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CIDADES MORTAS

AUTOR: MONTEIRO LOBATO

IZIANE SALES
MARIANA PARGA
WILSON DIAS
KERSIA RENER
RAFAEL REIS
ERIDA KAYSA
SOBRE A OBRA
● Cidades mortas, publicado em 1919,
reúne 25 contos, entre escritos de
Juventude e textos posteriores. Neles
Monteiro Lobato retrata de forma crítica
e bem-humorada, os costumes
provicianos dos povoados do interior
do Brasil onde o poder é invariavelmente
dividido entre os coronel fanfarrão e o
vigário que faz acrósticos em latim.
● Depois da prosperidade promovida pela onda
verde dos cafezais só resta a esses lugarejos
decadentes a nostalgia das grandezas de outrora:

“Ali tudo foi, nada é. Não se conjugam verbos nos


presentes. Tudo é pretérito”. Assim se refere
Monteiro Lobato a essas cidades no conto de
abertura do livro;
Personagem
● No entanto, seus personagens são típicos brasileiros,
envolvidos em situações engraçadas, vivendo acontecimentos
cômicos que quebram a monotoria da vida de Oblivion e
Itaoca, cidades onde o tempo parou.

● Com o objetividade, clareza, espírito jocoso e pitoresco


Monteiro Lobato foi um “criador sempre feliz em observar seus
personagens caminhando com suas próprias pernas, segundo
suas próprias cabeças. Cidades mortas é uma fotografia: o
real visto pela lente lobatiana”
TEMÁTICA
● A obra trata de assuntos relacionados à linguagem, religião, o
comportamento na sociedade, críticando as futilidades de um
encontro em casas de família.
ESPAÇO
● Numa espécie de crônica ou ensaio,num tom entre irônico e
saudosista, Lobato delineia o espaço de sua obra: O Norte
Paulista do Vale do Paraíba.
“(…) cidades moribundas arrastam um viver decrépito.
Gasto em chorar na mesquinhez de hoje as saudosas grandezas de dantes”
● É portanto num cenário de decadência representado por ruas
ermas, casarões em ruínas e armazéns desertos, que o livro
introduz o leitor, fazendo-o acompanhar de um ponto de vista
irônico figuras igualmente decadentes de homens e mulheres.

● Itaoca é uma cidadezinha qualquer do interior paulista onde o


escritor ambienta suas histórias; nela, aparecem casas de
tapera, ruas mal iluminadas, políticos corruptos, patriotas,
ignorância, miséria, e representa todas as cidadezinhas que
Lobato viu se afundarem no vale do Paraíba
FOCO NARRATIVO
● O foco narrativo é centrado na primeira pessoa, o narrador é
também personagem do relato, fator importante para que a
narração seja próxima, estimada como uma “confidencia”

ESTILO
● Em Cidades Mortas nota-se a liberdade de vocabulário, e
emprego de expressões que caracterizam aquelas cidades
como “velha avó entrevada” que “foi rica um dia e hoje é
quieta”. São “ história sobre gente medíocre, sonolenta,
vivendo um sossego que é como o frio nas regiões árticas:
uma permanente”
CONCLUSÃO
● A intenção do autor é penetrar nessas vidas e fazer uma
crítica, embora elegante e sutil, mas as vezes, é saudosista,
quando resgata acontecimentos trazidos de uma infância feliz.
Alguns contos tem desfecho surpreendentes outras
questionam valores de moralidade e o comportamento da
sociedade. Polêmico e criticado por suas ideias políticas e
culturais, Lobato mostrou-se um inovador no plano de
linguagem, pois acreditava que a imposição das regras
contrariava a lei da evolução.

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