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Representatividade e inserção social em uma comunidade tradicional caiçara

(1970 a 2019)

Carla Teodoro Costa1

Resumo

Esse artigo é parte da pesquisa sobre a comunidade tradicional caiçara da praia do


Bonete e pretende analisar os caminhos e contradições que levaram às diferentes correntes de
representatividade e inserção social desde antes da chegada do turismo até 2019, quando uma
série de fatores contribuíram para uma disputa por representatividade na comunidade, assim
como para uma série de diferentes representações.

Aqui faremos apenas uma breve análise de documentos publicados por duas
associações que disputam o espaço de representantes da comunidade para analisar os
desdobramentos que essa disputa acarreta.

Palavras-chave

Comunidade, caiçara, representatividade

1
Mestranda no Programa de Pós Graduação em História Social da UFRJ. E-mail: carla.teo.costa@gmail.com

1
Introdução
O objeto da pesquisa é a comunidade tradicional caiçara da praia do Bonete e o
movimento por inserção social e representatividade que vem mobilizando os boneteiros e
boneteiras. Delimitamos um recorte do início da década de 1970, antes da implantação do
Parque Estadual de Ilhabela e da chegada significativa do turismo, até 2019, quando se
acentuou o debate por representatividade.
A comunidade localiza-se em Ilhabela, litoral norte de São Paulo, possui cerca de 300
habitantes e o acesso se dá por trilha de aproximadamente 14 km a partir do extremo sul da
ilha, ou de barco.
O termo comunidade tradicional aparece na legislação que institui a Política Nacional
de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais 2 e compreende que a
autoidentificação como tal garante reconhecimento de direitos fundamentais aos povos
inseridos no conceito, reconhecido pela prefeitura de Ilhabela e pelo projeto Tribuzana 3,
realizado pelo Ministério Público Federal para organizar e mobilizar as comunidades
tradicionais de Ilhabela a partir de 2016.
O conceito de caiçara engloba grupos que mantiveram sua organização econômica na
“periferia dos ciclos de monocultura do litoral sudeste, fornecendo-lhes gêneros alimentícios e
mão-de-obra”4. O Bonete se enquadra nessa definição e manteve sua economia baseada na
agricultura, na caça e na pesca até 1977 quando foi inaugurado o Parque Estadual de Ilhabela,
visto pelos caiçaras como ameaça, por reduzir o espaço para roças, proibir a extração de
madeira e a caça, além de iniciar a fiscalização da pesca.
Em 1982, uma época de restrições para os boneteiros, foi construída a estrada até o
Bonete, mas ela logo ficou desativada para veículos por falta de manutenção e se tornou a
trilha, vista como forma de inserção social 5. A partir de então inicia-se a especulação
imobiliária no Bonete de forma peculiar, pois os veranistas que compraram as terras se
apropriaram, a seu modo, do discurso ambientalista e se firmaram como tutores da
comunidade com o intuito de garantir um turismo elitizado e seletivo. A inserção social foi
2
BRASIL. Casa civil subchefia para assuntos jurídicos. Brasília. DF, 2007. Disponível em planalto.gov.br (acesso
em 02/06/2020)
3
Assessoria de Comunicação Procuradoria da República no Estado de São Paulo. 2019. Disponível em:
<http://www.mpf.mp.br/sp/sala-de-imprensa/noticias-sp/projeto-de-lei-que-cria-o-primeiro-conselho-
municipal-caicara-do-brasil-e-aprovado-por-unanimidade-em-ilhabela-sp>. Acesso em: 10 de outubro de 2019.
4
DIEGUES, Antonio Carlos. “A mudança como modelo cultural: ocaso da cultura caiçara e a urbanização”. In:
Enciclopédia caiçara.1ª edição. São Paulo: Editora Hucitec – NUPAUB- CEC/USP, 2004, p. 21.
5
LIMA, Guilherme Pascoal. Turismo e poder em lugares tradicionalmente habitados por caiçaras: o caso do
Bonete, Ilhabela, SP. Dissertação (mestrado em Geografia) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual de
Campinas, Campinas. 2015, p. 130.

