Você está na página 1de 109

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CAMPUS I


GRADUAÇÃO EM TURISMO E HOTELARIA

CÍNTIA DOS SANTOS DE LIMA

TURISMO DE AVENTURA: UMA POSSIBILIDADE DE INSERÇÃO DESTE


SEGMENTO NA CIDADE DE SANTO AMARO- BAHIA

SALVADOR
2015
CÍNTIA DOS SANTOS DE LIMA

TURISMO DE AVENTURA: UMA POSSIBILIDADE DE INSERÇÃO DESTE


SEGMENTO NA CIDADE DE SANTO AMARO- BAHIA

Monografia apresentada ao curso de


Graduação em Turismo e Hotelaria,
Universidade do Estado da Bahia – UNEB,
como parte dos requisitos parciais para
obtenção de nota da disciplina de Trabalho de
Conclusão de Curso em Turismo e Hotelaria,
sob orientação do Professor Tadeu Bello.

SALVADOR
2015
CÍNTIA DOS SANTOS DE LIMA

TURISMO DE AVENTURA: UMA POSSIBILIDADE DE INSERÇÃO DESTE


SEGMENTO NA CIDADE DE SANTO AMARO- BAHIA

Monografia apresentado ao curso de


Graduação em Turismo e Hotelaria,
Departamento de Ciências Humanas da
UNEB, como requisito parcial para obtenção
do grau de Bacharel em Turismo e Hotelaria,
à banca examinadora.

Salvador, 11 de novembro de 2015.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Tadeu Bello dos Santos

Orientador - Especialização em Turismo

Prof. Aliger dos Santos Pereira

Doutorado em Desenvolvimento Regional e Urbano

Prof. Emília Maria Salvador Silva

Mestrado em Administração Avançada

SALVADOR
2015
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus e aos orixás, por ter me concedido as graças de eu ter
chegado até aqui, até o fim do curso. Aos meus pais que tanto me incentivaram e deu-me
forças quando eu já não tinha, ao meu pai toda a atenção e incentivo financeiro, e
principalmente a minha mãe que me apoiou desde o primeiro momento em que passei no
vestibular, e fez toda minha vida mudar do interior para a capital baiana. Ao meu irmão
Júnior, e amigos e colaboradores Iraci Oliveira, Antônio Jorge, Lilian Nassif, Toinho Cuia
que me auxiliaram com materiais, informações e perspectivas positivas quanto ao meu tema
escolhido.
A todos os meus professores que contribuíram na minha formação profissional, do
início ao fim do curso. Dedico a todos vocês que fazem parte da minha vida a minha eterna
gratidão.

Muito Obrigada!
“Oh, meu Santo Amaro
Eu vim lhe conhecer
Eu vim lhe conhecer
Samba santamarense
Pra gente aprender,
Pra gente aprender”

(Carlinhos Brown, Bernard Weld,


Afonso Machado, Manezinho
Izaías)
RESUMO

O presente trabalho em forma de monografia procura tornar perceptível o Turismo de


Aventura em Santo Amaro - BA, contextualizando-o e identificando seus potenciais e
atrativos existentes, avaliando assim a possibilidade da inserção deste segmento e seus
impactos na promoção do desenvolvimento local, visando o aproveitamento das práticas e
atividades já desenvolvidas nas áreas naturais. Com este estudo se obterão as respostas
necessárias para a percepção de quais os pontos positivos e negativos que o segmento do
Turismo de Aventura trará para a cidade de Santo Amaro. A metodologia utilizada baseou-se
de um estudo de caso, pesquisa bibliográfica, abordagem qualitativa e pesquisa de opinião, e
as técnicas de pesquisa foram como fontes primárias a documentação direta com pesquisa de
campo, e como fontes secundárias utilizou-se a pesquisa documental, com relatórios de
pesquisa e pesquisa bibliográfica em bibliotecas e meios eletrônicos. A partir das entrevistas
realizadas, opiniões e imagens apresentadas observa-se o leque de opções que o segmento
disponibilizará para a cidade. Verificou-se ainda a existência da precariedade, o mau
aproveitamento dos atrativos naturais e o abandono do turismo por parte dos órgãos
responsáveis. Concluiu-se que a cidade necessita de um grande incentivo, propondo assim
uma completa infraestrutura que possa viabilizar a inserção do segmento em Santo Amaro de
maneira eficaz.

Palavras Chave: Turismo. Desenvolvimento. Turismo de Aventura. Santo Amaro.


ABSTRACT

The present work in the form of monograph seeks to noticeable adventure tourism in Santo
Amaro Bahia, contextualizing it and identifying their potential and existing attractions,
evaluating the possibility of insertion of this segment and their impact on local development,
aiming at the use of practices and activities already carried out in natural areas. With this
study will obtain the necessary responses to the perception of what the positives and negatives
that the segment of the adventure travel will bring to the city of Santo Amaro. The
methodology used was based on a case study, bibliographical research, qualitative approach
and opinion survey, and search techniques were as primary sources to direct documentation
with field research, and as secondary sources it was documentary research, with research
reports and bibliographical research in libraries and electronic media. From the interviews,
reviews and images presented noted the range of options that the segment will make available
to the city. It was also found the existence of precariousness, poor use of natural attractions
and the abandonment of tourism on the part of the responsible bodies. It was concluded that
the city needs a great incentive, offering a complete infrastructure that can facilitate the
insertion of the segment in Santo Amaro effectively.

Key Words: Tourism. Development. Adventure tourism. Santo Amaro.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Relação da oferta e demanda turística 09


Figura 2 - Organograma do Ministério do Turismo no Brasil 12
Figura 3 – Impactos gerados pelo Turismo 14
Figura 4 – Arvorismo 22
Figura 5 – Atividades Ciclísticas 23
Figura 6 – Espeleoturismo 23
Figura 7 – Atividades equestres 24
Figura 8 – Atividades fora-de-estrada 24
Figura 9 – Bungue jump 25
Figura 10 –Cachoeirismo 25
Figura 11 – Canionismo 26
Figura 12 – Caminhadas 26
Figura 13 – Escalada 27
Figura 14 –Montanhismo 27
Figura 15 – Rapel 28
Figura 16 –Tirolesa 28
Figura 17 – Bóia-cross 29
Figura 18 – Canoagem 29
Figura 19 –Mergulho 30
Figura 20 – Rafting 30
Figura 21 – Asa Delta 31
Figura 22 –Balonismo 31
Figura 23 – Parapente 32
Figura 24 –Pára-quedismo 32
Figura 25 – Ultraleve 33
Figura 26 –Turismo de Aventura no Brasil 34
Figura 27 –Arvorismo em Brotas – SP 34
Figura 28 –Mergulho no Poço Azul – Chapada Diamantina/BA 35

Figura 29 – Turismo de Aventura na África do Sul 36


Figura 30 - Norma Brasileira ABNT NBR- ISO 21101 38
Figura 31 – Normas Técnicas do Turismo de Aventura, centralizando a 39
ABNT NBR 38 15331
Figura 32 – O estado da Bahia 41
Figura 33 – As 13 zonas turísticas da Bahia 42
Figura 34 – O município de Santo Amaro 43
Figura 35 – Os 3 distritos de Santo Amaro 44
Figura 36 – Santo Amaro Colonial 45
Figura 37 – Sítios Arqueológicos na Bahia- Recôncavo 50
Figura 38 – Festa da Purificação 53
Figura 39 – Bembé do Mercado 54
Figura 40 – Manifestações Culturais 54
Figura 41 – Entrada da trilha Cachoeira do Urubu 63
Figura 42 – Cachoeira do Urubu 64
Figura 43 – Cachoeira do Vitória 65
Figura 44 – Atividades Ciclísticas 66
Figura 45 – Trekking pelo Rio Sergi 66
Figura 46 – Trilha para a Cachoeira do Urubu 67
Figura 47 – Rapel na Cachoeira do Urubu 67
Figura 48 – Escalada 68
Figura 49 – Cachoeirismo 68
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Estrutura do mercado turístico 08


Quadro 2 – Aspectos de identificação do 10
perfil da demanda turística
Quadro 3 – Sistema Nacional de Unidades 17
de Conservação
Quadro 4 - Aspectos importantes para 18
preservação do meio ambiente
Quadro 5 - Parceiros da ABETA 20 20
Quadro 6 – Relevância histórica e 46
arquitetônica na Bahia
Quadro 7 - Principais atrativos turísticos e 47
a importância para o turismo na cidade
Quadro 8 - Bens tombados e registrados 51
na Bahia- Recôncavo
Quadro 9 - Descrição da Hotelaria - Hotel 55
da Purificação
Quadro - 10 Descrição da Hotelaria - 56
Hotel Casa Grande
Quadro - 11 Descrição da Hotelaria - 57
Hotel Lobo 57
Quadro - 12 Descrição da Hotelaria - 58
Amaro’s Hotel 58
Quadro - 13 Descrição da Hotelaria - 59
Pousada do Miro
77
Quadro 14 –Atrativos de aventura e suas
modalidades
LISTA DE SIGLAS

ABAV Associação Brasileira de Agências de Viagens


ABETA Associação Brasileira de Empresas de Turismo de Aventura
ABIH Associação Brasileira de Indústria de Hotéis
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
AEMA Aliança das Empresas do Mercado de Aventura
ATTA Adventure Travel Trade Association
BAHIATURSA Empresa de Turismo da Bahia S. A
CEEP Centro Estadual de Educação Profissional em Turismo em Leste Baiano
CONADE Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência
CNUMAD Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento
EMBRATUR Instituto Brasileiro de Turismo
EMTURSA Empresa de Turismo Salvador
GETA Grupo de Empresários de Turismo de Aventura
IATA International Air of Transport Association
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IH Instituto de Hospitalidade
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
IPAC Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
MTUR Ministério do Turismo
NICSA Núcleo de Incentivo à Cultura de Santo Amaro
OMT Organização Mundial do Turismo
ONU Organização das Nações Unidas
SDE Secretaria de Desenvolvimento Econômico
SIPAC Sistema de Informações do Patrimônio Cultural da Bahia
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservação
UFRB Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 01
2 REFERENCIAL TEÓRICO 05
3 TURISMO EM ÁREAS NATURAIS: TURISMO DE AVENTURA 16
3.1 TURISMO EM ÁREAS NATURAIS E A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL 16
3.2 TURISMO DE AVENTURA 19
3.3 BREVE HISTÓRICO BRASILEIRO DO TURISMO DE AVENTURA 20

3.4 ALGUMAS MODALIDADES DO TURISMO DE AVENTURA 22

3.5 ALGUNS DESTINOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS DO 33


TURISMO DE AVENTURA
3.6 CERTIFICAÇÃO E NORMALIZAÇÃO 37

4 O TURISMO NO MUNICÍPIO DE SANTOAMARO 41


4.1 BREVE HISTÓRICO DE SANTO AMARO 43

4.2 PRINCIPAIS ATRATIVOS TURÍSTICOS E A INFRAESTRUTURA 47


DO MUNICÍPIO
5 RESULTADOE ANÁLISE DO TRABALHO EM CAMPO NO 62
MUNICÍPIO DE SANTO AMARO E SEU ENTORNO
5.1 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS ATRATIVOS ECOLÓGICOS 62
E AS MODALIDADES ENCONTRADAS NA CIDADE E SEU ENTORNO
5.2 ENTREVISTA COM PRATICANTES, GRUPOS DE 69
AVENTURA E GUIA DE TURISMO
5.3 ENTREVISTA COM SECRETÁRIO DE CULTURA E 72
TURISMO DA CIDADE
5.4 ENTREVISTA COM AGÊNCIA DE VIAGEM DA CIDADE 74
5.6 ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO E DOS IMPACTOS DO 75
TURISMO DE AVENTURA PARA A PROMOÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO LOCAL
6 CONCLUSÃO 78
REFERÊNCIAS 80

APÊNDICE 90

ANEXO 96
1

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por finalidade abordar as condições em que se encontra o


turismo na cidade de Santo Amaro, de maneira a apontar seus pontos positivos e negativos
através do levantamento de dados e atrativos encontrados, levando assim a uma análise da
possibilidade da inserção do segmento do turismo de aventura na cidade.
As pessoas estão sempre em busca de bens e serviços que atendam as suas
necessidades, exigindo cada vez mais do mercado a excelência na prestação dos mesmos. A
curiosidade em conhecer o novo, correr riscos, satisfazer sua integridade física ou espiritual
desenvolvem-se mais nas áreas naturais, onde os contatos com a natureza e com as atividades
sobrepostas pelo Turismo os atraem cada vez mais. Aproveitando-se da situação em que uma
determinada cidade destaca-se como rica em história, cultura, religião e música, descobrem-se
elementos naturais que poderiam se tornar também atrativos nos segmentos de Turismo de
Aventura na cidade. Neste contexto insere-se a busca pelo Turismo de Aventura que propõe
atividades recreativas que envolvem desafios e riscos avaliados e que proporcionam sensações
diversas e novidades. Deste modo, esta monografia aborda o estudo de caso: Turismo de
Aventura: Uma possibilidade de inserção deste segmento na cidade de Santo Amaro – Bahia,
estudo este realizado entre os meses de fevereiro a setembro do ano 2015, divididos assim nas
seguintes fases: pesquisa bibliográfica, pesquisa em campo, levantamentos de dados,
abordagem qualitativa e pesquisa de opinião. Como justificativa considera-se que: a escolha
deste tema deu-se a partir da observação de aproveitamento das atividades e práticas de
aventura já existentes nas áreas naturais localizadas na cidade de Santo Amaro, com a idéia de
inserir o segmento do Turismo de Aventura como um atrativo turístico do qual proporcione o
desenvolvimento do município. Propor a incrementação desse segmento como atrativo
turístico da cidade, visará num maior número de visitação, levando assim ao crescimento da
renda e economia, e na conscientização da educação ambiental. Este trabalho contribuiu para
a minha formação, de maneira que, apliquei os conceitos e aprendizados adquiridos durante
todo o curso para obter a base necessária de interpretação para mediante futura proposta de
implementação no inventário turístico da cidade.

A área ecológica que abrange a maioria das cachoeiras e alguns rios existentes no
município de Santo Amaro e seu entorno estão localizadas na APA (Área de Proteção
2

Ambiental) Monumento Natural dos Cânions do Subaé e possui uma área total de
aproximadamente 404,15 hectares. Essa área apresenta significativos recursos naturais de
imensos valores cênicos e paisagísticos, propiciando, inclusive, a prática de ecoturismo e
esportes radicais. Também lá se encontram os corpos hídricos e as diversas nascentes
formadoras dos Rios Peraúna e Sergi, contribuintes do Rio Subaé, impondo-se a recuperação
ambiental de seu entorno, em especial as Áreas de Preservação Permanente, com vistas à sua
preservação. Seu Decreto Estadual n° 10.018 foi criado em 05 de Junho de 2006 (SEMA,
2015).
Para a contribuição deste estudo monográfico, discutiu-se a relação entre o
desenvolvimento do turismo local na cidade de Santo Amaro – Bahia, suas carências e o
intuito da inserção de um novo segmento como atrativo turístico na mesma. O objetivo que
norteou este trabalho foi o de estudar a possibilidade da inserção do segmento do Turismo de
Aventura na cidade de Santo Amaro – Bahia, apontando a relação entre o desenvolvimento do
turismo local na cidade e suas carências. Para a consolidação desse objetivo, foi definido
contextualizar o Turismo de Aventura, discorrer sobre o turismo na cidade de Santo Amaro,
identificar os potenciais e atrativos existentes para o segmento de Turismo de Aventura na
cidade e avaliar a possibilidade de implantar o segmento do Turismo de Aventura e seus
impactos na promoção do desenvolvimento local. Como problema destaca-se: Quais os
pontos positivos e negativos que o segmento do Turismo de Aventura trará para a cidade de
Santo Amaro - Bahia?
Como hipótese, compreende-se que: os levantamentos de dados iniciais apontam que
o segmento do Turismo de Aventura é um forte fator proporcionador de experiências à seus
praticantes, que se explorado de maneira correta, estará impulsionando positivamente o
turismo na cidade de Santo Amaro. Se existem praticantes, é sinônimo de que a inserção do
segmento trará bons frutos para o desenvolvimento da cidade.
Como método de procedimento utilizou-se o estudo de caso, do qual leva-se em
consideração a compreensão como um todo do assunto investigado e a pesquisa bibliográfica,
que tem como finalidade me colocar em contato com tudo que já foi escrito sobre o assunto.
A abordagem apresentada foi qualitativa, onde, através da pesquisa bibliográfica com
conceitos e idéias de alguns autores e com a observação in loco da área natural, contribuição
de envolvidos com o meio turístico tais como empresários, grupo de aventura, guia de
turismo, praticantes de atividades turísticas e secretário de turismo da cidade, pôde-se ter uma
3

idéia do cenário turístico atual, suas carências e potenciais, obtendo-se assim uma amostra não
probabilística por julgamento.
O método quanto os objetivos: pesquisa de opinião, por se utilizar da observação e
análise da contribuição dos atores mencionados acima e haver pouco conhecimento de
pesquisas sobre esse segmento e perspectivas do turismo na cidade. Técnica de pesquisa:
como fontes primárias foram utilizadas a documentação direta com pesquisa de campo,
trazendo entrevistas com um guia de turismo, grupo de aventura, praticantes de modalidades e
o secretário de turismo da cidade; exploratória pela inexistência de estudos nessa perspectiva;
e descritiva onde há uma análise e observação sobre os dados coletados. Como fontes
secundárias utilizou-se a pesquisa documental, com relatórios de pesquisa e pesquisa
bibliográfica em bibliotecas como: Uneb, Central, Nicsa, Centro Referencial de
Documentação de Santo Amaro, publicação em livros, meios eletrônicos como sites oficiais,
blogs, entre outros.
No primeiro momento é apresentado o Turismo e sua evolução histórica, seguida pela
movimentação econômica que a atividade proporciona, constatando assim a importância no
âmbito histórico e econômico.
Em seguida são apresentados os dados referentes ao Turismo no Brasil, bem como sua
estrutura organizacional, mostrando que o governo do país já se atentou para a importância da
atividade e tem buscado constante aprimoramento e atenção. Destacam-se ainda alguns dos
órgãos mais importantes no âmbito do turismo em níveis internacional, nacional e estadual.
No terceiro capítulo, são apresentados o histórico e definições de
atividades/modalidades em ambientes naturais, seus órgãos protetores ambientais e a
abordagem do segmento do turismo de aventura que se utiliza destes meios para ocorrência.
Como contribuição são mencionados alguns destinos do turismo de aventura nacionais e
internacionais de referência, o histórico da atividade no Brasil, as entidades e eventos
relacionados ao segmento, as especificidades e atividades englobadas no conceito. É abordada
também a aplicação da certificação e normatização, descrevendo sua importância para o bom
funcionamento das atividades do segmento do Turismo de Aventura. Para finalizar a pesquisa
bibliográfica e documental são abordados os aspectos que determinada o que uma região deve
possuir para receber o turismo de aventura, tanto relativo à infraestrutura quanto aos recursos
naturais.
Já no quarto capítulo é abordado como forma de enriquecimento para o trabalho, a
cidade de Santo Amaro, que é tomada como um estudo de caso. Para isso, faz-se necessária a
4

localização espacial, territorial da localidade, seu histórico e dados atuais. Em seguida, são
destacadas as áreas de Santo Amaro propícias para a prática de atividades atreladas ao turismo
de aventura, bem como sua infraestrutura atual encontrada. Com o objetivo de conhecer
experiências e relatos de praticantes de atividades na cidade de Santo Amaro, definiu-se
primeiramente identificá-los e escutá-los. Para este fim, o levantamento de informações por
meio da técnica de entrevistas mostrou-se o mais adequado para a captação de pontos de vista
diferenciados.
A pesquisa referente aos dados bibliográficos e documentais foi realizada em
bibliotecas, meios eletrônicos, acervo próprio e acervo de terceiros. Devido à escassez de
produção acadêmica voltada especificamente para o turismo de aventura, foi necessária a
pesquisa via internet, principalmente para a obtenção de dados referentes às entidades que
estão atreladas de alguma forma ao turismo de aventura. O meio virtual também foi utilizado
para a obtenção de imagens, com o intuito de ilustrar as atividades do segmento.
No quinto capítulo apresenta-se uma análise dos dados da qual foi realizada de
maneira qualitativa, ou seja, por meio das definições, interpretações e reflexões, baseadas nas
informações encontradas e na opinião dos entrevistados. Apesar de algumas limitações
encontradas, espera-se que esta monografia possa contribuir para a discussão acadêmica,
continuidade de estudos do segmento na região, e que possa aguçar a curiosidade dos que, de
alguma maneira, se interessam pelo mesmo. Segundo Dencker (1998), no que diz respeito ao
propósito dos estudos, é importante estabelecer a continuidade, ligando resultados de um
estudo e de outro, desta forma a elaboração deste trabalho almeja abrir caminhos para
discussões e aperfeiçoamento do setor turístico, mais especificamente do turismo de aventura.
No sexto e último capítulo apresenta-se a conclusão, onde é especificado de maneira
crítica, um breve apanhado de todos os dados e resultados obtidos durante a pesquisa.
5

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O turismo vem se destacando cada vez mais no âmbito socioeconômico mundial.


