitiu. Com base
atividades de associações, sendo necessário, no apenas nas informações fornecidas, a Constituição
primeiro caso, o trânsito em julgado. Federal impõe à lei considerar o crime mencionado
b) autorizar a criação de associação de caráter a) afiançável, mas insuscetível de graça ou anistia, por
paramilitar. ele respondendo apenas Ronaldo.
c) entrar na casa do indivíduo, sem consentimento do b) inafiançável, mas suscetível de graça ou anistia, por
morador, em caso de flagrante delito ou desastre. ele respondendo apenas Ronaldo e Luís.
d) entrar e sair com bens do território nacional, em c) inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, por ele
tempos de paz. respondendo apenas Ronaldo e Luís.
e) instalar tribunal de exceção com competência para o d) afiançável e suscetível de graça ou anistia, por ele
julgamento de crimes dolosos contra a vida. respondendo Ronaldo, Luís e Carolina.
e) inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, por ele
9. SEDU/ES – 2022. O princípio da legalidade previsto no respondendo Ronaldo, Luís e Carolina.
art. 5o da Constituição da República corresponde à
regra de que 12. TRT 22ª REGIÃO – 2022. Augusto, advogado e sócio
a) A todos os cidadãos se submetem à lei sem distinção de determinado escritório de advocacia, é proprietário
e privilégio, dependendo as exceções de expressa de um imóvel na área urbana de Teresina. No caso de
previsão legal. iminente perigo público, a autoridade competente
b) a República Federativa do Brasil se rege segundo as a) poderá usar da propriedade particular de Augusto,
leis votadas pelo Congresso Nacional, de acordo com assegurando a ele indenização ulterior,
o processo legislativo. independentemente de dano.
c) no Estado Democrático de Direito a vontade do b) poderá usar da propriedade particular de Augusto,
governante é submetida à vontade do Poder assegurando a ele indenização ulterior, se houver
Legislativo expressa por meio de leis. dano.
d) ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer c) não poderá usar da propriedade de Augusto por ser
alguma coisa senão em virtude de lei. ela particular, salvo em caso de desapropriação por
e) o ordenamento jurídico nacional, por meio de sua necessidade pública, mediante justa e prévia
legislação penal, punirá os atos que se desviem da indenização em dinheiro.
legalidade.

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346
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

d) poderá usar da propriedade particular de Augusto, d) que é inviolável a casa do indivíduo, ninguém nela
sem direito à indenização, mesmo que haja dano. podendo penetrar sem o consentimento do morador,
e) E não poderá usar da propriedade Augusto, por ser ela salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
particular, salvo em caso de desapropriação por prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
interesse social, mediante justa e prévia indenização administrativa ou judicial.
em dinheiro. e) que a propriedade atenderá a sua função social.

13. DETRAN AP – 2022. À luz do que dispõe a 16. TRT 14ª REGIÃO – 2022. Laura reside apenas com o
Constituição Federal acerca dos direitos e garantias filho recém-nascido em sua casa. Em uma
fundamentais, determinada segunda-feira à noite, enquanto ambos
a) é reconhecida a instituição do júri, com a organização dormiam, a residência foi invadida, sem o
que lhe der a lei, asseguradas apenas a plenitude de consentimento de Laura, por policiais munidos de uma
defesa, a publicidade das votações e a soberania dos determinação judicial, para investigação da prática de
veredictos. um suposto crime de furto, o qual teria ocorrido três
b) não haverá prisão civil por dívida, salvo a do meses antes da data da referida invasão, não
responsável pelo inadimplemento voluntário e configurando flagrante delito. Em conformidade com a
inescusável de obrigação alimentícia. Constituição Federal, os policiais
c) às presidiárias serão asseguradas condições para que a) poderiam ter penetrado no imóvel apenas para prestar
possam permanecer com seus filhos durante o período socorro.
pré-escolar. b) poderiam ter penetrado no imóvel, pois possuíam
d) nenhum brasileiro será extraditado, salvo o determinação judicial.
naturalizado, em caso de crime político, praticado c) poderiam ter penetrado no imóvel em caso de
antes da naturalização, ou de comprovado flagrante delito, apenas.
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e d) não poderiam ter penetrado no imóvel no período
drogas afins. noturno, ainda que por determinação judicial.
e) ninguém será preso senão em flagrante delito ou por e) não poderiam ter penetrado no imóvel, mesmo que
ordem escrita e fundamentada de autoridade policial fosse durante o dia, uma vez que não houve o
competente, salvo nos casos de transgressão militar consentimento da moradora.
ou crime propriamente militar.
17. TRT 5ª REGIÃO – 2022. Carlos, condenado em
14. TRT 23ª REGIÃO – 2022. Suponha que Adriano, hoje regime fechado pela prática de crime, encontra-se
com 45 anos de idade, esteja sendo processado por preso em uma Penitenciária Federal. Arrependido de
crime de racismo cometido há vinte e dois anos. seu crime, solicita ao diretor da penitenciária a
Considerando apenas as informações fornecidas, se autorização para receber a visita de um religioso a fim
condenado, em conformidade com a Constituição de proceder à sua confissão religiosa, com o objetivo
Federal de 1988, Adriano de obter o perdão divino. Contudo, o pedido é negado
a) se sujeitará à pena de reclusão, nos termos da lei, pela direção da penitenciária. Diante da situação
tendo em vista que a prática do racismo constitui crime hipotética acima descrita, à luz do que estabelece a
inafiançável e imprescritível. Constituição Federal, a negativa da direção da
b) se sujeitará à pena de detenção, nos termos da lei, penitenciária é
tendo em vista que a prática do racismo constitui crime a) admissível, pois a privação da liberdade se deu em
inafiançável e imprescritível. decorrência do devido processo legal, sujeitando-se o
c) poderá efetuar o pagamento de fiança para aguardar apenado à discricionariedade do poder público durante
o julgamento em liberdade. o período de cumprimento da pena.
d) não será condenado, pois o crime de racismo b) inadmissível, pois a assistência religiosa é um direito
prescreve em cinco anos. garantido pela Constituição Federal nas entidades
e) não será condenado, pois o crime de racismo civis e militares de internação coletiva.
prescreve em vinte anos. c) admissível, pois a Constituição Federal consagra a
laicidade do Estado brasileiro.
15. Fiscal Teresina/PI – 2022. Quanto aos direitos e d) admissível, pois é vedado ao poder público
garantias fundamentais, a Constituição Federal estabelecer cultos religiosos ou igrejas, ou
estabelece: subvencioná-los.
a) que é plena a liberdade de associação para fins lícitos, e) inadmissível, pois eventuais despesas e providências
inclusive a de caráter paramilitar em tempo de guerra, de segurança decorrentes do atendimento ao pleito do
na forma da lei complementar. custodiado não poderão ser custeadas pelo Poder
b) que ninguém será considerado culpado até o trânsito Público.
em julgado de sentença penal condenatória, salvo por
crimes considerados hediondos, nos termos da
Constituição, quando a execução da pena terá início
após o julgamento pela instância recursal.
c) a liberdade de expressão da atividade intelectual,
artística, científica e de comunicação, mediante
licença concedida pelo órgão competente, o qual
poderá negá-la desde que fundamentadamente.

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347
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

18. DPE/AM – 2022. Em relação à propriedade no passará da pessoa do condenado, podendo a


ordenamento constitucional brasileiro: obrigação de reparar o dano e a decretação do
a) A pequena propriedade rural, trabalhada pela família, perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas
poderá ser penhorada para pagamento de débitos aos sucessores e contra eles executadas, até o limite
decorrentes de sua atividade produtiva. do valor do patrimônio transferido.
b) A função social da propriedade está circunscrita aos b) poderia ter recebido a pena aplicada, pois a
imóveis urbanos. Constituição Federal considera crimes inafiançáveis e
c) O direito de propriedade em território nacional se insuscetíveis de graça ou anistia os definidos como
restringe aos brasileiros natos. crimes hediondos.
d) No caso de iminente perigo público, a autoridade c) não poderia ter recebido a pena aplicada, pois a
competente poderá usar de propriedade particular, Constituição Federal assegura que a lei penal não
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
houver dano. d) poderia ter recebido a pena aplicada, pois a
e) Ao poder público é vedado praticar atos de intervenção Constituição Federal estabelece que a lei regulará a
na propriedade privada. individualização da pena e adotará, entre outras, a de
privação ou restrição da liberdade.
19. TRT 4ª REGIÃO – 2022. Militantes de um partido e) não poderia sequer ter sido condenado, em razão de
político decidem realizar uma manifestação em uma a Constituição Federal assegurar que a lei não
importante avenida da cidade contra a situação prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e
econômica do país, e avisam a autoridade competente a coisa julgada.
sobre data, hora e local de sua realização.
Simpatizantes das políticas econômicas, por sua vez, 21. TRF 4ª REGIÃO – 2019. Adão desmaiou no jardim de
ao tomarem conhecimento do referido evento, sua casa no momento em que Adelina transitava na
pretendem, sem solicitar autorização da autoridade frente do imóvel. A pedestre então empurrou o portão
competente, realizar, na mesma data, hora e local, e adentrou o imóvel, durante a noite, para prestar
manifestação favorável ao governo. No caso em socorro a Adão. De acordo com a Constituição
questão, considerados os elementos fornecidos, Federal, Adelina
diante do disposto na Constituição Federal, a) não agiu corretamente, pois não podia ter entrado no
a) os simpatizantes das políticas econômicas não imóvel de Adão, já que a casa é asilo inviolável do
poderão levar adiante sua intenção, pois frustraria a indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
reunião dos militantes do partido político, já convocada consentimento do morador.
para a mesma data, hora e local, e comunicada à b) agiu corretamente, pois podia ter penetrado no imóvel
autoridade competente. de Adão, já que o fez para lhe prestar socorro.
b) caberia à autoridade municipal reunir ambos os grupos c) não agiu corretamente, pois podia ter entrado no
e, mediante a assinatura de um termo de ajustamento imóvel de Adão apenas no caso de flagrante delito, já
de condutas, estabelecer o compromisso dos que a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém
participantes de que ambos os eventos venham a nela podendo penetrar sem consentimento do
ocorrer de maneira pacífica, sem armas. morador.
c) os simpatizantes das políticas econômicas podem se d) agiu corretamente, pois é permitida a penetração no
manifestar livremente, pois a Constituição garante o imóvel de Adão sem o seu consentimento apenas para
direito de reunião, independentemente de autorização prestar socorro e por determinação judicial em
do Poder Público, e ainda que em data, hora e local de qualquer horário, seja durante o dia ou à noite.
outra reunião convocada anteriormente. e) não agiu corretamente, pois podia ter entrado no
d) nenhuma das manifestações poderia ocorrer, haja imóvel de Adão apenas com a sua permissão ou,
vista que dependem de prévia autorização por parte da durante o dia, por determinação judicial, já que a casa
autoridade competente, não bastando, para sua é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo
realização, o simples aviso prévio. penetrar sem consentimento do morador.
e) diante do impasse, os militantes do partido político
devem, com a intermediação do Ministério Público e 22. TRT 18ª REGIÃO – 2022. Diante do que dispõe a
as autoridades municipais, remarcar para data futura a Constituição Federal sobre os direitos e garantias
realização do evento. fundamentais, considere:
I. O direito à liberdade de profissão é protegido
20. TJ/MA – 2019. Um empresário renomado foi acusado constitucionalmente, não podendo a lei estabelecer
de ter praticado crime de corrupção, ocasião em que qualificações para o seu exercício.
passou a ser investigado por tal fato. Diante da II. A criação de associações e, na forma da lei, a de
repercussão do caso, o Congresso Nacional aprovou, cooperativas dependem de autorização, sendo
já no curso da ação penal, uma alteração legislativa permitida a interferência estatal em seu funcionamento
que dobrou a pena do crime do qual o empresário era apenas para assegurar o cumprimento do seu
acusado, considerando-o como hediondo e estatuto.
inafiançável. Ao final, foi ele condenado à pena III. A pequena propriedade rural, assim definida em lei,
máxima prevista na nova legislação. Nessa hipótese, desde que trabalhada pela família, somente poderá
o empresário ser objeto de penhora para o pagamento de débitos
a) não poderia ter recebido a pena aplicada, pois a decorrentes de sua atividade produtiva.
Constituição Federal assegura que nenhuma pena

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348
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

IV. A lei assegurará aos autores de inventos industriais 25. MPE/PE – 2018. Segundo a Constituição Federal,
privilégio temporário para sua utilização, bem como NÃO haverá penas
proteção às criações industriais, à propriedade das I. de caráter perpétuo.
marcas, aos nomes de empresas e a outros signos II. de perda de bens e valores.
distintivos, tendo em vista o interesse social e o III. de banimento.
desenvolvimento tecnológico e econômico do País. IV. cruéis.
V. É assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção V. de interdição temporária de direitos.
dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais.
Está correto o que se afirma APENAS em
Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e III.
a) I, II e III. b) II e IV.
b) I, III e IV. c) I, IV e V.
c) II e V. d) II, III e V.
d) IV e V. e) I, III e IV.
e) III, IV e V.
26. CAMARA LEGISLATIVA DO DF – 2018. Alfredo,
23. PGE/AM – 2022. Um grupo liderado por Saulo brasileiro, com 35 anos e em pleno vigor físico e
pretende reunir-se em uma praça aberta ao público mental, invocou motivo de crença religiosa para se
para se manifestar a respeito de uma questão que eximir de determinada obrigação legal a todos
entende ser de interesse de toda a população. De imposta. Nesse caso, de acordo com a Constituição
acordo com a Constituição Federal, essa reunião Federal, Alfredo
poderá acontecer pacificamente, a) não será privado de direitos, ainda que se recuse a
a) desde que haja autorização da autoridade competente cumprir prestação alternativa, fixada em lei, mas
e que não frustre outra reunião anteriormente deverá cumprir pena de prestação social à
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido comunidade.
prévio aviso à autoridade competente, inclusive sobre b) não será privado de direitos, ainda que se recuse a
o uso de armas, para que o direito à segurança seja cumprir prestação alternativa, fixada em lei, pois é
garantido. inviolável a liberdade de religião no Brasil.
b) sem armas, independentemente de autorização, c) será desde logo privado de direitos, uma vez que não
desde que não frustre outra reunião anteriormente é admissível invocar motivo de crença religiosa para o
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido fim de se eximir de obrigação estabelecida em lei.
prévio aviso à autoridade competente. d) não será privado de direitos, salvo se ele se recusar a
c) sem armas, desde que haja autorização da autoridade cumprir prestação alternativa, fixada em lei
competente. e) será desde logo privado de direitos, não lhe sendo
d) sem armas, independentemente de autorização e de dado cumprir prestação alternativa, admitida apenas
prévio aviso à autoridade competente, desde que não para os casos de escusa fundada em motivo de
frustre outra reunião anteriormente convocada para o convicção filosófica ou política.
mesmo local.
e) sem armas, não sendo exigidos autorização e prévio
aviso à autoridade competente, independentemente 27. DPE AM – 2018. A Constituição Federal, no que se
de frustrar outra reunião anteriormente convocada refere aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos,
para o mesmo local, pois o direito à reunião é um estabelece que
direito fundamental de todos. a) o direito de resposta deve ser proporcional ao agravo
e a indenização deverá ser estabelecida por meio de
24. TRF 4ª REGIÃO – 2019. Mostram-se incompatíveis acordo bilateral.
com as normas da Constituição Federal em matéria de b) a não privação de direitos por motivo de crença
direitos fundamentais os seguintes atos: religiosa ou de convicção filosófica ou política é
I. a penhora da pequena propriedade rural, desde que absoluta.
trabalhada pela família, para pagamento de débitos c) interesse social é a única motivação legal para a
decorrentes de sua atividade produtiva; realização de desapropriações.
II. a exigência de autorização administrativa prévia para d) a reunião pacífica, sem armas, em locais abertos ao
o exercício do direito de reunião; público, depende de não frustrar reunião
III. a entrada forçada em domicílio, sem mandado judicial, anteriormente convocada para o mesmo local e de
ainda que amparada em fundadas razões que aviso prévio à autoridade competente.
indiquem que dentro da casa ocorre situação de e) a autoridade competente poderá usar de propriedade
flagrante delito. particular no caso de iminente perigo público,
assegurada ao proprietário indenização prévia.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) I.
d) II e III.
e) III.

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349
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H DIREITO CONSTITUCIONAL

28. DPE/AM – 2022. A exemplo do que ocorreu com a c) cabe ao Estado indenizar Maria pelo tempo que ficou
“Convenção Internacional sobre os direitos das presa além do tempo fixado na sentença, mas não
Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo”, cabe indenização em favor de João por erro judiciário,
segundo disposto na Constituição Federal, um tratado vez que a Constituição Federal não prevê a
internacional de direitos humanos aprovado em dois responsabilidade do Estado pelos atos judiciais.
turnos, em cada casa do Congresso Nacional, por três d) não é cabível indenização em favor de Maria e de
quintos dos votos dos respectivos membros, será João, vez que a Constituição Federal não prevê a
equivalente responsabilidade do Estado pelos atos judiciais.
a) à Lei Delegada. e) não é cabível indenização em favor de Maria e de
b) à Lei Complementar. João, vez que ambos foram presos em razão de
c) à Lei Ordinária. sentença transitada em julgado, proferida em processo
d) ao Decreto Legislativo. que lhes garantiu a ampla defesa e o contraditório.
e) à Emenda Constitucional.

29. TRT 6ª REGIÃO – 2018, Acerca do que dispõe a


Constituição Federal sobre os direitos e deveres
individuais e coletivos:
a) A pequena propriedade rural, assim definida em lei,
desde que trabalhada pela família, poderá ser objeto
de penhora para pagamento de débitos decorrentes de
sua atividade produtiva, mas não de desapropriação.
b) A lei estabelecerá o procedimento para
desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social, mediante justa e prévia
indenização com pagamento mediante títulos da
dívida pública de emissão previamente aprovada pelo
Congresso Nacional.
c) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado.
d) A lei assegurará aos autores de inventos industriais
privilégio perpétuo de sua utilização, bem como
proteção às criações industriais, à propriedade das
marcas, aos nomes de empresas e a outros signos
distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do país.
e) No caso de iminente perigo público, a autoridade
competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização prévia, sujeita
a complementação posterior, na hipótese de
ocorrência de dano.

30. DPE/RS – 2017. Maria foi condenada à pena de prisão


por 10 anos e João à pena de prisão, pela prática de
crime diverso, por 8 anos, ambos em sentença penal
transitada em julgado, proferida em processo criminal
que lhes garantiu a ampla defesa e o contraditório.
Maria ficou presa por 10 anos e dois meses. João foi
solto após 2 anos de prisão, uma vez que se
comprovou que o crime pelo qual cumpria pena foi
cometido por outra pessoa. Nessa situação, segundo
a Constituição Federal,
a) cabe ao Estado indenizar Maria pelo tempo que ficou
presa além do tempo fixado na sentença e indenizar
João por erro judiciário.
b) cabe ao Estado indenizar Maria pelo tempo que ficou
presa além do tempo fixado na sentença, mas não
cabe indenização em favor de João por erro judiciário,
vez que ele foi preso em razão de sentença transitada
em julgado, proferida em processo que lhe garantiu a
ampla defesa e o contraditório.

