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AIEA - Agência Internacional de

Energia Atômica

“Substituição da Matriz Energética Mundial Por Energia Atômica”

Autor: Jedhai Felippe Barrozo Piza Pimentel

Co-Autor: Fernanda Angelili Carvalho

Co-Autor: Thais Santos Machado de Oliveira.


Carta de Apresentação

O tema escolhido para ser discutido nesta sessão da Agencia


Internacional de Energia Atômica foi a questão da energia substituição da
matriz energética mundial por energia atômica, tema com bastante importância
atualmente. Envolve diversas variáveis, como o meio ambiente e a segurança
humana, além de questões econômicas e de desenvolvimento dos países.
Caberá aos senhores a decisão mais acertada a ser tomada, sempre se
lembrando de seguir a política externa de seu país. Lembrando que este guia é
apenas o início de sua pesquisa, e que quanto mais preparados os senhores
estiverem para o evento, melhor será o debate e seus resultados.

Espero sinceramente que aproveitem esta oportunidade ao máximo para


enriquecer sua vivência pessoal e visão de mundo, além de treinar a habilidade
de falar em público, útil para todos em sua futura vida profissional. As
simulações são ainda uma oportunidade de contato com uma nova faceta do
mundo em que vivemos, podendo inclusive orientar os senhores em relação às
escolhas profissionais.

Bons estudos!
Histórico da Organização

A Organização das Nações Unidas (ONU) surgiu após a Segunda Guerra


Mundial, em 1945, como uma iniciativa de 51 países, para manter a paz e a
segurança mundial, promover relações amigáveis entre países, buscar
progresso social, melhores condições de vida e garantir os direitos humanos.
Atualmente conta com 192 países-membros. Suas ações vão além da
manutenção da paz, buscando progresso econômico, tecnológico, ambiental e
social, para garantir um futuro melhor para as próximas gerações.

A Carta das Nações Unidas, assinada em 26 de junho de 1945, é o


tratado internacional que fornece as diretrizes a serem seguidas pelos
organismos que compõem a ONU. Segundo a Carta, é dever dos países-
membros da Organização: agirem baseados no princípio da igualdade de
soberania de todos os membros; resolverem suas controvérsias internacionais
por meios pacíficos evitando o uso da força contra a integridade territorial ou
política de outros Estados; cumprirem as obrigações assumidas de acordo com
a Carta, assistirem as ações da ONU quando solicitado e absterem-se de
prover auxílio a Estados contra os quais as Nações Unidas atuarem preventiva
ou coercitivamente.

A Organização das Nações Unidas atua por meio de diversos órgãos,


sendo os principais a Assembléia Geral, o Conselho de Segurança, a Corte
Internacional de Justiça, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela
e o Secretariado. A Assembléia Geral é o maior órgão deliberativo da ONU. Na
Assembléia, cada Estado tem direito a um voto e a aprovação de decisões
sobre questões de extrema relevância requerem maioria de dois terços
enquanto as demais questões são aprovadas com maioria simples. O Conselho
de Segurança – formado por cinco membros permanentes e dez membros não-
permanentes – atua continuamente devendo haver sempre um representante
de cada um de seus membros na sede das Nações Unidas em Nova Iorque.

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) é encarregada de resolver, de


acordo com o direito internacional, disputas submetidas ao órgão por Estados.
Além disso, a CIJ atua como órgão consultivo em questões legais quando
autorizada pelas Nações Unidas. O Conselho Econômico e Social coordena as
ações econômicas e sociais das Nações Unidas, bem como de agências
especializadas e instituições. O Conselho de Tutela foi criado para auxiliar e
supervisionar o processo de independência política de onze protetorados sob a
tutela de sete países-membros. Com a conquista da independência por parte
dos protetorados o Conselho de Tutela suspendeu suas atividades. Por fim, o
Secretariado é o órgão administrativo que auxilia nas tarefas diárias dos
demais órgãos da ONU.

Os principais órgãos das Nações Unidas aliados a organismos


especializados, programas e fundos – como a Organização Mundial do
Trabalho (OIT), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) – compõem o Sistema ONU.

A Organização das Nações Unidas obteve inúmeras conquistas em seis


décadas de existência. As Nações Unidas promoveram a paz por meio de
acordos que extinguiram conflitos como a guerra civil em El Salvador e a
guerra Irã-Iraque. A ONU também possibilitou a expansão da democracia no
Kosovo, no Timor Leste e na África do Sul ao monitorar o processo eleitoral
nesses países. Além disso, a Organização despende 800 milhões de dólares
anualmente em vacinação, educação básica e nutrição para auxiliar o
desenvolvimento de 138 países e atua na prevenção da proliferação nuclear
por meio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

 
Histórico do Comitê

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) começou como


uma proposta apresentada no dia 8 de dezembro de 1953, pelo então
Presidente dos Estados Unidos Dwight D. Eisenhower no sentido de ser criada
uma organização internacional "devotada exclusivamente ao uso pacífico da
energia atômica", aprovada em 1954 na Assembléia Geral das Nações Unidas
e estabelecida como uma organização autônoma no dia 29 de julho de 1957.
Apesar da grande importância no cenário político mundial, só teve destaque
global no início dos anos 60, com a crise dos mísseis em Cuba.

A AIEA tem como dever inspecionar o cenário nuclear internacional,


garantindo também o cumprimento das leis entre os membros que assinaram o
acordo em 1968, do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Trata-se de
um acordo entre os estados soberanos que se divide em dois blocos: o
primeiro é composto pelas cinco nações que venceram a Segunda Guerra
Mundial: Federação Russa, China, Reino Unido, França e Estados Unidos, que
têm a permissão de possuir armas atômicas. E o segundo grupo, as demais
nações, tem a permissão para desenvolver energia nuclear somente para fins
pacíficos. Os signatários não-nucleares têm apenas a permissão de pesquisar
a energia nuclear, desde que monitorizados por inspetores da AIEA,
desencorajando o uso de energia atômica para fins militares de armas
nucleares. Tendo suas falhas, pois Israel, Índia e Paquistão não aderiram ao
tratado e atualmente estão capacitados para fabricarem armas nucleares,
mostrando preocupação entre as nações. Como também a Coréia do Norte,
que originalmente aderiu ao tratado, porém mais tarde se retirou do pacto em
2003.

A existência da AIEA é importante também, pois ela visa auxiliar a nação


no domínio de suas matrizes nucleares, evitando tragédias como o da usina
nuclear de Chernobyl. Acidente causado por irresponsabilidade e não
cumprimento das normas de segurança pré-estabelecidas. Incidente tão
catastrófico, chegando a liberar uma nuvem radioativa contaminando pessoas,
animais e inutilizando milhões de hectares de terra. Sendo incidente 400 vezes
maior em radiação que a bomba atômica em Hiroshima, Japão. Outra tragédia
histórica causada pela má utilização da energia nuclear.

A AIEA tem sua sede em Viena, na Àustria, e tem 137 estados membros,
cada um com seu representante que se reúnem anualmente em uma
Conferência Geral para então eleger 35 membros para o Conselho de
Governadores, onde 5 vezes ao ano discutem medidas e decisões a serem
avaliadas pela Conferência Geral. Sendo uma instituição que visa a aumentar a
utilização de energia nuclear para fins pacíficos, a Agência conta com três
laboratórios de última geração para desenvolver pesquisas envolvendo
tecnologias nucleares.
Histórico da Questão

As previsões mundiais são de que, em um futuro não tão distante, os


combustíveis fósseis esgotarão e, se o mundo já não possuir outra matriz
energética principal, a sociedade que conhecemos entrará em colapso. À
medida que a extração de petróleo se torna mais difícil e de alto custo, o preço
do barril aumenta e a cada aumento corremos o risco de entrarmos em uma
nova recessão como a grande recessão do petróleo em 1973. Movidas por
esse medo, países de todo o globo se vêem na obrigação de mudarem a matriz
energética mundial para se certificarem de que, quando o mundo começar a ter
problemas com a escassez do petróleo, elas estarão preparadas para a nova
era energética: a era das energias limpas. Energias limpas são aquelas que
não produzem poluentes, não prejudicam o meio ambiente e ao mesmo tempo
são suficientes para moverem o mundo contemporâneo. Também conhecidas
como energias renováveis ou alternativas, as energias limpas são na verdade
idealizações, visto que todo e qualquer modo de produção de energia vai ser
de alguma forma prejudicial ao meio ambiente. Entretanto, algumas energias
têm seus contras contornáveis, e são a essas energias que damos a
denominação de limpas.

