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COLÉGIO SÃO JOSÉ – “Educação a Serviço da Vida”

DISCIPLINA: HISTÓRIA E FILOSOFIA


PROFESSOR: JÔYCIMARA FERREIRA BARRETO
NOTA FINAL
DATA DA AVALIAÇÃO: 3ª SÉRIE
ENSINO MÉDIO
25 / 03 / 2024

AVALIAÇÃO PARCIAL – 1º TRIMESTRE (10,0)


ALUNO:
CRITÉRIOS AVALIATIVOS:
É vetado qualquer tipo de consulta (celulares, tablets, computadores, livros, cadernos, etc.) durante o tempo de execução da prova;
Comunicação com outros membros da turma será considerada “cola”, gerando anulação automática da nota dos indivíduos envolvidos;
Não está permitido tomar emprestado material dos colegas para realizar sua prova.
Obrigatório que a prova seja realizada com caneta azul ou preta. Nos casos divergentes a essa regra, a prova não será corrigida e,
consequentemente, zerada.
Rasuras não serão toleradas sob hipótese alguma (portanto, não amasse, rabisque, desenhe, suje ou use corretores).
Questão 01)
Enem 2020) A arte pré-histórica africana foi incontestavelmente um veículo de mensagens pedagógicas e
sociais. Os San, que constituem hoje o povo mais próximo da realidade das representações rupestres,
afirmam que seus antepassados lhes explicaram sua visão do mundo a partir desse gigantesco livro de
imagens que são as galerias. A educação dos povos que desconhecem a escrita está baseada sobretudo na
imagem e no som, no audiovisual.
KI-ZERBO, J A arte pré-histórica africana. In: KI-ZERBO, J. (Org) História geral da África, |: metodologia e pré-história da África. Brasília: Unesco, 2010.

De acordo com o texto, a arte mencionada é importante para os povos que a cultivam por colaborar
para o(a)
a) Expansão da propriedade individual.
b) Ruptura da disciplina hierárquica.
c) Surgimento dos laços familiares.
d) Rejeição de práticas exógenas.
e) Transmissão dos saberes acumulados.
Questão 02)
(Enem 2020) Sexto rei sumério (governante entre os séculos XVIll e XVIl a.C.) e nascido em Babel,
“Khammu-rabi” (pronúncia em babilônio) foi fundador do Império Babilônico (correspondente ao atual
Iraque), unificando amplamente o mundo mesopotâmico, unindo os semitas e os sumérios e levando a
Babilônia ao máximo esplendor. O nome de Hamurabi permanece indissociavelmente ligado ao código
jurídico tido como o mais remoto já descoberto: O Código de Hamurabi. O legislador babilônico
consolidou a tradição jurídica, harmonizou os costumes e estendeu o direito e a lei a todos os súditos.
Disponível em: www.direitoshumanos.usp.br Acesso em: 12 fev 2013 (adaptado)

Nesse contexto de organização da vida social, as leis contidas no Código citado tinham o sentido de
a) Assegurar garantias individuais aos cidadãos livres.
b) Conceder benefícios de indulto aos prisioneiros de guerra.
c) Promover distribuição de terras aos desempregados urbanos.
d) Tipificar regras referentes aos atos dignos de punição.
e) Conferir prerrogativas políticas aos descendentes de estrangeiros.

Questão 3)
(Seduc-PA)
“Por muito tempo, relacionou-se o problema da pobreza, desigualdade e exclusão social ao crescimento
econômico. Acreditava-se que à medida que houvesse crescimento das taxas, automaticamente, haveria
distribuição da riqueza e da renda. Com o passar do tempo, todavia, a história mostra que a suposição não é
verdadeira, posto que, mesmo em países com grande taxa de desenvolvimento, nos quais há setores que
têm uma excelente qualidade de vida, ainda se encontram os velhos problemas de pobreza, desigualdade e
baixa perspectiva de mobilidade social.”
(Disponível em: https://www.portalaz.com.br/blog/ajuspi/410790/ pobreza-desigualdade-exclusao-e-cidadania.)

Tendo em vista os conceitos de pobreza, desigualdade social, exclusão social e cidadania, analise as
afirmativas a seguir.
I. A pobreza é uma condição de indivíduos ou grupos, os quais se encontram privados de meios
adequados de subsistência.
II. A pobreza está diretamente ligada à falta de acesso aos direitos básicos assegurados ao cidadão.
III. A desigualdade relaciona-se apenas às questões econômicas; é característica de países em situação
de pobreza e miséria.
IV. A exclusão diz respeito, entre outros fatores, ao indivíduo ou grupo à margem de todo e qualquer
projeto social.
V. A cidadania relaciona-se com a garantia de acesso a bens e serviços públicos, bem como aos direitos
assegurados.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III, IV e V.
b) I, II, IV e V, apenas.
c) I, II, III e IV, apenas.
d) II, III, IV e V, apenas.

Questão 04) (Enem 2014)


TEXTO I
Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios
interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos
na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo
debate antes de chegar a hora da ação.
VTUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado).
TEXTO II
Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e
exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo
que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo
depois de certos intervalos de tempo prefixados.
VARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.

Comparando os textos l e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no
século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a)
a) Prestígio social.
b) Acúmulo de riqueza.
c) Local de nascimento.
d) Grupo de parentesco.
e) Participação política.

Questão 05)
(Enem 2009) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de
homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios
— esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem
ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades
morais e à prática das atividades políticas”.
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.

