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Engenharia Legal

Ramo de especialização da engenharia que atua na interface direito-engenharia, colaborando com juízes, advogados e as partes, para
esclarecer aspectos técnicoslegais envolvidos em demandas.
Parte da engenharia que atua na interface técnico-legal envolvendo avaliações e toda espécie de perícias relativas a procedimentos
judiciais

Perícia
perícia é uma diligência realizada ou executada por peritos, a fim de esclarecer ou evidenciar certos fatos objeto do litígio judicial ou
por interesse extrajudicial.
PERÍCIA é a atividade que envolve a apuração das causas que motivaram determinado evento ou da asserção de direitos.
A perícia é uma atividade técnica e especializada realizada por profissionais qualificados, com o objetivo de esclarecer, comprovar ou
fornecer informações sobre questões específicas. No contexto legal, a perícia é frequentemente utilizada para fornecer subsídios
em processos judiciais, contribuindo para a tomada de decisões baseadas em conhecimentos técnicos e científicos

Avaliação
A avaliação refere-se à determinação do valor ou mérito de algo, seja um bem, um serviço, ou mesmo o desempenho de uma
atividade. Pode envolver a análise de características específicas e a aplicação de critérios para atribuir um valor ou classificação.

Inspeção
é uma constatação visual completa, em que são levantadas e descritas as anomalias existentes, avaliação do estado atual de
conservação, funcionamento e manutenção. Na inspeção, são confrontadas todas as alterações em relação ao projeto original da
edificação para preservar as suas condições de segurança, funcionalidade e estabilidade. O relatório de inspeção deve ser elaborado
por profissional legalmente habilitado

Laudo
Peça na qual o perito, profissional habilitado, relata o que observou e dá as suas conclusões ou avalia, fundamentadamente, o valor
de coisas ou direitos

Parecer
Opinião, conselho ou esclarecimento técnico emitido por um profissional legalmente habilitado sobre assunto de sua especialidade
Expressão de opinião tecnicamente fundamentada sobre determinado assunto, emitida por especialista.

Relatório
O relatório é um documento que descreve de maneira detalhada as informações coletadas, as análises realizadas e as conclusões
obtidas em uma investigação, pesquisa ou avaliação. Pode abranger diversos formatos e finalidades, sendo amplamente utilizado em
diversos campos profissionais.

Classificação de bens: tangíveis e intangíveis

Apesar de não ser a única característica desses ativos, podemos definir os bens intangíveis como aqueles que não possuem uma
forma física, ou seja, as propriedades imateriais de uma empresa, como é o caso de direitos autorais, marcas, patentes, receitas,
carteira de clientes, entre outros. Esses exemplos, no caso, possuem valor econômico, mas são desprovidos de substância física.

Os bens tangíveis, por outro lado, são aqueles que possuem natureza permanente e uma característica mais concreta, sendo
utilizados para a manutenção das atividades de uma empresa. Alguns exemplos de ativos tangíveis são:

• Imóveis;
• Equipamentos;
• Máquinas;
• Veículos;
• Estoques, entre outros.

Insalubridade e Periculosidade
Enquanto a insalubridade expõe o funcionário a agentes capazes de provocar doenças ocupacionais, a periculosidade está relacionada
a acidentes de trabalho.
O que muda as características das ameaças no ambiente laboral, pois agentes patógenos predispõem o colaborador a sofrer com
doenças no médio e longo prazo.
Já o risco ligado à periculosidade se refere a ameaças à vida e integridade física do empregado, que independem do tempo de
exposição.
Insalubridade é a característica do que é insalubre, ou seja, não é benéfico para a saúde de alguém. No que se refere ao mundo do
trabalho, esse termo remete-se a qualquer atividade que ponha em risco a saúde da pessoa que está trabalhando.
De maneira geral, as atividades insalubres são aquelas nas quais os trabalhadores ficam expostos regularmente a materiais ou situações
que prejudicam a saúde. Isso pode ocorrer, por exemplo, por meio de produtos químicos, radiação, ruídos ou calor extremo.
A periculosidade também tem relação com situações de risco, porém, nesse caso, estão associadas ao risco de morte. São atividades
que colocam a pessoa diante de possíveis fatalidades e estão previstas no art. 193 da CLT, que exemplifica os casos de periculosidade.
O artigo cita o uso de substâncias inflamáveis, explosivos ou ambientes que regularmente correm risco de roubo.