2
privatizada de forma a garantir que a comunidade não precisasse ser ligada à cidade. Os
veranistas doaram gerador a diesel para energia, construíram posto de saúde, reformaram a
escola e contrataram boneteiros como caseiros.
Até 2013 quem mantinha a representatividade da comunidade era a Associação de
Moradores do Bonete, cujo principal objetivo era conseguir a construção da estrada. Em 2013
foi criada a Associação Bonete Sempre6 e em 2014 o Instituto Bonete 7, alegando que
defendiam a comunidade da especulação imobiliária, diante da ameaça da prefeitura de mudar
o zoneamento da comunidade para área urbana e reconstruir a estrada até o Bonete. O
Instituto Bonete foi decisivo para impedir a construção da estrada e conseguiu o apoio da
comunidade. Acreditamos que foi com esse movimento contra a construção da estrada que
iniciou-se o processo de reconhecimento dos boneteiros como comunidade tradicional e da
necessidade de manter seu local isolado para manter sua cultura, discurso esse que foi
fomentado pela Bonete Sempre e pelo Insituto Bonete em nome da comunidade, embora
muitos boneteiros ainda desejassem a estrada.
Em três anos como moradora, sendo dois como professora da comunidade, foi possível
observar parte desse processo e perceber que há disputa sobre a representatividade. Apesar
das investidas dos veranistas, a comunidade se enxerga como representante de seu território e
considera o turista como visita. Em relação aos veranistas há divisão sobre seu papel. Há
boneteiros que aderem a suas ideias como se fossem da comunidade, em outros casos, são
vistos como pessoas de fora que querem se intrometer nas decisões, mas até 2018 o Instituto
Bonete e a Bonete Sempre monopolizaram a representatividade da comunidade em todos os
órgãos e junto à prefeitura e ao Projeto Tribuzana.
A partir de 2016 a comunidade começou a passar por mais uma aceleração de
mudanças, alavancadas pela instalação de placas solares e pelo acesso à internet particular de
melhor qualidade, que deu acesso aos boneteiros a um processo de discussão de identidade
iniciado em Ilhabela e nas redes sociais provavelmente incentivados por iniciativas da
prefeitura, que passou a mandar diretrizes sobre o mundo caiçara para as escolas e o projeto
Tribuzana.
Em julho de 2018 formou-se a Associação Boneteira de Resistência Caiçara, que
denunciou o Instituto Bonete por especulação imobiliária quando um de seus membros
começou a construir em um terreno de aceso à praia e de uso da comunidade. A Associação

6
Disponível em: <http://www.cnpj.world/empresa/associacao-bonete-sempre/18210159000104>. acesso em:
10 de outubro de 2019.
7
Disponível em: <http://www.cnpj.world/empresa/instituto-bonete/20606879000127>. Acesso em: 10 de
outubro de 2019.

3
de Resistência se valeu de um debate que havia começado na escola e abordou a definição de
caiçara como cultura histórica, ressaltando a importância de seu território. A Resistência
Caiçara teve muitos apoiadores e houve discussão sobre a especulação, mas ela rapidamente
perdeu força e acabou se desfazendo em 2020.
Durante essa disputa as duas associações se valeram de divulgar e exaltar
representações dos boneteiros e seu modo de vida, cada uma com um discurso, mas com
muitas semelhanças, relacionando a disputa por representatividade à construção de
identidades.
Essa pesquisa iniciou-se em 2020 e tinha no projeto o intuito de partir da realização
de entrevistas para coletar relatos de vida com boneteiros e boneteiras que viveram a
comunidade antes da construção do parque e da chegada do turismo, mas devido à pandemia
de Covid 19, a comunidade ficou fechada até agosto e mesmo depois da reabertura
consideramos que não seria ético ir até lá para a realização das entrevistas, principalmente
com pessoas do grupo de risco. Sendo assim, redirecionamos o trabalho e partimos
inicialmente da análise de dados que aparecem em obras publicadas e em sites e redes sociais.
Não consideramos esse o procedimento ideal, mas necessário diante do adiamento das
entrevistas.
Nesse artigo nos propusemos a fazer uma pequena análise de publicações das
associações para podermos ter uma amostra de como são alguns dos discursos presentes e
como se dá a disputa por representatividade nesse âmbito, sabendo que existem ainda muitos
outros fatores e grupos envolvidos.
Representatividades e representações
Márcia Merlo apresenta um trabalho de memória de Ilhabela e dedica um capítulo à
comunidade, ressaltando o desejo de inserção social. A autora considera a ilha e o Bonete
como lugares ambíguos, do caiçara que se desterritorializa:
Nesse processo de mundialização que chega à ilha por meio do turismo, as
perdas e assimilações surgem e ressurgem na memória dos caiçaras em
forma de submissão ou rancores, racismo, regionalismo, desespero. Como a
perda da identidade, percebida muitas vezes mediante o esquecimento, ou
ainda com o ressurgimento de uma identidade caiçara, centrada na imagem
de um “caiçara puro”8.