O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania


a) Possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de
qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.
b) Estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os
habitantes da pólis a participarem da vida cívica.
c) Tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser
dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.
d) Era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção
política profundamente hierarquizada da sociedade.
e) Vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo
para resolver os problemas da cidade.
Questão 06)
(Enem PPL 2016) A Lei das Doze Tábuas, de meados do século V a.C., fixou por escrito um velho direito
costumeiro. No relativo às dívidas não pagas, o código permitia, em última análise, matar o devedor; ou
vendê-lo como escravo “do outro lado do Tibre” — isto é, fora do território de Roma.
CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984.

A referida lei foi um marco na luta por direitos na Roma Antiga, pois possibilitou que os plebeus
a) Modificassem a estrutura agrária assentada no latifúndio.
b) Exercessem a prática da escravidão sobre seus devedores.
c) Conquistassem a possibilidade de casamento com os patrícios.
d) Ampliassem a participação política nos cargos políticos públicos.
e) Reinvindicassem as mudanças sociais com base no conhecimento das leis.
Questão 07)
(Enem 3ª Aplicação 2016) Os escravos tornam-se propriedade nossa seja em virtude da lei civil, seja da lei
comum dos povos; em virtude da lei civil, se qualquer pessoa de mais de vinte anos permitir a venda de si
própria com a finalidade de lucrar conservando uma parte do preço da compra; e em virtude da lei comum
dos povos, são nossos escravos aqueles que foram capturados na guerra e aqueles que são filhos de nossa
escravas.
CARDOSO, C. F. Trabalho compulsório na Antiguidade. São Paulo: Graal, 2003.

A obra Institutas, do jurista Aelius Marcianus (século III d.C.), instrui sobre a escravidão na Roma
antiga. No direito e na sociedade romana desse período, os escravos compunham uma
a) Mão de obra especializada protegida pela lei.
b) Força de trabalho sem a presença de ex cidadãos.
c) Condição legal independente da origem étnica do indivíduo.
d) Categoria de trabalhadores oriundos dos mesmos povos.
e) Comunidade criada a partir do estabelecimento das leis escritas.
Questão 08)
(ENEM PPL 2019) Os pesquisadores que trabalham com sociedades indígenas centram sua atenção em
documentos do tipo jurídico-administrativo (visitas, testamentos, processos) ou em relações e informes e
têm deixado em segundo plano as crônicas. Quando as utilizam, dão maior importância àquelas que foram
escritas primeiro e que têm caráter menos teórico e intelectualizado, por acharem que estas podem oferecer
informações menos deformadas. Contrariamos esse posicionamento, pois as crônicas são importantes
fontes etnográficas, independentemente de serem contemporâneas ao momento da conquista ou de terem
sido redigidas em período posterior. O fato de seus autores serem verdadeiros humanistas ou pouco
letrados não desvaloriza o conteúdo dessas crônicas.
PORTUGAL, A. R. O ayllu andino nas crônicas quinhentistas: um polígrafo na literatura brasileira do século XIX (1885-1897). São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.

As fontes valorizadas no texto são relevantes para a reconstrução da história das sociedades pré-
colombianas porque
a) Sintetizam os ensinamentos da catequese.
b) Enfatizam os esforços de colonização.
c) Tipificam os sítios arqueológicos.
d) Relativizam os registros oficiais.
e) Substituem as narrativas orais.
Questão 9) (Enem)
Vi os homens sumirem-se numa grande tristeza. Os melhores cansaram-se das suas obras. Proclamou-se
uma doutrina e com ela circulou uma crença: Tudo é oco, tudo é igual, tudo passou! O nosso trabalho
foi inútil; o nosso vinho tornou-se veneno; o mau olhado amareleceu-nos os campos e os corações.
Secamos de todo, e se caísse fogo em cima de nós, as nossas cinzas voariam em pó. Sim; cansamos o
próprio fogo. Todas as fontes secaram para nós, e o mar retirou--se. Todos os solos se querem abrir, mas
os abismos não nos querem tragar!
NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra. Rio de Janeiro: Ediouro, 1977.
O texto exprime uma construção alegórica, que traduz um entendimento da doutrina niilista, uma vez que
a) reforça a liberdade do cidadão.
b) desvela os valores do cotidiano.
c) exorta as relações de produção.
d) destaca a decadência da cultura.
e) amplifica o sentimento de ansiedade.
Questão 10) Os ninguéns
As pulgas sonham em comprar um cão, e os ninguéns com deixar a pobreza, que em algum dia mágico
de sorte chova a boa sorte a cântaros; mas a boa sorte não chova ontem, nem hoje, nem amanhã, nem
nunca, nem uma chuvinha cai do céu da boa sorte, por mais que os ninguéns a chamem e mesmo que a
mão esquerda coce, ou se levantem com o pé direito, ou comecem o ano mudando de vassoura.
Os ninguéns: os filhos de ninguém, os donos de nada.
[…]
Que não são, embora sejam.
Que não falam idiomas, falam dialetos.
Que não praticam religiões, praticam superstições.
Que não fazem arte, fazem artesanato.
Que não são seres humanos, são recursos humanos.
Que não tem cultura, têm folclore.
Que não têm cara, têm braços.
Que não têm nome, têm número.
Que não aparecem na história universal, aparecem nas páginas
policiais da imprensa local.
Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata.
GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Tradução Eric Nepomuceno. Porto Alegre: L&PM, 1989, p. 42.

Os “ninguéns”, presentes no poema de Eduardo Galeano, são produto da exclusão social. De que forma a
existência desse produto social favorece a massificação da cultura?
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