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CLÍNICA DE TRATAMENTO

ONCOLÓGICO FEMININO
A IMPORTÂNCIA DA NATUREZA E HUMANIZAÇÃO NO TRATAMENTO

ANNA CAROLINE ARNAUT D'ANGELO


UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU SÃO PAULO
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO 2022

CENTRO DE TRATAMENTO
ONCOLÓGICO FEMINO
A IMPORTÂNCIA DA NATUREZA E HUMANIZAÇÃO NO TRATAMENTO

Trabalho Final de Graduação apresentado ao curso de


Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Judas
Tadeu, como requisito parcial para obtenção do Grau
de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
ORIENTADORA: PROFª FANNY SCHROEDER F. ARAUJO

02
AGRADECIMENTOS:
Gostaria de agradecer, primeiramente a Deus, por ter me dado
forças e me conduzir até aqui.

Aos meus pais, por terem me apoiado desde o começo do curso, em


especial minha mãe Francyne e meus irmãos Giovanna e Guilherme
que não me deixaram desistir, ao meu namorado Bruno que sempre
me apoiou e compreendeu essa jornada longa cansativa.

Aos amigos que conquistei ao longo do curso, a Beatriz e Micaelly,


na qual compartilharam noites exaustivas de entrega e foram
fundamentais na minha formação.

E por fim, agradecer a todos os meus professores que conheci ao


longo do curso, nos quais sempre compartilharam os melhores
conhecimentos, em especial minha orientadora e professora Fanny,
por me nortear nas escolhas da minha pesquisa e projeto.

DEDICATÓRIA:
Este trabalho, foi pensado e dedicado aos meus avós Laercio e Vera,
e a minha madrinha Lourdes, na qual batalharam com muita força
nessa luta contra o câncer. Em épocas diferentes, mas que
enfrentaram com muita sabedoria.

Pessoas que foram extremamente importantes para mim, que


sempre cuidaram e ensinaram tudo o que tinham e que sempre
estarão comigo.

03
RESUMO: ABSTRACT:

O projeto apresentado, baseia-se em pesquisas realizadas na cidade The project presented is based on research carried out in the city
São Paulo, com foco na Zona Leste da capital, sobre a carência de of São Paulo, focusing on the capital's East Zone, on the lack of
centros de tratamento oncológicos especializados, principalmente specialized female cancer treatment centers, with special and
voltado ao publico feminino, com cuidados especiais para os humanized care for patients and families.
pacientes e familiares.
The focus of research and design is aimed at humanizing
O foco da pesquisa e projeto, é voltado a humanização dos environments, promoting the well-being of patients through colors
ambientes, promovendo o bem estar dos pacientes através das and contact with nature.
cores e contato com a natureza.
Living with the other patients and companions, in a pleasant and
O convívio com os demais pacientes e acompanhantes, em um bright environment, will be the focus of the project, bringing quality
ambiente agradável e iluminado, serão o foco do projeto, trazendo care and a feeling of exclusivity, by serving only the female
qualidade nos atendimentos e sentimento de exclusividade, por ser audience, thinking about the health and well-being of women.
voltado apenas para o público feminino, pensando na saúde e bem-
estar da mulher.

04
LISTA DE FIGURAS:

FIGURA 1: ILUSTRAÇÃO DESENVOLVIMENTO CELULAR PÁGINA: 12

FIGURA 2: TIPOS DE CÂNCER MAIS FREQUENTES NAS MULHERES, NO PERÍODO DE JAN/2000 A MAR/2021 PÁGINA: 13
FIGURA 3: EXTERIOR DO HOTEL DIEU, EM PARIS PÁGINA: 16
FIGURA 4: PLANTA BAIXA DO HOTEL DIEU, EM PARIS PÁGINA: 17
FIGURA 5: REDE SARAH KUBITSCHEK LAGO NORTE PÁGINA: 18
FIGURA 7: RECEPÇÃO E ENTRADA PRINCIPAL DE HOSPITAL PÁGINA: 20
FIGURA 8: SOUTHSIDE HOSPITAL PÁGINA: 20
FIGURA 9: SEDE ALLIANDER PÁGINA: 20
FIGURA 10: VISÃO DO BAIRRO, PRÓXIMO A AVENIDA PRINCIPAL PÁGINA: 23
FIGURA 11: LOCALIZAÇÃO DO BAIRRO, NA CAPITAL DE SÃO PAULO PÁGINA: 23
FIGURA 12: LOCALIZAÇÃO DO TERRENO PÁGINA: 24
FIGURA 13: VISTA DO TERRENO PÁGINA: 24
FIGURA 14: LATERAL DIREITA PÁGINA: 24
FIGURA 15: CRUZAMENTO DE VIAS PÁGINA: 24
FIGURA 16: LATERAL ESQUERDA PÁGINA: 24
FIGURA 17: TEMPERATURA MÉDIA AO LONGO DOS MESES EM SÃO PAULO PÁGINA: 31
FIGURA 18: ROSA DOS VENTOS PÁGINA: 31
FIGURA 19: AMANHECER - 8:00 AM PÁGINA: 31
FIGURA 20: PÔR DO SOL - 5:00 PM PÁGINA: 31

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LISTA DE FIGURAS:

FIGURA 21: ZAANS MEDISCH CENTRUM PÁGINA: 33


FIGURA 22: CRONW SKY GARDEN PÁGINA: 33
FIGURA 23: CENTRO KATHLEEN KILGOUR PÁGINA: 33
FIGURA 24: ZAANS MEDISCH CENTRUM - VISTA EXTERNA PÁGINA: 34
FIGURA 25: ZAANS MEDISCH CENTRUM - VISTA SUPERIOR PÁGINA: 35
FIGURA 26: ZAANS MEDISCH CENTRUM - CORREDORES PÁGINA: 35
FIGURA 27: ZAANS MEDISCH CENTRUM - VISTA EXTERNA PÁGINA: 35
FIGURA 28: ZAANS MEDISCH CENTRUM - CORREDORES PÁGINA: 35
FIGURA 29: ZAANS MEDISCH CENTRUM - SALÃO PÁGINA: 36
FIGURA 30: ZAANS MEDISCH CENTRUM - CORREDORES PÁGINA: 36
FIGURA 31: ZAANS MEDISCH CENTRUM - SALA INFANTIL PÁGINA: 36
FIGURA 32: ZAANS MEDISCH CENTRUM - PAGINAÇÃO DOS PAVIMENTOS - ''RUAS'' PÁGINA: 37
FIGURA 33: ZAANS MEDISCH CENTRUM - DIAGRAMA PÁGINA: 37
FIGURA 34: ZAANS MEDISCH CENTRUM - PLANTA BAIXA PÁGINA: 37
FIGURA 35: CRONW SKY GARDEN - JARDIM PÁGINA: 38
FIGURA 36: CRONW SKY GARDEN - JARDIM PÁGINA: 38
FIGURA 37: CRONW SKY GARDEN - JARDIM EXTERNO PÁGINA: 38
FIGURA 38: CRONW SKY GARDEN - JARDIM EXTERNO PÁGINA: 39
FIGURA 39: CRONW SKY GARDEN - JARDIM EXTERNO PÁGINA: 39

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LISTA DE FIGURAS:

FIGURA 40: CRONW SKY GARDEN - PLANTA BAIXA PÁGINA: 40


FIGURA 41: CRONW SKY GARDEN - CORTE ESQUEMATICO PÁGINA: 40
FIGURA 42: CRONW SKY GARDEN - ESQUEMA JARDIM PÁGINA: 40
FIGURA 43: CENTRO KATHLEEN KILGOUR - VISTA EXTERNA PÁGINA: 41
FIGURA 44: CENTRO KATHLEEN KILGOUR - RECEPÇÃO PÁGINA: 41
FIGURA 45: CENTRO KATHLEEN KILGOUR - CORTE PÁGINA: 42
FIGURA 46: CENTRO KATHLEEN KILGOUR - PLANTA BAIXA PÁGINA: 42
FIGURA 47: CENTRO KATHLEEN KILGOUR - CONVIVÊNCIA PÁGINA: 43
FIGURA 48: CENTRO KATHLEEN KILGOUR - CORREDOR PÁGINA: 43
FIGURA 49: IMPLANTAÇÃO TFG 1 PÁGINA: 45
FIGURA 50: VOLUMETRIA, VISTA ESQUERDA PÁGINA: 45
FIGURA 51: VOLUMETRIA, VISTA CENTRAL PÁGINA: 45
FIGURA 52: SETORIZAÇÃO TFG 1 PÁGINA: 46
FIGURA 53: FLUXOGRAMA PÁGINA: 46
FIGURA 54: VOLUMETRIA VISTA DIREITA PÁGINA: 50
FIGURA 55: VOLUMETRIA VISTA ESQUERDA PÁGINA: 50

