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Rio de Janeiro
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⇒ Diretório Acadêmico Rui Barbosa da Faculdade de Direito
Pesquisas da Universidade Católica de Petrópolis
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A Revista de Direito
Eletrônico é uma
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DE DIREITO
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A REVISTA DE DIREITO
ELETRÔNICO É A
PRIMEIRA DO GÊNERO
SUMÁRIO
NO BRASIL.
Na captação destes dados foi dada ênfase para aqueles que julgamos que
influenciaram na formação da sociedade Brasileira de forma efetiva.
INTRODUÇÃO
Não é pretensão nossa querer expor uma obra tão grandiosa em tão pouco
espaço, no entanto, buscamos da melhor forma possível apresentar este
movimento que fez parte de nossa História e alguns dos homens valorosos
que contribuíram para nossa pátria.
AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES
Luís Pereira Barreto foi quem deu o passo mais importante (1840 - 1923),
com a obra As três Filosofias, na qual a filosofia positivista era apontada
como capaz de substituir vantajosamente a tutela intelectual exercida no país
pela Igreja Católica. Miguel Lemos (1854 - 1917) e Raimundo Teixeira
Mendes (1855 - 1927) se iniciaram no positivismo através da matemática e
das ciências exatas, quando estudantes na Escola Politécnica.
1
ALBUQUERQUE; MEDEIROS. O Regime Presidencial no Brasil. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1914.
Por sugestão de Teixeira Mendes foi baixado pelo Governo Provisório,
mediante proposta de Demétrio Ribeiro, o Decreto 155 B, de 14 de Janeiro de
1890, fixando os feriados nacionais.
2
COSTA, João Cruz. Contribuição á História das Idéias no Brasil. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1956.
3
MACHADO DE ASSIS Crônicas. Vol. 23. [s.l.]. W.M. Jackson, [s.d.].
4
DISCURSOS ACADEMICOS. Vol. III, pag. 20.
5
5 VARGAS, Milton. Euclides da Cunha e Poesia. Anais do Terceiro Congresso nacional de Filosofia. São Paulo: Publicação
Instituto Brasileiro de Filosofia, [s.d.]..
6
VERÍSSIMO, Érico O Tempo e o Vento. Diário de Notícias, Porto Alegre, 29 jun. 1960.
7
NEIVA, Artur. Esboço Histórico Sobre Botânica e Zoologia no Brasil. Apud Azevedo, Fernando. A Cultura Brasileira -
Introdução ao Estudo da Cultura no Brasil. Rio de Janeiro: Serviço Gráfico do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
1943.
8
RIBEIRO, Darcy. A Política Indigenista Brasileira. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura - Serviços de Informação
Agrícola, 1962.
9
FERREIRA, Arthur. História Geral do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora Globo, 1958.
10
VARGAS, Getúlio. Sessão Fúnebre de Júlio de Castilhos. Teatro são Pedro: Porto Alegre, uma semana após o
falecimento de Júlio de Castilhos, reproduzido na integra, pelo Correio do Povo, Porto Alegre, 29 jun 1960, comemorativo do
primeiro centenário do nascimento de Júlio de Castilhos.
∗
Formado em Direito na Universidade de São Paulo e mestrando em Direito Privado na Universidade Federal do Rio Grande
do Sul.
11
Masi, Domenico de. O ócio criativo. Rio de Janeiro – Brasil, 2ª edição, Editora Sextante, 2000.
12
Kugelmass, Joel. Teletrabalho: novas oportunidades para o trabalho flexível., São Paulo – Brasil, Editora Atlas, 1996, p. 17.
13
Lemesle, Raymond-Marin; Marot, Jean-Claude. Le télétravail. Paris: PUF, 1994. (Coleção Que sais-je?)
14
Pinel, Maria de Fátima de Lima. O teletrabalho na era digital. Dissertação de mestrado defendida na Universidade Estadual
do Rio de Janeiro. 1998
15
Nilles, Jack. The telecommunications-transportation trade-off. Options for tomorrow and today, Jala International,
California, 1973.
16
Thibault Aranda, Javier. El teletrabajo, análisis jurídico-laboral. Madri –Espanha, Consejo Económico y Social, 2001.
17
Gbezo, Bernard E. Otro modo de trabajar: la revolución del teletrabajo. In Trabajo, revista da OIT, nº 14, dezembro de 1995.
18
Nilles, Jack M. Fazendo do teletrabalho uma realidade. São Paulo – SP. Editora Futura, , 1997.
19
Op. Cit. p. 3
20
Op. cit, p. 3
21
Jucewitz, Márcio Azambuja. Análise do comprometimento organizacional dos teletrabalhadores da Teleclear
Monitoramento Ecológico Ltda. Monografia apresentada ao Programa de Pós- Graduação da Escola de Administração da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obtenção do título de especialista em Gestão
Empresarial.
22
Op. cit. p. 5.
23
Silva, Luiz de Pinho Pedreira da. Principiologia do direito do trabalho, São Paulo – Brasil, Editora Ltr, 1999.
24
Jardim, Carla Carrara da Silva. O teletrabalho e suas atuais modalidades. Dissertação de mestrado apresentada ao
departamento de Direito do Trabalho da Universidade de São Paulo em 2003.
25
Revista Exame, edição 810, ano 38, nº 2, 4 de fevereiro de 2004, p. 16.
No artigo XIX das bases de uma Constituição Federativa para a República
Brasileira propôs o Apostolado Positivista do Brasil:
Não só através dos adeptos, mas também dos seus opositores, teve Comte a
atenção do público brasileiro.
A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO
Para Júlio de Castilhos, segundo Arthur Ferreira Filho em sua história Geral
do Rio Grande do Sul:
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
1 INTRODUCÃO.
Muitos dos males pelos quais a sociedade têm pago, dentre eles, a
crise elétrica de 2001 e a escassez de água já presente em alguns locais do
país, são frutos de um desenvolvimento desenfreado e concentrado do capital,
nacional e externo, e também, das opções político-econômicas reinantes no
Brasil, principalmente, a partir da Segunda Guerra Mundial.