A identidade caiçara a que ela se refere é presente em toda a ilha, como forma de se
manter fechada ao que é “de fora” em processos bastantes complexos que dependem do
turismo ao mesmo tempo que não querem se abrir. Nessa obra, de 2000, anterior à postura de
8
MERLO, Márcia. Memória de Ilhabela: faces ocultas, vozes no ar. 1ª edição. São Paulo: Educ-Fapesp, 2000, p.
347.

4
se colocar contra a estrada, é possível perceber nas entrevistas que a estrada era ainda
solicitada pela comunidade e vista como forma de inserção social. A representação, nesse
momento era centralizada por uma antiga associação de moradores que foi extinta e a
preocupação era o parque, que havia restringido a vida da comunidade e se apresentava como
ameaça.
O discurso ambientalista do Instituto Bonete aparece então como forma de proteger a
comunidade, defendendo-a da ameaça do parque alegando que os boneteiros são “os
verdadeiros protagonistas e guardiões deste lugar e são eles que vivem em equilíbrio com a
natureza”9. Essa preocupação é interessante porque não omite que o objetivo é preservar o
local para o turismo em meio à destruição causada pela especulação imobiliária no litoral
norte.
A destruição gradativa torna cada vez mais difícil encontrar refúgios de paz
e preservação. Ainda sobram alguns cantos lindos em Ilhabela, Ubatuba e
outros lugares. Nossa turma ancorou na Praia do Bonete, lugar de difícil
acesso, com natureza abundante e uma rica cultura caiçara. A ameaça de
abertura de estrada pelo litoral sul da Ilhabela quase se concretizou(...). Caso
isto acontecesse, estariam viabilizando um projeto de especulação
imobiliária com loteamentos em aproximadamente 12 quilômetros de zona
costeira ainda totalmente intocada o que implicaria no fim da vida harmônica
e saudável na comunidade do Bonete.10

A defesa da comunidade teve como solução o impedimento da construção da estrada,


porque manter o isolamento físico foi a forma de preservação, mas não houve nenhuma
discussão sobre a preservação do território. A especulação imobiliária a que se referem diz
respeito a grandes empreendimentos, mas não considerou que as terras da comunidade foram
sendo compradas por veranistas. Preservar o patrimônio cultural, nesse sentido, sem preservar
o território, não garante os meios materiais de subsistência, que ficam restritos, no caso do
Bonete, à pesca e ao turismo e como o território não foi garantido à comunidade, os maiores
empreendimentos turísticos não são de boneteiros.
A Associação Boneteira de Resistência Caiçara desde a sua origem tentou
implementar na comunidade o protocolo de consulta, alegando que essa seria uma forma de
proteger a comunidade, pois preservaria o território. Em uma postagem no facebook em 24 de
abril de 2019 em que convocava os moradores para a reunião de confecção do protocolo foi
postado:
Este evento é de extrema importância para a comunidade, pois marca o
reconhecimento público deste documento que garante nosso protagonismo
9
PERNA, Adriano. Instituto Bonete, 2015. Disponível em: <https://adrianoperna.exposure.co/instituto-bonete>.
Acesso em: 10 de outubro de 2019.
10
Ibid