ABREVIATURAS:
INCA - INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER
IBCC - INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTROLE DO CÂNCER
SBC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE CANCEROLOGIA
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''Se o corpo fosse mais fácil de entender, ninguém
imaginaria que temos uma mente.''
- Richard Rortry
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 5. ESTUDOS DE CASOS

5.1. ZAANS MEDICAL CENTER


5.2. CRONW SKY GARDEN

2. ONCOLOGIA 5.3. CENTRO DE NEURORREABILITAÇÃO SARAH

2.1. O QUE É ONCOLOGIA?


2.2. SAÚDE DA MULHER
2.3. TIPOS E ESTIMATIVAS
6. PROJETO INICIAL

2.4. DESENVOLVIMENTO E HÁBITOS 6.1. PROJETO INICIAL

2.5. TIPOS DE TRATAMENTOS 6.2. CONSIDERAÇÕES FINAIS

3. ARQUITETURA HOSPITALAR 7. PROJETO FINAL

7.1. PROGRAMA DE NECESSIDADES


3.1. A EVOLUÇÃO DOS HOSPITAIS
7.2. QUADRO DE ÁREAS
3.2. ARQUITETURA HOSPITALAR HUMANIZADA
7.3. DIAGRAMAS
3.3. PALETA DE CORES E ILUMINAÇÃO

4. CONTEXTUALIZAÇÃO DO LOCAL 8. BIBLIOGRAFIA

09
INTRODUÇÃO

A arquitetura possui grande importância nos ambientes No primeiro capítulo, abordo sobre estatísticas de caso nas
humanizados hospitalares, sendo cada vez mais presente nos mulheres, os tipos de neoplasias, a importância do
projetos, dando ênfase na qualidade e afastando o aspecto hostil acompanhamento médico anual, hábitos que ajudam a prevenir e
que predominava nesse tipo de edificação. os tipos de tratamento existentes no momento.

A humanização dos ambientes, trata o homem como foco principal Em seguida, trago o importância da arquitetura para a
do projeto, aproximando os ambientes físicos dos valores humanos. humanização dos ambientes, com o uso de iluminação, cores,
Essa arquitetura possui grande relação com a iluminação, uso das jardins terapêuticos e desde quando começou a se pensar no bem-
cores com relação ao espaço, conforto térmico, ventilação natural e estar, para todos que frequentam o ambiente, removendo o
ligação com a natureza entre os espaços de convivência, provocando aspecto hostil que se encontra até hoje em prédios mais antigos.
os estímulos sensoriais benéficos aos seres humanos.
Tendo como base a infraestrutura que precisamos para dar
Segundo pesquisas realizadas, a região da Zona Leste (a segunda funcionalidade à clínica, no capítulo quatro é realizado o estudo do
maior de São Paulo), possui apenas 2 (dois) hospitais especializados local e seu arredor, entendendo o fluxo de mobilidade,
no tratamento oncológico (reconhecido pelo Instituto Nacional do predominância no uso do solo, condições climáticas e histórico do
Câncer), sendo eles o Hospital Santa Marcelina e o Hospital local.
Brasileiro de Controle ao Câncer (IBCC).
O projeto final tem como objetivo melhorar a experiências ao longo
O bairro da Mooca, localizado na zona leste de São Paulo, é do tratamento e estimular o convívio entre os usuários, adotando
caracterizado por seu uso predominantemente residencial, contando técnicas projetuais e construtivas.
com um grande eixo de mobilidade, vasta infraestrutura e próximo a
zona central e sul da capital.

Pensando nessas problemáticas, o objetivo desse trabalho é


conscientizar a importância da descoberta precoce, conscientização
nos centros de doações, auxilio em acesso rápido para os principais
exames, ambientes humanizados para tratamento e espaços amplos
para convivência e descompressão.

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2. ONCOLOGIA
2.1 O QUE É ONCOLOGIA? 2.2 SAÚDE DA MULHER

A oncologia é uma especialidade médica que estuda a neoplasia e No Brasil, as principais causas de morte na população feminina
tumores na qual podem ser benignos ou malignos. estão relacionadas com doenças cardiovasculares, endócrinas
(nutricionais e metabólicas), respiratórias (pneumonias) e
Por uma série de fatores, sendo eles genéticos ou por hábitos e neoplasias, principalmente ao câncer de mama, pulmão e sistema
estilo de vida, pode ser notada uma divisão celular irregular, gerando reprodutor.
um crescimento ou multiplicação de forma desordenada, podendo
assim gerar uma neoplasia. Entende-se que, as mudanças de hábitos, aliados ao stress gerado
pelo estilo de vida do mundo moderno, contribuem para que as
Com o avanço da tecnologia e estudos, hoje existem métodos mais doenças crônico-degenerativas estejam entre as principais causas da
eficazes para o tratamento da doença, sendo eles a quimioterapia, morte na população feminina. Fatores como, alimentação,
radioterapia, cirurgia, transplante ou a imunoterapia. No entanto é sedentarismo, tabagismo e sobrecarga de responsabilidades, tem
fundamental que o mesmo seja diagnosticado precocemente, com forte relevância no perfil feminino. (2004,MINISTÉRIO DA SAÚDE)
exames feitos anualmente ou comparecendo ao médico após
identificar qualquer anormalidade. (2020, RENATO BARRA) Segundo dados do INCA, em 20 anos no Brasil (1979-1999),
observa-se um aumento de 14,72% na taxa bruta de mortalidade,
comparando-se dois períodos de 5 anos, no período de 1979 a 1983
e de 1995 a 1999. Nos primeiros 5 anos, constatam-se variações
significativas, com aumento de 1,82% no câncer de mama e 2,25%
no câncer de traqueia, brônquios e pulmões. Já no segundo período,
os casos de óbito são de 15,55% (câncer de mama) e 7,91% na
traqueia, brônquios e pulmões.

Portanto, entende-se que uma das doenças que tendem a ser fatais
no Brasil, é o câncer, e que está ligado ao sistema reprodutor
FIGURA 01: ILUSTRAÇÃO DESENVOLVIMENTO CELULAR feminino e respiratório. Clínicas que são especializadas na saúde
FONTE: INCA
feminina, conseguem atender de forma humanizada aos pacientes,
tentando amenizar o sofrimento e dor que o tratamento vem a
causar. (2019, MINISTÉRIO DA SAÚDE)

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2.3 TIPOS E ESTIMATIVAS

Os diferentes tipos de câncer que vemos ao lado, são agrupados nas


seguintes categorias: carcinoma, sarcoma, leucemia, linfoma,
mieloma e tumores do sistema nervoso central.

Carcinoma: são tumores malignos que possuem grandes


tendências a atingirem tecidos vizinhos, sendo os mais comuns o
câncer de mama, pulmão, próstata, pele, estômago e ovário.

Sarcoma: são tumores malignos moles, que se originam em


ossos, cartilagem, gorduras, músculos e vasos sanguíneos.

Leucemia: se caracteriza pelo acúmulo de células jovens


anormais na medula.

Linfomas e mieloma: os linfomas são tumores malignos que


podem atingir as glândulas linfáticas e se espalhar por todo o
corpo. Já o mieloma é um grupo caracterizado pela proliferação
descontrolada de células plasmáticas, principalmente em
medulas ósseas. FIGURA 02:
(2016, SBC) TIPOS DE CÂNCER MAIS FREQUENTES EM MULHERES, JAN/2000 A MAR/2021.
FONTE: REGISTRO HOSPITALAR DE CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO; DA
Segundo imagem (fig. 02) abaixo, conseguimos observar os tipos de AUTORA
câncer mais frequentes para mulheres no Estado de São Paulo nos
últimos 21 anos. Os tumores que contemplam o sistema reprodutor
feminino e o de mama, fazem parte da maior parte dos casos, com
cerca de 58% dos casos. (2020, INCA).

Com isso, se vê necessário a criação de um centro oncológico


especializado no público feminino, a fim de prestar maior suporte a
esses pacientes 13
2.4 DESENVOLVIMENTO E HÁBITOS 2.5 TIPOS DE TRATAMENTOS

Diferente do que muita gente pensa, o câncer poucas vezes é um Atualmente, sabe-se que os principais tipos de tratamentos
fator hereditário (cerca de 15%), a doença se originaliza de uma utilizados pela medicina em neoplasias malignas, são a radioterapia
mutação genética, embora a genética hereditária tenha relevância na e quimioterapias, que podem ser associadas a cirurgias, de acordo
formação do câncer, a doença pode ser evitada com hábitos e estilos com cada paciente, variando pela localização, tamanho, presença ou
de vida corretos. (CCA, 2014). não de metástase.

