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10) (IBADE – Vila Velha/ES - 2020) “A cidade-Estado clássica parece ter sido
criada paralelamente pelos gregos e pelos etruscos e/ou romanos. No caso
destes últimos, a influência grega foi inegável, embora difícil de avaliar ou
medir. No entanto, apesar de traços comuns, o desenvolvimento da cidade-
Estado grega e o da etrusco-romana, mesmo admitindo a grande
heterogeneidade de evoluções perceptível também na própria Grécia, mostram
desde o início fortes especificidades que autorizam a suposição, não de uma
simples difusão, mas de uma criação paralela”
(CARDOSO, C. A Cidade. Rio de Janeiro: Editora Ática, 1987, p. 7)
Sobre a importância da Cidade-Estado na antiguidade clássica podemos
afirmar que:
A) é correta essa imagem privilegiada — verdadeiro paradigma científico —
que insiste no caráter explicativo central que atribui à cidade-Estado (pólis em
grego, civitas em latim) acerca das questões econômicas.
B) a especificidade da economia clássica, definida como a economia da
cidade-Estado, surge de sua oposição à economia dos Estados e
impérios do antigo Oriente Próximo, centrada nos templos e palácios.
C) a cidade-Estado foi o elemento organizador do mundo greco-romano ao
longo da integralidade dos dois milênios de sua história, em que podemos
considerar a Grécia Micênica e o Império Romano.
D) A cidade-Estado era um centro de consumo que vivia em uma relação até
certo ponto parasitária para com o campo circundante e as comunidades
estrangeiras exploradas, em que desempenhava importante atividades
industriais.
E) a política econômica praticada pelos Estados clássicos existia de forma
extremamente desenvolvida, como em matéria fiscal, procurando garantir o
financiamento dos órgãos públicos e da guerra através da apropriação de
excedentes.
Letra b
A) Primeiro, é muito impreciso se falar em "paradigma científico" dentro das
ciências humanas, que raramente são movidas por grandes consensos sólidos.
Além disso, a vida econômica durante a Antiguidade Clássica foi movida tanto
por dinâmicas internas da cidade-Estado quanto pelas redes de comércio que
integravam as diversas regiões, inclusive com diferentes civilizações. Por
exemplo, o mundo grego na Antiguidade Clássica contava com rotinas de
comércio relativamente bem estabelecidas entre as diferentes cidades-Estado.
Portanto, resumir ao âmbito da cidade-Estado todas as questões
econômicas seria um erro grave, já que a vida marítima era uma realidade
estabelecida durante o período abordado. Alternativa errada
B) De fato, como comentado acima, a Antiguidade Clássica esteve em contato
com outras civilizações pelas redes comerciais estabelecidas no Mediterrâneo.
No Oriente Próximo como um todo, não vicejaram as formas da cidade-Estado,
mas sim dos Estados e dos Impérios com uma administração relativamente
centralizada sobre várias cidades e por longa faixa territorial. Talvez o exemplo
mais potente disso tenha sido o Egito Antigo, que contava com uma autoridade
central e todo um corpo administrativo relativamente bem estabelecido ao
mesmo tempo em que os templos também movimentavam parte importante da
vida como um todo. A experiência do mundo grego, ainda que tenha
reverberado sobre a península itálica, não pode ser generalizada para a
Antiguidade Oriental, que consolidou formas organizacionais mais complexas e
de maior alcance territorial. ALTERNATIVA CORRETA.
Algumas características são comuns a todas as civilizações que adotaram o
Modo de produção asiático, sendo elas:
Teocracia: Os governantes eram representantes dos deuses, ou, como
no caso egípcio, um próprio deus vivo;
O governante detinha a propriedade das terras, e apropriava-se do
excedente de produção
Agricultura hidráulica como principal base econômica;
Poder monárquico e centralizado;
Em sua maioria, religiões políteístas;
Servidão coletiva ao governante como modo de pagamento pelo uso
das terras;
Sociedade hierarquizada.
C) No caso grego, o sistema de cidades-Estado seria definitivamente
comprometido com a fulminante ascensão da Macedônia no século IV a.C.
durante o reinado de Alexandre, o Grande. Apesar de ter ocorrido a
conservação de vários aspectos cruciais do período clássico, o mundo grego
foi unificado sob o império de Alexandre, que se estenderia até o Médio Oriente
e ao Egito. Por sua vez, Roma, apesar da sua origem de cidade-Estado,
assumiu uma complexidade e uma extensão que transbordou os limites
estreitos da sua formação original. Já no período republicano, Roma expandiu
suas fronteiras conquistando áreas por toda a Europa, pela Ásia e pelo Norte
da África. Séculos antes do início do período imperial, Roma já se estendera
sobre outros povos e muitas outras colônias. Alternativa errada.