Integrante do setor de serviços é visto como consequência da elevação do nível de renda da
população em geral. O turismo compreende um conjunto de atividades que podem ser
integradas à empresas públicas e/ou privadas, das quais estabelecem a necessidade de
estrutura básica de bens e serviços como hospedagem, alimentação, transporte, segurança
entre outros.
Segundo Oliveira (2002, p. 36), denomina-se turismo o conjunto de resultados de
caráter econômico, financeiro, político, social e cultural produzidos numa localidade,
decorrentes da relação entre visitantes com locais visitados durante a presença temporária de
pessoas que se deslocam de seu local habitual de residência para outros, de forma espontânea
e sem fins lucrativos.
Em 1453, com a tomada da Constantinopla pelos turcos, surgiu a necessidade de
encontrar novos caminhos para o oriente. Naquele momento, começava um novo tipo de
viagem, a transoceânica, que utilizavam barcos como meio de transporte. Portugueses e
espanhóis foram os primeiros a mostrar a existência de um novo mundo e a despertar nos
europeus a curiosidade de conhecê-lo. As grandes navegações entre os séculos XVI E XVIII
deram impulso às viagens de longo curso, antecedendo o período denominado de ‘turismo
moderno’. Ainda no século XVI, iniciava-se na França a realização de dois tipos de viagem de
lazer, caracterizadores dos primeiros tempos do turismo: o Petit Tour que consistia numa
visita ao Vale do Loire e retornava a Paris, e o Grand Tour que complementava a formação
dos jovens ingleses e estendia-se pela França, Suíça e Itália, em especial às cidades de Paris,
Roma, Genebra, Florença, Milão, Bolonha, Veneza e Nápoles. Esse mesmo circuito
contribuiu para o desenvolvimento da infraestrutura turística na Europa (CUNHA, 1997, p.
57).
Em 1841 surge na Inglaterra um personagem que revolucionou a atividade comercial
do turismo, o comerciante Thomas Cook. Com o objetivo de participar de um Congresso
Antialcoólico em julho de 1841, Cook alugou um trem para transportar 578 pessoas entre as
cidades de Loughborough e Leicester, viagem essa de ida e volta de cuja distância era de 17
quilômetros. Com o sucesso da viagem Cook começou a explorar comercialmente um novo
ramo de transporte e organização de viagens e, em 1845, fundou junto com seu filho a
Thomas Cook & Son que viabilizava viagens ao gosto dos clientes. O uso do trem facilitou
6

bastante o trabalho de Cook, pois, era rápido, seguro, confortável e barato, e já estava
implantado em todas as regiões da Europa. A fórmula do seu sucesso começou a ser copiada
originando assim a abertura de grandes empresas mundialmente conhecidas no setor turístico
como a Agência Abreu, em Portugal; a Wells Fargo Co. nos Estado Unidos e Cook & Son e
Kuoni.
Já em 1858, surgia a era dos cruzeiros marítimos de luxo com viagens de Liverpool a
Nova York com o transatlântico inglês Great Eastern com capacidade para 4000 pessoas. Em
1883, o trem Expresso do Oriente ligou Paris a Constantinopla, sendo um cenário incluído
num romance da escritora Agatha Christie. Esse foi um momento no qual os transportes
modernos tiveram um grande desenvolvimento e o turismo passou a ser objetivo de quem
procurava lazer e descanso. O homem sempre idealizou uma situação econômica da qual lhe
permitisse uma vida mais confortável e com mais horas livres. No século XX, a partir da
primeira guerra mundial, abriam-se as portas que serviriam de impulso para o crescimento do
turismo, onde surgiam as férias remuneradas, viagens de férias, era do automóvel e instalação
de free shop nos aeroportos. Com a ampliação do tempo ocioso, os habitantes das nações
passaram a dispor de mais horas livres, com isso influenciou a redução nos custos de
transportes e a globalização da informação sobre atrações turísticas mundiais (IGNARRA,
1999).
É o que se descreve na afirmação: Na busca pela hegemonia capitalista, houve
intensificação dos fluxos de mercadorias, serviços, tecnologias, informações e pessoas, assim
como aceleração do processo de modernização dos transportes e das comunicações
(LICKORISH ; JENKINS, 2000, p. 10). Outros fatores que contribuíram para o
desenvolvimento do turismo foram: segurança, salubridade e alfabetização crescente.
No entanto, o turismo é mais do que somente viajar, mas se caracteriza por ser uma
atividade econômica decorrente das deslocações e permanências dos visitantes num lugar,
utilizando-se dos equipamentos como transporte, alimentação, hotéis, entre outros. É o que se
define como “Soma de relações e de serviços resultantes de um câmbio de residência
temporário e voluntário motivado por razões alheias a negócios ou profissionais” (TORRE,
1992, p. 19). A partir do século XX surgem diversas outras definições para o Turismo nas
mais variadas escolas acadêmicas, Geografia, Economia, Sociologia e etc. Dentre a gama de
pesquisas e publicações na área do Turismo, encontram-se alguns de seus conceitos definidos
por diversos autores formados na área.
Beni (1998, p. 36) o define como “a soma dos fenômenos e das relações resultantes da
7

viagem e da permanência dos não-residentes, na medida em que não leva a residência


permanente e não esta relacionada a nenhuma atividade remuneratória”. Ou seja, a soma das
experiências, expectativas positivas ou negativas e da própria permanência dos visitantes
adquiridas na viagem, sem relação alguma com atividades remuneradas, ou seja, sem caráter
econômico.
Com base nesse desenvolvimento, surgem organismos e entidades que têm como
objetivo fortalecer o turismo no mundo, tais estas são:
 A Organização Mundial do Turismo (OMT) é um órgão que orienta o turismo
e que originou-se em 1925 na Holanda e está vinculada à Organização das Nações
Unidas (ONU). O órgão tem como objetivo incentivar a proteção do meio ambiente e do
patrimônio cultural, estimular a economia e a geração de empregos e contribuir para o
respeito universal sem distinção de raça, sexo, língua ou religião (OMT, 2001).
A OMT prevê que as correntes turísticas triplicarão nas próximas décadas, e por volta
do ano 2020 cerca de 1,6 bilhões de turistas se deslocarão de pais a país, com gastos que
somarão mais de US$ 2 trilhões ou US$ 5 bilhões por dia, o que significa um crescimento de
69% em relação a 2008. E que o número de empregos cresça proporcionalmente, e os
governos adotem medidas que ajudem esse crescimento (OMT, 2001).
 A International Air of Transport Association (IATA) é uma associação que
representa o setor de transporte aéreo oferecendo soluções conjuntas para empresas
aéreas, desenvolvendo padrões operacionais para o governo no setor e para terceiros
como agentes de viagens e carga. Tem como estratégia oferecer às empresas aéreas uma
distribuição global a preço de custo, permitindo-lhes atingir seus mercados através de
Agentes de Viagem e Carga profissionais.

No Brasil:
 A Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) é uma entidade
empresarial sem fins lucrativos que tem por finalidade congregar e representar os
interesses de suas agências associadas, representar os Agentes de Viagens, defender os
legítimos objetivos da Indústria do Turismo, colaborar com os poderes públicos no
estudo e solução dos problemas do setor, e fomentar o desenvolvimento do Turismo
Nacional em todas as suas manifestações.
8

 A Associação Brasileira de Indústria de Hotéis (ABIH) é uma entidade


empresarial associativista, sem fins lucrativos, que tem como missão fortalecer as
relações institucionais com os poderes públicos e investir na valorização da atividade
econômica dos setores hoteleiros, promovendo a aproximação e a ampliação das
oportunidades de negócios para todos seus associados.

Na Bahia:
 Outro órgão de importante participação no âmbito turístico foi a Empresa de
Turismo da Bahia S. A. (BAHIATURSA), uma empresa de economia mista vinculada à
Secretaria de Turismo, sendo responsável pela divulgação e promoção turística da Bahia
no Brasil e no exterior, bem como pela administração das estruturas e serviços de
receptivo no Estado. Além disso, adota como identidade organizacional o Marketing
Turístico, que se traduz na promoção, política de relacionamento e orientação para
formatação e qualidade do produto. Mas, atualmente, devido à questões políticas, a
Secretaria de Turismo (SETUR) se tornou o principal órgão responsável no estado.
 Empresa de Turismo Salvador (EMTURSA), atual SALTUR, tem como
missão fomentar as atividades turísticas, promovendo Salvador como destino nacional e
internacional, oferecendo aos visitantes e à comunidade, infraestrutura e serviço de
qualidade, gerando emprego e renda para o Município. Atua na área social, Turismo e
Eventos.
Segundo Ray Youell (1997), o Turismo é efetivamente uma relação de demanda e
oferta, que visa atender às necessidades de turistas nacionais ou internacionais,
disponibilizando uma variedade de equipamentos e atrações agrupadas nas áreas de destino.
Quando uma localidade, região organiza seu planejamento turístico e o prepara para ser
comercializado de maneira correta, estará atendendo às necessidades dos visitantes e
formando um mercado turístico, que pode ser menos ou mais procurado a depender da
qualidade de sua oferta. Esse mercado turístico pode ser estruturado como:

Quadro 1 – Estrutura do mercado turístico

Atrativos turísticos – todo lugar, objeto ou acontecimento de interesse turístico que


motiva o deslocamento de grupos para conhecê-los.
Equipamentos e serviços turísticos – conjunto de edificações, instalações e serviços
9

indispensáveis ao desenvolvimento da atividade turística (meios de hospedagem,


alimentação, transporte, entretenimento, agenciamento, informações, entre outros).
Infraestrutura de apoio turístico – conjunto de obras e instalações de estrutura física
de base que proporciona o deslocamento da atividade turística (sistema de comunicações,
transportes, serviços urbanos).
Fonte: Tatasurati, 2015.

Segundo Ray Youell (1997, p. 49), o Turismo é efetivamente uma relação de demanda
e oferta, que visa atender às necessidades de turistas nacionais ou internacionais,
disponibilizando uma variedade de equipamentos e atrações agrupadas nas áreas de destino.
Quando uma localidade, região organiza seu planejamento turístico e o prepara para ser
comercializado de maneira correta, estará atendendo às necessidades dos visitantes e
formando um mercado turístico, que pode ser menos ou mais procurado a depender da
qualidade de sua oferta. Esse mercado turístico pode ser estruturado como detalhado na figura
a seguir:

Uma visualização padronizada da relação produto, oferta e demanda:


Figura 1 – Relação da oferta e demanda turística

Fonte: Tatasurati, 2015.


10

A Empresa Brasileira de Turismo (EMBRATUR) ressalta a importância de alguns


aspectos para identificação do perfil da demanda turística, é o que se mostra no quadro a
seguir:
Quadro 2 – Aspectos de identificação do perfil da demanda turística

Qualificação do turista: idade, sexo, Indução de viagens:


estado civil, profissão. propaganda e publicidade, indicação
de amigos e parentes, promoções,
matérias jornalísticas, agências de
viagens.
Origem do turista: cidade, estado, país Hábitos de viagens: época das
de origem, meio de transporte utilizado. viagens, duração, em grupo ou
individual, utilização de agências de
viagens.
Nível de renda do turista: renda Motivação das viagens:
individual, renda familiar, propriedade de aspectos naturais, aspectos culturais,
bens móveis e imóveis. saúde, religião, negócios, congressos e
convenções, esportes.
Nível de gasto do turista com viagens: Avaliação da viagem: quanto
gastos com transportes, hospedagem, aos atrativos e à infraestrutura.
alimentação, compras, diversões.
Fonte: Embratur, 2015.

Para direcionar o rumo das atividades turísticas e organizá-las de maneira coerente


para tais escolhas, utiliza-se o método da segmentação. Segundo o MTUR- Ministério do
Turismo (2010), a segmentação é entendida como uma forma de organizar o turismo para fins
de planejamento, gestão e mercado.
Do ponto de vista da demanda, a segmentação pode ser entendida como um grupo de
clientes atuais e potenciais que compartilham as mesmas características, necessidades,
comportamento de compra ou padrões de consumo. Para tal classificação intitula-se a
aspectos geográficos, demográficos, psicográficos, econômicos e sociais. Estabelecer uma
modalidade para cada perfil de turista é facilitar o momento de suas escolhas, dessa maneira
fica mais fácil compreender os estilos, necessidades e gostos do turista, gerando assim o
11

produto satisfatório adaptado ao mercado. A segmentação traz enorme vantagem, como


economia de escala para as empresas turísticas, aumento da concorrência no mercado, criação
de políticas de preços e de propaganda especializada, e promoção de maior número de
pesquisas científicas.
No Brasil, essa prática de segmentação começou a avançar a partir da primeira década
de 2000, quando se percebia a exigência de diferenciação, ou seja, as pessoas não queriam
mais ser parte de um coletivo indiferenciado, e sim ter exclusividade. Diante do fato de que o
Brasil possui diversidades naturais e pluralidades culturais, percebe-se o crescimento do
número de segmentos turísticos a serem ofertados para demanda. A partir dessas
considerações, surgem os pilares de organização e estruturação dos órgãos do setor: o
Ministério do Turismo criado em 2003, tem como objetivo “Desenvolver o turismo como uma
atividade econômica sustentável, com papel relevante na geração de empregos e divisas,
proporcionando a inclusão social. Em sua estrutura organizacional está a Secretaria Nacional
de Políticas do Turismo, que assume o papel de executar a política nacional para o setor,
orientada pelas diretrizes do Conselho Nacional do Turismo” (Ministério do Turismo, 2015).
Sendo que conta com subdivisões de apoio na organização que são: Gabinete do
Ministro, Secretaria Executiva, Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do
Turismo, Secretaria Nacional de Políticas de Turismo e a EMBRATUR, criada em 18 de
novembro de 1966 como Empresa Brasileira de Turismo que tem por objetivo promover junto
ao marketing no apoio à comercialização dos produtos, serviços e destinos turísticos
brasileiros no exterior (Ministério do Turismo, 2015).
Em 2003, ao governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva, a EMBRATUR sob a
direção de Eduardo Sanovicz, passa a ser o órgão de promoção de Turismo do Brasil.
A figura 2 apresenta o organograma, ilstrando a estrutura do Ministério do Turismo no
Brasil.
12

Figura 2 - Estrutura do Ministério do Turismo no Brasil.

Fonte: Ministério do Turismo, 2015.

Além da necessidade de se definir o turismo, percebe-se também a necessidade de


estabelecer quem é seu principal agente, o turista, sendo atribuído a ele o seguinte conceito:

“Visitante temporário, proveniente de um país estrangeiro, que permanece no país


mais de 24 horas e menos de 3 meses, por qualquer razão, exceção feita de
trabalho” (TORRE, 1992, p. 19).

Para que esse turista desfrute dos recursos de uma determinada localidade, existe uma
diversidade de áreas econômicas envolvidas na prestação de serviços para atender
necessidades comuns, destacando-se: Meios de Hospedagem, Transportadoras, Agência de
Viagem, Organizadores de Eventos, e etc.
13

Devido o crescimento no nível de exigência em relação à qualidade por parte dos


turistas, o mercado turístico tem se tornado cada vez mais concorrido. Para se alcançar os
objetivos da oferta satisfatória, as organizações e núcleos turísticos tem diversificado as
opções de destinos e produtos turísticos, propiciado menores preços e melhorado a qualidade
no atendimento. Para a formação desse cenário é fundamental a formação e oferta de produtos
turísticos adequados à demanda e a implantação de um consistente planejamento estratégico
que beneficie a todos os envolvidos.
O desenvolvimento, seja de atividades ou de elementos em geral, também é
importante, pois, é a partir dele que ocorrerá o processo da observação. Observação essa que
distinguirá os pontos certos e errados da ação executada. Os elementos e atividades são as
transformações e a observação é o que levará ao progresso. É o que se afirma no conceito a
seguir:
“Desenvolvimento é a composição da transformação e do progresso, e onde não há
progresso não há desenvolvimento” (PENSADOR, 2015).

Para o mundo atual têm-se um pensamento que descreve, por exemplo, a economia,
citada por Friedrich Engels: "O desenvolvimento político, jurídico, filosófico, religioso,
literário, artístico, etc., repousa sobre o desenvolvimento econômico. Mas reagem todos
igualmente uns sobre os outros, assim como sobre a base econômica." Não é diferente com o
turismo. A exemplo do turismo em áreas naturais existe a obrigatoriedade da aplicação do
desenvolvimento sustentável que para Sachs (1993, p. 10) considera o termo como uma
atualização do eco-desenvolvimento usado desde a década de setenta, e que para se planejar
desenvolvimento deve-se considerar simultaneamente cinco dimensões de sustentabilidade:
social, econômica, ecológica, espacial e cultural.
Planejar e administrar e desenvolver o turismo de uma região é, basicamente, planejar,
administrar e desenvolver uma organização que visa ou não ao lucro. As estratégias, as táticas
e as ações, o controle e a avaliação são as mesmas para as duas situações.
Diante de tais informações, enfoques conceituais, parte-se para o foco principal deste
trabalho que é a perspectiva de inserção do segmento do Turismo de Aventura, do qual
necessitará de alguns dos programas e/ou ações mencionados acima para sua contemplação.
Para essa adaptação, é necessário um bom entendimento do que é e não é legal, como por
exemplo, a preocupação com os aspectos e usos naturais, sociais, culturais, sustentáveis e
ecológicos. Daí parte-se para o constante debate da necessidade da utilização do ambiente, e
de um futuro processo de descaracterização do cenário natural pela ação humana. O
14

crescimento do interesse dos turistas pelos ambientes naturais tem elevado as preocupações
sobre os impactos gerados pela atividade, porque a maior parte dos lugares que despertam a
curiosidade dos viajantes é frágil, finita e apresenta de modo geral, alto valor
conservacionista. (AMBIENTES, 2015).
De um modo geral, o turismo pode trazer benefícios ou malefícios ao meio ambiente e
a comunidade local, só irá depender da forma como ele é planejado e desenvolvido. Isso,
através do desenvolvimento econômico, incentivo financeiro para proteção de áreas de
florestas, geração de rendas e outros. Mas se for mal planejado e controlado o turismo pode
trazer degradação ao meio ambiente e ter influência negativa sobre a cultura e comunidade
local. A partir do momento que o turismo passa a desvalorizar a cultura de um povo, degradar
sua infraestrutura ou paisagem natural e comprometer elementos da fauna e da flora, ele passa
a ser de caráter negativo para os visitantes e principalmente para a população local. (IEF,
2015).
A figura 3 mostra os impactos sociais, econômicos, culturais e ambientais que o
turismo pode causar, apresentando assim alguns de seus malefícios e benefícios para com a
sociedade e o ambiente:
Figura 3 - Os impactos gerados pelo Turismo.

Fonte: Rafaellahardman, 2015.


