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CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CONTABILIDADE
E ANÁLISE DE
CUSTOS

Francisco Lorentz
franciscolorentz@gm ail.com

1
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Objetivos
 Permitir a avaliação dos estoques, para atendimento
das legislações comercial e fiscal.
 Apurar o custo dos produtos, mercadorias e serviços
vendidos.
 Analisar e interpretar os sistemas de custeio.
 Produzir informações para subsidiar a administração
nos processos de planejamento, controle e tomada de
decisões.
 Utilizar a contabilidade de custos como instrumento
para fins gerenciais no tocante a fixação do preço de
venda.
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P OR QUÊ
CUSTEAR ?

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QUAL A IMPORTÂNCIA DOS


CUSTOS PARA GESTÃO?

Mensurar ESTOQUE

Determinar PREÇO

Apurar e Maximizar RESULTADO

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O QUE
É
CUSTO
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CONTABILIDADE DE CUSTOS
 De maneira geral, a Contabilidade de Custos cuida dos custos da
empresa, não tendo sua atenção voltada para as despesas. Os
Custos são os recursos consumidos pela empresa para a
elaboração de produtos ou serviços.
 Custos são todos os fatores de produção que compõem o
estoque de produtos acabados (destinados a venda), tais como:
 Matéria-prima
 Mão de obra
 Gastos gerais ou custos indiretos de fabricação –
GGF/CIF (desgaste das máquinas, aluguel da fábrica, seguro
da fábrica etc).

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Composição dos Custos de Produção

 M atéria-prim a: insum o de custo que vai se


transform ar em produto acabado.

 M ão de obra direta: força de trabalho que


diretam ente transform a a m atéria-prim a em
produto acabado.

 Custos indiretos ou gerais de fabricação: são


todas as outras parcelas que participam do
processo produtivo.

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DA CONTABILIDADE FINANCEIRA À
CONTABILIDADE DE CUSTOS
 Até a revolução industrial só existia a contabilidade financeira
(geral) que servia às empresas comerciais.
 CMV = EI + C – EF
 RESULTADO LÍQUIDO = V – CMV – D
 Nas empresas comerciais, o valor dos estoques de mercadorias
eram atribuídos em função do valor das “compras”, que também
influenciava o valor do custo das mercadorias vendidas;
 A contabilidade de custos originou-se da contabilidade
financeira (geral) com o objetivo de determinar o valor dos
estoques de produtos fabricados e o valor do custo dos
produtos vendidos e, em consequência disso, determinar se
houve lucro ou prejuízo nesse período.

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Ciclo de negociação das empresas comerciais

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Determinação do lucro – empresas comerciais

Vendas líquidas
(-) CMV (custo das mercadorias vendidas)
(=) Lucro bruto
(-) Despesas operacionais:
Despesas com vendas
Despesas gerais e administrativas
(+) Outras receitas operacionais
(-) Outras despesas operacionais
(+/-) Resultado financeiro
(=) Lucro antes dos tributos sobre o lucro
(-) Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
(=) Lucro ou prejuízo do exercício
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Ciclo de negociação das empresas industriais

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Determinação do lucro – empresas industriais


Vendas líquidas
(-) CPV (custo dos produtos vendidos)
(=) Lucro bruto
(-) Despesas operacionais:
Despesas com vendas
Despesas gerais e administrativas
(+) Outras receitas operacionais
(-) Outras despesas operacionais
(+/-) Resultado financeiro
(=) Lucro antes dos tributos sobre o lucro
(-) Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
(=) Lucro ou prejuízo do exercício
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Industrial X Comercial
ATIVO RESULTADO
Comercial
Mercadorias
em estoque CMV

Industrial Mão de obra Direta - MOD

Matérias Produtos Produtos


Primas em elaboração acabados CPV

Gastos Gerais de Fabricação - GGF


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USOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

Na Contabilidade Financeira:

 Valoração de estoques para o balanço

patrimonial.

 Apuração do custo dos bens e serviços

vendidos para a demonstração de resultados.

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USOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

Dar suporte à tomada de decisão:


 Lançamento de produtos
 Precificação
 Apurar resultados
 Avaliar desempenhos
 Influenciar comportamentos
 Etc.

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Finalidades da Contabilidade de Custos

 Coleta de dados relacionados aos custos que permitam sua


classificação e agrupamento com vistas à determinação do
lucro, avaliação e controle de estoques;
 Fornecimento de informações que permitam o relato,
cálculo, análise e controle dos custos envolvidos nas
operações e atividades da empresa;
 Fornecimento de informações que permitam à empresa
estabelecer metas e decidir entre linhas alternativas de
ação.

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Princípios de Contabilidade – Estrutura


Conceitual Básica (CPC 00 – R1)

 Os Princípios de Contabilidade são observados para a elaboração


de Balanços e Demonstrações de Resultados, auditados pelo Fisco
e pela Auditoria Externa (Independente), e têm aplicação também
na Contabilidade de Custos.
 O CPC 00 (R1) aborda a Estrutura Conceitual para Elaboração e
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. Neste
pronunciamento são destacadas as características qualitativas da
informação contábil-financeira útil, bem como os conceitos
relacionados ao capital, manutenção de capital e objetivos do
Relatório Contábil-Financeiro de propósito geral.

Essa abordagem encontra-se nas páginas 9 a 17 do livro.


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HÁ DIFERENÇA ENTRE
CUSTO
E
DESPESA?

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Custos x Despesas
A Contabilidade de custos (industrial) controla os estoques de
matérias-primas, embalagens e demais materiais utilizados na
produção; os custos indiretos de fabricação; os estoques de
produtos em elaboração e de produtos acabados.

Uma empresa industrial pode ter diversos departamentos:


administrativo, de vendas, financeiro, de produção etc. A
contabilidade de custos é destinada exclusivamente ao
departamento de produção.

 Salários do departamento de produção custos

 Salários do departamento de vendas/administrativo/financeiro

despesas
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Custos x Despesas

DESPESAS CUSTOS

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
ESTOQUE
DE RECEITA
PRODUTOS CPV
LUCRO BRUTO
DESPESAS
LUCRO OPERACIONAL

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Custos x Despesas
Exemplos
1 - salários dos operadores das máquinas de fabricação...................... 6.000
2 - encargos sociais dos operadores das máquinas de fabricação...... 1.800
3 - depreciação das máquinas de fabricação …...................................... 4.200
4 - depreciação de móveis e utensílios do departamento de vendas.. 1.400
5 - energia elétrica relativa às máquinas de fabricação …..................... 2.000
6 - energia elétrica relativa à iluminação:
a) da fábrica............................................................................... 300
b) do departamento de vendas …........................................... 100
c) do escritório central …........................................................ 200
7 - limpeza dos prédios:
a) da fábrica …........................................................................... 100
b) do departamento de vendas …............................................ 50
8 - aluguel dos prédios:
a) da fábrica …........................................................................... 1.000
b) do escritório de vendas........................................................ 500

Informe:
- A soma dos CUSTOS: ______________________________
- A soma das DESPESAS: ____________________________
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Exercícios
Coloque nos parênteses D (para despesas) e C (para custos) ao
lado de cada conta abaixo relacionada com uma empresa do
setor siderúrgico.

( ) Salário do eletricista de manutenção da fábrica


( ) Depreciação do automóvel utilizado pelo diretor da empresa
( ) Encargos financeiros sobre o desconto de títulos
( ) Consumo de aço numa industria metalúrgica
( ) Energia elétrica (consumida por uma máquina utilizada para
corte de aço)
( ) Energia elétrica (consumida por um letreiro da sede
administrativa da empresa)
( ) Gastos com propaganda e publicidade
( ) Material de escritório consumido pela equipe de vendas
( ) Seguro da fábrica
23/125
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TERM I NOLOGI A CONTÁBI L

Gastos
Investimentos
Custos
Despesas
Desembolsos/Pagamentos
Perdas

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TER M I NOLOGI A CONTÁBI L

Gasto: é o valor assumido pela empresa para obter bens


ou serviços, representado por entrega ou promessa de
entrega de ativos (normalmente dinheiro). Pode ser um
investimento, custo ou despesa.
 Obtenção de bens: compra de matérias-primas,
compra de máquinas e equipamentos, compra de
computadores e softwares etc.
 Obtenção de serviços: salário do pessoal da
produção, salário do pessoal administrativo,
honorários da diretoria, serviço de limpeza, serviço de
manutenção, seguro da fábrica, energia elétrica etc.

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TERM I NOLOGI A CONTÁBI L

Investimento (Ativo): gasto ativado em função de sua


vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos
futuros, que em função da sua utilização, consumo ou
venda, pode se transformar em custo, despesa ou,
eventualmente, perda.
 Ex: aquisição de matérias-primas, aquisição de
máquinas e equipamentos, aquisição de
computadores e softwares, aquisição de imóveis,
aquisição de móveis e utensílios etc.

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TERM I NOLOGI A CONTÁBI L

Custo: Gasto relativo a insumos (bens ou serviços)


utilizados na produção de outros bens ou serviços.
 Ex: consumo de matérias-primas, salário do pessoal
da fábrica, depreciação de máquinas e equipamentos
da fábrica, depreciação de computadores e softwares
da fábrica, depreciação do imóvel da fábrica,
depreciação de móveis e utensílios da fábrica, energia
elétrica da fábrica etc.

Prof. Francisco Lorentz 27


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TERM I NOLOGI A CONTÁBI L

Despesa: É todo consumo de bens ou serviços


para obtenção de receitas.
Ex: comissão dos vendedores, despesa
referente ao custo dos produtos vendidos,
depreciação do imobilizado do escritório, do
setor de vendas e do setor de compras etc.

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TERM I NOLOGI A CONTÁBI L


Desembolso: pagamento resultante de aquisição do
bem ou serviço.
Caracteriza-se pela entrega ou transferência de numerário.

 Ex: Pagamento de fornecedores, pagamento de


salários, pagamento de serviços etc.
 Na verdade, mais cedo ou mais tarde, o gasto será um
desembolso. No entanto, nem todo desembolso é um
gasto. Por exemplo, a amortização (pagamento) de um
empréstimo bancário é um desembolso, mas não é um
gasto.

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TER M I NOLOGI A CONTÁBI L


Demonstração
Saída por
venda do Resultado

Despesas Receita de Vendas

Gastos (-) CPV


Investimento
= Lucro Bruto
Aquisição MP Estoque MP (Ativo) (-) Despesas
= Lucro Líquido
Investimento
Custo
MO direta
Produção (Fábrica)
CIF/GGF
Administração

Vendas
Despesas

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Fluxo dos Custos – Custos de Produtos e


Despesas do Período
Custos do Produto Balanço Patrimonial

Aquisição de Estoque de matérias-


matérias-primas primas

Mão de obra direta


Estoque de produtos
em processo
Custos indiretos de Demonstração do
Resultado
fabricação
Estoque de produtos Custo dos produtos
acabados vendidos
Despesas do Período

Vendas e Desp. de vendas e


administração administrativas

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TERM I NOLOGI A CONTÁBI L

Perdas

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TER M I NOLOGI A CONTÁBI L


Perda (anormal): é um gasto não intencional decorrente
de fatores externos fortuitos. É considerada da mesma
natureza que as despesas e é registrada diretamente
contra o resultado do período.
 Ex: Desfalque no caixa, inundações, incêndios,
greves, obsoletismo de estoques ou de máquinas etc.
 Geralmente a perda reduz o Ativo (consequentemente,
o PL).
Perda (normal): é um gasto inerente ao processo
produtivo. Deve ser considerado como custo do processo e
não como perda.
 Ex: Perda de argila na fabricação de cerâmica.

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PERDAS NORMAIS - exemplo


Uma fábrica de escovas
verificou que o peso de cada
escova finalizada é igual a
30g. Porém o processo
produtivo gera aparas iguais
a 5g.

Qual o volume de
plástico associado ao
custo da escova?
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O custo da escova
Finalizada: 30g

Perdas (normais): 5g

Custo do material: 35g

Perdas normais
devem ser
incorporadas nos
custos

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PERDAS ANORMAIS - exemplo

Em função de uma falha no


fornecimento de energia elétrica, a
produção da fábrica de escovas
foi obrigada a descartar 30 Kg de
plástico, que estavam prontos
para o processo de injeção.

Qual o volume de plástico


associado ao custo da escova
nesse caso?
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PERDAS ANORMAIS - exemplo

ZERO
Perdas anormais não devem
ser incorporadas nos
custos

Despesa = 30Kg
Perdas anormais devem ser
classificadas como despesas

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Em síntese…
Onde terminam os custos de produção?
A regra é simples, bastando definir-se o momento em que o
produto está pronto para a venda. Até aí, todos os gastos são
custos. A partir desse momento, todos os gastos serão tratados
como despesas necessárias para a comercialização do produto.

CUSTOS DESPESAS

Produtos
VENDAS
Acabados

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EXERCÍCIOS
Páginas 22 a 27 (livro):
Exercícios :___________________.

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Classificação
dos Custos

Francisco Lorentz
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Classificação dos Custos


Os custos são classificados de diversas formas, que
variam em função das finalidades a que se destinam.
Alguns custos podem ser facilmente identificados com
os produtos e apropriados diretamente a eles – custos
diretos; enquanto outros não oferecem condições de
medidas objetivas e a apropriação dos custos aos
produtos tem que ser feita de forma estimada – custos
indiretos.
Há ainda outra classificação, que leva em consideração
a relação entre o valor total de um custo e o volume de
atividade numa unidade de tempo – fixos e variáveis.
Francisco Lorentz 41
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Classificação dos Custos


Em relação ao objeto de custeio
Diretos
Facilm ente apropriáveis aos produtos e serviços.
Ex : m atéria-prim a, m ão de obra direta
(hom em / hora).