A principal vantagem da energia nuclear obtida por fissão é a não


utilização de combustíveis fósseis. Considerada como vilã no passado, a
Energia Nuclear passou gradativamente a ser defendida por não gerar gases
de efeito estufa. Ecologistas defendem uma virada radical em direção à energia
nuclear como forma de combater o aquecimento global. Em comparação com a
geração hidrelétrica, a geração a partir da energia nuclear apresenta a
vantagem de não necessitar o alagamento de grandes áreas para a formação
dos lagos de reservatórios, evitando assim a perda de áreas de reservas
naturais ou de terras agricultáveis, bem como a remoção de comunidades
inteiras das áreas que são alagadas. Outra vantagem da energia nuclear em
relação à geração hidrelétrica é o fato de que a energia nuclear é imune as
alterações climáticas futuras que porventura possam trazer alterações no
regime de chuvas.

Já que a maior parte (cerca de 96%) do combustível nuclear queimado é


constituída de Urânio natural, uma grande parte do combustível utilizado nos
reatores nucleares é reprocessado em plantas de reprocessamento como a
Urenco no Novo México. Cerca de 60% do combustível nuclear é mandado
diretamente para o reprocessamento. O reprocessamento visa re-enriquecer o
urânio exaurido, tornando possível que ele seja novamente utilizado como
combustível e a parte do combustível que não é reprocessada imediatamente é
armazenada para reprocessamento futuro, ou é armazenada semi-
permanentemente em depósito próprio, e é justamente nesse armazenamento
que se encontra o principal problema da energia nuclear. Os produtos dessa
geração de energia (lixo atômico ou lixo nuclear) apresentam alta
radioatividade, portanto é necessário que eles fiquem confinados em um
depósito próprio onde não possa haver nem interferência humana externa nem
interferência ambiental, já que ambos podem provocar desequilíbrio no controle
dessa fonte de energia. Considera-se que apenas uma quantidade de 1
quilograma de Plutônio-239 seria teoricamente suficiente de causar a extinção
da população humana ao longo prazo. Em um ano, um reator nuclear como o
de Angra 2 produz 265 kg desse material, que tem uma meia-vida de 24.000
anos.

A Agência Internacional de Energia Atómica alertou que terroristas poderiam vir


a comprar resíduos radioativos, provavelmente de países com ditaduras que
usam tecnologias nucleares, tais como Irã ou Coreia-Norte, e construir uma
chamada "bomba suja". O quão fácil é desviar materiais altamente radioativos
é demonstrado pelo exemplo do acidente radiológico de Goiânia, no Brasil em
1987, onde foi encontrada por moradores em um lixão, contida dentro de uma
máquina hospitalar e levada para casa e exposta a todos do bairro, pois,
brilhava no escuro. Uma pedra de sal de cloreto de Césio-137, um isótopo
radioativo.

O acidente mais conhecido envolvendo a energia nuclear foi o acidente no


reator de Chernobyl (ex-URSS), que contaminou radioativamente uma área de
aproximadamente 150.000 km² Até 180 quilômetros distantes do reator situam-
se áreas com uma contaminação de mais de 1,5 milhões de Becquerel por km²,
o que as deixaram inabitáveis por milhares de anos.
Posicionamento de países

África do Sul
A República da África do Sul iniciou seu programa nuclear em 1950 e já
em 1970 possuía ogivas nucleares produzidos em território nacional. A
mineração de urânio, no entanto, iniciou-se anos antes na década de 1940.
A África do Sul – único país do continente africano a apresentar usinas
atômicas – conta com dois reatores nucleares que produzem conjuntamente
5% da energia elétrica consumida no país. Atualmente, o país é a décima
primeira potência mundial produtora de urânio.
Em junho de 1957, a República da África do Sul tornou-se membro da
AIEA. Em 1991, quando o país assinou o TNP já alegava não mais possuir
ogivas nucleares. Após três anos da assinatura do TNP, a AIEA inspecionou as
instalações sul-africanas e confirmou que a produção de energia nuclear no
país tinha fins exclusivamente pacíficos classificando a África do Sul como non-
nuclear weapon state, ou seja, Estado não detentor de armamento nuclear.
Assim, a África do Sul tornou-se o primeiro país a se desfazer de ogivas
nucleares que ele mesmo desenvolveu. Nos últimos dez anos, a África do Sul
assinou vários acordos bilaterais relacionados ao desenvolvimento pacífico,
enriquecimento de urânio, construção de reatores e segurança nuclear, com
países como França, Rússia, Eslovênia, Irã e China; além de um acordo
multilateral com Brasil e Índia.
A África do Sul acredita ser a energia nuclear uma opção preferível para
promover o desenvolvimento do continente africano e minimizar o processo de
mudanças climáticas; apóia o reforço dos mecanismos de salvaguarda da AIEA
e defende o desarmamento nuclear por parte de todos os países.

Camarões
Membro da AIEA desde julho de 1964, a República de Camarões não
possui usinas nucleares em seu território. Apesar disso, o plano nuclear de
Camarões abrange a utilização de energia nuclear em áreas diversas tais como
saúde, nutrição, agricultura, recursos hídricos e controle de qualidade
industrial. Medidas foram adotadas pelo governo camaronês no intuito de sanar
as necessidades práticas do país por meio de tecnologia nuclear. Também
existe a preocupação por parte de Camarões em adaptar os programas
apoiados pela AIEA aos planos de desenvolvimento do país. Camarões
ratificou o TNP em 1969. Em 2009, ratificou o Africa's Nuclear-Weapon-Free
Zone Treaty também conhecido como Tratado de Pelindaba – tratado que
proíbe o desenvolvimento, aquisição, posse e teste de ogivas nucleares no
continente africano e em algumas ilhas africanas.

Egito
A República Árabe do Egito iniciou seu programa nuclear em 1955,
tornando-se membro da AIEA em 1957. O crescimento da população do país e,
consequentemente, o aumento da demanda por energia, bem como as
reservas insuficientes de energia primária e água incentivaram as autoridades
egípcias a estabelecerem a Comissão de Energia Atômica. O programa nuclear
do Egito, porém, foi seriamente prejudicado por acidentes nucleares
internacionais. A construção de sua primeira usina nuclear foi interrompida
quando ocorreu o acidente nuclear de Three Mile Islands, nos Estados Unidos,
e posteriormente adiada quando ocorreu vazamento radioativo em Chernobyl,
na Ucrânia.
O Egito assinou e ratificou o TNP. Entretanto, o Egito não ratificou o
Comprehensive Test Ban Treaty (CTBT) e o Tratado de Pelindaba, apesar de
tê-los assinado. Acordos bilaterais com potências exportadoras de tecnologia
nuclear como Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá, Austrália e Coréia
do Sul também foram firmados como parte do esforço para a implementação
de reatores nucleares no país.
O país posiciona-se contra qualquer operação que envolva armamentos
nucleares e defende a adoção de medidas, com prazo de implementação
definido, que promovam o desarmamento nuclear completo e proíba o
desenvolvimento, aquisição, transferência ou uso de armas nucleares. O Egito
também alega que os países detentores de armamento nuclear não adotam
medidas eficazes para o desarmamento nuclear mundial.
República Democrática do Congo

A República Democrática do Congo não possui programa nuclear. No


entanto, as ricas reservas de urânio do país abastecem outros Estados
detentores de tecnologia atômica. No decorrer da Guerra Fria, os Estado
Unidos, por exemplo, importaram parte significativa do urânio de que
necessitavam da República do Congo. As bombas atômicas lançadas em
Hiroshima e Nagasaki foram construídas com urânio da mina de Shinkolobwe
localizada ao sul do país. A mina foi oficialmente desativada na década de
1960, porém em 2006 um relatório do Conselho de Segurança da ONU
confirmou a existência de mineração artesanal em Shinkolobwe.
A República Democrática do Congo é membro da AIEA desde julho de
2009 e país signatário do TNP. O país assinou, mas ainda não ratificou o CTBT
e o Tratado de Pelindaba. O país não aderiu a qualquer acordo de
salvaguarda.