Incêndio
Um Incêndio é quando existe um fogo não controlado, o que poderá ser bastante perigoso para pessoas, animais e bens. Mortes
podem ocorrer pela exposição a um incêndio, quer por inalação de gases, ou pelo desmaio causado por eles ou, numa fase posterior,
pelas queimaduras graves.
Conceitua-se incêndio como a presença de fogo em local não desejado e capaz de provocar, além de prejuízos materiais: quedas,
queimaduras e intoxicações por fumaça.
De acordo com a NBR 13860 e a ISO 8421-1 temos as seguintes definições de
incêndio:
• Brasil NBR 13860: O incêndio é o fogo fora de controle.
• Internacional ISO 8421-1: Incêndio é a combustão rápida disseminando-se de forma descontrolada no tempo e no espaço.

Explosão
Uma explosão é uma reação com um aumento súbito de temperatura e de pressão. Isto resulta em uma enorme expansão de
volume de gases, que gera uma onda de pressão e libera uma grande quantidade de energia.
A ISO 8421-1, EN 1127-1 define uma explosão como “uma oxidação repentina ou reação de decomposição com aumento da
temperatura, pressão ou ambos ao mesmo tempo.”

Acidente de trabalho
Art. 2º Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Periclitação da Vida
Periclitação vem de periclitar, que quer dizer estar em perigo; perigar; ameaçar perigo ou ruína. Nos Crimes de perigo e de dano,
este consuma-se com a efetiva lesão a um bem juridicamente tutelado e aquele contenta-se com a mera probabilidade de dano.
Então para se configurar um crime de dano será exigida uma efetiva lesão ao bem jurídico protegido e nos crimes de perigo basta
à possibilidade do dano, ou seja, a exposição do bem a perigo de dano.

Conceito de Sinistro e Dano


Na Engenharia Legal, os termos "sinistro" e "dano" estão associados a eventos que envolvem prejuízos ou perdas materiais, sendo
relevantes em contextos como seguros, responsabilidade civil e perícias. Vamos abordar cada termo separadamente:
1. :
• Definição: Sinistro refere-se a um evento inesperado ou acidental que causa danos a propriedades, bens ou
pessoas, resultando em perdas financeiras.
(NBR 14653) Sinistro: Evento que causa perda financeira.
• Aplicação: Geralmente associado a situações cobertas por apólices de seguros, como acidentes de trânsito,
incêndios, enchentes, entre outros. Quando ocorre um sinistro, a seguradora é acionada para cobrir os danos
conforme estipulado no contrato.

• Definição: Dano é o prejuízo causado por um sinistro. Pode se manifestar de diversas formas, como danos materiais
a propriedades, lesões físicas a pessoas ou prejuízos financeiros.
• Aplicação: Na Engenharia Legal, a análise de danos é crucial em perícias e investigações para determinar a extensão
dos prejuízos resultantes de um sinistro. Isso envolve avaliações técnicas, estudos de materiais, estruturas e
processos para identificar a natureza e a extensão dos danos.
Em resumo, enquanto "sinistro" descreve o evento indesejado que desencadeia prejuízos, "dano" refere-se aos prejuízos
efetivamente causados por esse evento. Na prática da Engenharia Legal, profissionais podem ser envolvidos na avaliação e
quantificação dos danos, fornecendo expertise técnica para resolver questões relacionadas a sinistros em diferentes contextos.

Desabamento, Deslizamento, Desmoronamento


• Desabamento é a queda de construções ou obras construídas pelo homem (edifícios, pontes etc)
• Desmoronamento refere-se à de partes do solo (desmoronamento do morro, pedreira etc)
• Deslizamentos de terra são um tipo de movimento de massa e caracterizados pelo escorregamento de trechos de solo,
pedaços de rocha e outros detritos ao longo de uma encosta de serra, morro ou montanha. Eles são causados por fatores
naturais, condicionados pelas fortes chuvas e pelas características relativas ao solo e ao relevo, e também por fatores
antrópicos, entre os quais estão o desmatamento de encostas e as construções em áreas irregulares.