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CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS a) poderá impetrar mandado de injunção para que lhe
(PARTE 2) seja assegurado o conhecimento das informações
relativas à sua pessoa.
OBS.: Todas as questões são da FCC – banca do b) poderá impetrar habeas corpus, pois se trata de um
edital. direito líquido e certo obter o conhecimento das
Ponto 2- Dos direitos e garantias fundamentais: dos informações relativas à sua pessoa.
direitos e deveres individuais e coletivos; dos direitos c) não poderá ter conhecimento dessas informações,
sociais; dos direitos de nacionalidade; dos direitos dado o caráter sigiloso que elas possuem, não
políticos. podendo, portanto, solicitar judicialmente o seu
acesso.
1. TER/SP. No que tange aos direitos individuais e d) não poderá solicitar judicialmente o acesso às
coletivos, considere: informações relativas à sua pessoa, pois a entidade
I. Instrumento constitucional para assegurar o governamental possui autonomia nas suas decisões.
conhecimento de informações relativas à pessoa do e) poderá impetrar habeas data para que lhe seja
impetrante, constante de banco de dados de entidades assegurado o conhecimento das informações relativas
governamentais; e à sua pessoa.
II. Remédio constitucional para anular ato lesivo ao
patrimônio público, à moralidade ou ao meio ambiente. 4. RIOPRETOPREV – 2019. Diante de uma decisão da
Administração pública que acarrete a violação de
Diante de tais situações, têm cabimento, direito líquido e certo de um administrado, a este a
respectivamente, Constituição Federal assegura
a) o habeas corpus e o habeas data. a) o cabimento de mandado de segurança individual,
b) o mandado de injunção e a ação civil pública. garantia constitucional a ser impetrada contra a
c) o mandado de segurança e o mandado de injunção. decisão da autoridade, a fim de desfazê-la.
d) o habeas data e a ação popular. b) o cabimento de mandado de injunção, para fins de
e) a ação popular e o mandado de segurança. anulação da decisão que ofendeu direito do
administrado.
2. TRT 9ª REGIÃO – 2022. A cidadã brasileira Mariana c) o ajuizamento de mandado de segurança coletivo,
teve conhecimento de que foi praticado ato lesivo ao considerando a projeção de efeitos da violação a
patrimônio de entidade de que o Estado participa. direitos individua
Diante dessa situação, Mariana pretende propor ação d) a impetração de ação popular contra ato da autoridade
popular que vise anular referido ato. Mariana coatora, desde que o administrado comprove a
a) não pode propor a ação popular supracitada, pois essa violação a direito líquido e certo.
ação apenas pode ser proposta para anular ato lesivo e) a impetração de habeas corpus, se a violação em
à moralidade administrativa e ao meio ambiente. questão ofender direito individual do administrado.
b) não é parte legítima para propor a ação popular
supracitada, pois apenas possuem essa legitimidade o 5. TRT 17ª REGIÃO – 2022. Antônio é cidadão brasileiro
partido político com representação no Congresso e a e deseja propor ação popular que vise a anular ato
organização sindical, entidade de classe ou lesivo ao patrimônio de entidade de que o Estado
associação legalmente constituída e em participe. Considerando apenas os dados fornecidos,
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos em conformidade com a Constituição Federal, Antônio
interesses de seus membros ou associados. a) não é parte legítima para propor referida ação,
c) é parte legítima para propor a ação popular podendo ser ela proposta por: partido político com
supracitada, responsabilizando-se pelo pagamento representação no Congresso Nacional, organização
integral das custas judiciais, bem como pela sindical, entidade de classe ou associação legalmente
sucumbência, independente de boa-fé. constituída e em funcionamento há pelo menos um
d) não pode propor a ação popular supracitada, pois essa ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
ação apenas pode ser proposta para anular ato lesivo associados.
ao patrimônio público e ao patrimônio histórico e b) é parte legítima para propor referida ação, ficando,
cultural. salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e
e) é parte legítima para propor a ação popular do ônus da sucumbência.
supracitada, ficando isenta de custas judiciais e do c) não é parte legítima para propor referida ação,
ônus da sucumbência, salvo se comprovada má-fé. podendo ser ela proposta apenas por organização
sindical, entidade de classe ou associação legalmente
3. TRT 18 REGIÃO/2023 - Josafá não possuía acesso às constituída e em funcionamento há pelo menos seis
informações sobre sua pessoa contidas no banco de meses, em defesa dos interesses de seus membros ou
dados de determinada entidade de caráter público. associados.
Josafá requereu, então, a essa entidade, que lhe fosse d) é parte legítima para propor ação popular, porém
dado acesso àqueles dados cujo teor desconhecia, o referida ação não cabe no caso mencionado, já que
que lhe foi expressamente negado sob o fundamento teria como objetivo anular ato lesivo ao patrimônio de
de serem sigilosas essas informações. Nesse caso, de entidade de que o Estado participa e não ato lesivo ao
acordo com a Constituição Federal, Josafá patrimônio público.
e) não é parte legítima para propor referida ação,
podendo ser ela proposta apenas por: entidade de

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CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

classe ou associação legalmente constituída e em 9. TJ-MA – 2019. Considere as seguintes situações:


funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos I. Cidadão propõe ação popular visando à anulação de
interesses de seus membros ou associados. ato lesivo ao patrimônio público.
II. Trabalhador ingressa com mandado de segurança
6. TRT 9ª REGIÃO – 2022. João, cidadão brasileiro, individual para proteger direito líquido e certo de que é
encontra-se em pleno gozo de seus direitos políticos. titular, não amparado por habeas corpus ou habeas
Porém, sua irmã Maria, brasileira, não é eleitora e, não data, indicando autoridade pública como responsável
estando em pleno gozo dos direitos políticos, não é pela ilegalidade.
considerada cidadã. Nessas condições, baseando-se
apenas nas informações fornecidas, com relação à À luz das normas constitucionais aplicáveis às
propositura de ação popular que vise anular ato lesivo respectivas ações,
ao meio ambiente, a) tanto o cidadão quanto o trabalhador poderiam ter
a) ambos possuem legitimidade para propô-la, devendo ajuizado as respectivas ações.
arcar com as custas judiciais e com o ônus da b) o trabalhador não poderia ter ingressado com o
sucumbência, salvo se comprovada a insuficiência de mandado de segurança, pois a ação deveria ter sido
recursos. proposta por organização sindical, entidade de classe
b) nenhum deles possui legitimidade para propô-la, uma ou associação legalmente constituída e em
vez que esta é reservada apenas aos partidos políticos funcionamento há pelo menos um ano.
com representação no Congresso Nacional e à c) o cidadão não poderia ter proposto a ação popular
organização sindical, entidade de classe ou individualmente, pois seria necessária a subscrição
associação legalmente constituída há um ano. de, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional,
c) ambos possuem legitimidade para propô-la, ficando, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não
salvo comprovada a má-fé, isentos de custas judiciais menos de três décimos por cento dos eleitores de cada
e do ônus da sucumbência. um deles.
d) apenas João possui legitimidade para propô-la, d) o trabalhador não poderia ter ingressado com o
ficando, salvo comprovada a má-fé, isento de custas mandado de segurança contra autoridade pública,
judiciais e do ônus da sucumbência. haja vista que a referida ação somente poderia ter
e) apenas João possui legitimidade para propô-la, como coator agente de pessoa jurídica no exercício de
devendo arcar com as custas judiciais e com o ônus atribuições do Poder Público.
da sucumbência, salvo se comprovada a insuficiência e) o cidadão não poderia ter ingressa
de recursos.
10. DPE AM – 2019. São considerados “remédios
7. TRT 5ª REGIÃO-2022. Nelson, atendendo a um constitucionais”, entre outros, os seguintes
pedido do departamento de recursos humanos da instrumentos utilizados para proteção aos direitos
empresa em que estava pleiteando uma vaga de humanos:
trabalho, dirigiu-se até a repartição pública competente a) Mandado de segurança, mandado de injunção e ação
com o objetivo de obter uma certidão negativa de popular.
antecedentes criminais, para o processo seletivo de b) Ação popular, reclamação e salvo conduto.
emprego a que estava concorrendo. No entanto, a c) Salvo conduto, ação de inconstitucionalidade e habeas
repartição, sem qualquer esclarecimento, negou o corpus.
pedido de emissão de certidão. Nelson resolve se d) Habeas corpus, arguição de direito fundamental e
aconselhar com um amigo advogado que lhe diz ser agravo mandamental.
cabível, nessa situação, o ajuizamento de e) Agravo mandamental, recurso de revista e mandado
a) mandado de segurança. de segurança.
b) ação popular.
c) mandado de injunção. 11. MPE-PB – 2023. Alejandro, 30 anos, espanhol, em
d) habeas corpus. viagem ao Brasil, encanta-se com as belezas naturais
e) habeas data. do país e decide que quer se naturalizar e tornar-se
cidadão brasileiro. Diante do que estabelecem as
8. AL/AP – 2020. É cabível a impetração de habeas regras atuais da Constituição Federal acerca da
corpus naturalização, Alejandro
a) pelo condenado, ainda quando já extinta a pena a) em nenhuma hipótese poderá adquirir a nacionalidade
privativa de liberdade. brasileira, haja vista que tal direito somente é
b) ainda quando apenas pessoa jurídica figurar como concedido àqueles nascidos no estrangeiro, de pai
paciente na ação. brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
c) por pessoa jurídica em favor de pessoa física. esteja a serviço da República Federativa do Brasil.
d) cujo objeto seja resolver sobre o ônus das custas. b) somente poderia se naturalizar brasileiro na hipótese
e) pelo condenado relativo a processo em curso, ainda de ter nascido no Brasil, ainda que de pais
que por infração penal a que a pena pecuniária seja a estrangeiros, desde que estes não estivessem a
única cominada. serviço de seu país de origem.
c) poderá requerer a nacionalidade brasileira, após
residir no Brasil por mais de quinze anos ininterruptos
e sem condenação penal.

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352
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

d) terá, de imediato, os mesmos direitos assegurados ao c) pode se naturalizar brasileira, pois é exigida residência
cidadão brasileiro, desde que haja reciprocidade em no Brasil por 1 ano ininterrupto para os originários de
seu país de origem em favor dos brasileiros lá países de língua portuguesa, mas Pierre não pode se
residentes. naturalizar brasileiro, pois para os estrangeiros de
e) deverá, para adquirir a nacionalidade brasileira, qualquer nacionalidade é exigida residência no Brasil
apenas manter no Brasil residência por um ano por mais de 20 anos.
ininterrupto e ser moralmente idôneo. d) não pode se naturalizar brasileira, pois é exigida
residência no Brasil por, no mínimo, 5 anos
12. MANAUSPREV – 2021. Brasileiro naturalizado, de 31 ininterruptos para os originários de países de língua
anos de idade, pretende concorrer a um cargo eletivo portuguesa, mas Pierre pode se naturalizar brasileiro,
para exercício de mandato em órgãos do Poder pois para os estrangeiros de qualquer nacionalidade é
Executivo ou Legislativo nas esferas federal ou exigida residência no Brasil por mais de 15 anos.
estadual. Considerados esses elementos à luz da e) e Pierre não podem se naturalizar brasileiros, pois é
Constituição Federal, o interessado está apto a exigida residência no Brasil por mais de 20 anos
concorrer a ininterruptos para os estrangeiros de qualquer
a) Vice-Presidente da República, mas não poderá nacionalidade, sejam, ou não, originários de países de
concorrer ao cargo de Presidente da República. língua portuguesa.
b) todos os cargos do Poder Legislativo, mas, se eleito,
não poderá concorrer aos cargos de Presidente da 15. TRT 18ª REGIÃO – 2023. Martina nasceu quando
Câmara dos Deputados e de Presidente do Senado seus pais, brasileiros natos, faziam um intercâmbio
Federal. para aprender inglês em um determinado país
c) Governador, Vice-Governador e Senador. estrangeiro. Ela foi registrada em repartição brasileira
d) Governador, Deputado Estadual e Deputado Federal, competente e, logo após seu nascimento, seus pais
mas, se eleito, não poderá concorrer ao cargo de com ela voltaram para o Brasil, onde residem até o
Presidente da Câmara dos Deputados. momento. Martina irá completar dezoito anos e deseja
e) todos os cargos eletivos para exercício de mandato fazer curso superior com o objetivo de, futuramente,
nas esferas estadual e federal. exercer cargo da carreira diplomática no Brasil. De
acordo com a Constituição Federal, baseando-se
13. TRT 9ª REGIÃO – 2022. Joel completará 20 anos no apenas nas informações fornecidas, com relação ao
dia das próximas eleições, é brasileiro naturalizado e cargo pretendido, Martina poderá exercê-lo
cursa Direito em determinada universidade. Com base a) independentemente de possuir nacionalidade
apenas nas informações fornecidas, a candidatura de brasileira.
Joel a Deputado Federal nas próximas eleições b) apenas se se naturalizar brasileira, pois que não é
a) será possível, desde que se forme na universidade até considerada brasileira nata.
a data das eleições. c) em razão de ser brasileira nata.
b) não será possível, pois o cargo que deseja é privativo d) apenas se optar pela nacionalidade brasileira depois
de brasileiro nato. que atingida a sua maioridade.
c) será possível, pois possui a idade mínima exigida para e) apenas se seus pais tiverem feito a opção pela
o cargo que pretende. nacionalidade brasileira de Martina assim que
d) não será possível em razão da idade que possui. chegaram no Brasil.
e) não será possível, pois ele não possui curso superior
completo. 16. TRT 18ª REGIÃO – 2023. Considere:
I. Altair, brasileiro naturalizado, 47 anos de idade.
14. TRT 18ª REGIÃO – 2023. Amara é angolana, II. Carla, brasileira nata, 30 anos de idade.
originária de Angola, país que possui a língua III. Zico, brasileiro nato, 40 anos de idade.
portuguesa como idioma oficial, e reside no Brasil há
três anos ininterruptos. Pierre, de nacionalidade De acordo com a Constituição Federal, com base
francesa, originário, portanto, de país que possui o apenas nas informações fornecidas, sendo as demais
francês como idioma oficial, reside no Brasil há 17 condições de elegibilidade atendidas, é possível a
anos ininterruptos. Desde que preenchidos os demais candidatura ao cargo de Presidente da República de
requisitos, com base apenas nas informações a) Altair, apenas.
fornecidas, em conformidade com a Constituição b) Carla e Zico, apenas.
Federal, na forma da lei, Amara c) Altair, Carla e Zico.
a) e Pierre não podem se naturalizar brasileiros, pois é d) Zico, apenas.
exigida residência no Brasil por, no mínimo, 5 anos e) Altair e Zico, apenas.
ininterruptos para os originários de países de língua
portuguesa e de mais de 20 anos ininterruptos para os
estrangeiros de qualquer nacionalidade.
b) e Pierre podem se naturalizar brasileiros, pois é
exigida residência no Brasil por 1 ano ininterrupto para
os originários de países de língua portuguesa e de
mais de 15 anos ininterruptos para os estrangeiros de
qualquer nacionalidade.

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17. TRT 14ª REGIAO – 2022. Michael é brasileiro 20. TRT 14ª REGIÃO – 2022. Maribel, 35 anos de idade,
naturalizado. Considerando apenas a questão da estrangeira, alfabetizada, trabalha em uma padaria.
nacionalidade, em conformidade com a Constituição Jonas, 25 anos de idade, brasileiro nato, analfabeto,
Federal, Michael NÃO poderá ocupar, dentre outros, encontra-se desempregado. Cláudio, 18 anos de
os cargos de idade, alfabetizado, brasileiro nato, está prestando
a) Ministro do Supremo Tribunal Federal; de Ministro de serviço militar obrigatório. Joana, 21 anos de idade,
Estado da Defesa; e da carreira diplomática. brasileira nata, estudante universitária. De acordo com
b) Presidente e Vice-Presidente da República; de a Constituição Federal, com base somente nas
Governador de Esado; e de Ministro do Supremo informações fornecidas e situações apresentadas, o
Tribunal Federal. alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios APENAS
c) Presidente e Vice-Presidente da República; de para
Governador de Estado; e de Prefeito. a) Jonas e Cláudio.
d) Ministro de Estado da Defesa; de Prefeito; e de oficial b) Maribel e Joana.
das Forças Armadas. c) Joana.
e) Ministro do Supremo Tribunal Federal; de Ministro do d) Jonas.
Superior Tribunal de Justiça; e de oficial das Forças e) Joana e Jonas.
Armadas.
21. TRT 9ª REGIÃO – 2022. Joel completará 20 anos no
18. TRT 17ª REGIÃO – 2022. Irineu nasceu no país dia das próximas eleições, é brasileiro naturalizado e
estrangeiro “X” enquanto sua mãe, brasileira, lá estava cursa Direito em determinada universidade. Com base
a serviço do Brasil, voltando a residir aqui poucos anos apenas nas informações fornecidas, a candidatura de
depois. Hoje, já formado na Universidade, prepara-se Joel a Deputado Federal nas próximas eleições
para seguir a carreira diplomática. Com base apenas a) será possível, desde que se forme na universidade até
nas informações fornecidas, de acordo com a a data das eleições.
Constituição Federal, Irineu b) não será possível, pois o cargo que deseja é privativo
a) é brasileiro nato e poderá exercer cargo da carreira de brasileiro nato.
diplomática. c) será possível, pois possui a idade mínima exigida para
b) será considerado brasileiro nato apenas se tiver sido o cargo que pretende.
registrado na repartição pública brasileira competente d) não será possível em razão da idade que possui.
e tenha optado, aos dezoito anos, pela nacionalidade e) não será possível, pois ele não possui curso superior
brasileira, podendo, se assim tiver ocorrido, exercer completo.
cargo da carreira diplomática.
c) não é brasileiro nato, não podendo, portanto, exercer 22. TRT 18ª REGIÃO – 2023. Lucas, nas eleições de
cargo da carreira diplomática. 2020, quando tinha 24 anos de idade, foi eleito
d) não é brasileiro nato, podendo, entretanto, exercer Vereador em certo município brasileiro e, nas eleições
cargo da carreira diplomática. de 2024, almeja ser candidato a Presidente da
e) será considerado brasileiro apenas se naturalizar-se, República. Nessa situação hipotética, de acordo com
não podendo, ainda assim, exercer cargo da carreira a Constituição Federal e com base apenas nas
diplomática. informações aqui fornecidas, com relação a sua
candidatura ao cargo de Presidente da República em
19. TRT 14ª REGIÃO – 2022, Juan, menor de idade, 2024, Lucas
nascido no Brasil, é filho de Martina e Victor, ambos a) poderá se candidatar, desde que renuncie ao mandato
chilenos. Em conformidade com a Constituição de Vereador até quatro meses antes do pleito.
Federal, considerando apenas as informações b) poderá se candidatar, desde que renuncie ao mandato
fornecidas, Juan de Vereador até seis meses antes do pleito.
a) não é brasileiro nato, ainda que nascido no Brasil, pois c) não poderá se candidatar a outro cargo, pois não pode
ambos os pais são estrangeiros. renunciar ao mandato de Vereador, devendo cumpri-
b) é brasileiro nato, pois nasceu no Brasil, lo até o final.
independentemente do fato de seus pais estarem no d) não poderá se candidatar, por não preencher condição
país a serviço do Chile quando de seu nascimento. de elegibilidade exigida para tanto.
c) será brasileiro nato apenas se optar, a qualquer e) poderá se candidatar, independentemente de
tempo, depois de atingida a maioridade, pela renunciar ao mandato de Vereador, pois preenche
nacionalidade brasileira. todas as condições de elegibilidade exigidas.
d) será brasileiro nato apenas se residir no Brasil até
atingir a maioridade.
e) é brasileiro nato, desde que, quando de seu
nascimento, nenhum de seus pais estivesse no Brasil
a serviço do Chile.