I ndiretos
Dependem de cálculos, rateios ou estim ativas
para serem apropriados em diferentes produtos
ou serviços.
Ex : aluguel, lubrificante, depreciação.
Francisco Lorentz
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O seguro da fábrica é O seguro da fábrica é


um custo direto para um custo indireto para os
as instalações individuais tipos específicos de tortas

Torta de maçã
Custo de seguros da
fábrica do Rio de
Janeiro
Torta de cereja

Torta de chocolate

Custo de seguros
da fábrica de
Niterói
Torta de creme

Torta de nozes

Torta de limão
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Alocação dos custos DIRETOS e INDIRETOS


CUSTOS DESPESAS

CUSTOS CUSTOS
INDIRETOS DIRETOS

RATEIO

PRODUTO
A

PRODUTO
B

PRODUTO
C

CPV VENDAS

RESULTADO DO EXERCÍCIO
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Ex em plo de rateio
Uma Indústria fabrica dois produtos: “A” e “B”. No
Departamento de Corte são feitas as acumulações dos custos e,
no final do período, há a necessidade de se fazer o rateio dos
custos indiretos a cada produto. As seguintes informações estão
disponíveis:

Custos Prod. “A” Prod. “B” Total

Material direto aplicado $ 4.500,00 $ 7.500,00 $ 12.000,00

(+) Mão de obra direta $ 2.000,00 $ 3.000,00 $ 5.000,00

(=) Custos diretos totais $ 6.500,00 $ 10.500,00 $ 17.000,00

(+) Custos indiretos a ratear ? ? $ 9.000,00

(=) Total ? ? 26.000,00

Horas-máquina utilizadas 84 hm 156 hm 240 hm


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Exemplo de rateio

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Exemplo de rateio

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Custo total x custo unitário


ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

1º PASSO Separar custos e despesas.

2º PASSO Separar custos diretos dos custos indiretos.

3º PASSO Alocar os custos diretos aos produtos.

Alocar os custos indiretos aos produtos, através


4º PASSO
de uma base comum de rateio.

5º PASSO Determinar o custo total por produto.

6º PASSO Determinar o custo unitário por produto.

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EXEMPLO
Uma empresa industrial teve os seguintes gastos:
Itens Valores (R$)
Seguros na fábrica 5.000,00
Salários da fábrica 60.000,00
Salários da diretoria executiva 20.000,00
Salários da administração 45.000,00
Matéria-prima consumida 175.000,00
Material consumido no escritório 2.500,00
Materiais diversos utilizados na fábrica 7.500,00
Manutenção de fábrica 35.000,00
Energia elétrica consumida na fábrica 42.500,00
Despesas financeiras 25.000,00
Despesas de entrega dos produtos 22.500,00
Depreciações na fábrica 30.000,00
Correios, telefone 2.500,00
Comissões de vendedores 40.000,00
TOTAL 512.500,00
Francisco Lorentz 49
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1º Passo: Separar custos e despesas

Custos R$ Despesas R$

Salários de fábrica 60.000,00 Comissões de vendedores 40.000,00

Matéria-prima consumida 175.000,00 Salários da administração 45.000,00

Depreciações na fábrica 30.000,00 Despesas financeiras 25.000,00

Seguros na fábrica 5.000,00 Salários diretoria executiva 20.000,00

Materiais diversos 7.500,00 Despesas entrega dos prod. 22.500,00

Energia elétrica 42.500,00 Correios e telefone 2.500,00

Manutenção de fábrica 35.000,00 Mat. consumido no escritório 2.500,00

TOTAL 355.000,00 TOTAL 157.500,00

Francisco Lorentz 50
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Informações adicionais
Itens Produto Produto Produto
Total
A B C

Matéria-prima 37.500,00 67.500,00 70.000,00 175.000,00

MOD 11.000,00 23.500,00 10.500,00 45.000,00

MOI - - - 15.000,00

Energia elétrica direta 9.000,00 10.000,00 3.500,00 22.500,00

Energia elétrica indireta - - - 20.000,00

Francisco Lorentz
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2º Passo:
Separar custos diretos de custos indiretos

Custos Diretos R$ Custos Indiretos R$

Matéria-prima 175.000,00 MOI 15.000,00

MOD 45.000,00 Depreciações na fábrica 30.000,00

Energia elétrica 22.500,00 Seguros na fábrica 5.000,00

Materiais diversos 7.500,00

Energia elétrica 20.000,00

Manutenção de fábrica 35.000,00

TOTAL 242.500,00 TOTAL 112.500,00

Francisco Lorentz 52
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3º PASSO:
Alocar custos diretos aos produtos

Itens Produto A Produto B Produto C Total

Matéria-prima 37.500,00 67.500,00 70.000,00 175.000,00

MOD 11.000,00 23.500,00 10.500,00 45.000,00

Energia elétrica 9.000,00 10.000,00 3.500,00 22.500,00


direta

Soma 57.500,00 101.000,00 84.000,00 242.500,00

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4º PASSO:
Alocar custos indiretos aos produtos
Base de rateio: total dos custos diretos
Custo direto Participação
Produtos % Rateio CI
total
Produto A 57.500,00 23,71% 26.673,75

Produto B 101.000,00 41,65% 46.856,25

Produto C 84.000,00 34,64% 38.970,00

Soma 242.500,00 100,00% 112.500,00

Francisco Lorentz
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5º PASSO:
Calcular o CUSTO TOTAL de cada produto

Produtos Custo Direto Custos Custos Totais


Indiretos
Produto A 57.500,00 26.673,75 84.173,75

Produto B 101.000,00 46.856,25 147.856,25

Produto C 84.000,00 38.970,00 122.970,00

Soma 242.500,00 112.500,00 355.000,00

Francisco Lorentz 55
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6º PASSO:
Calcular o CUSTO UNITÁRIO de cada produto
Produção (quantidade produzida):
Produto A: 50.000 unidades
Produto B: 75.000 unidades
Produto C: 60.000 unidades
Quantidade Custos
Produtos Custos Totais produzida unitários
Produto A 84.173,75 50.000 1,68

Produto B 147.856,25 75.000 1,97

Produto C 122.970,00 60.000 2,05

Soma 355.000,00

Francisco Lorentz
56
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Classificação de Custos

Custo total - Custo para fabricar um


conjunto de unidades do produto.
Custo unitário - custo para fabricar uma
unidade do produto.

Custo total
Custo unitário =
Unidades produzidas

Francisco Lorentz
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Exercícios
Páginas 47 a 55 (livro):
Exercícios: ____________.

Francisco Lorentz 58
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Classificação dos Custos ou Despesas


Em relação ao volume de produção ou nível de
atividade

Fixos
Quando independem do nível de atividade.
Ex: aluguel da fábrica; seguro das instalações de
comercialização

Variáveis
Quando em valor total variam na mesma proporção
da variação do nível de atividade ou produção.
Ex: matéria-prima; comissão dos vendedores
Francisco Lorentz
59
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Gastos ($) Classificação dos Custos ou Despesas

Os gastos fixos

Constantes

Volume (Q)
Francisco Lorentz 60
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Classificação dos Custos ou Despesas


Os gastos variáveis
Gastos ($)

Crescentes

Volume (Q) 61
Francisco Lorentz
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Gastos ($) Classificação dos Custos ou Despesas

Os gastos fixos unitários

Decrescentes

Francisco Lorentz
Volume (Q) 62
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Gastos ($) Classificação dos Custos ou Despesas

Os gastos variáveis unitários

Constantes

Volume (Q)
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Francisco Lorentz
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Exercícios
Em relação a uma fábrica, classifique os custos abaixo em fixos
(F) ou variáveis (V):
( ) Mão de obra do operário de produção (perfeitamente
identificada com os produtos)
( ) Mão de obra do supervisor de manutenção
( ) Matéria-prima consumida na produção
( ) Aluguel do galpão
( ) Energia elétrica (consumida por uma máquina utilizada para
corte de aço)
( ) Energia elétrica (consumida na iluminação da fábrica)
( ) Seguro do equipamento
( ) Seguro do prédio
( ) Depreciação das máquinas

64
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Exemplo
O restaurante Sabor apresenta os dados seguintes:

Pratos servidos: 3.000 por mês


Custos fixos: $12.000,00

Custos variáveis: $15.000,00


Preço de venda: $14,00 por prato
Calcule:
O custo por prato

O lucro obtido na venda por prato

65
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custo do prato

Fixos $12.000,00
Variáveis $15.000,00
$27.000,00
÷ 3.000 pratos

$9,00

Francisco Lorentz 66
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Lucro por prato

Venda $ 14,00
(-) Custo $ 9,00
$ 5,00

Francisco Lorentz 67
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS

Páginas 47 a 55 (livro)

Exercícios: ________________________

68
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio por
Absorção

69
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio por Absorção


O custeio por absorção consiste na apropriação
de todos os custos (sejam eles fixos ou
variáveis; diretos ou indiretos) à produção do
período. As despesas são lançadas
imediatamente contra o resultado do período.
O objetivo principal deste método de custeio é
apurar o custo de uma unidade do produto
fabricado. Os custos unitários são necessários
para custear inventários (estoques), constar
nos demonstrativos financeiros e para
determinar o lucro líquido do período (por meio
da apuração dos custos dos produtos
vendidos).
Francisco Lorentz
70
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Fluxo dos Custos – Custos de Produtos e


Despesas do Período
Custos do Produto Balanço Patrimonial

Aquisição de Estoque de matérias-


matérias-primas primas

Mão de obra direta


Estoque de produtos
em processo
Custos indiretos de Demonstração do
Resultado
fabricação
Estoque de produtos Custo dos produtos
acabados vendidos
Despesas do Período

Vendas e Desp. de vendas e


administração administrativas

Francisco Lorentz 71
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custos de Produção (CP)


Custos incorridos no processo produtivo em um
determinado período de tempo.

CP = MP + MOD + CIF (GGF), onde:

MP: custo das matérias-primas


MOD: mão de obra direta
CIF: Custos Indiretos de Fabricação ou Gastos Gerais
de Fabricação (GGF).

Francisco Lorentz
72
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Inter-relacionamento do ciclo de custos


com os estoques na atividade industrial
Custo da Produção do Período ou Custo Fabril: é a soma
dos custos incorridos no período dentro da fábrica em
determinado período.

CPP = MP (EI + C – EF) + MOD + CIF

Custo da Produção Acabada ou Custos dos Produtos


Fabricados
CPA = EIPE + CPP – EFPE

Custo dos Produtos Vendidos

CPV = EIPA + CPA – EFPA


73
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva
Inter-relacionamento do ciclo de custos com os estoques
na atividade industrial

Francisco Lorentz
74
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Inter-relacionamento do ciclo de custos com os estoques


na atividade industrial
Exemplo:
Consideremos que uma indústria apresente os seguintes
valores para sua produção:
Item Estoques iniciais Estoques finais

Matérias-primas 100 200

Produtos em elaboração 150 50

Produtos acabados 500 700

• Compras de matérias-primas do período = R$ 700


• Mão de obra direta aplicada à produção do período = R$ 300
• Gastos Gerais de Fabricação (custos indiretos) aplicados à
produção do período = R$ 400

Francisco Lorentz
75
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva
Inter-relacionamento do ciclo de custos com os estoques na
atividade industrial

Francisco Lorentz
76
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Outra forma de representar a movimentação dos custos da empresa


Estoque inicial matéria-prima 100
(+) Compras 700
(-) Estoque final matéria-prima (200)
(=) Custo MP 600
(+) Mão de obra direta 300
(+) CIF 400
(=) Custo da produção do período (CPP) 1.300
(+) Estoque inicial produtos em elaboração 150
(-) Estoque final produtos em elaboração (50)
(=) Custo da produção acabada (CPA) 1.400
(+) Estoque inicial produtos acabados 500
(-) Estoque final produtos acabados (700)
(=) Custo dos produtos vendidos (CPV) 1.200
Francisco Lorentz
77
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva
Inter-relacionamento do ciclo de custos com os estoques na
atividade industrial
OUTRAS NOMENCLATURAS

Custos de Fabricação
Também chamados custos do
produto ou custos inventariáveis

Custos indiretos
Matéria-prima Mão de obra direta de fabricação
Materiais que Custos de mão de Todos os custos de
podem ser obra que podem ser fabricação, exceto
identificados a um identificados a um materiais diretos
produto produto mão de obra direta

Custo Primário Custo de Conversão


ou de Transformação

Francisco Lorentz
78
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS

P áginas 123 a 127 (livro):

Exercícios:________________.

Francisco Lorentz
79
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Materiais
Movimentação de Estoques

Francisco Lorentz 80
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

MATERIAIS DIRETOS
São as matérias-primas, os componentes adquiridos prontos, as
embalagens e os outros materiais diretos utilizados no processo
de fabricação serão apropriados aos produtos pelo seu custo de
aquisição.

O uso dos materiais diretos na produção envolve várias etapas,


desde a sua aquisição até o consumo direto na produção.

É o custo de qualquer material diretamente identificável com o


produto e que se torne parte integrante dele.

Exemplo: matéria-prima, embalagens.


Francisco Lorentz 81
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

MATERIAIS DIRETOS
Integram ao custo de aquisição (CPC 16 – R2):
• O preço de compra.
• Os tributos de importação e gastos alfandegários (no caso
de importação); e outros tributos (com exceção daqueles
posteriormente recuperáveis pela entidade - ICMS, IPI e
PIS/COFINS);
• Os gastos com transporte (frete FOB).

Compras líquidas
= compras brutas
+ fretes e seguros
– impostos (recuperáveis)
– devoluções
– abatimentos
– descontos incondicionais
Francisco Lorentz 82
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

MATERIAIS DIRETOS
Itens não computados no custo dos estoques [CPC 16 (R2)]:
deverão ser registrados como despesas no resultado do
período em que incorrerem:
a) valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou
outros custos de produção;
b) custos de estocagem, salvo quando necessários ao processo
produtivo, como entre uma ou outra fase de produção;
c) despesas administrativas que não contribuem para trazer os
estoques ao seu local e condição atuais;
d) despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos
bens e serviços aos clientes (fretes, comissões, impostos sobre a
venda);
e) encargos financeiros decorrentes de compras a prazo,
resultantes da diferença entre o preço de aquisição em condição
normal de pagamento e o valor pago.
Francisco Lorentz 83
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO DO MATERIAL ADQUIRIDO

Compra de 10.000 kg de matéria-prima. Os dados referentes à compra


são os seguintes:

 Nota Fiscal (prazo 30 d) $ 308.000,00


 Frete e seguro $ 10.000,00
 Valor do IPI $ 28.000, 00
 ICMS $ 50.000,00

Se os impostos (IPI e ICMS) forem recuperáveis, o valor de aquisição


do material seria:
Total da Nota Fiscal $ 308.000,00
(-) IPI ($ 28.000,00)
(-) ICMS ($ 50.000,00)
(+) Frete e Seguro $ 10.000,00
(=) Custo do Material $ 240.000,00
Francisco Lorentz 84
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO DO MATERIAL ADQUIRIDO

Se, por exemplo, o IPI não for recuperável, o


valor do material será o seguinte:

Total da Nota Fiscal $ 308.000,00


(-) ICMS ($ 50.000,00)
(+) Frete e Seguro $ 10.000,00
(=) Custo do Material $ 268.000,00

Francisco Lorentz 85
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS
Páginas: 127 a 129 (livro):

Exercícios: _____________________.