15

Como estratégias para a conservação de ambientes naturais pode-se citar a criação de


áreas de proteção ambiental como os Parques Nacionais, as Reservas Ecológicas e as Áreas de
Proteção Ambiental que podem ser utilizadas para a prática de atividades turísticas como o
Ecoturismo e Turismo de Aventura, possibilitando também a geração de renda.
Segundo conteúdo abordado, Turismo em áreas naturais é um segmento do turismo
que utiliza o patrimônio natural e cultural, de forma sustentável, com intercâmbio sob
diferentes formas entre o homem e a natureza, para promover a conservação dos recursos
locais (físicos e humanos), otimizando os custos e ganhos ambientais, culturais, econômicos e
sociais, orientados por planejamentos participativos. (OBSTURPR, 2000).
Para usufruir de maneira corretamente sustentável o meio natural, deve-se seguir as
práticas de conservacionismo e preservacionismo. “Preservacionismo é a preservação da
natureza em seu estado natural relacionando o ser humano como um causador de danos ao
meio ambiente. Com essa prática, a natureza deve ser mantida sem nenhuma interferência do
ser humano. Já o Conservacionismo é uma prática mais consciente, exaltando sentimento à
natureza e ao meio ambiente aliado ao uso racional de matéria-prima e bens naturais. A
criação de áreas de preservação responsáveis para ecossistemas frágeis e que contenham
grande número de espécies em perigo de extinção é uma das ações defendidas pela corrente
conservacionista.” (PORTALEDUCAÇÃO, 2013).
Como base de orientação, alguns órgãos responsáveis do Turismo, órgãos relacionados
ao meio ambiente, empresas aliadas ao ramo, e/ou interessados, apresentam propostas e
medidas a favor da conscientização ambiental. A educação ambiental é todo processo
empregado para preservar o patrimônio ambiental e criar modelos de desenvolvimento, com
soluções limpas e sustentáveis. É uma ação que está presente em todas as nações, que buscam
o desenvolvimento tecnológico sem atingir os recursos naturais do planeta.
16

3 TURISMO EM ÁREAS NATURAIS: TURISMO DE AVENTURA

3.1 TURISMO EM ÁREAS NATURAIS E A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Quando se fala em preservar o meio ambiente (reunião do meio natural com o meio
urbano), o que se deseja é garantir a qualidade de vida. Essa é a única maneira de garantir a
sobrevivência do turismo como atividade econômica com visão de longo prazo. “O meio
ambiente é um grande atrativo turístico, em especial no Brasil, dotado de 8 mil quilômetros de
litoral e a natureza exuberante em ecossistemas como a Amazônia e o Pantanal.”
(PETROCCHI, 1998).
Tendo o meio ambiente como fator único principal para o desenvolvimento turístico,
desperta-se o interesse cada vez mais frequente em explorá-lo. Propiciadores da interação do
turista com o ambiente, os órgãos, empresas, o trade turístico devem se preocupar também
com a conservação e preservação do espaço ambiental. Ao mesmo tempo que o Turismo pode
trazer bens ao local, como economia, geração de empregos, realização de desejos do visitante,
pode também trazer sérios danos ao ambiente e sua comunidade local.
Por existir esse contato único com a natureza, essa procura tem chamado atenção para
a preservação e sustentabilidade devido ao fluxo de visitações aumentarem, e, a partir disso,
os órgãos responsáveis do turismo começam a elaborar planos de preservação do meio
ambiente. Em 1992 acontece no Rio de Janeiro o relevante evento ECO- 92, a Conferência
das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), com o objetivo
de promover o desenvolvimento aliado à consciência de conservação e proteção dos
ecossistemas do planeta. As atenções se voltam para o mercado, e no mesmo evento 175
países se comprometem a elaborar planos de preservação do meio ambiente.
Em 2000, por meio da Lei 9.985, foi criada o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação - SNUC, visando organizar áreas naturais. Dentre seus objetivos estão:
contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território
nacional e nas águas jurisdicionais; proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito
regional e nacional; contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de
ecossistemas naturais; promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais;
promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de
desenvolvimento; proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica;
proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica,
17

arqueológica, paleontológica e cultural; proteger e recuperar recursos hídricos; recuperar ou


restaurar ecossistemas degradados; proporcionar meios e incentivos para atividades de
pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental; valorizar econômica e socialmente a
diversidade biológica; favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental,
a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico; proteger os recursos naturais
necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu
conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente (BRASIL, Lei nº.
9.985 Congresso Nacional, 2000). As áreas protegidas se subdividem em proteção integral e
visitas orientadas. Os objetivos da SNUC facilitam a gestão e fiscalização de áreas naturais e
a possibilidade de sua ampliação no Brasil, como se mostra no quadro seguinte.

Quadro 3 apresenta o Sistema Nacional de Unidades de Conservação

Fonte: Slideplayer, 2015.

Preservação ambiental é a prática de preservar o meio ambiente. Essa preservação é


feita para beneficiar o homem, a natureza ou ambos. A pressão por recursos naturais muitas
vezes faz com que a sociedade degrade o ambiente a sua volta, por isso é essencial as medidas
de preservação do meio ambiente. Deve-se levar em conta três aspectos importantes:
18

Quadro 4 – Aspectos importantes para preservação do meio ambiente:

Aspecto econômico – a atividade turística deve ser viável


economicamente para as pessoas que moram na localidade, senão todos
terão perdas: o meio ambiente deixa de ser preservado, os turistas deixam de
contar com serviços locais, acessíveis, e perdem também os habitantes.
Aspecto humano – deve-se valorizar a cultura local, em suas
manifestações gastronômicas, artísticas, históricas, de linguagens,
arquitetônicas, e outras.
Aspecto ambiental – há uma relação bem forte entre o Turismo de
Aventura e os ambientes naturais, neles são desenvolvidos várias atividades
sejam em rios, lagos, mares, montanhas, sertões, cerrados, onde os eventuais
impactos são na maioria imediatos.
Fonte: (Ministério do Meio Ambiente, 2015).

Para o desenvolvimento do turismo sustentável destacam-se 2 etapas:


- A promoção (estudo técnico da oferta turística e conhecimento das
deficiências dos capitais natural, cultural e infraestrutural);
- A preservação (que exige igualmente o estabelecimento de
programas de trabalho para a promoção do desenvolvimento do Turismo
junto às comunidades).
Seguem dois trechos de artigos da lei que falam sobre Educação Ambiental:
No Brasil, a Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, sobre educação ambiental, decretada
pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidência da República, dispõe no artigo
1º: Entendem por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimento, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sua qualidade de
vida e sua sustentabilidade. (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2015).
A Lei dispõe, no artigo 2º: A educação ambiental é um componente essencial e
permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal. (MINISTÉRIO
DO MEIO AMBIENTE, 2015). Preservar esses ambientes possibilitará futuras visitas e
realizações das atividades de turismo de aventura. Com a conscientização ambiental, as
19

pessoas tornam-se mais educadas e propícias a manter a matéria-prima da aventura


(autenticidade do ambiente natural visitado, natureza, cultura diferenciada preservada).

3.2 TURISMO DE AVENTURA

As motivações da demanda turística são inúmeras e têm sido orientados na maioria em


direção à valorização dos aspectos ambientais e paisagísticos do núcleo receptor, da qualidade
dos serviços e produtos oferecidos. A busca por ambientes interessantes, sadios e que
ofereçam belas paisagens e atividades para interação é intensa, sendo o turismo praticado na
natureza um dos segmentos mais significativos dos últimos anos no mundo, entre eles o
turismo de aventura, ecoturismo, e turismo em espaço rural. Este trabalho destacará
especificamente o segmento do Turismo de Aventura. Do latim “ad venture”, o termo
aventura significa o que estar por vim; nela se realiza o controle de riscos existentes e pode
ser uma atividade perigosa, por propor a realização de atividades arriscadas.
O Turismo de Aventura é um segmento de mercado do setor turístico que compreende
o movimento de turistas onde seu atrativo principal é a prática de atividades de aventura de
caráter recreativo, e pode ser desenvolvido em espaço natural, construído, rural ou urbano,
estabelecido como área protegida ou não. (MINISTERIO DO TURISMO, 2010).
Os movimentos turísticos são gerados pela realização de atividades de aventura
envolvendo a oferta de serviços, equipamentos e produtos como:
 Hospedagem;
 Alimentação;
 Transporte;
 Recepção e condução de turistas;
 Recreação e entretenimento;
 Operação e agenciamento turístico;
 Atividades complementares ao turismo.
As atividades de aventura são as experiências físicas e sensoriais recreativas que
envolvem desafios e que podem proporcionar sensações diversas como liberdade, prazer e
superação. Como propõe riscos assumidos, deve-se atentar aos aspectos relacionados à
segurança. No entanto, deve-se considerar as Normas Técnicas de Turismo de Aventura da
20

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), regulamentos, processos de certificação


e outros instrumentos específicos.

3.3 BREVE HISTÓRICO BRASILEIRO DO TURISMO DE AVENTURA

Inicialmente, o Turismo de Aventura era entendido como uma atividade associada ao


Ecoturismo, por possuir características semelhantes. Atualmente, ganhou espaço e estrutura
própria no mercado e pode ocorrer de forma irregular e amadora. Na década de 1980 surgiam
as primeiras reflexões sobre o Turismo de Aventura, onde demonstravam apenas simples
viagens aos âmbitos naturais. Já nos anos de 1990, surgia essa nova modalidade de turismo no
Brasil; nesse período iniciava-se a produção dos primeiros equipamentos para realização de
atividades na natureza e, posteriormente, onde obteve a primeira definição na oficina para
elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável do Turismo de Aventura,
realizado em Caeté (MG), em abril de 2001.
Em 1999, aconteceu a primeira feira do setor de Turismo de Aventura, a Adventure
Sports Fair, que impulsionou a promoção e conhecimento sobre as atividades do segmento.
Em 2003, o Ministério do Turismo inicia um debate sobre a criação de um marco
regulatório para o segmento; no mesmo ano, foi elaborado um diagnóstico nacional e
internacional que visava identificar experiências de normalização, certificação e
regulamentação da área que em tal conceito refere-se como: “Turismo de Aventura
compreende os movimentos turísticos decorrentes da prática de atividades de aventura de
caráter recreativo e não competitivo.” (MINISTERIO DO TURISMO, 2010).
Em 2003 surgia o órgão representativo dos empresários do setor, que na época
chamava-se Grupo de Empresários de Turismo de Aventura (GETA). Mas, no ano seguinte
passou a chamar Associação Brasileira de Empresas de Turismo de Aventura (ABETA), que
tem por objetivo tornar as empresas mais competitivas e referências mundiais na qualidade da
prestação de serviços por meio de diversas ações e parcerias. Alguns de seus parceiros são:

Quadro 5 – Parceiros da ABETA


CURTLO – fundada em 1993 na cidade de São Paulo, é uma empresa e fábrica
de produção de produtos e acessórios para viagens de aventura, bolsas, acessórios para
21

bicicleta, mochilas cargueiras e técnicas e peças para vestuário.


ACADEMIA VISITE SÃO PAULO - é um programa de treinamentos e
palestras direcionados a profissionais que atuam direta ou indiretamente no
atendimento aos visitantes de São Paulo, que visa contribuir com o desenvolvimento
quantitativo e qualitativo do turismo da cidade, oferecendo oportunidades de melhoria
da prestação de serviços ao visitante por meio de capacitação de profissionais
importantes para a atividade.

Adventure Travel Trade Association (ATTA) - Membros Atta que representam


uma próspera comunidade de mais de 800 responsáveis, empresas lucrativas, destinos e
meios de comunicação que transformam clientes e empresas de advocacia para mundo
de sustentabilidade e justiça. Nestes membros incluem operadores turísticos,
organizações de marketing de destinos, turismo, placas especiais de viagens, guias,
agentes de acomodações, meios de comunicação e fornecedores de serviços.
Fonte: Abeta, 2015.

A Aliança das Empresas do Mercado de Aventura (AEMA) é uma organização criada


em 2006 que visa reunir o grupo empresarial deste segmento, ampliando o mercado de
aventura por meio de inserção do número de consumidores, frequência de compras, e valor
líquido de tíquete médio. E ainda, melhorar o nível de profissionalização dos empresários do
segmento de aventura, mudar a imagem da categoria referente à segurança e criar referências
regionais de aventura. A formação da AEMA contribui para a integração e desenvolvimento
de qualidade do turismo de aventura no Brasil.
Segundo a ADETUNORP (apud Ministério do Turismo, 2008), o turismo de aventura
“fundamenta-se em aspectos que se referem à atividade turística e ao território em relação à
motivação do turista, pressupondo o respeito nas relações institucionais, de mercado, entre os
praticantes e com o ambiente”.
Para a Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (ABETA, 2015), a
indústria de Turismo de Aventura é responsável por quatro milhões de turistas (entre
brasileiros e estrangeiros) no Brasil, representando um faturamento médio anual que deve
superar R$ 490 milhões neste ano. O mercado já conta com mil empresas espalhadas nos
principais pólos de aventura do país. Estima-se que o turismo dos esportes de aventura
apresente crescimento entre 15% e 20% ao ano. De acordo com a Demanda Turística
22

Internacional, estudo realizado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para a
Embratur, 19,5% dos turistas estrangeiros que visitaram o País a lazer em 2006 disseram
terem escolhido o país por motivo de ‘Natureza, Ecoturismo ou Aventura’. Entendendo-se
assim que o segmento pode ser considerado uma atividade de Aventura Lucrativa.
(POUSADA DO QUIRIRIM, 2013).

3.4 ALGUMAS MODALIDADES DO TURISMO DE AVENTURA

A atividade do turismo de aventura pressupõe uma avaliação, isto é, a identificação do


risco e julgamento sobre sua gravidade, o controle - mediante ações, informações e
equipamentos adequados e o consentimento livre e esclarecido dos participantes. A variedade
dessas atividades e de locais das respectivas práticas é considerada fundamental na concepção
do segmento, exigindo a compreensão de que cada atividade apresenta diferentes patamares
de dificuldades e desafios, o que implica procedimentos e uso de equipamentos específicos. O
governo elaborou dentro das orientações básicas do turismo de aventura uma lista das práticas
de aventura que podem ser realizadas em espaços naturais ou artificiais. A subdivisão agrupou
as atividades com base nos elementos naturais: terra, água e ar.

a) Terra
 Arvorismo - locomoção por percurso em altura instalado em árvores e
outras estruturas construídas;
Figura 4 – Arvorismo.

Fonte: PointdaPescaCorumba,2015.
23

 Atividades ciclísticas - percurso em vias convencionais e não


convencionais em bicicletas, também denominadas de cicloturismo;
Figura 5 – Atividades Ciclísticas.

Fonte: Riovalejornal, 2015.

 Atividades em cavernas - observação e apreciação de ambientes


subterrâneos, também conhecidas como caving e espeleoturismo;

Figura 6 –Espeleoturismo.

Fonte: Nandabeto,2015.
24

 Atividades eqüestres - percursos em vias convencionais e não


convencionais em montaria, também tratadas de turismo equestre;

Figura 7 –Atividades eqüestres.

Fonte: Turismo de Portugal, 2015.

 Atividades fora-de-estrada - percursos em vias convencionais e não


convencionais, com trechos de difícil acesso, em veículos apropriados. Também
denominadas de Turismo
 Fora-de-Estrada ou off-road;

Figura 8 Atividades fora-de-estrada.

Fonte: Brotas, 2015.


25

 Bungue jump - salto com o uso de corda elástica;

Figura 9 –Bungue jump.

Fonte: Plantours, 2015.

 Cachoeirismo - descida em quedas d’água utilizando técnicas verticais,


seguindo ou não o curso da água;

Figura 10 –Cachoeirismo.

Fonte: Webventureuol, 2015.


26

 Canionismo - descida em cursos d’água transpondo obstáculos


aquáticos ou verticais com a utilização de técnicas verticais. O curso d’água pode ser
intermitente;
Figura 11 Canionismo.

Fonte: Serradoitaqueriblog, 2015.

 Caminhadas - percursos a pé em itinerário pré-definido


Curta duração - caminhada de um dia. Também conhecida por hiking;
Longa duração - caminhada de mais de um dia. Também conhecida por
trekking;
Figura 12 Caminhadas.

Fonte: Edfisicacorpoemente,2015.
27

 Escalada - ascensão de montanhas, paredes artificiais, blocos rochosos


utilizando técnicas verticais;
Figura 13 Escalada.

Fonte: Planetavertical,2015.

 Montanhismo - caminhada, escalada ou ambos, praticada em ambiente


de montanha;

Figura 14 Montanhismo.

Fonte: Guanabara,2015.
28

 Rapel - técnica vertical de descida em corda. Por extensão, nomeiam-se,


também, as atividades de descida que utilizam essa técnica;

Figura 15 Rapel.

Fonte: Cassinotur, 2015.

 Tirolesa - deslizamento entre dois pontos afastados horizontalmente em


desnível,ligados por cabo ou corda;

Figura 16 Tirolesa.

Fonte: Clicrbs,2015.
29

b) Água
 Bóia-cross - descida em corredeiras utilizando bóias infláveis. Também
conhecida como acqua-ride;

Figura 17 Bóia-cross.

Fonte: Ocenomato,2015.

 Canoagem - percurso aquaviário utilizando canoas, caiaques, ducks e


remos;

Figura 18 Canoagem.

Fonte:Uipi, 2015.
30

 Mergulho - imersão profunda ou superficial em ambientes submersos,


praticado com ou sem o uso de equipamento especial;

Figura 19 Mergulho.

Fonte: Companhiadeviagem, 2015.

 Rafting - descida em corredeiras utilizando botes infláveis;

Figura 20 Rafting.

Fonte: Cliqueseguro, 2015.


31

c) Ar
 Asa delta - vôo com aerofólio impulsionado pelo vento;
Figura 21 Asa Delta.

Fonte: TripAdvisor, 2015.

 Balonismo - vôo com balão de ar quente e técnicas de dirigibilidade;

Figura 22 Balonismo.

Fonte: Johnnydobalao, 2015.


32

 Parapente - vôo de longa distância com o uso de aerofólio (semelhante


a um pára-quedas) impulsionado pelo vento e aberto durante todo o percurso, a partir
de determinado desnível;
Figura 23 Parapente.

Fonte: Parapentenordeste, 2015.

 Pára-quedismo - salto em queda livre com o uso de pára-quedas aberto


para aterrissagem, normalmente a partir de um avião;
Figura 24 Pára-quedismo.

Fonte: Fottus, 2015.


33

 Ultraleve - vôo em aeronave motorizada de estrutura simples e leve.


Figura 25 Ultraleve.

Fonte: Youtube, 2015.

3.5 ALGUNS DESTINOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS DO TURISMO


DE AVENTURA

Desejados e visitados com muita frequência, os destinos do turismo de aventura


chamam atenção cada vez mais internacional e nacionalmente. Cada um proporciona seus
encantos e adjetivos denominadores do segmento.
Com uma das maiores biodiversidades do planeta, o Brasil ocupa um território de 8,5
milhões de quilômetros quadrados em região tropical. Entre os principais roteiros de aventura
do país estão: Amazônia; Chapada Diamantina; Chapada dos Veadeiros; Chapada dos
Guimarães; Estrada Real; Fernando de Noronha; Florianópolis; Foz do Iguaçu; Mata
Atlântica; Jalapão; Serras Gaúchas; Lençóis Maranhenses; Pantanal; entre outros destinos.

A figura 26 apresenta um símbolo do Turismo de Aventura no Brasil.


34

Fonte: EcoaventuraTurismo, 2015.

No centro do estado de São Paulo encontra-se um destino bem conhecido, a cidade de


Brotas, que possui uma beleza paisagística notável e uma biodiversidade considerável. A
prefeitura local incentiva bastante o desenvolvimento desse segmento junto com a iniciativa
privada e a comunidade local, planejando e organizando a atividade turística. Quanto às
atividades praticadas com qualidade estão: o arvorismo, bóia-cross, canoagem, canyoning,
escalada, mountain bike, rafting, rapel e tirolesa.

A figura 27 mostra a prática de arvorismo em Brotas - SP.

Na Bahia,
Fonte: considerada
Alaya, 2015. como uma das 13 zonas
35

Chapada Diamantina que reúne variados atrativos naturais e cultural. Com vasta Mata
Atlântica, campos floridos e planícies, que dividem a paisagem com toques da caatinga e
cerrado. Possui imensos paredões, desfiladeiros, cânions, grutas, cavernas, rios e cachoeiras.
Mantém o Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado na década de 80 no século XX, e
tem como modalidades de aventura o trekking, rapel, trilhas, caminhadas, canoagem,
observação flora e fauna, cachoeirismo, mountain bike, mergulho, cavernismo entre outros.
Seus principais destinos são Mucugê e Andaraí. A faixa norte da Chapada possui 72
cachoeiras e mais de 200 km de trilhas que passam por morros e matas, a região tem 12
municípios e reúne importantes elementos arqueológicos.

A figura 28 mostra a prática de mergulho no Poço Azul - Chapada


Diamantina/BA.

Fonte: Webventure, 2015.