Argentina

Em 1950, a República Argentina adotou medidas para a criação da


Comissão Nacional de Energia Atômica, órgão responsável por todas as
atividades nucleares do país. Em 1957, tornou-se membro da AIEA. A primeira
usina nuclear argentina, Atucha I, começou a operar comercialmente em 1874.
Já a segunda usina argentina, Embalse, iniciou suas atividades comerciais em
1984.
Na década de 1960, a Argentina desenvolveu um programa de
armamento nuclear, que se prolongou por muitos anos. O programa nuclear
argentino recebia apoio e insumos de países como Canadá, Alemanha
Ocidental, União Soviética e Suíça.
Em 1990, a Argentina estabeleceu com o Brasil acordos para inspeção
mútua das instalações nucleares de ambos os países. Em 1993, tornou-se
membro do TNP e oficializou o novo caráter pacífico de seu programa nuclear.
A Argentina assinou, porém não ratificou o CTBT. Atualmente, 10% da energia
elétrica consumida no país têm origem nuclear.
Brasil

A República Federativa do Brasil iniciou suas pesquisas na área nuclear


na década de 1930. Na década seguinte, o programa nuclear já havia se
desenvolvido em grande parte devido à transferência de tecnologia nuclear
estadunidense. Em 1956, foi construído o primeiro reator para fins de pesquisa
em território brasileiro sob forte supervisão dos Estados Unidos, os quais
forneceram o urânio enriquecido necessário para o projeto.
Entre 1970 e 1980 houve o acirramento da rivalidade entre Argentina e
Brasil no campo de armamento nuclear. Havia um plano secreto do governo
militar brasileiro que previa a construção de uma bomba atômica em território
nacional. No entanto, por meio de acordos bilaterais com a Argentina foi
possível a ambos abandonarem seus programas de armamento nuclear rumo à
não-proliferação e à segurança nuclear.
O Brasil possui dois reatores nucleares em funcionamento responsáveis
pelo fornecimento de menos de 2% da energia elétrica consumida no país. O
programa nuclear brasileiro é o mais avançado da América-Latina. O país
detém a quinta maior reserva natural de urânio do mundo e, em 2006,
inaugurou sua primeira instalação de enriquecimento de urânio. O Brasil é
membro da AIEA desde 1957 e já assinou e ratificou o TNP e o CTBT.

Estados Unidos da América


Os Estados Unidos possuem sérias preocupações concernentes ao
enriquecimento de urânio e opõem-se fortemente ao enriquecimento de urânio
em países vistos como perigosos pela política externa estadunidense; Irã e
Coréia do Norte, por exemplo, encontram-se nessa classificação. Em 2008, os
Estados Unidos iniciaram uma intervenção militar no Iraque sob a alegação de
que o governo de Sadam Hussein possui ogivas nucleares que ameaçam a
segurança mundial.
Doze anos após lançarem bombas atômicas nas cidades nipônicas de
Hiroshima e Nagazaki e já no posto de país-membro da AIEA, os Estados
Unidos ratificaram o TNP. Com a ratificação do Tratado o país comprometeu-se
a reduzir seu arsenal de armamento nuclear, postura reafirmada na
Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear segundo o
qual os Estados Unidos comprometeram-se a divulgar os dados referentes a
essa diminuição. Os Estados Unidos assinaram, mas recusaram-se a ratificar o
CTBT, o qual proíbe todos os tipos de explosões nucleares intencionais em
qualquer ambiente.
Em 1979, houve o derretimento parcial de uma das unidades da central
nuclear de Three Mile Islands. O derretimento causou o vazamento de radiação
e contaminação da unidade, que foi fechada permanentemente. Os Estados
Unidos são considerados nuclear weapon states, ou seja, Estados detentores
de armamento nuclear.

México

Os Estados Unidos do México assinaram e ratificaram o TNP e o CTBT


e são membros da AIEA desde 1958. O interesse do país a cerca da energia
nuclear data do início da década de 1960, porém o primeiro reator mexicano
iniciou suas operações comerciais apenas em 1990. Atualmente, o México
conta com dois reatores nucleares na usina de Laguna Verde, os quais
fornecem conjuntamente cerca de 5% da energia elétrica consumida no país.
O México firmou acordos de cooperação e transferência de tecnologia e
material nuclear com Espanha, Estados Unidos da América, Austrália, França e
Canadá.

Coréia do Norte

A República Popular Democrática da Coréia iniciou suas atividades


nucleares em 1964 em Yongbyon. Posteriormente, a Coréia do Norte firmou
um acordo com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas para cooperação
nuclear e um reator soviético foi instalado em solo norte-coreano. Com o
desenvolvimento do programa nuclear do país, que contava com o apoio
soviético, a comunidade internacional encontrou indícios da existência de
armamento nuclear e da realização de testes com esse material.
Em outubro 1994, por ocasião do tratado 1994 Agreed Framewok
firmado com os Estados Unidos da América, a Coréia do Norte – suspensa da
AIEA desde junho do mesmo ano – comprometeu-se a interromper qualquer
atividade relacionada a armas nucleares. Em 1985 a Coréia do Norte assinou o
TNP, mas retirou-se do Tratado em 2003 após acusações segundo as quais o
país mantinha um programa nuclear clandestino desrespeitando o Tratado de
1994. A Coréia do Norte reiniciou as atividades de seu principal reator nuclear
e em 2005 declarou oficialmente possuir armas nucleares. Em 2006, a Coréia
do Norte realizou testes nucleares alarmando ainda mais a comunidade
internacional. Em 2007, os Estados Unidos novamente propuseram um acordo
bilateral que garantia assistência econômica, energética e humanitária em troca
da desativação do principal reator nuclear norte-coreano. O acordo foi
oficialmente aceito pela Coréia do Norte.
A Coréia do Norte é acusada de manter acordos bilaterais secretos de
cooperação internacional com vários países tais como, Irã, Paquistão, Líbia e
China.

