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oscilações harmônicas

Augusto Alcalde
força elástica, sistema massa mola
𝐹𝑒 = força elástica (força restauradora). A força elástica atua de forma a restaurar o
sistema a sua posição de equilíbrio.
𝐹𝑒𝑥𝑡 = força que produz uma deformação no sistema

𝑥0 : posição de equilíbrio

𝐹𝑒
𝐹𝑒𝑥𝑡
a mola é esticada e
(𝑥 − 𝑥0 ) > 0

𝐹𝑒𝑥𝑡 𝐹𝑒 ∝ −(𝑥 − 𝑥0 )
𝐹𝑒
a mola é comprimida e
𝑥 − 𝑥0 < 0

𝑥
𝑥0 𝑥1 𝑥2
força elástica, sistema massa mola

Definimos 𝑥 − 𝑥0 como a elongação ou deformação da mola. Da figura anterior,


a força elástica e a elongação são proporcionais e tem sinais opostos

𝐹Ԧ𝑒 = −𝑘(𝑥Ԧ − 𝑥Ԧ0 )

𝑘 : constante de proporcionalidade, constante elástica. É positiva, unidades N/m

Considerando só o eixo 𝑥 e se escolhemos 𝑥0 = 0, escrevemos

𝐹𝑒 = −𝑘𝑥

que é conhecida como a lei de Hooke

A lei de Hooke é válida no limite elástico, limite de pequenas deformações


onde aparece a lei de Hooke

vibrações da rede cristalina em sólidos


movimento harmônico simples

𝑘
𝑥𝑒𝑞
𝑥(𝑡)

𝑥 𝑡 = 0 = 𝑥0
𝑚
𝑡

Consideremos um objeto de massa 𝑚 ligado a uma mola a qual é comprimida ou


esticada fora da sua posição de equilíbrio. O sistema é liberado, observamos que o
objeto de massa 𝑚 oscila para frente e para trás.
Esse tipo de movimento é chamado de movimento harmônico simples (MHS)
movimento harmônico simples
Da segunda lei de Newton em uma dimensão: 𝐹 = 𝑚𝑎, onde 𝐹 é a força elástica.
Usamos 𝐹 = −𝑘𝑥,
𝑑2𝑥
𝑚𝑎 = 𝑚 2 = −𝑘𝑥
𝑑𝑡

obtemos a equação diferencial do chamado oscilador harmônico simples (OHS)


𝑑2𝑥 𝑘
+ 𝑥=0
𝑑𝑡 2 𝑚

A solução desta equação permite obter 𝑥(𝑡). Uma solução tentativa pode ser escrita
como,
𝑥(𝑡) = 𝐴 sin(𝜔0 𝑡)
onde:
𝐴 é a amplitude, tem as mesmas unidades de 𝑥 (metros)
𝜔0 é a velocidade angular, frequência, frequência própria, frequência livre.
Unidades: radianos/s

Note, o produto 𝜔0 𝑡 é dado em radianos


solução tentativa
𝑥 = 𝐴 sin(𝜔0 𝑡)

𝑥
𝜔0 = 1
𝐴

𝑡
−𝐴

𝜔0 = 5
𝑥

𝑡
movimento harmônico simples
𝑘
substituímos a solução 𝑥 = 𝐴 sin(𝜔0 𝑡) na equação diferencial do OHS: 𝑥ሷ + 𝑥 = 0. A
𝑚
segunda derivada é
𝑥ሷ = −𝐴𝜔02 sin 𝜔0 𝑡
então, na equação diferencial
𝑘
−𝐴𝜔02 sin 𝜔0 𝑡 + 𝐴 sin 𝜔0 𝑡 = 0
𝑚
𝑘
de onde 𝜔02 = 𝑚 , ou

𝑘
𝜔0 =
𝑚

é a frequência de oscilação do sistema. Note que o sistema massa-mola não oscila com
uma frequência arbitraria, 𝜔0 está determinada pela massa e pela constante elástica.

