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Clodoaldo Valverde 1
Resumo
Neste artigo apresentaremos uma retrospectiva dos efeitos quânticos do campo eletromagnético tais como antiagrupamento
de fótons, estatı́stica sub-Poissoniana, efeito de compressão de ruı́do quântico, oscilações e zeros na distribuição de fótons,
bem como uma revisão dos principais estados do campo de radiação quantizado.
Também vinculado ao Instituto de Fı́sica da Universidade Federal de Goiás, Caixa postal 131, 74001-970, Goiânia (GO), Brasil.
Efeitos Quânticos no Campo Eletromagnético
entretanto, para adquirir um pouco de otimismo [25], lem- campo no estado coerente. No agrupamento a probabilidade
bramos que o primeiro estado comprimido [25], obtido em é sempre maior do que um campo no estado coerente. Se
1985, teve que esperar aproximadamente quinze anos após () 1
g(2) > , diz-se que os fótons do feixe luminoso estão
sua predição teórica por Stoler [5]. Neste caso, a geração ()
agrupados (“bunching”) e se g (2) < , antiagrupados. 1
foi bem sucedida e empregou a técnica “four-wave-mixing” Para obter o antiagrupamento é necessário quantizar o cam-
[25], o que contraria a sugestão (mal sucedida) preceden- po de radiação. Quando g (2) ()=1
, temos o limite entre
te, proposta por Yuen [5], que usa um laser de dois-fótons. a região clássica e a região quântica. A Figura 1 mostra o
Nesta linha, vale a pena mencionar uma proposta recente ()
gráfico de g (2) contra . A região clássica g (2) > , () 1
de Barnett e Pegg [26], sugerindo um arranjo interessan- foi obtida em 1956 por Brown e Twiss [30]; a região limite
te para medir a fase de um estado do campo arbitrário, em ( )=1
g(2) , foi encontrada por Arecchi et al. [31]; e a re-
que um estado aparentemente exótico, denominado “estado () 1
gião quântica g (2) < , foi encontrada por Kimble et al.
binomial recı́proco” (EBR) representa um papel crucial na [32].
experiência. Neste artigo, o autor ressalta que em vista de
um recente avanço da engenharia de estados quânticos, seja
possı́vel no futuro realizar o EBR, permitindo que se meça a
fase do campo desejado. Naturalmente, os leitores não viram 2,0
ainda a relevância em uma experiência que depende crucial- Região Clássica
^ ^
na qual ay e a são, respectivamente, os operadores criação
campo é o denominado fator de Fano, dado pela relação:
x^1 =
(^a + a^y ) e x^2 = (^a a^y) , 0,10 (a)
2 2i (3) 0,08
Pn
com a^; a^y = 1; [^x1 ; x^2℄ = i=2; e respectivas variâncias 0,06
0,04
^x2 i = x^2
i hx^i i2 (i = 1; 2), (4) 0,02
0,00
encontramos que, para o estado coerente, x21 ^ = 10 20 30
n 40 50 60
^ = 1 4 ^ ^ = 1 4
2
x2 = e h x1 i h x2 i = : Agora, o efeito de
x21 < ^
0,04
compressão (“squeezing”) [5] acontece quando
14 ^ 2 14
= ou x2 < = (nunca os dois simultaneamente de-
x21 ^ ^
x22
0,03 (b)
vido a relação de incerteza de Heisenberg
14
= ).
Pn
0,02
O desenvolvimento da teoria sobre o efeito de com-
pressão começou por volta de 1970, porém, a sua 0,01
comprovação experimental ocorreu apenas em 1985 [25].
0,00
0 20 40 60 80 100
n
2.4 Oscilações na Distribuição de Número de
Fótons
Oscilações na distribuição de número de fótons eviden- Figura 2: Gráfico de Pn contra n (a) para o estado coe-
ciam a granularidade dos fótons e este efeito está relacio- rente com R , =6 = 2
= ; (b) para o estado de número
nado à ocorrência de interferência no espaço de fase. A deslocado com N e =3 =7.
distribuição de número de fótons é definida como Pn =
^ = ^
hn jj ni n;n , onde descreve um determinado esta- 2.5 Zeros na Distribuição de Números de
do doP ^=
campo ( j i h j quando o estado for puro e
^=
P j i h j quando o estado for de mistura es- Fótons
tatı́stica). As distribuições de número de fótons mais conhe- Estados que exibem zeros na distribuição de número
cidas são: uma função monotonicamente decrescente, carac- de fótons Pn ; caracterizam estados não clássicos [7]. Um
terı́stica de um estado térmico ou caótico (estado de mistura) exemplo destes estados que mostram muitos zeros na sua
[3]; uma função Poissoniana que apresenta um máximo para distribuição de número de fótons, ou seja, Pn =0pa-
n j j2 , caracterı́stica dos estados coerentes (estado puro).