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23. TRT 14ª REGIÇAO – 2022. Maximo é italiano, trabalha 26. TRT 22ª REGIÃO – 2022. Considere que Dário esteja
em uma multinacional no Brasil e tem 20 anos de no exercício de seu primeiro mandato como
idade. Fátima é brasileira, vendedora, tem 19 anos de Governador de determinado Estado e que deseja se
idade e é analfabeta. Alberto é brasileiro, contador candidatar à Presidência da República nas eleições
aposentado e tem 74 anos de idade. Considerando que ocorrerão dentro de um ano. Nesse caso
apenas as informações fornecidas, em conformidade hipotético, Dário
com a Constituição Federal, o voto é a) não poderá concorrer nas eleições que pretende, pois
a) facultativo para Maximo, Fátima e Alberto. já é titular de mandato eletivo, devendo cumpri-lo até
b) obrigatório para Alberto, facultativo para Fátima e o final.
proibido para Maximo. b) é inelegível para o cargo de Presidente da República,
c) facultativo para Fátima e Alberto e proibido para tendo em vista que exerceria o cargo de Presidente no
Maximo. mesmo território de jurisdição que exerce como
d) obrigatório para Alberto e Fátima e proibido para Governador.
Maximo. c) poderá concorrer nas eleições que pretende, mas
e) obrigatório para Alberto e proibido para Maximo e deve renunciar ao seu atual mandato até 6 meses
Fátima. antes do pleito.
d) poderá concorrer nas eleições que pretende, sem
24. TRT 5ª REGIÃO – 2022. A Constituição Federal veda necessidade de renunciar ao seu atual mandato.
a cassação de direitos políticos, porém admite sua e) poderá concorrer nas eleições que pretende, mas
perda ou suspensão em determinados casos, dentre deve renunciar ao seu mandato até 3 meses antes do
os quais, pleito.
a) improbidade administrativa e cancelamento da
naturalização, por decisão administrativa definitiva. 27. TRT 18ª REGIÃO – 2023. Ana é trabalhadora rural. Em
b) condenação criminal transitada em julgado, enquanto conformidade com a Constituição Federal, além de
durarem seus efeitos, e cancelamento da outros que visem à melhoria de sua condição social,
naturalização, por sentença judicial transitada em são direitos de Ana
julgado. a) seguro-desemprego, em caso de desemprego
c) incapacidade civil absoluta e recusa de cumprir involuntário; fundo de garantia por tempo de serviço;
obrigação legal a todos imposta, por motivo de remuneração do serviço extraordinário superior, no
convicção científica ou política. mínimo, em cinquenta por cento à do normal.
d) cancelamento da naturalização, por sentença judicial b) seguro-desemprego, em caso de desemprego, seja
transitada em julgado, e incapacidade civil relativa, voluntário ou involuntário; fundo de garantia por tempo
enquanto durarem os seus efeitos. de serviço; remuneração do serviço extraordinário
e) cancelamento da naturalização, por decisão superior, no mínimo, em cem por cento à do normal.
administrativa definitiva, e recusa de cumprir c) seguro-desemprego, em caso de desemprego, seja
obrigação legal a todos imposta, por motivo de voluntário ou involuntário; aviso prévio proporcional ao
convicção religiosa ou filosófica. tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei; remuneração do serviço extraordinário
25. TRT 22ª REGIÃO – 2022. Rodolfo irá participar das superior, no mínimo, em cem por cento à do normal.
eleições que se aproximam, candidatando-se a d) aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo
Governador do Estado “X”. Suponha-se que ele seja no máximo de trinta dias, nos termos da lei; fundo de
eleito e que sua esposa, Leonice, resolva, nas eleições garantia por tempo de serviço; remuneração do
seguintes, durante o exercício do mandato de seu serviço extraordinário superior, no mínimo, em cem
marido como Governador, candidatar-se pela primeira por cento à do normal.
vez a Prefeita do Município “Y”, que se localiza dentro e) seguro-desemprego, em caso de desemprego
do Estado governado por Rodolfo. Nesse caso voluntário; remuneração do serviço extraordinário
hipotético, considerando-se apenas as informações superior, no máximo, em cinquenta por cento à do
fornecidas, Leonice será normal; aviso prévio proporcional ao tempo de serviço,
a) inelegível, podendo se candidatar ao cargo que almeja sendo no máximo de trinta dias, nos termos da lei.
apenas cinco anos depois do término do exercício do
cargo de Governador de seu marido. 28. TRT 14ª REGIAO – 2022. Jaciara tem 37 anos de
b) elegível, tendo em vista que o seu mandato não seria idade e deseja exercer trabalho noturno em
exercido no mesmo território de jurisdição que seu determinada empresa. Seu filho, Joel, de 17 anos de
marido. idade, quer também exercer ofício no mesmo horário
c) inelegível, pois os cônjuges de titulares de mandato que sua mãe. De acordo com a Constituição Federal,
eletivo não podem se candidatar a nenhum cargo com base apenas nas informações fornecidas, com
político. relação ao trabalho noturno,
d) elegível, pois não há qualquer limitação territorial a) poderão exercê-lo Jaciara, por ser maior de idade e,
quanto à candidatura de cônjuges de titulares de também, Joel, por ter mais de 16 anos.
mandato eletivo. b) apenas Jaciara poderá exercê-lo, sendo ele proibido
e) inelegível, tendo em vista que exerceria o seu mandato para Joel, em razão de sua idade.
no território de jurisdição de seu marido. c) apenas Joel poderá exercê-lo, por ter mais de 16 anos,
sendo proibido para Jaciara, por ser mulher.

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d) nenhum dos dois poderá exercê-lo, pois o trabalho Em conformidade com a Constituição Federal, são
nesse horário é proibido para mulheres e para direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
menores de 18 anos. outros que visem à melhoria de sua condição social,
e) Jaciara poderá realizar o trabalho nesse período e Joel aqueles contidos em
apenas poderá exercê-lo na condição de aprendiz.
a) III e IV, apenas.
29. TRT 23ª REGIÃO– 2022. Joel trabalha em uma b) I, II, III e IV.
empresa que possui duzentos e um empregados e ele c) I e IV, apenas.
gostaria de se candidatar à eleição para representante d) I e II, apenas.
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o e) II e III, apenas.
entendimento direto com os empregadores. Em
conformidade com a Constituição Federal de 1988, ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Joel
a) não poderá ser eleito representante dos empregados OBS.: Todas as questões são da FCC – banca do
da empresa onde trabalha, pois essa eleição é edital.
assegurada nas empresas de mais de quinhentos Ponto 3: Da organização do Estado: Da organização
empregados. político-administrativa; da União; dos Estados; dos
b) poderá ser eleito representante dos empregados da Municípios
empresa onde trabalha, pois essa eleição é
assegurada nas empresas de mais de duzentos 1. TRT 5ª REGIÃO - 2022. Determinado Estado da
empregados. Federação vivencia uma onda de assaltos praticados
c) poderá ser eleito representante dos empregados da por motociclistas que, agindo em duplas, roubam os
empresa onde trabalha, pois essa eleição é pertences das vítimas em via pública. A fim de conter
assegurada nas empresas de mais de cem tal situação, a Assembleia Legislativa do Estado edita
empregados. uma lei proibindo que motociclistas andem em dupla
d) poderá ser eleito representante dos empregados da em seus veículos, criminalizando a conduta com pena
empresa onde trabalha, pois essa eleição é de reclusão de 1 a 3 anos.
assegurada em todas as empresas, Diante de tal situação hipotética, de acordo com o que
independentemente do número de empregados. estabelece a Constituição Federal, referida lei estadual
e) não poderá ser eleito representante dos empregados é
da empresa onde trabalha, pois essa eleição é a) constitucional, por tratar de matéria de competência
assegurada nas empresas de mais de trezentos comum à União, Estados, Distrito Federal e
empregados. Municípios.
b) inconstitucional, pois afronta a competência privativa
30. DPE AM – 2022. Assinale com V (verdadeiro) ou com da União para legislar sobre direito penal.
F (falso) as seguintes afirmações sobre as normas c) constitucional, pois a matéria se insere no âmbito da
constitucionais de proteção ao trabalho de competência do Estado para suplementar a legislação
adolescentes: da União, em matéria de trânsito e transporte.
( ) É vedado o trabalho perigoso ou insalubre a pessoas d) inconstitucional, pois se exige, nesse caso, emenda à
menores de dezoito anos. Constituição Estadual, a fim de regular eventual
( ) É permitido o trabalho noturno a adolescentes que conflito com a liberdade de locomoção dos indivíduos.
possuam entre dezesseis e dezoito anos. e) constitucional, pois a matéria se insere na
( ) É permitido o trabalho insalubre a adolescentes competência administrativa e legislativa dos Estados,
menores de dezesseis anos na condição de aprendiz. em matéria de segurança pública.

A sequência correta de preenchimento dos 2. TRT 18ª REGIÃO – 2023. De acordo com a
parênteses, de cima para baixo, é: Constituição Federal, compete à União, dentre outras
a) F – F – V. possibilidades,
b) F – V – F. a) declarar a guerra e celebrar a paz, sendo uma de suas
c) V – F – V. competências privativas a de legislar sobre o direito do
d) V – F – F. trabalho.
e) V – V – F. b) manter o serviço postal e o correio aéreo nacional,
sendo que a competência para legislar sobre o direito
31. TRF 4ª REGIÃO – 2019. Considere: do trabalho é concorrente da União, dos Estados e do
Distrito Federal.
I. Seguro-desemprego, em caso de desemprego c) declarar a guerra e celebrar a paz, sendo que a
voluntário ou involuntário. competência para legislar sobre o direito do trabalho é
II. Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em concorrente da União, dos Estados e do Distrito
convenção ou acordo coletivo. Federal.
III. Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, d) manter o serviço postal e o correio aéreo nacional,
um terço a mais do que o salário normal. sendo que a competência para legislar sobre o direito
IV. Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo do trabalho é comum da União, dos Estados e do
no máximo de trinta dias, nos termos da lei. Distrito Federal.

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e) declarar a guerra e celebrar a paz, sendo que a 6. TJ/CE – 2022. Considere:


competência para legislar sobre o direito do trabalho é I. Legislar sobre águas, energia, informática,
comum da União, dos Estados e do Distrito Federal. telecomunicações e radiodifusão.
II. Legislar sobre comércio exterior e interestadual.
3. DETRAN/AP - 2022. Adão, prefeito de uma cidade do III. Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e
interior do Estado, após uma visita à Inglaterra, garantia das pessoas portadoras de deficiência.
impressionado com a “mão inglesa”, em que o lado do IV. Proporcionar os meios de acesso à cultura, à
condutor do veículo é o direito e os automóveis educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à
trafegam à esquerda das vias, resolve tomar inovação.
providências para adotar o mesmo sistema no seu V. Legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna,
município. Após consultar a Procuradoria do conservação da natureza, defesa do solo e dos
Município, esta, baseada no ordenamento jurídico e recursos naturais, proteção do meio ambiente e
nas decisões dos tribunais superiores, orientou o controle da poluição.
prefeito de que a lei seria
a) constitucional, pois, diante da ausência de lei federal É competência privativa da União o que se afirma
regulando o assunto, cabe aos estados e municípios APENAS em
exercerem a competência legislativa plena. a) Il e III.
b) constitucional, pois a competência é privativa do b) I e II.
município por se tratar de assunto de interesse local. c) IV e V.
c) constitucional, pois a competência para legislar sobre d) III e lV.
trânsito e transporte é concorrente. e) I e V.
d) inconstitucional, por ferir o princípio da Federação.
e) inconstitucional, pois compete privativamente à União 7. PREFEITURA DE TERESINA/PI – 2022. Compete ao
legislar sobre trânsito em transporte. Município
a) legislar sobre regime de portos e navegação lacustre.
4. TJ-CE 2022. Com relação aos recursos minerais e às b) instituir, mediante lei complementar, regiões
terras tradicionalmente ocupadas pelos índios: metropolitanas, aglomerações urbanas e
a) apenas os recursos minerais pertencem à União, microrregiões.
excluindo-se os do subsolo. c) explorar diretamente, ou mediante concessão, os
b) são bens da União, excluindo-se os recursos minerais serviços locais de gás canalizado.
do subsolo. d) fixar o horário de funcionamento de estabelecimento
c) apenas os recursos minerais pertencem à União, comercial.
inclusive os do subsolo. e) legislar sobre imposto sobre serviços de qualquer
d) apenas as terras tradicionalmente ocupadas pelos natureza e transmissão causa mortis.
índios pertencem à União.
e) são bens da União, inclusive os recursos minerais do 8. PGE/AM – 2022. Considere as seguintes
subsolo. competências dos entes da federação:
I. Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e
5. TRT 5ª REGIÃO - 2022. Ao disciplinar a repartição de garantia das pessoas portadoras de deficiência.
competências entre os entes da Federação, a II. Proporcionar os meios de acesso à cultura, à
Constituição Federal estabelece como comuns à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos inovação.
Municípios, entre outras, III. Preservar as florestas, a fauna e a flora.
a) zelar pela guarda da Constituição, das leis e das IV. Legislar sobre nacionalidade, cidadania e
instituições democráticas, conservar o patrimônio naturalização.
público e legislar sobre direito civil, comercial e do V. Legislar sobre organização do sistema nacional de
trabalho. emprego e condições para o exercício de profissões.
b) legislar sobre previdência social, proteção e defesa da
saúde e exercer a classificação, para efeito indicativo, De acordo com a Constituição Federal, é competência
de diversões públicas e de programas de rádio e comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e
televisão. dos Municípios o que consta APENAS em
c) proporcionar os meios de acesso à cultura, à a) I, II e V.
educação, à tecnologia, à pesquisa e à inovação e b) II, IV e V.
legislar sobre direito civil, comercial e do trabalho. c) I, II e III.
d) combater as causas da pobreza e os fatores de d) I, III e IV.
marginalização, promovendo a integração social dos e) III, IV e V.
setores desfavorecidos, e preservar as florestas, a
fauna e a flora.
e) legislar sobre populações indígenas e sobre
responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico.

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9. AL/AP - 2020. Considere a seguinte hipótese: à falta c) é de competência da União o estabelecimento de


de legislação federal, um determinado estado normas gerais, podendo ainda exercer competência
brasileiro legislou amplamente sobre defesa do solo. suplementar caso inexista lei estadual ou distrital
Posteriormente, a União supriu a mora legislativa sobre a matéria.
quanto a essa matéria. Nesse caso, com o advento da d) a superveniência de lei federal sobre normas gerais
lei federal, revoga a eficácia da lei estadual, no que lhe for
a) a lei estadual foi derrogada pela legislação federal contrário.
posterior. e) a competência da União para legislar sobre normas
b) a lei estadual foi ab-rogada pela legislação federal gerais exclui a competência suplementar dos Estados.
posterior.
c) foi suspensa a eficácia da lei estadual pela lei federal 13. TRT 2ª REGIÃO – 2018. De acordo com o sistema de
no que lhe for contrário. repartição de competências previsto na Constituição
d) mantiveram-se os planos de validade, vigência e Federal,
eficácia da lei estadual, pois incidem em planos a) é vedado aos Municípios suplementar a legislação
materiais distintos, constitucionalmente delimitados. federal e estadual, ainda que para atender ao
e) a lei estadual é inconstitucional por invasão da interesse local.
competência privativa da União, portanto inválida ex b) cabe aos Estados estabelecer os requisitos dos
tunc. contratos de trabalho firmados em seus territórios.
c) cabe à União, aos Estados e aos Municípios legislar
10. SEFAZ/BA 2019. É competência material em regime de concorrência sobre todas as matérias.
constitucionalmente atribuída ao Estado da Bahia a d) cabe aos Estados legislar, privativamente, sobre
exploração direta, ou por meio de concessão normas gerais de licitação e contratação, em todas as
a) dos serviços de transporte rodoviário interestadual. modalidades, para as empresas públicas e sociedades
b) dos serviços locais de gás canalizado. de economia mista estaduais.
c) dos serviços de radiodifusão sonora, e de sons e e) cabe aos Estados o exercício das competências que
imagens. não lhes sejam vedadas, além de outras enumeradas
d) dos recursos minerais localizados em seu território. pela Constituição, como a exploração, direta ou
e) do potencial energético dos rios situados em seu mediante concessão, dos serviços locais de gás
território. canalizado, na forma da lei.

11. PREFEITURA DE RECIFE/PE -2019. A Constituição 14. TRT 6ª REGIÃO – 2018. Segundo a Constituição
Federal, no inciso I do caput do seu art. 24, estabelece Federal brasileira, no tocante ao ente federativo com
que Compete à União, aos Estados e ao Distrito competência para legislar sobre proteção e integração
Federal legislar concorrentemente sobre: (I) direito social das pessoas com deficiência, é correto afirmar
tributário.... que União, Estados e Distrito Federal possuem
De acordo com o texto constitucional, no que se refere à competência
competência para legislar sobre direito tributário, a) concomitante.
a) inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados b) subsidiária.
exercerão a competência legislativa plena, para c) exclusiva.
atender a suas peculiaridades. d) concorrente.
b) os Estados não têm competência para legislar sobre e) hierárquica.
normas gerais.
c) no âmbito da legislação concorrente, a competência 15. TRF 5ª REGIÃO - 2017. Determinada região situada
da União, desde que exercida por meio de lei no território do Estado X pretende desmembrar-se
complementar, não se limitará a estabelecer normas deste para se anexar ao Estado Y, ao passo que os
gerais. Municípios W e Z pretendem fundir-se. A Constituição
d) a superveniência de lei federal sobre normas gerais Federal
suspende a eficácia de todos os dispositivos da lei a) autoriza o desmembramento do Estado X para se
estadual, retroagindo seus efeitos à data da anexar ao Estado Y, mediante aprovação da
publicação da referida lei estadual. população interessada, através de referendo, e do
e) a competência da União para legislar sobre normas Congresso Nacional, por lei complementar; assim
gerais limita-se à matéria relacionada com taxas como autoriza a fusão dos Municípios W e Z que se
federais, contribuições em geral e empréstimos fará por lei municipal, dentro do período determinado
compulsórios. por Lei Complementar Federal, e dependerá de
consulta, mediante referendo, às populações dos
12. AFAP – 2019. Sobre as competências em matéria Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos
legislativa na Federação brasileira, no que se refere à de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados
legislação concorrente, na forma da lei.
a) inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados b) autoriza o desmembramento do Estado X para se
exercerão a competência legislativa plena, para anexar ao Estado Y, mediante aprovação da
atender a suas peculiaridades. população interessada, através de plebiscito, e do
b) compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal Congresso Nacional, por lei complementar; assim
legislar sobre jazidas, minas, outros recursos minerais como autoriza a fusão dos Municípios W e Z que se
e metalurgia. fará por lei estadual, dentro do período determinado

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H DIREITO CONSTITUCIONAL

por Lei Complementar Federal, e dependerá de legislar sobre direito civil, estando sujeita a reclamação
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações perante o Supremo Tribunal Federal.
dos Municípios envolvidos, após divulgação dos d) incompatível com a Constituição Federal, na medida
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e em que ofende a competência do Congresso Nacional
publicados na forma da lei. para legislar sobre direito do consumidor, estando
c) não autoriza o desmembramento do Estado X para se sujeita a ação direta de inconstitucionalidade perante
anexar ao Estado Y, pois permite apenas que os o Supremo Tribunal Federal.
Estados se incorporem entre si ou que se subdividam e) compatível com a Constituição Federal, por se tratar
mediante aprovação da população interessada, de exercício regular de competência do Município para
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei legislar sobre assuntos de interesse local.
complementar; autorizando, de outro lado, a fusão dos
Municípios W e Z que se fará por lei estadual, dentro 17. DPE/RS – 2017. A Constituição Federal estabelece
do período determinado por Lei Complementar um rol de matérias sobre as quais a União e os
Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante Estados têm competência concorrente para legislar.
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, Isso implica, entre outras consequências, que, quanto
após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, a essas matérias,
apresentados e publicados na forma da lei. a) os Estados podem exercer sua competência legislativa
d) não autoriza o desmembramento do Estado X para se apenas para complementar as lacunas da lei federal
anexar ao Estado Y, pois permite apenas o editada pela União.
desmembramento de Estados para formarem novos b) cabe à União estabelecer normas gerais, não excluída
Estados ou Territórios, mediante aprovação da a competência suplementar dos Estados.
população interessada, através de referendo, e do c) se houver legislação federal, os Estados não poderão
Congresso Nacional, por lei complementar; assim mais legislar.
como não autoriza a fusão dos Municípios W e Z, pois d) se não houver legislação federal, os Estados podem
permite apenas a criação, a incorporação e o estabelecer leis válidas em seu território, as quais
desmembramento de Municípios que se farão por lei prevalecerão sobre eventual lei federal posteriormente
estadual, dentro do período determinado por Lei editada.
Complementar Federal, e dependerão de consulta, e) a União e os Estados devem acordar sobre cada lei a
mediante referendo, às populações dos Municípios ser editada, fazendo-o mediante aprovação pelo Poder
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Legislativo federal e pelo Poder Legislativo estadual.
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na
forma da lei. 18. PGE/MT – 2016. Os Estados não podem legislar sobre
e) autoriza o desmembramento do Estado X para se algumas matérias, consideradas privativas da União.
anexar ao Estado Y, mediante aprovação da As matérias sobre as quais SOMENTE a União pode
população interessada, através de plebiscito, e do legislar são
Congresso Nacional, por lei complementar; não a) proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico,
autoriza, de outro lado, a fusão dos Municípios W e Z, turístico e paisagístico.
pois permite apenas a criação, a incorporação e o b) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e
desmembramento de Municípios que se farão por lei urbanístico.
estadual, dentro do período determinado por Lei c) orçamento e direito financeiro.
Complementar Federal, e dependerão de consulta, d) direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral,
mediante referendo, às populações dos Municípios agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.
envolvidos, após divulgação dos Estudos de e) florestas, caça, pesca, fauna, conservação da
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
forma da lei proteção do meio ambiente e controle da poluição.

