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Você já sabe que, quando o preço de um bem aumenta, provoca uma redução em sua
quantidade demandada, certo? Mas você é capaz de responder se essa redução é considerável
ou não?
{EP(D)}=
1ª ALTERNATIVA
Quando o numerador for maior do que o denominador (Ep(d) maior do que 1). Significa que a
variação percentual das quantidades procuradas é mais significativa do que a ocorrida no
preço. Nesse caso, o produto será classificado de elástico. Fazem parte desse conjunto os bens
supérfluos, cujo consumo costuma ser abolido, ou muito reduzido, quando os preços
aumentam. A Figura 6, a seguir, ilustra essa alternativa.
Neste gráfico, percebemos que, quando o preço é de R$20,00, as quantidades procuradas são
de 40 unidades. A ocorrência de um aumento de 10% no preço (de R$20,00 para R$22,00)
acarretará uma redução mais do que proporcional nas quantidades procuradas equivalente a
62,5% (variação de 25 sobre 40 unidades).
Assim, dividindo-se 62,5% por 10%, obtém-se um coeficiente de elasticidade igual a 6,25
(maior do que 1, portanto), mostrando que o produto é elástico, ou seja, muito sensível às
variações de preço.
2ª ALTERNATIVA
Quando o numerador for menor do que o denominador (Ep(d) menor do que 1). Mostra que a
variação percentual das quantidades procuradas é menos significativa do que a ocorrida no
preço. Nesse caso, o produto será classificado de inelástico. Fazem parte desse conjunto de
possibilidades os bens de primeira necessidade, cujo consumo costuma ser pouco sensível às
variações de preço. Produtos básicos da alimentação, do vestuário, etc., incluem-se nessa
categoria.
Neste gráfico, percebemos que, quando o preço é de R$20,00, as quantidades procuradas são
de 45 unidades. A ocorrência de um aumento de 75% no preço (de R$20,00 para R$35,00)
acarretará uma redução menos do que proporcional nas quantidades procuradas equivalente
a 33% (variação de 15 sobre 45 unidades).
Assim, dividindo-se 33% por 75%, obtém-se um coeficiente de elasticidade igual a 0,44 (menor
do que 1, portanto), mostrando que o produto é inelástico.
3ª ALTERNATIVA
Quando o numerador for igual a zero (Ep(d) igual a zero) Teoricamente pode-se considerar,
ainda, um caso extremo de elasticidade da demanda onde não ocorra variação na quantidade
procurada de um produto quando seu preço se modifica. Nesse caso, os bens seriam
designados como totalmente inelásticos. Fariam parte desse caso extremo aqueles bens de
primeiríssima necessidade (remédios essenciais, por ex.). A Figura 8, a seguir, mostra esse
caso.
1ª NECESSIDADE
Neste gráfico, percebe-se que qualquer que seja o nível de preço (R$20,00 ou R$40,00, por
exemplo), as quantidades procuradas não se alteram e permanecem iguais a 30 unidades.
Ou seja, mesmo com a ocorrência de um aumento de 100% no preço (de R$20,00 para
R$40,00), as quantidades não se reduzem (variação de 0%).
Neste gráfico, percebe-se que qualquer que seja o nível de preço (R$20,00 ou R$40,00, por
exemplo), as quantidades procuradas não se alteram e permanecem iguais a 30 unidades.
Ou seja, mesmo com a ocorrência de um aumento de 100% no preço (de R$20,00 para
R$40,00), as quantidades não se reduzem (variação de 0%).
Ep(o) =
1ª ALTERNATIVA
Quando o numerador for maior do que o denominador [Ep(o)] maior do que 1. Significa que a
variação percentual das quantidades ofertadas é mais do que proporcional à da ocorrida no
preço. Nesse caso, os produtos são considerados de oferta elástica.
No gráfico ao lado, notamos que quando o preço é de R$20,00, as quantidades ofertadas são
de 15 unidades. A ocorrência de um aumento de 10% no preço (de R$20,00 para R$22,00)
provocará um aumento de 100% nas quantidades ofertadas (variação de 15 para 30 unidades).
Assim, dividindo-se 100% por 10%, obtém-se um coeficiente de elasticidade igual a 10 (maior
do que 1, portanto), mostrando que o produto é de oferta elástica.
2º ALTERNATIVA
Quando o numerador for menor do que o denominador (Ep(o) menor do que 1). Significa que
a variação percentual das quantidades ofertadas é menos do que proporcional ao da ocorrida
no preço. Nesse caso, os produtos são considerados de oferta inelástica. A Figura 10, a seguir,
ilustra bem essa alternativa.
No gráfico ao lado, notamos que, quando o preço é de R$10,00, as quantidades ofertadas são
de 15 unidades. A ocorrência de um aumento de 150% no preço (de R$10,00 para R$25,00)
provocará um aumento de 20% nas quantidades ofertadas (variação de 15 para 18 unidades).