= ra n par ou ı́mpar, é dado pela superposição de estados
No estado comprimido (estado puro), a distribuição de coerentes j i j i [35]. Mais recentemente [36], foi
número de fótons apresenta-se mais larga ou mais estreita, observado um cenário diferente, no qual estados que exi-
dependendo da intensidade e do parâmetro de compressão bem um ou mais zeros na Pn também devem ser conside-
do campo. Essa caracterı́stica foi observada primeiramente rados. A geração de cada um desses estados, incluindo o
por Schleich et al. [6]. Estes estados, de fato, podem exibir controle experimental dos zeros, foi proposta em 2001 [37].
oscilações na distribuição Pn , sendo um efeito que também Os efeitos mencionados nas seção 2, são todos efeitos não
caracteriza a natureza não clássica do campo. Tal efeito foi clássicos. A razão é que estes estados não correspondem
explicado em termos da interferência observada no espaço à representação P ()
de Glauber-Sudarshan, ou seja, não
de fase. satisfazem a condição P () 0
[3, 7]. Atualmente, exis-
Além do estado comprimido, existem vários outros esta- tem vários outros efeitos como, por exemplo, aqueles envol-
dos do campo quantizado que podem apresentar oscilações vendo a interação átomo-campo na qual a negatividade ou
na Pn , tais como: (i) o estado obtido da superposição de dois a irregularidade da distribuição P () não é evidente, mas
estados coerentes j i = ( + )
j 1 i j 2 i (Figura 2a), com a quantização do campo eletromagnético se faz necessária.
= =
1 Rei e 2 Re i , sendo o fator de normalização Neste caso, a explicação do efeito de colapso e ressurgi-
=
[33]; (ii) o estado de número comprimido [34] j i jz; N i ; ^ () =
mento exibido na inversão atômica hz t i h jz t j i, ^()
no qual z = 1
r; sendo r ; (iii) o estado de número des- quando o campo está inicialmente em um estado coerente,
locado [34] j i = = ^( )
j ; N i D jN i (Figura 2b), sendo requer a quantização do campo, apesar do estado coerente
^( )
D o operador deslocamento de Glauber. ser o estado mais clássico dos quânticos que está no domı́nio
da Óptica Quântica. A dispersão de átomos por um campo 3.2 Estados Não Clássicos
estacionário [3, 38], correlação não local [11] e emaranha-
3.2.1 Estado de Número
mento de estados [13], são outros exemplos que requerem a
quantização do campo. O estado de número é auto-estado do operador n (ope-^
Na seção 2, a natureza quântica do campo aparece conec- ^
rador número de fótons) n jni =
n jniEste estado é um
tada aos efeitos não clássicos, enquanto que nos exemplos dos “cavalos de batalha” da Óptica Quântica. A base for-
mencionados sobre a quantização do campo é necessário ex- mada pelos seus autovetores é muito utilizada para repre-
plicar outros efeitos não clássicos, até mesmo quando o cam- sentar tanto vetores quanto operadores. O operador ener-
po for clássico. Sabemos também que estados do campo co- gia do Oscilador Harmônico, por exemplo, é diagonal nes-
nhecidos na literatura como estados não clássicos exibem os ta base. O estado de número exibe o efeito não clássico
efeitos mencionados na seção 2. Na próxima seção apresen- de antiagrupamento de fótons g (2) (0) = 1 1
N , que é
taremos alguns exemplos deles. Normalmente, um campo maior quanto menor for o valor de N ( N > ; inteiro) e0
não clássico é criado a partir de uma evolução conveniente também exibe estatı́stica sub-Poissoniana, independente de
do campo mais clássico dos quânticos (coerente) para t =0 : N . Contudo, esse estado não exibe o efeito de compressão