Segundo o site CCA (Centro De Combate Ao Câncer), a grande Existem também os tratamentos por imunoterapia, que tende a
maioria dos tumores acontecem em uma célula pela ação de combater o avanço da doença pela ativação do próprio sistema
estímulos externos (carcinógenos – tabaco, álcool, raios imunológico, visando eliminar a doença de forma eficaz e com menos
ultravioletas, algumas substâncias químicas etc.) ou internos toxicidade e a hormonioterapia, que busca inibir o crescim​ento do
(hormônios, erros no momento da cópia do DNA, entre outros). câncer pela retirada do hormônio da circulação. (2021, ANM)
(CCA, 2014).
Na imunoterapia, se possui maior eficácia em tumores de pulmão,
Para um diagnosticar a doença no início, é necessário ficar atento rins e melanoma. Já no caso da hormonioterapia, vem mostrando
aos primeiros sintomas, que podem ser: protuberância anormal ou resultados em tumores de mama, endométrio e próstata. Segundo a
inchaço, cansaço inexplicável ou falta de energia, hematomas Academia Nacional de Medicina (ANM), é importante relevar que
frequentes, sangramento anormal, dor contínua, febre e sintomas mesmo com o crescimento dos métodos, o tratamento não consegue
que não resolvem com analgésicos, perda de peso e entre outros. ter eficácia em todos os pacientes, mas nos casos que conseguem,
Alguns hábitos são de extrema importância para prevenir a doença, possui um efeito significativo. (2021, ANM)
tais como: uso de protetor solar, alimentação saudável, atividades
físicas, não ser tabagista e evitar a fumaça de cigarros, não ingerir
bebidas alcoólicas e realizar exames pelo menos uma vez ao ano
(conforme orientação médica). (CCA, 2014).

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3. ARQUITETURA HOSPITALAR
3.1 A EVOLUÇÃO DOS HOSPITAIS

A palavra hospital é de origem latina Hospitalis, vindo de hospes - Tenon em 1978, publicou cinco relatórios reunidos em uma obra de
pois antigamente nessas casas de assistência eram recebidos nome “Memoires sur les hôpitaux de Paris”, na qual acreditava na
peregrinos, pobres e enfermos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1944). organização horizontal por pavimentos no espaço hospitalar,
adotando dessa forma a ventilação cruzada, excelente iluminação
Um fator determinante para a mudança na antiga estrutura natural, estabeleceu a relação entre as dimensões de cada
hospitalar, aconteceu entre os séculos XVII e XVIII, com o grande pavimento e acreditava ter resolvido a insalubridade dos hospitais.
incêndio no Hotel Dieu, em Paris (Fig.2), com instalações insalubres, (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1944).
abrigando centenas de enfermos agrupados. Após o ocorrido, foi
estabelecida uma comissão para encontrar uma solução definitiva Com a descoberta na transmissão de germes em 1860, pelo cientista
para os hospitais. Dentre os nove membros da comissão, o médico Louis Pasteur, ocorreu uma revolução na concepção dos projetos
Jacques René Tenon obteve destaque pelo seu olhar crítico hospitalares, isolando as patologias e os pacientes em pavilhões
funcionalista, no qual analisou a fundo diversos hospitais. específicos. Com essa descoberta, se tornou necessário combater o
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1944). contágio e a transmissão das doenças, com a esterilização de
utensílios médicos e separação dos pacientes. Na arquitetura, a
composição em pavilhões múltiplos facilitava o desenvolvimento das
construções, e a integração com seu espaço de instalação,
possibilitando a criação de hospitais do tamanho de quarteirões.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1944).

Em meados do século XIX, na Guerra da Criméria (1853-1856),


Florence Nightingale, criou bases para a construção de enfermarias
com conceito de ventilação e de distribuição de pacientes, com
iluminação e higiene básica. Nightingale cria essa percepção pois
com o fim da guerra, relatou que dos 18 mil mortos, cerca de 16 mil
morreram com doenças e infecções contraídas nos hospitais e não
por conta da guerra em si.
FIGURA 03: HOTEL DIEU, PARIS (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1944).
FONTE: ALETEIA

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3.2 ARQUITETURA HOSPITALAR A atenção é dirigida em especial para os ambientes de internação,
HUMANIZADA justificando pelo fato deste ser o local de maior permanência do
paciente no hospital, e proporciona maior sensação de bem-estar.
Em meados do século XX, com o crescente interesse nas áreas de
sociologia e antropologia pela saúde, permitiram que o foco da “Projetos de hotéis onde o hóspede às vezes fica
discussão sobre os espaços hospitalares fossem renovados, sob apenas um dia exigem tratamento especial para atrair o
movimentos que buscavam reformas sanitárias em diversos países, a público. O mesmo deve ocorrer com o hospital, onde a
fim de garantir o direito universal à saúde. permanência é mais prolongada”.
(KARMAN, 1997)

Já para o João Filgueiras Lima, conhecido como Lelé, a relação da


arquitetura com a natureza possui grande importância, mesmo
necessitando de maior atenção devido a sua distribuição espacial e
seus fluxos, a beleza não deve ser excluída. O arquiteto busca a
humanização do ambiente e a beleza, através de espaços amplos e
coletivos no programa, nos quais os jardins e obras de arte são
convocados de forma a dotar o edifício da capacidade de contribuir
com o processo e cura, utilizando a ventilação e iluminação natural.
Abaixo, podemos observar a ligação da área externa ou o edifício,
conforme Lelé diz:
FIGURA 04: PLANTA BAIXA HOTEL DIEU, PARIS
FONTE: ALETEIA “Ninguém se cura somente da dor física, tem de curar a dor
espiritual também. Acho que os centros de saúde que temos feito
Dentro dessa linha, encontramos alguns arquitetos que buscam na provam ser possível existir um hospital mais humano, sem abrir
analogia com o hotel e o lar a chave para a solução da mão da funcionalidade. Passamos a pensar a funcionalidade como
humanização em espaços hospitalares, sendo alguns deles Jarbas uma palavra mais abrangente: é funcional criar ambientes em que
o paciente esteja à vontade, que possibilitem sua cura psíquica.
Karman, João Filgueiras Lima (Lelé) e Jorge Ricardo Santos de
Porque a beleza pode não alimentar a barriga, mas alimenta o
Lima Costa. espírito”. (LELÉ, 2004)

Para Karman, a interação entre o paciente e o espaço deve ser


considerada, a fim de aproximar-se cada vez mais, como um hotel.

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A escala dos objetos e espaços internos parece que se amplia, em
vez de reduzir-se e atingir um estado de bem-estar humano.
O sentido de proximidade entre os objetos, sujeitos e espaços é
necessário para a amenização do vazio do homem em crise. Urge
a necessidade de uma aproximação física, de um preenchimento
pelo afeto, com a respectiva atenuação da dor e a conquista da
aceitação individual e social”.
(COSTA, 2001)

FIGURA 05: REDE SARAH KUBITSCHEK LAGO NORTE


FONTE: “HOSPITALS”

Para Costa, a ideia do lar e da intimidade também é frequente nos


seus discursos sobre a necessidade de humanizar as arquiteturas
voltadas para a saúde. Segundo ele, o acolhimento em um hospital é
muitas vezes traumatizante, pelo fato de se tratar de um rito de
passagem, onde o indivíduo sai de seu domínio privado (ambiente
familiar), onde está sujeito a um espaço com dimensões reduzidas
FIGURA 06: HOSPITAL DA CLINICAS
(que transmitem sensação de bem-estar) e entra em um domínio FONTE: PRÓ-SANGUE
público (ambiente hospitalar), onde as grandes dimensões,
corredores extensos, transformam o espaço em um local distante e
impessoal. (Gisela e Marieli - arquitextos)

“A forma dos espaços internos sugere a dimensão do infinito, as


circulações são extremamente extensas [...]. Parece que as
referências físicas e de cura estão demasiadamente distantes do
sujeito, visto que em um estado de enfermidade o indivíduo se
torna fragilizado. A questão da proximidade nesse espaço é
fundamental para pensarmos em um ambiente que se proponha
a harmonizar e curar o indivíduo.

