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Apesar da amplitude das análises de Durkheim, Weber e Marx transcender a
sociedade capitalista, e buscarem de diferentes formas teorias e conceitos que
podem, em alguns casos, se aplicar a outros contextos históricos e sociedades.
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Durkheim não se opunha ao individualismo, mas enfatizava a importância da
consciência coletiva. Nesse sentido, Sell (2009, p.99) considera que: “o
individualismo representava para Durkheim o fundamento moral que perpassava
a sociedade complexa dos tempos atuais [...] Somente o ‘culto de indivíduo’ e de
sua liberdade deveriam ser considerados como valores sagrados, poderiam
oferecer um fundamento moral para a eliminação do egoísmo e dos conflitos
sociais”.
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Ao enfatizar o papel da moral, Durkheim objetiva afirmar a importância dos
valores coletivos num mundo que mudava rapidamente e no qual os
mecanismos tradicionais de regulação estavam perdendo força. “A função social
da moral é, pois, essencialmente, regular a conduta humana, dando limites aos
desejos e às paixões. Para o indivíduo é cada vez mais difícil encontrar estes
limites e, por isso, é necessário, que lês venham, de uma força exterior – de um
regime à parte – para que ele possa entrar em harmonia com suas faculdades”
(TURA, 2001, p.54).
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Weber tem dois textos nos quais aborda a educação: “Os Letrados Chineses”
e “A ciência como vocação”, conforme tradução para edições brasileiras
(VILELA, 2001).
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A modernidade provoca o que Weber identifica como o “desencantamento do
mundo”. A racionalidade e a secularização provocaram o declínio da visão
mágica, dentro das próprias religiões e na visão que se tem sobre a natureza.
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A exploração ocorreria mediante a produção de valor excedente, a mais-valia.
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Haveria também uma contradição no próprio capitalismo que o levaria ao
colapso, o que Marx chama de “tendência decrescente da taxa de lucro”.
Considerações Finais
A contribuição dos pensadores clássicos abordados neste
artigo, embora suas diferenças de ponto de vista, pode ser articulada ao
entendimento das relações sociais e continua sendo indispensável na
sociologia da educação.
Os diferentes pontos de partida, de concepção de investigação
social, de compreensão do capitalismo e das consequências do seu
advento não caracterizam apenas antagonismos entre os autores e as
correntes, de forma que podemos sugerir possíveis diálogos e identificar
certas complementaridades entre estes autores e as correntes que
inspiraram.
Portanto, no espectro da sociologia da educação, a ênfase no
ordenamento moral e na coesão social ou na racionalidade e na
especialização do mundo moderno ou nos conflitos e desigualdades da
sociedade capitalista são temas ainda frutíferos na investigação do
papel da escola e da escolarização.
REFERÊNCIAS