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Para os cristãos primitivos a pobreza era uma virtude e não um infortúnio. Logo que os
governantes romanos descobriram essa ideia, o temor começou a tomar conta de suas ações.
E, para completar, essa nova religião pregava um rigor na prática sexual inaceitável para os
romanos, bastante liberais. Mas o cristianismo ainda não tinha muitos adeptos. Só consegue
cooptar muita gente quando Paulo adere à religião. Mas, com Paulo, conseguiram chegar a
aproximadamente 200 mil adeptos em um império de 50 milhões de pessoas.
Um peixe e as palavras "Cristo, filho de Deus, Salvador". Assim identificavam sua religião. Tinha
mais um símbolo para identificá-los, as letras "D" e "M". Ao que tudo indica, essas letras eram
símbolos voltados para o culto dos antepassados mortos. Esse culto "pagão", está presente em
inúmeras culturas, inclusive nas religiões romanas. Desde seu princípio, o cristianismo foi uma
mescla de ideias revolucionárias com outras conservadoras. O sincretismo é um de seus
pilares.
Quanto mais perseguidos, os cristãos mais se desligavam a sua religião. Mas, apesar de seus
esforços, ainda não era uma religião de muitos. À medida que o cristianismo crescia,
aumentava as perseguições. Muitos foram sacrificados. Entravam em choques constantes com
as autoridades.
Com Perpétua e Felicidade o catolicismo deu início à narrativa do bem contra o mal. E do
martírio, um ato que seria a grande prova da fé. Passaram a ser executados nos anfiteatros
caminhando e rezando de mãos dadas, sem medo. O paraíso os aguardava. Afinal quem quer
crer vê e sente coisas que o descrente não vê e nem sente.
A reação de Roma.
Mas, logo a seguir, um novo imperador fez um pacto com o cristianismo. Seu nome era
Constantino. O Deus cristão passava a ocupar o trono dos demais deuses. Constantino unificou
o império terreno romano com o religioso cristão. Esse imperador construiu uma belíssima e
imensa cidade para que ele e a fé que assumia o poder fossem adorados. Constantinopla era
seu nome. A maior igreja da cristandade foi erigida. Era a Santa Sofia, ainda em pé, mas
esvaziada, ocupa o centro do que hoje denominamos Istambul. Helena, sua mãe foi a
responsável pelo redescobrimento de todos os lugares sagrados cristãos de Jerusalém. Paulo,
Perpétua e Felicidade, Constantino e Helena, são os grandes nomes do cristianismo primitivo.
Dos cinco, só Paulo viu a igreja preservar e propagandear seu nome. O esquecimento de
Perpétua, Felicidade, Constantino e Helena é uma lástima. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS