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TUTORIA UJ 2024.

DEBATE SOBRE A UTILIZAÇÃO OU NÃO DE ARMAMENTO


NUCLEAR PARA DEFESA DE SOBERANIA.

No contexto de segurança nacional, você acredita que a posse e o uso de armas


nucleares são fundamentais para preservar a soberania dos países? Por favor,
selecione uma das opções abaixo:

o Sim, armas nucleares são essenciais para garantir a soberania nacional.

o Não, existem alternativas mais eficazes e éticas para assegurar a soberania sem
recorrer as armas nucleares.

INFORMAÇÕES A SEREM LEVADAS EM CONSIDERAÇÃO

Implicações Globais e Tratados Internacionais


Tratado de Não Proliferação Nuclear
O Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) é um acordo internacional assinado em
1968 com o objetivo de evitar a disseminação de armas nucleares e promover a
cooperação internacional para a utilização pacífica da energia nuclear. Atualmente, 191
países são signatários do TNP, incluindo os cinco países que possuem armas nucleares
reconhecidos pelo tratado: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China.
O TNP estabelece três pilares principais: não proliferação de armas nucleares,
desarmamento nuclear e cooperação para o uso pacífico da energia nuclear. Os países
signatários se comprometem a não desenvolver, adquirir ou transferir armas nucleares,
bem como a não ajudar ou encorajar outros países a fazê-lo. O tratado também prevê a
realização de negociações de boa-fé para o desarmamento nuclear e a cooperação entre
os países para o uso pacífico da energia nuclear.
PAISES COM ARMAS NUCLEARES ATIVAS

Estados Unidos:
São o primeiro país do mundo a ter desenvolvido a bomba atômica estima-se que os
Estados Unidos possuam cerca de 5.550 armas nucleares, sendo que aproximadamente
1.750 estão em estado operacional e prontas para uso imediato.
Rússia:
A Rússia é o país com o maior arsenal nuclear do mundo, com cerca de 6.850 ogivas
nucleares. O país tem investido em modernização e desenvolvimento de novas armas
nucleares, como mísseis hipersônicos e drones submarinos.
China:
A China é o terceiro país do mundo com a maior quantidade de armas nucleares, com
cerca de 350 ogivas nucleares. O país tem investido em modernização e desenvolvimento
de novas armas nucleares, como mísseis balísticos intercontinentais e mísseis de cruzeiro.
Índia:
A Índia é um dos países que possuem armas nucleares, com cerca de 150 ogivas nucleares.
O país tem uma política de “não primeiro uso” de armas nucleares, ou seja, só usaria
armas nucleares em caso de ataque nuclear contra o país.
Paquistão:
O Paquistão é outro país que possui armas nucleares, com cerca de 160 ogivas nucleares.
O país também tem uma política de “não primeiro uso” de armas nucleares.
Reino Unido:
O Reino Unido é um dos países que possuem armas nucleares, com cerca de 200 ogivas
nucleares. O país tem uma política de “não primeiro uso” de armas nucleares.
França:
A França é outro país que possui armas nucleares, com cerca de 300 ogivas nucleares. O
país tem uma política de “não primeiro uso” de armas nucleares.
Coreia do Norte:
A Coreia do Norte é um dos países que possuem armas nucleares, com um número
estimado de 30 a 40 ogivas nucleares. O país tem realizado testes nucleares e tem
investido em programas de desenvolvimento de armas nucleares, o que tem gerado
tensões com outros países da região.
PAÍSES COM CAPACIDADE NUCLEAR LATENTE

Irã:
O Irã é um dos países que mais preocupa a comunidade internacional em relação à latência
nuclear. Embora o país afirme que seu programa nuclear é pacífico e tem fins energéticos,
muitos países acreditam que o Irã está tentando desenvolver armas nucleares. O Irã é
signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), mas tem sido criticado por não
permitir inspeções internacionais em suas instalações nucleares.
Japão:
O Japão é um dos países mais avançados em termos de tecnologia nuclear. Embora o país
tenha sofrido as consequências de um ataque nuclear durante a Segunda Guerra Mundial,
ele possui uma das maiores usinas nucleares do mundo. O Japão também tem a
capacidade de produzir plutônio, que pode ser usado para produzir armas nucleares. No
entanto, o Japão tem uma política de não proliferação nuclear e é signatário do TNP.

2022
ONU (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS)

A Assembleia Geral da ONU realiza a 10ª Conferência de Revisão das Partes do Tratado
de Não-Proliferação de Armas Nucleares até 26 de agosto. O evento reúne Estados-
membros, organizações internacionais e sociedade civil.
O objetivo do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, um documento
internacional histórico que entrou em vigor em 1970, é impedir a disseminação de armas
nucleares, promover a cooperação no uso da tecnologia nuclear para fins pacíficos e
promover o objetivo de alcançar o desarmamento nuclear. A cada cinco anos, altos
funcionários dos Estados signatários se reúnem para revisar o funcionamento do Tratado.