Assim equação de um oscilador harmônico simples (OHS) pode ser escrita como

𝑑2𝑥
2
+ 𝜔02 𝑥 = 0
𝑑𝑡
Equação diferencial do movimento oscilatório simples

𝑑2𝑥
2
+ 𝜔02 𝑥 = 0
𝑑𝑡

Exemplo: A equação diferencial que descreve a variação da corrente 𝐼(𝑡) em um


circuito LC é dada por
𝑑2𝐼 1
+ 𝐼=0
𝑑𝑡 2 𝐿𝐶

Note que a forma da equação é equivalente à equação do movimento oscilatório,


podemos concluir que a corrente oscila com frequência

1
𝜔02 =
𝐿𝐶
1
𝜔0 =
𝐿𝐶
movimento harmônico simples

• Uma solução do tipo: 𝑥 = 𝐴 cos(𝜔0 𝑡) também é válida. Uma combinação das


duas soluções pode ser escrita como

𝑥(𝑡) = 𝐵 sin 𝜔0 𝑡 + 𝐶 cos(𝜔0 𝑡)


𝑘
com 𝜔0 = é também solução da equação diferencial do OHS. Note que a solução
𝑚
depende de duas constantes (amplitudes) 𝐵 e 𝐶, que devem ser determinadas a
partir de das condições iniciais

• Outra solução possível é


𝑥 𝑡 = 𝐴 sin(𝜔0 𝑡 + 𝜃0 )
𝑘
com 𝜔0 = . A solução também depende de duas constantes, a amplitude 𝐴 e 𝜃0
𝑚
que é chamada de fase angular, as quais também são determinadas a partir das
condições iniciais.
condições iniciais
Para determinar as constantes 𝐵 e 𝐶 na solução 𝑥(𝑡) = 𝐵 sin 𝜔0 𝑡 + 𝐶 cos(𝜔0 𝑡)
precisamos conhecer a posição e a velocidade no instante inicial (𝑡 = 𝑡0 = 0). Ou seja
precisamos conhecer
𝑥 𝑡 = 0 = 𝑥0
e
𝑑𝑥
ቇ = 𝑣 𝑡 = 0 = 𝑣0
𝑑𝑡 𝑡=0
são chamadas de condições iniciais

Usamos a solução 𝑥(𝑡) = 𝐵 sin 𝜔0 𝑡 + 𝐶 cos(𝜔0 𝑡) e a velocidade


𝑑𝑥
= 𝑣 𝑡 = 𝐵𝜔0 cos 𝜔0 𝑡 − 𝐶𝜔0 sin 𝜔0 𝑡
𝑑𝑡
Na condição inicial 𝑡 = 0, obtemos
𝑥0 = 𝐶
𝑣0 = 𝐵𝜔0
de onde, a solução é
𝑣0
𝑥(𝑡) = sin 𝜔0 𝑡 + 𝑥0 cos(𝜔0 𝑡)
𝜔0
com 𝜔0 = 𝑘/𝑚 .
relação entre 𝐵 e 𝐶 com 𝐴 e 𝜃0
Relações entre as constantes:
𝐴2 = 𝐵2 + 𝐶 2
𝜃 = tan−1 (𝐶/𝐵)

Demonstração
𝐵 sin 𝜔0 𝑡 + 𝐶 cos(𝜔0 𝑡) = 𝐴 sin(𝜔0 𝑡 + 𝜃0 )
= 𝐴 sin(𝜔0 𝑡) cos(𝜃0 ) + 𝐴 cos(𝜔0 𝑡) sin(𝜃0 )

então comparando os coeficientes de sin(𝜔0 𝑡) e cos(𝜔0 𝑡) obtemos

𝐵 = 𝐴 cos(𝜃0 )
𝐶 = 𝐴 sin(𝜃0 )
De onde,
tan(𝜃0 ) = 𝐶/𝐵
e
𝜃0 = tan−1 (𝐶/𝐵)

ou 𝜃 + 𝑛𝜋 = tan−1 (𝐶/𝐵) com 𝑛 = 0, ±1, ±2, ⋯


exemplo Seja um sistema massa-mola onde: 𝑘 = 56 N/m , 𝑚 = 1 kg. O objeto de
massa 𝑚 é puxado 5,5 cm a partir da sua posição de equilíbrio. Quando
liberado, a velocidade inicial é de 0,32 m/s . Encontre 𝑥(𝑡) que descreve a
𝑘 𝑚 oscilação resultante.