5
nas decisões sobre nosso território e todos os temas que afetem de alguma
forma nossa comunidade.
Teremos autonomia para decidir COLETIVAMENTE sobre as questões do
nosso TERRITÓRIO, defendendo nossos DIREITOS enquanto Comunidade
Tradicional. 11
A Associação de Resistência nunca conseguiu implantar o protocolo de consulta
porque não conseguiu o apoio da Bonete Sempre e perdeu o apoio que tinha na comunidade,
o que fez com que as construções no território continuassem.
Sobre essa especulação imobiliária que acontece nas comunidades tradicionais de
Ilhabela, Alan Faber do Nascimento afirma:
Assim, o ordenamento territorial visando à preservação da natureza nada
mais é que um álibi para a reprodução de um mercado imobiliário local de
alta renda, num processo em que a “ameaça ao verde” é pretexto, a um só
tempo, para privilegiar alguns poucos e punir muitos outros. Do mesmo
modo que as medidas de proteção às comunidades tradicionais, além de
imobilizar o caiçara a um passado idealizado, têm criado padrões
urbanísticos e arquitetônicos cada vez mais restritivos e, consequentemente,
mais exclusivos, bem ao gosto de um consumo turístico elitizado.12

Justificar a preservação das comunidades tradicionais como um passado imaginado é


muito comum em Ilhabela, como no seguinte discurso, presente em uma obra sobre a
legislação de preservação das comunidades tradicionais:
O patrimônio cultural é sem dúvida o fator que gera mais urgência de tutela,
e mantê-lo é uma necessidade coletiva para preservar também a história do
povo brasileiro. Essas comunidades ainda mantêm muitos aspectos que são
fiéis ao modo de vida da época da primeira colônia. Até o sotaque guarda
reminiscências do português arcaico.13

Consideramos que essa linha mostra o objetivo de preservar o passado imaginado da


cultura hegemônica, ignorando a forma de vida das comunidades e as transformando em
espetáculo.
O que se percebe na comunidade é que essas representações repercutiram
internamente. Um bom parâmetro é a escola e em 2017, quando foi perguntado aos alunos do
8º e 9º ano do ensino fundamental II o que era ser caiçara, eles tinham a imagem de que era

11
RESISTÊNCIA CAIÇARA. Apresentação pública do protocolo de consulta do território tradicional da
comunidade caiçara do Bonete. Ilhabela, 24 de abril de 2019. Facebook. Disponível em:
<https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=710402672712839&id=544976729255435> Acesso em
06/06/2020
12
NASCIMENTO, Alan Faber. A ilusão urbanística: análise crítica sobre a (re) produção do espaço urbano no
município de Ilhabela-SP. Tese (doutorado em Geografia) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas,
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro. 2011, p. 09
13
NETO, Paulo Stanich(org). Direito das comunidades tradicionais caiçaras. 1ª edição. São Paulo: Editora Café
com lei, 2016, p. 31.

6
morar em Ilhabela ou em São Sebastião, mas não no Bonete, pois para eles no Bonete eram
apenas boneteiros e se identificavam como tal. Sabiam também que muitas vezes ser
boneteiro era motivo de vergonha, mas que isso vinha se modificando. A partir daí, com a
divulgação do projeto Tribuzana e com os projetos de identidade cultural que aconteceram na
escola, seguido pelas publicações das associações nas redes sociais enfatizando a figura do
caiçara, o termo passou a se popularizar na comunidade e muitos passaram a assim se
reconhecer.
Em meio à disputa por representatividade na comunidade as duas associações
passaram a postar diversas fotos e vídeos do dia a dia da comunidade, exaltando o modo de
vida e criando uma forma de registro das atividades.
É possível que essa valorização do caiçara e a busca por memórias e pela construção
da identidade da comunidade representem o que Pierre Nora 14 diz sobre a aceleração da
história. O boneteiro está em um processo de transição da cultura oral e de uma relação com a
memória que se estabelecia pela tradição para um momento de mudanças e acelerações que se
configuram como ameaça de desaparecimento e
O sentimento de um desaparecimento rápido e definitivo combina-se com a
preocupação com o exato significado do presente e com a incerteza do futuro
para dar ao mais modesto dos vestígios, ao mais humilde testemunho a
dignidade virtual do memorável.15

No caso do Bonete, por causa do turismo, acontece um movimento duplo de


formação de lugares de memória porque ao mesmo tempo em que a comunidade cria seus
locais, registrando suas histórias, a comunidade em si se torna um lugar de memória para
quem olha de fora, com representações que se retroalimentam.
Para Renato Ortiz, a proliferação de identidades é relacionada ao declínio da
tradição, pois “A tradição perde em substância e ganha em representação” 16. E seguindo nesse
caminho, podemos pensar que a apropriação do turismo cria um lugar que se destaca por sua
diferença, ao mesmo tempo que se homogeneíza.
As tradições populares deixam de ser a expressão da tradição no singular e
passam a existir como diferenças. Isso é patente quando se analisa a relação
entre cultura popular e indústria do entretenimento17.

