INST.

EVANDRO CHAGAS
Unidade: Belém - Pa

PROJETO DO SISTEMA DE
TRATAMENTO DE AR

LABORATÓRIO DO
ESPECTÔMETRO DE MASSA

CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA

DOCUMENTO No: ADF-11P100

DATA: 28/MAR/2011
REVISÃO: 1
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1. OBJETIVO DESTE MEMORIAL

Este memorial tem como objetivo descrever e avaliar os coeficientes globais de
condutibilidade térmica (U) dos diversos elementos construtivos do Laboratório do
Espectrômetro de Massa localizado no Instituto Evandro Chagas, em Belém - Pa, bem
como avaliar a carga térmica incidente sobre os respectivos ambientes, visando a
implantação de uma unidade de pré-tratamento de ar responsável pelo suprimento de ar
pré-filtrado, resfriado e desumidificado o sistema de filtragem terminal dotado de filtros
absolutos.

1.1. NORMAS E REGULAMENTAÇÕES

Na execução deste estudo foram consideradas as seguintes normas ou regulamentações
e adotadas as seguintes bibliografias de referência:
 ABNT – NBR 16401 – Partes 1, 2 e 3
 ABNT – NBR/ISO 14644 – Parte 4
 ASHRAE – 2005 & 2009 Fundamentals Handbook
 ASHRAE – 2007 Applications Handbook
 SMACNA – Programa de Educação Continuada em Tratamento de Ar

1.2. PREMISSAS BÁSICAS

Local: Belém – Pa.
Altitude: 16 m
Latitude: 1,38º - Sul
Variação diária: 8,1 ºC (mês mais quente)
Vento Predominante: 3,7 m/s – 120º (Noroeste)

 Condições Externas:
Temperatura de Bulbo Seco (Verão): 33,1 oC (média máxima / 0,4%)
Temperatura de Bulbo Úmido (Verão): 26,1 oC (coincidente / 0,4%)

 Condições Internas:
Temperatura de Bulbo Seco: 22 ±2 ºC
Umidade Relativa: ≤ 60% (Não Controlada – Projeto: 50%)

Elaborado por: Adriferco Engenharia e Consultoria Ltda. - R. Joaquim Maciel Filho,98 - S.Paulo - SP - Fone: 11 37737274 - e-mail: adriferco@gmail.com
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2. COEFICIENTES GLOBAIS DE TRANSMISSÃO DE

CALOR
2.1. FORRO TIPO MODULAR EM MATERIAL ISOLANTE

Filme de Ar (externo)

Poliuretano # 50mm

Filme de Ar (interno)

Detalhe Construtivo do Forro Modular em material isolante

COMPOSIÇÃO DAS COMPONENTES DA RESISTÊNCIA TÉRMICA

Resistência Térmica
Espessura
Componente Por metro de esp. Na espessura utiliz.
(m) o
( C m / W) (oC m2 / W)
Filme de Ar Externo N/A N/A 0,044
Poliuretano 0,0500 0,0380 1,316
Filme de Ar Interno N/A N/A 0,121
1,481

1
U
R
1
U
1,481

U  0,68 (W / m2.oC)

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2.2. PAREDES INTERNAS E/OU EXTERNAS ISOLADAS

Filme de Ar (externo)

Bloco de Concreto
# 0,2m
Painel isolante

Filme de Ar (interno)

Detalhe Construtivo das Paredes Externas

Não Isoladas

COMPOSIÇÃO DAS COMPONENTES DA RESISTÊNCIA TÉRMICA

Resistência Térmica
Espessura
Componente Por metro de esp. Na espessura utiliz.
(m)
(oC m / W) (oC m2 / W)
Filme de Ar Externo N/A N/A 0,044
Bloco de Concreto 0,20 0,727 0,275
Poliuretano 0,0500 0,0380 1,316
Filme de Ar Interno N/A N/A 0,121
1,756

U  1 / R  1 / 1,7560  0,57 (W / m2.oC)