Emirados Árabes Unidos

Os Emirados Árabes Unidos não possuem usinas ou reatores nucleares


em seu território. No entanto, esforços estão sendo realizados com supervisão
da AIEA para a criação e implementação de um programa nuclear dos
Emirados Árabes. A previsão é de que, já em 2020, existam quatro reatores
nucleares em operação na região.
Os Emirados Árabes afirmam que seu programa nuclear terá fins
exclusivamente pacíficos e será voltado para as áreas de abastecimento de
energia elétrica e de processos de dessalinização. Os Emirados Árabes são
membros da AIEA desde 1976, são signatários do TNP e já firmaram acordos
bilaterais de cooperação nuclear com Estados Unidos da América, França e
Coréia do Sul.
Irã
A República Islâmica do Irã é membro da AIEA desde 1959 e signatário
do TNP. O Irã assinou, mas não ratificou o CTBT. Um abrangente programa
nuclear foi desenvolvido em 1970 dando início a construção de duas usinas
nucleares no país. Em 1979, as obras foram interrompidas para serem
retomadas apenas em 1994 por ocasião de um acordo bilateral firmado com a
Rússia, a qual se comprometeu a concluir o reator e suprir o país com os
insumos necessários à produção de energia nuclear no Irã.
O Irã defende seu direito a independência energética e afirma ser capaz
de alcançá-la unicamente por meio do enriquecimento de urânio. Essa postura
provoca fortes críticas de nações como os Estados Unidos que duvidam dos
supostos fins pacíficos do programa nuclear iraniano e, conseqüentemente,
sentem-se ameaçados pela possibilidade de desenvolvimento de armas
nucleares no Irã. Apesar de o Conselho de Segurança da ONU ter imposto
sanções ao Irã devido a suas instalações de enriquecimento de urânio, o
governo iraniano afirma que não interromperá o enriquecimento de urânio em
seu território.

Kuwait
O Estado do Kuwait é membro da AIEA desde 1964, aderiu ao TNP e
assinou e ratificou o CTBT. O Kuwait não possui reatores em seu território. Em
2009, o país adotou as primeiras medidas rumo ao desenvolvimento de um
programa nuclear nacional. Foi criado o Comitê Nacional de Energia Nuclear
que, em cooperação com a AIEA, definirá as diretrizes para a criação de seu
programa nuclear. O Kuwait pretende com seu programa criar alternativas para
a dessalinização e para o abastecimento de energia no futuro.
O país pretende ter quatro reatores nucleares instalados em seu
território até 2022. Já foram firmados acordos bilaterais com Estados Unidos e
Rússia de cooperação no planejamento e desenvolvimento do programa
nuclear e treinamento de técnicos para as futuras instalações nucleares. A
França exportará tecnologia atômica para a construção dos reatores. Alguns
especialistas locais e membros da comunidade internacional, porém, levantam
dúvidas a respeito da necessidade de implementação de um programa nuclear
no Kuwait, uma vez que o país possui a quinta maior reserva de petróleo do
mundo, e a respeito da capacidade do país de garantir a segurança nas usinas
nucleares.

Espanha

O Reino Unido da Espanha é membro da AIEA desde agosto de 1957. A


Espanha possui reservas de urânio na região de Salamanca, as extrações na
mina da região começaram em 1974 e logo ela tornou-se a maior mina de
urânio da Península Ibérica. O país, no entanto, iniciou sua produção de
energia nuclear anos antes em 1968. Atualmente, a Espanha conta com oito
reatores nucleares, responsáveis por 17,6% do abastecimento de energia
elétrica do país. Apesar dos altos níveis de extração a Espanha não conta com
tecnologia para o enriquecimento de urânio sendo obrigada a importá-lo para
continuar com sua produção de energia nuclear.
A Espanha tem um dos mais importantes programas de pesquisa e
desenvolvimento de usinas nucleares. Na União Européia, o país participa
ativamente das atividades do bloco relacionadas à energia nuclear tendo
participado do plano de contenção do vazamento nuclear em Chernobyl. A
Espanha ratificou o TNP e submete seu aparato de produção de energia
atômica às inspeções periódicas da AIEA.

Países Baixos

O Reino Unido dos Países Baixos é membro da AIEA desde 1957, é


signatário do TNP tendo assinado e ratificado o CTBT. Os países baixos não
promovem ativamente a energia nuclear apesar de possuírem um reator
nuclear comercial responsável por cerca de 4% da energia total gerada em seu
território. Os países baixos possuem outros três reatores para fins de pesquisa
nuclear.
O esforço mundial para diminuir as emissões de carbono na atmosfera
provocou a reavaliação por parte do governo da matriz energética do país. A
energia nuclear passou a ser vista como uma boa opção custo x benefício e o
governo autorizou a construção de uma nova usina prevista para entrar em
operação em 2019.

Itália
A República Italiana é membro da AIEA desde 1957 e país signatário do
TNP. O país também assinou e ratificou o CTBT. Cerca de 4% da matriz
energética da Itália têm origem nuclear, mas toda essa energia é importada
uma vez que os quatro reatores nucleares comerciais italianos foram
desativados. Em 1987, após o acidente nuclear em Chernobyl foi realizado, na
Itália, um referendo sobre o futuro da energia nuclear no país, 80% da
população votou a favor do fechamento das usinas nucleares italianas e contra
investimento públicos em energia nuclear. Como resposta ao referendo o
governo italiano fechou permanentemente quatro reatores e desativou outros
cinco utilizados para pesquisa.
A Itália armazena armamento nuclear. Existem 90 bombas atômicas
estadunidenses em solo italiano. Devido a um acordo firmado entre Bélgica,
Países Baixos, Turquia Alemanha e Itália, o governo italiano está autorizado a
lançar as bombas atômicas armazenadas em seu território em tempos de
guerra.

Reino Unido
O Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte tornou-se membro da
AIEA em julho de 1957. Dentro da Agência o Reino Unido é um dos membros
detentores oficiais de armamento nuclear.
Entre as décadas de 50 e 60 do século XX, o Reino Unido promoveu
testes nucleares em Maralinga na Austrália. Tentativas de descontaminação da
região afetada foram realizadas, mas ainda há dúvidas a respeito da segurança
que os níveis de radiação do local representam para os seres vivos.
Na conferência-geral de 2010 da AIEA, o Reino Unido posicionou-se a
favor do crescimento do interesse a respeito da energia atômica para fins
pacíficos considerando-o inevitável e necessário para a realização do objetivo
de segurança energética com efeitos mínimos no processo de mudança
climática global. O Reino Unido também afirmou que apoiará iniciativas
privadas de renovação do programa nuclear do país eliminando obstáculos aos
investimentos na área e tornando possível que uma nova estação inicie suas
operações já em 2018. Atualmente, existem 33 unidades nucleares em
operação no Reino Unido
O Reino Unido ratificou os principais acordos e tratados internacionais
com relação à energia nuclear, no entanto não é parte de muitos acordos de
cooperação para pesquisa, desenvolvimento e treinamento relacionados a
tecnologia atômica em outros países.

Suécia
Membro da AIEA desde 1957, o Reino Unido da Suécia é signatário do
TNP tendo assinado e ratificado o CTBT. Na Suécia, aproximadamente 50% da
energia consumida provêm de usinas nucleares. A Suécia conta atualmente
com dez reatores sendo que o primeiro deles começou a operar em 1972. O
país não possui reatores de pesquisa e já fechou permanentemente dois
reatores na década de 1980 após um referendo sobre a energia nuclear no
país. Ainda nessa época, o governo optou pela diminuição gradual da produção
de energia nuclear. Em 2010, porém, o Parlamento revogou essa decisão. O
governo sueco aplica um imposto discriminatório contra a energia nuclear. O
imposto representa cerca de um terço do custo operacional da energia.
Em 2010, uma decisão do Parlamento autorizou a construção de novos
reatores desde que eles substituam os antigos nas usinas já existentes. Essa
decisão integra o plano governamental sueco sobre mudanças climáticas,
segundo o qual, em 2020, fontes renováveis de energia responderão por 50%
da energia do país e estipula que a Suécia alcançará a neutralidade em
carbono já na metade do século XXI.

Austrália
A Austrália não consome eletricidade proveniente de energia nuclear. O
único reator nuclear australiano, localizado em Sidney, é utilizado para fins de
pesquisa. No entanto, o governo da Austrália já demonstra certo interesse pela
utilização de energia nuclear devido à crescente demanda energética e ao
esforço internacional para a diminuição de emissão de carbono.
O país apresenta a maior reserva mundial de urânio e possui três
grandes minas – Beverly, Olimpic Dam e Ranger. A Austrália fornece urânio
para fins de produção elétrica para mais de onze países incluindo Estados
Unidos, Japão e Coréia do Sul.