Stuart Hall segue essa linha de identidades variáveis e representações:

14
NORA, Pierre. “Entre memória e história a problemática dos lugares”. Projeto História. São Paulo: 1993, p.
15
Ibid, p. 14
16
ORTIZ, Renato. Universalismo e diversidade: contradições da modernidade-mundo. 1ª edição. São Paulo:
Boitempo, 2015, p. 86.
17
Ibid, p. 83.

7
Por outro lado, as sociedades da periferia têm estado sempre abertas às
influências culturais ocidentais e, agora, mais do que nunca. A ideia de
que esses lugares “fechados” – etnicamente puros, culturalmente
tradicionais e intocados até ontem pelas rupturas da modernidade – é uma
fantasia ocidental sobre a “alteridade”: uma “fantasia colonial” sobre a
periferia, mantida pelo Ocidente, que tende a gostar de seus nativos
apenas como “puros” e de seus lugares exóticos apenas como
“intocados”.18

Essa abertura constante da “periferia” mantida pela cultura ocidental nos permite a
reflexão final desse artigo em relação a essa disputa de representatividade que aconteceu e
pensar que embora em caminhos diferentes, as duas associações focam em preservar a
comunidade fechada, sem considerar o desejo de inserção e aceitação social que muitos
boneteiros podem trazer. Essa é uma hipótese que só poderá ser considerada após as
realização das entrevistas, mas é um dos enfoques do roteiro tentar entender até que ponto a
representação como comunidade está construída e até que ponto ainda há o desejo de fazer
parte da cultura hegemônica.
Referências
Fontes

ASSESSORIA de Comunicação Procuradoria da República no Estado de São Paulo.


2019. Disponível em:
<http://www.mpf.mp.br/sp/sala-de-imprensa/noticias-sp/projeto-de-lei-que-cria-o-
primeiro-conselho-municipal-caicara-do-brasil-e-aprovado-por-unanimidade-em-
ilhabela-sp>. Acesso em: 10 de outubro de 2019.
BRASIL. Casa civil subchefia para assuntos jurídicos. Brasília. DF, 2007. Disponível
em planalto.gov.br. Acesso em: 02/06/2020
PERNA, Adriano. Instituto Bonete, 2015. Disponível em:
<https://adrianoperna.exposure.co/instituto-bonete>. Acesso em: 10 de outubro de
2019.
RESISTÊNCIA CAIÇARA. Apresentação pública do protocolo de consulta do
território tradicional da comunidade caiçara do Bonete. Ilhabela, 24 de abril de
2019. Facebook. Resistência Caiçara. Disponível em:
<https://m.facebook.com/story.php?
story_fbid=710402672712839&id=544976729255435> Acesso em: 06/06/2020

Referências Bibliográficas

18
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 10ª edição. Rio de janeiro: DP&A, 2005, p. 79.

8
DIEGUES, Antônio Carlos (org.). Enciclopédia Caiçara, vol 1: O Olhar do
Pesquisador. São Paulo: Hucitec – Nupaub, 2004.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de janeiro: DP&A,
2005.
LIMA, Guilherme Pascoal. Turismo e poder em lugares tradicionalmente habitados
por caiçaras: o caso do Bonete, Ilhabela, SP. 2015. Dissertação (mestrado em
Geografia) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas,
Campinas.
MERLO, Márcia. Memória de Ilhabela: faces ocultas, vozes no ar. São Paulo: Educ-
Fapesp, 2000.
NASCIMENTO, Alan Faber. A ilusão urbanística: análise crítica sobre a (re)
produção do espaço urbano no município de Ilhabela-SP.2011. Tese (doutorado em
Geografia) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro.
NETO, Paulo Stanich(org). Direito das comunidades tradicionais caiçaras. São
Paulo: Editora Café com lei, 2016
NORA, Pierre. Entre memória e história a problemática dos lugares. Projeto
História, São Paulo, n.10, 1993.
ORTIZ, Renato. Universalismo e diversidade: contradições da modernidade-mundo.
São Paulo: Boitempo, 2015.

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