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XII SEMINÁRIO DE PESQUISA

PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA / UECE


21 A 23 DE SETEMBRO DE 2022

VIVER SEM TEMPO MORTO


Crítica da reificação do tempo na sociedade do espetáculo

Área de Conhecimento: Filosofia Social e Política

Inácio José de Araújo da Costa1


RESUMO
Este trabalho busca refletir sobre o fenômeno da reificação do tempo tomando como
referência a teoria crítica social desenvolvida pelo grupo Internacional Situacionista
(1957-1972), com ênfase no autor francês Guy Debord (1931-1994). Para Debord e os
situacionistas, o desenvolvimento da economia capitalista a partir do segundo pós-
guerra trouxe como consequência a reificação e instrumentalização mercantil de cada
aspecto da vida cotidiana. Dentre os aspectos reificados da vida, está a perda da
sensação de passagem do tempo e da fruição da finitude, sequestradas pela lógica do
mercado e escondidas nas rotinas incessantes de trabalho e de consumo de mercadorias
e informações. Como conclusão parcial, este trabalho sustenta que Debord e os
situacionistas concebem a experiência da vivência do tempo na sociedade moderna,
chamada de “sociedade do espetáculo”, como “tempo morto” (temps mort), e em
contraposição ao tempo reificado pela economia mercantil, defendem o “tempo vivido”
(temps vécu).
PALAVRAS-CHAVE: Tempo. Espetáculo. Consumo.

1
Graduado em Filosofia modalidade Licenciatura pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre e
doutorando em Filosofia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFC.

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