Francisco Lorentz
86
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Valoração das saídas de


materiais
 inventário periódico
 inventário permanente

Francisco Lorentz
87
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Valoração das saídas de materiais – inventário


periódico e inventário permanente
Para atribuir custo dos materiais às unidades
consumidas, usamos basicamente os sistemas de
Inventário Periódico e Inventário Permanente.

Inventários
 Periódico
Inventário levantado no fim de cada período
contábil.
 Permanente
A quantidade e o valor dos estoques são
conhecidas permanentemente (no momento da
saída do estoque).
Francisco Lorentz 88
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Inventário Periódico

O custo dos materiais é obtido pela diferença


entre o total dos materiais disponíveis para
consumo (estoque inicial + compras) durante o
período e o estoque final (apurado por meio de
levantamento físico).
Pode ser obtido pela seguinte fórmula:
Materiais = EI + C (líquidas) – EF

Francisco Lorentz 89
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Inventário Periódico
Exemplo:
Estoque inicial de materiais diretos (MD)= $ 25.000,00
Compras do período = $ 33.000,00
Estoque Final = $ 8.000,00

MD = EI + C - EF

MD = $ 25.000,00 + $ 33.000,00 - $ 8.000,00


MD = $ 50.000,00 representa o material direto
aplicado na produção do período.

Francisco Lorentz 90
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Inventário Permanente
O custo dos materiais é obtido por meio de
um controle contínuo do estoque de
materiais, dando baixa em cada saída e
registrando a entrada em cada compra.

Os métodos utilizados no Brasil (CPC 16


(R2) são Custo Específico, PEPS e Custo
Médio Ponderado.

Existe, ainda, UEPS, que não é permitido


pela legislação fiscal e societária no Brasil.

Francisco Lorentz 91
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Inventário Permanente
Custo Específico
Este critério é utilizado quando é possível fazer a
determinação do custo específico de cada unidade em estoque
em função da quantidade, do valor ou a própria característica
do material; dá-se baixa em cada saída por esse valor.
O estoque final será a soma de todos os custos específicos de
cada unidade ainda não utilizada na produção.
Este critério de valoração é utilizado em estoques formados
por itens que não são normalmente intercambiáveis (CPC 16 –
R2) e de bens ou serviços produzidos e segregados para
projetos específicos, ou seja, são atribuídos custos
específicos a itens identificados do estoque como, por
exemplo, na produção de navios, aviões, máquinas pesadas
etc.
Francisco Lorentz 92
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Inventário Permanente
PEPS ou FIFO
Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair / First In, First Out

Neste critério são baixados, em primeiro lugar, os


materiais diretos adquiridos há mais tempo e, depois, os
mais novos, nessa ordem.

Exemplo:
• Dia 1º: entrada 100 un. a $ 10/un.
• Dia 10: entrada 100 un. a $ 20/un.
• Dia 15: saída para a produção de 50 unidades. O custo
utilizado será o da primeira entrada.
50 unidades x $ 10 = $ 500
Francisco Lorentz 93
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Inventário Permanente
Custo Médio Ponderado
Considera os valores médios em estoque, independente de sua
data de entrada. O custo a ser contabilizado representa uma média
dos custos de aquisição.

Exemplo:
• Dia 1º: 100 un. x $ 10 = $ 1.000
• Dia 10: 100 un. x $ 20 = $ 2.000
200 un. $ 3.000
C. Médio = $ 3.000 : 200 un. = $ 15/un.

• Dia 15: saída para a produção de 50 unidades.

Custo das saídas = 50 un. x $ 15 = $ 750

Francisco Lorentz 94
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Inventário Permanente
UEPS ou LIFO
Último a Entrar, Primeiro a Sair / Last In, First Out
O custo a ser contabilizado em decorrência de consumo no
processo produtivo é feito da seguinte forma: são baixados,
em primeiro lugar, os materiais diretos adquiridos mais
recentemente e, depois, os mais antigos, nessa ordem.

Exemplo:
• Dia 1º : entrada 100 un. a $ 10/un.
• Dia 10: entrada 100 un. a $ 20/un.
• Dia 15: saída para a produção de 50 unidades. O custo
utilizado será o da última entrada.
50 un. x $ 20 = $ 1.000 (ref. última entrada)
Francisco Lorentz 95
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Inventário Permanente

 Mais exemplos
Veja mais exemplos nas páginas 71 a 79 do livro.

Registro das devoluções e abatimentos


- Inventário Permanente
Veja os exemplos nas páginas 79 a 83 do livro.

Francisco Lorentz 96
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Inventário Permanente

Importante
A entidade deve usar o mesmo critério de
custeio para todos os estoques que tenham
natureza e uso semelhantes para a entidade.
Para os estoques que tenham usos diferentes
em segmentos de negócios distintos, podem
justificar-se diferentes critérios de
valoração.

Francisco Lorentz 97
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Inventário Permanente
Algumas das vantagens e desvantagens de cada um dos
critérios podem ser descritas no quadro seguinte,
especialmente em períodos de altas oscilações de preços.

Critério Estoque Lucro Imposto de Renda

Menos Imposto
UEPS Menor valor de estoque Menos lucro
de Renda
Custo Meio termo entre Meio termo entre Meio termo entre
Médio UEPS e PEPS UEPS e PEPS UEPS e PEPS

PEPS Maior valor de estoque Mais lucro Mais Imposto de Renda

Francisco Lorentz 98
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS

Páginas: 133 a 137 (livro):

Exercícios: ________________.

Francisco Lorentz
99
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)


Pronunciamento Técnico 16 (R2) – Estoques
(NBC TG 16 – R2)
 As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) são normas
convergentes com as normas internacionais – International
Financial Reporting Standard (IFRS) – emitidas pelo International
Accounting Standards Board (IASB), que estabelecem preceitos
de conduta profissional e padrões e procedimentos técnicos
necessários para o adequado exercício profissional.
 No Brasil, após serem traduzidas, as IFRS passam pela análise
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) que,
posteriormente, emite Pronunciamentos, Interpretações e
Orientações. O CFC homologa os pronunciamentos do CPC por
meio de Resolução aprovando a respectiva NBC TG (Norma
Brasileira de Contabilidade – Técnica Geral). Cada CPC gera uma
NBC TG com o mesmo número.

Francisco Lorentz
100
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)


Pronunciamento Técnico 16 (R2) – Estoques
(NBC TG 16 – R2)
 A NBC TG 16 (R2) – Estoques (CPC 16 – R2), aprovada pelo
CFC, estabelece o tratamento contábil para os estoques,
proporcionando orientação sobre a determinação do valor de
custo dos estoques e sobre o seu subsequente reconhecimento
como despesa em resultado (custo das mercadorias e produtos
vendidos e serviços prestados), incluindo qualquer redução ao
valor realizável líquido, além de proporcionar orientação sobre
métodos e os critérios usados para atribuir custos aos estoques.
 O objetivo dessa norma é determinar a forma de avaliação dos
estoques mantidos para consumo, adquiridos para revenda,
utilização industrial ou prestação de serviços, além dos estoques
de produtos em processo e produtos acabados.

Francisco Lorentz
101
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)


Pronunciamento Técnico 16 (R2) – Estoques
(NBC TG 16 – R2)

De acordo com a NBC TG 16 (R2) – Estoques (CPC 16


– R2), os estoques compreendem bens adquiridos e
destinados à venda, incluindo, por exemplo,
mercadorias compradas por um varejista para revenda
ou terrenos e outros imóveis para revenda.
Os estoques também compreendem produtos acabados
e produtos em processo de produção pela entidade e
incluem matérias-primas e materiais aguardando
utilização no processo de produção, tais como:
componentes, embalagens e material de consumo.

Francisco Lorentz
102
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)


Pronunciamento Técnico 16 (R2) – Estoques
(NBC TG 16 – R2)

Mensuração e ajuste dos estoques


De acordo com o CPC 16 (R2), a mensuração de
estoques pode ocorrer de duas formas, devendo a
entidade optar por aquele que for menor:
a) Pelo valor de custo; ou
b) Pelo valor realizável líquido.
Esta determinação baseia-se no princípio de que
nenhum ativo deve ser escriturado no Balanço
Patrimonial por valores superiores ao de sua possível
realização, em função da sua venda ou uso.
Francisco Lorentz
103
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Ajuste dos estoques – CPC 16 (R2)

De acordo com o CPC 16 (R2), a mensuração de


estoques pode ocorrer de duas formas, devendo
a entidade optar por aquele que for menor:
a) Pelo valor de custo; ou
b) Pelo valor realizável líquido.
Esta determinação baseia-se no princípio de que
nenhum ativo deve ser escriturado no Balanço
Patrimonial por valores superiores ao de sua
possível realização, em função da sua venda ou
uso.
Francisco Lorentz
104
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva
Valor Realizável Líquido (VRL)
VRL é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios
deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados
necessários para se concretizar a venda.
Exemplo:
EVENTOS CONTABILIZAÇÃO

VALOR DE AQUISIÇÃO DO
ESTOQUE 250 D OUTRAS DESPESAS (DRE) 88
(+) FRETES/SEGUROS 30 C AVRL - ESTOQUES (BP) 88
(-) IMPOSTOS RECUPERÁVEIS (20)
(-) DESCONTOS INCONDICIONAIS (10) DEMONSTRAÇÃO NO BP
VALOR DE CUSTO DO ESTOQUE 250
ESTOQUE 250
(-) AJUSTE a VRL ( 88)
PREÇO DE VENDA 260 = SALDO (visualizado pelo usuário) 162
(-) COMISSÕES SOBRE VENDA (26)
(-) IMPOSTOS SOBRE VENDA (52)
(-) DESPESAS PARA VENDER (20)
VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO 162

AJUSTE A VRL (250 – 162) -88

Francisco Lorentz 105


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva
Valor Realizável Líquido – outro exemplo
A empresa ABC, no encerramento do exercício social findo em
31/12, apurou seus estoques, assim como o valor líquido realizável de
cada produto (diferença entre o valor de venda no mercado e o de
todas as despesas necessárias à realização da venda). Observe o
quadro a seguir:
Valor realizável
Custo Médio
Produto Quantidade Estoque ($) Líquido ($ por
($)
unidade)
A 10.000 10,00 100,00,00 9.00
B 12.000 5,00 60.000,00 6,00
C 20.000 5,00 100.000,00 4,00
Total 260.000,00
A composição do estoque na data do balanço será:
ATIVO CIRCULANTE
Estoques de produtos para revenda 260.000,00
(-) Perdas Estimadas para redução ao valor
realizável líquido (30.000,00)
= Valor Líquido............................................................... 230.000,00
Francisco Lorentz 106
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)


Pronunciamento Técnico 16 (R2) – Estoques
(NBC TG 16 – R2)

Veja outros pontos importantes


abordados na NBC TG 16 (R2), nas
páginas 88 a 102 do livro, para
responder os exercícios a seguir.

Francisco Lorentz 107


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS

Páginas: 129 a 132 (livro):

Exercícios: ________________.

Francisco Lorentz
108
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custo da mão de obra


direta (MOD)

Francisco Lorentz 109


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custo da mão de obra direta (MOD)

 A MOD é aquela considerada efetivamente trabalhada na


fabricação do produto. Para o cálculo da MOD é
necessária a mensuração do tempo utilizado na fabricação
do produto e multiplicá-lo pela taxa (custo) de MOD por
hora de cada trabalhador aplicado na fabricação daquele
bem.
 Serão considerados os salários e encargos, os direitos
trabalhistas como 13º salário, 1/3 de adicional de férias,
descanso semanal remunerado, entre outros.
 Dependendo da política interna da empresa de concessão
de benefícios aos empregados, assistência médica,
previdência privada, refeição, entre outros, podem ser
considerados também para o cálculo da MOD.
Francisco Lorentz 110
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custo da mão de obra direta (MOD)


Os encargos previdenciários das empresas, via de regra, correspondem
à aplicação das seguintes alíquotas sobre o total das remunerações
pagas ou creditadas no decorrer do mês aos empregados:

Contribuições incidentes sobre


Alíquota
o total de remunerações pagas ou creditadas

Contribuição à Previdência Social (INSS) 20%


Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) 8%
Salário-Educação 2,5%
SESI/SESC 1,5%
SENAI/SENAC 1%
SEBRAE 0,6%
INCRA 0,2%
Risco de Acidente do Trabalho (RAT) 3%
TOTAL 36,80%
Francisco Lorentz 111
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custo da mão de obra direta (MOD)


Cálculo da MOD/hora
• Determinar o número de dias produtivos do trabalhador.
• Determinar o número de dias não trabalhados no ano, como
férias, Descanso Semanal Remunerado (DSR), feriados e faltas
abonadas legalmente.
Considerando um ano com 365 dias, menos 30 dias de férias, 48
domingos (excluindo 4 domingos já computados nas férias) e 12
dias entre feriados e dias santificados, além do feriado estadual,
temos 275 dias úteis.

Considerando a jornada de trabalho prevista na Constituição Federal


do Brasil por semana e, considerando o domingo como DSR,
teremos:
44 horas semanais
= 7,3333 h/dia
6 dias/semana
Francisco Lorentz 112
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custo da mão de obra direta (MOD)

Por ano o operário estará efetivamente na empresa por 2.016,67


horas (275 dias x 7,3333 horas/dia).

Assim, considerando que o salário anual de um empregado


$ 18.000,00, o custo por hora desse empregado será:
Salário anual.................................................................. $ 18.000,00
+ Contribuições sociais (36,8% x $ 18.000,00)............ $ 6.624,00
= Gasto total................................................................... $ 24.624,00

O custo da MOD/hora será: $ 24.624,00 ÷ 2.016,67 horas = $ 12,21/hora

Gasto com a folha de pagamento do operário (mensal):


$ 24.624,00 ÷ 12 meses = $ 2.052,00/mês.

Francisco Lorentz 113


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custo da mão de obra direta (MOD)

Vamos supor que os cálculos da taxa de MOD/hora ($ 12,21)


refira-se a um operário da Indústria Lubrifica Tudo, que fabrica
caixas de lubrificantes com 12 unidades de 1.000 ml cada.
O operário gasta 10 minutos de tempo de fabricação por caixa,
e o salário mensal deste operário é de $ 2.052,00 (folha de
pagamento).
Qual seria o custo de MOD por caixa?
1 hora (60 minutos) ..................................................... $ 12,21
10 minutos ................................................................... x

x = ($ 12,12 x 10 min) ÷ 60 min................................... $ 2,04

Custo total da mão de obra (direta) para uma caixa: $ 2,04

Francisco Lorentz 114


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custo da mão de obra direta (MOD)

Supondo, ainda, que o operário finalize 36 caixas por dia e


considerando um mês com 22 dias úteis, teremos o seguinte
cálculo de MOD no período:
 10 min/caixa x 36 un. = 360 min/dia.
 22 dias x 360 min/dia = 7.920 min/mês, que corresponderá a
132 horas/mês (7.920 min/60 min).