Nova Zelândia
A Nova Zelândia é um país membro da AIEA desde 1957, foi um dos
primeiros países a aderir ao TNP e a assinar e ratificar o CTBT. O país não
utiliza energia nuclear para a produção da energia elétrica que consome.
A Nova Zelândia segue uma forte política a favor do desarmamento
nuclear e contra a realização de testes nucleares. Em 1987, o governo local
alçou a Nova Zelândia à condição de Nuclear-Free Zone. Assim, ficou proibida
a parada, para quaisquer fins, de embarcações carregadas com armas
nucleares em território neozelandês.

França

A França junto com o Japão são, atualmente, os principais investidores e


incentivadores do crescimento da energia nuclear. A França é o segundo país
mais dependente dessa energia, possuindo 59 reatores sendo de 80% da
energia do país e obtidas por tal. A França começou seus investimentos em
energia atômica 1974, e parou de construir novas usinas em 1980, porém,
novamente nos dias de hoje o assunto energia atômica volta às pautas e
agendas Francesas. Mesmo a aposta Francesa em priorizar a energia nuclear,
acaba gerando um obstáculo para o país em cumprir suas próprias metas na
redução de emissão de gases do efeito estufa. Em 2008 a França foi o país
que gerou 17% da energia nuclear do mundo. Porém foi a França o país que
sofreu paradas mais longas na produção do que o previsto em 2008.

Mesmo em 2008 produzindo tanta energia nuclear, a estatal Areva, -


braço industrial da política nuclear francesa - fechou o ano de 2008 com uma
queda de 20% em seu lucro líquido. A estatal Areva também é responsável
pelos reatores de quarta geração presentes no projeto de construção European
Pressurized Reactores (EPRs), reatores desenvolvidos e promovidos pela
Areva ao redor do mundo. Projeto que tem se mostrado decante encontrando
diversas dificuldades, devido a mau funcionamento do reatores.
O presidente Nicolar Sarkozy considera a exportação de energia nuclear
uma oportunidade de reafirmar a França como potência industrial, fundamental
a sua diplomacia. A estatal francesa Areva começou a construir reatores
nucleares na Europa Ocidental, sendo eles, os primeiros em quase 20 anos.
Sarkozy já começou a pavimentar seu caminho para venda de reatores
fabricados na França.

Canadá

O Canadá é o maior exportador de urânio no mundo, com mais de 30%


das reservas mundiais do metal. Cerca de 85% da produção é vendida para
outros países, a fim de abastecer geradores de energia nuclear. Também foi o
responsável por 3% da energia nuclear produzida no mundo. O Canadá possui
18 usinas nucleares em operação. Atualmente estão estudando e licenciando 3
novas centrais com 4 usinas cada uma. A contratos assinados para reforma de
duas de suas usinas – Fechadas desde 1995 - da central Bruce para re-
conexão com sua rede. O reator National Research Universal - NRU, - de vital
importância para o Canadá e para o mundo – e o responsável por produzir
metade dos isótopos medidos do mundo, infelizmente vem enfrentando
problemas de manutenção, tendo sido fechado no dia 14 de maio de 2009 por
falhas elétricas e vazamentos de água pesada. Outros países com reatores
similares aumentaram sua produção de isótopos médicos, enquanto o Canadá
resolve seus problemas com NRU.

Uma das preocupações e previsões do Canadá, são os chamados


depósitos geológicos profundos - Deep Geologic Repository (DGR) - resíduos
nucleares de baixa e media radioatividade. Os trabalhos para preparação do
sítio e sua construção, está previsto para região de Tiverton próximo ao Sítio
da Central Bruce. Este depósito deverá atender todas as centrais da província
de Ontário (Bruce, Pickering e Darlington).

Turquia

Durante muito tempo a Turquia era uma dos países na lista de investidores
de energia nuclear a longo prazo, porém no dia 25 de julho o primeiro-ministro
Bulent Ecevit declarou que o governo estaria fora dessa lista afirmando não
investir em energia nuclear pelos próximo 10 ou 20 anos, abandonando o
projeto de construir sua primeira usina de energia nuclear. “Sua explicação
para tal foi nas exatas palavras: ‘Nosso programa de estabilidade econômica
poderia ser seriamente afetado hoje se fizéssemos um investimento desse
porte (US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões) em energia nuclear”.

Em maio de 2008 a Turquia assim como o Brasil, fizeram um acordo com o


Irã concordando em enviar parte de seu urânia de baixo enriquecimento ao
exterior em troca de obter combustível para um reator de pesquisa médica.
Apesar dos inúmeros planos, a Turquia não possui usinas nucleares, mas
tem grande interesse por acredita ser a solução rápida e eficaz de suprir suas
necessidades energéticas. Infelizmente a prática e muito diferente da teoria,
pois energia nuclear não e me um pouco ‘barata e rápida’. Ainda que o
Greenpeace bate de frente com o governo turco para que haja o cancelamento
de seus projetos nucleares e invista em fontes de energia renovável.

Japão

Assim como muitos outros países o Japão tem interesse em aumentar


suas instalações nucleares a longo prazo. Em 2008 o Japão foi responsável
por 9% da energia nuclear produzida no mundo. O Japão possui 53 reatores
em funcionamento, representando cera de 25% da energia do país. O Japão
ainda conta com mais 8 reatores atualmente em manutenção e 2 novas usinas
em construção, sem contar com os planos para prolongar o maior tem de vida
útil e potência. Em maio de 2006, o Instituto Japonês de Economia (IEEJ)
liberou seu projeto informando a pretensão de que até 2030 cerca de 40% da
energia elétrica do Japão será provindo de usinas, tal projeto mostrar que para
isso, todas as usinas existentes deverão funcionar por 60 anos, além de ser
necessário 10 novas unidades nucleares

As quedas de produção de energia no nuclear no Japão foram


ocasionadas para realização de testes sísmicos, além da paralisação, após o
grande terremoto em julho de 2007, em sua maior central - Kashiwasaki-Kariwa
com 8.212 MW de capacidade e também no processo manutenção das usinas
Hamaoka 1 e 2 (1380 MW) que poderá durar até 2011.
Seu país realiza o reprocessamento de seu resíduo nuclear em usinas na
França e na Inglaterra, mas está construindo sua própria central de
reprocessamento comercial. Sua operação comercial deverá se iniciar em 2009
com o reprocessamento de 800 toneladas de urânio irradiado e a produção de
4 toneladas de plutônio que junto com mais urânio será convertido em
combustível MOX,para as usinas nucleares do país. Este combustível já
testado e aprovado para várias usinas no país.
Já existem carregamentos de MOX proveniente da fábrica de combustíveis
Melox, na França, chegando ao Japão para alimentar a Usina Genkai-3, que
será a primeira a usar MOX comercialmente.
O Japão importa cerca de 80% de suas necessidades energéticas. Hoje sua
maior fonte de energia o plutônio vindo do reprocessamento do resíduo nuclear
das usinas atuais.

No ano de 2011, dia 11 de março, três reatores de uma das usinas do


Japão foram danificados, devido ao terremoto e ao tsunami. Atualmente o
Japão enfrenta uma crise nuclear depois da devastação causada pelo desastre
natural que o atingiu. Danificando as funções de refrigeração da usina de
Fukushima. Também havendo indícios de explosões, além de baixos níveis de
emissão de radiação, causando medo no país. Teme-se que o terremoto tenha
acarretado danos a longo prazo na usina. Com o fechamento de a maior usina
nuclear do mundo, a Kashiwazaki-Kariwa, o governo pediu às indústrias do
país que economizem energia nos horários de pico. O ministro da Economia,
Comércio e Indústria, Akira Amari, também ordenou que as instalações
nucleares realizassem testes rígidos de segurança. A operadora Tepco, que
controla a usina em Kashiwazaki, declarou que haverá energia suficiente se as
temperaturas se mantiverem nos atuais níveis, porém, pode haver falta caso o
verão seja muito quente.