18% (dezoito por cento) ficam com os governos dos Estados para
o pagamento do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços, criado
pela Lei Complementar 87, de 13 de setembro de 1996, em que cada ente
federativo tem a liberdade de escolha da alíquota;
9% (nove por cento) são o total de pagamento do Fundo Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, taxa de fiscalização,
transmissão, Operador Nacional do Sistema, exigidos pelas licitações que
antecederam as privatizações, Plano de Integração Social (PIS), Lei
Complementar 7, de 07 de setembro de 1970, (Contribuição ao Fundo de
Investimento Social (Cofins), Decreto-lei 1940, de 25 de maio de 1982, e
CPMF, Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira, Lei 9.311,
de 24 de outubro de 1996
2. EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
Com isso, a empresa terá onze anos para quitar sua conta com o
BNDES, além de um novo empréstimo, no valor de R$ 700 milhões de reais,
a fim de viabilizar a retomada de investimentos depois da redução da
demanda provocada pelo racionamento de energia em 2001. O sistema de
transmissão deverá abocanhar parcela significativa do dinheiro, já que, só em
2003, houve um incremento de 13% nas reclamações de consumidores
motivada pela baixa confiabilidade da entrega da eletricidade aos cidadãos.
4. BIBLIOGRAFIA
Demócrito Reinaldo
Filho Juiz de Direito em PE
Notas:
(1) O caso Ashcroft v. American Civil Liberties Union.
(2) A Lei altera o 47 U.S.C § 231.
(3) A expressão, em inglês, é harmful to minors. A lei considera menor a pessoa com menos
de 17 anos.
(4) A Lei na verdade estabelece uma affirmative defense, ou seja, ela impõe ao acusado o
dever de provar que restringiu o acesso ao conteúdo do site.
(5) A pressuposição dos legisladores é que, por meio da exigência do fornecimento do
número do cartão de crédito, o operador do site tem como verificar se o internauta que
pretende ter acesso é menor de idade.
(6) §231(c)(1).
(7) No julgamento do caso Reno v. American Civil Liberties Union, 521 U. S. 844 (1997).
(8) Que poderia ser traduzida como “Lei da Moralização das Comunicações”, numa tradução
não literal.
(9) A Lei responsabilizava os provedores de acesso à Internet, em cujos sistemas fosse
encontrado material considerado obsceno, com a aplicação de multas de até 250 mil dólares, e
dois anos de prisão.
(10) Que ocorreu em 1997.
(11) Material "harmful to minors" é definido como (no original, em inglês):
“any communication, picture, image, graphic image file, article, recording,
writing, or other matter of any kind that is obscene or that—
(A) the average person, applying contemporary community standards, would find, taking the
material as a whole and with respect to minors, is designed to appeal to, or is designed to
pander to, the prurient interest;
(B) depicts, describes, or represents, in a manner patently offensive with
respect to minors, an actual or simulated sexual act or sexual contact, an
actual or simulated normal or perverted sexual act, or a lewd exhibition of
the genitals or post-pubescent female breast; and
(C) taken as a whole, lacks serious literary, artistic, political, or scientific value for minors.”
§231(e)(6).
(12) A expressão em inglês é compelling governmental interest.
(13) Em um precedente citado no julgamento (o caso United States v. Play-boy Entertainment
Group, Inc., 529 U. S. 803), que também envolvia uma restrição a conteúdo por via legal com o
objetivo de proteger crianças do acesso a material prejudicial, ficou assente na jurisprudência da Corte
Suprema essa orientação, no sentido de que, não tendo o Governo provado que outros meios alternativos
não são tão eficazes, a limitação ao discurso não se compadece com a garantia constitucional da
liberdade de expressão (free speech), enclausurada na 1a. Emenda.
(14) Corte Federal Distrital da Filadélfia (United States District Court for the Eastern District
of Pennsylvania).
(15) Corte de Apelações para o 3o. Circuito (United States Court of Appeals for the Third
Circuit)
(16) Esse problema da não atualização dos registros e informes processuais tem se verificado
quase sempre que uma corte tem que julgar um problema envolvendo a Internet, como disse o
próprio Juiz Kennedy, pois “a rede se desenvolve em passos rápidos”.
(17) Os juízes também ressaltaram que seguindo o processo para instrução regular, a corte
distrital poderá analisar a circunstância adicional de que, nesse espaço de cinco anos, o
Congresso passou duas novas leis que podem ser consideradas como alternativas menos
restritivas ao COPA - uma que proíbe nomes de domínio enganosos (misleading domain
names), pretendendo com isso combater a prática de registro e estabelecimento de sites com
nomes ligeiramente parecidos com sites tradicionais e conhecidos, mas que na verdade
contêm material pornográfico, e outra que cria um domínio de segundo nível (.kids), para o
qual só se aceitam registros de sites de conteúdo adequado ao desenvolvimento de crianças.
(18) Um relatório apresentado por uma Comissão perante o Congresso americano (em
outubro de 2000), e citado pelo Justice Kennedy, atribuiu um percentual de eficácia de 7.4
aos filtros instalados em servidores, 6.5 aos filtros instalados em computadores pessoais, 5.9
aos sistemas digitais de verificação de idade e 5.5 aos sistemas de verificação de cartão de
crédito.
(19) “Content-based prohibitions, enforced by severe criminal penalties, have the constant
potential to be a repressive force in the lives and thoughts of a free people”.