Assim, dividindo-se 25% por 150%, obtém-se um coeficiente de elasticidade de 0,16,
aproximadamente (menor do que 1, portanto), mostrando que o produto é de oferta
inelástica.
TIPOS DE MERCADO
Neste sentido, nós podemos nos referir a um mercado como um todo - o mercado do Rio de
Janeiro, o mercado brasileiro, etc. – ou como um mercado específico de um produto qualquer
– o mercado de bicicletas, o mercado de trabalho etc.
Observamos, por outro lado, que as relações entre compradores e vendedores seguem
padrões diferentes dependendo do tamanho deste mercado, do número de vendedores, do
número de compradores e, até mesmo, do tipo de produto comercializado.
Consequentemente, a forma como os preços são determinados varia de acordo com as
características do mercado. Essas características é que fornecem base para uma classificação
genérica dos diversos tipos de mercados.
A análise simplista que faremos irá considerar três alternativas de estruturas de oferta para
atender o mercado consumidor de um determinado produto. A abordagem levará em
consideração as características de cada um deles como número de unidades produtivas, tipo
de produto, possibilidades de acesso à concorrência, etc.
MONOPOLIO
O prefixo mono, como se sabe, significa a unidade. Assim, monopólio representa o caso limite
de um mercado onde só existe um único produtor (ou fornecedor) de um bem ou serviço. Por
esse motivo, preço e quantidades produzidas serão determinados pela empresa monopolista.
Normalmente, os produtos vendidos nesse tipo de mercado costumam exigir altíssimos níveis
de investimento, fazendo com que o acesso de algum concorrente seja muito difícil. Um
exemplo de empresa que se enquadra nesse tipo de mercado é a Light, distribuidora de
energia elétrica na cidade do Rio de Janeiro.
OLIGOPOLIO
COMENTÁRIOS:
Em termos de países, o cartel mais importante é a OPEP – Organização dos Países Produtores e
Exportadores de Petróleo que, em reuniões periódicas, determinam as quantidades diárias que
cada país deverá produzir e o preço que será praticado por todos.
Perceba que, ao definir as quantidades produzidas por cada país, a OPEP consegue adequar a
oferta à demanda para que o preço desejado possa ser mantido pois, como vimos na aula
passada, os excedentes forçam os preços para baixo e a escassez, pela força que exerce,
empurra os preços para cima.
CONCORRENCIA PERFEITA
Pelo próprio nome, o mercado de concorrência perfeita é aquele onde a concorrência entre os
agentes econômicos, devido ao seu grande número, é a mais significativa. A consequência
lógica desse número excessivo de participantes é que cada um deles se torna incapaz de,
sozinho, alterar as condições de mercado (preços e quantidades).
Assim, tanto consumidores como produtores não conseguem afetar os níveis de oferta e
procura do produto e o seu preço de equilíbrio.
Além disso, são características desse tipo de mercado o pleno conhecimento do mesmo pelos
consumidores e produtores, produtos homogêneos e total mobilidade, podendo os
competidores entrar ou sair do mercado livremente.
Tipos de mercado
MONOPÓLIO
CONSUMIDORES OLIGOPÓLIO
CONCORRÊNCIA PERFEITA
Aula 7
A teoria da produção ou teoria da firma refere-se à análise das quantidades produzidas, dos
custos de produção envolvidos e dos lucros obtidos pelas empresas.
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
Observe-se que o nível de produção de uma firma está diretamente relacionado com a
combinação e a quantidade de fatores utilizados no processo produtivo. Daí, deriva-se o
conceito de função de produção como sendo “uma relação que mostra qual a quantidade de
produto que pode ser obtida a partir de uma dada quantidade de fatores de produção”.
y = f(a; b;c)
Dependendo da combinação das quantidades dos fatores de produção “a”; “b” e “c” a firma
irá obter uma determinada quantidade y do produto Y.
Imagine, por exemplo, que uma confecção atue na moda praia produzindo biquínis e sungas. O
processo produtivo adotado por ela para a obtenção de seus produtos é definido como sendo
a sua “função de produção”.
É importante perceber que cada produto terá sua respectiva função de produção e que a
produção de um mesmo produto por firmas diferentes pode ter distintas funções de produção.
Ou seja, se y = f(a; b), [diz-se: se as quantidades produzidas y são função (dependem) dos
fatores de produção “a” e “b”]. Então, pode-se concluir que:
Na confecção mencionada acima, imagine que, possuindo 6 costureiras (fator mão de obra) e 4
máquinas (fator capital), a empresa produza 36.000 peças por mês. As respectivas
produtividades médias dos fatores de produção ficam assim definidas:
Isso significa que, em média, cada costureira produz 6.000 peças por mês e, cada máquina,
4.000.