Assim, o custo da MOD mensal desse operário aplicado na


fabricação de caixas contendo 12 unidades de lubrificantes de
1.000 ml cada, será de $ 12,21/hora x 132 horas = $ 1.611,72.

Francisco Lorentz 115


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custo da mão de obra direta (MOD)


E quanto ao restante do gasto mensal com esse
operário, que monta em $ 2.052,00?
A diferença entre o gasto mensal com o
operário de $ 2.052,00, e o valor do
trabalho dele efetivamente empregado na
produção, de $ 1.611,72, será de $ 440,28,
e este valor corresponderá ao tempo
ocioso dessa mão de obra, que será
classificado como mão de obra indireta
(MOI) e distribuído aos demais produtos
por meio de rateio.
Um mesmo operário poderá trabalhar na fabricação de diversos
produtos. Assim, o custo da MOD total associado a eles será obtido
por meio da multiplicação da taxa de MOD/hora pelo número de
horas trabalhadas totais por cada produto.
Francisco Lorentz 116
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS
Pág. 138 e 139 (livro):

Exercícios : _____________________.

Francisco Lorentz
117
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Contabilização dos
Custos Indiretos de
Fabricação (CIF)

Francisco Lorentz 118


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Contabilização dos CIF


Os CIF compreendem os demais gastos necessários
para a fabricação dos produtos, como por exemplo:
aluguéis, energia elétrica, serviços de terceiros,
manutenção da fábrica, depreciação, seguros diversos,
material de limpeza, óleos e lubrificantes para as
máquinas, pequenas peças para reposição,
comunicações etc.
Os CIF não têm relação direta com os produtos
fabricados, ocorrem mensalmente e independem do
volume fabricado. São apropriados aos produtos
fabricados atendendo ao do regime contábil da
competência.
Francisco Lorentz 119
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Contabilização dos CIF


Exemplo: suponhamos que temos que ratear gastos
com material indireto, que totalizaram $ 20.000,00,
entre três produtos A, B e C, e que a base de rateio
seja o gasto com matéria-prima incorrido na produção
de cada um e discriminados a seguir:

Produto Gastos com matéria-prima


A $ 50.000,00
B $ 125.000,00
C $ 75.000,00
TOTAL $ 250.000,00

Francisco Lorentz 120


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Contabilização dos CIF


Rateio: base matéria-prima aplicada

Produto Gasto com MP % Mat Ind ( % x $ 20.000 )

A $ 50.000,00 20 % $ 4.000,00

B $ 125.000,00 50 % $ 10.000,00

C $ 75.000,00 30 % $ 6.000,00

TOTAL $ 250.000,00 100 % $ 20.000,00

Francisco Lorentz 121


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Contabilização dos CIF


Lançamentos: transferência do custo de material
indireto para os produtos:

Material Indireto Produto A

20.000,00 20.000,00 (a) (a) 4.000,00

Produto B
(a) 10.000,00

Produto C
(a) 6.000,00

Francisco Lorentz 122


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Previsão e taxa de aplicação


dos Custos Indiretos de
Fabricação (CIF)

Francisco Lorentz 123


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Previsão e taxa de aplicação dos CIF

A taxa de aplicação de custos indiretos tem por finalidade


uniformizar esses custos apropriados à produção em
determinado período. Caso a empresa deseje apurar e
contabilizar o custo dos produtos à medida que os fabrica,
precisará de previsões adequadas e deverá prever quais
custos indiretos ocorrerão, como serão distribuídos aos
departamentos e como serão alocados aos produtos.
Consiste em efetuar uma estimativa de qual será o valor
dos custos indiretos num determinado período de produção
e utilizar esses gastos pré-estimados para apurar o custo da
produção do período.

Francisco Lorentz 124


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Previsão e taxa de aplicação dos CIF


Cálculo da taxa predeterminada:
1º Passo: estimar o volume de produção no período, uma vez
que os CIF variáveis dependem desse volume.
2º Passo: estimativa dos CIF variáveis, a partir da previsão do
volume de produção.
3º Passo: estimativa dos CIF Fixos.
4º Passo: cálculo da taxa predeterminada de CIF para aplicação
à produção, em função do critério de rateio escolhido, por meio
da fórmula a seguir:
CIF
Taxa de aplicação de CIF =
Volume do critério de rateio
Francisco Lorentz 125
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Previsão e taxa de aplicação dos CIF


Exemplo: as estimativas de custos e produção do Departamento
GAMA são as seguintes para o ano de 2015:
Produção anual (em horas de MOD).................. 15.000 h
Custos indiretos variáveis:
• por hora = $ 35,00
• no ano = 15.000 h x $ 35,00 ..................... $ 525.000,00
Custos indiretos fixos no ano ........................... $ 300.000,00
Custos indiretos de fabricação orçado (total)..... $ 825.000,00

O cálculo da taxa de aplicação de CIF é: $ 825.000,00 ÷


15.000 h = $ 55,00/h.
Então, para cada hora apontada de mão de obra direta nos
produtos (valores reais), aplica-se a taxa de $ 55,00 de CIF.
Francisco Lorentz 126
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Previsão e taxa de aplicação dos CIF

 No final do período, comparam-se os CIF aplicados com os


CIF reais.
 As diferenças deverão ser apuradas e rateadas para a conta
de estoques de Produtos em Elaboração, Produtos
Acabados e para a conta de Custo dos Produtos Vendidos,
ajustando, dessa forma, aqueles custos que ficaram
subavaliados ou superavaliados.

Veja a contabilização dos CIF Aplicados nas páginas 110 a 113 do livro.

Francisco Lorentz 127


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Departamentalização dos
Custos Indiretos de
Fabricação (CIF)

Francisco Lorentz 128


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Departamentalização dos CIF


 Consiste em agrupar funções semelhantes ou atividades
principais em centros de custos.
 A departamentalização é o agrupamento homogêneo
das atividades e recursos – humanos, materiais,
financeiros, equipamentos etc., em uma empresa, que
permite simplificar os trabalhos de gestão dos custos e
aumentar a eficiência e eficácia da gestão, contribuindo
um aproveitamento mais racional dos recursos
disponíveis na empresa.
 Custo Departamental é um sistema de atribuição dos
CIF aos produtos por departamentos.
 Departamento é a menor unidade administrativa de uma
empresa, para efeito de acumulação dos CIF.
Francisco Lorentz 129
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Departamentalização dos CIF


Centro de custos
Para efeito de cálculo dos custos indiretos de
fabricação, a Contabilidade de Custos considera cada
departamento como sendo um Centro de Custos.

Centro de Custos é a unidade mínima utilizada para


acumulação dos custos indiretos de fabricação. Um
departamento poderá ter mais um centro de custos
desde que essa subdivisão seja economicamente
viável, permitindo melhor apropriação dos Custos
Indiretos aos produtos.

130
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Departamentalização dos CIF


A distinção entre os tipos de departamentos tem como base a
relação física entre eles e os produtos fabricados, e podem
ser:
Departamentos de produção (principais ou operacionais):
são aqueles que promovem modificações sobre os produtos
diretamente; os produtos passam fisicamente por eles e os
custos acumulados nesses serão distribuídos aos produtos.
Departamentos de serviços (auxiliares ou de apoio): são
aqueles cujo objetivo é prestar serviços para os demais
departamentos em atendimento às necessidades do
processo. Eles não atuam diretamente sobre o produto e têm
seus custos transferidos para os departamentos que deles se
beneficiam.
Francisco Lorentz 131
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Departamentalização dos CIF

A departamentalização dos custos indiretos ocorre de acordo


com as seguintes etapas:
1) Levantamento e distribuição (alocação, rateio) dos custos
indiretos a todos os departamentos (produtivos e de apoio) -
alocação primária;
2) Distribuição, por meio de rateio, dos valores existentes nos
departamentos de serviços para os departamentos
produtivos; e
3) Distribuição dos CIF dos departamentos produtivos aos
produtos ou serviços, conforme o uso que estes façam
daqueles departamentos, estabelecido por algum critério -
alocação secundária.
Francisco Lorentz 132
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Francisco Lorentz 133


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Departamentalização dos CIF


Exemplo: Uma Companhia fabrica os produtos P1, P2 e P3.
Os custos diretos para fabricação dos produtos, no mês de abril
de 2013, foram:
P1 P2 P3
Matéria-Prima R$ 15.000,00 R$ 25.000,00 R$ 10.000,00
Mão de Obra Direta R$ 4.000,00 R$ 4.000,00 R$ 2.000,00
Total Custos Diretos R$ 19.000,00 R$ 29.000,00 R$ 12.000,00

Os custo indiretos de fabricação identificados com os


departamentos foram os seguintes:
Administração
Manutenção Montagem Acabamento
Geral
R$ 12.000,00 R$ 7.000,00 $ 25.000,00 R$ 27.500,00

Francisco Lorentz
134
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Departamentalização dos CIF


Os critérios de rateio adotados pelo sistema de custos da
empresa são os seguintes:

 Administração geral – percentuais iguais para cada


departamento.
 Manutenção – 70% para montagem e o restante para
acabamento.
 Montagem – proporcional à mão de obra direta por
produto.
 Acabamento – proporcional ao consumo de matéria-
prima por produto.
Com base nas informações acima, informe o CUSTO
TOTAL dos produtos P1, P2 e P3.
Francisco Lorentz 135
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Departamentalização dos CIF


Departamentalização dos Custos indiretos de Fabricação:

Acaba-
Itens Adm Geral Manutenção Montagem Total
mento
Custos
12.000,00 7.000,00 25.000,00 27.500,00 71.500,00
Indiretos

Dist Adm -

Soma 71.500,00

Dist Mnt - -

Soma 71.500,00

Francisco Lorentz 136


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Departamentalização dos CIF

Distribuição dos CI dos Departamentos Produtivos aos produtos:

Montagem Acabamento TOTAL


P
P1
R
O
P2
D
U
P3
T
O
S Total 71.500,00

Francisco Lorentz
137
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Departamentalização dos CIF

Custo total de cada produto

Itens P1 P2 P3 Total
Custo
Direto

CIF

Total

Francisco Lorentz
138
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Departamentalização dos CIF


Métodos de alocação do custo dos departamentos
de apoio para os departamentos de produção:

 Direto,
 Sequencial, e
 Recíproco

Veja os exemplos nas páginas 118 a 123 do


livro.
Francisco Lorentz
139
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS
Pág. 139 a 143 (livro)

Exercícios: ____________________________.

Francisco Lorentz
140
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS

✔ Por Ordem de Produção (encomenda)


✔ Por Processo (produção contínua)
✔ Híbrido

A distinção entre o custeamento por ordem e o por


processo está relacionada com o tipo de atividade
produtiva exercida pela empresa.

Francisco Lorentz 141


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Produção por Ordem


➢ Quando a empresa programa a sua atividade produtiva a
partir de encomendas específicas de cada cliente.

➢ Cada pedido tem características especiais de tamanho, de


capacidade e de outros atributos que o torna praticamente
único.

➢ Os custos são acumulados numa conta específica para


cada ordem de produção (ou encomenda).

➢ Esta conta só para de receber custos quando a ordem


estiver encerrada.

Francisco Lorentz
142
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Exemplo de uma OP

Francisco Lorentz 143


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Produção por Ordem


Exemplos:
- assistência técnica de veículos automotores;
- fábrica de móveis por encomenda;
- empresas de consultoria e de auditoria;
- gráficas;
- fabricantes de piscinas;
- estaleiros;
- fábrica de equipamentos de grande porte;
- construção civil (obras do governo ou prédios industriais);
- empresas de projetos de arquitetura e engenharia;
- transportes especializados de produtos químicos,
explosivos, derivados de petróleo etc.
Francisco Lorentz 144
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

P rodução por Ordem

Exemplo:
Em 05/12/X4, a Metalúrgica Chapa Kent encomendou
uma máquina da indústria de máquinas LorentzMaq, com
prazo de entrega de dois meses. Para dar início aos
trabalhos, a LorentzMaq emitiu a OP nº 1.001.
Durante o mês de dezembro, foram requisitados os
seguintes insumos de produção:
- Materiais diretos $ 30.000,00
- Mão de obra direta $ 20.000,00
- CIF rateados $ 15.000,00
Total $ 65.000,00

145
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

P rodução por Ordem


Contabilmente, será lançado em dezembro no razonete
da conta da OP nº 1.001, o seguinte:
OP Nº 1.001

MD 30.000

MOD 20.000

CIF 15.000

65.000

Tendo em vista que em 31/12/X4 a OP nº 1.001 estará em


andamento, seu saldo de $ 65.000,00 constará no
Balanço (Ativo Circulante) como “Produtos em Processo”.

Francisco Lorentz 146


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

P rodução por Ordem


Dando prosseguimento aos trabalhos em X5, a OP nº
1.001 recebeu os seguintes valores:

- Materiais diretos $ 7.000,00


- Mão de obra direta $ 5.000,00
- CIF (mediante rateio) $ 3.000,00
Total $ 15.000,00

Conforme previa o contrato (2 meses), a OP nº 1.001 foi


encerrada e acumulou um saldo de $ 80.000,00 ($ 65.000,00 +
$ 15.000,00); e este será o custo final do produto acabado, que
será transferido para a conta Produtos Acabados ou para a
conta Custo dos Produtos Vendidos, conforme o caso.

Francisco Lorentz 147


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

P rodução por Ordem

Francisco Lorentz 148


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Produção por Ordem

149
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS
Pág. 159 a 160 (livro)

Exercícios: ____________________________.

Francisco Lorentz
150
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Produção Contínua (processo)


➢ Ocorre quando a empresa faz produção em série (ou
“em massa”) de um produto ou linha de produtos.
➢ A empresa produz para estoque e não para atender
encomendas específicas para clientes.

➢ Produtos padronizados.

➢ Fruto da experiência do setor de vendas da empresa


no tocante ao perfil do mercado consumidor (atender à
demanda).

Francisco Lorentz 151


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Produção Contínua (processo)


➢ Exemplos:
- Indústria têxtil;
- Produtos farmacêuticos;
- Indústria de aço;
- Peças para automóveis.

➢ Os custos são acumulados em contas representativas


dos produtos ou linha de produtos.
➢ As contas nunca são encerradas.
➢ Há fluxo contínuo de produtos em elaboração, produtos
acabados e produtos vendidos.