Tensões geopolíticas
Na abertura da conferência, o secretário-geral da ONU alertou sobre o risco crescente de
uma catástrofe nuclear. António Guterres destacou as ameaças de uso deste tipo de
armamento, que vem aprofundando as crises geopolíticas. Para ele, a desconfiança
substituiu o diálogo e a desunião ficou no lugar do desarmamento.
COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA

As armas mais terríveis já inventadas


As armas nucleares são as armas mais terríveis já inventadas: nenhuma arma tem maior
poder de destruição e causa tanto sofrimento humano indescritível; não havendo maneira
de controlar o alcance da precipitação radioativa ou a duração dos seus efeitos.
Uma bomba nuclear detonada em uma cidade mata, no instante, dezenas de milhares de
pessoas, e dezenas de milhares mais sofrerão as lesões horríveis, morrendo
posteriormente por exposição à radiação.
Além da imensa perda imediata de vida, uma guerra nuclear poderia causar danos
duradouros ao nosso planeta. Poderia interromper severamente o ecossistema e reduzir as
temperaturas globais, causando escassez de alimentos no mundo todo.

A experiência em primeira mão da Cruz Vermelha


Em agosto de 1945, após os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, a Cruz
Vermelha Japonesa, apoiada pelo CICV, tentou levar socorro aos milhares de feridos e
moribundos. A magnitude das necessidades nos derrotou e, desde então, o Movimento
Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho tem sido um forte promotor de
um mundo livre de armas nucleares. Milhares de seres humanos nas ruas e jardins do
centro da cidade, atingidos por uma onda de um imenso calor, morriam como moscas.
Outros ficavam se contorcendo como bichos, queimados de um modo atroz, Todas as
casas particulares, armazéns, etc., desapareceram como se tivessem sido varridas por um
poder sobrenatural. Os trens foram arrancados dos trilhos.... Cada ser vivente estava
petrificado em uma posição de dor aguda.
- Dr. Marcel Junod, delegado do CICV e primeiro médico estrangeiro em chegar a
Hiroshima para avaliar os efeitos do bombardeio

HIROSHIMA NAGASAKI
Morreram 140 mil mil pessoas no Morreram 74 mil pessoas no bombardeio
bombardeio
40% da população da cidade foi morta 60% da cidade foi morta pela bomba
pela bomba atômica atômica
‘’O bombardeio ocorreu em 1945’’
No primeiro segundo, há uma luz branca ofuscante e um calor enorme. No primeiro dia,
os incêndios consomem a cidade. Não há forma de combatê-los. A pele sofre queimaduras
graves. Na primeira semana, os hospitais que ainda funcionam não têm capacidade para
atender os feridos. Outras pessoas, que parecem estar bem, de repente ficam doentes e
morrem por excesso de radiação. No primeiro ano, a radiação atinge a água e o solo. O
cultivo e os animais são contaminados. Em 10 anos, parabéns, pode ser que você não
tenha leucemia ou outra forma de câncer, mas muitos dos seus amigos têm. Você fica
com medo de que a doença apareça. Em 30 anos, você olha para os seus filhos e se
pergunta se transmitiu a eles os efeitos da radiação. Em 70 anos, você continua indo ao
médico para fazer exames. Ele diz que é um milagre que você esteja vivo. As
consequências humanitárias das armas nucleares são terríveis e atravessam gerações.
Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

GUERRA NUCLEAR E PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS


DIREITOS HUMANOS.

ARMAS NUCLEARES E DIREITOS HUMANOS

A guerra é, por natureza, a negação sistemática dos direitos da pessoa humana. No


preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos do Homem, inscreve-se «que o
reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus
direitos iguais e inalienáveis é o fundamento de liberdade, da justiça e da paz no mundo».
O artigo 39 da mesma Declaração prescreve que «todo homem tem direito à vida, à
liberdade e à segurança pessoal». Estes enunciados não expressam direitos novos e sim
princípios inarredáveis da condição humana. Dentro da mesma linha, Convenção
Interamericana sobre Direitos Humanos reitera que o ideal do ser humano livre só poderá
ser realizado «isento do temor e da miséria, se forem criadas condições que permitam a
cada pessoa gozar dos seus direitos econômicos, sociais e culturais, bem como dos seus
direitos civis e políticos». Os artigos 49 e 5 reafirmam o direito à vida, à integridade física,
psíquica e moral. A guerra nuclear configura violação desses direitos essenciais na
medida em que a força arrasadora liberada pelas armas nucleares, como se sabe, ameaça
a sobrevivência do gênero humano. A utilização de armas nucleares, segundo Resolução
da Assembleia Geral da ONU», seria um crime de lesa humanidade».14 As precipitações
radioativas resultantes das explosões nucleares na atmosfera, espalhando os venenosos
estrôncios — 90, césio — 137 e o iodo — 131, por vastas áreas do globo, a milhares de
quilômetros do centro das explosões, representam flagrantes violações dos Direitos
Humanos ao ameaçar o mais elementar de todos, o direito à vida.
Referencias:
https://administracaopolitica.com.br/paises-que-tem-bomba-nuclear/.
Acesso em 27 de março de 2024.
Bibliografia
Armas nucleares. Disponível em: <https://www.icrc.org/pt/guerra-e-o-
direito/armas/armas-nucleares>. Acesso em: 31 mar. 2024.
https://www.icrc.org/pt/document/armas-nucleares-uma-ameaca-
intoleravel-para-humanidade

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