.
Internacionalmente destacam-se alguns pólos, o mais conhecido mundialmente é a
Nova Zelândia. Situado na parte sul da Oceania, tem o turismo como um grande gerador de
economia. Dividido em duas grandes ilhas principais, o país reúne uma quantidade de
paisagens e atrações impressionantes para o seu tamanho compacto. Na Ilha Norte, onde
vivem três quartos da população, os verões são relativamente quentes e há praias perfeitas
(como as da Península de Coromandel) tanto para os surfistas quanto para os banhistas. Mas
os seus principais trunfos escondem-se no interior: vulcões ativos, gêiseres, lagos
multicoloridos e outras formações geológicas inusitadas formam cenários que parecem de
outro mundo como, por exemplo, o Monte Tongariro. Já na povoada Ilha Sul, uma terra de
36

invernos gélidos e verões amenos, as atrações são os picos nevados, os gigantescos glaciares,
a costa povoada por focas e baleias e alguns dos fiordes mais belos do planeta – Milford
Sound, Doubtful Sound, entre outros. O que também torna a Nova Zelândia tão atraente para
jovens e amantes da natureza são as excelentes opções de esportes de aventura,
principalmente próximos a Queenstown.
Existem ainda outros pólos de turismo de aventura como: África do Sul que além de
dispor dos safáris, possibilita também fazer parapente na Table Mountain, na Cidade do Cabo,
ou um salto do bungee jump mais alto do mundo, corrida de avestruz no Karoo, mergulho em
gaiola com grandes tubarões brancos, passeio em balão de ar quente sobre a cordilheira de
Magaliesberg, observação de estrelas em Sutherland, rapel no maior cânion verde do mundo
(Graskop, Hazyview e Sabie), quad biking nas florestas e canoagem nos rios, entre muitas
outras atividades. O Chile por sua vez, tem como atrativos principais: circuitos
de montanhismos de diversas dificuldades mundialmente reconhecido Parque Nacional Torres
del Paine na Patagônia Sul, e trilhas entre matas nativas na Ilha de Chloé e na Patagônia
Norte. Continuando pela montanha, existem ainda pistas de esqui e snowboard que a cada ano
recebem turistas de todo o mundo, nas proximidades de Santiago e na zona sul. A Terra do
Fogo com os lagos Fagnano e Deseado são bons descansos nas caminhadas que se realizam
nestes lugares virgens e oferecem impressionantes peças aos amantes da pesca com mosca. A
Indonésia que tem como atrativo principal o mergulho. E a Suíça famosa pela prática de
esportes na neve.

A figura 29 mostra o Turismo de Aventura na África do Sul.

Fonte: Tumblr, 2015.


37

3.6 CERTIFICAÇÃO E NORMALIZAÇÃO

Referindo-se à prestação de serviços turísticos, aplicam-se alguns dispositivos legais


pertinentes a meios de hospedagem, operação e agenciamento turístico, guiamento, transporte,
eventos, entre outros. Esta legislação destina-se ao cadastramento e fiscalização, e está
disponível no site do Ministério do Turismo. A normalização, no caso do Turismo de
Aventura, é uma maneira de definir e organizar as atividades de aventura ditas turísticas pela
concepção de regras e normas técnicas, com intuito de promover a qualidade dos serviços,
equipamentos e produtos. Seguindo as tendências internacionais de prevenir acidentes e tornar
o país competitivo como um dos principais destinos do Turismo de Aventura, o MTur
promoveu o desenvolvimento dessas normas, por meio do Comitê Brasileiro do Turismo
(CB54), vinculado à ABNT, considerado o fórum nacional de normalização do país.O
Subcomitê Turismo de Aventura é de responsabilidade da Associação Brasileira das Empresas
de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA). O projeto possui o Instituto de
Hospitalidade - IH4 como órgão executor e totaliza 11 normas técnicas. As Normas Técnicas
são elaboradas após exaustivos estudos sobre tipos de turistas, número de acidentes e todas as
etapas da operação, incluindo as questões técnicas e ambientais. (MINISTÉRIO DO
TURISMO, 2015).
As Normas, no caso do Turismo de Aventura, se aplicam a:
• Terminologia;
• Informações a Clientes;
. Procedimentos;
• Produtos (Requisitos de operação);
• Requisitos construtivos;
• Sistema de Gestão de Segurança;
• Competência de Pessoal;
• Classificação de Percursos.

O propósito das Normas é o de oferecer subsídios para (um ou mais dos itens citados
abaixo):
• Certificação;
• Qualificação;
• Políticas públicas (regulamentação);
38

• Recrutamento e seleção;
• Uso voluntário.

A Norma Brasileira ABNT NBR- ISO 21101 foi validada no ano de 2014, propõe os
Sistemas de gestão da segurança — Requisitos, e tem como objetivo estabelecer os requisitos
de um sistema de gestão da segurança para prestadores de serviços de atividades de turismo
de aventura. (ABNT CATÁLOGO, 2015).

A figura 30 apresenta a Norma Brasileira ABNT NBR- ISO 21101.

Fonte: Aventuramango, 2015.

Já a certificação consiste na declaração de que um produto, processo, sistema ou


pessoa encontra-se em conformidade com os requisitos especificados nas Normas Técnicas. É
efetuada por organizações especializadas, chamadas de organismos de certificação, públicos
ou privados, mas necessariamente independentes, ou seja, não podem ter relação direta ou
indireta com o objeto a ser certificado, cuja competência técnica é atestada pelo órgão
acreditador. O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(INMETRO) é o órgão nacional de acreditação para organismos de certificação, de inspeção e
laboratórios. Portanto, o processo de certificação em Turismo de Aventura consiste
fundamentalmente em criar uma espécie de “selo de aprovação” de reconhecimento
39

internacional, mostrando ao mercado que um produto ou serviço tem segurança e qualidade.


(MINISTÉRIO DO TURISMO, 2015).

A figura 31 apresenta as Normas Técnicas do Turismo de Aventura, centralizando a


ABNT NBR 15331.

Fonte: Ministério do Turismo, 2010.

No Brasil, as normas técnicas da ABNT são consideradas referências de consumo


segundo o Código de defesa do consumidor (Ministério do Turismo, 2010). Com o auxílio do
Instituto de Hospitalidade – IH e das normas é possível: desenvolver cursos de capacitação,
referenciar processos de recrutamento e seleção de empresas, criar políticas incentivadoras
para o turismo de aventura, alinhar esforços para organização e fortalecimento do segmento
de aventura no país.
A acessibilidade também é uma questão essencial para que haja inclusão das pessoas
deficientes de acordo com o Ministério do Turismo (2010), compete ao Conselho Nacional
dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência – CONADE e aos órgãos do poder público
acompanhar o cumprimento das leis.
É também de grande importância respeitar a Legislação Ambiental, onde o Turismo de
Aventura deve contemplar, em sua prática, comportamentos e atitudes que possam evitar e
minimizar impactos negativos ao ambiente. É o que diz o dispositivo legal pertinente,
encontrado no Anexo I: Aos atos caracterizados crimes ambientais são impingidas punições
inafiançáveis. A atenção especial deve ser dada às encostas, nascentes, margens e cursos
d’água, cavernas e outros. (Ministério do Meio Ambiente, 2015).
40

Com o objetivo de contribuir para a iniciativa do Ministério do Turismo para a prática


responsável e segura, a Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura -
ABETA e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE
desenvolveram o programa Aventura Segura que transmite informação, qualificação e
desenvolvimento para empresas e profissionais do segmento, incrementando a Gestão da
Segurança, Gestão Empresarial e Certificação das empresas de Turismo de Aventura.
Com mais de 5 mil pessoas qualificadas por meio de cursos e oficinas, o programa
envolve mais de 100 municípios e conta ainda com a participação de mais de 600 empresas de
forma direta e indireta. Inicialmente, as ações foram focadas em 15 destinos: Bonito e Serra
da Bodoquena (MS), Brotas (SP), Chapada Diamantina (BA), Chapada dos Veadeiros (GO),
Manaus (AM), Florianópolis (SC), Fortaleza Metropolitana (CE), Foz do Iguaçu (PR),
Lençóis Maranhenses (MA), Vale do Alto Ribeira (SP), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ),
Serra do Cipó (MG), Serra dos Órgãos (RJ) e Serras Gaúchas (RS).
Citando-se aqui em especial, o Ecoturismo Chapada Diamantina- BA, onde há 5 anos
foi realizado o evento do Programa Aventura Segura em parceria com o Ministério do
Turismo. Na época, empresários e ambientalistas se uniram para debater não só questões
ambientais, mas também culturais numa das regiões mais requisitadas para passeio no estado.
Diversos moradores e profissionais foram preparados para se envolverem com o ecoturismo
de toda aquela região, valorizando assim o turismo, a sustentabilidade e os negócios
econômicos locais. A Chapada Diamantina é formada por 24 cidadezinhas e sua população,
segundo o IBGE de 2014, é de quase 400 mil habitantes. (MUNDO DAS TRIBOS, 2015). As
ações propostas e realizadas contribuem como incentivo para que todo o estado da Bahia
caminhe na direção de se tornar um pólo mundial de Turismo de Aventura.
41

4 O TURISMO NO MUNICÍPIO DE SANTO AMARO – BA

A Bahia é o estado mais populoso da região Nordeste, situa-se ao sul dessa região e
faz divisa com oito estados. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2014), sua população estimada é de 15.126.371 habitantes, área de 564.733,081 (km²)
da qual está dividida em 417 municípios, como mostra a seguir:

Figura 32 O estado da Bahia

Fonte: PlanetaTerra naWeb, 2015.

Para facilitar o trabalho da segmentação do turismo e dos visitantes do estado, a


Bahiatursa junto com o Ministério do Turismo subdividiu o estado em treze zonas turísticas,
que estão apresentadas na figura seguinte: Baía de Todos os Santos, Caminhos do Oeste,
Caminhos do Sertão, Caminhos do Sudoeste, Chapada Diamantina, Costa das Baleias, Costa
do Cacau, Costa do Dendê, Costa do Descobrimento, Costa dos Coqueiros, Lagos e Cânions
do S. Francisco, Caminhos do Jiquiriçá e Vale do São Francisco. (SDE, 2015).
42

Figura 33 – As 13 zonas turísticas da Bahia.

Fonte: SDE, 2015.

Como pesquisado, com dados obtidos pela Secretaria de Cultura e Turismo da cidade,
Santo Amaro ainda não possui um inventário turístico, portanto, não possui também um
planejamento turístico. Existem os atrativos, atividades e eventos turísticos realizados no
município, mas de forma desorganizada, não estruturada como se deveria. Situada na região
turística Baía de Todos os Santos e Recôncavo, Santo Amaro da Purificação tem uma
população estimada de 61.559 habitantes e área de 492,916 (km²), clima semi-tropical e seu
gentílico é o santamarense, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2014). O acesso se dá, partindo de Salvador pela BR-324, por 60 km até o
entroncamento da BA-026. Daí até a Santo Amaro percorre mais 11 km. Do terminal
Rodoviário de Salvador o percurso é feito de ônibus diários pelas empresas Santana e Jauá.
43

Figura 34 – Município de Santo Amaro

Fonte: IBGE CIDADES, 2015.

O turismo no local está diretamente voltado para os segmentos histórico, cultural e


religioso. Esses segmentos serão detalhados no capítulo 4.2 deste trabalho, do qual se refere
aos atrativos turísticos existentes na localidade.

4.1 BREVE HISTÓRICO DE SANTO AMARO

Conhecida como velha e tradicional cidade do Recôncavo baiano, o município de


Santo Amaro da Purificação, segundo o IBGE (2014), possui 492 km² de área e uma
população de 61.559 habitantes, e junto à Cachoeira foi colonizada, chegando à vitória da
liberdade, e ainda pelo mesmo decreto, forram elevadas à categoria de cidade.
Primitivamente, foi habitada pelos índios Abatirás pertencentes ao ramo dos Aimorés.

Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos para o
interior do continente devido à chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. No século
XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada pela tribo tupi
dos tupinambás. A cidade foi fundada em 1557 e cresceu sobre terraços ao lado do rio Subaé.
44

Em 1559, a sesmaria que englobava o atual território de Santo Amaro foi doada a Fernão
Rodrigues Castelo Branco. No ano seguinte, o mesmo a doou a Francisco de Sá, filho do
governador-geral Mem de Sá. Francisco construiu o Engenho Real de Sergipe.

Em 1607, monges beneditinos construíram a Capela de Santo Amaro, Em 1608 foi


colocada a pedra fundamental para dar início a sua construção, em 1700, foi inaugurada a
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Purificação. Foi elevada a vila e município em 5 de janeiro
de 1727. Tornou-se cidade em 13 de março de 1837, denominada de "Leal e Benemérita". Em
1847, foi estabelecida ligação marítima regular com a capital da província, Salvador, por
navio a vapor. Em 1855, uma epidemia de cólera (Choleramorbus), vinda de Cachoeira,
matou metade da população urbana da cidade. Durante os movimentos emancipacionistas
nacionais, Santo Amaro sempre esteve em destaque, como nas Revoluções dos Alfaiates e
Sabinada. Na Guerra do Paraguai, enviou, em três batalhões de Voluntários da Pátria, 1.290
homens, além de grandes recursos financeiros. Em 14 de junho de 1822, a Câmara de Santo
Amaro reuniu-se em prol da Independência do Brasil, dando início aos movimentos que
geraram o 7 de setembro de 1822.

Já no século XX, em 1911, o município de Santo Amaro contava com sete distritos:
Santo Amaro (sede), Bom Jardim, Lustosa, Oliveira dos Campinhos, Rio Fundo, Rosário de
Santo Amaro e Saubara. Já em 1933, o número de distrito sobe para oito: Santo Amaro (sede),
Bom Jardim, Oliveira dos Campinhos, Nossa Senhora do Rosário, Santana do Lustosa, São
Bento do Inhatá, São Pedro do Rio Fundo (antes denominado Rio Fundo) e Saubara. Com a
emancipação de diversos distritos, em 1993 Santo Amaro (atualmente sede) adquire a
configuração administrativa que se mantém até os dias atuais, com apenas três distritos:
Acupe, Oliveira dos Campinhos e Pedras. Desde o século XVI até o século XX, a economia
santamarense esteve vinculada à cultura da cana-de-açúcar.

Figura 35 – Os 3 distritos de Santo Amaro.

Fonte: GOOGLE MAPS, 2015.


45

Em 1757 existiam 61 engenhos funcionando. Por volta de 1870, restavam, ainda, 31.
Com um porto dentro do continente, Santo Amaro foi um importante entreposto comercial da
região e o principal porto açucareiro do Recôncavo. Em 1802, as duas vias terrestres que
interligavam o País tinham Santo Amaro como elo de união. A que vinha do Norte, desde o
Maranhão, passando pelos sertões e a que vinha do Sul, desde Minas Gerais e Novas. O
município ainda produzia fumo e algodão.
Nas últimas décadas do Século XX, novas culturas, com dendê, cacau e bambu foram
implantadas. A cidade chegou a industrializar-se de forma satisfatória, com três indústrias
metalúrgicas, duas açucareiras, duas papeleiras e uma de óleos vegetais, mas o nível industrial
não se manteve. A seguir, uma figura que relata Santo Amaro na época colonial:

Figura 36 – Santo Amaro Colonial

Fonte: J.PQD, 2015.

A cidade é conhecida nacionalmente por ter sido o local de nascimento do


cantor Caetano Veloso e de sua irmã, a também cantora Maria Bethânia. Em 25 de dezembro
de 2012, veio a falecer sua mãe, aos 105 anos, Dona Canô. Cidade histórica, Santo Amaro
registra a passagem de relevantes vultos da nossa História Nacional, como D. Pedro II e Ruy
Barbosa. Porém, mais que acolher visitantes ilustres, a cidade os gerou para o País. Pode-se
destacar outros nomes de filhos de Santo Amaro (alguns adotados pela cidade ou que a ela
adotou): Adroaldo Ribeiro Costa, Alves de Carvalhal, Amélia Rodrigues, Arlindo Fragoso,
Assis Valente, Barão de Itapicuru, Caio Otaviano dos Santos Moura, Conde de Subaé,
46

Conselheiro Saraiva, Emanuel Araújo, Eustáquio Primo de Seixas, Heitor Dias, João da Silva
Campos, João Ferreira de Araújo Pinho, João Moniz Barreto de Aragão, José Cupertino de
Lacerda, José Silveira, Mano Décio da Viola, Manoel Faustino dos Santos Lyra, Manoel
Querino, Marquês de Abrantes, Marquês de Santo Amaro, Miguel du Pin e Almeida,
Monsenhor Gaspar Sadoc da Natividade, Odilon Otaviano dos Santos, Osvaldo Valverde,
Padre Inácio Teixeira dos Santos, Padre José Gomes Loureiro, Pedro Ferreira, Pedro
Francisco Rodrigues do Lago, Prado Valladares, Rogério Rego, Sérgio Cardoso, Theodoro
Sampaio, Visconde de Oliveira, Visconde de Pedra Branca, Visconde de São Lourenço e
Wanderley Pinho, Edith do Prato, Roberto Mendes, Jorge Portugal. (NICSA, 2015).
Dos prédios históricos que existiam em 1978 e que foram analisados e catalogados
pelo IPAC-BA, muitos já não mais existem. Foram considerados de relevância
histórico/arquitetônica e destacaram-se em um primeiro estudo:

Quadro 6 – Relevância histórica e arquitetônica na Bahia

1. Matriz de Nossa Senhora da Purificação;


2. Convento de Nossa Senhora dos Humildes;
3. Igreja de Nossa Senhora do Amparo;
4. Matriz de Nossa Senhora de Oliveira dos Campinhos;
5. Capela de São Brás;
6. Capela de Santo Antonio dos Calmons;
7. Capela de Bom Jesus dos Pobres;
8. Capela de Nossa Senhora do Desterro;
9. Igreja do Senhor Santo Amaro;
10. Igreja de São Domingos de Gusmão
11. Santa Casa de Misericórdia
12. Hospital Nossa Senhora da Vitória;
13. Sobrado à Rua Conselheiro Saraiva, nº 10;
14. Sobrado à Rua Conselheiro Saraiva, nº 29;
15. Sobrado à Rua Conselheiro Saraiva, nº 39;
16. Sobrado à Rua Conselheiro Saraiva, nº 47;
17. Casa na Rua General Câmara, nº 63;
18. Sobrado à Rua Conselheiro Paranhos, nº 7;
47

19. Casa de Câmara e Cadeia;


20. Casa à Rua da Matriz, nº 9;
21. Sobrado do Engenho Subaé;
22. Solar Araújo Pinho;
23. Solar Aramaré;
24. Solar Paraíso;
25. Sobrado à Avenida Presidente Vargas, nº 17;
26. Chalet na Praça 14 de Junho;
27. Sobrado do Engenho Novo;
28. Chácara Rocinha;
29. Casa da Fazenda São João.

Fonte: SANTO AMARO HISTÓRICO (2015).


4.2 PRINCIPAIS ATRATIVOS

4.2 PRINCIPAIS ATRATIVOS TURÍSTICOS E A INFRAESTRUTURA DO


MUNICÍPIO

O Território Recôncavo abrange 20 municípios em uma área de 5.250,51 km². Insere-


se no bioma Mata Atlântica, incluindo parte da Baía de Todos os Santos com manguezais,
restingas e zonas costeiras, e as bacias dos Rios Paraguaçu, onde se localiza a Hidrelétrica de
Pedra do Cavalo, além das bacias dos Rios Subaé e Jaguaripe. Como unidades protegidas,
destacam-se a Baía de Todos os Santos, o lago de Pedra do Cavalo e o Monumento Natural
dos Cânions do Subaé.

Como principais atrativos turísticos na cidade encontram-se:

Quadro 7 - Principais atrativos turísticos e a importância para o turismo na cidade


48

ATRATIVOS IMPORTÂNCIA PARA O


TURISMO
Casa da Câmara e Cadeia – teve sua Histórica e arquitetônica
construção em 1727 com ajuda do
governo Português e terminado em
1769;
Chafariz da praça – situado na praça Histórica e arquitetônica
da Purificação, trazido da Inglaterra
em 1872 e doado à comunidade
santamarense pelo Barão da Palma;
Centro histórico – proveniente do Histórica, cultural e
século XVIII, com casas e sobrados arquitetônica
dos séculos XVIII e XIX;
Solar do Bijú – situado na praça da Histórica e arquitetônica
Purificação. Construído em 1804, nele
nasceu o grande herói santamarense, o
Barão de Sergi;
Solar Paraíso – Construído no século Histórica e arquitetônica
XIX;
Palacete Lacerda – prédio de estilo Histórica, cultural, social
Chalé Suíço, construído no século e arquitetônica
XIX, onde funcionou o Ginásio
santamarense;
Palacete Viúva Passos – Construção Histórica e arquitetônica
do século XIX, atualmente funciona a
Secretaria de Educação do município;
Solar Araújo Pinho – construído no Histórica e arquitetônica
século XIX pelo Doutor José Moreira
de Carvalho. Prédio que hospedou o
imperador Dom Pedro II em 1859;
49

Palacete do Coronel Carlos Martins Histórica e arquitetônica


Vianna – do século XIX, atualmente
funciona a Maternidade de Santo
Amaro;
Santa Casa de Misericórdia – Histórica, social e
instituição de caridade fundada em arquitetônica
1778, ampliada de 1838 à 1840 e
terminada em 1854;

Igreja da Purificação – da arquitetura


religiosa e civil, teve data de Histórica, religiosa e
inauguração parcial em 18 de outubro arquitetônica
de 1700 e possui acervo de imagens e
alfaias, painéis de azulejos e o sacrário
e lampadário em prata;
Igreja do Senhor Santo Amaro –
construída em 1667 pela Ordem de Histórica, religiosa e
São Bento; arquitetônica
Igreja Nossa Senhora dos Humildes –
fundada pelo padre Inácio Teixeira
dos Santos Araújo em 1793. Possui Histórica, religiosa e
hoje o Museu do Recolhimento dos arquitetônica
Humildes (o acervo é composto por
493 peças, com imagens barrocas do
século XVIII, mobiliário do século
XIX e artísticos religiosos feitos pelas
freiras);
Igreja Nossa Senhora do Amparo – Histórica, religiosa e
construída por volta de 1708; arquitetônica
Casa de Dona Canô – Residência da Arquitetônica
matriarca da família Velloso.