16. DPE/RS - 2017. Lei municipal que, na defesa dos 19. TRT 20ª REGIÃO – 2016. Monica e Camila estão
interesses do consumidor, fixe o horário de estudando para realizar a prova do concurso público
funcionamento de estabelecimentos que para provimento do cargo de técnico judiciário área
comercializem medicamentos será administrativa do Tribunal Regional do Trabalho da
a) incompatível com a Constituição Federal, na medida 20a Região. Ao estudarem a Constituição Federal,
em que ofende a competência legislativa suplementar verificam que a competência para legislar sobre
do Estado, para atender a suas peculiaridades, em águas, energia, informática, telecomunicações e
matéria de defesa do consumidor, estando sujeita a radiodifusão é
reclamação perante o Supremo Tribunal Federal. a) comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e
b) incompatível com a Constituição Federal, na medida dos Municípios.
em que ofende a competência legislativa concorrente b) privativa da União.
atribuída à União e aos Estados para legislar sobre c) comum da União, dos Estados e do Distrito Federal,
produção e consumo, estando sujeita a ação direta de apenas.
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal d) concorrente entre a União, os Estados e o Distrito
Federal. Federal, apenas.
c) incompatível com a Constituição Federal, na medida e) concorrente entre a União, os Estados, o Distrito
em que ofende a competência privativa da União para Federal e os Municípios.

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CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

20. TRT 14ª REGIÃO – 2016. Considere as seguintes desnecessária a consulta prévia, mediante plebiscito,
matérias: à população do Município envolvido.
I. Direito do Trabalho.
II. Seguridade social. 23. TRT 5ª REGIÃO - 2015. O artigo 1º da Constituição
III. Custas dos serviços forenses. Federal estabelece que o Brasil é uma República
IV. Previdência social, proteção e defesa da saúde. Federativa. Os entes federados têm suas
Segundo a Constituição Federal, compete à União, competências fixadas na Lei Maior. Assim, compete à
aos Estados e ao Distrito Federal legislar União e aos Estados legislar concorrentemente sobre
concorrentemente sobre as matérias indicadas direito
APENAS em a) do Trabalho
a) III e IV. b) Agrário.
b) I e II. c) Tributário.
c) I, III e IV. d) Comercial.
d) II e IV. e) Eleitoral.
e) I e III.
24. DPE/AM. Considerando o sistema de repartição de
21. MPE/CE – 2013. De acordo com a Constituição competências entre os entes federativos na
Federal, é VEDADO à União explorar os Constituição Federal, cabe
a) portos marítimos, fluviais e lacustres, que deverão ser a) à União explorar diretamente, ou mediante concessão,
explorados pelos Estados, diretamente ou mediante o serviço de gás canalizado.
concessão, nos termos da lei. b) aos Estados-membros definir as rotas dos veículos de
b) serviços de gás canalizado, que deverão ser prestados transporte público municipal.
pelos Estados diretamente, ou mediante concessão, c) aos Estados explorar, diretamente ou mediante
vedada a edição de medida provisória para sua autorização, concessão ou permissão, os portos
regulamentação. marítimos, fluviais ou lacustres.
c) serviços de radiodifusão sonora e de som e de d) aos Municípios explorar diretamente, ou mediante
imagens, uma vez que a atividade é livre à iniciativa concessão, o serviço de gás canalizado.
privada. e) aos Municípios prestar, com a cooperação técnica e
d) serviços e instalações de energia elétrica e o financeira da União e do Estado, serviços de
aproveitamento energético dos cursos de água, uma atendimento à saúde da população.
vez que cabe aos Estados prestá-los diretamente ou
mediante concessão. 25. MPE/PB – 2016. Segundo o artigo 25, § 3o da
e) serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre Constituição Federal, os Estados poderão instituir
portos brasileiros e fronteiras nacionais, que deverão regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
ser explorados diretamente, ou em regime de microrregiões, constituídas por agrupamentos de
concessão, pelos Estados, ressalvados os serviços municípios limítrofes, para integrar a organização, o
que transponham os limites de Estado ou Território. planejamento e a execução de funções públicas de
22. AL/PE 2016. De acordo com o texto constitucional, o interesse comum, mediante:
desmembramento de Município pode ocorrer por lei a) consulta popular e prévia autorização do Supremo
a) estadual, dentro do período determinado por lei Tribunal Federal.
complementar federal, e dependerá de consulta b) decreto.
prévia, mediante plebiscito, à população do Município c) permissão da União.
envolvido, após divulgação dos Estudos de Viabilidade d) permissão do Supremo Tribunal Federal.
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. e) lei complementar.
b) municipal, dentro do período determinado por lei
complementar estadual, após divulgação dos Estudos 26. MPE/PE – 2012. Compete à União, aos Estados e ao
de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados Distrito Federal legislar concorrentemente sobre
na forma da lei, sendo desnecessária a consulta a) organização do sistema nacional de emprego.
prévia, mediante plebiscito, à população do Município b) proteção à infância e à juventude.
envolvido. c) navegação lacustre.
c) municipal, dentro do período determinado por lei d) navegação fluvial.
complementar federal, sendo necessária consulta e) sistemas de sorteios.
prévia, mediante plebiscito, à população do Município
envolvido, após divulgação dos Estudos de Viabilidade 27. TER/CE – 2012. José, ao estudar a Constituição
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Federal, aprendeu que legislar sobre orçamento,
d) estadual, dentro do período determinado por lei direito econômico e desporto, entre outros, compete
complementar federal, desde que atendidos aos a) privativa e respectivamente à União, aos Estados e à
demais requisitos previstos em lei, sendo União.
desnecessária a consulta prévia, mediante plebiscito, b) concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito
à população do Município envolvido. Federal.
e) estadual, dentro do período determinado por lei c) privativamente à União.
complementar estadual, desde que atendidos aos d) privativamente aos Estados.
demais requisitos previstos em lei, sendo e) exclusiva e respectivamente à União, à União e aos
Estados.

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360
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

28. TRF 1ª REGIÃO - 2015. A incorporação de Municípios


far-se-á por Lei estadual, dentro do período
determinado por Lei Complementar Federal, e
dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às
populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação
a) do parecer favorável do Procurador-Geral do Estado.
b) da decisão do Presidente da Assembleia Legislativa.
c) do Decreto Estadual emitido pelo Governador do
Estado.
d) do parecer favorável do Ministro do Planejamento.
e) dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
publicados na forma da lei.

29. 29) TER/TO. É competência privativa da União


a) proteger o meio ambiente e combater a poluição em
qualquer de suas formas.
b) estabelecer e implantar política de educação para a
segurança do trânsito.
c) legislar sobre direito eleitoral.
d) legislar sobre direito financeiro.
e) legislar sobre direito urbanístico.

30. TRF 4ª REGIÃO. A exploração dos serviços de


transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros compete
a) aos Estados.
b) aos Estados e aos países estrangeiros.
c) aos Municípios.
d) ao Distrito Federal.
e) à União.

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361
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

PODER LEGISLATIVO D não possuir prazo definido para a conclusão dos


trabalhos; criação por requerimento de pelo menos um
OBS.: Todas as questões são da FCC – banca do terço do total de membros da Casa; poder de requerer
edital. a audiência de Ministros de Estado.
Da organização dos Poderes: Do Poder Legislativo: E criação por requerimento de pelo menos metade
do Congresso Nacional; das atribuições do Congresso mais um do total de membros da Casa;
Nacional; da Câmara dos Deputados; do Senado temporariedade; poder de requerer a audiência de
Federal; dos Deputados e Senadores; da fiscalização Deputados e Senadores, mas não de Ministros, exceto
contábil, financeira e orçamentária. se autorizado pelo Presidente da República.

01) TRF 2ª REGIÃO. Na Organização dos Poderes, 05) ARTESP -2017. Determinada Comissão
estabelece a Constituição da República do Brasil que Parlamentar de Inquérito − CPI instaurada na Câmara
A o Congresso Nacional compõe-se de representantes dos Deputados identificou responsáveis por infrações
eleitos pelos sistema majoritário, em cada Município e administrativas e ilícitos penais. Dentre as possíveis
no Distrito Federal. providências em relação ao resultado das apurações,
B cada Senador será eleito com três suplentes. cabe à CPI
C a representação dos Municípios e do Distrito Federal A aplicar as penalidades cabíveis aos responsáveis,
no Senado será renovada de dois em dois anos, nos termos do regimento da Câmara.
alternadamente por dois e um terços. B comunicar ao Ministério Público o resultado das
D o Senado Federal compõe-se de representantes dos investigações realizadas, para que adote as medidas
Estados e dos Municípios, eleitos segundo o princípio de sua competência.
proporcional. C comunicar o Congresso Nacional para aprovação do
E cada Estado e o Distrito Federal elegerão três resultado das apurações.
Senadores, com mandato de oito anos. D fixação de multa aos responsáveis, com
possibilidade de execução direta para recebimento.
02) DPE AM – 2021. Autorizar a exploração e o E encaminhamento das apurações ao Judiciário para
aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e início das ações penais cabíveis.
lavra de riquezas minerais em terras indígenas,
segundo a Constituição Federal,
A compete ao órgão responsável pela política
indigenista.
B é atribuição da Câmara dos Deputados a pedido do
Presidente da República. 06) SABESP – 2018. Frederico, Vice-Presidente da
C cabe aos próprios indígenas, suas comunidades e República, pretende ausentar-se do país por vinte
organizações. dias. Nesse caso, de acordo com a Constituição
D é competência comum da União, dos Estados, do Federal, Frederico
Distrito Federal e dos Municípios. A poderá ausentar-se do país sem necessidade de
E é competência exclusiva do Congresso Nacional. qualquer autorização.
B precisará de autorização do Congresso Nacional,
03) ARTESP – 2017. O controle externo, a cargo do que detém a competência exclusiva para tanto.
Congresso Nacional, exercido com o auxílio do C precisará de autorização do Congresso Nacional,
Tribunal de Contas da União e o controle parlamentar com a sanção do Presidente da República.
são funções típicas do Poder D precisará de autorização do Senado Federal, que
A Executivo e Legislativo, respectivamente. detém a competência exclusiva para tanto.
B Executivo. E precisará de autorização do Senado Federal, com a
C Legislativo e Executivo, respectivamente. sanção do Presidente da República.
D Legislativo.
E Executivo e Judiciário, respectivamente. 07) PC/AP – 2017. O Senado Federal instaurou
comissão parlamentar de inquérito para apurar a
04) DPE-MA -2018. São características das comissões ocorrência de crime de sonegação fiscal de tributo
parlamentares de inquérito, no âmbito federal: federal praticado por empresas de determinado ramo
A temporariedade; criação por requerimento de pelo econômico. Ao final do procedimento, concluiu que
menos um terço do total de membros da Casa; poder estavam presentes indícios de autoria e de
de requerer a audiência de Ministros de Estado. materialidade de crimes de corrupção, motivo pelo
B função atípica do Estado; não necessitar de objeto qual decidiu encaminhar o assunto ao Ministério
de investigação definido, podendo iniciar com Público, que ajuizou ação penal contra os supostos
diligências para delimitá-lo; poder de requerer a autores do crime. À luz da Constituição Federal,
audiência de Deputados e Senadores, mas não de I. a comissão não poderia ter sido instaurada no âmbito
Ministros, exceto se autorizado pelo Presidente da do Senado Federal, uma vez que apenas a Câmara
República. dos Deputados tem competência para a investigação
C investigar fatos relacionados às atribuições que foi realizada.
fiscalizatórias da Casa; poder requerer audiência de II. embora a comissão tenha sido instaurada para
autoridades municipais; não possuir prazo definido apurar a ocorrência de crime de sonegação, as
para conclusão dos trabalhos.

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362
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

conclusões da comissão podem apontar indícios de devendo cada unidade da Federação ter ao menos
autoria e de materialidade de crime de corrupção. oito e no máximo setenta Deputados.
III. o Ministério Público não poderia ajuizar ação penal III. O mandato dos Senadores será de quatro anos,
com fundamento nas provas colhidas pela comissão, assim como o mandato dos Deputados.
uma vez que a Constituição Federal condiciona o É compatível com a Constituição Federal o que consta
ajuizamento de ação penal pelo Ministério Público à em
conclusão de inquérito penal conduzido pela polícia
competente. A I e II, apenas.
Está correto o que se afirma APENAS em B I e III, apenas.
C I, II e III.
A I e II. D II, apenas.
B I e III. E III, apenas.
C II.
D II e III. 11) SEFAZ/PI – 2018. Os Deputados e Senadores
E I. serão submetidos a julgamento perante o Supremo
Tribunal Federal desde
A a posse.
08) PREFEITURA DE TERESINA – 2016. Em uma B a eleição.
situação hipotética, o Senador X cometeu um crime C a expedição do diploma.
inafiançável dentro do Congresso Nacional e em razão D o início da legislatura.
disso, foi preso em flagrante. A respeito dessa E a proclamação do resultado da eleição.
situação,
A dentro de 24 horas da prisão em flagrante, o Senado, 12) MPE/MA. Autorizar a instauração de processo
pelo voto da maioria dos seus membros, resolverá contra o Presidente e o Vice-Presidente da República
sobre a manutenção ou não da prisão. e os Ministros de Estado é ato de competência
B o Senador X será submetido a julgamento pelo privativa
Superior Tribunal de Justiça. A do Senado Federal, através de dois terços de seus
C a prisão do Senador X é inconstitucional, pois a membros.
Constituição Federal prevê que Deputados e B da Câmara dos Deputados, através de dois terços
Senadores não poderão ser presos em flagrante em de seus membros.
nenhuma hipótese. C do Congresso Nacional, através de dois terços de
D o Superior Tribunal de Justiça dará ciência ao seus membros.
Senado sobre o recebimento da denúncia. O Senado D da Câmara dos Deputados, através de um terço de
não tem competência para sustar o andamento da seus membros.
ação. E do Senado Federal, através de um terço de seus
E o recebimento da denúncia e eventual ação penal membros.
contra o Senador X só ocorrerá caso haja aprovação
do Congresso Nacional, por maioria absoluta de seus 13) DPE/PB – 2014. Segundo o entendimento do
membros. Supremo Tribunal Federal, as Comissões
Parlamentares de Inquérito, em razão dos poderes de
09) TER/AP – 2018. Frederico é membro do Conselho investigação próprios das autoridades judiciais que
Nacional do Ministério Público e Fabrício é membro do lhes são conferidos pelo artigo 58, § 3º da Constituição
Conselho Nacional de Justiça. Se ambos cometerem Federal, estão autorizadas a decretar, por ato
crime de responsabilidade, deverão ser processados e devidamente fundamentado e em relação às pessoas
julgados: por elas investigadas, a
A Frederico pelo Tribunal de Justiça e Fabrício pelo A aplicação de multas e quebra do sigilo bancário.
Senado Federal. B indisponibilidade de bens e quebra de sigilo
B Frederico pelo Senado Federal e Fabrício pelo bancário.
Tribunal de Justiça. C prisão e aplicação de multa.
C ambos pelo Senado Federal. D quebra de sigilos bancário, fiscal e de registros
D Frederico pela Câmara dos Deputados e Fabrício telefônicos.
pelo Senado Federal. E indisponibilidade de bens e quebra de sigilo fiscal.
E Frederico pelo Senado Federal e Fabrício pela
Câmara dos Deputados. 14) TJ/MA – 2019. Acerca do que dispõe a
Constituição Federal sobre o Poder Legislativo,
10) TRT 3ª REGIÃO – 2015. Deputado Federal A os Deputados e Senadores não serão obrigados a
pretende apresentar projeto de lei complementar testemunhar sobre informações recebidas ou
estabelecendo que: prestadas em razão do exercício do mandato, nem
I. Os Estados e o Distrito Federal elegerão seus sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles
Senadores em número proporcional à sua população, receberam informações.
devendo cada unidade da Federação ter ao menos B o Senado Federal compõe-se de representantes dos
três e no máximo cinco Senadores. Estados e do Distrito Federal, eleitos pelo sistema
II. Os Estados e o Distrito Federal elegerão seus proporcional.
Deputados em número proporcional à sua população,

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363
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

C compete privativamente ao Congresso Nacional B Estado elegerá três Senadores, com mandato de
aprovar previamente, por voto secreto, após arguição oito anos.
em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão C legislatura terá a duração de seis anos.
diplomática de caráter permanente. D Deputado será eleito com dois suplentes.
D compete privativamente ao Senado Federal E Senador será eleito por voto distrital e pelo sistema
autorizar, por dois terços de seus membros, a proporcional.
instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado. 19) SEFAZ/SC – 2021. Em matéria de controle da
E os Deputados e Senadores são invioláveis penal, Administração pública,
mas não civilmente, por quaisquer de suas opiniões, A a aprovação das contas públicas pelo órgão de
palavras e votos. controle interno impossibilita novas averiguações
destas pelo Tribunal de Contas.
15) ELETROSUL – 2017. Considere a seguinte B o controle exercido por um Tribunal de Contas é
situação hipotética: João, Presidente da República, considerado controle não judicial e externo, mesmo
necessita se ausentar do País, por trinta dias, a fim de quando relativo a órgãos da pessoa jurídica integrante
participar de importante simpósio entre países que da Federação à qual pertença o Tribunal de Contas em
integram o Mercosul. Nos termos da Constituição questão.
Federal, C o controle interno, ou seja, aquele exercido no
A compete exclusivamente ao Senado Federal âmbito da própria Administração, depende de
autorizar João a se ausentar do País. provocação da parte interessada, tendo em vista a
B não se faz necessária qualquer autorização para a presunção de legalidade dos atos administrativos.
ausência de João, vez que não excede trinta dias. D o único controle possível das atividades da
C compete exclusivamente ao Congresso Nacional Administração pública, de acordo com o sistema da
autorizar João a se ausentar do País. jurisdição una, é o judicial, sendo ainda o único capaz
D é da competência exclusiva do Supremo Tribunal de produzir decisões com caráter de definitividade.
Federal autorizar João a se ausentar do País. E a adoção do sistema da jurisdição una e a presunção
E compete privativamente à Câmara dos Deputados de legalidade dos atos administrativos fazem com que
autorizar João a se ausentar do País. o controle que identificar a necessidade de anulação
destes atos dependa de decisão judicial prévia para
16) DPE/SC – 2021. Acerca do Tribunal de Contas da ser exercido.
União:
A Qualquer cidadão, partido político, associação ou 20) Câmara dos Deputados/2007. Compete
sindicato é parte legítima para, na forma da lei, privativamente à Câmara dos Deputados
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o A aprovar, previamente, a alienação ou concessão de
Tribunal de Contas da União. terras públicas com área superior a dois mil e
B É de competência exclusiva do Congresso Nacional quinhentos hectares.
escolher metade dos membros do Tribunal de Contas B resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou
da União. atos internacionais que acarretem encargos ou
C Compete privativamente à Câmara dos Deputados compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
aprovar previamente, por voto secreto, após arguição C autorizar, em terras indígenas, a exploração e o
pública, a escolha de Ministros do Tribunal de Contas aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e
da União indicados pelo Presidente da República. lavra de riquezas minerais.
D O Tribunal de Contas da União, integrado por onze D apreciar os atos de concessão e renovação de
Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio concessão de emissoras de rádio e televisão.
de pessoal e jurisdição em todo o território nacional. E proceder à tomada de contas do Presidente da
E Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão República, quando não apresentadas ao Congresso
as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da
vencimentos e vantagens dos Ministros do Supremo sessão legislativa.
Tribunal Federal.
21) TRF 4ª REGIÃO. É correto afirmar que a
17) TRF 2ª REGIÃO. Quanto ao Tribunal de Contas da fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
União, é correto afirmar: operacional e patrimonial da União e das entidades da
A O Senado Federal escolherá um terço de seus administração direta e indireta, quanto à legalidade,
membros. legitimidade, economicidade, aplicação das
B Seus Ministros devem contar com mais de trinta e subvenções e renúncia de receitas, será exercida
menos de sessenta anos de idade. mediante controle externo pelo
C Tem sede nos Estados e Territórios. A Ministério da Fazenda.
D É integrado por onze Ministros. B Banco Central.
E Se constitui órgão auxiliar do Congresso Nacional. C Advogado-Geral da União.
D Procurador-Geral da União.
18) TRF 2ª REGIÃO. Em relação à Organização dos E Congresso Nacional.
Poderes, é correto afirmar que cada
ATerritório elegerá dois Senadores.