Classificação De Sinistro Por Natureza


A classificação de sinistros por natureza abrange diversas áreas, cada uma com características específicas. Aqui estão as categorias
mencionadas:
1. Náutica:
• Descrição: Relacionado a eventos ou acidentes que ocorrem em ambientes aquáticos, como mares, rios ou lagos.
Inclui colisões de embarcações, naufrágios, entre outros.
2. Química:
• Descrição: Envolve incidentes que ocorrem em instalações industriais químicas. Isso pode incluir vazamentos,
explosões ou contaminação química, resultando em danos ambientais e riscos à saúde.
3. Aeroespacial:
• Descrição: Relacionado a eventos envolvendo aeronaves e espaçonaves. Isso pode incluir acidentes aéreos, falhas
de sistemas em aeronaves ou problemas durante o lançamento de foguetes.
4. Nuclear:
• Descrição: Refere-se a incidentes que envolvem a energia nuclear. Isso pode incluir vazamentos radioativos, falhas
em usinas nucleares ou outros eventos relacionados à tecnologia nuclear.
5. Estrutural:
• Descrição: Relacionado a falhas ou colapsos em estruturas, como edifícios, pontes ou outras infraestruturas. Inclui
eventos como desabamentos, colapsos de pontes, entre outros.
6. Petrolífera:
• Descrição: Envolve eventos em instalações petrolíferas, como plataformas offshore, refinarias ou navios petroleiros.
Isso pode incluir vazamentos de petróleo, explosões ou outros incidentes relacionados à indústria do petróleo.
7. Geotécnica:
• Descrição: Relacionado a problemas geotécnicos, como deslizamentos de terra, afundamentos de solo, erosão ou
qualquer evento que afete a estabilidade do solo.
Essas categorias representam áreas específicas de atuação em Engenharia e Ciências Aplicadas, onde profissionais especializados
podem ser necessários para avaliação, prevenção e resposta a sinistros específicos em cada setor.

Conceitos e princípios gerais da Engenharia de Avaliações de bens;


VALOR: O valor de um bem decorre de sua utilidade para satisfazer necessidades e interesses humanos e sofre influências por suas
características singulares e condições de oferta e procura Trata se de um conceito econômico abstrato e não de um fato
PREÇO: O preço é uma expressão monetária que define uma transação ou uma perspectiva de comercialização de um bem, um
fruto ou um direito O preço é um fato concreto, relacionado às capacidades financeiras, às motivações ou aos interesses específicos
do comprador ou do vendedor
NBR 14653: Quantia pela qual se efetua, ou se propõe efetuar, uma transação envolvendo um bem, um fruto ou um
direito sobre ele.
CUSTO: O custo tem relação com o total dos gastos diretos e indiretos necessários à produção ou aquisição de um bem, fruto ou
direito.
NBR 14653: Total dos gastos diretos e indiretos necessários à produção, manutenção ou aquisição de um bem, numa determinada
data e situação.

A) “LEI DA OFERTA E DA PROCURA: observados isoladamente estes dois aspectos, o preço de um bem diminui com o aumento
da sua oferta e cresce com o aumento da sua procura
B) PRINCÍPIO DA SEMELHANÇA: numa mesma data, dois bens semelhantes, em mercados semelhantes, têm valores semelhantes
C) PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE: as diferenças de valor são proporcionais às diferenças das características relevantes dos
bens
D) PRINCÍPIO DA SUBSTITUIÇÃO: um bem pode substituir outro considerando se aspectos tais como utilidade, funcionalidade,
durabilidade, características tecnológicas, desempenho técnico e econômico
E) PRINCÍPIO DA RENTABILIDADE: o valor de um bem, passível de exploração econômica, é função da renda que previsivelmente
proporcionará
F) PRINCÍPIO DO MAIOR E MELHOR USO: o valor de um bem que comporta diferentes usos e aproveitamentos será o que resulte
economicamente mais eficiente, consideradas as suas possibilidades legais, físicas e mercadológicas
G) PRINCÍPIO DA EXEQUIBILIDADE: quando existirem vários cenários ou possibilidades, devem ser adotados os mais viáveis

Metodologias e Métodos Estatísticos Aplicados à Engenharia Forense

• Evolutivo: Refere-se a métodos de avaliação que consideram a evolução do valor de um bem ao longo do tempo,
levando em conta melhorias e depreciações.
• Involutivo: Ao contrário, considera a redução do valor do bem ao longo do tempo, geralmente aplicado em
avaliações de ativos depreciáveis.

• Método que avalia o valor presente de fluxos de receita futuros gerados por um bem, comumente utilizado em
avaliações de propriedades de investimento.
• Processo de analisar e classificar os custos associados a um projeto ou ativo, distinguindo entre custos diretos e
indiretos, fixos e variáveis.