^ = ^ = (2 + 1) 4
x21 x22 N = , bastando exibir um dos
três efeitos para ser um estado não clássico. A proposta de
3 Estados do Campo de Radiação preparação de um campo num estado de número foi anun-
ciada em 1982, por Mandel [4], porém, sem sucesso. Outras
3.1 Estados Clássicos propostas foram apresentadas posteriormente.
3.1.1 Estado Térmico
3.2.2 Estado Comprimido
No caso de uma luz térmica emitida por uma fonte em
equilı́brio térmico a uma temperatura T , o operador densida- ^
Enquanto j i é o autovetor do operador a, o estado
^= ^
de pode ser escrito como Ne H , sendo: comprimido [41] j i = ^( )
S z j i é o autovetor do opera-
^ = ^+ ^
dor b a ay . Assim [42], temos b j i ^ =
j i,
h i 1
N = tr(e H^ ) ; no qual exige-se que a transformação seja canônica, isto é,
[^ ^ ℄ = [^ ^ ℄ = 1
a; ay b; by , o que acarreta jj2 j j2 =1
. Note
H^ = h $ (^n + 1=2) ; 0 ^ ^
que, se ! , temos b ! a e j i ! j i. Enquanto
= 1=KB T: (5) tı́nhamos para j i, a relação:
^j i =
O estado j i, autovetor do operador aniquilação a Note, então, que
j i, assim como o operador densidade ^ = j i h j, descre- j i = S^(z ) j i = S^(z )D^ ( ) j0i 6= D^ ( )S^(z ) j0i ; (10)
vem o campo eletromagnético no estado coerente. Tal estado
também pode ser obtido de j i D = ^( ) 0 ^( )
j i , no qual D é uma vez que os operadores S ^(z) e D^ ( ) não comutam. Es-
o operador deslocamento (unitário) [39], crevendo z na forma polar z = rei , temos a relação entre
D^ ( ) = exp a^y a^ : (6)
:
os parâmetros r; u e
= osh r e = ei sinh r (11)
O estado coerente exibe estatı́stica Poissoniana g (2) (0) =
1, mas não exibe efeito de agrupamento e nem de antia- A Hamiltoniana geradora do efeito de compressão é qua-
grupamento, pois está no limiar entre estados clássicos e ^ ^
drática em a e ay :
H^ = h$a^y a^ + h a^2 + a^y2 ;
quânticos. Também não exibe efeito de compressão do ruı́do
(12)
nas quadraturas, nem tampouco exibe anti-compressão, ou
seja, ^ = ^ = 1 4
x21 x22 = Mas o estado coerente é um es- sendo que a constante determina o acoplamento do campo
tado de mı́nima incerteza. De acordo com o teorema de Hil- com um meio material não-linear. Este acoplamento causa a
lery [40], todo estado puro que não for coerente é quântico. compressão do campo.
^ 2
h i > , isto é, uma incerteza na fase maior que , 2 [48]. A construção de estados genéricos foi assunto de re-
cente pesquisa por Vogel et al. [49], denominada “Enge-
resultado este sem sentido fı́sico. Em 1964, Susskind e Glo- nharia de Estados Quânticos”, significando a possibilidade
gower (SG) [43] avançaram mais no assunto, introduzindo de construção de estados quânticos arbitrários para o cam-
os operadores fase po eletromagnético. É importante destacar que existem duas
1
U^ = (ei^)SG = a^ p1n^ = jni hn + 1j ;
X classes de estados: “estados em modos estacionários” e “es-
(14) tados em modos viajantes”. No caso de estados em modos
n=0 estacionários, o campo é aprisionado numa cavidade, como
e aqueles estados produzidos por átomos que atravessam cavi-
1 1 dades deixando ali seus fótons; no caso de estados em modos
U^ y = (e i^)SG = a^y p
X
n^
= jn + 1i hnj : (15) viajantes, são obtidos, por exemplo, de estados que surgem
n=0 de um laser ou de um campo que atravessa um meio não-
No entanto, tais operadores levavam aos seguintes proble- linear.
^= ^
mas: o operador U ei não era unitário, pois, U U y e ^^ =1
^ ^ =1 0 0 =1
U yU j i h j 6 , se ei^ não era unitário, então não ^
seria hermitiano. Um bom operador fase, deveria ser her-
mitiano, pois a fase é um observável e a mecânica quântica
5 Agradecimento
sempre associa observáveis a operadores hermitianos. Dian-
te desta situação complicada cogitou-se abrir mão desse tra- Gostaria de agradecer ao Ardiley Torres Avelar, Heibbe
dicional requisito, conforme o artigo de Levy-Leblond[44], Cristhian e Luciano Paulo de Araujo Maia, pelas sugestões
intitulado: “Who is afraid of non-Hermitian operators?”. O oferecidas e pela leitura crı́tica deste texto.
problema foi contornado bem mais tarde, por Pegg e Bar-
nett (PB) [45], os quais utilizaram o estado de fase truncado
(limite superior finito):
Referências
jm i = p1 1+ N einm jni ;
XN
(16)
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m = 0 +
2
1 + N m , (m = 0; 1; 2; :::; N ) (17) [2] H. J. Carmichael and D. F. Walls, J. Phys. 39, 43
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sendo 0 uma fase de referência arbitrária. O operador fase Phys.Rev. Lett. 39, 691 (1977); P. Michler et al., Na-
foi então redefinido como ture 406, 968 (2000).
ei^ ei^
PB = SG + ei(1+N )0 jni h0j ; (18)
ei^
[3] D. F. Walls and G. J. Milburn, Quantum Optics,
sendo SG o operador fase de Susskind-Glogower. Note Springer-Verlag, Berlin, 1994.
que enquanto os operadores fase de SG são de levantamento
e abaixamento, os de PB são cı́clicos. A novidade introdu-
zida por PB é o termo adicional na Eq. (18). Além disso, [4] L. Mandel, Opt. Lett. 4, 205 (1979); R. Short and L.
o procedimento de cálculo de valores esperados exige que Mandel, Phys. Rev. Lett. 51, 384 (1983); S. Brattke et
as contas sejam feitas no espaço de Hilbert truncado, de di- al., Phys. Rev. Lett. 86, 3534 (2001); L. Davidovich,
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