Primeiro calculamos a frequência,


𝑣Ԧ 0 = 𝑣0
56𝑁 1 1
𝜔0 = 𝑘/𝑚 = = 56 𝑠2 = 7,48 𝑠 .
1𝑘𝑔 𝑚

𝑥0 − 𝑥𝑒𝑞 𝑥
0 𝑥Ԧ 0 = 𝑥0

As condições iniciais, 𝑥 0 = 𝑥0 = 5,5𝑐𝑚 = 0,055 𝑚 e 𝑣 0 = 𝑣0 = −0,32 𝑚/𝑠.


A solução geral é
𝑥 𝑡 = 𝐵 sin(𝜔0 𝑡) + 𝐶 cos(𝜔0 𝑡)
e a velocidade é
𝑣 𝑡 = 𝐵𝜔0 cos(𝜔0 𝑡) − 𝐶𝜔0 sin(𝜔0 𝑡)
𝑚 1
e usando as condições iniciais em 𝑡 = 0, obtemos: 0,055 𝑚 = 𝐶 e −0.32 𝑠 = 𝐵 7,48 𝑠 de
onde 𝐵 = −0,043 𝑚. Finalmente:

𝑥 𝑡 = −0,043 sin 7,48𝑡 + 0,055 cos(7,48𝑡)


exemplo

𝑥(𝑡) 𝑡

note que quando a oscilação


atinge a amplitude máxima, a
velocidade é zero e quando a
amplitude é zero, a velocidade é
máxima

𝑥(𝑡)
ሶ = 𝑣(𝑡) 𝑡

𝑥(𝑡)
ሷ = 𝑎(𝑡)
𝑡
exemplo
o exemplo anterior, também pode ser resolvido se consideramos a solução da forma
𝑥 𝑡 = 𝐴 sin(𝜔0 𝑡 + 𝜃0 ). Usamos as condições iniciais 𝑥 0 = 𝑥0 e 𝑣 0 = 𝑣0
𝑥 0 = 𝑥0 = 𝐴 sin(𝜃0 )
de onde
𝑥0
𝐴=
sin 𝜃0
precisamos determinar 𝜃, para isso usamos 𝑣 𝑡 = 𝐴𝜔0 cos(𝜔0 𝑡 + 𝜃0 )
𝑣0 = 𝐴𝜔0 cos(𝜃0 )
𝑥0 𝜔0
Das equações em vermelho, obtemos tan 𝜃0 = ou seja
𝑣0
𝑥0 𝜔0
𝜃0 = tan−1
𝑣0
usando os valores do exemplo 𝜃0 = tan−1 −1,28 = −0.909 rad. Agora podemos
0.055 𝑚
determinar A, 𝐴 = −0,79 = −0,069 m.
Então
𝑥 𝑡 = −0.069 sin 7.48𝑡 − 0.909
posição, velocidade e aceleração
• O movimento oscilatório pode ser descrito por
𝑥 𝑡 = 𝐴 sin(𝜔0 𝑡 + 𝜃0 )

• A velocidade
𝑣 𝑡 = 𝐴𝜔0 cos(𝜔0 𝑡 + 𝜃0 )
onde o termo 𝐴𝜔0 tem unidades de velocidade e representa a amplitude da velocidade

• A aceleração
𝑎 𝑡 = −𝐴𝜔02 sin(𝜔0 𝑡 + 𝜃0 )
onde o termo 𝐴𝜔02 tem unidades de aceleração e representa a amplitude da aceleração

𝐴𝜔02
𝐴𝜔0 𝑣(𝑡)
𝐴

𝑡
sin(𝜔0 𝑡 + 𝜃0 ) = 0
𝜔0 𝑡 + 𝜃0 = 𝑛𝜋 𝑥(𝑡)
𝜔0 𝑡 = 𝑛𝜋 − 𝜃0 𝑎(𝑡)
𝑛𝜋 𝜃0
𝑡= − , aqui 𝜃0 < 0 quanto a massa passa pela
𝜔0 𝜔0
posição de equilíbrio, a
velocidade é máxima
frequência e período
As funções seno e cosseno são harmônicas, ou seja são periódicas em 2𝜋. Em nosso caso:

sin(𝜔𝑡) = sin 𝜔𝑡 + 2𝜋

Podemos definir um período temporal,


2𝜋
sin 𝜔𝑡 + 2𝜋 = sin 𝜔 𝑡 +
𝜔
• Definimos, o período T
2𝜋
𝑇=
𝜔
de forma que
sin 𝜔𝑡 = sin(𝜔(𝑡 + 𝑇))

ou seja se trocamos 𝑡 → 𝑡 + 𝑇 obteremos a mesma posição 𝑥 𝑡 = 𝑥(𝑡 + 𝑇), o mesmo


ocorre para a velocidade 𝑣(𝑡) e a aceleração 𝑎(𝑡). As unidades de 𝑇 são segundos s.
𝑇
𝑇

