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CASO 10A – ACÚMULO DE LIQUIDO DENTRO DA CAVIDADE

ABDOMINAL
1)musculatura da parede abdominal ântero-lateral:
*obliquo externo – comprime e suporta as vísceras
abdominais, flete e gira o tronco.

*obliquo interno - comprime e suporta as vísceras abdominais,


flete e gira o tronco.

*transverso do abdome – comprime e suporta as vísceras


abdominais

*reto do abdome – flete tronco e comprime as vísceras


abdominais

OBS: Todos os músculos acima, agem como antagonistas do


diafragma para produzir a expiração

*piramidal – estande linha Alba.

*cremáster – traciona para cima, os testículos na direção do


anel inguinal superficial

Função dos músculos da parede abdominal ântero-lateral:


*formam um forte apoio expansível para a parede abdominal
ântero-lateral
*protegem e comprimem vísceras abdominais. Sustentam as
vísceras, já que os únicos ossos do abdome são as vértebras
lombares
*opõem-se ao diafragma e produzem expiração
*movem o tronco e ajudam a manter a postura

2) formação da bainha do músculo reto do abdome acima e


abaixo do umbigo:
Acima do umbigo - lâmina anterior: aponeurose do obliquo
esterno, mais lâmina anterior da aponeurose do músculo
obliquo interno.
- lâmina posterior da aponeurose do
músculo obliquo interno, mais aponeurose do transverso do
abdome.

Abaixo do umbigo - lâmina anterior: aponeurose dos 3


músculos planos
- lâmina posterior: músculo reto do abdome
situa-se diretamente sobre a parede torácica.

3)formação da linha alba e arqueada:


linha alba: É a faixa fibrosa que cobre verticalmente toda a
extensão da parede abdominal anterior. Ela é estreita abaixo
do umbigo e larga acima dele. Ela recebe as fixações dos
músculos oblíquos e transverso do abdome. É formada pelo
entrelaçamento das fibras das lâminas anteriores e
posteriores da bainha na linha mediana anterior

linha arqueada: Define o ponto onde a lâmina posterior do


obliquo interno e a aponeurose do transverso do abdome
tornam-se parte da lâmina anterior da bainha.

3) onde inserir cânula para drenagem?


Se a cânula for inserida na linha mediana, ela passará através
das seguintes estruturas anatômicas: pele, fáscia superficial,
fáscia profunda (muito fina), linha alba, fáscia transversal,
tecido conectivo extraperitonial (gorduroso) e peritônio
parietal.
Se a cânula foi inserida no flanco, lateral a artéria epigástrica
inferior e acima da artéria circunflexa profunda, ela passará
através das seguintes estruturas anatômicas: pele, fáscia
superficial, fáscia profunda (muito fina), aponeurose ou
músculo obliquo externo do abdome, músculo obliquo interno
do abdome, músculo transverso do abdome, fáscia
transversal, tecido conectivo extraperitonial (gorduroso) e
peritônio parietal.
O acesso lateral é a melhor opção, pois o liquido (quando em
decúbito) tende a extravasar para as laterais, mesmo que
tenha que se atravessar mais estruturas.
CASO 10B – TUMEFAÇÃO DOLORASA NA VIRILHA ESQUERDA

1)hérnia abdominal e sua patogênese:


É um deslocamento de uma víscera na cavidade abdominal,
exercendo pressão sobre uma área débil, protraindo a
cavidade abdominal.
É uma protrusão transitória ou permanente de uma víscera,
geralmente coberta de peritônio parietal, através de orifícios
existentes em zonas naturalmente débeis da camada
músculo-aponeurótica das paredes que limitam a cavidade
abdominal.

Patogênese: desequilíbrio pressão intra-abdominal X


resistência da parede

2)canal inguinal e anéis inguinais:


O canal inguinal é uma passagem obliqua direcionada ínfero-
medialmente, através da parte inferior da parede abdominal
ântero-lateral. Ela se situa paralela e imediatamente acima da
metade medial do ligamento inguinal.
Anel inguinal profundo - entrada do canal inguinal
Anel inguinal superficial – saída do canal inguinal

3)paredes e limites do canal inguinal


Pode-se ocorrer uma protrusao de vísceras devido a uma
compressão do abdome “saindo” pelo anel inguinal. A hérnia
além de uma protrusão de vísceras, a compressão propicia
pontos débeis que vão proporcionando um abaulamento de
determinadas estruturas. O que se pode ocorrer também,m é
o extravasamento do peritônio.
Limites: -parede anterior: aponeurose do músculo obliquo
externo
-assoalho: ligamento inguinal. Seu espessamento
medial forma o ligamento lacunar que também participa do
assoalho
-parede posterior: músculo obliquo interno ,
transverso do abdome (juntos, formam tendão conjunto) e
fáscia transversal (o orifício que há nela, forma o anel inguinal
profundo)
-teto: formado pelo transverso do abdome e obliquo
interno

Hérnia inguinal, é uma protrusão do peritônio parietal e


vísceras, como , por exemplo, o intestino delgado através de
uma abertura normal ou anormal da cavidade à que elas
pertencem.
Na hérnia direta, entra no trígono inguinal (parte débil!!!!!
Limites: ligamento inguinal, vasos epigástricos inferiores e
borda lateral do músculo reto abdominal) e medialmente no
canal inguinal e segue só metade do canal inguinal. SE
FORMA MEDIALEMNTE AOS VASOS EPIGÁSTRICOS,
INFERIORES.
Na hérnia indireta, entra pelo anel inguinal profundo e sai pelo
anel inguinal superficial. Atravessa todo o canal inguinal e
pode chegar ao escroto. SE FORMA LATERALMENTE AOS
VASOS EPIGÁSTRICOS INFERIORES

Quando um alça intestinal vem lá de dentro e força de trás


para frente, empurra diretamente a parede posterior do canal
inguinal e o eleva. Se forma no trígono inguinal.