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3.3 PALETA DE CORES E ILUMINAÇÃO

A utilização das cores em ambientes hospitalares ou clínicos, devem O azul é indicado para hospitais e clínicas, mas deve ser utilizado
ser cuidadosamente estudados e respeitados, pois segundo com cuidado, para não induzir ao sono (LUCY, 2000).
pesquisas, a cor é considerada um grande estimulante psíquico, que
pode afetar o humor, a sensibilidade, as emoções e reflexos Verde:
sensoriais, atuando como energia tranquilizante se utilizada de O verde é a cor do nitrogênio para Amber, pois alivia e acalma
forma correta. (COSTI, 2002). tanto o físico, quanto o mental. Esta cor possui está ligada muito
ao sistema nervoso, auxiliando em casos de insônia, esgotamento
Algumas cores, devem ser utilizadas sutilmente e sempre em e irritação. (AMBER, 2000).
conjunto com outras cores, como no caso do preto, cinza, violeta e
vermelho. Outras cores como amarelo, azul, verde e branco, são Branco:
mais indicadas conforme vemos abaixo, mas em ambientes Esta cor é fortemente utilizada em hospitais, pois está associada
hospitalares, nada deve ser usado com exagero. afetivamente à ordem, simplicidade, pureza, paz, harmonia,
estabilidade e afeto. No entanto, não se deve utilizar de um espaço
Amarelo: totalmente branco. (FARINA,1990).
O amarelo é utilizado quando se procura vivacidade, alegria, leveza, Também é símbolo de pureza, paz, inocência, e fé. Sendo muito
relaxamento e brilho. (BONTEMPO, 1998) utilizado em decorações, por causa da sensação de limpeza que ele
Um espaço com essa cor, torna-se quente e expansivo, ativando a representa. (WALQUER, 1998)
mente e abrindo para novas ideias. É utilizado em passagens,
corredores ou lugares onde há pouca luz, podendo proporcionar As figuras 07, 08 e 09 mostram a importância da utilização das
sensação de espaço. (LACY,2000). cores e materiais, para uma sensação de bem estar no ambiente e
abertura zenitais para auxiliar na iluminação e ventilação natural.
Azul:
O azul favorece atividades intelectuais e a meditação, sendo uma
cor passiva, concêntrica, perceptiva e sensível reduzindo a pressão
sanguínea e inibindo a descarga de adrenalina. É conveniente pintar
as paredes de azul em locais sujeitos a muita tensão, pois
proporcionam um ambiente calmo. (BONTEMPO,1998).

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A iluminação natural, é de extrema importância em ambientes
hospitalares, considerando que os pacientes internados possuem
pouco contato com o exterior, essas aberturas tendem a proporcionar
continuidade no ritmo biológico humano, nas quais podem
acompanhar o tempo, estações e horas do dia. (MALKIN,1992).

A visão da natureza pode promover relaxamento e a recuperação


mais rápida (GAPPEL, 1995; ULRICH,1995), no entanto a altura e
localização das janelas nesses espaços possuem grande importância
e necessitam de bastante cuidado, pois em ambientes mais restritivos
a iluminação natural deve ser usada com cautela para que a
privacidade não seja invadida.
FIGURA 07: RECEPÇÃO E ENTRADA PRINCIPAL DE HOSPITAL
FONTE: ARCHIDAILY Além disso, a luz solar traz benefícios para a saúde, estimulando a
produção de vitamina D, que é essencial para várias atividades do
corpo, além de estimular a produção de melanina, prevenir doenças e
aumentar a sensação de bem-estar.

FIGURA 08: SOUTHSIDE HOSPITAL FIGURA 09: SEDE ALLIANDER


FONTE: ARCHIDAILY
FONTE: CANNON DESING
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Os hospitais, do ponto de vista do projeto arquitetônico e de seu Distrações naturais positivas: Segundo o autor, a natureza
funcionamento, são considerados complexos, possuindo uma grande por si só já é uma distração positiva, mas pode se agregar
quantidade de recursos envolvidos e amplo alcance social. (LEITNER com a arte, música, companhia de animais e que desperte a
et. al., 2020). Dessa forma, se ressalta a importância da visão, olfato, audição e o tato.
humanização hospitalar, visando a valorização e acolhimento do
espaço para gestores, pacientes e familiares. Exercícios físicos: Deve-se proporcionar meios para
exercícios em níveis de exigência variados, com caminhos
A proposta de Roger Ulrich, parte do princípio de que ter contato planos com barras de apoio, assentos não muito distantes
com a natureza, estimula respostas emocionais positivas, nas quais uns dos outros, caminhos mais inclinados e curvos ou com
auxilia na recuperação de saúde e restabelece o equilíbrio do sistema texturas diferentes que levem a lugares diferenciados com
psicológico, alterado pelo estresse. alguma vista, espaço para jogos e entre outros.

Segundo pesquisas realizadas por Ulrich, pacientes pós cirúrgicos Suporte social: Relaciona-se com considerações projetuais
nos quais tiveram uma internação com vistas para paisagens indicadas ao senso de controle, oferecendo espaços
naturais, obtiveram resultados positivos relevantes comparado ao de inclusivos a diversos tipos de pacientes, e que talvez possam
pacientes que tiveram suas vistas viradas para demais construções. ser realizadas suporte social em grupos. Uma alternativa é o
Dentre as recuperações positivas, o tempo de recuperação dos uso de bancos móveis ou biombos que podem ser
pacientes foi menor e com menos complicações cirúrgicas. remanejados conforme necessidade.
ULRICH,1984).
Senso de controle: Está ligado ao tipo de algum poder de
Segundo Ulrich (ULRICH, 1999), o estresse é um problema escolha aos pacientes. Sabe-se que durante os
recorrente encontrado em ambientes hospitalares, sendo o jardim internamentos, os pacientes muitas vezes perdem o controle
uma solução benéfica para a saúde. Para isso, especifica-se quatro de suas escolhas, na questão de o que vestir, comer, o que
aspectos nos quais os ambientes devem atender, sendo eles: senso se pode ou não fazer, trazendo a sensação de privacidade
de controle, suporte social, movimentos físicos e exercícios e invadida. Com isso, os jardins devem possuir variedades nos
distrações naturais positivas. espaços para que permitam realizar algum tipo de atividade,
sendo permanecer em um lugar privado sozinho, socializar
com outros usuários, possuir caminhos fáceis ou até mesmo
mais desafiantes, para que se sintam capazes. Estes lugares
devem ser bem finalizados e permanecerem abertos em
horários regulares.
21
4. CONTEXTUALIZAÇÃO
4.1 SOBRE O BAIRRO O bairro da Mooca, localizado na Zona Leste de São Paulo, conta
com outros 5 distritos, sendo eles Pari, Brás, Belém, Tatuapé e
Água Rasa.
O bairro da Mooca, começou a ser fortemente explorado com o
Conta com cerca de 343 mil habitantes (2010) e com área de
desenvolvimento do centro da cidade, e teve seu marco histórico nos
35,20 km², segundo a Prefeitura do Estado.
anos de 1956, onde nessa época era povoado pelos indígenas, na
qual deram o nome Mooca, que significa ''faz casa''.
No primeiro século pós império, o bairro começou a ser repleto de DENS. DEMOGRAFICA: 9.772 HAB/KM²
grandes casas e chácaras, conhecida até hoje por ser um bairro FONTE: PREFEITURA DO ESTADO
predominantemente residencial e que mantém parte da arquitetura da
época. MÉDIA SALÁRIAL: R$2.494,02
FONTE: G1 (2017)
Com o desenvolvimento da região o bairro passou a receber vendas e
industrias, que ao longo da história constituíram um dos principais
polos industriais do século XX.
Atualmente, o bairro conta com grande infraestrutura e mobilidade,
tendo como pontos principais o estádio de futebol do Clube Juventus,
Museu da Imigração, Teatro Arthur Azevedo, tradicionais
restaurantes e etc.

FIGURA 10: VISÃO DO BAIRRO, PRÓXIMO A AVENIDA PRINCIPAL FIGURA 11: LOCALIZAÇÃO DO BAIRRO NA CAPITAL DE SÃO PAULO
FONTE: WEBQUARTOS FONTE: DA AUTORA
23
4.2 O LOCAL

Rua Barão de Monte Santo, N° 1.450


Área Total: 6.383m²
Zona Mista

FIGURA 13 FIGURA 14

FIGURA 12

FIGURA 15 FIGURA 16
FIGURA 12: LOCALIZAÇÃO DO TERRENO
FIGURA 13: VISTA TERRENO
FIGURA 14: LATERAL DIREITA
FIGURA 15: CRUZAMENTO DE VIAS
FIGURA 16: LATERAL ESQUERDA
FONTE: DA AUTORA
24
4.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

O levantamento, nos mostra a situação em


que o terreno está localizado, com relação
ao seu entorno. Ao lado direito,
conseguimos observar que a região é
predominante de uso residencial, com
poucas quadras destinadas ao comercio. Já
ao lado esquerdo, o uso é
predominantemente destinado a industrias e
armazéns.
Portanto, a região é considerada de pouco
movimento e tende a ter pouca poluição
sonora.

0 100 200

ZONA COMERCIAL ZONA RESIDÊNCIAL ZONA MISTA

ZONA INDUSTRIAL EQUIP. PÚBLICOS TERRENO

25
4.4 ZONEAMENTO

Como podemos observar, a região conta


com poucas unidades de saúde, sendo um
hospital público e uma Unidade Básica de
Saúde (UBS), sendo nenhuma delas para
tratamento ou atendimento oncológico.
Os hospitais mais próximos ficam
localizados na Zona Sul (a esquerda) e em
outras regiões da Zona Leste conforme
distancias abaixo:

HOSPITAL IBCC 4,1KM

HOSPITAL IPIRANGA 3,2KM

HOSPITAL HELIÓPOLIS 4,6KM

0 100 200 HOSPITAL A.C. CAMARGO 6,0KM

AC-1 ZCOR-1

ZEPAM ZM

CANTEIROS E PRAÇAS ZEU


26
4.5 EQUIPAMENTOS URBANOS

O terreno esta localizado em ZM, tendo


como predominância no lado esquerdo
ZCOR e ao lado direito ZM e AC-1.

