Você está na página 1de 3

Resenha do filme: Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe,

minha irmã e meu irmão.

Aluna: Amanda Elgrably

Referência Filmográfica.
Título: Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão (Moi,
Pierre Rivière, ayant égorgé ma mère, ma soeur et mon frère)
Diretor: René Allio
Local: França
Data: 1976

No dia 3 de junho de 1835 às 13h00, o juiz François-Edouard Baudoin na cidade de


Aunay junto com o escrivão Louis-Léandre Langlinet declararam mortos a mãe, o irmão e
a irmã de Pierre.
Foram ouvidos pelo Procurador do rei, declarações não juramentadas do pai, avó e uma
das irmãs do Pierre e a conclusão foi que: Pierre nunca mostrou afeição por seus pais e
familiares, mas sempre teve repulsa pela mãe, ele odiava mulheres, era duro de caráter,
tinha prazer em matar passarinhos e perseguir crianças e ameaçar de morte.
Pierre Rivière sempre olhava pro chão, não encarava as pessoas, era solitário, feroz,
cruel. Moralmente: não era simpático e nem sociável,
No seu primeiro interrogatório, no dia 9 de julho de 1835, Pierre justificou como uma
designação de Deus, com base em trechos da bíblia. Mas após ser confrontado pelo Juiz,
afirmou que tinha noção que estava jogando e disse que não querer mais, e confessou
matar sua mãe pois queria livrar o pai de uma esposa maligna, que sempre atormentou
ele e o arruinou pois até chegou a pensar em suicídio,também matou sua irmã pois
compactuava com a mãe e matou seu irmão pois ele amava as duas.
Enquanto, estava detido em uma cela, detalhou a história do casamento de seus pais e
de sua vida:
Amava seu pai, seu avô materno, sempre presenciou as brigas da mãe com outras
pessoas, não tinha pudor, nem amor pelo seu marido.
Com a morte dos pais de sua mãe, eles resolveram alugar a fazenda, pois Pierre e seu
pai não dariam conta das duas, ao assinar o contrato, a mãe quis desfazer e depois de
muita briga, o contrato foi desfeito e pai de Pierre teve que pagar uma multa, que o deixou
endividado, mas a mãe e a irmã continuavam fazendo dívidas. A mãe foi procurar um juiz
que fez um acordo entre as partes, que deveriam morar juntos sem a sogra.
Ao morarem juntos, ela tenta ir embora e levar o filho mais novo, o pai pensa em se jogar
no poço perto de Pierre e de sua avó, e depois de passar muito tempo, a mãe de Pierre,
continuava fazendo mal para seu pai, espalhou pra todos que seu pai batia nela e que
estava grávida, foi procurar advogados pra obter a separação, depois de um tempo o juiz
os chamou e fez uma conciliação, que ela conseguiu alguns objetos de volta e a casa,
mas com isso, ele ficou deprimido e não conseguiu mais trabalhar direito e assim
terminaram os problemas do pai dele.
Pierre fica triste com a situação em que seu pai se encontrava, e pensou no seu plano um
mês antes de executar, queria escrever sobre a história dos pais, após decidir executar o
plano, narrando o crime e depois as razões.
Também ficava injuriado de pensar que as mulheres estavam, de certa forma mandando
em tudo, e era muito injusto a mãe dele ficar viva, atormentado o pai dele.
Preparou a arma do crime com o ferreiro, a primeira tentativa foi quando o pai e a avó
foram pra Auney, a segunda foi quando seu pai tinha companhia, assim eles evitariam que
seu pai fizesse algo contra si, a terceira tentativa fingiu estar doente pra não trabalhar,
mas seu irmão foi para escola e teve que esperar, assim que retornou pegou a foice,
degolou a mãe, foi a vez de seu irmão e depois sua irmã
No início estava entusiasmado com seu feito mas depois todo esse sentimento se esvaiu,
e entendeu a grandeza de seus atos, chegando a sentir arrependimento e pensar no que
fez, tentando o suicídio ao pensar que poderiam acusar seu pai, mas falhar pelo
julgamento de Deus, tentou se entregar as autoridades mas não conseguia diante da
indiferença e depois de meses foi preso e no final suicidou-se.
15 de julho, Michel Harson, prefeito de Aunay, disse que ele não tinha amigos, seu pai
nunca conseguia fazer com que ele não tivesse aquelas ideias, e o pai nunca era culpado
das brigas com a mãe
No ser segundo interrogatório, 19 de julho de 1835, já havia terminado o manuscrito no
qual afirma que só contem a verdade, que se divertia em assustar as crianças e prazer
em torturar as crianças, assim como foi muito frio ao rever o instrumento do seu crime.
No final do filme Pierre, tentou explicar sua vida e pensamentos, e por ter horror ao
incesto, não se aproximava de mulheres da sua família e as outras como sabia que não
podia conquistar, desprezava. Assim como, não gostava da sua condição social,
imaginava um dia poder ter dinheiro pra comprar coisas específicas.
11 de novembro de 1835, já no seu julgamento, diante da arma do crime, disse que queria
morrer; amava seu pai e pela sua felicidade morreria.
O Doutor Bouchard, afirma que Pierre Rivière não é alienado por dois motivos: após
estudar seu estado físico não achou qualquer coisa que tenha comprometido seu cérebro
e o seu estado mental não tem nenhuma classificação adotada por especialistas.
Vários médicos de vários lugares foram contra o parecer médico do Dr. Bouchard e
fizeram um abaixo assinado afirmando que Pierre apresentava desde os 4 anos
constantes sinais de alienação mental.
Diante disso, não seria o caso de psicopatia, devido ao sentimento de culpa que ele
descreve, principalmente enquanto foge, ao entrar no bosque e dizer que recuperou toda
a razão, em toda sua narrativa fala que matou sua mãe por amar seu pai e não querer ver
ele sofrendo, e seus irmãos que não suportariam sua mãe morta, alguma doença mental
fica evidente diante dos relatos desde a infância com os delírios e a psicose.

 o do suporte em unidades físicas.

Você também pode gostar