Fonte: BIBLIOTECA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA (2015).


50

Por tamanha importância na história da Bahia e do Brasil, a cidade possui bens


considerados como materiais e imateriais tombados individualmente ou em conjunto, por
órgãos responsáveis pela salvaguarda de referência à identidade, à ação e à memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. Como eventos participantes estão: A
Independência da Bahia e do Brasil, Guerra do Paraguai, Revolta dos Malês e Conjuração dos
Alfaiates. Dentre alguns dos bens citados acima têm-se oito bens materiais e um imaterial,
como se pode ver respectivamente na figura 37 e quadro 8:

Figura 37 – Sítios Arqueológicos na Bahia- Recôncavo.

Fonte: IPAC, 2015.


51

Quadro 8 – Bens tombados e registrados na Bahia- Recôncavo.

Fonte: SIPAC, 2015.

Como eventos anuais existentes estão:


 Janeiro
Festa de Reis- 05 e 06;
Festa do Senhor Santo Amaro- 06 à 15;
Festa de Nossa Senhora da Purificação- 23 à 02/02;
52

 Março
Domingo de Ramos;
 Março/Abril
Feira do Porto;
Festa dos Mentirosos- 1° abril;
 Maio
Bembé do Mercado- 09 à 13;
 Maio/Junho
Corpus Christi;
 Setembro
Festa de Nossa Senhora de Oliveira dos Campinhos- 03 à 12;

Entre os destacados, dois desses eventos tem grande foco de atratividade, pois, são
períodos em que a cidade recebe um maior número de visitantes, movimentando a economia
do município. São eles:
Festa da Purificação- Lavagem da Purificação, que acontece sempre no
último domingo de janeiro, e atrai milhares de turistas para a cidade e grandes atrações
da música baiana e brasileira, com o desfile das baianas, elegantemente trajadas de
branco, acompanhadas da tradicional Charanga, tendo como ponto de partida até o ano
(2012) a porta da casa de D. Canô, falecida em dezembro aos 105 anos de idade. Ao
longo de todo o percurso, a Charanga procura dar ênfase, principalmente às músicas
carnavalescas mais antigas, intercalando com músicas atuais, seguindo em direção a
Igreja da Purificação, onde inicialmente ocorre a lavagem do adro da igreja com água
perfumada. É realizada a Novena da Purificação, todas rezadas em latim. Santo Amaro
durante o seu período de festas possui alternativas culturais e folclóricas: o samba no
pé, o samba de roda, o prato de D. Edith do prato (falecida), figura jamais esquecida
nas rodas de samba; o maculelê, da professora e historiadora Zilda Paim, de Popó
(figura lendária) a capoeira, dos Mestres Besouro e Vivi (figuras lendárias), das
comidas típicas: xinxim de bofe, xinxim de galinha, maniçoba, sarapatel, sururu, a
feijoada, caldo de feijão entre outras. A cidade costuma receber mais de 100 mil
pessoas durante a festa. (SETUR, 2015).
53

A seguir, a figura 38 ilustra a Festa da Purificação:

Figura 38 – Festa da Purificação.

Fonte: BANDA COBRAC, 2015.

Bembé do Mercado- 8° bem imaterial da Bahia é uma manifestação cultural e


religiosa que acontece desde o final do século XIX e que comemora o 13 de maio. É
conhecida como Bembé do Mercado, Festa de Preto ou Candomblé da Liberdade,
ocorreu quando um grupo de negros reuniram-se em praça pública para comemorar a
Abolição da Escravatura em 13 de maio de 1888, no município de Santo Amaro da
Purificação. Contam que um africano de origem Malê conhecido por João Obá, saiu às
ruas juntamente com seus filhos de santo e terreiros de candomblé da região para
comemorar a Abolição. Neste ano foi armado no Largo do Xaréu um grande
caramanchão, coberto com palha e por três dias foi realizado um grande candomblé
que culminou com a entrega de um presente à mãe d’água. O centro da comemoração
é o Mercado Municipal e o encerramento é na praia de Itapema, litoral do município.
A cidade costuma receber cerca de 30 mil pessoas durante os dias da festa. (SETUR,
2015).
54

A foto 39 ilustra o evento Bembé do Mercado:

Figura 39 – Bembé do Mercado.

Fonte: A TARDE ONLINE, 2015.

Como principais manifestações culturais têm-se o Candomblé, o Maculelê, a Capoeira,


o Samba de Roda, a Burrinha e o Nêgo Fugido, como mostra a figura a seguir:

Figura 40 – Manifestações Culturais.

Fonte: SETUR, 2015.


55

Referindo-se à infraestrutura, Santo Amaro não se encontra tão adequada


satisfatoriamente para acolher um visitante. Foi feita uma pesquisa in loco, uma breve
conversa com representantes de cada hotel/pousada, restaurantes, e em conversa com o
Secretário de Turismo da cidade algumas informações sobre a saúde, segurança, transporte e
receptividade. Existem 2 estabelecimentos que são próximos da cidade mas que não foram
visitados por não pertencer muito ao objetivo da pesquisa que são a Pousada Solar da Pedra e
Enseada do Caeiro Eco Resort. Foram pesquisados 4 hotéis e 1 pousada sendo:

Quadro 9 Descrição da Hotelaria - Hotel da Purificação.


DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS: HOTELARIA
HOTEL/POUSADA Hotel da Purificação
RESPONSÁVEL PELO Francisco: Gerente
ESTABELECIMENTO
TEMPO DE EXISTÊNCIA Junho de 2000
N° FUNCIONÁRIOS 4 recepcionistas, 2 camareiras, 2
cozinheiras com mais 1 auxiliar.
N° APTOS/QUARTOS Total 40: (8 duplos, 4 quádruplos, 13
de casal, 2 de casal standard, 12 de
solteiro e 1 suíte master).
PERFIL DE HÓSPEDES Advogados e funcionários de
empreiteiras que viajam a trabalho e
algumas personalidades da política e
cantores.
VALOR DIÁRIA R$ 80,00 solteiro, R$ 150,00
casal/duplo, R$ 220,00 triplo e R$
250,00 suíte master. C/ café da manhã.
PARCERIAS Não possui
ESTACIONAMENTO Sim
PERÍODO MAIS LUCRATIVO São João e na Festa da Purificação.
QUESTIONAMENTO DE Ao menos 1 hóspede pergunta sobre
HÓSPEDES QUANTO À atrativos ecológicos ou Turismo de
ATRATIVOS ECOLÓGICOS NA Aventura.
CIDADE

Lima, (2015).
56

Quadro 10 Descrição da Hotelaria - Hotel Casa Grande.


DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS: HOTELARIA
HOTEL/POUSADA Hotel Casa Grande
RESPONSÁVEL PELO José Raimundo: representante e
ESTABELECIMENTO funcionário
TEMPO DE EXISTÊNCIA 17 anos
N° FUNCIONÁRIOS 3 recepcionistas (com 1 tirador de
folga), 2 camareiras e 2 cozinheiras.
N° APTOS/QUARTOS Total 51: 4 duplos, 3 triplos, 12 de
casal, e o restante de solteiro.).
PERFIL DE HÓSPEDES Comerciantes de cidades vizinhas e
funcionários de empreiteiras que
viajam a trabalho
VALOR DIÁRIA R$ 80,00 solteiro c/ar, com ventilador
R$ 70,00, R$ 140,00 casal c/ar, com
ventilador R$ 120,00, R$ 210,00 triplo
e R$ 140,00 duplo c/ar. C/ café da
manhã.
PARCERIAS Agências de viagens nacionais e
internacionais como Kontik Franstur,
Carlson Wagonlit Travel e Correios.
ESTACIONAMENTO Sim (15 vagas).
PERÍODO MAIS LUCRATIVO São João e na Festa da Purificação.
QUESTIONAMENTO DE Ao menos 2 hóspedes perguntam sobre
HÓSPEDES QUANTO À atrativos ecológicos ou Turismo de
ATRATIVOS ECOLÓGICOS NA Aventura.
CIDADE

Fonte: Lima, (2015).


57

Quadro 11 Descrição da Hotelaria - Hotel Lobo.


DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS: HOTELARIA
HOTEL/POUSADA Hotel Lobo
RESPONSÁVEL PELO Anilton Santiago: representante e
ESTABELECIMENTO funcionário
TEMPO DE EXISTÊNCIA 18 anos
N° FUNCIONÁRIOS 3 recepcionistas (1 por turno), 3
camareiras, 1 cozinheira e 1 auxiliar de
limpeza
N° APTOS/QUARTOS Total 28: duplos, casal,
quádruplos, triplos e solteiro
PERFIL DE HÓSPEDES Representantes de empresas,
comerciantes e funcionários de
empreiteiras que viajam a trabalho
VALOR DIÁRIA R$ 70,00 solteiro c/ar, s/ar R$
50,00, R$ 100,00 casal/duplo c/ar, sem
ar R$ 80,00, R$ 130,00 triplo c/ar, s/ar
R$ 100,00 e R$ 160,00 quádruplo c/ar,
s/ar R$ 130,00. C/ café da manhã.
PARCERIAS Decolar (site de vendas de
passagens/hospedagens)
ESTACIONAMENTO Sim (14 vagas).
PERÍODO MAIS LUCRATIVO São João e na Festa da Purificação.
QUESTIONAMENTO DE De vez em quando algum hóspede
HÓSPEDES QUANTO À pergunta sobre atrativos ecológicos na
ATRATIVOS ECOLÓGICOS NA cidade
CIDADE

Fonte: Lima, (2015).


58

Quadro 12 Descrição da Hotelaria - Amaro’s Hotel.


DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS: HOTELARIA
HOTEL/POUSADA Amaro’s Hotel
RESPONSÁVEL PELO Milena Assis: representante e
ESTABELECIMENTO funcionário
TEMPO DE EXISTÊNCIA 20 anos
N° FUNCIONÁRIOS 2 recepcionistas por turno (há
revezamento entre esses dois) que
também exercem atividade como
camareira e auxiliar de limpeza
N° APTOS/QUARTOS Total 20: hotel e motel com solteiro e
casal.
PERFIL DE HÓSPEDES Pessoas que utilizam mais diária por
período
VALOR DIÁRIA R$ 25,00 solteiro e R$ 45,00 casal, o
motel por período 1 hora R$ 20,00 e 2
horas R$ 30,00, S/ café da manhã.
PARCERIAS Não
ESTACIONAMENTO Não
PERÍODO MAIS LUCRATIVO -
QUESTIONAMENTO DE Não
HÓSPEDES QUANTO À
ATRATIVOS ECOLÓGICOS NA
CIDADE

Fonte: Lima, (2015).


59

Quadro 13 Descrição da Hotelaria - Pousada do Miro.


DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS: HOTELARIA
HOTEL/POUSADA Pousada do Miro
RESPONSÁVEL PELO Valdomiro Falcão: gerente e
ESTABELECIMENTO funcionário
TEMPO DE EXISTÊNCIA + de 20 anos
N° FUNCIONÁRIOS 2 recepcionistas por turno (há
revezamento entre esses dois) que
também exercem atividade como
camareira e auxiliar de limpeza.
N° APTOS/QUARTOS Total 08: solteiro e casal.
PERFIL DE HÓSPEDES Empreiteiros e trabalhadores de
empresas da região
VALOR DIÁRIA solteiro coletivo R$ 35,00 e o quarto
de casal R$ 70,00. S/ café da manhã.
PARCERIAS Não
ESTACIONAMENTO Não
PERÍODO MAIS LUCRATIVO -
QUESTIONAMENTO DE Não
HÓSPEDES QUANTO À
ATRATIVOS ECOLÓGICOS NA
CIDADE

Fonte: Lima, (2015).

Com uma análise realizada a partir destes dados, pode-se classificar o fator oferta de
hospedagem na cidade como moderado à demanda. Na perspectiva de receptividade para com
visitantes e praticantes da atividade do Turismo de Aventura, a oferta encontrada estaria
suficiente quanto à localização e preço, exceto quanto ao oferecimento de alguns serviços
como estacionamento e café da manhã, que em alguns hotéis/pousadas apresentados não
existe.
Já os restaurantes disponíveis encontrados, que servem da gastronomia local e
especiarias do recôncavo à churrascaria, pizzaria e frutos do mar, foram: Boi na Brasa, Trilhos
60

Urbanos, Chapéu de Palha, Parma Pizza, 82Grill, O Glutão e Frutos do Mar (no distrito de
São Braz).
A partir da observação realizada, verificou-se que poucos estabelecimentos propõem
pratos voltados à gastronomia local, sabendo-se que a cidade tem um forte reconhecimento
quanto a isso. Na perspectiva de receptividade para com visitantes e praticantes da atividade
do Turismo de Aventura, a oferta encontrada estaria insuficiente, pois, próximo ao local das
atividades não existe um estabelecimento básico adequado para tal serviço. Há apenas alguns
bares (pequenos bares) há mais ou menos 1 ou 2 quilômetros da área. Classifica-se então o
fator alimentação como regular na própria cidade, e insuficiente na área de práticas das
atividades do turismo de aventura relacionadas à demanda.
Como hospitais têm-se o Hospital Octávio Pedreira, Santa Casa de Misericórdia e
Hospital Maternidade de Santo Amaro, que no momento encontram-se ao descaso, não
funcionam devido a falta de médicos, resumindo assim a saúde como escassa na cidade, pois,
pacientes se dirigem à hospitais de outras cidades como o de São Francisco do Conde. Existe
o posto do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para ocorrências
emergenciais que funciona gradativamente.
Na perspectiva de receptividade para com visitantes e praticantes da atividade do
Turismo de Aventura, o fator saúde pode ser considerado como péssimo na própria cidade e
não existente nas áreas de prática das atividades do segmento. Lembrando que o segmento
propõe atividades de risco, a cidade deveria prontificar unidades móveis de atendimento na
proximidade das áreas visitadas, ou até mesmo a presença de um profissional da saúde
durante a realização das mesmas.
Já a segurança, fator imprescindível para o bom desenvolvimento do turismo de um
local, em conversa e observações realizadas com a contribuição da Secretaria da Segurança
Pública, verificou-se que a violência, o número de assaltos, roubos, tráfico de drogas têm
crescido no decorrer dos últimos anos. Moradores informam que os assaltos são constantes e
que a segurança estar a desejar. Na perspectiva de receptividade para com visitantes e
praticantes da atividade do Turismo de Aventura, o fator segurança é péssimo, visto que as
atividades do segmento ocorrem em áreas afastadas da cidade (área ecológica), e precisaria de
acompanhamento de policiais e/ou segurança própria no decorrer das visitas.
A educação é considerada como precária, pois, nem sempre nas escolas estaduais
Centro Educacional Teodoro Sampaio (CETS) e Colégio Estadual Senador Pedro Lago
(CESPL) se tem aulas, possui dois centros federais o Instituto Federal da Bahia IFBA e
61

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), 3 universidades particulares a


Universidade Salvador – Santo Amaro (UNIFACS), Faculdade de Tecnologia e Ciências
(FTC) e Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) sendo todas Ensino à Distância (EAD) e 1
Centro Técnico Centro Estadual de Educação Profissional em Turismo do Leste Baiano
(CEEP).
Lembrando que o CEEP propõe a educação voltada para a área do turismo em
específico, verificou-se que existem muitas pendências e falta de comprometimento com os
cursos oferecidos. Pela má desenvoltura atual no turismo da cidade, os próprios estudantes
que precisam de estágio para conclusão do mesmo, encontram dificuldades porque não
existem postos, empresas suficientes no ramo turístico, tornando-os assim frustrados e
desqualificados para exercer um cargo futuramente na área. Na perspectiva de receptividade
para com visitantes e praticantes da atividade do Turismo de Aventura, classifica-se então o
fator educação como ruim à demanda. Para que um desses alunos participassem das
atividades de aventura padronizadamente, dando suas contribuições e conhecimentos
aprendidos em sala de aula, precisaria de um convênio por parte da Prefeitura e Secretaria de
Turismo local, empresas específicas do ramo de aventura e incentivos estaduais e/ou federais
para tal concretização.
Em relação a receptividade está dividido, pois, atualmente a cidade conta apenas com
uma agência de viagens a Cafuné Turismo e Eventos, não existe um posto de informações
turísticas, nenhum local para o visitante obter informações do que se tem a visitar, conhecer
ou explorar. Contam apenas com o bem acolher do morador santamarense que recebe os
visitantes ´perdidos´ e passam informações básicas sobre o que se fazer e conhecer no
município. Na perspectiva de receptividade para com visitantes e praticantes da atividade do
Turismo de Aventura este fator seria obrigatoriamente importante, pois, seria um dos
primeiros contatos personalizados que o visitante teria (informações diversas sobre o local,
onde se hospedar, onde comer, o que visitar, dúvidas, telefones úteis, entre outros). Classifica-
se então o fator receptividade como insuficiente à demanda.
62

5 RESULTADO E ANÁLISE DO TRABALHO EM CAMPO NO MUNICÍPIO


DE SANTO AMARO E SEU ENTORNO

Para um melhor conhecimento e entendimento das atividades desenvolvidas que


ocorrem em Santo Amaro, foram realizadas entrevistas com o guia de turismo, grupos de
aventura e/ou praticantes de algumas modalidades existentes no local. Os entrevistados foram
selecionados com perspectiva da frequência de visitação às áreas ecológicas estudadas no
presente trabalho. Para Duarte (2000, p. 144), é necessário um retorno ao campo para
esclarecer dúvidas, recolher documentos ou coletar novas informações sobre acontecimentos e
circunstâncias relevantes que foram pouco explorados nas entrevistas.

O objetivo das entrevistas foi de observar o funcionamento das atividades nas áreas
ecológicas, adquirir opiniões dos envolvidos nas atividades e identificar as
dificuldades/necessidades que eles possuem para a realização das mesmas. Foram realizadas
entrevistas com perguntas pré-formuladas, direcionadas para o guia, a pessoa que está ligada
diretamente com toda a funcionalidade das atividades, os grupos de aventura, que reúnem
pessoas interessadas no segmento para viver emoções e aventuras, e os praticantes, que
podem ser conhecedores ou não dessas práticas.

5.1 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS ATRATIVOS ECOLÓGICOS E AS


MODALIDADES ENCONTRADAS NA CIDADE E SEU ENTORNO

Como dito em capítulos anteriores, a cidade de Santo Amaro rica por sua cultura,
história e religiosidade, apresenta também belíssimas paisagens nas áreas ecológicas
existentes. São matas, rios, cachoeiras, fauna e flora que propiciam aventuras, oportunidades,
encantos e elogios por parte dos envolvidos com o turismo local, dos amadores e visitantes. A
partir de pesquisa em campo realizada nestas áreas ecológicas, foram identificados alguns
atrativos e modalidades do segmento do Turismo de Aventura dos quais já são explorados,
mas que não possuem um regulamento ou controle regidos por órgãos oficiais do turismo nem
uma licença específica dos órgãos ambientais. Segundo Rudio (1986, p. 114) “chama-se de
instrumento de pesquisa o que é utilizado para a coleta de dados”, ou seja, é estabelecido
efetivamente o que será utilizado no desenvolvimento do estudo para a obtenção das
63

informações pertinentes ao trabalho. A seguir serão apresentados os atrativos naturais e


respectivas modalidades encontradas:
 Cachoeira do Urubu e Gruta da Mãe D’água – situada na APA (Área de
Proteção Ambiental) Monumento Natural dos Cânions do Subaé, próximo a passagem
dos rios Sergi e Peraúna, estas terras em parte são de propriedade particular e de uma
fábrica de papéis existente na cidade chamada Penha Embalagens e Papel, rodeada de
mata fechada e paredões rochosos, é um lugar bastante visitado durante o verão por
diversas pessoas de municípios vizinhos, estados brasileiros e alguns países. De acesso
difícil, é necessário o acompanhamento de um guia da região. Existem 3 opções para
se chegar ao local: percorrendo 10 km da via férrea que liga Santo Amaro à Cachoeira,
chegando assim à Ponte da Cabeça do Cavalo (local histórico) seguindo adiante pelo
Rio Sergi até a cachoeira, pelo Sítio Pitanga no km 17, ou pelo Rio Peraúna sendo
assim toda a trilha feita por dentro do rio. A região possui uma flora e fauna
diversificada, ar puro, águas límpidas e muito encanto. Possui 26 metros de queda
d’agua e uma profundidade aproximada de cerca de 100 metros, e é considerado um
local sagrado, pois, mães-de-santo da região lá depositam suas oferendas e realizam
seus rituais, a cachoeira sugere devoção a Oxum, orixá das águas doces. Ao fundo da
cachoeira ainda existe uma gruta denominada de Gruta da Mãe D’água, de formação
geológica, serve como um mirante de paisagem lindíssima de todo o entorno da área.
Lugar totalmente voltado para o Turismo de Aventura propõe a prática de diversas
modalidades do segmento como: trilha rústica (40 à 45 minutos pelo km 17, 2 horas
pelo Rio Peraúna), canyonismo, cachoeirismo, trekking, salto, rapel (montagem de
equipamentos 30 minutos, na descida depende de cada pessoa), moto trilha e tirolesa
(montagem 30 minutos para cada lado, descida em 5 minutos).
Figura 41 – Entrada da trilha Cachoeira do Urubu.

