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O autor também discorre acerca da multiplicidade de funções que são dadas aos
livros escolares. A primeira que a ser tratada é a “função curricular”. Acerca dessa, ele
chega a conclusão de que nenhum material escolar sofreu tanto as influências do
mercado quanto esse, pois ele relaciona interesses tanto de ordem estatal quanto
privada. Em seguida, trata da “função instrumental”, o livro como suporte de técnicas e
métodos de aprendizagem. Por último há a “função ideológica ou cultural”, o livro
didático como portador de sistemas de valores e ideologias, desse modo, apresenta
implicações políticas, econômicas, ideológicas e teóricas. Acerca dessas funções,
dialogando com Correa, Salles reflete:
Pensar o livro como objeto de múltiplas leituras permite considerar que alunos e
professores utilizem o livro didático, de diversas formas que se relacionam diretamente
com os protocolos de leitura dos autores e editores dos livros. Já pensar o livro como
mercadoria torna-se essencial para compreendermos a sua proposta de utilização e como
isso é efetivado na prática. Por fim, acerca do âmbito ideológico e cultura, o livro
funciona como um ponto de cruzamento, uma representação de várias ideias de um
determinado grupo de uma determinada época. Relacionando-se essas possibilidades, o
livro didático se torna uma fonte rica para o estudo do historiador.