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2019
FLUXOS MIGRATÓRIOS
Nesse sentido, é importante analisar os fatores geográficos, culturais, políticos e econômicos que
motivam essa prática que é realizada desde os primórdios da humanidade.
Como os nomes já indicam, os primeiros representam a realização do fluxo migratório por algum
elemento ou vantagem disponível no local de destino, ao passo que os segundos envolvem os
problemas apresentados nos locais de origem, que forçam a saída do migrante.
Desse modo, existem os movimentos voluntários, motivados por razões pessoais ou até afetivas dos
migrantes; os movimentos forçados, quando o ato de migrar não é uma escolha, mas uma
imposição, como em casos de diásporas (dispersão), escravidão ou perseguição; e os
movimentos controlados, quando as migrações são controladas pelo poder público, seja por fatores
demográficos ou estatísticos, seja por classes sociais ou por razões ideológicas.
Em 2009, a Organização das Nações Unidas divulgou alguns dados conclusivos a respeito dos
fluxos migratórios pelo mundo em seu Relatório do Desenvolvimento Humano, divulgado pelo PNUD
(Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
De acordo com esse documento, mais de 195 milhões de pessoas não residiam em seus países de
origem, o que equivalia, na época, a quase 4% da população mundial.
Do total de migrantes existentes, segundo o mesmo relatório, mais da metade residia em países
considerados desenvolvidos, de modo que boa parte do restante morava em países emergentes
com alto grau de industrialização, que vêm recebendo o volume cada vez maior desses imigrantes
em razão da crise que afetou o mundo desenvolvido em 2011.
No caso dos haitianos, a principal porta de entrada nos últimos anos vem sendo a fronteira com a
Bolívia, onde se encontra o estado do Acre. Após entrarem em território brasileiro, os imigrantes
buscam áreas no país com maior industrialização e ofertas de emprego, como as capitais estaduais
e a região sudeste como um todo.
Em muitos casos, os migrantes ajudam a estruturar a economia dos países para onde migram,
ocupando uma grande quantidade de postos de trabalho e também realizando serviços a um custo
menor do que a mão de obra local.
Imigrantes Ilegais
Além disso, muitos imigrantes, pelo fato de serem ilegais, aceitam trabalhar em regime de quase
escravidão ou com salários muito baixos e nenhum direito trabalhista. Por outro lado, é bastante
impactante na economia as remessas de dinheiro que essas pessoas enviam para suas famílias em
seus países de origem.
Um outro importante ponto a ser destacado é a questão dos refugiados, aqueles migrantes que
precisam abandonar às pressas seu território de origem por motivos de perseguição, existências de
conflitos ou completa falta de condições de vida.
De acordo com a ONU, 7% dos migrantes internacionais são refugiados, com a maior parte oriunda
da África e da Ásia.
Xenofobia
Não obstante, um dos mais graves problemas enfrentados no âmbito das migrações internacionais é
a questão da xenofobia, que é a aversão ou preconceito praticado contra povos estrangeiros.
Esse problema é recorrente na Europa e nos Estados Unidos, mas também vem se manifestando no
Brasil, quando, além da intolerância cultural, praticam-se ato de violência e repúdio contra os
migrantes.
Em alguns casos, ONGs e militantes políticos acusam até mesmo os governos de praticarem
medidas xenófobas, como a restrição violenta a imigrantes ou a sua sumária expulsão, entre outros
casos.
Fonte: https://escolaeducacao.com.br/fluxos-migratorios-internacionais/