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364
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

22) DPE AM – 2018. O Tribunal de Contas, órgão 27) DPE/PB. A fixação dos subsídios do Presidente e
dotado de prerrogativas especiais, atua como auxiliar do Vice-Presidente da República e dos Ministros de
do Poder Estado, observado o que dispõem as normas
A Executivo, na função de controle interno da constitucionais pertinentes à matéria, é competência
Administração. exclusiva
B Legislativo, na função de controle externo da A do Tribunal de Contas da União
Administração. B da Câmara dos Deputados.
C Legislativo e do Poder Judiciário, respectivamente, C do Senado Federal.
na função de controle interno e externo da D do Presidente da República.
Administração. E do Congresso Nacional.
D Judiciário, exercendo função jurisdicional, no 28) TRT 18ª REGIÃO. Fiscalizar a aplicação de
controle externo da Administração. quaisquer recursos repassados pela União mediante
E Legislativo, exercendo função administrativa, no convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos
controle interno da Administração. congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a
Município é atribuição constitucional
23) PREFEITURA DE TERESINA – 2016. Na hipótese A do Congresso Nacional.
de um contrato da União, o ato de sustação, segundo B do Tribunal de Contas da União.
dispõe a Constituição Federal, é adotado diretamente C do Supremo Tribunal Federal.
pelo D das Assembleias Legislativas Estaduais.
A Poder Executivo. E das Câmaras Municipais.
B Congresso Nacional.
C Superior Tribunal de Justiça. 29) TRE/PE. A prerrogativa concedida aos
D Ministério Público Federal. parlamentares para o exercício do ofício congressual,
E Tribunal de Contas da União. com a mais ampla liberdade de manifestação, por
24) TRT 23ª REGIÃO – 2016. Quanto ao Tribunal de meio de palavras, discussão, debate e voto no
Contas da União, Parlamento ou em uma das suas comissões, se trata
A os membros são escolhidos segundo os mesmos da imunidade
critérios e procedimento dos Ministros do Supremo A material.
Tribunal Federal. B formal.
B os Ministros terão as mesmas garantias, C lógica.
prerrogativas, impedimentos, vencimentos e D objetiva.
vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de E subjetiva.
Justiça.
C em nenhuma hipótese o auditor poderá substituir o 30) TRF 1ª REGIÃO. Dois terços dos Ministros do
Ministro no exercício das atribuições da judicatura. Tribunal de Contas da União serão escolhidos pelo
D não há previsão de atuação do Ministério Público A Supremo Tribunal Federal.
junto ao Tribunal de Contas. B Presidente do Senado Federal.
E como órgão auxiliar do Poder Legislativo, o Tribunal C Presidente da República.
de Contas tem seu presidente eleito pelo Congresso D Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Nacional. E Congresso Nacional.

25) TCM/GO – 2015. Os Ministros do Tribunal de


Contas da União terão os mesmos subsídios dos
A Ministros do Supremo Tribunal Federal.
B Deputados.
C Ministros de Estado.
D Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
E Senadores.

26) TER/RO. Considere as seguintes situações


hipotéticas: O Presidente da República se ausentará
do País por vinte e dois dias no mês de Fevereiro. O
Vice-Presidente da República se ausentará do País
por trinta dias no mês de março. De acordo com a
Constituição Federal, as referidas autorizações
competem
A privativamente ao Senado Federal e privativamente
a Câmara dos Deputados, respectivamente.
B privativamente ao Senado Federal.
C exclusivamente ao Congresso Nacional e
privativamente ao Senado Federal, respectivamente.
D privativamente a Câmara dos Deputados.
E exclusivamente ao Congresso Nacional.

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CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

PODER EXECUTIVO A pelo Superior Tribunal de Justiça, órgão competente


para processar e julgar as autoridades de governo nos
OBS.: Todas as questões são da FCC – banca do casos de crimes comuns e de responsabilidade.
edital. B pelo Senado Federal, após admissão pela Câmara
Ponto 5- Do Poder Executivo: Do Presidente e do Vice- dos Deputados, sob a presidência do presidente do
Presidente da República; das atribuições e Supremo Tribunal Federal.
responsabilidades do Presidente da República. C pelo Supremo Tribunal Federal, órgão competente
para processar e julgar o Presidente da República em
01) PGE/AM - 2022. Suponha-se que, observados os infração penal comum.
requisitos pertinentes, seja admitida a acusação contra D pela Câmara dos Deputados, órgão competente
o Presidente da República pela prática de crime de para julgar os membros do Poder Executivo Federal
responsabilidade. Nesse caso, de acordo com a por crimes de responsabilidade que tenham relação
Constituição Federal, o Presidente da República com o exercício do mandato.
A será submetido a julgamento perante o Senado E pelo Tribunal do Júri, órgão com previsão
Federal. constitucional, cuja competência é o julgamento dos
B continuará a exercer suas funções após a crimes dolosos contra a vida.
instauração do processo pelo Senado Federal até que
sobrevenha sentença condenatória. 04) TRT 9ª REGIÃO – 2022. Supondo-se que o
C será submetido a julgamento perante o Supremo Presidente da República seja acusado da prática de
Tribunal Federal. ato que atente contra a probidade na Administração e
D ficará suspenso de suas funções após a instauração que a acusação seja admitida por dois terços da
do processo pelo Supremo Tribunal Federal. Câmara dos Deputados, o Presidente
E ficará suspenso de suas funções apenas se, após o A será submetido a julgamento perante o Supremo
prazo de 180 dias contados da instauração do Tribunal Federal e ficará suspenso de suas funções
processo, o julgamento não for concluído. apenas após sentença condenatória transitada em
julgado.
02) TRT 14 REGIÃO -2022 - Faustino candidatou-se B será submetido a julgamento perante o Supremo
às eleições Presidenciais e registrou com ele, como Tribunal Federal e ficará suspenso de suas funções,
Vice-Presidente da República, George. Realizadas as após a instauração do processo nessa Corte,
eleições e cumpridos os requisitos exigidos, Faustino cessando seu afastamento se decorrido o prazo de
obteve a maioria absoluta dos votos, não computados 180 dias, sem que tenha havido a conclusão do
os em branco e os nulos. De acordo com a julgamento, sem prejuízo do regular prosseguimento
Constituição Federal, com base apenas nas do processo.
informações fornecidas, Faustino C não será submetido a julgamento e, portanto, não
A não será considerado eleito e será necessária a será afastado de suas funções, pois apenas será
realização de nova eleição em até vinte dias após a admitida a acusação contra o Presidente da República
proclamação do resultado, disputando, novamente, por dois terços do Congresso Nacional.
todos os candidatos que concorreram no primeiro D será submetido a julgamento perante o Senado
turno. Federal e ficará suspenso de suas funções, apenas se
B não será considerado eleito e será necessária a não houver conclusão do julgamento dentro do prazo
realização de nova eleição em até vinte dias após a de 180 dias.
proclamação do resultado, concorrendo os dois E será submetido a julgamento perante o Senado
candidatos mais votados. Federal e ficará suspenso de suas funções, após a
C será considerado eleito, porém George não instauração do processo pelo Senado Federal,
assumirá como Vice-Presidente, pois a eleição do cessando seu afastamento se decorrido o prazo de
Presidente da República não importa a do Vice- 180 dias sem que tenha havido a conclusão do
Presidente com ele registrado. julgamento, sem prejuízo do regular prosseguimento
D será considerado eleito Presidente da República e do processo.
sua eleição importará a de George, que será, portanto,
o Vice-Presidente da República. 05) TRT 18ª REGIÃO-2023. De acordo com a
E não será considerado eleito, tendo em vista que não Constituição Federal, a atribuição de conceder indulto
foram computados os votos em branco e os nulos, e comutar penas, com audiência, se necessário, dos
devendo haver nova eleição em até trinta dias após a órgãos instituídos em lei, é de competência privativa
proclamação do resultado, concorrendo os dois do Presidente da República,
candidatos mais votados. A podendo ser delegada apenas ao Advogado-Geral
da União, que observará os limites traçados nas
03) TRT 5ª REGIÃO – 2022. Arnaldo, Presidente da respectivas delegações.
República, praticou um crime de homicídio doloso B não podendo ser delegada, tendo em vista que as
dentro das dependências do Palácio do Planalto, atribuições privativas do Presidente da República não
tendo como vítima o Ministro da Economia, seu inimigo são passíveis de delegação.
político de longa data. Diante do que dispõe a C podendo ser delegada aos Ministros de Estado, ao
Constituição Federal, pela prática do crime referido, Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral
Arnaldo deve ser julgado da União, que observarão os limites traçados nas
respectivas delegações.

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366
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

D podendo ser delegada apenas com relação à E A Constituição Federal elenca os tipos de crimes de
comutação de penas aos Ministros de Estados, ao responsabilidade do Presidente da República em seu
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral texto, dispondo, ainda, sobre as penas a eles
da União. aplicadas.
E não podendo ser delegada, pois não se encontra
dentre as hipóteses previstas pela Constituição 09) CÂMARA DE FORTALEZA - 2019. Em matéria de
Federal como possíveis de delegação pelo Presidente responsabilidade do chefe do Poder Executivo federal,
da República. a Constituição Federal de 1988 estabelece que
A o Presidente da República, na vigência de seu
06) TRE/RN. Vagando os cargos de Presidente e Vice- mandato, não pode ser responsabilizado por atos
Presidente da República nos dois primeiros anos do estranhos ao exercício de suas funções.
mandato, B o Presidente da República ficará suspenso do
A o Presidente da Câmara dos Deputados assumirá o exercício de suas funções, nos crimes de
cargo de Presidente da República em caráter responsabilidade, se recebida a denúncia pelo
definitivo. Supremo Tribunal Federal.
B será realizada eleição indireta, para ambos os C enquanto não sobrevier sentença condenatória, nos
cargos, trinta dias depois da última vaga, pelo crimes de responsabilidade, o Presidente da
Congresso Nacional. República não estará sujeito a prisão.
C far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a D os atos do Presidente da República que atentem
última vaga. contra a lei orçamentária são infrações penais
D o Presidente do Senado Federal será chamado ao comuns, sujeitas a normas de processo e julgamento
exercício da Presidência. definidas em lei especial.
E o Presidente do Supremo Tribunal Federal exercerá E o julgamento do Presidente da República por
o cargo de Presidente da República em caráter infrações penais comuns deve estar concluído no
definitivo. prazo de 180 dias, sob pena de encerramento do
processo sem resolução de mérito.
07) CAMARA LEGISLATIVA - 2018. Vagando os
cargos de Presidente e Vice-Presidente da República 10) CREMESP- 2016. Considere as seguintes
nos dois primeiros anos do mandato, hipóteses: Leopoldo é Presidente da República;
A o Presidente da Câmara dos Deputados assumirá o Jurandir é Vice Presidente da República; Dulce é
cargo de Presidente da República em caráter Presidente do Senado Federal; Drauzio é Presidente
definitivo. da Câmara dos Deputados e Cléo é Presidente do
B será realizada eleição indireta, para ambos os Supremo Tribunal Federal. Supondo-se que, três anos
cargos, trinta dias depois da última vaga, pelo após as eleições, Leopoldo perde o seu mandato e
Congresso Nacional. Jurandir renuncia ao cargo, serão sucessivamente
C far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a chamados ao exercício da Presidência,
última vaga. A Drauzio; Dulce e Cléo, que deverão cumprir o
D o Presidente do Senado Federal será chamado ao mandato até o final, sendo, portanto, desnecessária a
exercício da Presidência. convocação de novas eleições.
E o Presidente do Supremo Tribunal Federal exercerá B Drauzio; Dulce e Cléo, sendo realizada nova eleição
o cargo de Presidente da República em caráter para a escolha de representantes de ambos os cargos
definitivo. pela população, quarenta e cinco dias depois da última
vaga, na forma da lei.
08) DPE/AM - 2019. Sobre a responsabilidade do C Drauzio; Dulce e Cléo, sendo feita eleição para
Presidente da República, é correto afirmar: ambos os cargos trinta dias depois da última vaga,
A Admitida a acusação, por dois terços da Câmara dos pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
Deputados, será o Presidente da República submetido D Dulce; Drauzio e Cléo, sendo a eleição para ambos
a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas os cargos feita quarenta e cinco dias depois da última
infrações penais comuns, ou perante o Senado vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
Federal, nos crimes de responsabilidade. E Dulce; Drauzio e Cléo, sendo a eleição para ambos
B Admitida a acusação, por maioria absoluta do os cargos feita noventa dias depois da última vaga,
Congresso Nacional, será o Presidente da República pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
submetido a julgamento perante o Senado Federal,
quanto às infrações penais comuns e nos crimes de 11) DETRAM/MA – 2018. Nos termos da Constituição
responsabilidade. Federal, a adoção, pelo Presidente da República, de
C O Presidente da República ficará suspenso de suas medidas de reorganização da Administração federal,
funções, em caso de apuração de crime de que impliquem a extinção de cargos e funções vagos,
responsabilidade após instauração do processo pelo A é incabível, por se tratar de matéria privativa de lei,
Congresso Nacional. não passível de delegação legislativa, vedada a edição
D O Presidente da República ficará suspenso de suas de medida provisória sobre o tema.
funções, em caso de apuração de infrações penais B cabe ser tomada mediante decreto,
comuns, assim que recebida a acusação pelo Senado independentemente de edição prévia de lei que o
Federal. autorize a tanto.

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367
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

C cabe ser tomada apenas mediante medida Federal, ficando, após a instauração do processo pelo
provisória, desde que presentes requisitos de urgência Senado Federal, suspenso de suas funções por até
e relevância. 180 dias.
D cabe ser tomada apenas mediante delegação
legislativa do Congresso Nacional. 14) AL/MS – 2016. Considere a seguinte situação
E cabe ser tomada mediante decreto, desde que hipotética: verificando-se o impedimento do Presidente
mediante a edição prévia de lei que o autorize a tanto. e do Vice-Presidente da República, o Presidente da
Mesa do Congresso Nacional entende que deve
12) TRT 21ª REGIÃO – 2017. Alegando a necessidade assumir o exercício dessas funções. Nessa situação,
de reduzir custos, o Presidente da República promove ele
a extinção de 10.000 funções e cargos públicos da A não tem razão, porque em caso de impedimento do
Administração direta federal que estavam vagos, por Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos
meio de decreto, sem que existisse lei autorizando-o a respectivos cargos, quem assume o exercício da
tanto. Referido decreto é Presidência da República é o candidato que se
A compatível com a Constituição, uma vez que, classificou em segundo lugar na mesma eleição.
estando as funções e cargos públicos vagos, o B não tem razão, porque em caso de impedimento do
Presidente da República possui competência para Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos
extingui-los mediante decreto. respectivos cargos, serão sucessivamente chamados
B incompatível com a Constituição, pois a criação, a ao exercício da Presidência o Presidente Senado
transformação e a extinção de cargos e empregos Federal, o da Câmara dos Deputados e o do Supremo
públicos são medidas inseridas na competência do Tribunal Federal.
Congresso Nacional, exercida por meio de lei. C não tem razão, porque em caso de impedimento do
C incompatível com a Constituição, na medida em que Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos
o Presidente da República, para que pudesse adotar respectivos cargos, serão sucessivamente chamados
tal medida, dependeria de autorização do Congresso ao exercício da Presidência o Presidente do Supremo
Nacional, concedida por meio de resolução. Tribunal Federal, o do Senado Federal e o da Câmara
D compatível com a Constituição, uma vez que são de dos Deputados.
iniciativa privativa do Presidente da República as leis D tem razão, porque em caso de impedimento do
que disponham sobre criação de cargos, funções ou Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos
empregos públicos na administração direta e respectivos cargos, serão sucessivamente chamados
autárquica ou aumento de sua remuneração, de ao exercício da Presidência o Presidente da Mesa do
maneira que ele pode dispor livremente acerca de tais Congresso Nacional, o Presidente do Senado Federal,
matérias, inclusive por decreto. o Presidente da Câmara dos Deputados e o
E incompatível com a Constituição, uma vez que é Presidente do Supremo Tribunal Federal.
vedada a edição de decreto sem amparo em lei E não tem razão, porque em caso de impedimento do
anterior. Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos
respectivos cargos, serão sucessivamente chamados
13) TRT 5ª REGIÃO – 2017. Considere que ao ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara
Presidente da República seja imputada a prática de dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo
ato tipificado em lei federal como ato atentatório contra Tribunal Federal.
o livre exercício do Poder Judiciário. Nessa hipótese,
segundo a Constituição Federal, admitida a acusação 15) TRT 14ª REGIÃO – 2016. Admitida a acusação
contra o Presidente contra o Presidente da República, por dois terços da
A por dois terços do Senado Federal, será ele Câmara dos Deputados, ele será submetido a
submetido a julgamento perante o Congresso julgamento perante o
Nacional, permanecendo no exercício de suas A Supremo Tribunal Federal, quando tratar de crime
funções, após a instauração do processo pelo Senado de responsabilidade.
Federal, até julgamento final. B Senado Federal, quando tratar de crime de
B por dois quintos da Câmara dos Deputados, será ele responsabilidade.
submetido a julgamento perante o Senado Federal, C Congresso Nacional, quando tratar de crime de
ficando, após a instauração do processo pelo Senado responsabilidade.
Federal, suspenso de suas funções por até 120 dias. D Senado Federal, quando tratar de infração penal
C por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele comum.
submetido a julgamento perante o Senado Federal, E Congresso Nacional, quando tratar de infração penal
ficando, após a instauração do processo pelo Senado comum.
Federal, suspenso de suas funções por até 180 dias.
D pela maioria absoluta da Câmara dos Deputados, 16) TRT 23ª REGIÃO – 2018. Conforme previsto na
será ele submetido a julgamento perante o Supremo Constituição Federal de 1988, a respeito da
Tribunal Federal, permanecendo no exercício de suas responsabilidade do Presidente da República:
funções, após a instauração do processo pelo Senado A O Supremo Tribunal Federal tem competência para
Federal, até julgamento final. julgar, originariamente, o Presidente da República nas
infrações penais comuns e pela prática de crimes de
E por dois terços do Senado Federal, será ele responsabilidade.
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal

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368
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

B Admitida a acusação contra o Presidente da B concorrerá com o segundo candidato mais votado
República, por dois terços da Câmara dos Deputados, em nova eleição, a qual deverá ocorrer em até vinte
será ele submetido a julgamento perante o Supremo dias após a proclamação do resultado da primeira
Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade. eleição, considerando-se eleito aquele que obtiver a
C Admitida a acusação contra o Presidente da maioria dos votos válidos nessa segunda votação.
República, pela maioria do Senado Federal, será ele
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal C concorrerá com o segundo candidato mais votado
Federal nos crimes de responsabilidade. em nova eleição, a qual deverá ocorrer em até trinta
D São crimes de responsabilidade, dentre outros, os dias após a proclamação do resultado da primeira
atos do Presidente da República que atentem contra a eleição, considerando-se eleito aquele que obtiver a
Constituição Federal e contra a segurança interna do maioria dos votos válidos nessa segunda votação.
País.
E O Presidente da República, na vigência de seu D concorrerá com o segundo e o terceiro candidatos
mandato, pode ser responsabilizado civil e mais votados em nova eleição, a qual deverá ocorrer
criminalmente por atos estranhos ao exercício de suas em até trinta dias após a proclamação do resultado da
funções. primeira eleição, considerando-se eleito aquele que
obtiver a maioria absoluta dos votos válidos nessa
17) TRT 5ª REGIÃO – 2022. Dentre as competências segunda votação.
do Presidente da República que podem ser delegadas
a autoridades referidas no texto constitucional está a E não será considerada eleita, uma vez que não
de obteve a maioria absoluta dos votos válidos, devendo
A celebrar tratados, convenções e atos internacionais, ser realizada uma nova eleição, com todos os
sujeitos a referendo do Congresso Nacional. candidatos.
B conferir condecorações e distinções honoríficas. 20) IAPEN - 2018. No Brasil,
C nomear os magistrados, nos casos previstos na A a forma de governo é a Presidencialista.
Constituição, e o Advogado-Geral da União. B o sistema de governo é a República.
D conceder indulto e comutar penas, com audiência, C a chefia de Estado cabe aos presidentes dos três
se necessário, dos órgãos instituídos em lei. poderes, independentes e harmônicos entre si.
E manter relações com Estados estrangeiros e D a chefia de Governo é de responsabilidade do
acreditar seus representantes diplomáticos. Presidente da Congresso Nacional.
E a chefia de Estado e de Governo são exercidas
concomitantemente pelo Presidente da República.