Segundo lei 16.402/2016, temos os


seguintes parâmetros de ocupação:
CA Máximo: 2
TO Máximo: 0,70
Total de altura máxima: 28M
Recuo Mínimo - Frente: 5M
Recuo Mínimo - Fundos e laterais
(altura menor ou igual a 10m): N/A
Recuo Mínimo - Fundos e laterais
(altura superior a 10m): 3m
Área Potencial

0 250 500

CLUBE SHOPPING CENTER

ESCOLA HOSPITAL PUBLICO

27
4.6 SISTEMAS VIÁRIOS E MEIOS DE TRANSPORTE

Para os meios de transporte,


encontramos uma vasta opção pela
redondeza, contanto com 3 pontos de
ônibus a 50m do terreno, terminais,
estação de trem e metrô a menos de
2km.

ÔNIBUS COM DESTINO A 50M


PQ. SÃO LUCAS, SACOMÃ

TRÊM IPIRANGA
1,6KM

METRÔ VILA PRUDENTE 1,8KM


0 100 200

PONTO DE ÔNIBUS ESTAÇÃO DE TRÊM

TERMINAL DE ÔNIBUS ESTAÇÃO DE METRÔ

LINHA DE ÔNIBUS
28
4.7 GABARITOS DE ALTURA

Conforme podemos observar, a zona


industrial possui lotes mais regulares,
com no máximo dois pavimentos, com
exceção do lote comercial, que por
conta dos estacionamentos e a antiga
linha de trem da região, conta com
vazios urbanos.

0 100 200

1 PAVIMENTO 3 PAVIMENTOS

2 PAVIMENTOS 4 PAVIMENTOS OU MAIS

29
4.8 MASSA ÁRBOREA

A região conta com uma massa arbórea


interessante para a intenção do projeto,
no que favorece para o ar e paisagem.
No lote ao lado esquerdo do terreno,
encontramos uma área extensa, mas que
possui contaminação do solo e também é
de Proteção Ambiental.

VEGETAÇÃO

30
4.9 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS

FIGURA 17: TEMPERATURA MÉDIA AO LONGO DOS MESES EM SÃO PAULO


FONTE: WEBQUARTOS

DIAS QUENTES DIAS QUENTES


PRECIPITAÇÃO
NOITES FRIAS NOITES FRIAS

Segundo informações do Site Meteoblue, na figura 18 encontramos FIGURA 18: ROSA DOS VENTOS
as médias de temperaturas nos últimos 30 anos como base. FONTE: WEBQUARTOS
Podemos observar que a região de São Paulo possui suas
temperaturas mais baixas na época de outono inverno, tendo como 0 >5 >19 >38 >61KM/H

mínimas de 13°C e máximas de 23°C, considerando os meses de


>1 >12 >28 >50
Junho e Agosto os mais frios do ano.
Para o verão, encontramos máximas em Dezembro e Janeiro, onde
as temperaturas tentem a ser de no máximo 26°C mínimo de 19°C.

Conforme figura 19, os ventos ao longo do ano é de predominância


Sudeste e Leste-Sudeste, tendo maior incidência dos ventos, nas
quais as velocidades variam entre 5 a 12km/h.
Com isso, fachadas direcionadas para esses lados, são beneficiadas
estrategicamente pela ventilação natural, e tendem a receber os
espaços de uso coletivo, que não necessitam de ventilação artificial FIGURA 19: NASCER DO SOL - 8:00 AM FIGURA 20: PÔR DO SOL - 5:00 PM
FONTE: ANDREWMARSH
controlada. FONTE: ANDREWMARSH

31
5. ESTUDOS DE CASOS
PROJETOS ESCOLHIDOS

FIGURA 21: ZAANS MEDISCH CENTRUM FIGURA 22: CRONW SKY GARDEN FIGURA 23: CENTRO KATHLEEN KILGOUR
FONTE: ARCHDAILY FONTE: ARCHDAILY FONTE: ARCHDAILY

Os projetos escolhidos para estudo de caso nesta pesquisa, foram o Hospital Zaans Medisch Centrum, que fica localizado
Zaandam na Holanda, focado no público em geral. O Hospital infantil Cronw Sky Garden, localizado em Chicago e o Centro
de radioterapia Kathleen Kilgour, em Tauranga.

33
5.1 HOSPITAL ZAANS MEDISCH CENTRUM

Ano: 2016
Área: 38.500m²
Local: Zaandam/Holanda

O Zaans Medical Center, é considerado um edifício eficiente e


compacto, onde a saúde profissional e a abordagem pessoal se
reforçam mutuamente.

Neste projeto, são combinados de forma coerente, a arquitetura, o


urbanismo, a paisagem e o espaço, trazendo uma circulação clara e
eficiente. A abundancia em luz natural são distrações positivas que
ajudam a criar um hospital que promove o bem-estar, segundo FIGURA 24: ZAANS MEDISCH CENTRUM - VISTA EXTERNA
engenheiros. FONTE: ARCHDAILY

O hospital conta com 38.500m² que incorpora 8 salas cirúrgicas, Um dos ponto que se destaca no projeto (fig.25 e fig. 26) é a
unidade de terapia intensiva (UTI), ambulatórios, centros interligação dos dois blocos, na qual sua fachada é composta por
especializados em reabilitação, maternidade, berçário, laboratório, vidros, trazendo maior iluminação natural, sensação de ligação com o
farmácia, sala de reuniões e estacionamento. exterior, áreas de convivências criada nos ambiente superiores/
inferiores, a claraboia criada no centro do ambiente e o pé direito
A escolha desse projeto para analise, se vem do interesse em maior, ampliam o ambiente.
entender a iluminação, materialidade, pátios ajardinados e ligação com
a ''pequena cidade'' formada para atender os pacientes e público ao Outro ponto interessante para observar é a materialidade utilizada,
redor. como o piso laminado de madeira em alguns ambientes, paredes
predominantemente brancas, pontos de cores nos móveis, desenhos
feitos a mão nas paredes utilizando como decoração e janelas amplas,
que vão do forro ao piso.

34
FIGURA 25: ZAANS MEDISCH CENTRUM - VISTA SUPERIOR FIGURA 27: ZAANS MEDISCH CENTRUM - VISTA EXTERNA
FONTE: ARCHDAILY FONTE: ARCHDAILY

FIGURA 26: ZAANS MEDISCH CENTRUM - CORREDORES FIGURA 28: ZAANS MEDISCH CENTRUM - CORREDORES
FONTE: ARCHDAILY FONTE: ARCHDAILY

35
FIGURA 29: ZAANS MEDISCH CENTRUM - SALÃO FIGURA 31: ZAANS MEDISCH CENTRUM - SALA INFANTIL
FONTE: ARCHDAILY FONTE: ARCHDAILY

As cores predominantemente utilizadas nesse projeto foram:

Mobiliários: Branco, azul, verde e madeira ripada.


Pintura e acabamentos: Branco, com detalhes e desenhos na cor
preto.

FIGURA 30: ZAANS MEDISCH CENTRUM - CORREDOR


FONTE: ARCHDAILY

36
FIGURA 32: ZAANS MEDISCH CENTRUM - PAGINAÇÃO DOS PAVIMENTOS -
''RUAS''
FONTE: ROYAL

FIGURA 34: ZAANS MEDISCH CENTRUM - PLANTA BAIXA


FONTE: ROYAL

FIGURA 33: ZAANS MEDISCH CENTRUM - DIAGRAMA


FONTE: ROYAL CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os ambientes, foram projetados de forma que separe a parte pública Para o estudo realizado, será considerado a estratégia de
da privada, com formação de ruas que interliguem os edifícios e setorizar todas as funções, de acordo com uso x publico que irá
espaços abertos para convivência com pontos de área verde. utilizar. A ligação com os meios abertos, será um ponto chave do
A setorização interna foi realizada de acordo com a necessidade, ou projeto, afim de trazer a sensação de natureza e bem-estar.
seja, consultórios, salas de alto risco, baixo risco, clinica, dialises e
sala de jogos.

37
5.2 CRONW SKY GARDEN

ANO: 2012
ÁREA: 116.128M²
LOCAL: CHICAGO/ESTADOS UNIDOS

O hospital infantil Ann & Robert H. Lurie de Chicago, possui 23


pavimentos, onde sua instalação fica no Campus de faculdade de
medicina Feinberg da Universidade Northwestern e ao lado do Hospital
para Mulheres Prentice.
FIGURA 35: CRONW SKY GARDEN - FIGURA 36: CRONW SKY GARDEN -
Alguns pontos que se ressaltam no projeto, é a ponte pedonal para o JARDIM JARDIM
estacionamento central, ponte que interliga para o hospital da mulher, FONTE: ARCHDAILY FONTE: ARCHDAILY
jardins, lobby e mirantes para a cidade de Chicago.