Fonte: Lima, 2015.


64

Figura ilustrativa da Cachoeira do Urubu e Gruta Mãe D’Água ao fundo:

Figura 42 – Cachoeira do Urubu.

Fonte: Lima, 2015.

 Cachoeira da Vitória – situada no povoado da Vitória com terras em


partes pertencentes ao Doutor Lauro César de Freitas, à 4 km da sede do município,
possui 1,5 km de trilha margeando o rio Vitória, 4 metros de altura e 3 pequenas
quedas d’água com volumes diferentes. O tempo da trilha é por volta de 2 horas e
meia. Propõe a prática de modalidades como: trilha rústica, cachoeirismo e trekking.
No mesmo dia ainda é disponibilizada trilha para mais 3 cachoeiras próximas desta. A
seguir uma foto pessoal em visita à Cachoeira da Vitória:
65

Figura 43 – Cachoeira da Vitória.

Fonte: Lima, 2015.

 Cachoeira Pedra do Caboclo – situada no Vale do Sergi, após a


Cachoeira do Urubu, é uma queda d’água de mais de 15 metros de altura. Como
modalidades têm-se trilha e cachoeirismo.

 Cascatas de Zé Regadas e Nanã – seguindo pela ‘Estrada Real’ (local


histórico), na BA-084, até o distrito de Oliveira dos Campinhos, num percurso de
aproximadamente 22 km. Passeio de 1 dia. Como modalidades têm-se o trekking e
cachoeirismo.
 Vila da Pedra – situada na extensão dos rios Sergi e Peraúna com
aspecto de sítios, fazendas, propõe modalidades como trekking, canionismo, rapel,
espeleoturismo (com cavernas ainda não exploradas) e atividades equestres.
A partir dessas descrições percebe-se a potencialidade e capacidade que a cidade tem
para se desenvolver melhor com o turismo caso venha a adaptar o segmento do Turismo de
Aventura. No capítulo seguinte será exposta a opinião de pessoas envolvidas com o turismo
referente a essa possibilidade de adaptação do segmento Turismo de Aventura, órgãos
políticos responsáveis, grupos e praticantes de aventura, responsáveis pela receptividade e
66

guia de turismo local. A seguir algumas fotos que comprovam a exuberância e as atividades
de aventura existentes nas áreas ecológicas apresentadas neste trabalho:
As atividades ciclísticas são realizadas no interior e no entorno da cidade, próximo à
alguns pontos turísticos, e em caminhos/trilhas nas áreas ecológicas.
Figura 44 – Atividades Ciclísticas

Fonte: Lima, 2015.

A trilha para a Cachoeira do Urubu pode ser realizada ou por dentro da mata,
pelo rio Sergi ou pela linha do trem, como pode-se observar nas figuras 45 e 46 a seguir:

Figura 45 – Trekking pelo Rio Sergi

Fonte: Lima, 2015.


67

Figura 46 – Trilha para a Cachoeira do Urubu

Fonte: Lima, 2015.


Dentre outras atividades que podem e são realizadas na área ecológica estão o
rapel, escalada e o cachoeirismo, como se pode observar nas figuras 47, 48 e 49 a seguir:
Figura 47 – Rapel na Cachoeira do Urubu

Fonte: Lima, 2015.


68

Figura 48 - Escalada

Fonte: Lima, 2015.

Figura 49 - Cachoeirismo

Fonte: Lima, 2015.


69

5.2 ENTREVISTA COM PRATICANTES, GRUPOS DE AVENTURA E


GUIA DE TURISMO

As perguntas pré- formuladas estão como Apêndice A deste trabalho.


 O primeiro colaborador foi o guia de turismo de aventura e ecológico,
atualmente cadastrado pela prefeitura da cidade de Santo Amaro desde o ano 2002. É
formado em Relações Públicas, possui curso de guia ecológico e city tour, resgate,
primeiros socorros, conhecimentos geológico-histórico e foi paraquedista do Exército
em 1973. Já realizou city tour em Santo Amaro entre os anos 2000 e 2006 tendo como
atrativos sítios históricos, igrejas, casaril da época de colonização, atualmente não se
realiza mais esse tipo de passeio, mas se for o caso, pode-se solicitar permissão com a
Secretaria de Turismo e polícia da cidade. Além dele, existe outra pessoa, que também é
cadastrado e recebe em especial turistas internacionais. O trabalho do guia acontece da
seguinte maneira: no normal, seguindo as normas do programa de guia regulamentado
pela Secretaria de Turismo da cidade, cada visita deverá ser realizada para grupos até 15
pessoas com apenas o próprio guia, para grupos acima de 15 pessoas em diante, é
necessário a presença de um guia auxiliar. O valor cobrado é de R$ 100,00 (para grupos
até 15 pessoas), sendo que é um valor pré-determinado pela Bahiatursa junto com a
Secretaria de Turismo da cidade. São visitas diariamente realizadas para algumas
cachoeiras existentes no entorno da cidade, entre elas a cachoeira da Vitória, Pedra do
Caboclo, Gruta da Mãe D’água, Serra da Pitanga, entre outras, e a mais visitada da qual
será mais exemplificada neste trabalho, a Cachoeira do Urubu. As visitas são realizadas
na maioria das vezes aos sábados, pois falta segurança e transporte suficiente para tal
prática. Segundo o guia, eles seguem todas as normas necessárias de segurança durante
as visitas, e abordou como anda o estado de conservação dos atrativos e trilhas.
Classificou a conservação como péssima, havendo destruição da vegetação e poluição
do local com lixo por parte dos visitantes e alguns moradores da comunidade próxima.
Informou ainda que ele apresentou um projeto de educação ambiental e sinalização à
Secretaria, onde não recebeu retorno, o informaram que naquele momento a prefeitura
tinha outras prioridades. Informou ainda as maneiras/caminhos para se chegar à trilha:
pela ponte de ferro, pela Pitanga (sítio próximo) pela mata, ou pelo Rio Peraúna (trilha
feita toda dentro do rio). As trilhas não são demarcadas porque os moradores da
comunidade Nova Conquista (Assentamento Fetag- desenvolvimento e agricultura),
70

hoje comunidade sem terra, não obtiveram uma educação ambiental, Sr. Jorge implica
que a fauna está escassa, os rios alguns estão poluídos, mas a vegetação está condenada.
Já o perfil do visitante descrito por ele são: estudantes de escolas, faculdades estaduais e
particulares, pessoas do estado de Minas Gerais, e as vezes alguns internacionais. Sobre
o desenvolvimento do turismo na cidade, ele opinou que o segmento do Turismo de
Aventura poderia estar beneficiando a mesma, mas não existe investimento propício
para isso. Pessoas ficam sabendo da trilha da Cachoeira do Urubu e outros atrativos
ecológicos através de pessoas que já visitaram e moradores do sítio Pitanga.
 O segundo colaborador foi o operador de máquinas industriais, praticante de
caminhada e mountain bike que além dessas atividades adora visitar as cachoeiras do
local. Ele informa que costuma frequentar as áreas mais afastadas da cidade, como por
exemplo, sítios como Pitanga, Lama Branca, Pedras, área das cachoeiras do Urubu,
Vitória, Roncador, entre outras. Sua preferência pelos locais se dá devido a proximidade
do município e às belezas naturais dos lugares. Como dificuldades referentes ao turismo
em Santo Amaro foram citados: má sinalização, péssimo acesso às áreas naturais, falta
de divulgação do turismo, degradação e descaso de patrimônios locais. Ele acredita que
o segmento do Turismo de Aventura seria um grande impulso tanto na economia quanto
na geração de empregos na cidade. Haveria uma procura maior de visitantes,
consequentemente, ocorreria também um maior investimento no desenvolvimento e
proteção dos atrativos ecológicos. Ele definiu ainda o Turismo de Aventura na cidade
como um fator conquistador e proporcionador de emoções e benefícios em prol da
comunidade, dos visitantes e da natureza.
 O terceiro colaborador foi o taxista, praticante e líder representante de um
grupo de aventura na cidade chamado Eco Trilha Santo Amaro, sua sede fica situada na
Avenida Ruy Barbosa, n° 369, Bonfim, Santo Amaro-Ba. Ele informa que o grupo
surgiu a partir da reunião entre amigos que amam motos, começaram a fazer passeios de
moto, e no dia 19 de março de 2010 fundaram o Grupo Ecotrilha Santo Amaro,
atualmente com 43 integrantes eles realizam trilhas com motos a cada final de semana.
O grupo segue todas as normas de segurança e utilizam todos os equipamentos
necessários, mas estão com uma proposta da realização de curso de segurança voltado
para primeiros socorros para todos os integrantes ainda este ano. Os equipamentos
utilizados são botas, capacetes, joelheiras, coletes, luvas, colete cervical, meões,
cotoveleiras e óculos. Foi informado que o grupo realiza programas de ação social
71

(realizam eventos para arrecadar roupas, alimentos, brinquedos para moradores de


comunidades existentes onde eles fazem trilhas), pessoas carentes que moram bem
longe do município de Santo Amaro. Sobre incentivo por parte da gestão pública de
atividades desenvolvidas pelo grupo foi dito que não existe, a Prefeitura não se
interessa. Ainda não é uma empresa registrada, como amador o grupo possui sua sede
onde recebe interessados que preenchem uma ficha cadastral para participar do mesmo.
Possuem parceiros a parte como Honda Motos, Casa Bela Móveis, clínica Delfim Feira
de Santana, Padaria São Raimundo, Real Calçados, Planeta Lanches e Sacorel. A
ligação do grupo com o turismo é bem atenuada, onde realizam a trilha- passeio
ecológico, e têm como paixão as motos, a natureza e vontade de descobrir lugares
novos. Eles promovem eventos anuais e às vezes mensais como o Trilhão que ocorre no
segundo domingo do mês de Janeiro (evento anual que atrai grupos de outras cidades,
realizado na cidade de Santo Amaro).
Em relação à capacidade de carga por trilha, foi informado que e média 20
pessoas nos eventos semanais, mas não têm um controle específico para tal item.
Segundo Antônio, o estado de conservação dos atrativos é bom. A cada trilha eles
levam saquinhos de lixo, e em períodos do Trilhão, no dia seguinte voltam ao local do
evento para recolher algum tipo de lixo que tenha ficado por lá pelos visitantes. Ele cita
que para o segmento de Turismo de Aventura na cidade existem vários atrativos
propícios como a Cachoeira do Urubu, Cachoeira Serra D’água, Cachoeira da Pedra do
Saco, Cachoeira da Vitória, ruínas do Subaé, e grutas ainda não exploradas existentes na
área das cachoeiras. A opinião sobre a condição do turismo na cidade atualmente foi
classificada como ruim, pois, não há apoio dos órgãos necessários, há falta de interesse
político, falta de divulgação e falta de investimento.
O grupo não possui um roteiro específico, a cada trilha vão descobrindo novos
lugares. Fazem trilha em: Pitanga (sítios), Oliveira dos Campinhos, Cachoeira, São
Gonçalo dos Campos, Amélia Rodrigues entre outros. Eles não cobram taxas para
participar das trilhas nem do grupo, como têm uma sede, os membros contribuem com
R$ 10,00 ou R$ 15,00 mensais para pagamento do aluguel do espaço, água e energia.
Ao membros da Ecotrilha pensam em iniciativas de agregar atividades à comunidades,
poderiam tentar uma parceria com a Prefeitura, mas não recebem um retorno ou apoio
para se almejar isso. Confirmam que a inserção do segmento do Turismo de Aventura
na cidade trariam muitos benefícios para a comunidade, visitantes e para o grupo
72

Ecotrilha, pois, estaria gerando empregos, renda, melhor desenvolvimento e divulgação


para Santo Amaro, e, eles teriam sua sede própria, estrutura para o grupo, incentivo para
desenvolvimento de mais programas sociais, e a vinda de mais visitantes como novos
membros.

5.3 ENTREVISTA COM SECRETÁRIO DE CULTURA E TURISMO DA


CIDADE

O quarto colaborador foi o atual Secretário de Cultura e Turismo do município que em


entrevista relatou as dificuldades que a cidade enfrenta referente ao setor turístico. Ele
informou que a cidade tem uma grande potencialidade em atrativos, porém não existe o
incentivo adequado por parte da Prefeitura e governos responsáveis. O morador e alguns
empresários santamarenses acolhem bem o visitante, teria de tudo para o turismo fluir de
maneira satisfatória, se não fosse a desvalorização dos órgãos responsáveis. Ele informa que a
cidade ainda não possui um inventário turístico, no entanto, não tem um planejamento pré-
estabelecido. E, para que este seja desenvolvido, é necessária a disposição e atenção do
prefeito para o Turismo local e requer tempo e verbas para investimento e levantamento das
pesquisas.
Santo Amaro possui atrativos como a igreja matriz da Purificação, Igreja e Museu do
Recolhimento dos Humildes, a Câmara e Cadeia (Prefeitura), a festa da Purificação, o Bembé
do Mercado, o samba de roda entre outros. Segundo o secretário, estão investindo em projetos
voltados para restauração de empreendimentos (casarões, sobrados, igrejas) que tem valor
histórico para a cidade como, por exemplo, a restauração da matriz da Purificação e de
prédios antigos como o Solar do Biju. Já a divulgação do turismo na cidade é realizada de
forma precária, com divulgações em carro de som e distribuição de folders de eventos
culturais como Bembé do Mercado. Como estratégias utilizadas para melhoria do turismo
estão a apresentação de projetos que possam revitalizar o mau funcionamento da cidade como
o referido ‘As 8 ações do PAC da cidade histórica’ que envolve: Restauração das 3 igrejas
(Purificação, Rosário e Amparo), da Câmara e Cadeia, Construção da orla de Santo Amaro
(do estádio municipal ao solar Uirapuru), do arquivo público, restauração da Trzan (antiga
fábrica siderúrgica que sediará o campus da UFRB), revitalização e organização da Feira
Livre e Mercado Municipal. Tendo assim um investimento em torno de R$ 140.000.000,00.
73

Utilizam-se da articulação entre poderes para preservação de monumentos arquitetônicos para


fortalecer o turismo.
Já em questão às ações que visam qualificar os envolvidos com o turismo, foi
informada uma parceria com o CEEP, cursos voltados para o turismo (guia de turismo, meios
de hospedagem, camareira, barman). Parcerias que incentivem a economia criativa, sugestão
de parceria com o Hotel da Purificação para criar oportunidades para estagiários e indicação
em restaurantes que evidenciem o potencial gastronômico, cultural e histórico do recôncavo.
O desenvolvimento da atividade turística na cidade não possui incentivo público voltado ao
setor privado, existem apenas condições que facilitam o fomento do turismo, geração de
empregos diretos e indiretos durante eventos de massa na cidade. A relação da Prefeitura com
órgãos federais, estaduais e Secretaria voltados para o Turismo é estreita, há uma facilitação
por parte de alguns representantes políticos como Jorge Portugal (atual secretário de Cultura
da Bahia), Juca Ferreira (ministro da Cultura) e Pelegrino (secretário estadual de Turismo).
Referente a questão da possibilidade de inserir o segmento do Turismo de Aventura no
plano turístico da cidade, foi informado que sim. Desde o momento, alguns anos atrás,
souberam da existência da venda de pacote para a Cachoeira do Urubu e realização da prática
de atividades como rapel por um site de vendas coletivas GROUPON, visitantes vindos da
cidade de Feira de Santana- Ba, e também no momento em que o guia de turismo apresentou
um projeto de revitalização das cachoeiras e educação ambiental para a comunidade e
visitantes no geral. A partir disso, perceberam que existe uma forte potencialidade no
segmento na região, visitas a cachoeiras, prática de rapel, tirolesa, trilhas, entre outras. A
Secretaria de Turismo é procurada principalmente por escolas particulares da cidade de
Salvador, alguns grupos internacionais entre eles alemães, franceses, norte-americanos,
portugueses. A relação guia Secretaria se dá como uma relação facilitadora para ambos, onde
os guias colaboram para com o turismo apresentando os atrativos a visitantes, e a Secretaria
indica visitantes aos guias que conquistam sempre novos contatos. Para o secretário o
segmento do Turismo de Aventura poderá gerar emprego e renda para a população,
movimentar o trade turístico local, usando o momento para divulgação de apresentação de
outros atrativos existentes. Para a inserção desse segmento é preciso um porte financeiro,
investimento e atenção do poder público à infraestrutura básica para alavancar a atividade,
melhoria do acesso às cachoeiras e sensibilização por parte do prefeito, que atualmente tem
dado prioridade a outras coisas.
74

5.4 ENTREVISTA COM AGÊNCIA DE VIAGEM DA CIDADE

A quinta colaboradora foi a empreendedora, coordenadora de estágio de curso na área


de Turismo da cidade, museóloga e representante da agência de viagens Cafuné Turismo e
Eventos, que junto de seus sócios prestam serviços como emissão de passagens aéreas,
pacotes de viagens regional, nacional e internacional e realização de eventos em geral. A
empresa foi inaugurada em junho de 2013, e está localizada na Av. Viana Bandeira - Centro,
Santo Amaro – BA e tem toda regulamentação e registros necessários para formalizar e
prestar os serviços turísticos pelos órgãos responsáveis. Possui apenas 2 funcionários a
própria dona e a sócia da empresa, que por 6 meses obteve a colaboração de estagiária do
curso de Turismo do CEEP que se encontra na cidade. A agência possui parcerias com a
DECOLAR e CVC, funciona como operadora, e o horário de funcionamento é das 08:00 hs às
12:00 hs e das 14:00 hs às 18:00 hs de segunda à sexta, e das 09:00 hs às 12:00 hs nos
sábados. Iraci informou que o serviço mais procurado em sua agência é a emissão de
passagens aéreas, solicitadas por pessoas da própria cidade que viajam com propósito de
trabalho em outros estados. Os destinos mais procurados (passagens aéreas) são para a região
Sul e Sudeste do país. Já os pacotes são para São Paulo, Maceió, Cachoeira na Bahia. Nos
pacotes regionais locais ela possui contatos de moradores de determinadas comunidades que
têm algum empreendimento, como por exemplo, um espaço ecológico situado próximo ao
distrito de Oliveira dos Campinhos em Santo Amaro, a responsável disponibilizava visitas à
este espaço, da qual era passado para agência como um tour, que transformava num pacote
específico para venda. A taxa média de vendas mensal é de 40%, e os meses com maior
número de vendas são junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro. O
valor médio dos pacotes é a partir de R$ 100,00, e as passagens aéreas entre R$ 400,00 e R$
1000,00 em diante. A divulgação é feita por meio de folders, redes sociais, internet. Em
relação a superação da crise que afeta o turismo, a agência tem se utilizado da tentativa do uso
de novos segmentos como turismo pedagógico, produção artística, e eventos em geral. Ela
informa que houve a tentativa de parceria com o turismo étnico com o projeto Rotas da
Liberdade residente da cidade de Santiago do Iguape na Bahia. Em relação à implantação do
segmento do turismo de Aventura na cidade, a opinião dela foi que a agência seria
beneficiada, até porque sempre surgem pessoas procurando por visitas à áreas ecológicas da
cidade, e das famosas cachoeiras existentes, se teria uma renda a mais na agência . Seria um
atrativo a mais, para que o visitante ficasse mais tempo na cidade, aumentaria a taxa de
75

emprego com contratação de guias, o que implicaria no aumento da economia para o


município. A agência já pensou na proposta de adaptar pacotes voltados para esse segmento,
já houveram tentativas e idéias, mas devido a falta de apoio por parte da Secretaria de
Turismo e prefeitura não obteve sucesso. Foi informado que por motivos pessoais, a agência
brevemente poderá fechar. Foi a única encontrada na cidade vigente e com regulamentação
precisa e adequada por órgãos do Turismo.
Existe uma agência irregular, mas o responsável não quis ser entrevistado. Baseado na
coleta desses dados, identificação dos atrativos turísticos materiais e imateriais, pesquisa e
observação sobre a rede hoteleira, gastronômica, a segurança, saúde e educação, pode-se ter
uma idéia da necessidade de revitalização do turismo. Assim, futuras portas surgirão para que
o segmento do Turismo de Aventura possa marcar cada vez mais uma forte presença no
município pela existência de seus belíssimos atrativos naturais, pela procura por visitantes e
proposta da Secretaria de Turismo na cidade em torná-lo regulamentado.