21) ARTESP – 2017. A chefia de Estado é atribuída ao


Presidente da República e a chefia de governo é
18) DPE/MT – 2022. Em matéria de incorporação de atribuída ao Primeiro-Ministro no sistema de Governo
tratados internacionais de proteção de direitos denominado
humanos no Brasil, segundo disposição expressa da A Monocrático.
Constituição Federal, compete privativamente ao B Presidencialismo.
Presidente da República C Parlamentarismo.
A celebrar tratados, convenções e atos internacionais, D Duocrático.
sujeitos a referendo do Congresso Nacional. E Democrático consolidado.
B sancionar tratados, convenções e atos
internacionais promulgados pelo Congresso Nacional. 22) ALESE - 2018. A Constituição Federal atribui ao
C aprovar tratados, convenções ou outros atos Presidente da República competência privativa para
internacionais ratificados por Decreto Legislativo. A exercer, com o auxílio dos Ministros do Supremo
D propor ao Congresso Nacional a ratificação de Tribunal Federal, a direção superior da Administração
tratados, atos e convenções cuja assinatura é de federal.
interesse do Governo brasileiro. B vetar propostas de emendas à Constituição, total ou
E negociar, aprovar, assinar e ratificar tratados, parcialmente.
convenções e atos internacionais mediante prévia C sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem
autorização do Senado Federal. como expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execução.
19) TRT 23ª REGIÃO – 2022. Joana candidatou-se à D permitir, nos casos previstos em lei ordinária, que
Presidência da República e, registrada por partido forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou
político, na primeira votação foi a candidata mais nele permaneçam temporariamente.
votada, obtendo a maioria simples de votos, não E celebrar tratados, convenções e atos internacionais,
computados os em branco e os nulos. Com base sujeitos a referendo do Senado Federal.
apenas nas informações fornecidas, em conformidade
com a Constituição Federal, Joana 23) ARTESP - 2017. Considere a seguinte situação
A será considerada eleita Presidente no primeiro turno, hipotética: o Presidente da República, no lapso
pois obteve a maioria simples dos votos válidos. temporal de cinco dias, praticou três atos distintos: (i)
representou o Brasil na sua relação internacional com
outro Estado estrangeiro, praticando, assim, ato de

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369
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

chefia de Estado; (ii) editou medida provisória com de suas funções após a instauração do processo.
força de lei; (iii) julgou processo administrativo Embora tenha tudo ocorrido de acordo com a lei,
disciplinar. Constitui(em) função típica do Poder passaram-se 161 dias dessa instauração e o
Executivo: julgamento ainda não foi concluído. Nesse caso, com
A apenas o primeiro ato. base apenas nas informações fornecidas, é possível
B nenhum dos atos. afirmar que, de acordo com a Constituição Federal de
C os três atos. 1988, o julgamento ocorre perante o
D apenas o terceiro ato. A Supremo Tribunal Federal, não podendo retornar,
E o primeiro e o terceiro atos. ainda, ao exercício de suas funções.
24) TRT 24ª REGIÃO – 2017. Considere os seguintes B Senado Federal, podendo retornar ao exercício de
atos do Presidente da República praticados contra suas funções.
I. a existência da União. II. o cumprimento das leis e C Senado Federal, não podendo retornar, ainda, ao
das decisões judiciais. III. a probidade na exercício de suas funções.
Administração. IV. o exercício dos direitos políticos, D Supremo Tribunal Federal, podendo retornar ao
individuais e sociais. De acordo com a Constituição exercício de suas funções.
Federal, são crimes de responsabilidade os atos do E Congresso Nacional, não podendo retornar, ainda,
Presidente da República indicados em ao exercício de suas funções.
A I, II e III, apenas.
B I, II, III e IV. 29) SEAD-AP 2018. Em uma situação hipotética, José
C II, III e IV, apenas. das Couves e Fulano de Tal são eleitos em 2018,
D I e IV, apenas. respectivamente, Presidente e Vice-Presidente da
E II e IV, apenas. República. No entanto, em setembro de 2021, ambos
vêm a falecer em trágico acidente aéreo. Pelas regras
25) TRF 3ª REGIÃO . São poderes ou órgãos que constitucionais atualmente vigentes,
existem, obrigatoriamente, na União, nos Estados e A deve ser realizada eleição em noventa dias.
em todos os Municípios: B assume a Presidência da República o Presidente da
A Poder Executivo, Poder Legislativo e Forças Câmara dos Deputados, tendo como vice o Presidente
Armadas. do Supremo Tribunal Federal.
B Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder C deve ser realizada eleição, pelo Congresso
Judiciário e Forças Armadas. Nacional, em trinta dias.
C Poder Executivo e Poder Legislativo. D assume a Presidência da República o Presidente do
D Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Supremo Tribunal Federal, até completar o período de
Judiciário. seus antecessores.
E Poder Executivo, Poder Legislativo e Tribunal de E deve ser realizada eleição direta em sessenta dias.
Contas.
30) TRE/PB - 2015. Quirino, eleito Presidente da
26) MPE AM. São poderes da União, independentes e República para o mandato compreendido entre janeiro
harmônicos entre si: de 2018 e dezembro de 2021, renuncia ao cargo um
A o Congresso Nacional, a Presidência da República ano após tê-lo assumido.
e o Supremo Tribunal Federal. Assume-o o Vice-Presidente, o qual, no entanto, é
B o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.. alcançado por processo de impeachment, concluído
C o Congresso Nacional, a Presidência da República, em fevereiro de 2020.
os Ministérios e os Tribunais federais. Ante tal situação, consideradas as regras
D a Assembleia Legislativa, a Governadoria do Estado constitucionais atualmente vigentes,
e o Tribunal de Justiça. A deverão ser convocadas eleições gerais, no prazo
E a Assembleia Legislativa, a Governadoria do Estado de 90 dias contados da última vacância, sendo certo
e os Tribunais de Justiça e de Alçada. que os eleitos permanecerão no exercício dos cargos
de Presidente e de Vice-Presidente até dezembro de
27) PREFEITURA DE SÃO PAULO. A separação de 2021.
poderes é um critério funcional de limitação de poder
A incompatível com o Estado Democrático de Direito. B assumirá a Presidência da República o Presidente
B compatível com os Estados organizados como da Câmara dos Deputados, o qual permanecerá no
federações. exercício respectivo até o término dos mandatos
C incompatível com os Estados regidos por originais.
constituições rígidas.
D compatível com as monarquias absolutistas. C deverão ser convocadas eleições gerais, no prazo
E incompatível com os Estados unitários de 30 dias contados da última vacância, sendo certo
descentralizados. que os eleitos iniciarão, a partir da posse, mandato de
quatro anos.
28) TRT 23 ª REGIÃO - 2022. Supondo-se que o
Presidente da República, cumpridos os requisitos D assumirá a Presidência da República o Presidente
legais, tenha sido submetido a julgamento em razão de do Congresso Nacional, o qual permanecerá no
ser acusado de praticar crime contra o livre exercício exercício respectivo até o término dos mandatos
do Poder Judiciário e, por essa razão, ficou suspenso originais.

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370
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

E competirá ao Congresso Nacional a eleição do


Presidente e do Vice-Presidente, a qual deverá ser
realizada no prazo de 30 dias contados da última
vacância, sendo certo que o eleito completará o
restante do mandato que se encontrava em curso.

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371
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

PODER JUDICIÁRIO São órgãos do Poder Judiciário os que constam


APENAS de
OBS.: Todas as questões são da FCC – banca do a) I e IV.
edital. b) II e IV.
Ponto 6: Do Poder Judiciário: disposições gerais; do c) II e III.
Supremo Tribunal Federal; do Superior Tribunal de d) I e III.
Justiça; do Tribunal Superior do Trabalho, dos e) III e IV.
Tribunais Regionais e Juízes do Trabalho; do
Conselho Superior da Justiça do Trabalho 4. PGE/AM - 2022. Fúlvio é juiz aposentado há dois anos
e pretende exercer a advocacia. De acordo com a
1. TST 2017. O órgão federal de fiscalização das Constituição Federal, Fúlvio
relações de trabalho impôs penalidade administrativa a) poderá exercê-la imediatamente, em qualquer juízo ou
contra certa empresa, por violação a determinadas tribunal, em razão do decurso do tempo mínimo
normas de proteção à saúde e à segurança do exigido entre o afastamento do cargo por
trabalhador. A empresa pretende propor ação para aposentadoria e o exercício da advocacia.
impugnar o ato administrativo que lhe impôs a multa, b) não poderá exercê-la no juízo ou tribunal do qual se
por entendê-lo ilegal. Nesse caso, a ação deverá ser afastou, antes de decorridos cinco anos do
proposta perante o afastamento do cargo por aposentadoria.
a) juiz estadual competente, sendo vedado pela c) não poderá exercê-la, em nenhuma hipótese, por ser
Constituição Federal o ajuizamento perante o juizado a prática da advocacia vedada àqueles que exerceram
especial estadual. o cargo de juiz, independentemente da data da
b) juiz estadual competente, não sendo vedado pela aposentadoria ou exoneração.
Constituição Federal o ajuizamento perante o juizado d) poderá exercê-la imediatamente, em qualquer juízo ou
especial estadual. tribunal, uma vez que seu afastamento do cargo se
c) Tribunal de Justiça competente originariamente para o deu em razão de aposentadoria e não de exoneração.
feito. e) não poderá exercê-la no juízo ou tribunal do qual se
d) órgão da justiça do trabalho competente. afastou, antes de decorridos três anos do afastamento
e) órgão da justiça federal competente. do cargo por aposentadoria.

2. TRT 23ª REGIÃO - 2022. De acordo com a 5. AL/AP - 2020. Não é órgão do Poder Judiciário o
Constituição Federal de 1988, considerando-se os a) Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
princípios que regem o Estatuto da Magistratura nela b) Conselho Nacional de Justiça.
inseridos, para o exercício das atribuições c) Tribunal Militar instituído por lei.
administrativas e jurisdicionais delegadas da d) Superior Tribunal Militar.
competência do tribunal pleno, nos tribunais com e) Tribunal Regional Eleitoral.
número superior a
a) onze julgadores, poderá ser constituído órgão
especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte 6. IAPEN/AP - 2018. Acerca das disposições gerais
e cinco membros, provendo-se todas as vagas por relativas ao Poder Judiciário dispostas na Constituição
antiguidade. Federal,
b) onze julgadores, poderá ser constituído órgão a) não será promovido o juiz que, injustificadamente,
especial, com o mínimo de oito e o máximo de dez retiver autos em seu poder além do prazo legal, não
membros, provendo-se metade das vagas por podendo devolvê-los ao cartório sem o devido
antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal despacho ou decisão.
pleno. b) os juízes gozam da garantia da vitaliciedade, que, no
c) vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão primeiro grau, só será adquirida após 3 anos de
especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte exercício
membros, provendo-se todas as vagas por c) compete privativamente ao chefe do Executivo
antiguidade. conceder licença, férias e outros afastamentos aos
d) onze julgadores, poderá ser constituído órgão juízes e servidores que lhes forem imediatamente
especial, com o mínimo de sete e o máximo de vinte vinculados.
membros, provendo-se todas as vagas por eleição d) os órgãos fracionários dos tribunais poderão declarar
pelo tribunal pleno. a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
e) vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão Poder Público, em qualquer circunstância.
especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e) salvo a de magistério, aos juízes é vedado exercer
e cinco membros, provendo-se metade das vagas por outro cargo ou função, exceto quando estiver em
antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal disponibilidade.
pleno.
7. TRTF 2ª REGIÃO. A Emenda Constitucional nº 45, de
3. DPE/AM - 2022. Considere os seguintes itens: 08/12/2004, estabeleceu, dentre outras hipóteses, que
I. Conselho Nacional de Justiça. é obrigatória a promoção de juiz que figure por
II. Ministério do Trabalho e Previdência. a) seis vezes consecutivas ou oito alternadas em lista de
III. Receita Federal do Brasil. antiguidade.
IV. Supremo Tribunal Federal.

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372
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

b) cinco vezes consecutivas ou sete alternadas em lista e) são órgãos do Poder Judiciário, sendo que apenas o
de merecimento. Tribunal Superior do Trabalho não tem sede na Capital
c) quatro vezes consecutivas ou seis alternadas em lista Federal.
de antiguidade.
d) três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista 11. TRT 17ª REGIÃO – 2022. Anderson é advogado e
de merecimento. gostaria de compor o Conselho Nacional de Justiça
e) duas vezes consecutivas ou três alternadas em lista de (CNJ). Em conformidade com a Constituição Federal e
merecimento. considerando apenas os dados fornecidos, Anderson
pode ser membro do referido órgão, o qual é composto
8. TRT 14ª REGIÃO – 2022. Em relação aos órgãos da de
Justiça do Trabalho, considere: a) quinze membros com mandato de dois anos, admitida
I. O Tribunal Superior do Trabalho compõe-se de vinte e uma recondução, desde que indicado pelo Conselho
sete Ministros, sendo um quinto dentre advogados Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, uma vez
com mais de cinco anos de efetiva atividade que referido Conselho (CNJ) é formado, dentre outros
profissional e membros do Ministério Público do membros, por dois advogados.
Trabalho com mais de cinco anos de efetivo exercício. b) onze membros com mandato de dois anos, admitida
II. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, uma recondução, desde que indicado pelo Conselho
no máximo, sete juízes, recrutados, quando possível, Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, uma vez
na respectiva região e nomeados pelo Presidente da que referido Conselho (CNJ) é formado, dentre outros
República dentre brasileiros com mais de trinta e cinco membros, por um advogado.
e menos de setenta e cinco anos de idade. c) quinze membros com mandato de quatro anos,
III. Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar inadmitida a recondução, desde que indicado pelo
descentralizadamente, constituindo Câmaras Supremo Tribunal Federal, uma vez que referido
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do Conselho (CNJ) é formado, dentre outros membros,
jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. por dois advogados.
Em conformidade com a Constituição Federal, está d) onze membros com mandato de quatro anos,
correto o que se afirma em inadmitida a recondução, desde que indicado pelo
Supremo Tribunal Federal, uma vez que referido
a) I, II e III. Conselho (CNJ) é formado, dentre outros membros,
b) I e II, apenas. por dois advogados.
c) I, apenas. e) onze membros com mandato de dois anos, inadmitida
d) III, apenas. a recondução, desde que indicado pelo Supremo
e) II, apenas. Tribunal Federal, uma vez que referido Conselho
(CNJ) é formado, dentre outros membros, por dois
9. TRT 5ª REGIÃO - 2022. De acordo com o que advogados..
estabelece a Constituição Federal, o Tribunal Superior
do Trabalho compõe-se de I Ministros, escolhidos 12. TCE/CE. É certo que o Supremo Tribunal Federal e os
dentre brasileiros com mais de II anos de idade, de Tribunais Superiores
notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados a) têm jurisdição nacional limitada às causas de natureza
pelo Presidente da República após aprovação pela federal.
maioria absoluta III. b) não tem jurisdição sobre os Municípios, visto que a
a) 27; 35 e menos de 65; do Congresso Nacional. justiça é estadual.
b) 33; 30 e menos de 70; da Câmara dos Deputados. c) têm jurisdição em todo o território nacional.
c) 27; 35 e menos de 70; do Senado Federal. d) não tem jurisdição sobre os Estados-membros porque
d) 29; 30 e menos de 65; do Congresso Nacional. estes são autônomos.
e) 29; 35 e menos de 65; do Senado Federal. e) têm jurisdição ampla em relação aos Estados.