4)diferença na palpação do canal inguinal, em hérnia inguinal


direta e indireta:
direta:
Introduz-se o dedo no anel inguinal superficial, se sentir um
abaulamento na parte medial, a hérnia é direta. Se for
indireta, o abaulamento é na lateral do dedo.

5)canal femoral e anel femoral, com suas paredes e limites.


Bainha femoral envolve a artéria femoral, veia femoral, nervo
femoral e linfonodos. Todos esses passam abaixo do
ligamento inguinal.
O canal femoral fica medialmente à veia femoral. É nele que
passam linfonodos e gordura. Função: a veia femoral recebe
sangue do músculo inferior e ele é espremido pela veia
femoral para ela se dilatar quando necessário. Funciona como
uma almofada.
O anel femoral é a abertura superficial do canal femoral.
A alça intestinal pode cair dentro do canal femoral, virando
hérnia femoral.

CASO 10C – DISPNÉIA COM EFISEMA PULMONAR. TIRAGEM


INTERCOSTAL E RETRAÇAO DE MUSCULATURA DO PESCOÇO

1)músculos do tórax.
*serrátil póstero-superior – eleva costelas
*serrátil postero-inferior – abaixa as costelas
*levantador das costelas – eleva costelas
*intercostal externo – eleva costelas
*intercostal interno – abaixa as costelas
*intercostal intimo – provavelmente eleva costelas
*subcostal - eleva costelas
*transverso do tórax – abaixa as costelas
*diafragma – essencial na respiração

2)com apoio em uma mesa, o paciente sente menos


dificuldade de respirar..pq!?
Quando pacientes com problemas respiratórios esforçam-se
pra respirar, usam seus músculos respiratórios acessórios
para auxiliar a expansão de suas cavidades torácicas. Eles se
apóiam para fixar seus ângulos do membro superior
(clavículas e escapulas), de modo que estes músculos sejam
capazes de agir nas suas inserções costais e expandir o tórax

3)músculos acessórios da respiração:


*inspiração forçada: -serrátil anterior, escalenos, ecom
=>quando elevam as costelas.
-serrátil póstero-superior =>aumenta
diâmetro ântero-posterior
-intercostais externos e diafragma
=>aumentam diâmetro látero-lateral. O diafragma sozinho
aumenta o diâmetro crânio-caudal
*expiração forçada: -músculos intercostais internos, do tórax e
da parede abdominal (contribuem na elevação do diafragma)

alça de balde:quando levanta costelas, aumentando diâmetro


latero-lateral
mecanismo de bomba manual : quando inspira, eleva e
aumenta diâmetro antero-posterior.

CASO 10D – LESÃO DE ESFORÇO LOMBAR


1)músculos superficiais ou extrínsecos do dorso:
*trapézio – eleva, retrai e gira escápula.
-fibras superiores: elevam
-fibras médias: retraem
-fibras inferiores: abaixam escápula
As fibras superiores e inferiores agem em conjunto na rotação
da escápula

*latíssimo do dorso – estende, aduz e gira medialmente o


úmero, levanta corpo em direção ao braço durante escaladas

*levantador da escápula – levanta a escápula e inclina a


cavidade gleinodal inferiormente pela sua rotação

*rombóides maior e menor – retraem escápula e a gira para


abaixar a cavidade glenoidal, fixa escápula na parede torácica

*deltóide - parte anterior: flete e gira medialmente o braço


- parte média: abduz o braço
- parte posterior: estende e gira lateralmente o
braço

*supra-espinhal – ajuda deltóide na abdução do braço e age


com o manguito rotador

*infra-espinhal – gira lateralmente braço e mantém cabeça do


úmero na cavidade glenoidal da escápula
*redondo menor - gira lateralmente braço e mantém cabeça
do úmero na cavidade glenoidal da escápula

*redondo maior – aduz e gira medialmente o braço

*subescapular – gira medialmente o braço e o aduz; ajuda a


manter a cabeça do úmero na cavidade glenoidal da escápula

2)músculos intrínsecos do dorso


*esplênio da cabeça e do pescoço – quando agem sozinhos,
inclinam lateralmente e giram cabeça para o lado dos
músculos ativos. E juntos, estendem cabeça e pescoço

*eretor da espinha – agindo bilateralmente, estende coluna


vertebral e a cabeça; controlam movimento quando o dorso é
fletido, alongando gradualmente as fibras. Quando age
unilateralmente, inclinam lateralmente a coluna vertebral

*transverso-espinhal - processos transversos: estendem


cabeça e região torácica e cervical da coluna vertebral e
giram-nas contralateralmente
- semi-espinal: estabilizam as vértebras
em movimentos locais da coluna vertebral
- multífidos: estabilizam vértebras e
ajudam na extensão local e movimentos rotatórios da coluna
vertebral.
- rotadores

*interespinais – ajuda na extensão e rotação da coluna


vertebral

*intertransversários – ajuda na inclinação lateral da coluna


vertebral; agindo bilateralmente, estabilizam coluna vertebral

*levantadores das costelas – elevam costelas, ajudando na


respiração; ajudam na inclinaçao lateral da coluna vertebral

3)músculos acometidos no caso:


Os músculos normalmente envolvidos, são aqueles que
produzem movimento nas articulações intervertebrais
lombares, especialmente as colunas do músculo eretor da
espinha. Se o peso não está adequadamente balanceado na
coluna vertebral, o esforço é exercido sobre os músculos. Isto
é indubitavelmente uma causa comum de dor na parte
inferior do dorso.

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