Francisco Lorentz 152


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Produção Contínua (processo)


Exemplo
A Empresa Industrial Brasil, fabricante do produto “K”, apresentou
os seguintes dados ao final do mês outubro:
 Estoque inicial de produtos em elaboração e de produtos
acabados = 0
 Custo de produção do período relativo ao produto “K”

 Material Direto $ 21.000


 M.O. Direta $ 16.632
 CIF rateado $ 22.368 $ 60.000

- Da produção do período, 75% foram acabados: $ 45.000


- Foram vendidos 80% dos produtos acabados: $ 36.000

Francisco Lorentz 153


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Produção Contínua (processo)


Lançamentos contábeis:

Francisco Lorentz 154


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Produção Equivalente
➢ No exemplo da Empresa Industrial Brasil, nos referimos
um tanto vagamente ao fato de 75% da produção estar
acabada no período.
➢ Entretanto, se quisermos saber o custo médio de produção
das unidades acabadas no período teremos que recorrer ao
conceito de “EQUIVALENTE DE PRODUÇÃO” (ou
“PRODUÇÃO EQUIVALENTE”).

➢ Dentro do exemplo da Empresa Industrial Brasil,


suponhamos que 3.000 unidades de “K” foram iniciadas no
período e que, ao final deste, 1.800 estão totalmente
acabadas e 1.200 estão produzidas pela metade.
➢ Como será determinado o custo das 1.800 unidades
acabadas ?
Francisco Lorentz 155
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Produção Equivalente
Para calcular a produção equivalente devemos observar o
seguinte:
 1.800 unidades estão totalmente acabadas.
 1.200 unidades pela metade.
Logo, com os recursos utilizados para fazer 1.200
unidades pela metade daria para fazer 600 unidades
inteiras equivalentemente. Assim, equivalentemente
teremos:

156
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Produção Equivalente
O custo médio (unitário) seria, então:
Custo de produção do período $ 60.000,00
= = $ 25,00
Produção equivalente de unidades
2.400 un.
acabadas

O valor a ser debitado em PRODUTOS ACABADOS seria:


1.800 unidades acabadas x $ 25,00= $ 45.000,00

E, portanto, o saldo de PRODUTOS EM ELABORAÇÃO


seria $ 15.000,00 (correspondente a 1.200 x 50% x $
25,00).
157
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Produção Contínua (processo)


Lançamentos contábeis:

Francisco Lorentz 158


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

P rodução Equivalente em diversos graus


de acabam ento
Ainda dentro do caso de empresa industrial Brasil,
suponhamos que as 1.200 unidades iniciadas e não acabadas
receberam:
 totalmente a aplicação de materiais diretos (100%);
 estão 60% acabadas em relação à mão de obra direta
(verificação pelo apontamento); e
 estão 50% acabadas em relação aos CIF.

Nesse caso, a produção equivalente será diferente para


cada item do custo, já que as unidades apresentam diferentes
graus de acabamento em relação a cada um deles.

Francisco Lorentz 159


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

P rodução Equivalente em diversos graus de


acabam ento

Material direto: como o material direto foi aplicado


totalmente (100%) no início do processo, as unidades
acabadas e as em processo já receberam totalmente a sua
aplicação. Assim, a produção equivalente de MD será:

Francisco Lorentz 160


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

P rodução Equivalente em diversos graus


de acabam ento
Mão de obra direta: aplicada uniformemente durante a
fabricação dos produtos. Na produção semiacabada foram
aplicados 60% desse insumo.
Assim, a produção equivalente referente à MOD será:

161
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

P rodução Equivalente em diversos graus


de acabam ento
Custos indiretos de fabricação: foram aplicados aos
produtos semiacabados 50% dos CIF. Assim, a produção
equivalente referente a CIF será:

162
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva
P rodução Equivalente em diversos graus de acabam ento
O custo da produção do período, por item de custo, foi:
MD........ $ 21.000,00
MOD..... $ 16.632,00
CIF....... $ 22.368,00 $ 60.000,00
O custo médio (unitário) do produto será:

Produção Custo médio do


Item do custo Valor total do item
equivalente item
MD $ 21.000,00 3.000 unidades $ 7,00
MOD $ 16.632,00 2.520 unidades $ 6,60
CIF $ 22.368,00 2.400 unidades $ 9,32

Custo unitário total $ 22,92

O custo da produção acabada (CPA) das 1.800 unidades será:


1.800 unidades x $ 22,92 = $ 41.256,00.
163
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva
Lançamentos contábeis:

Francisco Lorentz 164


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

P rodução Equivalente

Nos exemplos anteriores sobre custeio por processo


consideramos situações menos complexas, como produção
do período com estoques iniciais iguais a zero. Mas, como
determinar a produção equivalente quando houver
estoque inicial de unidades parcialmente acabadas?
Quando houver estoque de produtos em processo
remanescente do período anterior, a empresa poderá optar
pelo método PEPS ou o método custo médio ponderado
para calcular o valor a ser transferido para o estoque de
produtos acabados.
Veja os exemplos das páginas 154 a 157 do livro.

165
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS
Pág. 160 a 165 (livro):

Exercícios: ____________________.

Francisco Lorentz
166
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custos Conjuntos
Coprodutos, subprodutos e sucatas

Francisco Lorentz
167
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custo Conjunto
 Existem processos industriais em que as coisas não são
tão claras (há uma série de custos que não são
facilmente atribuíveis aos produtos resultantes).

 E o caso da atividade industrial em que, do fluxo


comum do processo produtivo, emergem mais de uma
espécie ou qualidade do produto.

168
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Coprodutos
Coprodutos ou produtos conjuntos
 Dois ou mais itens produzidos a partir do mesmo
insumo.
 Faturamento significativo.
 São fabricados conjuntamente até o ponto de
separação, quando se tornam individualmente
identificáveis.
Ponto de separação: ponto do processo de produção
em que algum ou todos os produtos conjuntos podem
ser identificáveis como produtos separados
169
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Francisco Lorentz 170


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Subprodutos
 Tem uma importância secundária, em termos de vendas,
em relação aos produtos principais.
 Surgem de forma normal durante o processo de produção.
 Possuem mercado de venda relativamente estável, tanto no
que diz respeito à existência de compradores como quanto
ao preço.
 São itens que têm comercialização tão normal quanto os
produtos principais da empresa, mas que representam
porção ínfima do faturamento total.
171
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Produtos conjuntos e subprodutos

Produtos principais
Produtos conjuntos Subprodutos

Alto Baixo

Valor das vendas

172
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Sucatas (ou resíduos ou sobras)


 São aqueles itens que emergem da produção (seja
conjunta ou não), em estado normal, com defeitos ou
estragos, cuja venda é esporádica e realizada por valor não
previsível na data em que surgem sua fabricação.
 Como a sua venda é bastante incerta, não se pode
estabelecer, a priori, se ela ocorrerá ou não.
 Diferentemente dos coprodutos e subprodutos, as sucatas
não devem figurar no estoque da empresa.

Francisco Lorentz 173


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Apropriação dos custos conjuntos aos coprodutos

Do ponto de vista de custos para a avaliação dos


estoques, a apropriação dos custos conjuntos poderá
ser feita utilizando um dos três métodos apresentados
a seguir, entre outros métodos existentes:

 Valor de mercado após o ponto de separação;


 Quantidades físicas; e
 Igualdade do lucro bruto.

Francisco Lorentz 174


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Apropriação dos custos conjuntos aos coprodutos

Método do valor de mercado após o ponto de separação


 Neste método os custos conjuntos, já deduzidos da receita
obtida com a venda dos subprodutos, são distribuídos aos
coprodutos, de acordo com as unidades produzidas,
ponderadas pelo preço de vendas dos produtos que
surgem como unidades individuais no ponto de separação,
admitindo-se que possam ser vendidos neste estado.
 Havendo a necessidade de processamentos adicionais a
um ou vários dos coprodutos após o ponto de separação, o
que normalmente ocorre, os custos específicos e
identificáveis a cada um deles serão debitados a cada
coproduto.

Francisco Lorentz 175


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Apropriação dos custos conjuntos aos coprodutos


Método do Valor de mercado após o ponto de separação
Considere o seguinte exemplo:
• Custo conjunto: $ 31.500.000,00
• Custos adicionais (após o ponto de separação):
a) Coproduto A: $ 2.000.000,00
b) Coproduto B: $ 500.000,00
c) Coproduto C: $ 3.000.000,00
• Valor de venda por kg
a) Coproduto A: $ 216,00
b) Coproduto B: $ 240,00
c) Coproduto C: $ 150,00
• Quantidade produzida:
a) Coproduto A: 50.000 kg
b) Coproduto B: 90.000 kg
c) Coproduto C: 84.000 kg
Francisco Lorentz 176
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Apropriação dos custos conjuntos aos coprodutos

Método do Valor de mercado após o ponto de separação

Copro- Proporção Custo conjunto Custos


Valor de venda total ($) Custos totais ($)
dutos % apropriado ($) adicionais ($)

A 216,00 x 50.000 kg = 10.800.000,00 24% 7.560.000,00 2.000.000,00 9.560.000,00


B 240,00 x 90.000 kg = 21.600.000,00 48% 15.120.000,00 500.000,00 15.620.000,00
C 150,00 x 84.000 kg = 12.600,000,00 28% 8.820.000,00 3.000.000,00 11.820.000,00

Total 45.000.000,00 100% 31.500.000,00 5.500.000,00 37.000.000,00

Custo unitário/kg de cada produto seria:


a) Coproduto A: $ 9.560.000,00 ÷ 50.000 kg = $ 191,20
b) Coproduto B: $ 15.620.000,00 ÷ 90.000 kg = $ 173,56
c) Coproduto C: $ 11.820.000,00 ÷ 84.000 kg = $ 140,71

Francisco Lorentz 177


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Apropriação dos custos conjuntos aos coprodutos

Método das quantidades físicas


 Neste método a apropriação dos custos conjuntos aos
coprodutos ocorre utilizando como base uma medida física
comum, tal como peso, volume de produção geral de cada
produto ou outra medida física dos produtos conjuntos.
Essa distribuição é feita com base em suas proporções no
ponto de separação.
 A apropriação dos custos conjuntos aos coprodutos será
obtida dividindo os custos conjuntos totais pela quantidade
produzida, que resultará em valores iguais para produtos
diferentes, não traduzindo, assim, o real valor de cada
produto.
Francisco Lorentz 178
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Apropriação dos custos conjuntos aos coprodutos


Método das quantidades físicas
Considerando os dados do exemplo anterior, vamos apropriar os
custos conjuntos por este método, a seguir:
Quantidade
Proporção Custo conjunto Custos
Coprodutos produzida Custos totais ($)
% apropriado ($) adicionais ($)
(Kg)
Coproduto A 50.000 kg 22,32% 7.031.250,00 2.000.000,00 9.031.250,00
Coproduto B 90.000 kg 40,18% 12.656.250,00 500.000,00 13.156.250,00
Coproduto C 84.000 kg 37,50% 11.812.500,00 3.000.000,00 14.812.500,00
Total 224.000 Kg 100% 31.500.000,00 5.500.000,00 37.000.000,00

O custo unitário/kg de cada produto seria:


a) Coproduto A: $ 9.031.250,00 / 50.000 kg = $ 180,63
b) Coproduto B: $ 13.156.250,00 / 90.000 kg = $ 146,18
c) Coproduto C: $ 14.812.500,00 / 84.000 kg = $ 176,34
Francisco Lorentz 179
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Apropriação dos custos conjuntos aos coprodutos


Método da igualdade do lucro bruto
Também conhecido como método da margem bruta percentual,
este método apropria os custos conjuntos aos coprodutos de modo
que cada produto tenha o mesmo lucro bruto por unidade,
independentemente se tiveram ou não custos adicionais após o
ponto de separação.
Vamos apropriar os custos conjuntos aos produtos com base nas
informações utilizadas no exemplo anterior:
 Custos conjuntos totais: $ 31.500.000,00
 Receitas:
Coprodutos Valor de venda total ($)
Coproduto A 216,00 x 50.000 kg = 10.800.000,00
Coproduto B 240,00 x 90.000 kg = 21.600.000,00
Coproduto C 150,00 x 84.000 kg = 12.600.000,00
Receita total 45.000.000,00

Francisco Lorentz 180


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Apropriação dos custos conjuntos aos coprodutos


Método da igualdade do lucro bruto (caso não existam
custos adicionais)

Receita total: $ 45.000.000,00


(-) Custos conjuntos ($ 31.500.000,00)
= Lucro Bruto $ 13.500.000,00

Lucro Bruto/Kg: $ 13.500.000,00 ÷ 224.000 kg = $ 60,27/kg

Custo unitário:

Coprodutos Preço de venda ($) ( - ) Lucro bruto ($) ( = ) Custo unitário ($)

Coproduto A 216,00 60,27 155,73


Coproduto B 240,00 60,27 179,73
Coproduto C 150,00 60,27 89,73

Francisco Lorentz 181


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Apropriação dos custos conjuntos aos coprodutos


Método da igualdade do lucro bruto (considerando os
custos adicionais)

Receita total: $ 45.000.000,00


(-) Custos conjuntos ($ 31.500.000,00)
(-) Custos adicionais ($ 5.500.000,00)
= Lucro Bruto $ 8.000.000,00

Lucro Bruto/Kg: $ 8.000.000,00 ÷ 224.000 kg = $ 35,71/kg


Custo unitário:
Preço de (-) Lucro (=) PV – LB (-) Custo (=) Custo
Coprodutos
venda ($) bruto ($) ($) adicional ($) conjunto ($)

Coproduto A 216,00 35,71 180,29 40,00 140,29


Coproduto B 240,00 35,71 204,29 5,56 198,73
Coproduto C 150,00 35,71 114,29 35,71 78,58
Francisco Lorentz 182
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Apropriação dos custos conjuntos aos coprodutos

Método da igualdade do lucro bruto (considerando os


custos adicionais)

Confirmando os cálculos apresentados em valores unitários:

Custo Lucro bruto


Preço de Custo
Coprodutos conjunto Custo total ($)
venda ($) adicional ($) ($)
($)
Coproduto A 216,00 140,29 40,00 180,29 35,71
Coproduto B 240,00 198,73 5,56 204,29 35,71
Coproduto C 150,00 78,58 35,71 114,29 35,71

Francisco Lorentz 183


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Apropriação dos custos conjuntos aos coprodutos


Resumo dos preços obtidos pelos métodos presentados
Igualdade de lucro
Métodos Valor de mercado Volumes produzidos
bruto
Custos conjuntos Custos conjuntos Custos conjuntos
Coprodutos
por kg ($) por kg por kg ($)
A 191,20 180,63 140,29

B 173,56 146,18 198,73

C 140,71 176,34 78,58

A apropriação dos custos conjuntos pode ter grande variação,


muitas vezes não refletindo a realidade do segmento do negócio e
inviabilizando a venda dos produtos.
O importante é que o gestor esteja convencido de que o método
utilizado esteja vinculado a capacidade de trazer o maior número de
informações sobre o processo e o melhor retorno para a empresa.