𝑡
frequência e período
• Definimos também a frequência como
1
𝑓=
𝑇
1
com unidades 𝑠 = Hertz = Hz

1 1 𝜔
Das definições anteriores, 𝑓 = 𝑇 = 2𝜋 = 2𝜋 , ou
𝜔
𝜔 = 2𝜋𝑓

• Para o caso particular do sistema massa-mola encontramos que 𝜔0 = 𝑘/𝑚 .


𝑘
Então = 2𝜋𝑓, a frequência é
𝑚

1 𝑘
𝑓=
2𝜋 𝑚
e o período
𝑚
𝑇 = 2𝜋
𝑘
Exemplos de OHS : movimento circular

𝑣(𝑡)
Ԧ
𝑚
𝑟(𝑡)
Ԧ
𝜃(𝑡)

o vetor posição do objeto de massa m:


𝑟Ԧ 𝑡 = 𝑥 𝑡 , 𝑦 𝑡

𝑥 𝑡 = 𝑟 cos 𝜃 𝑡 𝑥 𝑡 = 𝑟 cos(𝜔𝑡 + 𝜃0 )
𝑦 𝑡 = 𝑟 sin 𝜃(𝑡) 𝑦 𝑡 = 𝑟 sin(𝜔𝑡 + 𝜃0 )

𝑑𝜃 2𝜋
a velocidade angular 𝜔 = = = 2𝜋𝑓
𝑑𝑡 𝑇
𝜃 𝑡 = 𝜔𝑡 + 𝜃0
a velocidade
𝑑𝑠 2𝜋𝑟
𝑣= =
𝑑𝑡 𝑇
Exemplos de OHS: pendulo simples
A componente da forca 𝐹𝑔 responsável pelo movimento do pendulo é
𝑚𝑔 sin 𝜃. Essa força obriga o pendulo voltar a posição de equilíbrio
𝜃 = 0, por tanto ela está sempre em direção oposta ao
deslocamento 𝑠. Usando a 2 lei de Newton
𝑑2𝑠
𝑙 −𝑚𝑔 sin 𝜃 = 𝑚𝑎 = 𝑚 2
𝑑𝑡
𝜃(𝑡) da figura, 𝑠 = 𝑙𝜃(𝑡), onde 𝑙 é o comprimento fixo do pendulo.
𝑑𝑠 𝑑𝜃 𝑑2 𝑠 𝑑2 𝜃
Derivamos 𝑠 duas vezes, = 𝑙 𝑑𝑡 e = 𝑙 𝑑𝑡 2 = 𝑎 . Na 2 lei
𝑇 𝑑𝑡 𝑑𝑡 2
𝑚 𝑚𝑔 sin 𝜃
𝑚𝑔 cos 𝜃 𝑠 𝑑2𝜃
−𝑔 sin 𝜃 = 𝑙
𝑑𝑡 2
𝐹Ԧ𝑔 𝑑2𝜃 𝑔
+ sin 𝜃 = 0
𝑑𝑡 2 𝑙
𝐹Ԧ𝑔 = 𝑚𝑔
Podemos supor que a amplitude das oscilações é pequena, ou seja
sin 𝜃 ∼ 𝜃 . Nessa situação
𝑑2𝜃 𝑔
lembrando a ED do OHS + 𝜃=0
𝑑𝑡 2 𝑙
𝑑2𝑥
2
+ 𝜔2 𝑥 = 0
𝑑𝑡
Exemplos de OHS: pendulo simples

