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154 CAPÍTULO 4 Problemas de Valor de Contorno em Coordenadas Retangulares

Em geral, não esperamos que a condição (14) seja satisfeita para uma escolha arbitrá-
ria, porém razoável de f. Portanto, somos forçados a admitir que un(x,t) não é uma so-
lução do problema dado em (1)-(3). Agora, pelo princípio da superposição, a função

(15)
precisa também satisfazer ainda que formalmente, a equação (1) e as condições em
(2). Se substituirmos t ! 0 em (15), então

A última expressão é reconhecida como expansão em meia escala de f em uma série


de senos. Se adotarmos a identificação An ! bn, n ! 1, 2, 3,..., decorre de (5) da Seção
12.3 que

(16)
Concluímos que uma solução do problema de valor de contorno descrito em (1), (2)
u e (3) é indicada pela série infinita
100 t=0
t = 0,05
80 t = 0,35
(17)
60 t = 0,6
Para o caso especial no qual a temperatura inicial é u(x,0) ! 100, L ! ! e k ! 1,
40 t=1
verifique que os coeficientes (16) são definidos por
20 t = 1,5
x
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
(a) gráfico de u(x,t) como
uma função de x para e que a série (17) é
vários tempos fixos
u
100 x =!/2 (18)
80 x =!/4
60 x =!/6 ! Uso de computadores A solução u em (18) é uma função de duas variáveis, de
40 x =!/12 modo que o seu gráfico é uma superfície em três dimensões. Poderíamos utilizar a
aplicação de gráficos 3D de um sistema de álgebra computacional para aproximar
20
essa superfície traçando somas parciais Sn(x,t) sobre uma região retangular definida
x=0
t por 0 " x " !, 0 " t " T. Alternativamente, com o auxílio da aplicação de gráficos
0 1 2 3 4 5 6
(b) gráfico de u(x,t) como
2D de um SAC, traçamos a solução u(x,t) no intervalo x [0, !] para valores crescentes
uma função de t para de tempo t. Veja a Figura 4.6(a). Na Figura 4.6(b), a solução u(x,t) é traçada no inter-
várias posições fixas valo t [0,6] para valores crescentes de x (x ! 0 é a extremidade esquerda e x ! !/2
Figura 4.6 Determinação da tempera- é o ponto central da haste de comprimento L ! !). Ambos os conjuntos de gráficos
tura u em uma haste finita. verificam o que é aparente em (18) – ou seja, u(x,t) → 0 quando t→#.

EXERCÍCIOS 4.3 As respostas de problemas ímpares selecionados estão na página 394.

Nos Problemas 1 e 2, resolva a equação do calor (1) sujeita às 3. Determine a temperatura u(x,t) em uma haste de compri-
condições indicadas. Considere uma haste de comprimento L. mento L se a temperatura inicial for f(x) por toda a haste e se
1. as extremidades x ! 0 e x ! L estiverem isoladas.
4. Resolva o Problema 3 se L ! 2 e

2.
5. Suponha que calor seja perdido a partir da superfície lateral
de uma haste fina de comprimento L para um meio circun-
4.4 Equação de Onda 155

dante a uma temperatura zero. Se a lei linear de transferên- Tarefas computacionais


cia de calor se aplicar, então a equação do calor adquire a
forma 7. (a) Resolva a equação do calor (1) sujeita a

h uma constante. Determine a temperatura u(x,t) se a tempe-


ratura inicial for f(x) por toda a haste e as extremidades x ! (b) Use a aplicação de gráfico 3D do seu SAC para traçar a
0 e x ! L estiverem isoladas. Veja a Figura 4.7. soma parcial S5(x,t), constituída pelos primeiros cinco ter-
mos não nulos da solução no item (a) para 0 " x " 100, 0
isolada 0∞ isolada
" t " 200. Considere que k ! 1,6352. Experimente com
várias perspectivas de visão da superfície em três dimen-
x sões (chamada opção ViewPoint no Mathematica).
0 L
0∞
transferência de calor
a partir da superfície
Problemas para discussão
lateral da haste 8. Na Figura 4.6(b), temos os gráficos de u(x,t) no intervalo 0
Figura 4.7 Haste no Problema 5. " t " 6 para x ! 0, x ! !/12, x ! !/6, x ! !/4 e x ! !/2.
Descreva ou esboce os gráficos de u(x,t) no mesmo inter-
6. Resolva o Problema 5 se as extremidades x ! 0 e x ! L valo, porém para os valores fixos x ! 3!/4, x ! 5!/6, x !
forem mantidas a temperatura zero. 11!/12 e x ! !.

4.4 Equação de onda


! Introdução Estamos agora preparados para resolver o problema de valor de con-
torno (11) discutido na Seção 4.2. O deslocamento vertical u(x,t) de uma corda de
comprimento L que está vibrando livremente no plano vertical ilustrado na Figura
4.2(a) é determinado a partir de

(1)

(2)

(3)

! Solução do PVC Com a consideração usual de que u(x,t) ! X(x)T(t), separando


variáveis em (7), temos

de modo que (4)

(5)
Como na Seção 4.3, as condições de contorno (2) se traduzem em X(0) ! 0 e X(L)
! 0. A EDO em (4) junto com essas condições de contorno é o problema de Sturm-
Liouville regular
(6)
2 2
Das três possibilidades usuais para o parâmetro ": " ! 0, " ! ## $ 0 e " ! # %
0, apenas a última escolha resulta em soluções triviais. A solução geral de (4) que
corresponde a " ! #2, # % 0, é
394 Respostas dos Problemas Ímpares Selecionados

9.

13.

15.

11. 17.

Exercícios 4.3, página 154


RESPOSTAS DOS PROBLEMAS ÍMPARES SELECIONADOS, CAPÍTULO 4

1.
Exercícios 4.5, página 164

1.
3.

3.

5.

5.

7.
Exercícios 4.4, página 158

1.
9.
3.

5.
11.

7.
13.
9.

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