Francisco Lorentz 184


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Avaliação dos estoques de subprodutos

Os subprodutos caracterizam-se por ter um mercado de


comercialização tão normal quanto o dos produtos principais da
empresa. Entretanto, seu valor no faturamento é tão pequeno que
não compensa o esforço de atribuir-se custos aos seus estoques.
Assim, os subprodutos devem figurar no estoque pelo valor
realizável líquido, que corresponde à seguinte fórmula:

185
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Avaliação dos estoques de subprodutos

Exemplo: a Cia. ABC tem custos conjuntos totais de $


10.000.000,00 e fabrica os coprodutos X e W, cujo processo
de fabricação gera o subproduto Y. Este subproduto, para
poder ser comercializado, deve sofrer um processamento
adicional que gera custos estimados em torno de $ 200,00 por
quilo.

A Cia., para cada quilo vendido de Y, está sujeito à incidência


de ICMS no valor de $ 170,00. No mês de junho, do processo
produtivo da Cia. resultaram 1.000 quilos do subproduto e
sabe-se que o preço de mercado deste é de $ 500,00 por
quilo.

Francisco Lorentz
186
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Avaliação dos estoques de subprodutos

Cálculo do valor realizável líquido (em $):

Valor estimado da venda de Y = 1.000 x 500,00 = 500.000,00


(-) Custo do processamento adicional = 1.000 x 200,00 = 200.000,00
(-) Despesa de ICMS = 1.000 x 170,00 = 170.000,00
(=) Valor realizável líquido 130.000,00

O estoque de 1.000 quilos de Y é avaliado em R$ 130.000,00.


A contabilização do estoque é feita à crédito da conta Custos
Conjuntos, por representar uma recuperação de uma parcela
do custo de produção dos produtos principais:

Estoque de Subprodutos
a Custos de P rodução (Conjuntos) ......... 130.000,00 (1)
187
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Avaliação dos estoques de subprodutos


Razonetes:
Custos de Produção
Estoque de Subprodutos
(Conjuntos)
10.000.000,00 130.000,00 (1) (1) 130.000,00
9.870.000,00

Quando se proceder ao tratamento dos subprodutos, debita-se


Estoque de Subprodutos pelos respectivos custos de processamento
adicionais ($ 200.000,00) – (2).
Estoque de Subprodutos
(1) 130.000,00
(2) 200.000,00

330.000,00

Francisco Lorentz
188
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Avaliação dos estoques de subprodutos


Ocorrendo a venda por $ 500.000,00, serão feitos os
seguintes lançamentos:
 Dá-se baixa no estoque; e
 Credita-se a conta de ICMS a Recolher.

No Livro Diário
D - Caixa/Bancos/Duplicatas a Receber........ 500.000,00
C - Estoque de Subprodutos ......................... 330.000,00 (3)
C - ICMS a Recolher......................................... 170.000,00
No Livro Razão
Estoque de Subprodutos
(1) 130.000,00
(2) 200.000,00
330.000,00 330.000,00 (3)

189
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Tratamento contábil das sucatas

As sucatas, ao contrário dos subprodutos, não têm


garantia alguma de que serão vendidas .
Por ser sua venda um evento incerto e aleatório, não são
avaliados para fins de estoques.
Seu custo fica incorporado automaticamente às unidades
boas.
Sucatas também podem ser originadas de coprodutos ou
subprodutos rejeitados em função de danificação dentro
do processo ou reprovados pelo controle de qualidade.

190
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Tratamento contábil das sucatas

Se ocorrer a venda, o produto da venda será registrado a


crédito de uma conta de resultado operacional (outras receitas
operacionais).
Lançamentos:
D - Caixa / Bancos / Duplicatas a Receber
C - Receita de Venda de Sucatas.................. $$$
Razonete:

Caixa / Bancos / Duplicatas a Receita de Venda de Sucatas


Receber (Outras Receitas Operacionais)
$$$ $$$

191
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS

P ág. 176 a 180 (livro)

Exercícios: ____________________

Francisco Lorentz
192
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTEI O VAR I ÁVEL


(DI R ETO)

Francisco Lorentz
193
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Variável
 No custeio variável, também conhecido como custeio
direto, somente os custos variáveis são alocados aos
produtos ou aos serviços. Este método procura
amenizar o impacto das distorções existentes nos
critérios de rateios, alocando os custos fixos
diretamente no resultado, sendo estes tratados como
despesas.
 O custeio variável permite demonstrar quanto cada
produto contribuiu para o resultado final da empresa.
Esta é a principal vantagem desse método no apoio às
decisões gerenciais de curto prazo, pois proporciona ao
gestor maior informação sobre a relação existente
entre custos, volume e lucro.
Francisco Lorentz 194
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Variável
 Nesse método o resultado final é menor do que no
Custeio por Absorção, gerando, assim, menor
recolhimento de impostos. Esse, também, é um dos
motivos por não ser aceito pela legislação fiscal para
fins de valoração de estoques, nem pelos Auditores
Independentes (Auditoria Externa).
 É utilizado para fins gerenciais, em relatórios internos
das organizações.
 É o método mais indicado para a tomada de decisão.

195
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Demonstração do resultado (custeio variável)

Vendas líquidas
(-) CPV (custos variáveis)
(-) Despesas variáveis
(=) Margem de contribuição
(-) Custos e despesas fixos
(=) Lucro antes dos tributos sobre o lucro
(-) Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
(=) Lucro ou prejuízo do exercício

196
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Fluxo de recursos no método de custeio variável


CUSTOS DESPESAS

FIXOS VARIÁVEIS FIXAS VARIÁVEIS

ESTOQUE
DE
PRODUTOS

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
RECEITA LÍQUIDA
VENDA CV
DV
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
CDF
LUCRO OPERACIONAL
Francisco Lorentz 197
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Variável x Custeio por Absorção

Custeio por absorção


 Consiste na alocação de todos os custos (fixos e
variáveis) em cada fase da produção. Neste método,
todos os gastos que participam da elaboração dos
produtos fabricados deverão ser absorvidos por eles.
 Inclusão de custos indiretos por meio de rateio arbitrário
de seus valores.
 O único método aceito pela contabilidade financeira para
fins de elaboração da demonstração do resultado do
período e aceito pelo Fisco, pois atende aos princípios de
contabilidade (Competência).

Francisco Lorentz 198


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Demonstração do resultado (custeio por absorção)


Vendas líquidas
(-) CPV (custo dos produtos vendidos)
(=) Lucro bruto
(-) Despesas operacionais:
Despesas com vendas
Despesas gerais e administrativas
(+) Outras receitas operacionais
(-) Outras despesas operacionais
(+/-) Resultado financeiro
(=) Lucro antes dos tributos sobre o lucro
(-) Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
(=) Lucro ou prejuízo do exercício
Francisco Lorentz 199
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTOS Fluxo de recursos no


método de custeio por
INDIRETOS DIRETOS absorção

RATEIO
PRODUTO A

PRODUTO B DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

RECEITA
ESTOQUE CPV
LUCRO BRUTO
DESPESAS
LUCRO OPERACIONAL

Francisco Lorentz 200


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Métodos de custeio - Síntese


 Custeio por Absorção
Estoques absorvem todos os custos
(fixos e variáveis)
Margem de lucro
 Custeio Variável ou Direto
Estoques absorvem apenas os custos
variáveis
Margem contribuição
201
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Variável x Custeio por Absorção

A Cia KFS tem a seguinte estrutura de custos e despesas:


• Número de unidades produzidas no ano: 6.000 unidades
• Capacidade instalada: 8.000 unidades
• Custos variáveis unitários:
 Materiais diretos...................... $ 2,00
 Mão de obra direta................... $ 4,00
 Outros Custos Variáveis......... $ 1,00

• Despesas variáveis..................... $ 3,00/un.


• Custos fixos por ano.................. $ 30.000,00
• Despesas fixas............................ $ 10.000,00
• Vendas........................ 5.000 un. x $ 20,00 cada

Francisco Lorentz 202


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Variável x Custeio por Absorção


Demonstração de resultado pelo custeio por absorção:

Receita de vendas: 5.000 un. x $ 20,00...... $ 100.000,00


(-) Custo dos produtos vendidos
5.000 un. x $ 12,00..................................... ($ 60.000,00)
= Lucro bruto operacional............................ $ 40.000,00
(-) Despesas operacionais
Variáveis 5.000 un. x $ 3,00................... ( $ 15.000,00)
Fixas......................................................... ( $ 10.000,00)
= Lucro líquido operacional.......................... $ 15.000,00
Estoque final de produtos: 1.000 un. x $ 12,00 = $ 12.000,00

Francisco Lorentz 203


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Variável x Custeio por Absorção

Demonstração de resultado pelo custeio variável (direto)


Receita de vendas: 5.000 un. x $ 20,00........... $ 100.000,00
(-) Custo dos produtos vendidos
5.000 un. x $ 7,00 ....................................... ( $ 35.000,00)
(-) Despesas variáveis
5.000 un. x $ 3,00....................................... ( $ 15.000,00)
= Margem de Contribuição........................... $ 50.000,00
(-) Custos fixos................................................. ( $ 30.000,00)
(-) Despesas fixas............................................. ( $ 10.000,00)
= Lucro líquido operacional................................ $ 10.000,00

Estoque final de produtos: 1.000 un. x $ 7,00 = $ 7.000,00


Francisco Lorentz 204
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Variável x Custeio por Absorção


Análise das diferenças
 Os $ 5.000,00 de diferença a maior no resultado do custeio
por absorção significa que parte dos custos fixos (com relação
as 1.000 unidades não comercializadas) está ativada (Estoque
de Produtos).
 No custeio variável todos os custos fixos foram descarregados
na conta de Apuração do Resultado e os estoques só contêm
custos variáveis.
 Caso tudo que se produza no período seja comercializado,
não vai existir diferença entre os resultados de cada
método, em face da inexistência de estoque final.

 Veja mais exemplos nas páginas 185 e 186 do livro.


Francisco Lorentz 205
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS

Pág. 189 a 196 (livro).

Exercícios: ___________________________.

Francisco Lorentz
206
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Relação custo/volume/lucro

Fonte: Souza e Diehl (2009)

Variações nos volumes produzidos provocam diferentes


consequências sobre custos e lucros.
207
207
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Análise custo/volume/lucro
A análise CVL é uma eficiente técnica baseada no custeio variável,
que apoia os gestores em muitas decisões como, por exemplo:
 fazer ou comprar,
 a que preço vender,
 quanto deve ser gasto em propaganda e promoção, assistência
técnica própria ou mediante agentes terceirizados,
 programação de volumes produzidos,
 possibilidades de redução de custos,
 renovação de equipamentos,
 viabilização de um projeto,
 o ponto de equilíbrio,
 a margem de segurança,
 a alavancagem operacional, entre outros.
Francisco Lorentz 208
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Ponto de equilíbrio contábil (PEC)

 Ponto do nível da atividade da empresa onde


surge a igualdade entre os custos e despesas
totais com a receita total.
 O PEC representa a quantidade mínima que a
empresa terá que comercializar para cobrir
seus gastos.
 Ao atingir o PEC a empresa não apresenta
lucro nem prejuízo.

Francisco Lorentz 209


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Ponto de equilíbrio contábil (PEC)


O PEC pode ser representado pela seguinte fórmula:

Custos fixos + despesas fixas


PEC = Margem de contribuição unitária (MCu)

A partir do PEC, pelo aumento das vendas, surge o lucro


correspondente à MCu multiplicada pelas quantidades
comercializadas acima desse ponto; abaixo desse ponto,
pela diminuição das vendas, a empresa incorrerá em
prejuízo (número de unidades vendidas abaixo do PEC
multiplicado pela MCu).

Francisco Lorentz 210


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Ponto de equilíbrio contábil (PEC)

Receita total
($)

P EC Gasto total
Break-even point
PEC em
receita
(PEC$)
Gasto
variável

Gasto fixo

PEC em quantidade (PECq) Volume (Q)

Francisco Lorentz 211


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Ponto de equilíbrio econômico (PEE)


 É a quantidade que iguala a receita total com a soma
dos custos e despesas acrescida de uma remuneração
mínima sobre o capital investido pela empresa, que
normalmente corresponde à taxa de juros do mercado
multiplicada pelo capital investido (custo de
oportunidade).
 O PEE poderá ser determinado por meio da seguinte
fórmula:

Custos fixos + despesas fixas + custo de oportunidade


PEE =
Margem de contribuição unitária (MCu)

Francisco Lorentz 212


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Ponto de equilíbrio financeiro (PEF)

 É a quantidade que iguala a receita total com a soma


dos custos e despesas que representam desembolso
financeiro para a empresa.
 É o nível de produção e vendas em que se observa o
saldo de caixa necessário para cobrir os gastos
desembolsáveis. Assim, por exemplo, os encargos de
depreciação são excluídos no cálculo do PEF por não
representarem desembolso para a empresa.
 As parcelas financeiras de desembolso obrigatório no
período que não estejam computadas nos custos e
despesas, caso existam, também deverão ser
consideradas no cálculo do PEF.
Francisco Lorentz 213
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Ponto de equilíbrio financeiro (PEF)

O PEF poderá ser determinado por meio da seguinte


fórmula:

CF + DF – depreciação + amortizações financeiras


PEF =
Margem de contribuição unitária (MCu)

Francisco Lorentz 214


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

PEC, PEE e PEF - Exemplo


A empresa industrial KFS fabrica um produto e apresentou
as seguintes informações:
 Preço de venda unitário: $ 12.000,00.
 Gastos variáveis unitários (custo e despesas): $ 9.000,00.
 Custos e despesas fixos do período: $ 6.000.000,00.
 Custo de oportunidade: $ 1.800.000,00.
 Depreciação: 20% dos custos e despesas fixos (incluso nesses).
Cálculo do PEC
PEC = CF + DF
MCu
PEC em quantidade
PEC = $ 6.000.000,00 = 2.000 unidades
$ 12.000,00 - $ 9.000,00
PEC em receita
PEC($) = 2.000 un. x $ 12.000,00 = $ 24.000.000,00

Francisco Lorentz 215


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

PEC, PEE e PEF - Exemplo

Cálculo do PEE

PEE = CF + DF + custo de oportunidade


MCu

PEE em quantidade
PEE = $ 6.000.000,00 + $ 1.800.000,00 = 2.600 unidades
$ 12.000,00 - $ 9.000,00

PEE em receita
PEE($) = 2.600 un. x $ 12.000,00 = $ 31.200.000,00

Francisco Lorentz 216


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

PEC e PEE

($)

$ 31.200.000,00

$ 24.000.000,00

Lucro = $ 1.800.000,00
(600 un. x MCu)

600 un.