(20) Podem ser citados os seguintes projetos, que tratam sobre o tema:
Projeto de Lei nº 1.654, de 1996, de autoria do Deputado Herculano Anghinetti, que proíbe a
fabricação, importação e comercialização de jogos eletrônicos ou programas com material
obsceno (tem abordagem similar ao da proposição geral de combater a pornografia vedando a
divulgação de material obsceno); Projeto de Lei 3268, de 1997, de autoria do Deputado
Agnelo Queiroz (PcdoB/DF), que proíbe o acesso a sítios e a veiculação de mensagens
eletrônicas ou programas de caráter obsceno; Projeto de Lei 3498, de 1997, do Deputado
Silas Brasileiro (PMDB-MG), que tipifica o crime de veicular material pornográfico pela
Internet; Projeto de Lei 3258, de 1997, do Deputado Osmânio Pereira (PSDB-MG), que
dispõe sobre crimes perpetrados por meio de redes de informação, tipificando a divulgação
pela Internet de material pornográfico, instruções para fabricação de bombas caseiras e textos
que incitam e facilitam o acesso a drogas ilegais. Todos esses projetos foram apensados ao
Projeto de Lei 1070, de 1995, do Deputado Ildemar Kussler (PSDB/RO), que dispõe sobre
crimes oriundos da divulgação de material pornográfico através de computadores.
(21) O art. 2o. do Substitutivo dá nova redação à Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990
(Estatuto da Criança e do Adolescente), acrescentado o art. 79-A, que nos parágrafos 1o. e 2o.
prevêem a obrigatoriedade aos operadores de sites de conteúdo destinado ao público adulto de
adotar sistemas de verificação de idade.
(22) Além disso, o Substitutivo impõe que os sites destinados ao público adulto contenham
aviso a respeito da classificação do seu conteúdo.
(23) Projeto de Lei 2231, de 1999, do Deputado Carlos Elias (PTB/ES), que dispõe sobre o
fornecimento de mecanismos de controle do acesso de crianças e adolescentes a redes de
computadores destinados ao uso do público; Projeto de Lei 4426, de 2001, da Deputada Ana
Corso (PT/RS), que dispõe sobre o fornecimento de mecanismos de controle do acesso de
crianças e adolescentes a redes de computadores destinadas ao uso do público; Projeto de
Lei 1264, de 2003, do Deputado Leonardo Monteiro (PT/MG), que dispõe sobre o
fornecimento de mecanismos de controle do acesso de crianças e adolescentes a redes de
computadores destinadas ao uso do público; Projeto de Lei 2842, de 2003, do Deputado
Takayama (PMDB/PR), que modifica a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, regulando o
acesso de crianças e adolescentes a provedores de informações na Internet.
(24) Diversos programas já disponíveis no mercado (Surfwatch, Cybernanny, Cyberpatrol e
outros) já oferecem essa funcionalidade.
O TRATAMENTO O TRATAMENTO JURÍDICO DO SOFTWARE NO BRASIL
JURÍDICO DO
SOFTWARE NO BRASIL
É UMA QUESTÃO
INQUIETANTE Aldemario Araujo Castro
Procurador da Fazenda Nacional
Professor da Universidade Católica de Brasília
Mestrando em Direito na Universidade Católica de Brasília
Vice-Presidente do IBDE - Instituto Brasileiro de Direito Eletrônico
Brasília, 16 de agosto de 2004
NOTAS:
(4) "A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro". (art.
2o, parágrafo terceiro da Lei no 9.609, de 1998)
(8) As principais versões do Windows são as seguintes: 3.1, 95, 98, 2000, NT,
Me e XP.
(10) Com ou sem o pagamento de determinado valor (taxa, preço, etc). Assim,
o software livre não é necessariamente gratuito. Convém destacar que o
negócio do software livre envolve normalmente bens e serviços correlatos a
ele, a exemplo da customização e do suporte técnico. A utilização do software
livre suscita uma série de problemas jurídicos específicos, a exemplo: (a) da
exclusão da garantia; (b) da exclusão da responsabilidade civil do criador; (c)
da ausência de proteção pelo Código de Defesa do Consumidor e (d) da
especificação em editais de licitações promovidas pelo Poder Público.
(11) O art. 2o, parágrafo primeiro da Lei no 9.609, de 1998, estabelece que
"não se aplicam ao programa de computador as disposições relativas aos
direitos morais, ressalvado, a qualquer tempo, o direito do autor de reivindicar
a paternidade do programa de computador e o direito do autor de opor-se a
alterações não-autorizadas, quando estas impliquem deformação, mutilação
ou outra modificação do programa de computador, que prejudiquem a sua
honra ou a sua reputação".
(12) O art. 4o, caput da Lei no 9.609, de 1998, estatui que "salvo estipulação
em contrário, pertencerão exclusivamente ao empregador, contratante de
serviços ou órgão público, os direitos relativos ao programa de computador,
desenvolvido e elaborado durante a vigência de contrato ou de vínculo
estatutário, expressamente destinado à pesquisa e desenvolvimento, ou em
que a atividade do empregado, contratado de serviço ou servidor seja prevista,
ou ainda, que decorra da própria natureza dos encargos concernentes a esses
vínculos".
(15) O art. 9o, parágrafo único da Lei no 9.609, de 1998, fixa que "na hipótese
de eventual inexistência do contrato referido no caput deste artigo (de
licença), o documento fiscal relativo à aquisição ou licenciamento de cópia
servirá para comprovação da regularidade do seu uso".
(16) "Para proteger seus direitos, necessitamos fazer restrições que proíbem
que alguém negue esses direitos a você ou que solicite que você renuncie a
eles. Essas restrições se traduzem em determinadas responsabilidades que
você deverá assumir, se for distribuir cópias do software ou modificá-lo./Por
exemplo, se você distribuir cópias de algum desses programas, tanto
gratuitamente como mediante uma taxa, você terá de conceder aos receptores
todos os direitos que você possui. Você terá de garantir que, também eles,
recebam ou possam obter o código-fonte. E você terá a obrigação de exibir a
eles esses termos, para que eles conheçam seus direitos". (Licença Pública
Geral do GNU (GPL) (General Public License). Disponível em:
<http://creativecommons.org/licenses/GPL/2.0/legalcode.pt>. Acesso em: 8
jun. 2004)
(19) "Seja o que for que as corporações pensam quando ganham dinheiro - ou
economizam dinheiro - com o GNU/Linux, uma coisa é para mim certa: esta é
a batalha política mais importante que está sendo travada hoje nos campos
tecnológicos, econômicos, sociais, culturais. E pode mesmo significar uma
mudança de subjetividade que vai ter conseqüências decisivas até para o
conceito de civilização que vamos usar no futuro (breve)." (VIANA,
Hermano. Apresentação do Livro Software Livre e Inclusão Digital. São
Paulo: Conrad Livros, 2003, p. 9).