10. TRT 18ª REGIÃO – 2023. De acordo com a 13. TCE/RR. Ao Conselho Nacional de Justiça incumbe o
Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal, o controle
Tribunal Superior do Trabalho e o Conselho Nacional a) das atividades legislativas e de gestão dos Poderes
de Justiça Legislativo e Executivo.
a) são órgãos do Poder Judiciário, sendo que apenas o b) da atuação administrativa e financeira do Poder
Conselho Nacional de Justiça não tem sede na Capital Judiciário.
Federal. c) jurisdicional da atuação do Poder Executivo.
b) têm sede na Capital Federal, sendo que apenas o d) jurisdicional da atuação administrativa e financeira da
Conselho Nacional de Justiça não é órgão do Poder Administração Pública em sentido amplo.
Judiciário. e) da atuação política do Poder Legislativo.
c) têm sede na Capital Federal, sendo que todos são
órgãos do Poder Judiciário. 14. TRF 2ª REGIÃO. O Conselho Nacional de Justiça
d) são órgãos do Poder Judiciário, sendo que apenas o compõe-se de 15 membros com mandato de 2 anos,
Supremo Tribunal Federal tem sede na Capital admitida 1 recondução e será presidido pelo
Federal. Presidente do Supremo Tribunal Federal. Nas suas
ausências e impedimentos, o referido Conselho será
presidido pelo

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373
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

a) membro do Ministério Público da União. do Brasil, exigindo-se do bacharel em direito, no


b) Presidente do Superior Tribunal de Justiça. mínimo, cinco anos de atividade jurídica.
c) Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. d) a promoção de entrância para entrância por
d) Procurador-Geral da República. antiguidade de três em três anos e merecimento de
e) membro do Ministério Público Estadual. ano em ano.
e) a promoção de entrância para entrância,
15. TJMA - 2019. Acerca do que estabelece a Constituição alternadamente, por antiguidade e merecimento,
Federal relativamente ao Conselho Nacional de atendida às normas constitucionais.
Justiça (CNJ),
a) compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e 18. TRT 24ª REGIÃO – 2017. Em razão do recente
julgar, originariamente, as ações contra o CNJ. falecimento de Ministro do Supremo Tribunal Federal,
b) o CNJ será presidido pelo Presidente do Supremo o Presidente da República indicou determinado jurista
Tribunal Federal e, nas suas ausências e para ocupar o referido cargo. Neste caso, a nomeação
impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo de novo Ministro pelo Presidente da República
Tribunal Federal. depende da aprovação da referida escolha
c) compete ao CNJ o controle da atuação administrativa a) pela maioria relativa do Senado Federal.
e financeira do Ministério Público e do cumprimento b) pela maioria absoluta do Senado Federal.
dos deveres funcionais de seus membros. c) por 1/3 do Senado Federal.
d) compete privativamente ao Congresso Nacional d) pela maioria absoluta do Congresso Nacional.
processar e julgar os membros do CNJ nos crimes de e) pela maioria relativa do Congresso Nacional.
responsabilidade.
e) o CNJ compõe-se de onze Ministros, escolhidos 19. TRT 24ª REGIÃO – 2017. Considere a seguinte
dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos situação hipotética: Margarida é Presidente do
de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber Supremo Tribunal Federal; Joana é Vice-Presidente
jurídico e reputação ilibada. do Supremo Tribunal Federal; Carla é Presidente do
Superior Tribunal de Justiça; Camila é Vice-Presidente
16. TRT 24ª REGIÃO - 2017. Maria almeja ocupar um dos do Superior Tribunal de Justiça e Carlos é Membro do
cargos de Técnico do Tribunal Regional do Trabalho Ministério Público da União. De acordo com a
da 24° Região. Assim, Maria iniciou seu estudo Constituição Federal, o Conselho Nacional de Justiça
aprofundando seu conhecimento sobre os Tribunais é presidido por
Regionais do Trabalho e sobre o Tribunal Superior do a) Margarida e nas suas ausências e impedimentos por
Trabalho, verificando que a Constituição Federal Joana.
brasileira prevê que b) Carlos e nas suas ausências e impedimentos por
a) os Ministros do Tribunal Superior do Trabalho devem Margarida.
ser brasileiros e possuírem no mínimo trinta anos de c) Margarida e nas suas ausências e impedimentos por
idade. Carlos.
b) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte d) Margarida e nas suas ausências e impedimentos por
e sete Ministros. Carla.
c) os Ministros do Tribunal Superior do Trabalho são e) Carla e nas suas ausências e impedimentos por
escolhidos pelo Presidente da República após Camila.
aprovação pela Câmara dos Deputados.
d) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, 20. AL/MS - 2016. João é desembargador do Tribunal de
no mínimo, onze juízes, recrutados, quando possível, Justiça de determinado Estado e cometeu crime de
na respectiva região. responsabilidade. Marta deseja homologar sentença
e) não há advogados na composição dos Tribunais estrangeira proferida em seu favor. Jaime é Senador e
Regionais do Trabalho. cometeu infração penal comum. Nessas situações,
será competente para processar e julgar,
17. TRT 24ª REGIAO - 2017. De acordo com a originariamente, João, o
Constituição Federal, lei complementar, de iniciativa a) Superior Tribunal de Justiça, e o Supremo Tribunal
do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto Federal será competente para processar e julgar,
da Magistratura, observados, dentre outros princípios, originariamente, Jaime, bem como para a
a) o ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz homologação da sentença estrangeira requerida por
de entrância intermediária, mediante concurso público Marta.
de provas e títulos, sem a participação da Ordem dos b) Superior Tribunal de Justiça, que também será
Advogados do Brasil, exigindo-se do bacharel em competente para a homologação da sentença
direito, no mínimo, cinco anos de atividade jurídica. estrangeira requerida por Marta, e o Supremo Tribunal
b) o ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz Federal será competente para processar e julgar,
substituto, mediante concurso público de provas e originariamente, Jaime.
títulos, sem a participação da Ordem dos Advogados c) Supremo Tribunal Federal, que também será
do Brasil, exigindo-se do bacharel em direito, no competente para a homologação da sentença
mínimo, dois anos de atividade jurídica. estrangeira requerida por Marta e o Superior Tribunal
c) o ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz de Justiça será competente para processar e julgar,
substituto, mediante concurso público de provas e originariamente, Jaime.
títulos, com a participação da Ordem dos Advogados

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374
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

d) Tribunal de Justiça do respectivo Estado, que também c) I, II, III e IV.


será competente para a homologação da sentença d) I, II e III, apenas.
estrangeira requerida por Marta e o Supremo Tribunal e) II e IV, apenas.
Federal será, competente para processar e julgar,
originariamente, Jaime. 23. TRT 9ª REGIÃO - 2015. Processar e julgar,
e) Tribunal de Justiça do respectivo Estado; o juiz de originariamente, os conflitos de competência entre o
primeiro grau da justiça federal será, originariamente, Tribunal Superior do Trabalho e outros Tribunais
competente para a homologação da sentença Superiores compete ao
estrangeira requerida por Marta e o Superior Tribunal a) Conselho Nacional de Justiça.
de Justiça será competente para processar e julgar, b) Superior Tribunal de Justiça.
originariamente, Jaime. c) Poder Legislativo.
d) Supremo Tribunal Federal.
21. TRT 23ª REGIÃO – 2022. Considere: e) Conselho Superior da Justiça do Trabalho.
I. O Conselho Superior da Justiça do Trabalho
funcionará junto ao Tribunal Superior do Trabalho. 24. TRT 9ª REGIÃO - 2015. Sobre as garantias
II. Ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho cabe constitucionais que gozam os juízes e sobre as
exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e vedações as quais estão submetidos, é correto afirmar
orçamentária da Justiça do Trabalho apenas de que:
primeiro grau. a) a vitaliciedade é adquirida na posse.
III. Ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho cabe b) a irredutibilidade de subsídio é absoluta.
exercer, na forma da lei, a supervisão financeira e c) podem exercer atividade político-partidária.
patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e d) podem ser submetidos a ato de remoção por motivo
segundo graus. de interesse público.
e) podem exercer qualquer outro cargo ou função se
Com relação ao Conselho Superior da Justiça do estiverem em disponibilidade.
Trabalho, está correto o que se afirma em
a) I, apenas. 25. TRE/PB - 2015. Entende-se por quinto-constitucional:
b) I, II e III. a) O volume proporcional de votos no escrutínio para a
c) II e III, apenas. aprovação de Lei Complementar, a qual somente
d) I e III, apenas. ocorrerá por intermédio de quórum qualificado de três-
e) II, apenas. quintos.
b) O volume total de votos no escrutínio para a aprovação
22. TRT 9ª REGIÃO - 2022. Considere: de Emenda Constitucional, a qual somente ocorrerá
I. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar por intermédio de quórum qualificado de três-quintos.
mandados de segurança, habeas corpus e habeas c) A reserva de um-quinto das vagas dos Tribunais
data, quando o ato questionado envolver matéria Regionais Federais, dos Tribunais Estaduais e do
sujeita à sua jurisdição. Distrito Federal, e Territórios, que deverão ser
II. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, ocupadas por membros do Ministério Público e por
no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, Advogados, observada a proporcionalidade entre eles.
na respectiva região e nomeados pelo Presidente do d) A parcela máxima que pode ser deduzida dos
Supremo Tribunal Federal dentre brasileiros com mais vencimentos do servidor público efetivo caso este
de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo um venha a ser colocado em disponibilidade em razão de
quinto dentre advogados com notório saber jurídico e interesse público.
reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva e) A parcela máxima que pode ser deduzida dos
atividade profissional, e membros do Ministério Público proventos do servidor público aposentado por
do Trabalho com mais de dez anos de efetivo invalidez.
exercício, e os demais, mediante promoção de juízes
do trabalho por antiguidade e merecimento, 26. TRT 3ª REGIÃO - 2017. Após o decurso de quatro
alternadamente. anos de exercício da magistratura, determinado Juiz
III. Não compete à Justiça do Trabalho processar e julgar foi removido de comarca, por motivo de interesse
as ações relativas às penalidades administrativas público, independentemente de sua vontade, por
impostas aos empregadores pelos órgãos de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal, em
fiscalização das relações de trabalho. processo que respeitou a ampla defesa do magistrado.
IV. Recusando-se qualquer das partes à negociação Um ano mais tarde, o mesmo Juiz praticou ato
coletiva, ficam as mesmas obrigadas a ajuizar dissídio criminoso que lhe acarretou a perda do cargo por
coletivo de natureza econômica, devendo a Justiça decisão judicial transitada em julgado. Essa situação é
Federal decidir o conflito, respeitadas as disposições
mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as a) compatível com a Constituição Federal, não tendo sido
convencionadas anteriormente. violadas as garantias da inamovibilidade e da
No que concerne à Justiça do Trabalho, está correto o vitaliciedade.
que se afirma em b) compatível com a Constituição Federal, uma vez que
não se aplicam a esse magistrado as garantias da
a) I, apenas. inamovibilidade e da vitaliciedade em razão do pouco
b) III e IV, apenas. tempo de exercício do cargo.

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375
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

c) incompatível com a Constituição Federal, por violação a) Joaquim, apenas.


da garantia da inamovibilidade, uma vez que apenas o b) Marta, apenas.
Conselho Nacional da Justiça poderia ter determinado c) Marta e Godofredo, apenas.
a remoção do magistrado por motivo de interesse d) Marta, Joaquim e Godofredo.
público. e) Marta e Joaquim, apenas.
d) incompatível com a Constituição Federal, por violação
da garantia da inamovibilidade, uma vez que a 31. TRT 2ª REGIAO - 2017. Relativamente ao Poder
remoção do magistrado não poderia ter ocorrido senão Judiciário, é correto afirmar:
a pedido dele próprio.
e) incompatível com a Constituição Federal, por violação a) Todas as decisões e todos os julgamentos dos órgãos
da garantia da vitaliciedade, uma vez que apenas o do Poder Judiciário de segunda instância serão
Conselho Nacional de Justiça poderia ter determinado públicos, sob pena de nulidade
a perda do cargo do magistrado. b) Os juízes gozam da garantia de vitaliciedade, que no
primeiro grau, só será adquirida após três anos de
27. MPE/MA - 2015. Considere a seguinte situação exercício.
hipotética: O Tribunal de Justiça Militar do Estado A c) A atividade jurisdicional será ininterrupta, com exceção
possui vinte e três julgadores. O Tribunal Regional do das férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo
Trabalho B possui cem julgadores. O Tribunal grau, período em que o atendimento será transferido à
Regional Federal C possui duzentos julgadores e o primeira instância.
Tribunal de Justiça D possui centro e vinte julgadores. d) Os servidores receberão delegação para a prática de
De acordo com a Constituição Federal brasileira, atos de administração e atos de mero expediente sem
poderão constituir órgão especial, apenas os Tribunais caráter decisório.
a) A e D, com o mínimo de sete membros. e) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou
b) A e B, com o mínimo de onze membros. tribunal do qual se afastou antes de decorridos cinco
c) A, C e D, com o mínimo de sete membros. anos do afastamento por aposentadoria ou
d) B, C e D, com o mínimo de onze membros. exoneração.
e) B e C, com o mínimo de quinze membros.
32. TRT 16ª REGIAO - 2014. Mário é Juiz do Tribunal de
28. TRR RR - 2015. Dentro da estrutura constitucional Justiça do Maranhão, ocupando atualmente o cargo de
Brasileira, o Órgão máximo do Poder Judiciário é o Juiz Titular de determinada Vara Cível da Comarca de
a) Tribunal Federal de Recursos. São Luís, figurando como o Magistrado mais antigo na
b) Conselho Nacional de Justiça. Lista de Antiguidade na sua entrância. Aberto
c) Superior Tribunal de Justiça. concurso de promoção para o cargo de
d) Tribunal Superior Eleitoral. Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do
e) Supremo Tribunal Federal. Maranhão pelo critério de antiguidade, o tribunal
somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto
29. TCE/GO - 2015. Considere: a) fundamentado de no mínimo dois terços de seus
membros, conforme procedimento próprio, e
I. Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de assegurada ampla defesa.
Goiás. b) fundamentado da maioria simples de seus membros,
II. Juiz Federal. conforme procedimento próprio, e assegurada ampla
III. Advogado legalmente habilitado. defesa.
IV. Cidadão de notável saber jurídico e reputação ilibada. c) de no mínimo dois terços de seus membros, mediante
procedimento próprio e com voto secreto.
De acordo com a Constituição Federal, poderão fazer d) fundamentado de no mínimo metade de seus
parte da composição do Conselho Nacional de Justiça membros, conforme procedimento próprio, e
os indicados em assegurada ampla defesa.
e) da maioria simples de seus membros, mediante
a) I, II e IV, apenas. procedimento próprio e com voto secreto.
b) I, II e III e IV.
c) I, II e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e IV, apenas.

30. MPE/MA - 2015. Marta, Joaquim e Godofredo são


juízes de direito que estão buscando promoção de
entrância para entrância. Considerando que Marta
figurou por três vezes consecutivas em lista de
merecimento; Joaquim figurou por cinco vezes
alternadas também em lista de merecimento e
Godofredo figurou por duas vezes consecutivas
também em lista de merecimento, de acordo com a
Constituição Federal brasileira, será obrigatória a
promoção de

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376
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA b) da Advocacia Pública, representada pela Advocacia-


Geral da União, em todos os graus, judicial e
OBS.: Todas as questões são da FCC – banca do extrajudicial, de forma integral e gratuita.
edital. c) de qualquer integrante da advocacia privada, pois o
Ponto 7: Das funções essenciais à Justiça: do advogado é indispensável à administração da justiça,
Ministério Público; da Advocacia Pública; da sendo, nesse caso, violável por seus atos e
Advocacia e da Defensoria Pública. manifestações no exercício da profissão.
d) da Defensoria Pública, em todos os graus, apenas
1. TRT 14ª REGIÃO – 2022. De acordo com a judicialmente, de forma integral e gratuita.
Constituição Federal, em relação à Advocacia Pública, e) da Defensoria Pública, em todos os graus, judicial e
a) aos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, extrajudicial, de forma integral e gratuita.
organizados em carreira, na qual o ingresso
dependerá de concurso público de provas e títulos, 4. TRT 14ª REGIÃO – 2022. Henrique, trinta e seis anos
não é assegurada, em nenhum momento, de idade, é integrante da carreira do Ministério Público
estabilidade. Federal e gostaria de se tornar Procurador-Geral da
b) a Advocacia-Geral da União tem por chefe o República. Em conformidade com a Constituição
Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Federal, Henrique será assim nomeado pelo
Presidente da República dentre cidadãos maiores de Presidente da República se tiver seu nome aprovado
trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e pela maioria absoluta dos membros do
reputação ilibada. a) Ministério Público Federal, Ministério Público do
c) os Procuradores dos Estados são indispensáveis à Trabalho, Ministério Público Militar e dos Ministérios
administração da justiça, sendo inviolável por seus Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e
atos e manifestações, no exercício da profissão, Territórios, para mandato de dois anos, permitida a
observando-se que o ingresso nas classes iniciais das recondução.
carreiras independe de concurso público de provas e b) Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida
títulos. a recondução.
d) a Advocacia-Geral da União é a instituição que c) Senado Federal, para mandato de quatro anos,
diretamente representa a União judicialmente, não lhe permitida a recondução.
cabendo as atividades de consultoria e d) Ministério Público Federal, Ministério Público do
assessoramento jurídico do Poder Executivo. Trabalho, Ministério Público Militar e dos Ministérios
e) o ingresso na carreira de Procurador do Estado e do Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e
Distrito Federal depende de concurso público de Territórios, para mandato de quatro anos, permitida a
provas e títulos, não podendo, neste, haver qualquer recondução.
tipo de participação da Ordem dos Advogados do e) Senado Federal, para mandato de quatro anos,
Brasil. vedada a recondução.

2. 02) MPE/PB – 2023. Segundo dispõe a Constituição 5. TRT 14ª REGIÃO – 2022. De acordo com a
Federal, o Ministério Público é instituição permanente, Constituição Federal, o Ministério Público
essencial à função jurisdicional do Estado, a) da União tem por chefe o Procurador-Geral da
incumbindo-lhe República, nomeado pelo Presidente da República,
a) a representação da União na execução da dívida ativa dentre os candidatos que podem ou não ser
de natureza tributária. integrantes da carreira, desde que tenham mais de
b) a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e quarenta e cinco anos de idade.
dos interesses sociais e individuais indisponíveis. b) tem como princípios institucionais a unidade e a
c) representar o Estado, judicial e extrajudicialmente, indivisibilidade, não possuindo, entretanto, a
cabendo-lhe as atividades de consultoria e independência funcional como seu princípio
assessoramento jurídico do Poder Executivo estadual. institucional.
d) representar a União, judicial e extrajudicialmente, c) abrange, além dos Ministérios Públicos dos Estados, o
cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que Ministério Público da União, que compreende, apenas,
dispuser sobre sua organização e funcionamento, as o Ministério Público Federal e o Ministério Público do
atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Trabalho.
Poder Executivo. d) é instituição permanente, essencial à função
e) a orientação jurídica, a promoção dos direitos jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da
humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e ordem jurídica, do regime democrático e dos
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de interesses sociais e individuais indisponíveis.
forma integral e gratuita, aos necessitados. e) abrange os Ministérios Públicos dos Estados, sendo
que estes formarão lista tríplice dentre integrantes da
3. TRT 18ª REGIÃO -2023. De acordo com a carreira para escolha de seu Procurador-Geral para
Constituição Federal, a incumbência para defender os mandato de dois anos, não sendo permitida
direitos individuais daquele que comprovar a recondução.
insuficiência de recursos é
a) da Advocacia Pública, representada pela Advocacia-
Geral da União, em todos os graus, apenas
judicialmente, de forma integral e gratuita.