5.6 ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO E DOS IMPACTOS DO TURISMO DE


AVENTURA PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO LOCAL

O histórico de Santo Amaro, seus atrativos turísticos, seus espaços naturais e a opinião
dos entrevistados apresentados neste trabalho demonstram a potencialidade e capacidade de
atração que a localidade tem. O cenário paisagístico natural disponibiliza ao visitante a prática
de diversas modalidades e ainda um refúgio contemplador longe das áreas urbanizadas.
A operação correta de um produto turístico no segmento do turismo de aventura deve-
se corresponder aos procedimentos e normas exigidos para um melhor desenvolvimento das
atividades e respeito às regras de sustentabilidade como a capacidade de carga para cada
atrativo, os períodos (dias e horários) das visitas e as informações de segurança pré-
determinadas. É o que diz Barreto (1991, p.53) quando aponta mais um motivo para o
planejamento: a necessidade de adequação entre fluxo turístico e núcleo receptor, que
significa o atendimento às expectativas do primeiro sem esquecer os direitos do segundo no
que se refere aos aspectos urbanísticos, ecológicos e sociais
Santo Amaro disporá de todos os recursos necessários para alavancar a inserção do
segmento turismo de aventura, desde que se exista o inventário e planejamento turístico, mão-
de-obra qualificada para a realização deste, profissionais qualificados, postos de receptividade
76

e promoção da conscientização social e ambiental voltada para as atividades envolvidas.


Ignarra (1999) acredita que a grande preocupação dos planejadores na atualidade é a
sustentabilidade do turismo. O autor afirma que é necessário definir um modelo de
desenvolvimento que permita o crescimento da atividade sem perda de sua qualidade e cita
vários instrumentos que podem ser utilizados para controlar este desenvolvimento. Entre eles
estão o estudos de impactos e leis de uso e ocupação do solo.
A cidade possui outros fatores positivos que podem colaborar para a inserção do
segmento como a proximidade com a capital do estado Salvador, da qual se destaca pelo
cenário turístico nacional e internacional, seu rico patrimônio cultural, histórico e religioso,
por ter personalidades famosas do ramo musical, sua gastronomia e destaque na participação
em grandes atos heróicos no passado. No fator hospedagem pode-se considerar como
moderado à demanda por possuir hotéis e pousada bem localizados com número de
apartamentos/quartos suficientes para atender os visitantes. Referindo-se à alimentação, os
restaurantes existentes classificam-se como regular, pois, não existem diversidades, sendo que
a maioria destes são de espaço insuficientes para acomodação do visitante, em relação a
comida servida (típica local) tem aprovação regular. Por ser um município pequeno, a questão
transporte é suficiente, porque sem longevidade é possível se locomover a pé pelas ruas e
avenidas. Para transporte público entre distritos e intermunicipal é considerado regular, e
ainda possui serviço de táxis em alguns pontos da cidade.
Por outro lado, possui fatores negativos que podem influenciar na questão qualidade
dos serviços turísticos no município como: acesso, sinalização, segurança, divulgação do
turismo local que praticamente não existe, diversidade de estabelecimentos referentes à
alimentação, opções de agências de turismo e postos de informações turísticas. O acesso, por
exemplo, como já informado no capítulo 4 deste trabalho, possui apenas um que é pela BR-
324, por 60 km até o entroncamento da BA-026. Daí até a Santo Amaro percorre mais 11 km.
Se dá a partir do terminal rodoviário apenas. A cidade possui vias férreas, que no passado
eram utilizadas como meio de transporte, atualmente são utilizadas apenas como meio de
transporte para cargas. A cidade não possui aeroporto, tornando-a assim como precária
referente ao acesso. Assim, considera-se como um fator negativo na tentativa da inserção do
segmento do Turismo de Aventura em Santo Amaro, tanto para a cidade, como para as áreas
onde serão realizadas as atividades de aventura.
Para que uma cidade desempenhe um bom papel sem o acontecimento de imprevistos
negativos é necessário que suas autoridades planejem e atuem de maneira articulada em prol
77

das questões sociais, econômicas e ambientais. Para um bom gerenciamento do segmento do


turismo de aventura alguns requisitos são necessários como estímulo do estudo da atividade
do turismo, conservação e proteção do meio ambiente, atenção e relação de parceria e respeito
com a comunidade local, valorização da identidade e cultura e conscientização de todos os
envolvidos no processo. Comunidades e visitantes conscientizados e profissionais
qualificados contribuem para a minimização de riscos, monitoramento e manutenção das
áreas naturais. O quadro 14 descreve o número de atividades e suas áreas de aventura
encontradas em Santo Amaro.
Quadro 14 – Atrativos de aventura e suas modalidades
Atrativos de aventura Modalidades
Cachoeira do Urubu Trilha rústica, canyonismo, cachoeirismo,
trekking, salto e rapel.
Cachoeira da Vitória Trilha rústica, cachoeirismo, trekking.
Cachoeira Pedra do Caboclo Trilha e cachoeirismo.
Vila da Pedra Trekking, canyonismo, rapel, espeleoturimo e
atividades equestres.

Fonte: Lima, 2015.

Uma reflexão importante de se citar é a possibilidade do segmento do turismo de


aventura se integrado a outros segmentos, agregar valor ao produto Santo Amaro. As pessoas
que visitam a cidade com o fim de praticar atividades de aventura consequentemente
permanecerão um pouco mais de tempo, podendo assim usufruir dos atrativos culturais,
históricos e religiosos existentes, contribuindo também com a movimentação da economia e
todo o trade turístico local. Lógico que para isso é necessário um impulso no marketing e na
divulgação do turismo do município, facilitando assim os canais de distribuição e expansão do
turismo de aventura. Outros setores municipais deveriam dar um valor maior ao que se tem de
riqueza patrimonial, cultural, histórica e ambiental assim como turismo, educação, saúde,
transportes e urbanismo, reunindo assim grupos fomentadores e fortalecedores da atividade
turística.
78

6 CONCLUSÃO

O crescimento do fenômeno turístico expande-se cada mais em todo o mundo. E a


segmentação surgiu para pré-estabelecer uma organização e padronização das diversas
atividades que o turismo propõe. O ecoturismo e o turismo de aventura, por exemplo, são
segmentos que se favorecem por oferecer atrativos naturais e atividades praticadas nestes
ambientes não encontrados nas áreas urbanas, tornando-os assim como um diferencial entre os
demais.
O segmento do turismo de aventura não possui fontes e/ou materiais suficientes para
desenvolvimento de estudos, portanto, houveram dificuldades no levantamento bibliográfico
para a colaboração deste trabalho. As alternativas escolhidas serventes como base para seu
desenvolvimento foram o breve histórico do turismo, dados recentes do turismo no Brasil e no
mundo, turismo em áreas naturais, a conservação e preservação ambiental.
Pelo estudo realizado identificou-se que o Brasil possui diversas entidades sérias e de
grande admiração na organização e desempenho do turismo de aventura. Sem falar nos
centros internacionais que vêm se disseminando e fortalecendo o setor interno.
Foram destacados os bens que o município de Santo Amaro possui, sua grande
participação na história do estado e país, seus atrativos, assim como seu lado decadente por
parte da infraestrutura, falta de incentivo da Prefeitura para com o turismo, segurança,
transporte, alimentação e recepção turística. Em seguida foi realizado um estudo específico da
cidade de Santo Amaro, onde foi observado sua riqueza quanto aos recursos naturais, que
junto à entrevistas feitas com praticantes de atividades de aventura do local, representante de
empresa receptiva, secretário de turismo e com profissional conhecedor dessas áreas
formulou-se opiniões convincentes de que há um potencial para o segmento em estudo. O
resultado avaliado foi surpreendente, pois, diante de tantos recursos proveitosos observa-se a
existência da precariedade, sendo possível perceber o mau aproveitamento do potencial
turístico existente.
O principal problema está no que pode ser considerado como o ponto de partida para o
desenvolvimento do turismo numa localidade, que é a criação do inventário e planejamento
turístico, pois, o município ainda não os tem. As atividades, os projetos e eventos turísticos
acontecem de maneira aleatória e despadronizada, com recebimento limitado de verbas
estaduais/federais. As evidências perceptíveis por quem observa e informadas pelos
entrevistados confirmam que existe sim a possibilidade da inserção do segmento do Turismo
79

de Aventura e seus impactos em Santo Amaro em sua maioria positivos, desde que as
atividades sejam reconhecidas, regulamentadas e incentivadas de maneira correta, respeitando
as leis ambientais e as normas de segurança vigentes adotadas pelos órgãos responsáveis,
obtendo-se assim um resultado ambiental, social e economicamente favorável na promoção
do desenvolvimento da cidade. Lembrando que para tal concretização é necessário a
colaboração e atenção por parte da Prefeitura e órgãos a fim envolvidos com o Turismo,
propiciando um melhoramento para com os equipamentos, atrativos e serviços turísticos,
principalmente no desenvolvimento urbano (acesso, sinalização, pavimentação) e qualificação
de profissionais da área do turismo.
Algumas das melhorias importantes a se desenvolver na cidade estão totalmente
voltadas para a infraestrutura como já dito em capítulos anteriores. Já no entorno das áreas
naturais estão nas questões da implantação de agência de viagem (que propicie a venda de
pacotes para as diversas modalidades do turismo de aventura encontrados na cidade), meios
de hospedagem (hotel, pousada) para acomodar visitantes, redes de alimentação (restaurante),
posto de informações turísticas (apoio de informação ao visitante), presença da polícia nas
proximidades de realização das atividades na área natural proporcionando a segurança de
todos (por ser um local afastado do centro urbano), melhoria na pavimentação da estrada que
dá acesso à área natural (facilitando assim o acesso de visitantes e na prática de atividades
como as ciclísticas), na sinalização quase não existente (atribuindo placas de sinalização para
o trânsito, conscientização ambiental e atenção e respeito à flora e fauna do local), melhor
qualificação profissional para os envolvidos com o segmento do turismo de aventura (guias,
equipe de resgate, agentes de viagem, trade turístico em geral), inclusão e favorecimento da
comunidade do entorno e da cidade para uma melhor distribuição e desenvolvimento do
segmento em Santo Amaro, inicialização de pesquisas para o mapeamento e levantamento das
áreas naturais (cachoeiras, fauna, flora, rios, monumentos, para a implantação do
planejamento e inventário turístico de Santo Amaro). A partir dessas disseminações a cidade
estará desencadeando, revitalizando o setor turístico de forma que os visitantes acabem
ficando mais tempo na localidade, visitando outros atrativos existentes.
A escolha de Santo Amaro se deu, primeiramente, por ter sido a cidade que morei toda
a adolescência e perceber que a cidade precisa de uma atenção e valorização de seus atrativos
e potencialidades para com o turismo e por está próxima à Salvador, capital do estado. Deu-se
ainda por não se existir um estudo exploratório e notório dos atrativos naturais, o que me deu
mais empolgação para o desenvolvimento deste trabalho. Durante toda a pesquisa foi
80

perceptível a insatisfação de moradores e envolvidos com o trade turístico. Pessoas que


conseguem assimilar o descaso que ocorre visivelmente na cidade, e que as autoridades
responsáveis não dão o merecido valor e reconhecimento.
Como todo produto, o turismo possui seus pontos positivos e negativos. Em Santo
Amaro, pode-se dizer que esses pontos estão acirrados, pois, dispõe de alguns segmentos
turísticos de grande relevância para o estado em que se encontra como: histórico, cultural e
religioso, iniciando ainda o étnico, sendo estes os indutores dos pontos positivos e questões
como acesso, segurança, receptividade personalizada, saúde e educação sendo os indutores
dos pontos negativos.
Almeja-se que os estudos sobre este tema sejam ampliados, e que mais trabalhos sejam
elaborados, servindo assim como uma insistência positiva, um grito de alerta para que os
governantes responsáveis possam tirar os projetos do papel e torná-los ativos e funcionais.
REFERÊNCIAS

ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico.


São Paulo: Editora Atlas S.A., 2001.

A-BAHIA. Página oficial. Disponível em: <http://www.a-


bahia.com/diretorio/gotosite.php?id=1154>. Acesso em: 19 abr. 2015.

BAHIA. Disponível em: <http://bahia.com.br/segmentos/esporte-e-aventura/>. Acesso


em: 11 abr. 2015.

____. Informações sobre a BAHIATURSA. Quadro 5. Disponível em: <


http://bahia.com.br>. Acesso em: 05 jun. 2015.

____. Informações sobre a SALTUR. Quadro 6. Disponível em: <


http://bahia.com.br>. Acesso em: 05 jun. 2015.

BANDA COBRAC. Lavagem da Purificação. Figura 38. Disponível em:


<http://bandacobrac.arteblog.com.br/889685/Festa-da-Purificacao-em-Santo-Amaro-
Bahia-De-24-01-a-02-02-213/>. Acesso em: 29 jul. 2015.

BARRETO, M. Planejamento e organização em turismo. Campinas, S.P.: Papirus,


1991. (Coleção Turismo).

BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo. São Paulo: Editora SENAC,
1998.

BIBLIOTECA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA. Santo Amaro, Turismo-


Bahia. Subgerência de Periódicos – Setor de Recortes. Salvador, 2003.

BRASIL, Ministério do Turismo. Programa de Regionalização do Turismo –


Roteiros do Brasil: Módulo Operacional 8 – Promoção e Apoio à
Comercialização. Brasília: Ministério do Turismo, 2007:15.

BRASIL. Ministério do Turismo. Segmentação do Turismo: Marcos conceituais.


Brasília: Ministério do Turismo, 2006.

BROTAS. Atividades fora-de-estrada. Figura 8. Disponível em:


<http://www.brotas.com.br/offroad.php>. Acesso em: 11 jun. 2015.
82

CAVALCANTI, Marly (organizadora). Gestão estratégica de negócios: evolução,


cenários, diagnósticos e ação – 2 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

CASSINOTUR. Rapel. Figura 15. Disponível em: <http://cassinotur.com.br/products-


page/parque-nacional-brasileiro/rapel-nas-cataratas/>. Acesso em: 11 jun. 2015.
CENTRO REFERENCIAL DE DOCUMENTAÇÃO DE SANTO AMARO. Histórico
das Cachoeiras, 1994.

CHILE. Esportes e Aventuras no Chile. Disponível em: <http://chile.travel/pt-br/o-


que-fazer/esportes-e-aventura-no-chile/>. Acesso em: 07 jul. 2015.

CLICRBS. Tirolesa. Figura 16. Disponível em: <http://wp.clicrbs.com.br/guarda-


sol/2014/10/31/vale-do-itajai-tera-a-maior-tirolesa-do-pais/?topo=98,2,18,,,e159>.
Acesso em: 11 jun. 2015.

CLIQUESEGURO. Rafting. Figura 20. Disponível em:


<http://www.cliqueseguro.com/rafting-no-rio-de-janeiro-p283>. Acesso em: 11 jun.
2015.

COMPANHIA DE VIAGEM. Mergulho. Figura 19. Disponível em:


<http://companhiadeviagem.blogosfera.uol.com.br/2013/12/18/voce-sabe-onde-fica-
este-paraiso-do-mergulho/>. Acesso em: 11 jun. 2015.

COUNTRY.SOUTHAFRICA. Turismo de Aventura na Africa do Sul. Disponível em:


<http://country.southafrica.net/country/br/pt/articles/entry/tours-de-aventura-
ptbr>.Acesso em: 07 jul. 2105.

CUNHA, Licínio. O turismo no mundo. São Paulo: Mcgraw-Hill, 1997.

DIAS, Reinaldo. Planejamento do Turismo: Política e Desenvolvimento do


Turismo no Brasil. São Paulo: Atlas, 2003.

DRUCKER, P. F. Práticas de Administração de Empresas. São Paulo: Pioneira,


1981.

DRUCKER, P. F. Administrando em tempos de grandes mudanças..São Paulo:


Pioneira, 1995.
83

DUARTE, Rosália. Pesquisa Qualitativa: Reflexões sobre o trabalho de campo.


Rio de Janeiro, 2000.

ECOAVENTURATURISMO. Turismo de Aventura no Brasil. Figura 26. Disponível


em: <http://ecoaventuraturismo.blogspot.com.br/>. Acesso em: 09 jun. 2015.

ECOVIAGEM. Disponível em:


<http://ecoviagem.uol.com.br/noticias/turismo/turismo-de-aventura/aventura-e-
sustentabilidade-10328.asp>. Acesso em: 18 abr. 2015.

EDFISICA CORPO E MENTE. Caminhadas. Figura 12. Disponível em:


<http://edfisicacorpoemente.blogspot.com.br/2013/06/orientacao-para-
caminhada.html>. Acesso em: 09 jun. 2015.

EXPLORE TURISMO. Disponível


em:<http://www.exploreturismo.com.br/atividades-de-aventura>. Acesso em: 11 abr.
2015.

FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia – 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

FOTTUS. Pára-quedismo. Figura 24. Disponível em:


<http://fottus.com/esportes/fotos-de-paraquedistas/>. Acesso em 11 jun. 2015.

GOOGLE MAPS. Os 3 distritos de Santo Amaro. Figura 35. Disponível em:


<https://www.google.com.br/maps>. Acesso em: 22 jul. 2015.

GUANABARA. Montanhismo. Figura 14. Disponível em:


<http://guanabara.org.br/wp-ceg/index.php/2012/02/06/curso-basico-de-montanhismo-
inscricoes-abertas/>. Acesso em: 11 jun. 2015.

IATA. Disponível em: <http://www.iata.org.br/>. Acesso em: 18 abr. 2015.


Informações sobre a IATA
____. Informações sobre a IATA. Quadro 2. Disponível em: <
http://www.iata.org.br/>.
Acesso em: 18 abr. 2015.

IBGE. Informações Estatísticas. Disponível em:


<http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=292860>. Acesso
em: 01 jul. 2015.
84

IBGE CIDADES. O município de Santo Amaro. Figura 34. Disponível em:


<http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=292860&search=||i
nfogr%E1ficos:-informa%E7%F5es-completas>. Acesso em: 26 jul. 2015.

IEF. Áreas Protegidas. Disponível em: <http://www.ief.mg.gov.br/areas-protegidas>.


Acesso em: 11 set. 2015.

IGNARRA, Luiz Renato. Fundamentos do Turismo. São Paulo: Editora Pioneira,


1999.
IPAC. Sítios Arqueológicos na Bahia- Recôncavo. Figura 37. Disponível em:
<http://www.ipac.ba.gov.br/patrimonio-cultural/bens-culturais>. Acesso em: 26 jul.
2015.

JOHNNY DO BALÃO. Balonismo. Figura 22. Disponível em:


<http://www.johnnydobalao.com.br/exibe_noticia.asp?titulo=Balonismo+Boituva+Ind
escritivel&id=89>. Acesso em: 11 jun. 2015.
. Caminhadas. Figura 15. Disponível em:
<http://edfisicacorpoemente.blogspot.com.br/2013/06/orientacao-para-
caminhada.html>. Acesso em: 09 jun. 2015.

J.PQD. Santo Amaro Colonial. Figura 36. Disponível em: Arquivo Pessoal Jorge
Antônio.

LEAL, Herundino. História de Santo Amaro. Imprensa Oficial da Bahia, 1964.

LICKORISH, Leonard. Introdução ao Turismo. Rio de Janeiro: Editora Campus,


2000.

LICKORISH, J. Leonard; JENKINS, Carson L. Introdução ao turismo. Tradução:


Fabíola de Carvalho S. Vasconcellos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000.

LIMA, Cíntia. Arquivos pessoais, 2015.

____. Figura 41 – Entrada da trilha Cachoeira do Urubu.

____. Figura 42 – Cachoeira do Urubu.

____. Figura 43 – Cachoeira da Vitória.

____. Figura 44 – Atividades Ciclísticas.

____. Figura 45 – Trekking pelo Rio Sergi.


85

____. Figura 46 – Trilha para a Cachoeira do Urubu.

____. Figura 47 – Rapel na Cachoeira do Urubu.

____. Figura 48 – Escalada.

____. Figura 49 – Cachoeirismo.

____. Quadro 9 - Descrição da Hotelaria - Hotel da Purificação.

____. Quadro 10 - Descrição da Hotelaria - Hotel Casa Grande.

____. Quadro 11 - Descrição da Hotelaria - Hotel Lobo

____. Quadro 12 - Descrição da Hotelaria - Amaro’s Hotel

____. Quadro 13 - Descrição da Hotelaria - Pousada do Miro

MARCONI, M. de A., LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 5. ed. São Paulo:


Atlas, 2002.