(20) "... imagine uma página na Internet. Se você clicar o botão de ‘sim’, será
levado para um caminho. Se clicar o botão ‘não’, será levado para outro. Se
clicar em ‘enviar dados’, os dados que você forneceu serão enviados para
determinado servidor. E só serão enviados se todos os campos estiverem
preenchidos, ou se não houver nenhum erro, e assim por diante. É um tipo de
controle pelo código, implícito, sutil, quase oculto. Os codificadores (e
programadores) escolheram que as coisas deverão ser deste ou daquele modo.
Cada e todo espaço virtual tem um código embutido. (...) Nos bastidores,
contudo, a tecnologia está mexendo a balança novamente. De uns anos para
cá, diversas companhias, incluindo a IBM e Xerox, vêm desenvolvendo
programas e dispositivos reais e virtuais - baseados no code - que permitirão a
um editor especificar termos e condições para a aquisição do trabalho digital e
para controlar como ele poderá ser utilizado." (KAMINSKI, Omar. A
regulamentação da Internet. Disponível em:
<http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=1768>. Acesso em: 3 jun.
2004).
A ANÁLISE DO O TELETRABALHO NO DIREITO BRASILEIRO E NO DIREITO
TELETRABALHO COMPARADO
GANHA IMPORTÂNCIA
NO ESTUDO DO DIREITO ∗
ELETRÔNICO Manuel Martín Pino Estrada
Introdução
1. Origem e definição
1.3 Organização
- capacidade de se auto-supervisionar;
- interação social. Os teletrabalhadores deverão ser capazes de ajustar-se ao
fator isolamento, compensando os intervalos sociais;
- capacidade de organização do tempo;
- capacidade de adaptação às novas tecnologias;
- motivação própria e concentração. Alguns empregados têm
dificuldade em serem produtivos quando ninguém os controla assiduamente21.
2. Tipologia
3.2 A subordinação
Art. 7º: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem a melhoria de sua condição social:
3.3 A personalidade
4. Vantagens do teletrabalho
- Geração de empregos;
- diminuição nos congestionamentos nas grandes cidades;
- redução da poluição ambiental;
- maior quantidade de empregos nas zonas rurais.
5. Desvantagens do teletrabalho
- isolamento social;
- oportunidades de carreira reduzidas;
- maior possibilidade de ser demitido, devido à falta de envolvimento
emocional com o nível hierárquico.
- doenças ligadas ao videoterminal (glaucoma, etc)24
6. O teletrabalho na globalização
Secção IV
Teletrabalho
Artigo 233º
Noção
Para efeitos deste Código, considera-se teletrabalho a prestação laboral
realizada com subordinação jurídica, habitualmente, fora da empresa do
empregador, e através do recurso a tecnologias de informação e de
comunicação.
Artigo 234º
Formalidades
1 - Do contrato para prestação subordinada de teletrabalho devem constar as
seguintes indicações:
a) Identificação dos contraentes;
b) Cargo ou funções a desempenhar, com menção expressa do regime de
teletrabalho;
c) Duração do trabalho em regime de teletrabalho;
d) Actividade antes exercida pelo teletrabalhador ou, não estando este
vinculado ao empregador, aquela que exercerá aquando da cessação do
trabalho em regime de teletrabalho, se for esse o caso;
e) Propriedade dos instrumentos de trabalho a utilizar pelo teletrabalhador,
bem como a entidade responsável pela respectiva instalação e manutenção e
pelo pagamento das inerentes despesas de consumo e de utilização;
f) Identificação do estabelecimento ou departamento da empresa ao qual deve
reportar o teletrabalhador;
g) Identificação do superior hierárquico ou de outro interlocutor da empresa
com o qual o teletrabalhador pode contactar no âmbito da respectiva prestação
laboral.
2 - Não se considera sujeito ao regime de teletrabalho o acordo não escrito ou
em que falte a menção referida na alínea b) do número anterior.
Artigo 235.º
Liberdade contratual
1 - O trabalhador pode passar a trabalhar em regime de teletrabalho por
acordo escrito celebrado com o empregador, cuja duração inicial não pode
exceder três anos.
2 - O acordo referido no número anterior pode cessar por decisão de qualquer
das partes durante os primeiros 30 dias da sua execução.
3 - Cessado o acordo, o trabalhador tem direito a retomar a prestação de
trabalho, nos termos previstos no contrato de trabalho ou em instrumento de
regulamentação colectiva de trabalho.
4 - O prazo referido no n.º 1 pode ser modificado por instrumento de
regulamentação colectiva de trabalho.
Artigo 236.º
Igualdade de tratamento
O teletrabalhador tem os mesmos direitos e está adstrito às mesmas
obrigações dos trabalhadores que não exerçam a sua actividade em regime de
teletrabalho tanto no que se refere à formação e promoção profissionais como
às condições de trabalho.
Artigo 237.º
Privacidade
1 - O empregador deve respeitar a privacidade do teletrabalhador e os tempos
de descanso e de repouso da família, bem como proporcionar-lhe boas
condições de trabalho, tanto do ponto de vista físico como moral.
2 - Sempre que o teletrabalho seja realizado no domicílio do trabalhador, as
visitas ao local de trabalho só devem ter por objecto o controlo da actividade
laboral daquele, bem como dos respectivos equipamentos e apenas podem ser
efectuadas entre a 9 e as 19 horas, com a assistência do trabalhador ou de
pessoa por ele designada.