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3. ESTIMATIVA DE CARGA TÉRMICA

3.1. SALA DO ICP-MS
Dados:
Comprimento (C): 3,54 m Área (S): 7,08 m2
Largura (L): 2,00 m Volume (V): 19,6 m3
Altura (H): 2,77 m

Paredes Externas e Cobertura: Não existem paredes externas

Paredes Internas: (3,54 + 2,00 + 3,54)  2,77  0,57  (32  22)  144
Forro: 7,08  0,68  (32  22)  48
Iluminação: 4  32  128
Equipamentos: ICP-MS (Instrumentos)  2500
Varian SPS3  100
VGA 77P  25
Microcomputador  180
Monitor LCD:  50
Sub-Total: 3175
Ocupação: 1  75  75
Carga Térmica Total: 3250 W

3.2. ANTE-CÂMARA
Dados:
Comprimento (C): 2,00 m Área (S): 2,2 m2
Largura (L): 1,10 m Volume (V): 6,1 m3
Altura (H): 2,77 m

Paredes Externas e Cobertura: Não existem paredes externas

Paredes Internas: (1,10 + 2,00 + 1,10)  2,77  0,57  (32  22)  66
Forro: 2,20  0,68  (32  22)  15
Iluminação: 2  32  64
Carga Térmica Total: 145 W

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4. DETERMINAÇÃO DAS VAZÕES DE INSUFLAÇÃO E

DETERMINAÇÃO DA CARGA PROVENIENTE DO
MOTO-VENTILADOR.
4.1. DADOS INICIAIS
Altitude: 16 [m] Pressão Atm.: 101,1329 [kPa]
TBSAE: 33,10 [oC] TBSSSR: 12,60 [oC]
TBUAE: 26,10 [oC] TBUSSR: 11,70 [oC] (UR = 90,2%)
AE: 18,55 [gV/kgAS] INS: 8,20 [gV/kgAS]

Filtro Serpentina Filtro Filtro

G4 Resfriam. Ventilador F9 H14
Ar Externo
Dutos
Dutos
Retorno 100 Pa
100 Pa 75 Pa
200 Pa 150 Pa 400 Pa 500 Pa

Diagrama da unidade de Resfriamento

c  cA  cV  INS  1,0048  1,8050  0,0082  1,0196 [kJ/kg]

INS(TBS ;  ; P)  (1 +  / 0,622)  [0,287055  (TBS + 273)] / P
INS  (1 + 0,0082 / 0,622)  [0,287055  (12,6 + 273,15)] / 101,1329
INS  0,8213 [m3/kg]
hINS  (1,0048 + 1,8050  0,0082)  12,60 + 2501  0,0082
hINS  33,4 (kJ/kg)

hAMB  (1,0048 + 1,8050  0,0082)  22,0 + 2501  0,0082

hAMB  43,1 (kJ/kg)
m  INS  p  m  0,8221  1,4250  1,9689 m
HVAQ  (Eq. 1)
VENTILADOR  MOTOR 0,70  0,85