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377
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

6. PGE/AM – 2022. Emerson é membro do Ministério e) a aplicação da autonomia funcional, administrativa e a


Público Federal e deseja ocupar o cargo de iniciativa de proposta orçamentária às Defensorias
Procurador-Geral da República. Para que Emerson Públicas da União e do Distrito Federal.
possa se tornar o chefe do Ministério Público da União,
de acordo com a Constituição Federal, é necessário 9. SEFAZ/BA – 2019. Considere as seguintes situações:
que ele tenha, no mínimo, I. membro de Ministério Público estadual, em exercício
a) trinta anos de idade e seja nomeado pelo Presidente há dois anos e meio, é aprovado em concurso público
da República após a aprovação de seu nome pela para professor de Universidade pública federal;
maioria absoluta dos membros do Senado Federal, II. membro do Ministério Público Federal, em exercício há
para mandato de quatro anos, proibida a recondução. três anos, pretende candidatar-se a mandato eletivo
b) trinta e cinco anos de idade e seja nomeado pelo estadual.
Procurador-Geral da República após a aprovação de
seu nome pela maioria simples dos membros do À luz da Constituição Federal,
Senado Federal, para mandato de dois anos, proibida a) tanto o membro de Ministério Público estadual quanto
a recondução. o membro do Ministério Público Federal estão
c) trinta anos de idade e seja nomeado pelo Presidente habilitados a exercer cumulativamente com suas
da República após a aprovação de seu nome pela funções as de magistério público e mandato eletivo,
maioria simples dos membros do Senado Federal, respectivamente.
para mandato de dois anos, permitida a recondução. b) tanto o membro de Ministério Público estadual quanto
d) trinta e cinco anos de idade e seja nomeado pelo o membro do Ministério Público Federal estão
Presidente da República após a aprovação de seu impedidos de exercer cumulativamente com suas
nome pela maioria absoluta dos membros do Senado funções as de magistério público e mandato eletivo,
Federal, para mandato de dois anos, permitida a respectivamente, sob pena de perda do cargo por
recondução. sentença judicial transitada em julgado.
e) trinta anos de idade e seja nomeado pelo Procurador- c) o membro de Ministério Público estadual poderá
Geral da República após a aprovação de seu nome cumular o exercício de sua função com a de
pela maioria absoluta dos membros do Senado magistério; o membro do Ministério Público Federal
Federal, para mandato de quatro anos, permitida a não poderá sequer filiar-se a partido político, enquanto
recondução. estiver no exercício da função, faltandolhe, portanto,
condição de elegibilidade para candidatar-se.
7. TRJ/SC – 2021. Considere: d) o membro de Ministério Público estadual não poderá
I. Caio é membro do Ministério Público Federal. cumular o exercício de sua função com a de
II. Mustafá é membro do Ministério Público do Trabalho. magistério; o membro do Ministério Público Federal
III.Dionísio é membro do Ministério Público de poderá filiar-se a partido político, mas não poderá
determinado Estado. pleitear mandato eletivo, enquanto estiver no exercício
IV. Arnaldo é membro do Ministério Público Militar. de sua função.
e) o membro de Ministério Público estadual poderá
Sendo certo que todos ingressaram na carreira no ano cumular o exercício de sua função com a de
2000, à vista, somente, dos dados fornecidos, magistério; o membro do Ministério Público Federal
a) a todos é vedado o percebimento, a qualquer título, de poderá filiar-se a partido político e candidatar-se a
honorários e percentagens, podendo, entretanto, mandato eletivo, devendo, no entanto, afastarse do
receber as custas processuais, na forma da lei. exercício de sua função, se eleito.
b) apenas a Dionísio é vedado o exercício de qualquer
outra função pública, inclusive uma de magistério. 10. MPE/PE – 2018. De acordo com a Constituição
c) apenas a Caio, Mustafá e Arnaldo é vedado o exercício Federal, o chefe do Ministério Público da União
da advocacia. a) será nomeado pelo Presidente da República dentre
d) a todos é vedado participar de sociedade comercial, na integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
forma da lei. após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta
e) apenas a Dionísio é permitida a atividade político- dos membros do Senado Federal, para mandato de
partidária. dois anos, permitida a recondução.
b) poderá ser destituído do cargo por iniciativa do
8. DPE/AM – 2019. A Constituição Federal vigente, em Presidente da República após autorização da maioria
Seção específica voltada à Defensoria Pública, prevê absoluta dos membros do Congresso Nacional.
expressamente sobre c) será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo para o
a) serem princípios institucionais da Instituição a exercício do cargo de Procurador-Geral da República,
unidade, a divisibilidade entre Defensorias Estaduais e dentre brasileiros com notável saber jurídico e
da União e a independência funcional. reputação ilibada, maiores de trinta e cinco anos,
b) a inamovibilidade de seus membros, exceto aos integrantes ou não da carreira.
membros da classe inicial da carreira. d) será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, após
c) a atuação judicial de forma gratuita, não mencionando autorização da maioria absoluta do Congresso
a atuação extrajudicial da Defensoria Pública. Nacional, para mandato de dois anos, permitida a
d) a possibilidade de exercício da advocacia fora das recondução.
atribuições constitucionais, desde que não haja fins
lucrativos.

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378
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

e) poderá ser destituído do cargo pelo Supremo Tribunal 13. TRT 11ª REGIÃO – 2017. Basílio é Presidente do
Federal, após autorização de dois terços da Câmara Conselho Nacional do Ministério Público e, portanto, é
dos Deputados. a) chefe do Ministério Público da União, tendo sido
nomeado, para esta chefia, pelo Presidente da
11. ALE/SE – 2018. A Constituição Federal reconhece República dentre os integrantes da carreira, maiores
como instituição permanente, essencial à função de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome
jurisdicional do Estado, à qual incumbe a defesa da pela maioria absoluta dos membros do Congresso
ordem jurídica, do regime democrático e dos Nacional, para mandato de dois anos, não sendo
interesses sociais e individuais indisponíveis, permitida a recondução.
a) a Defensoria Pública. b) membro do Ministério Público Estadual, tendo sido
b) a Advocacia-Geral da União. nomeado para a Presidência do Conselho Nacional do
c) o Ministério Público. Ministério Público pelo Chefe do Poder Executivo
d) a Controladoria-Geral da União. dentre os integrantes da carreira, maiores de trinta e
e) a Justiça Federal. cinco anos, após a aprovação de seu nome pela
maioria absoluta dos membros do Congresso
12. TRT 11ª REGIÃO – 2017. Claudemir é cidadão Nacional, para mandato de dois anos, permitida a
brasileiro, tem 37 anos, notável saber jurídico e recondução.
reputação ilibada. De acordo apenas com as c) advogado, tendo sido indicado pelo Conselho Federal
informações mencionadas, é correto afirmar que da Ordem dos Advogados do Brasil, para mandato de
Claudemir poderá, mediante dois anos, permitida a recondução.
a) concurso público de provas e títulos, tornar-se d) advogado, tendo sido indicado pelo Conselho Federal
Advogado-Geral da União, sendo a Advocacia-Geral da Ordem dos Advogados do Brasil, para mandato de
da União a instituição que, diretamente ou através de dois anos, não sendo permitida a recondução.
órgão vinculado, representa a União, apenas e) chefe do Ministério Público da União, tendo sido
judicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei nomeado, para esta chefia, pelo Presidente da
complementar sobre sua organização e República dentre os integrantes da carreira, maiores
funcionamento, as atividades de consultoria e de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome
assessoramento jurídico do Poder Executivo. pela maioria absoluta dos membros do Senado
b) livre nomeação pelo Presidente da República, tornar- Federal, para mandato de dois anos, permitida a
se Advogado-Geral da União, sendo a Advocacia- recondução.
Geral da União a instituição que, diretamente ou
através de órgão vinculado, representa a União, 14. TRF 20ª REGIÃO - 2016. A Constituição Federal veda
judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos ao membro do Ministério Público exercer
da lei complementar sobre sua organização e a) qualquer outra função pública, ainda quando estiver
funcionamento, as atividades de consultoria e em disponibilidade, com exceção de exercer uma
assessoramento jurídico do Poder Executivo. função de magistério.
c) livre nomeação pelo Presidente da República, tornar- b) qualquer outra função pública, ainda quando estiver
se Advogado-Geral da União, sendo a Advocacia- em disponibilidade, sem qualquer exceção.
Geral da União a instituição que, diretamente ou c) qualquer outra função pública, com exceção de
através de órgão vinculado, representa a União, exercer a função de defensor público quando estiver
judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos em disponibilidade.
da lei ordinária sobre sua organização e d) algumas funções públicas predeterminadas
funcionamento, as atividades de consultoria e taxativamente no texto constitucional.
assessoramento jurídico do Poder Legislativo. e) qualquer outra função pública, exceto quando estiver
d) concurso público de provas e títulos, tornar-se em disponibilidade, sem qualquer exceção.
Advogado-Geral da União, sendo a Advocacia-Geral
da União a instituição que, apenas diretamente, 15. TRT 20ª REGIÇAO – 2016. A Advocacia-Geral da
representa a União, judicial e extrajudicialmente, União tem por chefe o Advogado-Geral da União,
cabendo-lhe, nos termos da lei ordinária sobre sua a) de livre nomeação pelo Presidente da República
organização e funcionamento, as atividades de dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder notável saber jurídico e reputação ilibada.
Legislativo. b) indicado pelo Supremo Tribunal Federal dentre
e) a escolha de 2/5 dos membros do Congresso cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável
Nacional, tornar-se Advogado-Geral da União, sendo saber jurídico e reputação ilibada e nomeado pelo
a Advocacia-Geral da União a instituição que, através Presidente da República.
de órgão vinculado, representa a União, apenas c) de livre nomeação pelo Presidente da República
judicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei dentre cidadãos maiores de trinta anos, de notável
complementar sobre sua organização e saber jurídico e reputação ilibada.
funcionamento, as atividades de consultoria e d) indicado pelo Supremo Tribunal Federal dentre
assessoramento jurídico do Poder Executivo. cidadãos maiores de trinta anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada e nomeado pelo Presidente
da República.
e) nomeado pelo Presidente da República, dentre
cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável

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379
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

saber jurídico e reputação ilibada, após aprovação 19. TRT 3ª REGIÃO – 2016. Sobre os órgãos que exercem
pelo Senado Federal de indicação do Supremo as chamadas funções essenciais da Justiça é
Tribunal Federal. INCORRETO afirmar:
a) O Ministério Público elaborará sua proposta
16. TER AP -2015. Afonso tem 39 anos e é orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de
Subprocurador Geral da República. Nesse caso, diretrizes orçamentárias.
Afonso b) A destituição do Procurador-Geral da República, por
a) não poderá ser nomeado Procurador-Geral da iniciativa do Senado Federal, deverá ser precedida de
República, pois já exerce cargo para o qual foi autorização da maioria absoluta da Câmara dos
nomeado após aprovação de seu nome pela maioria Deputados.
absoluta dos membros do Senado Federal, para c) A Advocacia-Geral da União tem por chefe o
mandato de até dois anos. Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo
b) poderá ser nomeado Procurador-Geral da Repú- blica, Presidente da República dentre cidadãos maiores de
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e
dos integrantes da carreira, para mandato de quatro reputação ilibada.
anos, permitida a recondução d) O advogado é indispensável à administração da
c) não poderá ser nomeado Procurador-Geral da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações
República, pois a idade mínima para tal nomeação é no exercício da profissão, nos limites da lei.
40 anos. e) São princípios institucionais da Defensoria Pública a
d) poderá ser nomeado Procurador-Geral da Repú- blica, unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.
após a aprovação de seu nome por votação em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três 20. MPE/MA. Segundo a Constituição Federal brasileira,
quintos dos votos dos respectivos membros, para os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito
mandato de até quatro anos. Federal formarão lista tríplice dentre integrantes da
e) poderá ser nomeado Procurador-Geral da Repú- blica, carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo
dos membros do Senado Federal, para mandato de a) Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois
dois anos, permitida a recondução. anos, vedada a recondução.
b) Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois
17. TRE AP – 2015. O Ministério Público da União anos, permitida uma recondução.
compreende, além do Ministério Público Federal, c) Presidente do Supremo Tribunal Federal, para
a) A o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios mandato de dois anos, permitida uma recondução.
e tem por chefe o Promotor de Justiça. d) Presidente do Supremo Tribunal Federal, para
b) B os Ministérios Públicos dos Estados, e tem por chefe mandato de dois anos, vedada a recondução.
o Procurador-Geral da República. e) Chefe do Poder Executivo, para mandato de três anos,
c) C o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público vedada a recondução.
Militar, o Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios, e tem por chefe o Procurador-Geral da 21. CNMP – 2015. O Presidente do Conselho Nacional do
República. Ministério Público é
d) D o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público a) o Procurador-Geral da República.
Militar, o Ministério Público do Distrito Federal e b) definido por meio de eleição dentre os membros do
Territórios, e tem por chefe o Promotor de Justiça. Ministério Público que o integram, por maioria simples.
e) E os Ministérios Públicos dos Estados, e tem por chefe c) o Presidente do Supremo Tribunal Federal.
o Promotor de Justiça. d) o Presidente do Senado Federal.
e) definido por meio de eleição dentre os membros do
18. MPE/SE – 2014. São princípios institucionais do Ministério Público que o integram, por maioria
Ministério Público: absoluta.
a) a vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de
vencimentos. 22. TRE/RO. Considere a seguinte situação hipotética:
b) a unidade, a indivisibilidade e a independência Brena é Procuradora-Geral da República. Tendo em
funcional. vista graves acusações de atos de improbidade
c) a autonomia funcional e administrativa e a prática de administrativa, o Presidente da República, por sua
atos próprios de gestão. iniciativa, pretende destituí-la. Neste caso, a
d) o livre provimento dos cargos da carreira e dos destituição do Procurador-Geral da República, por
serviços auxiliares e a autonomia financeira e iniciativa do Presidente da República,
orçamentária. a) deverá ser precedida de autorização da maioria
e) o zelo pelos direitos assegurados na Constituição, a relativa do Congresso Nacional.
promoção da ação civil pública e a representação b) independe de autorização.
judicial dos incapazes. c) deverá ser precedida de autorização da maioria
absoluta do Congresso Nacional.
d) deverá ser precedida de autorização da maioria
absoluta do Senado Federal.
e) deverá ser precedida de autorização do Supremo
Tribunal Federal.

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380
CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

23. TRT 18ª REGIÃO - 2023. De acordo com a 26. TRT 23ª REGIÃO – 2022. Gerson é integrante da
Constituição Federal, aos membros do Ministério carreira do Ministério Público Federal e Laerte é
Público do Trabalho é integrante da carreira do Ministério Público Estadual,
a) vedado, dentre outros comportamentos, exercer a sendo que ambos desejam se tornar chefe do
advocacia, podendo, entretanto, exercer atividade Ministério Público da União. De acordo com a
político-partidária. Constituição Federal de 1988, esse desejo poderá ser
b) assegurada, dentre outras garantias, a realizado
inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, a) apenas por Gerson, se ele tiver mais de 30 anos e for
apenas mediante decisão transitada em julgado do nomeado Procurador-Geral da República pelo
órgão colegiado do Poder Judiciário. Presidente da República, após a aprovação de seu
c) vedado, dentre outros comportamentos, receber, a nome pela maioria absoluta dos membros do
qualquer título e sob qualquer pretexto, percentagens Congresso Nacional.
ou custas processuais, podendo receber honorários. b) apenas por Laerte, se ele tiver mais de 35 anos e for
d) vedado, dentre outros comportamentos, exercer a nomeado Procurador-Geral da República pelo
advocacia, podendo exercer quaisquer outras funções Presidente da República, após a aprovação de seu
públicas, além de duas de magistério, quando em nome pela maioria absoluta dos membros do Senado
disponibilidade. Federal.
e) assegurada, dentre outras garantias, a vitaliciedade, c) por Gerson ou Laerte, se eles tiverem mais de 30 anos
após dois anos de exercício, não podendo perder o e forem nomeados Procurador-Geral da República
cargo senão por sentença judicial transitada em pelo Presidente da República, após a aprovação de
julgado. seu nome pela maioria absoluta dos membros do
Senado Federal.
24. TRT 5ª REGIÃO - 2022. O Ministério Público, como d) apenas por Laerte, se constante seu nome em lista
instituição permanente e essencial à Justiça, tem suas tríplice dentre integrantes da carreira e nomeado pelo
funções institucionais definidas na Constituição Governador de seu Estado.
Federal, podendo-se destacar, entre outras, a função e) apenas por Gerson, se ele tiver mais de 35 anos e for
de nomeado Procurador-Geral da República pelo
a) promover, privativamente, a ação civil pública para Presidente da República, após a aprovação de seu
proteção de interesses difusos e coletivos. nome pela maioria absoluta dos membros do Senado
b) promover o inquérito civil para a proteção das vítimas Federal.
de crimes.
c) propor ao Poder Judiciário a criação e extinção de 27. TRT 23ª REGIÃO – 2022. De acordo com a
seus cargos. Constituição Federal, com relação aos Ministérios
d) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos Públicos dos Estados, é correto afirmar que
serviços de relevância pública aos direitos a) os Procuradores-Gerais serão nomeados pelo
assegurados na Constituição Federal, promovendo as Presidente da República, para mandato de um ano,
medidas necessárias à sua garantia. permitida uma recondução.
e) exercer a representação judicial e a consultoria jurídica b) os Procuradores-Gerais poderão ser destituídos por
de entidades públicas. deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo,
na forma da lei complementar respectiva.
25. TRT 22ª REGIÃO – 2022. Considere: c) seus membros possuem a garantia da vitaliciedade,
I. Aos membros do Ministério Público é garantida a após dois anos de exercício, podendo perder o cargo
vitaliciedade, após três anos de exercício, não por deliberação da maioria absoluta do Senado
podendo perder o cargo senão por sentença judicial Federal ou por sentença judicial transitada em julgado.
transitada em julgado. d) seus membros estão proibidos de receber, a qualquer
II. Aos membros do Ministério Público é vedado receber, título e sob qualquer pretexto, honorários ou
a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens, podendo, entretanto, receber custas
percentagens ou custas processuais. processuais.
III. É função institucional do Ministério Público promover o e) eus membros poderão exercer outras funções
inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do públicas, além de duas de magistério, se estiverem em
patrimônio público e social, do meio ambiente e de disponibilidade.
outros interesses difusos e coletivos.
IV. É função institucional do Ministério Público exercer 28. MPE/PE – 2018. À luz da Constituição Federal, o
outras funções que lhe forem conferidas, sendo-lhe Ministério Público tem como função institucional,
permitida a representação judicial e a consultoria dentre outras,
jurídica de entidades públicas. a) representar a União na execução da dívida ativa de
Com relação ao Ministério Público, está correto o que natureza tributária.
se afirma APENAS em b) prestar orientação jurídica, bem como promover os
a) I, II e IV. direitos humanos e a defesa, em todos os graus,
b) I e IV. judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e
c) I, II e III. coletivos, de forma integral e gratuita, aos
d) II, III e IV. necessitados.
e) II e III.

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CONCURSO PÚBLICO

H DIREITO CONSTITUCIONAL

c) promover a ação de inconstitucionalidade ou


representação para fins de intervenção da União e dos
Estados, nos casos previstos na Constituição Federal.
d) exercer o controle interno da atividade policial, na
forma de lei complementar.
e) representar a União, judicial e extrajudicialmente,
cabendo-lhe as atividades de consultoria e
assessoramento jurídico do Poder Executivo.

29. TRT 6ª REGIÃO – 2018. Acerca do que dispõe a


Constituição Federal sobre as funções essenciais à
Justiça:
a) Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal,
organizados em carreira, na qual o ingresso
dependerá de concurso público de provas e títulos,
com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil
em todas as suas fases, exercerão a representação
judicial e a consultoria jurídica das respectivas
unidades federadas.
b) A Advocacia-Geral da União é instituição permanente,
essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do
regime democrático, fundamentalmente, a orientação
jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa,
em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos
individuais e coletivos, de forma integral e gratuita.
c) Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas
autonomia administrativa e a iniciativa de sua proposta
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, não havendo, contudo,
qualquer previsão acerca de sua autonomia funcional.
d) É função institucional da Advocacia-Geral da União
defender judicialmente os direitos e interesses das
populações indígenas.
e) Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a
representação da União cabe ao Ministério Público
Federal, observado o disposto em lei.

30. TRT 24ª REGIÃO – 2017. Fúlvia cursa o ensino médio


e interessou-se em conhecer melhor a Advocacia-
Geral da União. Assim, através da Constituição
Federal brasileira, Fúlvia descobriu que a Advocacia-
Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da
União,
a) nomeado pelo Presidente da República após
aprovação da escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal.
b) de livre nomeação pelo Presidente da República
dentre cidadãos maiores de trinta anos, de notável
saber jurídico e reputação ilibada.
c) de livre nomeação pelo Presidente da República
dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de
notável saber jurídico e reputação ilibada.
d) nomeado pelo Presidente da República após
aprovação da escolha pela maioria absoluta do
Congresso Nacional.
e) nomeado pelo Presidente do Supremo Tribunal
Federal, após aprovação da escolha pela maioria
absoluta do Senado Federal.

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