“É preciso dizer, também claramente, que todo/a assistente social, no seu campo de trabalho
e intervenção, deve desenvolver uma atitude investigativa: o fato de não ser um/a
pesquisador/a em tempo integral não o/a exime quer de acompanhar os avanços dos
conhecimentos pertinentes ao seu campo de trabalho, quer de procurar conhecer
concretamente a realidade da sua área particular de trabalho. Este é o principal modo para
qualificar o seu exercício profissional, qualificação que, como se sabe, é uma prescrição do
nosso próprio Código de Ética”.
Nesse aspecto, as anotações do profissional sobre o seu fazer são de suma importância para
seu trabalho. Triviños (1987, p. 154) salienta que o registro das informações “representa um
processo complexo, não exclusivamente pela importância que nesse tipo de investigação
adquirem o sujeito e o investigador, mas também pelas dimensões explicativas que os dados
podem exigir”.
A descrição, fenômeno textual que você já estudou, será para o diário de campo o recurso
linguístico de que o profissional lançará mão para registrar sua prática. Entretanto, alerta
Triviños (1987, p. 155) que a “descrição é uma tarefa árdua, que exige muito esforço,
experiência e informações sobre a situação,” ou seja, o processo cognitivo que envolve a
descrição é a observação, então, esteja alerta.
Diário de campo
Falkembac (s./d.) ratifica que diário de campo é um registro das observações, dos comentários
e das reflexões para uso individual do profissional e do aluno. Do ponto de vista institucional, a
finalidade é registrar tanto a intervenção feita como os resultados positivos e negativos dessa
intervenção (MAGALHÃES, 2007).
Uma vez adotado como ferramenta de auxílio à prática do profissional e do aluno, o diário de
campo tem demonstrado bons resultados. Freitas (2006, p. 11-18) implementou o uso desse
instrumento e ratifica a experiência positiva:
“Os alunos que vivenciaram as técnicas adotadas mostraram que o diário de campo é uma
prática que possibilitou exercitar a escrita de forma mais sistematizada, permitindo o
aprendizado de registros e anotações nos diversos instrumentos de comunicação utilizados
pela enfermagem, como planos de cuidados, prontuários, relatórios, entre outros. [...]
Compreenderam que a observação e o registro são essenciais para o planejamento da
assistência de enfermagem e para outras atividades desenvolvidas pelo enfermeiro”.
A partir do trabalho de Lima et al. (2007) elaboramos um breve roteiro para fixar os cuidados
ao utilizar seu diário de campo, valioso instrumento de coleta de dados. São passos que
consideramos fundamentais para o melhor aproveitamento desse documento e estão
relacionados com a questão da profissionalização profissional, da reflexão na ação (SCHÖN,
2000).
Relato: é um processo que exige o registro mais aprofundado dos aspectos relevantes que
envolvem o cotidiano da intervenção. Nesse momento, há de haver clareza, objetividade,
assertividade na escrita. Subentendidos não cabem nesse documento.
Avaliação: é um processo reflexivo que determinará as escolhas do que deverá constar no seu
diário. Buscará responder às perguntas, tais como:
O que desejava fazer com essas gravuras e colagens no diário? Com que objetivo?
Você não deve desperdiçar seu trabalho. Se utilizou esses recursos, reflita sobre eles, avalie o
peso ou não que esses instrumentos podem trazer para sua prática, depois escreva sobre isso.
Atitude Alerta: esteja sempre atento para não se descuidar do registro do diário de campo. As
pesquisas constatam que é comum no decorrer do processo acontecer mudanças na dinâmica
da intervenção (aluno que era observador passa a intervir no processo) e então os registros se
diluem e a descrição quase que desaparece.
Esse procedimento de alerta se insere no que Donald Schön, em seu livro Educando o
profissional reflexivo (2000), denomina de “Conhecer na ação”.
Segundo o autor, o que distingue a operação sensata daquela sem sentido não é sua origem,
mas os procedimentos. Então, adote os procedimentos e permaneça neles.
Não os desperdice!
.......
Magalhães (2006) afirma que em muitas instituições esses relatórios nem sequer existem.
Esse fato negativo não deveria ser praxe, pois o registro dos procedimentos é condição de
melhoria da prática laboral, conforme já constamos no tópico anterior. Entretanto, a
sociedade contemporânea se lança sobre a produção do conhecimento e, para isso, faz-se
necessário o registro dos documentos. Recomenda-se, então, que mesmo que a instituição
não faça uso do relatório de encaminhamento uma prática, o profissional, mesmo que
contrariando a cultura institucional, faça seu relatório particularmente.
De acordo com Magalhães (2006), a principal característica desse documento está em ser um
instrumento de comunicação voltado mais ao próprio profissional que realiza os atendimentos
e utiliza-o como um follow up de suas ações. Essa palavra, escrita em inglês, quer dizer
“retorno”. Em todas as áreas, o retorno é um fator importante para que a comunicação se
efetive. Mesmo que a comunicação seja de você para você mesmo/a, uma vez que, ao
escrever suas anotações, você estará gravando o que depois poderá consultar para seu próprio
crescimento.