Alemanha

A Alemanha já teve problemas com suas usinas paralisando quatro delas,


por problemas de licenciamento e manutenção. Porém mesmo assim, teve um
rendimento superior de 2007 para 2008. Sendo que, das dez maiores
geradoras de energia nuclear em 2008, 5 delas são alemãs. Aprovado em
Junho o compromisso com o governo com as indústrias para o fim da energia
nuclear civil. Prevendo uma vida média de 32 anos, para cada uma das 19
centrais nucleares. Se tudo ocorrer como descrito no acordo, a última usina
deve parar suas atividades até 2021. Decisão existente para o desligamento de
17 usinas – ao fim de sua vida útil -. Acordo que vem sofrendo forte pressão
para ser revogado. Destas 17 usinas, 11 delas estão na lista de maiores
produtoras no ano de 2008. Um alto custo, necessitando de subsídios do
governo da maior economia da Europa, para cobrir os custos da substituição
de energia gerada por usinas nucleares alemãs por energia renovável. Mesmo
que o abandono seja gradativo, os recentes movimentos da Itália e da Suécia a
favor da construção de reatores deram forças aos conservadores e liberais
alemães, defensores da energia termonuclear, temendo que a Alemanha entre
em posição de desvantagem, renunciando essa fonte energia.

Após catástrofe nuclear no Japão, o governo anuncia a paralisação


temporária de sete de suas centrais nucleares. Abrindo também no dia 14, de
março de 2011, debates sobre a necessidade de reforçar a segurança. Visto
que, de acordo com a 70% da opinião pública, não há descarte de um acidente
simular ao do Japão na Alemanha, proprietária de 17 usinas atômicas. Além
de, 80% da população estar contra a extensão da vida útil dos reatores.

Polônia

A Polônia já tem em mente a possibilidade de construir sua primeira central


atômica até 2020, visando à alteração de sua matriz elétrica, sendo quase que
integralmente voltada para o carvão (94%), substituição oportunista para
reduções de emissão de CO2. Começando com uma parceria com a Rússia,
responsável pela construção de quatro reatores para Polônia, infelizmente o
projeto foi abandonado em 1989, após protesto popular, devido ao alarde
causado pelo acidente em Chernobyl. Os reatores já entregues foram vendidos
para a Finlândia e para a Hungria. Porém o sítio existente hoje, talvez seja
usado pela futura central, aproveitando a infra-estrutura e os estudos
realizados.

França e Polônia assinaram um acordo, visando a cooperação em nível de


energia nuclear. "Cooperar para colaborar no desenvolvimento de centrais
nucleares, conforme a nova política energética da Polónia até 2030",
declaração entre os dois países. O acordo entre eles, vai começar pela
formação de engenheiros, técnicos, além de pesquisas

Independente da atual tragédia, - ocasionada por terremotos no Japão -


envolvendo usinas nucleares, a Polônia - assim como a Rússia -, já declarou
que não vai cancelar seus planos de ampliação de energia nuclear.

Já está em pauta o planejamento de duas usinas de nucleares. Os


poloneses também estão negociando com Lituânia, Letônia e Estônia a
construção de uma nova usina para substituir a central nuclear Ignalina, da
Lituânia.
 
Suíça

A Suíça possui 5 reatores nucleares, produzindo cerca de 39% da energia


elétrica produzida no país, em 2008. Essas usinas foram projetadas para
operar por 50 anos, e só precisarão ser substituídas a partir de 2020, e uma
delas, apenas em 2045.

A Suíça procura há tempos um local adequado para construir um depósito


final dos Rejeitos atômicos. Por enquanto, ele é transportado para depósitos
intermediários na Inglaterra e na França. A previsão de que o depósito fique
pronto até 2024.

As autoridades federais suíças analisam três pedidos de construção de


novas usinas nucleares. De acordo com os pedidos das empresas BKW e
Axpo, duas novas usinas seriam construídas perto de duas já existentes. A
terceira, da empresa Atel. Se todas as três usinas forem construídas, a partir
de 2030, a Suíça disporá de 55 TWh de energia nuclear, mais do que o dobro
da produção atual. O país hoje dispõe de energia hidrelétrica, solar, eólica e de
biomassa, além de contratos de importação de energia com França que
expiraram em 2018.
 
Apesar da energia nuclear na Suíça suprir 40% do total de energia
produzida, é rejeitada por mais da metade da população segundo estudo, onde
40% tem opnião favorável à energia e 52% contra. Dizem que hoje a situação
atual permite substituir a energia nuclear na Suíça por fontes renováveis. Como
por exemplo, a energia eólica poderia suprir até 10% das necessidades da
Suíça entre 2025 e 2030

Suíça e Alemanha foram os primeiros países europeus a suspender


temporariamente projetos nucleares como medida preventiva, após as
explosões registradas em uma central japonesa, causado por tsunamis e
terremotos.
 
Rússia

A Rússia tem 31 usinas em operação (sendo 15 delas com reator RBMK –


o mesmo modelo da usina ucraniana Chernobyl), 8 usinas em construção e 4
planejadas. Em julho de 2008 o diretor geral da Rosatom declarou que o
governo russo prevê a construção de 42 novas usinas nucleares até 2020. Em
2008, a Rússia produziu cerca de 17% de sua energia elétrica. O país pretende
chegar a 25% ou 30% até 2020.O foco em geração nuclear pela política
energética russa visa permitir a exportação de seu gás natural para a Europa
se mostrando mais lucrativa do que seu uso para a geração doméstica de
eletricidade, e fazer a substituição de seu parque gerador, já no fim de sua vida
útil.

A Rússia defende o uso de energia nuclear, como apresentou na


Assembleia Geral da ONU, o embaixador russo Vitali Churkin, declarando o
apoio da Rússia a todas as nações que tem em mente utilizarem energia
nuclear para fins pacíficos. E ainda anunciou que a Rússia ajudará no processo
de não proliferação de armas nucleares, disponibilizando o centro de
enriquecimento de urânia na Sibéria, estando aberto a todos os países. Tudo
isso, além de que, a agência espacial russa, anunciou que planeja desenvolver
naves espaciais movidas a energia nuclear tentando manter a liderança na
conquista do espaço.

Se preocupando com seu envolvimento com o cenário comercial, vem


firmando vários acordos comerciais e de cooperação com diversos países, em
construção de novos reatores e desenvolvimento. Formando então, uma vasta
rede de influência mundo afora, que segundo dirigente, fará o país se tornar
fornecedor de 30% dos negócios na área nuclear
A crise econômica de 2008 atingiu fortemente a economia russa, fazendo cair a
produção industrial mais de 7% e, resultado disso, diminuindo o consumo de
energia. Apesar disso, afirmam que os planos nucleares serão apenas
“alongados” no tempo, permitindo que as novas usinas sejam conectadas mais
tarde, em 2020.

Autoridades russas afirmam que a Rússia só pode ter êxito no mercado


internacional do átomo com fins pacíficos (energia nuclear) se for representada
por uma só empresa.

Paquistão

O Paquistão tem duas usinas nucleares em operação e uma em


construção
Em 2008 foram gerados cerca de 2% com energia nuclear do total de energia
elétrica do país.