A escolha desse projeto para analise, se vem do interesse em


entender a utilização das cores nos ambientes infantis, jardins
suspensos, e a proposta de trazem a natureza para os ambientes.

Embora seja em um espaço interno, o projeto Crown Sky Garden,


utiliza estratégias saudáveis que podem ser aplicadas a ambientes e
espaços públicos amplos e demonstram profundos impactos físicos
nos pacientes e funcionários.

Ao longo das últimas décadas, pesquisas mostram que a experiência


corporal com o mundo natural, proporcional regularização aos
circuitos elétricos do cérebro, o fluxo sanguíneo e a tensão mecânica
do nossos músculos. Tais experiências tender a ser um tônico FIGURA 37: CRONW SKY GARDEN - VISTA EXTERNA
rejuvenescedor para os corpos e mentes, trazendo equilíbrio e bem- FONTE: MYK
estar.
38
Podemos perceber que a intenção do projeto, é trazer de forma
leve a natureza para os pacientes do local, enquanto realizam os
tratamentos e passam em consultas.

A materialidade e forma dos mobiliários utilizados nas áreas


destinadas ao café (fig.38 e fig. 39), trazem uma descontração
para o ambiente e a utilização de vidros em sua fachada, trás a
sensação de amplitude, pois se torna um mirante para a cidade.

FIGURA 39: CRONW SKY GARDEN - JARDIM


FONTE: ARCHDAILY

As cores predominantemente utilizadas nesse projeto foram:

Mobiliários: Cores vibrantes, entre amarelo, azul, verde, vermelho


e laranja
Pintura e acabamentos: Tons de bege (areia) e madeira.
FIGURA 38: CRONW SKY GARDEN - JARDIM
FONTE: CNTA

39
Podemos observar nas plantas também a simetria utilizada para
disposição dos ambientes de uso hospitalar, com apenas dois
corredores mais extensos (fig.41) e a sua organização na
distribuição vertical.

FIGURA 40: CRONW SKY GARDEN - PLANTA BAIXA


FONTE: ARCHDAILY

FIGURA 42: CRONW SKY GARDEN - ESQUEMA JARDIM


FONTE: ARCHDAILY

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para o estudo realizado, será considerado a estratégia da disposição


das salas simétricas e criação de jardins interativos, com uso das
cores e predominância da natureza.

FIGURA 41: CRONW SKY GARDEN - CORTE ESQUEMATICO


FONTE: ARCHDAILY 40
5.2 CENTRO KATHLEEN KILGOUR

Ano: 2014
Área: 3.000m²
Local: Tauranga/Nova Zelândia

O centro de tratamento radiológico se deu origem a partir da


necessidade em complementar o Hospital Tauranga, no qual já existia
no local. Portanto o projeto foi pensando de forma que garantisse
forte conexão com o hospital, mas que funcionasse de forma
independente.

Questões que comprovam isso, é a ligação do estacionamento com o FIGURA 43: CENTRO KATHLEEN KILGOUR - VISTA EXTERNA
edifício, simplicidade na verticalização, trazendo a distribuição do FONTE: ARCHDAILY
programa e topografia, pois o projeto foi implantado em declive.

Considera-se entender o sistema de iluminação do projeto, que


contribui para a ventilação natural e analise de materialidade, na qual
funciona de forma diferente do visto em outros objetos de estudo.

Os arquitetos pretendiam com esse projeto assegurar que o edifício


seja intuitivo em sua disposição, fácil de acessar e circular, sendo
psicologicamente tranquilo e acolheador.

FIGURA 44: CENTRO KATHLEEN KILGOUR - RECEPÇÃO


FONTE: ARCHDAILY

41
A iluminação natural do edifício é capaz de penetrar pelo 3°
pavimento, trazendo uma sensação de tranquilidade e
acolhimento, visto que os consultórios e administração do
centro de tratamento se localiza nesse andar.

No 2° pavimento, está localizado o estacionamento, na qual


possuem ligação direta para os consultórios e administração.
Outro ponto considerado importante, é o aço utilizado na
fachada, onde esse material conversa de forma agradável com
o clima externo.

FIGURA 45: CENTRO KATHLEEN KILGOUR - CORTE Podemos perceber também um estilo de caixa revestido em
FONTE: ARCHDAILY material translucido (fig. 44), onde durante o anoitecer, tende
a ser um ponto chamativo de luz, e durante o dia traz para o
interior a percepção do tempo.

Ao nível do solo. encontram-se as suítes de tratamento,


incluindo três "bunkers" de radioterapia, com muros de
concreto de 1200mm de espessura e com 450mm de aço na
placa de alinhamento das três máquinas de tratamento.

Por conta do peso dos "bunkers", de forma natural foi


determinado que eles deveriam estar situados no nível do solo.
Já o estacionamento ocupa o segundo nível do edíficio, pois
proporciona um facil acesso tanto para às suítes de
tratamento, quanto aos consultórios e salas administrativas e
FIGURA 46: CENTRO KATHLEEN KILGOUR - PLANTA BAIXA também porque foi desenhando com um entorno
FONTE: ARCHDAILY predominantemente pedonal.

42
As cores predominantemente utilizadas nesse projeto foram:

Mobiliários: Cores como verde, azul, branco


Pintura e acabamentos: Tons escuros, madeira, branco, granito e
vidro

FIGURA 47: CENTRO KATHLEEN KILGOUR - CONVIVENCIA


FONTE: ARCHDAILY

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para o projeto analisado, a iluminação natural e materialidade são


pontos fortes para o projeto, os grandes vdros trazem a iluminação
para o ambiente e também garante uma vista ampla para a paisagem.

FIGURA 48: CENTRO KATHLEEN KILGOUR - CORREDORES


FONTE: ARCHDAILY

43
6. PROJETO INICIAL
6.1 PROJETO INICIAL - TFG I

FIGURA 50: VOLUMETRIA, VISTA ESQUERDA


FONTE: DA AUTORA

FIGURA 49: IMPLANTAÇÃO FIGURA 51: VOLUMETRIA, VISTA CENTRAL


FONTE: DA AUTORA FONTE: DA AUTORA

45
Como podemos verificar na Implantação (figura 49), o projeto
entregue no TFG I, consistia em dois blocos e um grande jardim
(figura 51) que faz a ligação com o entorno e serve de apoio e
convivência para os blocos. Conforme estudado ao longo do
semestre a importância de um ambiente arejado e com grande
predominância da natureza, é um ponto importante para o projeto.

O primeiro bloco, localizado na lateral direita, era direcionado a


parte clinica do projeto, possuindo um subsolo, com vagas de
estacionamento, infraestrutura e setor de radioterapia e os demais
pavimentos superiores, incluindo o setor ambulatório, diagnóstico,
consultas e tratamento via quimioterapia.

O segundo bloco, consistia na hospedagem destinada ao período


de curta duração para os pacientes e acompanhantes na qual iriam
realizar exames ou procedimentos na clinica.

FIGURA 52: SETORIZAÇÃO TFG1


No entanto, após a orientação de banca final do TFG I, foi sugerido
FONTE: DA AUTORA
melhor pesquisa e conhecimento na área clinica, onde no projeto
inicial, consistia em poucos espaços para convivência dentro do
prédio, falta de algumas salas essenciais, melhor separação do
fluxo de pacientes em diferentes estágios da doença, entre outras
questões.

Após visita de alguns hospitais e clinicas ao longo do recesso, e


conversa com a orientadora do projeto, foi decidido que no
desenvolvimento do TFG II, não seria implantado a área de
hospedagem, uma vez que o projeto da clinica, que tem maior
ênfase no projeto demandaria maior proporção e melhor
desenvolvimento.
FIGURA 53: FLUXOGRAMA
FONTE: DA AUTORA
46
QUADRO DE ÁREAS - TFG 1

47
Outro ponto diferente que foi desenvolvido no TFG 2, foi a criação
de um segundo bloco para ser um centro de doações, oficina de
costura para distração dos pacientes e área administrativa e
interna para médicos e funcionários.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com as considerações observadas no TFG 1, o projeto executado


para o TFG 2, consiste também em dois blocos, mas que formam
dois jardins, sendo um principal e central onde todo o fluxo de
pacientes deve ser levado ao meio do projeto, para que sejam
encaminhados aos devidos setores e o outro será mais aberto ao
público, mas com foco principal aos pacientes, que contaram com
um jardim sensorial e terapêutico, que será desenvolvido melhor ao
longo do andamento do projeto.