D) O caminho mais fácil de eliminar essa alternativa seria observar a expressão
"importantes atividades industriais". Ora, a Revolução Industrial se daria
apenas na segunda metade do século XVIII; cerca de dois milênios após o
apogeu das cidades-Estado da Antiguidade Clássica. A formação da cidade-
Estado pressupunha o estabelecimento de regiões agricultáveis ao seu redor,
cujas terras normalmente pertenciam às elites dirigentes da cidade em si.
Portanto, é um tanto quanto exagerado se falar que se tratava de uma relação
parasitária, já que as intersecções entre as duas áreas eram bastante
profundas. Além disso, havia um comércio estabelecido com outras
comunidades, o que não permite dizer que se tratava de uma exploração.
Alternativa errada.
E) Como apontado acima, era comuníssimo que as elites dirigentes das
cidades-Estado fossem oriundas das principais famílias proprietárias de terra.
Ou seja, ideias como a "apropriação de excedentes" não eram exatamente
populares entre essas elites. Além disso, a realidade política dessas unidades
eram bastante diversas entre si, sendo impossível generalizar uma excelente
organização estatal como uma realidade estabelecida. Com diferentes ênfases
em suas formas de organização, cada cidade-Estado seguia uma lógica própria
de financiamento e de prioridades quanto a guerra. Alternativa errada.
13) (IBADE – Aracruz/ES – 2019) Durante 200 anos, os povos da Grécia Antiga
se mantiveram num relativo isolamento. Por volta de 900 a.C., esse quadro
começou a mudar com o crescimento das relações comerciais no
Mediterrâneo. A população aumentou, favorecendo o aparecimento das
cidades. Por volta de 700 a.C., surgiram as cidades Estado ou pólis,
característica de maior destaque da sociedade grega antiga.
(VAIFAS, Ronaldo e outros. História: volume único. São Paulo: Saraiva, 2010,
p. 44.)
A pólis grega pode ser definida como uma comunidade política independente
que apresentava como característica comum a:
A) acrópole ou cidade alta, lugar de moradia da população pobre.
B) ágora ou praça central, espaço cuja função principal era a defesa.
C) ágora ou praça central, espaço central onde se reuniam cidadãos.
D) ágora ou praça central, conjunto arquitetônica situado no alto de uma colina.
E) acrópole ou cidade alta, conjunto arquitetônico onde predominava a Igreja
Católica.
Letra c
A pólis pode ser definida como uma comunidade política independente.
Embora cada pólis tenha se desenvolvido à sua maneira, havia duas
características comuns a todas elas: a ágora e a acrópole.
A ágora ou praça central era o espaço onde se reuniam os cidadãos para
discutir a vida política e decidir sobre as ações a serem tomadas. No seu
entorno estavam os edifícios públicos e religiosos, feiras e mercados.
A acrópole ou cidade alta era o conjunto arquitetônico situado no alto de uma
colina. Nela eram construídos os templos e os prédios mais nobres, que
expressavam o poder e a grandeza da pólis. O lugar tinha também uma função
defensiva.
15) (OMNI – São Bento do Sul/SC - 2021) Leia com atenção as três afirmativas
abaixo:
I - O crescimento das cidades culminou em problemas para a sociedade
romana, uma vez que a migração dos camponeses fez crescer o número de
pessoas ociosas e ansiosas por melhorias em suas condições de vida. O temor
de que revoltas começassem a ocorrer levou aos responsáveis pelo império
romano a criarem a política do pão e circo, a qual basicamente pode-se resumir
na distribuição de alimentos à população enquanto esta distraia-se com as
lutas dos gladiadores romanos nas arenas. Acreditava-se que tornando os
problemas sociais menos evidentes, diminuía-se a chance de revoltas.
II - O fim do Império romano não está relacionado às crises de ordem
econômica e política.
III - Com o fim do Império Romano, chega ao fim também o período da Idade
Antiga e inicia-se o período da Idade Média.
Quais delas estão CORRETAS?
A) I e II.
B) I, II, e III.
C) II e III.
D) I e III.
Letra d
O fim do Império Romano está diretamente ligado às crises econômicas e
políticas. O sistema expansionista e escravista de Roma, havia acumulado uma
vasta coleção de inimigos internos e externos. Com o fim das grandes
expansões, as enormes fronteiras foram cada vez mais ficando desprotegidas,
o aumento de revoltas da plebe e dos povos escravizados, tudo isso contribuiu
para o fim daquele império, diferente do que sugere a afirmativa II.