MARINHO, Alcyane; BRUHNS, H. T. Turismo, Lazer e Natureza. Barueri,São


Paulo: Manole, 2003.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Página oficial. Disponível


em:<http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental>. Acesso em 04 jun. 2015.

MINISTÉRIO DO TURISMO. Turismo de Aventura: Orientações Básicas. 3. ed.


Brasília: Ministério do Turismo, 2010.

MINISTÉRIO DO TURISMO. Página oficial. Disponível


em:<http://www.turismo.gov.br/turismo/home.html>. Acesso em 04 abr. 2015.

____. Organograma do Ministério do Turismo no Brasil. Figura 2. Disponível em:


<http://www.turismo.gov.br/organograma.html>. Acesso em: 04 jun. 2015.

____. Orientações básicas para o Turismo de Aventura. Disponível em:


<institucional.turismo.gov.br>. Acesso em: 04 jun. 2015.

____. Segmentação do Turismo – Marcos conceituais. Disponível em:


<institucional.turismo.gov.br>. Acesso em: 04 jun. 2015.

____. Regulamentação, normalização e certificação. Relatório Diagnóstico.


Disponível em: <institucional.turismo.gov.br>. Acesso em: 04 jun. 2015.
86

____. Turismo de Aventura: Orientações Básicas. Disponível em:


<www.turismo.gov.br/turismo>. Acesso em: 04 jun. 2015. Figura 7. 3. ed. Brasília:
Ministério do Turismo, 2010.

____. Informações sobre a ABAV. Quadro 3. Disponível em:


<http://www.turismo.gov.br>. Acesso em: 04 jun. 2015.

____. Informações sobre a ABIH. Quadro 4. Disponível em:


<http://www.turismo.gov.br>. Acesso em: 04 jun. 2015.

MUNDO DAS TRIBOS. Ecoturismo Chapada Diamantina – Programa de


Aventura Segura. Disponível em: <http://www.mundodastribos.com/ecoturismo-
chapada-diamantina-programa-de-aventura-segura.html>. Acesso em: 14 jul. 2015.

NANDABETO. Espeleoturismo. Figura 6. Disponível em:


<http://nandabeto.com/produto/cavernas-de-waitomo/>. Acesso em: 10 jun. 2015.

NETO, A. Panosso; ANSARAH, M. G. dos Reis. Segmentação do Mercado


Turístico: Estudos, produtos e perspectivas. São Paulo: Manole, 2009.

Normas Técnicas do Turismo de Aventura, centralizando a ABNT NBR 38 15331.


Figura 31. Disponível em: <www.turismo.gov.br/turismo>. Acesso em 11 jun. 2015.

NÚCLEO DE INCENTIVO CULTURAL DE SANTO AMARO (NICSA).

OBSTURPR. In: Diretrizes para Turismo em Áreas Naturais no estado do


Paraná. Paraná, 2000. Disponível em:
<http://www.obsturpr.ufpr.br/artigos/diretrizesturismoareasnaturais.pdf>. Acesso em:
18 abr. 2015.

OCENOMATO. Bóia- cross. Figura 17. Disponível em:


<http://www.ocenomato.com.br/index.php?idcanal=91&idpasseio=65>. Acesso em 11
jun. 2015.

OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas.


São Paulo: Atlas, 1998.

OMT. Página oficial. Disponível em: <http://www.world-tourism.org>. Acesso em 25


abr. 2015.
____. Informações sobre a OMT. Quadro 1. Disponível em: < http://www.world-
tourism.org >. Acesso em: 25 abr. 2015.
87

OMT. Organização Mundial do Turismo. Introdução ao turismo. São Paulo: Roca,


2001.

PARAPENTE NORDESTE. Parapente. Figura 23. Disponível em:


<http://parapentenordeste.blogspot.com.br/p/cursos-de-parapente.html>. Acesso em 11
jun. 2015.

PENSADOR. Frases sobre Desenvolvimento, Brenon Salvador. Disponível em:


<http://pensador.uol.com.br/frases_sobre_desenvolvimento/3/>. Acesso em: 12 set.
2015.

PETROCCHI, Mario. Turismo: planejamento e gestão. São Paulo: Editora Futura,


1998.

PLANETA TERRA NA WEB. O estado da Bahia. Figura 32. Disponível em:


<http://planetaterranaweb.blogspot.com.br/2010/09/mapa-da-bahia.html>. Acesso em
14 jul. 2015.

PLANETA VERTICAL. Escalada. Figura 13. Disponível em:


<http://www.planetavertical.com.br/servico/escaladas-guiadas/>. Acesso em 11 jun.
2015.

PLANTOURS. Bungue jump. Figura 9. Disponível em:


<http://plantours.com.np/adventure-of-bungee-jumping-in-nepal>. Acesso em 10 jun.
2015.

POINTDAPESCACORUMBA. Arvorismo. Figura 4. Disponível em:


<http://www.pointdapescacorumba.com/esporte-e-aventura-para-familia-e-no-hotel-
fazenda-point-da-pesca/#!prettyPhoto>. Acesso em 09 jun. 2015.

PORTAL EDUCAÇÃO. Página oficial. Disponível em:


<http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/38694/conservacao-e-
preservacao-do-meio-ambiente-conceitos-e-definicoes#>. Acesso em: 19 abr. 2015.

POUSADA DO QUIRIRIM. Página oficial. Disponível em:


<http://www.pousadadoquiririm.com.br/noticias.asp?not=8342>. Acesso em:
02/05/2015.
88

PROGRAMA AVENTURA SEGURA. Página oficial. Disponível em:


<http://www.aventurasegura.org.br>. Acesso em: 06 jun. 2015.

RAFAELLAHARDMAN. Impactos gerados pelo Turismo. Figura 3. Disponível em:


<https://rafaellahardman.wordpress.com>. Acesso em: 05 mai. 2015.

RECADOX. Frases de Friedrich Engels. Disponível em:


<http://www.recadox.com.br/frases/friedrich-engels/3014dvCcSfnuTB.html>. Acesso em:
12 set. 2015.

REVISTA TURISMO. Página oficial. Disponível em:


<http://www.revistaturismo.com.br/artigos/segmentacao.html>. Acesso em 18 abr.
2015.

RIOVALEJORNAL.Atividades Ciclísticas. Figura 5. Disponível em:


<http://www.riovalejornal.com.br/materias/532-
corrida_de_aventura_mais_que_um_esporte_um_estilo_de_vida>. Acesso em: 10 jun.
2015.

RODRIGUES , Adyr Balastreri. Turismo e Desenvolvimento local. São Paulo:


Editora Hucitec, 2000.

RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis: Vozes,


1986.

SACHS, I. Estratégias de transição para o século XXI: desenvolvimento e meio


ambiente. São Paulo: Studio Nobel , 1993.

SANTO AMARO HISTORICO. Santo Amaro: Um rascunho de sua história.


Disponível em:<http://santoamarohistorico.blogspot.com.br/>. Acesso em: 01 jul.
2015.

SÃO PAULO, Governo do Estado. Diretrizes para uma política estadual de


ecoturismo. Disponível em:<www.ambiente.sp.gov.br> Acesso em 24 mai. 2015.

SDE. As 13 zonas turísticas da Bahia. Figura 33. Disponível em:


<http://www.sde.ba.gov.br/Pagina.aspx?pagina=turismo>. Acesso em 14 jul. 2015.
89

SEBRAE. Página oficial. Disponível


em:<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/Planejamento-
estrat%C3%A9gico-para-o-turismo-de-aventura>. Acesso em 28 mar. 2015.

SECRETARIA DE CULTURA E TURISMO. Cartilha Turística de Santo Amaro,


2003.

SEMA. Monumento Natural dos Cânions do Subaé. Disponível em:


<http://www.sema.ba.gov.br/conteudo.aspx?s=MNCANION&p=MONUMENT>.
Acesso em 05 ago. 2015.

SENAC. Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial. Turismo e Hospitalidade.


2008.

SERRA DO ITAQUERI BLOG. Canionismo. Figura 11. Disponível em:


<https://serradoitaqueriblog.wordpress.com/2012/06/13/travel-adventure-
brazil/canionismo-primavera-reduzida/>. Acesso em: 11 jun. 2015.

SETUR. Manifestações Culturais. Figura 40. Disponível em: Bembé do Mercado,


Prefeitura Municipal de Santo Amaro, 2013.

SIPAC. Bens tombados e registrados na Bahia- Recôncavo. Quadro 2. Disponível em:


<http://patrimonio.ipac.ba.gov.br/municipio/santo-amaro/>. Acesso em 26 jul. 2015.

SLIDEPLAYER.Sistema Nacional de Unidades de Conservação . Quadro 1. Disponível


em: <http://slideplayer.com.br/slide/357235/>18 abr. 2015.

SOUZA, João Cláudio, SOUZA, Lícia Soares de. Turismo Sustentável: Cultura +
Relações Públicas + Qualidade. Empresa Gráfica da Bahia: Coleção Selo Turismo,
2002.

TATASURATI. Relação da oferta e demanda turística. Figura 1. Disponível em:


<https://tatasurati.wordpress.com/oferta-e-demanda-no-parque-da-luz/>. Acesso em:
02 mai. 2015.

TORRE, Francisco de La. Administração Hoteleira: Parte I – Departamentos. São


Paulo: Editora Roca, 2001.

TRIGUEIRO, Carlos Meira. Marketing & Turismo: como planejar e administrar o


marketing turístico para uma localidade. Rio de Janeiro: Editora Qualitymark, 2001.
90

TRIPADVISOR. Asa Delta. Figura 21. Disponível em:


<http://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g303506-d4067297-
i76510879-Rotorfly_Voo_Livre-Rio_de_Janeiro_State_of_Rio_de_Janeiro.html>.
Acesso em: 11 jun. 2015.

TUMBLR. Turismo de Aventura na África do Sul. Figura 29. Disponível em:


<https://www.tumblr.com/search/%c3%81frica+do+sul>. Acesso em: 07 jul. 2015.

TURISMO DE PORTUGAL. Atividades eqüestres. Figura 7. Disponível em:


<http://guiastecnicos.turismodeportugal.pt/pt/equestre/ver/Centro-de-Turismo-
Equestre-Equi-Campo>. Acesso em: 10 jun. 2015.

UIPI. Canoagem. Figura 18. Disponível em: < http://uipi.com.br/destaques/destaque-


1/2013/03/18/canoagem-ecologica>. Acesso em: 10 jun. 2015.

VIAJE AQUI. Nova Zelândia. Disponível em:


<http://viajeaqui.abril.com.br/paises/nova-zelandia>. Acesso em: 07 jul. 2015.

WEBVENTURE.Mergulho no Poço Azul – Chapada Diamantina/BA. Figura 28.


Disponível em: <http://www.webventure.com.br/h/blogs/blog-joao-paulo-
lucena/categoria/185/>. Acesso em: 09 jun. 2015.

WEBVENTUREUOL. Cachoeirismo. Figura 10. Disponível em:


<http://webventureuol.uol.com.br/destinoaventura/pr/pudentopolis/atracoes/atr/1276>.
Acesso em: 10 jun. 2015.

YOUELL, Ray. Turismo uma Introdução. Aberystwyth, Editora Contexto, 1997.

YOUTUBE. Ultraleve. Figura 25. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=6USOuRyuMqQ>. Acesso em: 11 jun. 2015.
91

APÊNDICES

APÊNDICE A – ENTREVISTA APLICADA EM AGÊNCIAS DE


VIAGEM

FORMULÁRIO: VISÃO SOBRE O SEGMENTO DO TURISMO DE AVENTURA

NOME RESPONSÁVEL: _____________________________________________


ENTREVISTADO:___________________________________________________
IDADE: ____________

IDENTIFICAÇÃO DA AGÊNCIA DE VIAGEM

1- SEGMENTO UTILIZADO PELA AGÊNCIA:


( )TURISMO REGIONAL ( )TURISMO NACIONAL ( )TURISMO
INTERNACIONAL ( )DIVERSOS _____________________________

2- NOME DA AGÊNCIA: ________________________________________________

3- INÍCIO DA ATIVIDADE:
_______________________________________________________

LOCALIZAÇÃO E AMBIÊNCIA

4- ENDEREÇO:__________________________________________________________
___________________________________________________________TELEFONE
/FAX:___________________ SITE: ________________________
E-MAIL:_____________________________________________

5- O ESTABELECIMENTO POSSUI ALGUM CADASTRO OU CLASSIFICAÇÃO


DO ÓRGÃO OFICIAL DE TURISMO?
( )SIM_________________ ( ) NÃO
92

6- N DE EMPREGADOS:
PERMANENTES: _______ TEMPORÁRIOS: ________
COM DEFICIÊNCIA______
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:_____________________

7- TAXA DE VENDASMENSAL MÉDIA (%):____________________


TAXA DE VENDASANUAL MÉDIA (%):____________________

8- MÊS COM MAIOR NÚMERO DE VENDAS:


( ) JAN. ( ) FEV. ( ) MAR. ( ) ABR. ( ) MAI. ( ) JUN. ( )JUL. ( ) AGO. ( )
SET. ( ) OUT. ( ) NOV. ( ) DEZ.

9- MÊS COM MENOR NÚMERO DE VENDAS:


( ) JAN. ( ) FEV. ( ) MAR. ( ) ABR. ( ) MAI. ( ) JUN. ( ) JUL. ( ) AGO. ( ) SET.
( ) OUT. ( ) NOV. ( ) DEZ.

10- VALOR MÉDIO DOSPACOTES:


( ) ATÉ 20 REAIS ( ) ENTRE 25 E 50 REAIS ( ) ENTRE 50 A 100 REAIS
( ) ACIMA DE 100 REAIS _____________

11- COMO A AGÊNCIA TEM SOBREVIVIDO À CRISE NO TURISMO:


( ) TEM FEITO NADA ( ) UTILIZAÇÃO DE NOVOS SEGMENTOS
( ) OUTROS __________________________________________________

12- COMO É FEITA A DIVULGAÇÃO DA AGÊNCIA DE VIAGEM?


( )INTERNET ( )FOLDERS ( )JORNAL/REVISTA ( )NENHUM
( )REDES SOCIAIS ( )OUTROS __________________________________

13- A AGÊNCIA POSSUI ALGUMA PARCERIA COM OUTROS EQUIPAMENTOS


DO TURISMO?
( ) SIM ____________________________________________ ( ) NÃO
93

14- QUAL A OPINIÃO DA AGÊNCIA EM RELAÇÃOÀ IMPLANTAÇÃO DO


SEGMENTO DO TURISMO DE AVENTURA NA CIDADE DE SANTO AMARO?
( ) A AGÊNCIA SERÁ BENEFICIADA
( ) A AGÊNCIA NÃO SERÁ BENEFICIADA
( ) NÃO SABE

15- A AGÊNCIA JÁ PENSOU EM ADAPTAR PACOTES NO SEGMENTO DO


TURISMO DE AVENTURA?
( ) SIM __________________________________________ ( ) NÃO

RELAÇÃO AGÊNCIA - CLIENTE

16- QUAL O DESTINO DO CLIENTE QUE UTILIZA OS SERVIÇOS DA AGÊNCIA?


( )SANTO AMARO E CIDADES VIZINHAS ( )SALVADOR
( )OUTROS ESTADOS ( )OUTROS PAÍSES ( )OUTROS _________________

17- OS CLIENTES DESTAAGÊNCIA PROCURAM POR PACOTES NO SEGMENTO


DO TURISMO DE AVENTURA?
( ) SIM ( ) NÃO
94

APÊNDICE B – ENTREVISTA APLICADA AO SECRETÁRIO DE


TURISMO DE SANTO AMARO

Tema:Turismo de Aventura: Uma possibilidade de inserção deste segmento na cidade de


Santo Amaro-Bahia
Público alvo: Representante da Secretaria de Turismo de Santo Amaro.
Entrevistado: _______________________________________________________
Área de atuação: ____________________________________________________
Data da entrevista: _______________________ Local: ____________________

1. Qual a importância cultural, política, ambiental e econômica do distrito de Santo Amaro?


2. A cidade possui planejamento, inventário turístico? Caso não, o que falta para essa
concretização?
3. Quais são os atrativos de Santo Amaro e o que se tem feito para preservá-los?
4. De que forma é feita a divulgação do Turismo em Santo Amaro?
5. Quais as estratégias utilizadas no plano turístico da cidade?
6. Existe alguma ação que vise qualificar as pessoas que trabalham diretamente com a
atividade do turismo em Santo Amaro? Se existe, quais são e como é feita a fiscalização
dessas atividades?
7. Há incentivo público voltado ao setor privado que viabilize o desenvolvimento da atividade
turística em Santo Amaro? De que forma isso acontece?
8. Qual a relação da Prefeitura com os órgãos federais, estaduais e Secretaria voltados para o
turismo? Existe algum apoio?
9. Já se pensou em inserir o segmento do Turismo de Aventura no plano turístico da cidade?
Caso sim, em qual momento isso aconteceu?
10. Santo Amaro possui potencialidades para inserção do Turismo de Aventura em seu plano?
11. A Secretaria de Turismo é procurada para informações sobre atividades no segmento do
Turismo de Aventura?
12. A Secretaria está ciente de que já existem atividades do segmento na cidade e em seu
entorno? Caso sim, existe alguma relação com os envolvidos destas atividades?
13. O que a Secretaria de Turismo acha da idéia da inserção do segmento do Turismo de
Aventura no plano turístico da cidade? Trará benefícios para o local? Quais?
14. De que se precisaria para realizar esta inserção do segmento no plano turístico da cidade?
Incentivos, verbas, parcerias...?
95

APÊNDICE C – ENTREVISTA APLICADA AO GUIA DE TURISMO,


GRUPOS DE AVENTURA E/OU PRATICANTES DO TURISMO DE
AVENTURA

Tema: Turismo de Aventura: Uma possibilidade de inserção deste segmento na cidade de


Santo Amaro-Bahia.
Público alvo: Representantes de grupos de atividades de aventura, praticantes em geral e guia
de turismo de Santo Amaro.

Entrevistado: _______________________________________________________
Área de atuação: ____________________________________________________
Data da entrevista: _______________________ Local: ____________________

1. Quando e como surgiu esta instituição? Quantos integrantes possuem?

2. Estes integrantes possuem curso de capacitação voltado para a área do turismo?

3. Os membros da instituição seguem alguma norma de segurança?

4. Quais são os equipamentos de segurança utilizados nas atividades de aventura?

5. Quais são as ações desenvolvidas pela instituição?

6. Existe incentivo e/ou fiscalização das atividades desenvolvidas na instituição por parte da
gestão pública? Quais?

7. Onde e como contratar os serviços desta instituição? Há alguma empresa ou órgão que
vocês têm parceria?

8. Vocês trabalham com alguma atividade do turismo de aventura? Porque escolher o


segmento para trabalhar?

9. Vocês trabalham com o destino Santo Amaro? De que forma?

10. Qual a capacidade máxima de pessoas (turistas) vocês trabalham por passeio?

11. Qual o estado de conservação/preservação dos atrativos ecológicos e das trilhas de Santo
Amaro? Como é feita a preservação e limpeza destes?

12. Existe algum atrativo em Santo Amaro que podem ser utilizado para a prática do turismo
de aventura, mas que ainda não é explorado? Qual?
13. Qual a opinião que a instituição possui sobre o turismo desenvolvido em Santo Amaro?
Trata-se de uma atividade que beneficia ou prejudica a localidade?

14. Qual o fluxo médio de procura por parte dos visitantes/praticantes em relação aos atrativos
ecológicos?
96

15. Possuem algum roteiro específico formado para realização das visitas e atividades? Quais
os locais/atrativos visitados?

16. Quais os valores cobrados pelos serviços?

17. Pensam na possibilidade da legalização do segmento do Turismo de Aventura no turismo


da cidade? Quais benefícios traria?
97

ANEXO

Como anexo apresenta-se a fotografia de um mini- mapa desenvolvido pelo


guia de turismo Sr. Antônio Jorge. Neste mini-mapa mostram-se as possibilidades de
realização da trilha para a Cachoeira do Urubu: pela via férrea, pela mata fechada ou
dentro do Rio Peraúna, informando ainda os distritos próximos à esta área ecológica.

Fonte: Lima, 2015.

Você também pode gostar