Em abril de 2009, foi noticiado que o governo paquistanês aprovou a


construção de mais outros dois reatores nucleares, que foram fornecidos pela
China. Uma vez que o Paquistão é detentor de armas nucleares, a China não
quis revelar detalhes da negociação para evitar conflitos com demais países
com relação a um assunto tão delicado. Lembrando que a China já tem
envolvimento na principal instalação nuclear do Paquistão, até agora não se
tem detalhes de quem participa das discussões sobre a nova usina ou quanto
já avançou. Aliado histórico da China, o Paquistão ainda sofre com a crônica
escassez de energia. Todo o ocorrido ainda gera, inquietação nos EUA,n a
Índia e em outros países, mesmo com a declaração do Primeiro-ministro
paquistanês, assegurando que seu país é uma potência nuclear responsável,
recusando os receios sobre a possibilidade dos extremistas poderem se
aprimorar do arsenal paquistanês.

Já se tem informação, da criação de mísseis paquistaneses, com


capacidade de transportar ogivas nucleares. O Paquistão afirma que esses
mísseis são projetados apenas como medida de segurança para seu país.

Coréia do Sul

A Coréia do sul possui 20 reatores em operação. Essas usinas já foram


capazes de produzir até 35,6% da energia consumida no país. Esse número e
tão grande que coloca o país na posição de quinto maior na produção em
volume de energia nuclear. Atualmente, tem-se o projeto de construção de
outras 5 novas usinas. De acordo com o governo, a previsão e de que até
2020, mais 8 novas centrais devem ser construídas, além das atualmente em
construção. A política energética do país apóia as iniciativas nucleares, isso
tudo claro, desde que, com segurança e confiabilidade, lembrando que a
Coréia não dispõe de fontes energéticas em seu território.

O país entra no mercado internacional concorrendo com a venda de


serviços e estudos nucleares. Os trabalhos exercidos mostram forte
participação no estudo de vários modelos de reatores avançados, além da
produção do próprio combustível, mesmo não possuindo local de
enriquecimento de urânio em seu território.Deixando para trás com
concorrentes franceses e americanos, a Coreia do sul venceu a licitação de
US$ 40 bilhões para projetar, construir e operar quatro reatores, nos Emirados
Árabes Unidos, sendo esse um dos maiores contratos de energia do Oriente
Médio, ganhando assim destaque no mercado internacional. Em janeiro deste
ano, o governo do país declarou que planeja exportar 80 reatores nucleares,
num valor total de US$ 400 bilhões, até 2030. Isso transformaria a Coreia do
Sul no terceiro maior fornecedor de tecnologia de reatores do mundo.

Ainda assim, no planejamento da KPE também pretendem aumentar seus


investimentos em fontes de energia renovável, tentando alcançar 8,9% da
energia elétrica vindo de energias renováveis.
Atualmente as maiores fontes geradoras de energia do país provem do
carvão, suprindo 42% da eletricidade. A Coreia do Sul, como quarta maior
economia da Ásia, importa 97% de suas dependências energitcas, como o
petróleo. Mas luta para aos poucos reduzir sua dependência de combustíveis
fosseis e diversificar suas fontes de energia

China

A China tem 11 usinas em operação e seu governo prevê a construção de


mais 54 novas usinas nos próximos 30 anos. Existem 25 usinas em
construção, além de 9 reatores que iniciarão a construção até 2010 e mais 16
novos reatores já foram aprovados para o inicio da construção. Todos os
grandes investidores em energia nuclear, já fizeram suas apostas no governo
chinês, uma vez que este é o maior negócio mundo em geração nuclear. 2,15%
de sua energia elétrica vem de reatores. Sua intenção e chegar aos 5% de
energia vinda de reatores até 2030.

Os chineses optaram pela energia nuclear, por causa da grande demanda


energética e como estratégia de diversificar sua matriz energética para evitar
colapsos de fornecimento. A principal matriz energética da China é baseada
em carvão.

A política de rejeitos nucleares da China contempla o reprocessamento do


combustível irradiado e uma planta piloto, com capacidade para 50 toneladas
métricas por ano. O Combustível irradiado da Central Daya Bay foi
transportado para a usina piloto em 2004. A empresa China National Nuclear
Corp-CNNC planeja ter uma unidade de reprocessamento em operação
comercial até 2025.
Conforme planejam, o país também pretende desenvolver energias limpas,
como hidroelétricas, nuclear, eólica e solar. Tudo isso visando melhorar o
sistema e diminuir a pressão sobre o meio ambiente.
Devido a crise nuclear causada no Japão, após os terremotos e tsunamis, o
conselho de Assuntos da China, ordenou uma inspeção geral de segurança
das centrais nucleares e suspendeu qualquer aprovação de futuros projetos de
usinas.

Angola

A Angola quer começar a investir em usinas nucleares como forma de


aumentar sua capacidade energética. De acordo com o anúncio do ministro da
Ciência e Tecnologia angolano, João Baptista, a Angola não tem interesse em
se aproveitar de tecnologias nucleares, se não para meios pacíficos, afirmando
ser contra o armamento nuclear. O interesse nuclear angolano se mostra
apenas para garantir desenvolvimento econômico social do país. Correm
rumores de que a Angola contará com o apoio da China, um dos maiores
produtores de matriz energética nuclear. Acredita-se que as jazidas de urânio
abundantes na Angola, atraem o interesse da China irá oferecer em troca a
“formação de quadros e a abertura de uma ou duas centrais nucleares”.
Em contrapartida a Angola ainda não apresenta condições necessárias
para implementação nuclear no país.

Programa do Governo angolano inclui três novos projetos na área do


ensino da Física Nuclear, da Radioterapia e da Medicina nuclear, das infra-
estruturas radioactivas e estudos de fertilidade do solo, para os anos de 2009-
2011.

Nigéria

Nigéria, sendo nova no cenário energético nuclear, começa seu primeiro


projeto de uma central. Com termos e condições precisos e necessários, a
Nigéria só poderá começar a botar em prática seus projetos, depois de ter
cumprido com as normas de segurança estabelecidas por órgãos
internacionais regulamentares.

A companhia Russa – Rosatom – assinou um acordo de cooperação com


a Nigéria visando garantir o uso pacifico da energia nuclear. Além de tudo, a
construção só vai iniciar-se quando obtiverem uma mão-de-obra adequada,
necessária para garantir o seu perfeito funcionamento.

O presidente russo Dmitri Medvedev deve iniciar na Nigéria uma visita


centrada essencialmente no processo de energia com a conclusão de acordos
nos domínios do gás e da energia nuclear.

Vários entre e Nigéria e outros países devem ser assinados para


cooperação nos domínios do espaço e sobre a proteção dos investimentos de
ambos.
O presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo, afirmou que o seu país "não
está interessado" por tornar-se numa potência nuclear.
A Nigéria hoje disputa com a Angola o primeiro lugar de maior produtor de
petróleo bruto na África.
 
Vaticano

Desde que o assumiu o papado, Bento XVI tem mostrado com clareza sua
preocupação com a destruição ambiental. Fazendo questão de mostrar o bom
exemplo de ecologista. O Vaticano já pediu diretamente na ONU um completo
desarmamento nuclear, exigindo uma redefinição de toda a estratégia nuclear,
alegando que a paz não será alcançada através de armas. Seu exato pedido
foi "um desarmamento nuclear progressivo e acordado, e o favorecimento ao
uso pacífico e garantido da tecnologia nuclear para o real desenvolvimento".

Mostrando sua forte opinião, acreditam que a energia nuclear só deve ser
usada para fins pacíficos, chegando a defender seu uso na chamada formas de
energia limpa. O Cardeal Renato Martino, afirma que eles não têm intenção de
proibir todo e qualquer uso da energia nuclear, mais sim em estudos na
tecnologia nuclear, no campo agrícola, medicinal e energético, rejeitando as
arma atômicas e destinando a verba das despesas militares ao
desenvolvimento de países pobres.
O Cardeal Renato Martino, afirma que não esquece os desastres
nucleares, mas considera que é tempo de “formular corretamente a questão e
de fixar com racionalidade os pontos fundamentais de uma hipotética política
nuclear”. Alega também que energia nuclear deve ser parte uma matriz
energética equilibrada, junto com "formas de energia limpa".