4.2. DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AR

PRÉ-TRATADO
4.3. SALA DO ICP-MS
Como o equipamento retira do ambiente 510 m³/h através do ventilador da bomba de
vácuo (HICP = ~2320W) e 180 m³/h através do ventilador da tocha (aquecidos 15,0 ºC
acima da temperatura ambiente).
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O ambiente requer 100 m³/h adicionais (na condição ambiente) para garantir sua
sobrepressão, então será necessária a seguinte reposição de ar:
mICP  510 101,1329 / {(1 + 0,0082 / 0,622)  [0,287055  (22 + 5 + 273,15)]}  591 [kg/h]
dtICP  HICP / (mICP  1,0048)  2,32 / (591/3600  1,0048)  14,1 [ºC]
hICP  (1,0048 + 1,8050  0,0082)  (22 + 14,1) + 2501  0,0082  57,3 [kJ/kg]
mPLASMA  180 101,1329 / {(1 + 0,0082 / 0,622)  [0,287055  (22 + 15 + 273,15)]}  202 [kg/h]
mVAZAM  100 101,1329 / {(1 + 0,0082 / 0,622)  [0,287055  (22 + 273,15)]}  118 [kg/h]
Sabendo-se que,
HSI  m  c  t
HSI  V    c  t
E assumindo que a insuflação ocorrerá com TBS = ~21,5 ºC e w = 8,2 g/kg, então:
INS(ICP)  1,1807 kg/m³
mINS(ICP)  3  1200  1,1807 = 4258 [kg/h] ( 1,1807 kg/s)
3,25 [kW]  1,1807 [kg/s]  1,0196 [kJ/kg.ºC]  (22 – tINS) [ºC]
tINS  19,30 [ºC] (condição máxima admitida)
Corrigindo a vazão de insuflação para TBSINS de 19,3 ºC, teremos:
INS(ICP)  (1 + 0,0082 / 0,622)  [0,287055  (19,3 + 273,15)] / 101,1329
INS(ICP)  0,8410 [m3/kg]  INS  1,1890 [kg/m³]

mINS(ICP)  3  1200  1,1890 = 4280 [kg/h] ( 1,1890 kg/s)

Adotando a temperatura comum de insuflação imposta pelo fluxo unidirecional do ICP e

assumindo uma temperatura interna na ante-câmara de 22,0 ºC, a vazão de insuflação da
ante-câmara será:
0,145 [kW]  mINS(AC) [kg/s]  1,0196 [kJ/kg.ºC]  (22,0 – 19,3) [ºC]
mINS(AC)  0,0526 kg/s ( 190 kg/h)

hINS(ICP)  (1,0048 + 1,8050  0,0082)  19,3 + 2501  0,0082
hINS(ICP)  40,2 [kJ/kg] (condição máxima admitida)
Admitindo que a descarga de ar da unidade Varian® será recirculada diretamente na
câmara do moto-ventilador (by pass), teremos:
mINS  4280 + 190  4470 [kg/h] ( 1,2417 kg/s ; 3760 m³/h)
mAE  202 + 118  320 [kg/h] ( 0,0889 kg/s)
mREC  4470 – 591 – 320  3559 [kg/h] ( 0,9886 kg/s)
mm  4470 –320  4150 [kg/h] ( 1,1528 kg/s)

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Então,
HVAQ  1,9689  mINS  1,989  1,2417  2,47 [kW] ( ~3,4 cv)
HREAQ-MIN  mINS  (hINS – hSSR) – HVAQ – HICP
HREAQ-MIN  1,2417  (40,2 – 33,4) – 2,47 – 2,32  3,65 [kW]
Estando o ICP desligado, para manutenção da temperatura interna será necessária uma
potência de reaquecimento de:
HREAQ  3,65 + 2,32  5,97 [kW]

4.4. DETERMINAÇÃO DA CARGA TÉRMICA TOTAL DO

SISTEMA.
Determinação da entalpia e do volume específico do ar externo:
hAE  (1,0048 + 1,8050  0,01855)  33,1 + 2501  0,01855
hAE  80,8 (kJ/kg)
vAE  (1+ 0,01855 / 0,622)  [0,287055  (33,1 + 273,15)] / 101,1329
vAE  0,8947 (m3/kg)

Determinação das condições da mistura:

mm  hESR  mREC  hREC + mAE  hAE
1,1528  hESR  0,9886  43,1 + 0,0889  80,8
hESR  43,2 [kJ/kg]
mm  wESR  mREC  wREC + mAE  wAE
1,1528  wM  0,9886  0,0082 + 0,0889  0,01855
wM  0,0085 [kgV/kgAS]

Portanto,
HTOTAL  1,1528  (43,2  33,4) → HTOTAL  11,30 [kW] (~3,2 TR)
HLAT  1,1528  (0,0085  0,0082)  2501 → HLAT  0,87 [kW]
HSENS  11,30  0,87 → HSENS  10,43 [kW]

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