2.000 un. 2.600 un. Volume (Q) 217


Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

PEC, PEE e PEF - Exemplo

Cálculo do PEF

PEF = CF + DF - depreciação
MCu

PEF em quantidade
PEF = $ 6.000.000,00 - $ 1.200.000,00 = 1.600 unidades
$ 12.000,00 - $ 9.000,00
PEF em receita
PEF($) = 1.600 un. x $ 12.000,00 = $ 19.200.000,00

Francisco Lorentz 218


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

PEC, PEE e PEF - Exemplo

Cálculo do PEF considerando parcelas financeiras de


desembolso obrigatório no período

PEF = CF + DF – depreciação + amortizações financeiras


MCu

PEF em quantidade
PEF = $ 6.000.000,00 - $ 1.200.000,00 + $ 3.300.000,00 = 2.700 un.
$ 12.000,00 - $ 9.000,00

PEF em receita
PEF($) = 2.700 un. x $ 12.000,00 = $ 32.400.000,00

Francisco Lorentz 219


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

PEC, PEE e PEF - Exemplo


Em resumo, nossos pontos de equilíbrios foram:
PEC PEE PEF (1) PEF (2)
2.000 un. 2.600 un. 1.600 un. 2.700 un.
Assim, por exemplo, se a empresa operar na faixa de 2.650
unidades, estará com os seguintes resultados:
- Resultado contábil de $ 1.950.000,00 (650 un. x $ 3.000,00);
- Resultado econômico de $ 150.000,00 (50 un. x $ 3.000,00);
- Resultado financeiro de $ 3.150.000,00 (1.050 un. x $ 3.000,00), se
considerar somente as operações - PEF(1); e
- Resultado financeiro deficitário em $ 150.000,00 (50 un. x $
3.000,00), se levar em conta que não se conseguiu todos os recursos
necessários para o pagamento da amortização da dívida - PEF(2).
Francisco Lorentz 220
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Exercícios
Pág. 226 a 232 (livro).
Exercícios: _______________.

Francisco Lorentz 221


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Ponto de equilíbrio com múltiplos


produtos (mix de vendas)
 A análise de custo/volume/lucro até o momento
concentrou-se numa única linha de produtos.
 Em geral, as empresas produzem e vendem mais de
um tipo de produto e a obtenção do ponto de equilíbrio
torna-se um pouco mais complexa.
 O ponto de equilíbrio com múltiplos produtos é utilizado
por empresas que produzem diferentes tipos de
produtos para a identificação do ponto de equilíbrio
geral.
 Para o cálculo do ponto de equilíbrio geral da empresa
considerando o mix de produtos, é necessário calcular
a margem de contribuição média (ponderada) dessa
combinação.
Francisco Lorentz 222
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Ponto de equilíbrio com múltiplos produtos (mix de


vendas)
Exemplo: suponhamos que uma empresa com dois produtos
tenha as seguintes MCu:
- Produto A: $ 2,00
- Produto B: $ 4,00
Custos fixos: $ 280.000,00 no período.
Suponhamos, ainda, que a combinação de venda planejada
seja de três unidades de A para duas de B. A margem de
contribuição dessa combinação de produtos seria:
3 x $ 2,00 = $ 6,00
+ 2 x $ 4,00 = $ 8,00
5 $14,00
A margem de contribuição média seria: $ 14,00 ÷ 5 un. = $ 2,80
Francisco Lorentz 223
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Ponto de equilíbrio com múltiplos produtos (mix de


vendas)
Outro cálculo poderia ser feito da seguinte forma:
Produtos Vendas planejadas Proporção* MC unitária Média ponderada

A 3 60% $ 2,00 $ 1,20

B 2 40% $ 4,00 $ 1,60

5 100% $ 2,80

* em relação à combinação de vendas - três unidades de A para duas de B.

O ponto de equilíbrio, na hipótese de se manter a combinação seria:

PE = $ 280.000,00 / $ 2,80 = 100.000 unidades

Sendo: 60.000 unidades de A (60%); e


40.000 unidades de B (40%)
Francisco Lorentz 224
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS

Pág. 233 e 234 (livro).

Exercícios: ____________________.

225
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Análise custo/volume/lucro
Margem de segurança operacional
 Até que ponto as vendas podem ser reduzidas sem que a
empresa incorra em prejuízo?
 A diferença entre as quantidades apresentadas no PEC e
as quantidades que a empresa pretende vender
representa a Margem de Segurança Operacional (MS).

A Margem de Segurança pode ser calculada pela seguinte


fórmula:
MS = Margem de segurança operacional
MS = QV - QE
QV = Quantidade vendida
QV
QE = Quantidade no PEC

Francisco Lorentz 226


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Análise custo/volume/lucro
Margem de segurança operacional
Exemplo:
 Gastos fixos: $ 1.000,00/mês
 Matéria-prima/embalagem: $ 8,00/kg
 Preço de venda: $ 10,00/kg
 Volume de vendas: 600 kg/mês

PEC = $ 1.000,00 = 500 kg


$ 10,00 - $ 8,00
Receita total:
MS = 600 – 500 = 16,67%
600 • No PEC: $ 5.000,00
• No volume de vendas: $ 6.000,00

Francisco Lorentz 227


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Margem de segurança operacional


($)

$ 6.000,00
MS em quantidade
Vendas (Q) – PEC (Q)
Receita: $ 1.000,00
600 un. – 500 un. = 100 un.
$ 5.000,00
MS em receita ($)
Vendas ($) – PEC ($)
$ 6.000 – $ 5.000 = $ 1.000

MS em %
Quantidade
100 / 600 = 16,67%
100 un.

500 un. 600 un. Volume (Q)


Francisco Lorentz 228
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS

Pág. 232 e 233 (livro):


Exercícios : ________________.

Francisco Lorentz 229


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Análise custo/volume/lucro

Grau de
alavancagem
operacional
(GAO)

Francisco Lorentz 230


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Grau de alavancagem operacional (GAO)


 O que é Alavancagem Operacional?
A alavancagem operacional refere-se ao grau
de alavancagem que os resultados das
operações da empresa possuem em relação
às suas vendas.
Ocorre quando 1% de elevação nas vendas
provocar uma elevação superior a 1% nos
resultados operacionais, admitindo-se que a
estrutura de custos e despesas fixos suporte
esse aumento (não se altere).
Francisco Lorentz 231
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Grau de alavancagem operacional (GAO)

 O que significa o Grau de Alavancagem


Operacional?
O GAO representa a medida dos efeitos
provocados no resultado operacional em
função do aumento no volume de vendas
e pode ser calculado com a seguinte
fórmula:

Francisco Lorentz 232


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Grau de alavancagem operacional (GAO)


Exemplo: A empresa industrial ABC apresentou as
seguintes informações referentes a mês de julho:
- Receita de vendas: $ 180.000,00
- Custos e despesas variáveis: $ 120.000,00
- Custos e despesas fixos: $ 40.000,00

Resultado
Receita de vendas $ 180.000,00
(-) Custos e despesas variáveis ($ 120.000,00)
(=) Margem de contribuição $ 60.000,00
(-) Custos e despesas fixos ($ 40.000,00)
(=) Lucro operacional $ 20.000,00
GAO = $ 60.000,00 = 3
$ 20.000,00
Francisco Lorentz 233
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Grau de alavancagem operacional (GAO)

O GAO é 3. Isso significa que o lucro aumentou 3 vezes


mais que o aumento na receita, ou seja, para cada ponto
percentual de aumento na receita, teremos um aumento 3
vezes maior no lucro operacional.

Vamos supor que a receita de vendas teve um aumento de


10%. Assim a receita total passará para $ 198.000,00.
Consequentemente, a margem de contribuição
acompanhará esse aumento percentual, pois receitas e
gastos variáveis totais são multiplicados pelas mesmas
quantidades vendidas.

Francisco Lorentz 234


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Grau de alavancagem operacional (GAO)

Nosso resultado operacional, então, será:

Receita de vendas $ 198.000,00


(-) Custos e despesas variáveis ($ 132.000,00)
(=) Margem de contribuição $ 66.000,00
(-) Custos e despesas fixos ($ 40.000,00)
(=) Lucro operacional $ 26.000,00

Percebe-se que um aumento de 10% nas vendas provocou


um aumento de 30% no lucro operacional (de $ 20.000,00
para $ 26.000,00), ou seja, o lucro aumentou 3 vezes mais
que o aumento na receita.

Francisco Lorentz 235


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Exercícios

Pág. 234 e 236 (livro).

Exercícios: ______________.

Francisco Lorentz 236


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Análise custo/volume/lucro

Custos para decisão


- Decisões de fazer ou
comprar
- Pedidos de venda
especiais
- Limitação da
capacidade produtiva

Francisco Lorentz 237


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custos para decisão


 O gestor no seu processo decisório depara-se sempre com
duas ou mais alternativas.
 Os custos e benefícios de uma alternativa precisam ser
comparados com os custos e benefícios de outra, pois eles
se comportam de forma diferente nas alternativas.
 Os custos que se comportam de forma diferente nesses
casos são chamados de custos relevantes (diferenciais), pois
eles são os únicos custos significativos na análise de
alternativas de decisão; são os custos que diferem entre
alternativas de decisão. Normalmente são os custos variáveis
e os custos fixos identificados.

Francisco Lorentz 238


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custos para decisão


Outros conceitos importantes
Custos incrementais: são os custos adicionais que
ocorrem em razão da escolha de uma alternativa de
decisão em detrimento de outra. Os custos incrementais
são relevantes e diferenciais.
Custo irrecuperável ou inevitável (Sunk Cost): é
aquele que já ocorreu e que não pode ser alterado por
qualquer decisão presente ou futura, não podendo ser
atribuído a qualquer alternativa considerada. Não são
custos diferenciais e se repetem nas diversas alternativas,
sendo irrelevante em qualquer alternativa.

Francisco Lorentz 239


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custos para decisão


Outros conceitos importantes
Custo evitável: é aquele que pode ser evitado (eliminado)
se uma determinada decisão for tomada.
Margem por segmento: é obtida pela dedução dos
custos fixos identificáveis (rastreáveis) a um segmento da
sua respectiva margem de contribuição.
 Inclui apenas os custos originados em determinado
segmento.
 Um segmento da empresa que não cobre seus
próprios custos, poderá ser descontinuado, a menos
que essa decisão provoque importantes efeitos
colaterais sobre outros segmentos.
Francisco Lorentz 240
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custos para decisão

Outros conceitos importantes

Custos fixos rastreáveis (ou identificados) de


um segmento são aqueles incorridos devido a
existência do segmento. Se ele não existir, o custo
fixo não será incorrido. Se um segmento for extinto,
o custo fixo também deixará de existir.

Francisco Lorentz 241


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custos para decisão


Exemplo: O Sistema Coca-Cola Brasil é o maior
produtor de bebidas não alcoólicas do país e atua em
sete segmentos – água, café, chás, refrigerantes,
néctares, sucos e bebidas esportivas – com uma linha
de mais de 140 produtos, entre sabores regulares e
versões zero ou de baixa.

Francisco Lorentz 242


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custos para decisão


O salário do gerente do produto “Sucos Del Valle” é um custo
rastreável desse segmento de produto no negócio da fábrica
de bebidas da Coca-cola do Brasil.
Os custos fixos comuns (ou não identificados) dão suporte a
mais de um segmento (refrigerentes Coca-cola, Fanta, sucos
Del Valle, Mate Leão, entre outros), mas não são rastreáveis
em parte ou totalmente por qualquer segmento. Se um
segmento for eliminado, eles continuarão existindo.
Assim, o salário do diretor geral da fábrica de bebidas é um
custo fixo comum a vários segmentos de produtos da
fábrica, como sucos, refrigerantes, bebidas isotônicas etc.
Cabe ressaltar que os custos fixos comuns não são alocados
a segmentos, para fins de cálculo da margem.
Francisco Lorentz 243
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Decisões de fazer ou comprar


Normalmente a maioria dos produtos industriais é
composta de inúmeros componentes e muitas
empresas controlam todas as atividades dentro do
processo, desde a fabricação dos materiais básicos ou
componentes até o produto final.
Fabricar internamente um componente – vantagens:
 a empresa fica menos dependente dos
fornecedores;
 Processo de fabricação sem interrupção em
caso de greve prolongada algum fornecedor;
 melhor controle de qualidade.
Francisco Lorentz 244
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Decisões de fazer ou comprar


 Comprar um ou mais componentes de uma ou mais
empresas pode levar a economias significativas na
produção se os fornecedores forem eficientes na
fabricação dos mesmos e oferecê-los a um preço que
compense a decisão.
 Essa decisão concentra-se apenas nos custos
incrementais (adicionais).
 A análise comparativa entre as opções de fazer ou
comprar deve considerar os custos que poderão ser
eliminados. A proposta que trouxer maior incremento
ao resultado é a que deve ser escolhida.

Francisco Lorentz 245


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Decisões de fazer ou comprar

Exemplo: Uma empresa produz determinado componente que


utiliza na fabricação de um de seus produtos. A produção mensal é
de 1.000 unidades (tanto de componente como de produto).
Custo unitário do componente
Materiais $ 84,00
(+) Mão de obra direta $ 78,00
(=) Custo variável total $ 162,00
(+) Custos indiretos de fabricação (fixos) $ 100,00
(=) Total do custo unitário do componente $ 262,00

Custo unitário do produto


Materiais $ 450,00
(+) Mão de obra direta $ 250,00
(+) Custos indiretos de fabricação (fixos) $ 390,00
(+) Componente $ 262,00
(=) Custo unitário do produto $ 1.352,00
Francisco Lorentz 246
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Decisões de fazer ou comprar

Um fornecedor propôs entregar o componente


por $ 190,00 a unidade.

A empresa deve aceitar

Se considerarmos que todos os custos indiretos fixos


são comuns a todos os produtos e passar a comprar ou
não o componente em nada alterará esses custos, não
haverá interesse na aquisição, pois o custo variável do
componente é de $ 162,00 contra $ 190,00 do fornecedor.