• Descritiva: Descreve e resume características principais de um conjunto de dados, incluindo média, mediana, moda
e dispersão.
• Inferência: Extrai conclusões sobre uma população com base em uma amostra de dados, utilizando métodos como
testes de hipóteses e intervalos de confiança.

• Técnicas estatísticas utilizadas para ajustar uma linha (regressão linear) aos dados de forma a minimizar a soma dos
quadrados das diferenças entre os valores observados e os valores preditos pela linha.

• Extensão da regressão linear que considera a influência de variáveis espaciais, levando em conta a proximidade
geográfica entre as observações.

• Heterocedasticidade: Variação não constante da dispersão dos resíduos em uma regressão, o que pode afetar a
precisão das estimativas.
• Multicolinearidade: Correlação substancial entre duas ou mais variáveis independentes em um modelo de regressão,
o que pode dificultar a interpretação dos efeitos individuais dessas variáveis.

Redução no valor de um ativo ao longo do tempo, refletindo desgaste, obsolescência e outros fatores que afetam a utilidade do
ativo.
(NBR 14653) Depreciação: Perda de valor de um bem, devido a modificações em seu estado ou qualidade, ocasionadas por:
• decrepitude: Desgaste de suas partes constitutivas, em conseqüência de seu envelhecimento natural, em condições normais
de utilização e manutenção.
• deterioração: Desgaste de seus componentes em razão de uso ou manutenção inadequados.
• mutilação: Retirada de sistemas ou componentes originalmente existentes.
• obsoletismo: Superação tecnológica ou funcional.

Estratégias e práticas para garantir a operacionalidade e confiabilidade de equipamentos ao longo de sua vida útil, incluindo manutenção
preventiva, corretiva e preditiva.
Existem diferentes modelos de manutenção de equipamentos e máquinas, cada um com abordagens específicas para garantir a
operacionalidade, confiabilidade e vida útil dos ativos. Abaixo, são apresentados alguns modelos comuns de manutenção:

MANUTENÇÃO CORRETIVA:
Consiste em intervir no equipamento ou máquina apenas quando ocorre uma falha ou quebra. É uma abordagem reativa e pode
resultar em períodos de inatividade não planejados.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA:
Envolve a realização de intervenções programadas com base em intervalos de tempo ou critérios predeterminados,
independentemente do estado aparente do equipamento. O objetivo é evitar falhas inesperadas.
MANUTENÇÃO PREDITIVA:
Baseia-se na monitorização contínua do desempenho e condição do equipamento, usando tecnologias como sensores e análise de
dados. As intervenções ocorrem com base nas condições reais do equipamento.
MANUTENÇÃO DETECTIVA:
Semelhante à manutenção preditiva, mas com foco na detecção de falhas em estágios iniciais, antes que causem danos significativos.
O objetivo é intervir antes que ocorram falhas críticas.
MANUTENÇÃO PROATIVA:
Busca identificar e corrigir as causas subjacentes de problemas potenciais antes que afetem o desempenho do equipamento. Envolve
ações para melhorar a confiabilidade e a eficiência.
MANUTENÇÃO CENTRADA EM CONFIABILIDADE (RCM - RELIABILITY CENTERED MAINTENANCE):
Baseada na análise detalhada das funções e modos de falha do equipamento, priorizando ações de manutenção para maximizar a
confiabilidade e otimizar os custos.
MANUTENÇÃO BASEADA EM CONDIÇÃO (CBM - CONDITION-BASED MAINTENANCE):
Semelhante à manutenção preditiva, com foco na monitorização de parâmetros de condição para determinar o momento ideal para
realizar a manutenção.
MANUTENÇÃO TOTAL PRODUTIVA (TPM - TOTAL PRODUCTIVE MAINTENANCE):
Envolvimento de todos os membros da equipe na manutenção preventiva para melhorar a eficiência global do equipamento. Inclui
ações de prevenção, correção e melhoria contínua.
MANUTENÇÃO AUTÔNOMA:
Delega tarefas de manutenção simples aos operadores, capacitando-os a realizar ações de inspeção e pequenas intervenções para
manter o equipamento em condições ideais.
A escolha do modelo de manutenção depende de vários fatores, incluindo o tipo de equipamento, a criticidade das operações, os
custos associados e os objetivos organizacionais. Uma abordagem integrada que combine diferentes modelos pode ser adotada para
otimizar a eficiência da manutenção.

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