Artigo 238.º
Instrumentos de trabalho
1 - Na ausência de qualquer estipulação contratual, presume-se que os
instrumentos de trabalho utilizados pelo teletrabalhador no manuseamento de
tecnologias de informação e de comunicação constituem propriedade do
empregador, a quem compete a respectiva instalação e manutenção, bem
como o pagamento das inerentes despesas.
2 - O teletrabalhador deve observar as regras de utilização e funcionamento
dos equipamentos e instrumentos de trabalho que lhe forem disponibilizados.
3 - Salvo acordo em contrário, o teletrabalhador não pode dar aos
equipamentos e instrumentos de trabalho que lhe forem confiados pelo
empregador uso diverso do inerente ao cumprimento da sua prestação de
trabalho.
Artigo 239.º
Segurança, higiene e saúde no trabalho
1 - O teletrabalhador é abrangido pelo regime jurídico relativo à segurança,
higiene e saúde no trabalho, bem como pelo regime jurídico dos acidentes de
trabalho e doenças profissionais.
2 - O empregador é responsável pela definição e execução de uma política de
segurança, higiene e saúde que abranja os teletrabalhadores, aos quais devem
ser proporcionados, nomeadamente, exames médicos periódicos e
equipamentos de protecção visual.
Artigo 240.º
Período normal de trabalho
O teletrabalhador está sujeito aos limites máximos do período normal de
trabalho diário e semanal aplicáveis aos trabalhadores que não exercem a sua
actividade em regime de teletrabalho.
Artigo 241.º
Isenção de horário de trabalho
O teletrabalhador pode estar isento de horário de trabalho.
Artigo 242.º
Deveres secundários
1 - O empregador deve proporcionar ao teletrabalhador formação específica
para efeitos de utilização e manuseamento das tecnologias de informação e de
comunicação necessárias ao exercício da respectiva prestação laboral.
2 - O empregador deve proporcionar ao teletrabalhador contactos regulares
com a empresa e demais trabalhadores, a fim de evitar o seu isolamento.
3 - O teletrabalhador deve, em especial, guardar segredo sobre as informações
e as técnicas que lhe tenham sido confiadas pelo empregador.
Artigo 243.º
Participação e representação colectivas
Artigo 6º
7. A escolha pelas partes da lei aplicável ao contrato de trabalho não pode ter
como consequência privar o trabalhador da protecção que lhe garantem as
disposições imperativas deste Código, caso fosse a lei portuguesa a aplicável
nos termos do n.º 2.
Artigo 7º
Artigo 8º
(Condições de trabalho)
a) Segurança no emprego;
c) Férias retribuídas;
Artigo 9º
(Destacamento para outros Estados)
6.2.2 No Chile
Los servicios prestados por personas que realizan oficios o ejecutan trabajos
directamente al público, o aquellos que se efectúan discontinua o
esporádicamente a domicilio, no dan origen al contrato de trabajo.
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
12. Revista Exame, edição 810, ano 38, nº 2, 4 de fevereiro de 2004, p. 16.
RESPONSABILIDADE E A RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO DE SITE QUE
FÓRUNS DE UTILIZA “FÓRUNS DE DISCUSSÃO” – decisão da corte argentina
DISCUSSÃO
Recife,
08.08.04.
Notas:
(1) Processo Nº B-85235/02, registrado como “Ordinario por danõs y
perjuicios”. Os autores identificados só pelas iniciais S.M. e L.E.M, e os réus
JUJUY DIGITAL, empresa mantenedora do site, e o representante dela, Sr.
Omar Lozano.
(2) O site continha uma legenda onde se lia: “pedimos moderación en las
expresiones vertidas ya que no es nuestra política censurar ningún mensaje,
pero si su contenido es inconveniente para otras personas que visiten esta
sección nos veremos obligados a borrarlos. Muchas Gracias”.
(3) Os juízes recorreram ao ensinamento do jurista Gabriel STIGLITZ, o qual
afirma, citando Frossini, que “la informática o información computarizada es
una nueva forma de energía…Que el tratamiento (computarizado) de la
información, comporta la utilización, para el almacenamiento, procedimiento,
y trasmisión de los datos, de señales electro-magnética, a través de pulsos
eléctricos, electro ópticos, registros magnéticos, etc.”
(4) Artículo 1113 do Código Civil de la Republica de Argentina:
“La obligación del que ha causado un daño se extiende a los daños que
causaren los que están bajo su dependencia, o por las cosas de que se sirve, o
que tiene a su cuidado. (Párrafo agregado por Ley 17.711)En los supuestos de
daños causados con las cosas, el dueño o guardián, para eximirse de
responsabilidad, deberá demostrar que de su parte no hubo culpa; pero si el
daño hubiere sido causado por el riesgo o vicio de la cosa, sólo se eximirá
total o parcialmente de responsabilidad acreditando la culpa de la víctima o de
un tercero por quien no debe responder. Si la cosa hubiese sido usada contra
la voluntad expresa o presunta del dueño o guardián, no será responsable”
(grifo nosso).
(5) Parágrafo único do art. 927 do CC: “Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a
atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para os direitos de outrem”.
(6) O artigo do Código Argentino se refere à responsabilidade objetiva do
proprietário da coisa que causa risco, estabelecendo que só não responderá
pelo dano por esta causado quando prove a culpa da vítima ou de terceiro. Os
doutrinadores argentinos, todavia, apontam esse dispositivo como o
fundamento da responsabilidade por atividade perigosa da empresa.
DESFORMALIZAÇÃO! TÍTULOS DE CRÉDITO ELETRÔNICOS
PALAVRA UTILIZADA
EM VÁRIOS RAMOS DO
DIREITO
RESUMO
O novo Código Civil Brasileiro, Lei nº 10.406/2002, dedica no seu Título
VIII, nos artigos 887 a 926, a disciplina “Dos Títulos de Crédito”. A
modernização das práticas comerciais, impulsionadas pela figura do crédito,
necessitou a criação de uma forma de validar o título de crédito eletrônico,
adotando-se o princípio da liberdade de criação e emissão de títulos atípicos
ou inominados, resultantes da criatividade da praxe empresarial e com base no
princípio da livre iniciativa, visando a atender às necessidades econômicas e
jurídicas do futuro aprimoradas pelas técnicas de informática, reconhecendo-o
no § 3º, do art. 889, permitindo a sua emissão a partir dos caracteres criados
em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do
emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo.