48
7. PROJETO FINAL
EM DESENVOLVIMENTO
7.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES
PAVIMENTO TÉRREO

Entrada de Pedestres Parada de Veículo Subsolo

Jardim Central

Ambulatório Consultas Exames Doações

RECEPÇÃO RECEPÇÃO RECEPÇÃO RECEPÇÃO


TRIAGEM ESPERA CAFÉ SALA DE ESPERA
CONSULTÓRIO SANITÁRIOS OFICINA DE COSTURA
COLETA PSICÓLOGO SALA DE DOAÇÕES
MEDICAÇÃO NUTRICIONISTA
OBSERVAÇÃO ONCOLOGISTA
SANITÁRIOS SALA MÉDICA
ENFERMAGEM DML

50
1° PAVIMENTO

Jardim Central

Laboratório Coleta doação

RECEPÇÃO
RECEPÇÃO DML ESPERA
ESPERA W.C. FEMININO COPA DE RECUPERAÇÃO
RADIOLOGIA W.C. MASCULINO ENFERMAGEM
RAIO X W.C. PNE ANALÍSE CLÍNICA
ULTRASSONOGRAFIA W.C. FUNCIONÁRIOS ANALÍSE PSICOLÓGICA
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA SALA DE REPARO W.C. FEMININO
SALA ORTOPÉDICA SALA DE RECUPERAÇÃO W.C. MASCULINO
SALA DE ARQUIVOS SALA MÉDICA W.C. PNE
LABORATÓRIO SALA ENDÓSCOPIA W.C. FUNCIONÁRIOS
ASSEPSIA SALA DE COLETA
COPA
EXPURGO

51
2° PAVIMENTO

Jardim Central

Laboratório Coleta doação

RECEPÇÃO
RECEPÇÃO ESPERA
ESPERA ADMINISTRAÇÃO
ENFERMAGEM GERÊNCIA
LEITO QUIMIOTERAPIA INDIVIDUAL DEPÓSITO
QUIMIOTERPIA COMPARTILHADA SALA DE REUNIÃO
DML W.C. FEMININO
SALA DE EQUIPAMENTOS W.C. MASCULINO
SALA DE PREPARO W.C. PNE
SALA DE ESTERELIZAÇÃO W.C. FUNCIONÁRIOS
COPA MÉDICA
W.C. FEMININO
W.C. MASCULINO
W.C. PNE
W.C. FUNCIONÁRIOS

52
3° PAVIMENTO SUBSOLO

Entrada de Pedestres Parada de Veículo Subsolo

Jardim Central ACELERADOR LINEAR LIXO


ANTECÂMERA INCINERADOR
Administração SALA DE CONTROLE SUBSTENÇÃO
SALA DE REPOUSO GERADORES
SALA DE MEDICAÇÃO GASES
EXPURGO VAGAS
SALA DE PREPARO CORREDOR TÉCNICO
DIRETORIA
DML W.C. FEMININO
VESTIÁRIO FEMININO E W.C.
ESPERA E CONVIVÊNCIA W.C. FUNCIONÁRIOS
VESTIÁRIO MASCULINO E W.C.
FARMÁCIA W.C. MASCULINO
COPA FUNCIONÁRIOS
ARMAZENAMENTO E FONTES W.C. PNE
ESPERA E CONVIVÊNCIA
COPA
SALA MÉDICA
SALA DE ARQUIVOS
SALA DE PLANEJAMENTO
RECEPÇÃO

53
7.2 QUADRO DE ÁREAS

54
55
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

HTTP://CIENCIAECULTURA.BVS.BR/SCIELO.PHP?SCRIPT=SCI_ARTTEXT&PID=S0009-67252014000100011
HTTP://WWW.ONCOGUIA.ORG.BR/CONTEUDO/SINAIS-E-SINTOMAS-DO-CANCER-EM-ADULTOS-JOVENS/5500/742/
HTTPS://WWW.CCCANCER.NET/O-CANCER-E-HEREDITARIO/
HTTPS://APCDARACATUBA.COM.BR/REVISTA/2016/08/TRABALHO5.PDF
HTTPS://WWW.SAUDEBUSINESS.COM/CARREIRAS/ARQUITETURA-HOSPITALAR-FATOR-DETERMINANTE-PARA-HOSPITALIDADE
HTTPS://WWW.CAUBR.GOV.BR/ARQUITETURA-HOSPITALAR-INFLUENCIA-NA-HUMANIZACAO-DE-TRATAMENTOS/
HTTPS://BVSMS.SAUDE.GOV.BR/BVS/PUBLICACOES/HUMANIZACAO_AMBIENTE_FISICO.PDF
HTTP://WWW.HOSPITAISSAUDAVEIS.ORG/ARQUIVOS/ARQUITETURA.PDF
HTTPS://DSPACE.MACKENZIE.BR/BITSTREAM/HANDLE/10899/21113/LARISSA%20BOSCARIOL%20CAVALCANTI...PDF?SEQUENCE=1&ISALLOWED=Y
HTTPS://BVSMS.SAUDE.GOV.BR/BVS/PUBLICACOES/HUMANIZACAO_AMBIENTE_FISICO.PDF
HTTPS://WWW.CAUBR.GOV.BR/ARQUITETURA-HOSPITALAR-INFLUENCIA-NA-HUMANIZACAO-DE-TRATAMENTOS/
HTTPS://WWW.SAUDEBUSINESS.COM/CARREIRAS/ARQUITETURA-HOSPITALAR-FATOR-DETERMINANTE-PARA-HOSPITALIDADE
HTTPS://WWW.ANM.ORG.BR/IMUNOTERAPIA-CUSTO-ACESSO-E-EFETIVIDADE/
HTTPS://WWW.REDEDORSAOLUIZ.COM.BR/ONCO/ONCOLOGIADOR/TRATAMENTOS/FORMAS-DE-TRATAMENTO
HTTPS://VITRUVIUS.COM.BR/REVISTAS/READ/ARQUITEXTOS/01.009/919/PT_BR
HTTPS://WWW.ARCA.FIOCRUZ.BR/BITSTREAM/ICICT/39872/2/INICIA%C3%A7%C3%A3O%20CIENT%C3%ADFICA%20NA%20EDUCA%C3%A7%C3%A3O%20
PROFISSIONAL%20EM%20SA%C3%BADE.%20V.5%20-%20CONSTITUI%C3%A7%C3%A3O%20DA%20AMBIENTA%C3%A7%C3%A3O%20HOSPITALAR.PDF
HTTPS://GEC.PROEC.UFABC.EDU.BR/PROFISSAO-CIENTISTA/FLORENCE-NIGHTINGALE/
HTTPS://BVSMS.SAUDE.GOV.BR/BVS/PUBLICACOES/CD04_08.PDF
HTTPS://WWW.E-PUBLICACOES.UERJ.BR/INDEX.PHP/SUSTINERE/ARTICLE/VIEW/14127/10717
HTTPS://VITRUVIUS.COM.BR/REVISTAS/READ/ARQUITEXTOS/10.118/3372
HTTPS://WWW.LUME.UFRGS.BR/BITSTREAM/HANDLE/10183/3213/000333963.PDF?SEQUENCE=1
HTTPS://WWW.IPH.ORG.BR/REVISTA-IPH/MATERIA/HUMANIZACAO-NO-AMBIENTE-HOSPITALAR
HTTPS://SUSTENTARQUI.COM.BR/LELE-OBRAS-INCRIVEIS-DO-ARQUITETO/
CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO FEMININO

O PROJETO TEM COMO DESAFIO, TORNAR O TERRENO ESTÁ LOCALIZADO ENTRE AS


UM MOMENTO DIFÍCIL NA VIDA DOS RUAS FRANCISCO CIPULLO E RUA BARÃO
PACIENTES EM UM AMBIENTE AGRADÁVEL. DE MONTE, LUGAR CALMO, DE POUCO
RUA FRANCISCO CIPULLO
CONSIDERANDO QUE O CONVÍVIO COM A FLUXO DE VEICULOS E PEDESTRES, COM
CLÍNICA SEJA FREQUENTE ATÉ O FINAL DO USO PREDOMINANTE RESIDENCIAL.
TRATAMENTO.
O LOCAL ATUALMENTE CONTA COM ÁREAS
LEVANDO OS PRINCIPAIS PONTOS PARA VERDES AO REDOR E POUCOS PRÉDIOS, O
PROMOVER ESSE AMBIENTE, FOI QUE AUXILIA NA VENTILAÇÃO DO PROJETO.
ESCOLHIDO UM TERRENO NO BAIRRO DA
MOOCA, NA ZONA LESTE DE SÃO PAULO, DE ATUALMENTE, O TERRENO CONTA COM
FACIL ACESSO PARA A ZONA CENTRAL E MAIS DE 6 MIL METROS QUADRADOS, E
SUL, COM MEIOS DE TRANSPORTE COM PARA QUE SEJA DE LIGAÇÃO TAMBÉM COM
ACESSO A DIVERSOS BAIRROS E QUE O ENTORNO, FOI CRIADO UMA GRANDE
ATUALMENTE POSSUI CARÊNCIA EM PRAÇA NOS CRUZAMENTOS DAS VIAS,
RUA BARÃO DE MONTE SANTO
CLÍNICAS PARA ESSE TIPO DE TRATAMENTO ONDE PODE SER DE PASSAGEM OU ESTAR
ESPECIALIZADO NO PÚBLICO FEMININO. PARA OS MORADORES DA REGIÃO.

