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A igreja nasceu em um contexto de perseguição

Ninguém parece saber ao certo o motivo, mas, dois anos antes


do fim de seu eficiente reinado, Diocleciano liderou a
mais cruel de todas as perseguições aos cristãos. Durante
dezoito anos, emborafosse um pagão convicto e praticante,
ele não prestou atenção ao crescente poder cristão. Seu palácio
estava cheio de oficiais cristãos, e sua esposa, Prisca, e
sua filha, Valéria, também eram consideradas cristãs. Igrejas
esplêndidas surgiam nas principais cidades do império, e
a maior delas estava localizada em sua capital, Nicomédia.
Então, de uma hora para outra, o idoso imperador mandou
que seu exército exterminasse os cristãos. Éditos imperiais
foram publicados ordenando seus oficiais a destruirigrejas, proibir
o culto cristão e queimar as Escrituras. Os bispos
eram presos em massa, encarcerados, torturados e, muitos deles,
mortos, enquanto o poder do trono imperial estava
totalmente voltado a aniquilar o restante da comunidade
de forma sanguinária. No ano 305, Diocleciano, seguindo um
plano há muito estabelecido, abdicou ao trono e forçou o
outro augusto, Maximiano, a fazer o mesmo. Aquilo
que a história recorda como “perseguição de Diocleciano”, porém,
continuava intensa, e o novo augusto no oriente,Galério,
estava mais decidido do que nunca a levála adiante até
o completo extermínio do cristianismo. Os cristãos diziam
que ele havia sido o incitador original do massacre. Os
próprios pagãos, entretanto, estavam enojados diante de
tanto derramamento de sangue.O outro novo augusto,
Constâncio Cloro, na distante Grã-Bretanha, nunca intensificou muito
a perseguição em seu distrito da Gália e acabou
suspendendo todas as medidas contra os cristãos,
mostrando-lhessinais de favor. No ano 311, no leito de
morte, Galério percebeu que sua tentativa de acabar com
a nova, porém poderosa religião, havia fracassado. “É
certo que milhares e milhares de cristãos aterrorizados
negaram a fé, mas outros milhares permaneceram firmes,
selandoa fé com seu sangue.” A bem da
verdade, por haver tantos cristãos ávidos por sofrer pela fé,
o bispo de Cartagodeterminou que aquelesque se
precipitavam desnecessariamente ao martírio não deviam ser
venerados como mártires.

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