The new Brazilian Civil Code, Law no. 10.406/2002, dedicates in his Title
VIII, in the goods 887 to 926, the discipline "Of the Titles of Credit". The
modernization of the commercial practices, impelled by the illustration of the
credit, he needed the creation in a way to validate the title of electronic credit,
being adopted the beginning of the creation freedom and emission of titles
atypical or unnamed, resultants of the creativity of the business custom and
with base in the beginning of the free initiative, seeking to assist to the
economical and juridical needs of the future perfected by the computer
science techniques, recognizing it in § 3rd, of the art. 889, allowing his
emission starting from the characters created in computer or equivalent
technical middle and that consist of the issuer's bookkeeping, observed the
minimum requirements foreseen in this article.
13. CONCLUSÃO
Temos que, se inicia uma nova era das relações civis com o advento do
diploma, que traz novo âmino ao nosso sistema civil-comercial, e renova as
possibilidades de adequação da lei aos interesses humanos.
Os negócios eletrônicos também foram privilegiados com as disposições
exaltando a boa-fé, finalidade social, usos e costumes. Significa dizer que
houve uma preocupação em garantir a manifestação de vontade por qualquer
meio, especialmente no eletrônico, já incorporado à nossa tradição
tecnológica e que pode ser equiparado à contratação via telefone, nas
situações em que efetivamente ocorra a transação "ao vivo", ou seja, em
“tempo real” (Real-Time), configurando-se uma contratação entre presentes,
como preceitua o Livro I, “Das Obrigações”, parte especial.
Não obstante serem positivas as inovações do novo Código Civil e suas
repercussões no campo do Direito da Informática (direito eletrônico), o ideal
seria contar com disposições mais específicas e adequadas ao ambiente
digital, o que evitaria, inclusive, na discussão, muitas vezes isolada, dos mais
de 150 projetos em tramitação no Congresso Nacional.
Talvez fosse interessante o estudo conjunto dessas proposições visando
incorporá-las ao projeto de lei das futuras alterações no novo Código, já em
discussão, ampliando e regulando todas as disposições sobre o tema. Seria
cabível um projeto de emenda na Lei Uniforme de Genebra (1930) para
regulamentar a aplicabilidade da assinatura digital nos títulos de crédito em
geral, como foi efetivada no Japão e em alguns Estados dos EUA.
Também, verifico que seria interessante a adoção, o mais rápido possível, do
projeto de legislação para o comércio eletrônico dada pela UNCITRAL (The
United Nations Commission on International Trade Law - ONU),
devidamente apreciado pela Comissão Especial da Câmara do Deputados e
implementado no Projeto de Lei nº 4.906/2001, que está pronto para a ordem
do dia, com pedido de urgência desde 11/12/2001, reafirmado em 03/09/2002
para tramitar em regime de prioridade.
14. BIBLIOGRAFIA
RESUMO
ALMEIDA FILHO, José Carlos de Araújo. O DIREITO COMO SISTEMA
AUTOPOIÉTICO. RIO DE JANEIRO: UGF, 2004.
O presente trabalho tem por objetivo analisar o Direito como Sistema
Autopoiético, diante da visão sociológica de Teubner e Luhmann. Trata-se de
tema novo e de grande relevância para o estudo do Direito, sendo a base da
teoria da autopoiese a Teoria dos Sistemas de Luhmann, vista, agora, sob a
perspectiva de Teubner.
ABSTRACT
ALMEIDA FILHO, José Carlos de Araújo. O DIREITO COMO SISTEMA
AUTOPOIÉTICO. RIO DE JANEIRO: UGF, 2004.
The present work has for objective to analyze the Right as Autopoiesys
System, ahead of the sociological vision of Teubner and Luhmann. That´s a
new subject and to be a great relevance for the study of the Right, being the
base of the theory of autopoiese the Theory of the Systems of Luhmann, sight,
now, under the perspective of Teubner.
INTRODUÇÃO
legalismo
Teorias modernas e contemporâneas normativismo
realismo
Não nos seria possível entender toda a sistemática desenvolvida por Luhmann
e Teubner, sem a existência do direito positivo. Se por um lado o
jusnaturalismo é exacerbadamente dogmático, não admitindo posição diversa,
a normatividade pode trazer-nos idéias de sistemas autoritários.
O Prof. Tércio Sampaio trata, pois, da idéia da legalidade, como “tentativa de
sanar ambas as deficiências de um ponto de vista novo, sem cair na
ingenuidade empiristica do contratualismo do jusnaturalismo clássico, para
justificar a dominação política e a necessidade de legitimação.”
E, como acrescenta o professor, a normatividade, segundo a idéia legalista,
esgotaria toda a gênese do direito.
Desta forma, os conceitos de direito e política se encontram intimamente
ligados, porque toda força do direito nasce do legislador.
Contudo, nem sempre o direito posto pelo legislador será suficientemente
justo ou correto. A fim de concluir esta primeira parte, transcrevemos dois
textos: um sobre o positivismo clássico, filosófico e imperativo; o outro é um
interessante diálogo entre Sófocles e Péricles.
Segundo o texto positivista, podemos compreender o desapego ao direito
humano e, sem dúvida alguma, choca-nos o positivismo arraigado no texto:
“O “direitodohomismo”
A religião dos direitos do homem trabalha precisamente neste sentido. Tem a
vantagem de se basear em duas abstrações e, por consequência, não ser
responsável perante qualquer realidade.