𝑑2 𝜃 𝑔 𝑑2 𝑥
Comparando + 𝜃 = 0 com a equação do OHS: + 𝜔02 𝑥 = 0 obtemos a
𝑑𝑡 2 𝑙 𝑑𝑡 2
velocidade angular
𝑔
𝜔=
𝑙
2𝜋
O período do pendulo será 𝑇 = 𝜔

𝑙
𝑇 = 2𝜋
𝑔
1
e a frequência 𝑓 = 𝑇
1 𝑔
𝑓=
2𝜋 𝑙
Note que diferente do caso massa-mola, a frequência de um pendulo não depende
da massa, depende unicamente do comprimento do pendulo 𝑙.
Exemplos de OHS: pendulo simples
Outra forma

Dinâmica de rotação A tendencia que tem uma força de produzir um movimento


rotacional de um corpo é chamada de torque

𝜏Ԧ = 𝑟Ԧ × 𝐹Ԧ

A equação de movimento rotacional é (equivalente à 2 lei de Newton)

𝜏 = 𝐼 𝜃ሷ

onde 𝐼 é o momento de inercia, que é calculado de

𝐼 = න 𝑟 2 𝑑𝑚

para um pêndulo: 𝐼 = ∫ 𝑙 2 𝑑𝑚 = 𝑙 2 ∫ 𝑑𝑚 = 𝑙 2 𝑚
Exemplos de OHS: pendulo simples

Para o pêndulo simples:


𝐼 = 𝑚𝑙 2

O torque é
𝜏 = −𝑙𝑚𝑔 sin 𝜃

Então, na equação de movimento,


−𝑙𝑚𝑔 sin 𝜃 = 𝑚𝑙 2 𝜃ሷ
𝑔
ሷ𝜃 + sin 𝜃 = 0
𝑙
para ângulos pequenos sin 𝜃 ∼ 𝜃
𝜃ሷ + 𝜔2 𝜃 = 0
com 𝜔 = 𝑔/𝑙 .
Exemplo: pêndulo de torção
Um pêndulo de torção consiste em um corpo rígido suspenso
por um fio leve ou mola. Quando o corpo é torcido em um
pequeno ângulo máximo 𝜃0 e liberado do repouso, o corpo
oscila entre 𝜃 = +𝜃0 e 𝜃 = −𝜃0 . O torque que restaura o
movimento para a posição de equilíbrio 𝜃 = 0 é fornecido
pelo cisalhamento da corda ou do fio.

O torque pode ser modelado por

𝜏 = −𝜅 𝜃

onde 𝜅 é a constante de torção. O sinal menos indica que o


−𝜃0 𝜃 = 0 𝜃0 torque atua na direção oposta ao aumento do deslocamento
angular.

A equação dinâmica é
𝜏 = 𝐼 𝜃ሷ

onde 𝐼 é o momento de inercia


pêndulo de torsão
Combinando as duas equações anteriores: 𝜏 = −𝜅𝜃 e 𝜏 = 𝐼 𝜃ሷ
𝐼 𝜃ሷ = −𝜅𝜃
a equação de movimento representa um movimento oscilatório
𝜅
𝜃ሷ + 𝜃 = 0
𝐼
onde a frequência é
𝜅 2𝜋
𝜔0 = = 2𝜋𝑓 =
𝐼 𝑇
𝐼
𝑇 = 2𝜋
𝜅
Solução e condições iniciais
𝜃 𝑡 = 𝐵 cos(𝜔0 𝑡) + 𝐶 sin(𝜔0 𝑡)
𝜃ሶ 𝑡 = −𝐵𝜔0 sin 𝜔0 𝑡 + 𝐶𝜔0 cos(𝜔0 𝑡)
𝑑𝜃
As condições iniciais são: 𝜃 𝑡 = 0 = 𝜃0 e ቁ = 0 , então
𝑑𝑡 𝑡=0
𝜃0 = 𝐵
0 = 𝐶𝜔0
Então
𝜅
𝜃 𝑡 = 𝜃0 cos 𝑡
𝐼
exercício
Uma haste tem um comprimento de 𝐿 = 0,3 m e uma massa de 4,0 kg. Uma corda é presa ao
CM da haste e o sistema é pendurado no teto. A haste é deslocada 10° da posição de
equilíbrio e liberada do repouso. A haste oscila com um período de 0,5 s. Qual é a constante
de torção 𝜅?

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