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Durante a Idade Média por meio de uma complexa hierarquia, a Igreja Católica
controlava o mundo europeu, sua influência sobre a sociedade era enorme. Os padres tinham
um relacionamento quase direto com os fiéis, que eram constantemente ameaçados com a
condenação ao inferno, caso não seguissem os ensinamentos da Igreja. No início da Idade
Moderna, ocorreu de forma violenta uma luta entre católicos e protestantes que durou por dois
séculos. Essa luta veio na necessidade de reformar a mentalidade religiosa. Era preciso uma
religião que colocasse as pessoas em paz com sua consciência. A religião deveria colocar o
homem diretamente em contato com o Criador e com sua mensagem contida na Bíblia
No século XVI apareceram na Europa várias Igrejas que não eram católicas e elas não
obedeciam e discordavam do papa. Esses cristãos foram chamados de PROTESTANTES, e o
surgimento espetacular de novas Igrejas gerou o movimento da REFORMA PROTESTANTE.
A Igreja Católica era muito rica pela quantidade de dízimos que recebiam de seus
fieis.
Mas no início dos tempos modernos os intelectuais começaram a questionar a riqueza e
o poder da Igreja. Nobres, burgueses e pessoas do povo se perguntavam: “Por que devemos nos
sacrificar pagando tantos impostos à Igreja? Por que devemos sempre obedecer aos padres? Por
que precisamos deles para entrar em contato com Deus?”.
Tanto dinheiro e poder acabaram corrompendo parte do
Clero. Muitos padres eram desonestos, dedicando-se a
viver na fartura, com bons vinhos, banquetes, roupas
luxuosas e orgias.
Os bispos, padres e fieis católicos
sinceros se indignavam com essa
situação. Eles acreditavam que a
corrupção era uma ofensa à Igreja.
Para piorar a situação, a Igreja começou a ganhar MUITO
DINHEIRO vendendo INDULGÊNCIAS. Quem quisesse receber o perdão
(indulgências) por seus pecados, precisava pagar uma quantia em ouro para
a Igreja. Os papas diziam que quem ajudava a Igreja estava ajudando a
Deus. Entretanto, havia padres que criticavam essa forma de enganar o povo.
As indulgências eram então oferecidas como um instrumento para a remissão dos pecados,
garantindo a passagem direta para o Céu, sem estada no purgatório. (lugar onde as almas dos que
cometeram pecados leves acabam de purgar suas faltas, antes de ir para o paraíso.
Certos padres chegavam a vender objetos religiosos que diziam ser “legítimos”, como
por exemplo, pedaços da cruz na qual Jesus Cristo havia morrido. Claro que esses pedaços eram
falsos.
A alta hierarquia da Igreja condenava às queixas dos fieis, chegando a excomungar
ATENÇÃO
(expulsar da Igreja quem fizesse crítica).
As novas Igrejas não surgiram apenas por motivos religiosos, houveram outras causas muito
importantes que tinham a ver com os interesses econômicos e políticos das classes sociais. Além
disso, os motivos para surgir uma Igreja Protestante mudavam de país para país.
A doutrina de Lutero só admitia o batismo e a eucaristia como sacramento e condenava os
jejuns, as peregrinações, as relíquias religiosas, invocação dos santos, o celibato clerical, etc.
Mesmo assim, na eucaristia, o luterismo prega que Cristo está presente no pão e no vinho,
enquanto a Igreja Católica afirmava que o pão e o vinho se transformam no corpo e no sangue de
Jesus.
REFORMA DE LUTERO
Neste momento da História aconteceram revoltas armadas para desapropriação das terras
do Clero iniciadas pelos camponeses. Na luta camponesa, Lutero assumiu posição contrária aos
interesses dos podres da Alemanha e recomendou que matassem os camponeses rebeldes, mais
de 100 mil foram massacrados.
Neste castelo Lutero traduziu a Bíblia para o idioma alemão.