A noção de direito só tem validade numa determinada sociedade e
cir¬cunstâncias históricas, geográficas e étnicas, pois um direito é
necessaria¬mente estabelecido, ou pelo menos reconhecido, por alguém. A
definição do Robert esclarece a questão: «O que é exigível, o que é permitido
numa colec¬tividade humana». Fora de uma determinada colectividade, a
noção de di¬reito perde o seu sentido. Recordemos que a declaração dos
insignes ante¬passados se chama «Declaração dos direitos do homem e do
cidadão».
A noção de homem também é abstracta. Não há na terra um único homem que
não tenha nascido de determinados pais, não pertença a deter¬minada raça,
clima e cultura. Um aborígene australiano do século XX não e um grego do
século de Péricles.
Oh! Bem se vê a grandeza da ideia segundo a qual os aborígenes da Austrália
e os atenienses do século V têm algo em comum: a natureza huma¬na - nós,
os cristãos, diríamos a semelhança com Deus. Adiantarei mesmo que não se
trata de uma ideia, mas de uma evidência. E também se vê a grandeza de outra
ideia, segundo a qual todos os homens devem ser tratados de uma forma que,
para abreviar, qualificamos de humana. Mas isso é um dever do homem: tratar
os seus semelhantes como eles devem ser tratados. Fazer disto um direito é
pôr a carroça à frente dos bois. Quanto chego diante de um semáforo
vermelho tenho o dever de parar. Seria ridículo dizer que quem chega diante
do seu semáforo verde tem o direito de me ver parar diante do meu semáforo
vermelho.
Mas não esqueçamos que generalizar, isto é, estender ao mundo inteiro, uma
religião universal baseada em abstracções tem evidentes vantagens para o
produtor de alimentos que sejam consumíveis tanto pelos Aleutas como pelos
Bretões. E o mesmo se dirá para o desinformador ávido de difundir as suas
patranhas pelo mundo inteiro.”
Mas desde a Grécia Antiga a norma positivada e extraída de um tirano, não
poderia ser considerada uma lei:
“— Diz-me, Péricles, podes ensinar-me o que é uma lei?
— Naturalmente — respondeu Péricles.
— Ensina-me então, em nome dos deuses — tornou Alcibíades.
Pois ouço elogiarem certos homens por seu respeito às leis e me parece que
sem saber o que seja uma lei jamais se poderia merecer tal encómio.
— Se é isso o que desejas saber, fácil é satisfazer-te, Alcibíades — disse
Péricles —: Chama-se lei toda deliberação em virtude da qual o povo reunido
decreta o que se deve fazer ou não.
— E que ordena ele que se faça, o bem ou o mal?
— O bem, rapaz, por Júpiter! e nunca o mal.
— E quando, em lugar do povo, é, como numa oligarquia, uma reunião de
algumas pessoas que decreta o que se deva fazer, como se chama isso?
— Tudo o que após deliberação ordena o poder que dirige um Estado se
chama lei.
— Mas se um tirano que governa um Estado ordena aos cidadãos fazer tal ou
qual coisa, trata-se ainda de lei?
— Sim, tudo o que ordena um tirano que detém o poder se chama lei.
— Que é então, Péricles, a violência e a ilegalidade? Não é o ato pelo qual o
mais forte, em vez de persuadir o mais fraco, constrange-o a fazer o que lhe
apraz?
— Essa a minha opinião — conveio Péricles.
— Portanto, toda vez que, em lugar de usar da persuasão, um tirano força os
cidadãos por um decreto, será ilegalidade?
— Assim o creio. Errei, pois, dizendo sejam leis as ordens de um tirano que
não emprega a persuasão.
— E quando a minoria não usa da persuasão junto à multidão, mas abusa de
seu poder para forjar decretos, chamaremos a isso violência ou não?
— Tudo o que se exige de alguém sem empregar a persuasão, trate-se ou não
de um decreto, parece-me antes violência que lei.
— E tudo o que, exercendo o poder, impuser a multidão aos riscos sem o
emprego da persuasão será ainda antes violência que lei?
— Bravos! Alcibíades! — exclamou Péricles. — Nós também, na tua idade,
éramos hábeis em semelhantes matérias. Tomávamo-las por tema de
declarações e argumentações, tal como presentemente fazes comigo.”
Mas este não direito também é direito, uma vez que ele se auto-referencia.
Teubner afirma que “o Direito retira a sua própria validade dessa auto-
referência pura, pela qual qualquer operação jurídica reenvia para o resultado
de operações jurídicas”.
OS PARADOXOS DA AUTO-REFERÊNCIA
Como diria José Engrácia Antunes, ao final de seu artigo publicado na Revista
de Direito da Universidade Católica Portuguesa, resta-nos afirmar – ou
perguntar: “Pouco? Sem dúvida. Mas honestamente não vemos o que possa
existir mais.”
TRANSFERÊNCIA DO PARADOXO DO MUNDO DO PENSAMENTO
SOBRE O DIREITO PARA O MUNDO DA REALIDADE SOCIAL DO
DIREITO (CIRCULARIDADE)
O direito se encontra auto-referenciado, ou seja, existe dependendo de uma
circularidade, notadamente na praxis jurídica. Trata-se de ações, normas,
processos, identidades etc.
Quando analisamos o direito sob este prisma, não podemos deixar de pensar,
notadamente no Brasil, na questão da súmula vinculante que se pretende
instalar.
Se é certo que o sistema processual brasileiro já se encontra provido de uma
súmula impeditiva, a exemplo do art. 557 do CPC, estaremos diante de um
sistema totalmente impeditivo de circularidade. A norma contida no art. 126
do CPC, que se apresenta de grande importância no cenário jurídico, pereceria
diante de uma vinculação a decisões anteriormente proferidas. Inexistência de
circularidade, certamente, implicará em cerceamento do próprio Direito.
É preferível deixar a pergunta, sem pretender responde-la de forma
categórica, posto que o trabalho, sem dúvida alguma, conduzirá à sua própria
resposta.