Chile

O Chile possui apenas dois reatores nucleares, ativos no país desde 1975,
CCHEN – Comissão Chilena de Energia Nuclear- e responsável pela
fiscalização desses reatores. Sendo esses dois reatores para pesquisas, não
possuindo nenhum reator nuclear comercial. O governo Chileno afirma que
seus reatores não têm capacidade de desenvolver armas nucleares, seu lixo
radioativo é mínimo, seus reatores são construídos para pesquisas científico-
tecnológica. Embora guardado pelo exército Chinelo, não têm nenhum uso
militar. Existem diversos projetos, visando melhorias na segurança e
infraestrutura, além da preocupação de onde guardar apropriadamente seu lixo
radioativo.

Alegando usar energia nuclear apenas para fortalecer pesquisa


tecnológica, por meio de prática, usam seus recursos nucleares unicamente
para fins pacíficos. Muitos de seus pactos se concentram na formação de
cientistas chinelos e profissionais da energia nuclear, com ênfase nos recursos
humanos, possibilitando também intercâmbio de profissionais e especialistas.
O Chile já assinou acordo com a França com a intenção de impulsionar a
cooperação nuclear civil, tendo em foco a formação técnica. Ainda contribuindo
com a Agência internacional da Energia em programas de auto-avaliação como
preparação para uma nova construção.

Índia

Possui 17 reatores nucleares operando, mais 6 usinas em construção e


ainda 10 projetos oficiais que devem ter sua construção iniciadas até 2012.
Espera-se que até 2020 sejam encomendados 25 novos reatores, para suprir
as necessidades de energia de um país tão imenso. A Índia desenvolve um
programa próprio de geração nuclear.

Ressaltando que a Índia não tem participação no TNP – Tratado de Não


Proliferação de armas nucleares -, sendo assim, enfrentando problemas de
fornecimento de combustível para suas usinas. De todos os seus reatores, e
até os em construção, somente 6 a AIEA tem permissão de inspecionar e
fiscalizar.
Existem restrições - com mais de 30 anos em operação – sobre o
fornecimento de material sensível a Índia. Agora, depois de muito tempo as
empresas americanas estão autorizadas a fornecer material, equipamento e
tecnologia nuclear ao país. Além dos EUA a NSG – Nuclear Suppliers Group –
composta por 45 países fornecedores de material nuclear, modificou também
suas diretrizes, permitindo o fornecimento de tais matérias a Índia.
Espera-se que a Índia se torne um grande comprador de urânio, visto que
importa 70% das suas necessidades energéticas. Um sistema de
reprocessamento de lixo nuclear está adiantado e ajudará com o problema de
escassez de energia do país.

A Índia tem a pretensão de criar uma nova usina ‘ecológica’, querendo


usar o metal Tório como substituto do urânio, garantindo assim sua
independência energética, a criação dessa usina possibilitará um novo caminho
para a geração civil de energia nuclear, esse sendo um dos poucos projetos no
mundo

Iraque

O Iraque já possuiu reatores nucleares, porém foram destruídos por


aeronaves inglesas e americanas. Após 19 anos desse acontecimento o Iraque
pretende reator seu programa nuclear, voltando as negociações, e buscando
apoio com a Agência internacional de energia atômica, o Iraque conta com uma
parceria com a indústria nuclear francesa, para que os mesmos reatores
destruídos, sejam reconstruídos.

O ministro de Ciências e Tecnologia do Iraque, Raid Fahmi afirmar que a


retomada com o programa nuclear visa o investimento em pesquisas
científicas, como fins pacíficos e práticos, usando em áreas como na medicina
e agricultura. Texto inglês, não aposta nessa idéia iraquiana, afirmando que a
energia no país e antiquada e não atende as necessidades da população

Como mostra um protocolo firmado, a própria AIEA tem permissão de


vistoriar se já material ou atividades secretas nucleares no país árabe, além de
responsabilizar o Iraque, para com o cumprimento de maneira total no acordo
com garantias de utilizar-se apenas para fins pacíficos. Dabbagh afirmou
também que o Iraque tem o objectivo de não-proliferação nuclear

Estado de Israel

Hoje, Israel possui dois reatores nucleares, apenas um deles e aberto a


pesquisas e inspeções e o outro se acredita já ter algum envolvimento com
armamento nuclear. As matrizes energéticas de Israel são basicamente carvão
e gás importado.

Israel quer construir uma nova central nuclear com os vizinhos árabes, o
ministro nacional de infraestrutura de Israel, Uzi Landau, descata o interesse
que o país tem em energia nuclear desde os anos 70, com a intenção de
reduzir dependência energética, além de mostrar que a construção de uma
nova usina estaria sujeira a controles estritos de segurança.

Mesmo Landau, afirmando que o país tenha capacidade de construir,


completamente sozinho uma nova usina nuclear, Israel prefere fazer isso com
parceria com outro país, suas palavras foram: - Israel tem a infraestrutura
técnica, o conhecimento e a motivação para executar uma obra assim.
Esperamos fazê-lo em colaboração com os cientistas e os engenheiros de
nossos vizinhos árabes. Esperamos fazê-lo na região e devemos fazer para a
região.

Em contrapartida a tudo isso, a mais recente tragédia do ano de 2011,


sobre os tsunamis e terremotos no Japão causando uma ‘crise nuclear’, ainda
gera polêmica sobre o assunto energia nuclear. Em reportagem o primeiro-
ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se mostrou balançado quanto a idéia
de uma nova usina, o fazendo reconsiderar os projetos de construção, que já
estava estacionado há vários anos.
 
 
 
Bolívia

A Bolívia conta com niveis de grande potencial energético em seu território,


tanto na parte das energias alternativas, quanto nas tradicionais. Evo Morales,
atual presidente da Bolivia, afirma ter grandes sonhos, relacionado ao assunto
energia nuclear, com suas palavras afirma: ‘Sonho eu, sonhemos todos para
termos este tipo de energia e exportemos energia’. Ao que parece, o país conta
com matéria-prima para tal, e sendo a intenção, imitar a exportação deste tipo
de energia. O interesse de Morales por energia atômico, deve-se ao fato de ter
visitado o Irã, e lá notado o progresso do país depois de implementar usinas
nucleares com fins pacíficos. Sendo assim, tem-se a mesma intenção, a nova
usina – cujo nome não mencionou – tem fins pacíficos e energéticos, é para
produzir energia e exportar energia, não estando interessados em bombas ou
armas atômicas.

Cuba

Atualmente, Cuba não possui usinas nucleares completas, apenas 2 em


construção. Seu antigo presidente Fidel Castro, já alertou a todos sobre os
perigos de uma guerra nuclear, inspirado pela conferência do norte-americano
Alan Robock que considera que só o desarmamento evitará a possibilidade de
uma catástrofe ambiental decorrente de uma confrontação nuclear. Fidel
também deixa claro seu apoio ao plano de desenvolvimento de energia nuclear
do Irã.

Professores, investigadores e estudante cubanos, do instituto superior de


ciências e tecnologias nucleares, refizeram seu compromisso de continuar suas
pesquisas para o uso de energia nuclear por meios pacíficos. Os especialistas
retificaram sua convicção dos benefícios desse tipo de recurso energético, em
função da economia, natureza e meterologia. O instituto em questão se
encarregada da formação de novos profissionais e a formação do talento
sustentado em uma plataforma segura. Também oferecem cursos de
especialização em engenharia, física nuclear e radioquímica
Referências bibliográficas

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http://www.onu-brasil.org.br/conheca_onu.php
http://www.un.org/en/aboutun/
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