IMPLANTAÇÃO - SEM ESCALA

CLÍNICA
DA
MULHER

FACHADA PRINCIPAL - SEM ESCALA

TFG 2 - CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO FEMININO USJT - ARQUITETURA E URBANISMO ANNA CAROLINE ARNAUT D'ANGELO
ORIENTADORA: FANNY SCHROEDER F. ARAUJO 1/5
CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO FEMININO

A PRAÇA LOCALIZADA ENTRE OS DOIS BLOCOS DA CLINICA, TEM COMO


INTUITO CENTRALIZAR OS FLUXOS EM UM AMBIENTE ARBORIZADO PARA A
DISTRIBUIÇÃO DOS FLUXOS, NOS QUAIS SÃO SEPARADOS EM TRÊS
RECEPÇÕES, SENDO: AMBULATÓRIO, ACOMPANHAMENTO E DOAÇÕES

B
15 16
1 2 3 4
4

CORTE PERSPECTIVADO - RENDER SEM ESCALA


PRAÇA CENTRAL 5
17

8 8

6
7

8
9

CLÍNICA 8
17 14

A A
DA 4
10
11 2 12 13

MULHER ELEVAÇÃO 1 1 - DML


2 - EXPURGO
3 - CONS. PSICOLÓGO
4 - SANITARIOS
5 - CONS. ONCOLOGICO
6 - SALA MÉDICA
7 - CONS. NUTRICIONISTA
8 - RECEPÇÃO/ SALA DE ESPERA
9 - TRIAGEM
10 - CONS. MÉDICO
11 - SALA DE MEDICAÇÃO
12 - SALA DE OBSERVAÇÃO
13 - SALA DE COLETA
14 - LANCHONETE
15 - SALA DE DOAÇÕES
16 - OFICINA DE COSTURA

B
17 - JARDIM DE INVERNO

ELEVAÇÃO 1 0 10 20M
PLANTA TÉRREO
0 10 20M

ANNA CAROLINE ARNAUT D'ANGELO


TFG 2 - CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO FEMININO USJT - ARQUITETURA E URBANISMO ORIENTADORA: FANNY SCHROEDER F. ARAUJO 2/5
CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO FEMININO

NA PLANTA DE SUBSOLO, FOI IMPLANTADO O


SETOR DE RADIOTERAPIA, DEVIDO A UTILIZAÇÃO
DO ACELERADOR LINEAR E BUNKER, QUE 1
21
2

POSSUEM NECESSIDADE DE FICAR NO NÍVEL MAIS 20 19

15
BAIXO DO PROJETO E ISOLADO. 14
3

10 13

JÁ O PRIMEIRO PAVIMENTO, CONTA COM 17


2

INSTALAÇÕES PARA EXAMES DE DIAGÓSTICO QUE 9


18
2 3 4 5 6
FICAM LOCALIZADOS NAS PAREDES VOLTADAS 4
15
1 8

12 PARA AS FACHADAS, DEIXANDO ASSIM AS ÁREAS


14
11
7
CENTRAIS DO PROJETO LIVRE PARA PASSAGEM E 7

5
23
13
ESTAR.
10 9
1 - RECEPÇÃO/ SALA DE ESPERA 1 - CONS. ORTOPÉDICO
18 17 2 - GASES
14 22 21 15 2 - CONVIVÊNCIA
3 - GERADORES 3 - RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

20 19 16
8
4 - SUBSTENÇÃO
5 - INCINERADOR
6 - LIXO
OS PAVIMENTOS CONTAM COM DOIS GRANDES 6
14 13 4 - ULTRASSONOGRAFIA
5 - RAIO X
6 - RADIOGRAFIA
7 - RESERVATÓRIO 16
8 - ACELERADOR LINEAR
9 - CENTRAL DE CONTROLE
VAZIOS CENTRAIS, NOS QUAIS LEVAM ILUMINAÇÃO 15 7 - ASSEPSIA
8 - LABORATÓRIO
9 - ARQUIVOS E CHAPAS
10 - ANTECÂMERA

NATURAL PARA TODOS OS AMBIENTES E DÁ VISÃO


10 - SALA DE LAUDO
11 - SALA DE REPOUSO 11 - SALA ENCOSCOPIA
12 - SALA DE MEDICAÇÃO 12
12 - SALA DE PREPARO
13 - SANITÁRIOS 2
13 - DML
14 - DML
15 - SALA DE PREPARO
16 - ARMAZENAMENTO DE FONTE
PARA UM JARDIM DE INVERNO LOCALIZADO NO 14 - EXPURGO
15 - SANITÁRIOS
16 - REPOUSO
17 - FARMÁCIA
18 - SALA MÉDICA
19 - COPA MÉDICA
PAVIMENTO TÉRREO 11 17 - SALA DE COLETA
18 - ENFERMAGEM
19 - ANÁLISE PSICOLÓGICA
20 - SALA PLANEJAMENTO 20 - ANÁLISE FÍSICA
21 - SALA DE ARQUIVOS 21 - COPA
22 - EXPURGO
23 - CONSULTÓRIO 0 10 20M
0 10 20M
1° PAVIMENTO
PLANTA DE SUBSOLO

CORTE AA 0 10 20M
ELEVAÇÃO 2
0 10 20M

ANNA CAROLINE ARNAUT D'ANGELO


TFG 2 - CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO FEMININO USJT - ARQUITETURA E URBANISMO ORIENTADORA: FANNY SCHROEDER F. ARAUJO 3/5
CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO FEMININO

O SEGUNDO PAVIMENTO FOI DESTINADO PARA TRATAMENTO VIA


15
1 2 QUIMIOTERAPIA, NO QUAL O PACIENTE TERIA COMO ESCOLHA REALIZAR O
3
PROCEDIMENTO EM LEITOS INDIVIDUAIS, OU EM LEITOS COLETIVOS, NO
14
QUAL PODERIA INTERAGIR COM OUTROS PACIENTES, TORNANDO UM
12 6
MOMENTO DIFICIL EM DISTRAÇÃO.
2
13
OS LEITOS COLETIVOS FORAM PROJETADOS COM VISÃO PARA AS
3 1
ABERTURAS CENTRAIS DO BLOCO, AFIM DE TRAZER MAIOR ILUMINAÇAO,
CONFORTO E SENSAÇÃO DE BEM ESTAR.

JÁ OS LEITOS COLETIVOS, POSSUEM SUA FACHADA VOLTADA PARA A PRAÇA


6 7
CENTRAL DOS BLOCOS OU PARA O LADO ESQUERDO, ONDE POSSUI SEU
4
5 1 - LEITO INDIVIDAL
2 - CONVIVÊNCIA
ENTORNO DE BAIXA VOLUMETRIA, DEIXANDO A VISTA ''LIVRE'' PARA A
3 - SANITÁRIOS
8 4 - ENFERMAGEM
5 - QUIMIO. COMPARTILHADA
CIDADE.
6 - DML

2 7 - SALA DE EQUIPAMENTOS
8 - SALA DE PREPARO
9 - COPA MÉDICA
10 - SALA MÉDICA
11 - SALA DE ESTERELIZAÇÃO
11 12 - ADMINISTRAÇÃO
9 10 13 - GERÊNCIA
14 - EXPURGO
15 - SALA DE REUNIÃO

2° PAVIMENTO 0 10 20M

0 100 200 0 100 200


CORTE BB ELEVAÇÃO 2

ANNA CAROLINE ARNAUT D'ANGELO


TFG 2 - CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO FEMININO USJT - ARQUITETURA E URBANISMO ORIENTADORA: FANNY SCHROEDER F. ARAUJO 4/5
CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO FEMININO

5
2
4
6

2
1
3

1 - CONVIVÊNCIA
2 - COPA FUNCIONÁRIOS
3 - VESTIÁRIO FEMININO
4 - SANITÁRIOS
5 - DIRETORIA
6 - VESTIÁRIO MASCULINO

0 10 20M
3° PAVIMENTO RENDER - VISTA LATERAL

VISTA - LADO DIREITO - PRAÇA CENTRAL VISTA - LADO ESQUERDO VISTA - LADO DIREITO

ANNA CAROLINE ARNAUT D'ANGELO


TFG 2 - CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO FEMININO USJT - ARQUITETURA E URBANISMO ORIENTADORA: FANNY SCHROEDER F. ARAUJO 5/5

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