PARADOXOS REAIS E MORFOGÉNESE ATRAVÉS DE VALORES
PRÓPRIOS
A NOVA AUTO-REFERENCIALIDADE
SISTEMAS FECHADOS, SISTEMAS ABERTOS, SISTEMAS
AUTOPOIÉTICOS
O Direito não pode ser visto como algo imutável e, por esta razão, a partir do
momento em que se admite o sistema autopoiético, se pode conceber uma
interação dos sistemas.
Assim, quanto mais flexível se apresentar o sistema, mais fácil será sua
adaptação. Assim também podemos afirmar que o meio, notadamente o
sistema político, recebe influência direta do direito.
Segundo Teubner , “ a distinção crucial entre sistema e meio envolvente – que
constitui a característica central dos sistemas abertos (o que encontra uma
réplica, no seio destes mesmos, no fenómeno da auto-diferenciação sistémica)
– conduz-no a centrar a atenção sobre conceitos tais como relação input-
output, capacidade de adaptação sistémica ao respectivo meio envolvente,
restabelecimento do equilíbrio sistémico através da intervenção regulatória, e
organização “racional” e finalisticamente orientada. Racionalidade finalística,
intervenção, organização, adaptação, manutenção do equilíbrio sistémico
constituem conceitos-chave de estratégias políticas intervencionistas,
endereçadas a produzir alterações específicas em vários domínios sociais
servindo-se do direito.”
A afirmação acima exposta apresenta de forma clara um sistema aberto, onde
diversas variantes e condições externas influenciarão o direito e nem sempre
da melhor forma. O poder econômico poderia, de certo, interferir no direito. A
este respeito, Luhmann trataria da questão heterárquica, onde os sistemas são
iguais, inexistindo sobreposição entre eles – político, jurídico, econômico etc.
A abertura dos sistemas, sem dúvida alguma, se apresenta suscetível a
interações outras que não as do próprio direito, ao passo em que, apesar de se
entender os sistemas fechados como uma forma ultrapassada, a teoria da
autopoiese passa a ser de grande interesse, valendo-se da auto-organização, ou
seja, sem inputs ou outputs.
A dinâmica do sistema autopoiético, pois, é circular e pressupõe, diante de sua
complexidade e auto-referencialidade, que há possibilidade de modificação
interna e sistêmica.
A idéia, assim, conduz a uma questão de fundo complexa, mas de grande
alcance. Somente em sistemas internos se poderá entender seu funcionamento
e, com isto, a possibilidade de auto-referência para se estabilizar. A questão,
então, em torno do sistema autopoiético, assim como funciona com as células,
é a capacidade auto-reprodutiva através de sua própria referência.
Segundo Teubner, nem mesmo Luhmann conseguiu fazer uma distinção clara
acerca dos sistemas descritos nos parágrafos anteriores. Sem dúvida, se
analisarmos a questão da autopoiese, como forma de auto-circularidade e, por
esta razão, tendente a não permitir inputs ou outputs, toda uma dissociação
dos mais diversos sistemas fica sobremaneira difícil de se entender.
Para Teubner será, exatamente, na auto-referência que se conseguirá um
conceito mais geral e abrangente. E, ainda, o sistema poderá ser auto-
referencial sem que se adote qualquer dos outros sistemas e, ainda, a própria
autopoiese.
Mister analisarmos as Dimensões da Auto-Referência.
DIMENSÕES DA AUTO-REFERÊNCIA
A fim de simplificar a apresentação deste trabalho, que não pretende esgotar o
tema, apresentaremos, segundo as concepções de Teubner, as dimensões da
auto-referência, conforme descritas em sua obra.
AUTO-OBSERVAÇÃO
No que diz respeito ao Direito, pois, sendo certo existir como sistema
autopoiético, assim somente poderemos admitir se se tratar de grau superior.
O sistema jurídico deve estar constituído de seus próprios elementos.
Se não se puder assim admitir, é certo que estaríamos diante de um Big Ben, o
que seria absurdo admitir. Por esta razão, a se adotar e admitir o Direito como
sistema autopoiético, devemos ter em mente que todos os liames do sistema
jurídico estejam presentes e que se articulam entre si.
Para Luhmann, não se pode admitir que um sistema possa ser parte uma coisa
e parte outra. Assim, a autonomia do Direito se constitui de forma gradativa.
Um sistema adquire, pois, auto-referencialidade quando sofre as seguintes
modificações :
maior feedback entre os seus componentes
variabilidade da intensidade da articulação entre os componentes
Constituição de novos componentes dentro da rede de componentes
DIREITO SEMI-AUTÔNOMO
A fim de bem entender o direito semi-autônomo, a nota de rodapé constante
na obra de Teubner, como tradução do Prof. Dr. José Engrácia Antunes, irá
bem definir o que venha a ser, ou seja, “o coração do sistema jurídico reside
na estrutura resultante da combinação de dois tipos de normas: as normas
primárias de obrigação e as normas secundárias de identificação, modificação
e atribuição. ”
Assim sendo, as normas secundárias constituem apenas um dos círculos auto-
referenciais do sistema jurídico, não se podendo, ainda, falar em direito
autopoiético.
Pode-se destacar uma idéia do que se pretenda ao se fazer uma distinção entre
a doutrina acadêmica e a praxis jurisprudencial e legislativa.
AUTOPOIESIS JURÍDICA
Somente se poderá admitir o direito como sistema autopoiético a partir do
momento em que haja referências operacionais jurídicas endógenas.
Assim, Teubner admite um moderno positivismo, onde a própria sistemática
do common law, do direito anglo-saxão, poderá ser compreendido como
autopoiético, porque gerado dentro do próprio sistema.
A fim de compreendermos o que se pretende afirmar, é prudente esclarecer
que o ato jurídico deve ser constitutivo e não apenas declaratório.
Analisando o quadro apresentado anteriormente, se poderá concluir que o
sistema autopoiético somente será concebido como tal a partir do momento
em que haja uma perfeita interação entre as formas jurídicas e sociais, se auto-
produzindo e sem interações externas.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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