Francisco Lorentz 247


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Decisões de fazer ou comprar


Quadro comparativo a seguir considerando as duas decisões
Quadro comparativo: comprar x fabricar
Custos
Elementos
Fabricando o componente ($) Comprando o componente ($)
Materiais $ 450,00 x 1.000 un. = $ 450.000,00 $ 450,00 x 1.000 un. = $ 450.000,00
(+) Componentes
$ 162,00 x 1.000 un. = $ 162.000,00 $ 190,00 x 1.000 un. = $ 190.000,00
(custos incrementais)
$ 250,00 x 1.000 un. = $ 250.000,00 $ 250,00 x 1.000 un. = $ 250.000,00
(+) Mão de obra direta
$ 490,00 x 1.000 un. = $ 490.000,00 (*) $ 490,00 x 1.000 un. = $ 490.000,00 (*)
(+) Custos fixos
$ 1.352.000,00 $ 1.380.000,00
(=) Total

(*) [($ 100,00 + $ 390,00) x 1.000u]

Conforme observamos no quadro acima, a decisão de comprar o componente


aumentaria os custos totais em $ 28.000,00 ($ 1.380.000,00 - $ 1.352.000,00).
Suponha que dos $ 100,00 de custos fixos alocados ao componente, metade seja
referente a supervisores que serão dispensados (custo fixo identificado) e poderá
ser evitada se a compra for efetuada. Que decisão tomar?
Observe os cálculos nas páginas 216 e 217 (livro).
Francisco Lorentz 248
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Exercícios

Pág. 236 e 237 (livro).

Exercícios: _____________________.

Francisco Lorentz 249


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Pedidos de venda especiais


Os pedidos de venda especiais correspondem a
vendas esporádicas e não repetitivas de
produtos, que normalmente têm preços de venda
inferiores aos praticados pela empresa em uma
perspectiva de curto prazo.

Só será vantajoso atendê-los se proporcionar


margens de contribuição positivas e houver
capacidade ociosa na fábrica, além de não
comprometer as vendas normais.

Francisco Lorentz 250


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Pedidos de venda especiais


Exemplo: a empresa KFS apresentou os custos e despesas para
produzir e vender uma única unidade do produto X:
• Materiais diretos $ 5,00
• Mão de obra direta $ 6,00
• Custos variáveis indiretos $ 1,00
• Despesas variáveis $ 3,00
Demais custos e despesas:
• Custos fixos indiretos $ 68.000,00
• Despesas fixas $ 32.000,00

O preço de venda praticado é de $ 30,00 por unidade.


A capacidade da empresa é de 10.000 unidades por mês.

O nível de atividade atual da empresa, para a fabricação do produto


X, é de 8.000 unidades por mês.

Francisco Lorentz 251


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Pedidos de venda especiais


Foi recebido um pedido de um cliente 2.000 unidades
pelo preço de $ 20,00 por unidade, sem afetar as vendas
normais e a relação da empresa com os clientes atuais.

Os custos e despesas fixos totais da empresa também


não serão afetados.

O preço de venda oferecido é inferior em $ 10,00 ao


preço praticado pela empresa.

O pedido deve ser aceito?

Francisco Lorentz 252


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Pedidos de venda especiais


Vamos ao cálculo do custo unitário do produto:

Custo unitário = custos fixos + (custo variável unitário x quantidade)


quantidade

Custo unitário = [$ 68.000,00 + ($ 12,00 x 8.000 un.)] ÷ 8.000 un. =


$ 20,50.

De imediato recusaríamos a proposta, pois o preço oferecido


($ 20,00) é inferior ao custo unitário do produto.

O cálculo do custo unitário considera os custos fixos de $ 68.000,00,


que serão consumidos pela produção de 8.000 unidades, 10.000
unidades ou qualquer outro nível de atividade.

Os custos indiretos fixos ocorrem independentemente dos produtos


e volumes!
Francisco Lorentz 253
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Pedidos de venda especiais


O que fazer?
Para apoiar a decisão...

O pedido em questão só afeta os custos variáveis ($ 12,00/u).


Os custos fixos permanecem inalterados, podendo, portanto, ser
perfeitamente desconsiderados na tomada dessa decisão.

Francisco Lorentz 254


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Pedidos de venda especiais

Cada unidade referente ao pedido especial vendida


proporcionará a seguinte margem de contribuição unitária
(MCu):

MCu = $ 20,00 – ($ 5,00 + $ 6,00 + $ 1,00 + 3,00) = $ 5,00.

Logo, o acréscimo no resultado com a nova decisão para o


acréscimo na produção e vendas de 2.000 unidades com
uma margem de contribuição unitária positiva de $ 5,00,
aumentará o lucro líquido em $ 10.000,00 (2.000 un. x R$
5,00).

Francisco Lorentz 255


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Pedidos de venda especiais


Resultado (considerando não aceitar o pedido de venda especial)
Receita de vendas $ 30,00 x 8.000 un. = $ 240.000,00
(-) Custo dos produtos vendidos $ 20,50 x 8.000 un. = ($ 164.000,00)
(=) Lucro bruto $ 76.000,00
(-) Despesas variáveis $ 3,00 x 8.000 un. = ($ 24.000,00)
(-) Despesas fixas ($ 32.000,00)
(=) Lucro líquido $ 20.000,00

Resultado (considerando aceitar o pedido de venda especial)

$ 10.000,00
Receita de vendas $ 30,00 x 8.000 un. = $ 240.000,00
$ 20,00 x 2.000 un. = $ 40.000,00
Receita total $ 280.000,00
(-) Custo dos produtos vendidos $ 18,80 x 10.000 un. ($ 188.000,00)
(=) Lucro bruto $ 92.000,00
(-) Despesas variáveis $ 3,00 x 10.000 un. = ($ 30.000,00)
(-) Despesas fixas ($ 32.000,00)
(=) Lucro líquido $ 30.000,00
Francisco Lorentz 256
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Exercícios

Pág. 238 e 239 (livro).

Exercícios: _____________________.

Francisco Lorentz 257


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Limitação da capacidade produtiva

 Neste ponto vamos estudar o problema decorrente da


existência de fatores que limitam a capacidade de
produção da empresa.
 Uma empresa pode operar no limite de sua capacidade
instalada ou abaixo dela, bem como trabalhar com outros
fatores que limitem sua produção, chamados “gargalos”.
 Para cada caso, é necessário conhecer a margem de
contribuição pelo fator que representa o “gargalo” da
produção, a fim de maximizar o resultado.
 Se não houver limitação na capacidade de produção, o
produto mais rentável será o que apresentar maior
margem de contribuição por unidade.

Francisco Lorentz 258


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Limitação da capacidade produtiva

Quando houver algum fator que


limite a produção (materiais, horas
de mão de obra etc.), o produto
mais rentável será aquele que tiver
maior margem de contribuição pelo
fator de limitação da capacidade
produtiva.

Francisco Lorentz 259


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Limitação da capacidade produtiva


Teoria das restrições

Físico israelense Eliah M. Goldratt


 Eli Goldratt, físico israelense, desenvolveu o
método OPT (Optimized Production Technology –
Tecnologia da Produção Otimizada) de onde se
desenvolveram os conceitos da Teoria das
Restrições (Theory of Constraints – TOC).
 A ideia básica da TOC é encontrar as restrições ou
gargalos produtivos que limitam o fluxo contínuo da
produção.
 Otimizar recursos no gargalo.

Francisco Lorentz 260


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Limitação da capacidade produtiva

Teoria das restrições

A contribuição do método se dá na maneira de


encontrar o gargalo. A TOC destina-se à administração da
produção e não à contabilidade de custos, usando o
custeio variável na mensuração e identificação do
impacto de decisões no resultado da empresa.
 A ideia básica da TOC é encontrar as restrições ou
gargalos produtivos que limitam o fluxo contínuo da
produção.

Francisco Lorentz 261


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Limitação da capacidade produtiva


Exemplo 1: observe os dados a seguir de uma indústria que
fabrica os produtos X e Y.
Produto X Produto Y

Preço de venda unitário $ 875,00 $ 700,00


(-) Custos variáveis unitários $ 500,00 $ 400,00
= Margem de contribuição unitária $ 375,00 $ 300,00

Analisando a quadro acima podemos dizer que o produto mais


rentável é o X, pois apresenta maior margem de contribuição
unitária.
Caso haja alguma limitação na capacidade produtiva, o produto
mais rentável será aquele cuja margem de contribuição unitária,
dividida pelo fator que limita a capacidade de produção, apresentar
maior valor.

Francisco Lorentz 262


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Limitação da capacidade produtiva


Supondo que o produto X consuma 1,5 hora e o produto Y consuma
1,0 hora, ambos por unidade, e a indústria em questão sofra limitação
das horas de que pode dispor em sua linha de produção.

Para decidir pelo produto mais rentável faremos os seguintes cálculos:


Produto X Produto Y

Margem de contribuição unitária $ 375,00 $ 300,00


Tempo de produção por unidade (Fator Limitante) 1,5 hora 1,0 hora
Margem de contribuição pelo fator limitante (tempo de produção) $ 250,00 $ 300,00

Como a indústria está sofrendo limitações no tempo disponível de


produção, conclui-se que o mais adequado é que ela priorize a
fabricação do produto Y que, nesse caso, passa a ser o mais rentável,
pois este produto traz mais retorno por hora utilizada na produção.

Francisco Lorentz 263


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Limitação da capacidade produtiva

Exemplo 2: a empresa LX S/A produz três produtos (A, B e C), cujas


MCu são $ 48,00, $ 39,00 e $ 28,00, respectivamente.

Consumo de matéria-prima por unidade:


- Produto A: 4 Kg
- Produto B: 3 Kg
- Produto C: 2 Kg

Custos e despesas fixos: $ 4.000,00

Segundo o Diretor de Marketing, o mercado consome, no máximo,


100 unidades de cada produto da empresa por período.
Sabendo-se que há apenas 600 kg de matérias-primas disponíveis
para a produção, qual seria o produto mais rentável? Qual seria a
melhor combinação (mix de produção) para a maximização do
resultado?
Francisco Lorentz 264
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Limitação da capacidade produtiva

Para atender à demanda total a empresa LX S/A necessitaria de 900


quilos de matéria-prima, no entanto ela só dispõe de 600 quilos no
período.

Devemos considerar, então, como produto mais rentável, aquele


cuja margem de contribuição unitária, dividida pelo fator que limita
a capacidade de produção, apresentar maior valor, e assim, decidir
pelo novo plano de produção (mix) por ordem de prioridade:

(÷) Fator (=) MC/F. Ordem de prioridade


Produto MCu
limitativo limitativo na fabricação
A $ 48,00 4 kg $ 12,00/kg 3º
B $ 39,00 3 kg $ 13,00/kg 2º
C $ 28,00 2 kg $ 14,00/kg 1º

Francisco Lorentz 265


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Limitação da capacidade produtiva


De acordo com o quadro anterior, o produto C é o que traz mais
retorno por quilo utilizado na produção, seguido do produto B e,
depois, do produto A.
Vamos priorizar, então, a fabricação desses produtos nessa sequência
de acordo com a matéria-prima disponível.

Determinar o novo plano (mix) de produção:

Produto Consumo
Quantidade Consumo MP disponível
(por ordem de de kg por
a fabricar total 600 kg
prioridade) unidade
C 100 un. 2 kg 200 kg 400 kg
B 100 un. 3 kg 300 kg 100 kg
A 25 un. * 4 kg 100 kg 0
* Produto A: 100 kg ÷ 4 kg/un. = 25 unidades
Assim, será obtido um mix de produção de 25 unidades do produto A,
100 unidades do produto B e 100 unidades do produto C.
Francisco Lorentz 266
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Limitação da capacidade produtiva

Após a identificação do mix de produção, teremos o seguinte


resultado:

Francisco Lorentz 267


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS

Pág. 239 e 242 (livro).

Exercícios: ____________________.

268
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio ABC
Activity-Based Costing

Francisco Lorentz 269


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)

É uma metodologia de alocação de custos indiretos aos


produtos que tem por base:
 foco no conceito de atividade; e
 utilização de direcionadores de custos.

 Os métodos “tradicionais” normalmente usam bases de


rateio relacionadas com o volume de produção, como MOD
e horas-máquina.
 Muitos itens de custos importantes variam não de acordo
com o volume de produção, mas sim com a complexidade
do sistema produtivo.

Francisco Lorentz 270


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)

O custeio ABC é indicado para


empresas:
 cujos custos indiretos
representam parcela
Fábrica A - simples significativa dos seus custos
industriais totais;
 que tenham um processo
produtivo complexo e/ou que
trabalham com clientela
diversificada.

Fábrica B - complexo
Francisco Lorentz 271
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)


Modelo do ABC
Custos são alocados às atividades e, após, aos
produtos.
Custos
Direcionadores de custos

Atividades
Direcionadores de atividades

Produtos
Francisco Lorentz 272
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)

Funcionamento do custeio ABC

Direcionadores de Custos (1º estágio)


Fator que determina a ocorrência de uma
atividade, sendo considerado a verdadeira causa
dos custos, pela necessidade de recursos para
execução de uma atividade.
Direcionadores de Atividades (2º estágio)
Fatores que identificam quanto de cada atividade
foi consumida (gasta) por produto ou no produto.

Francisco Lorentz 273


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)

Funcionamento do custeio ABC

 Identificação das atividades relevantes


 Atribuição dos custos às atividades
Alocação direta
Rastreamento
Rateio
 Atribuição das atividades
aos produtos (cálculo dos
custos dos produtos).

Francisco Lorentz 274


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)

Recursos Atividades Produtos

Pessoal A1 P1

Instalações
A2 P2
Comunicações

Etc. An Pn

Francisco Lorentz 275


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)


CUSTOS DOS RECURSOS
(contas contábeis:
materiais, salários,
encargos, energia,
depreciação etc.)

RECURSOS INDIRETOS
RECURSOS DIRETOS
1ª ETAPA (supervisão, materiais
(materiais diretos,
auxiliares, energia,
mão de obra direta)
depreciação)

CUSTOS DAS
Direcio- ATIVIDADES
nadores (comprar, produzir,
vender, manter,
de
conservar, controlar,
Custos planejar, distribuir)

VENDAS (LÍQUIDAS)

Direcionadores de OBJETOS DE CUSTO (-) C.P.V.


Atividades (Produto, Serviço)
2 ETAPA

(=) RESULTADO

Francisco Lorentz 276


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)

Mapeamento das Atividades


 Atividade é mais detalhada do que centro de custos.
 Visão horizontal (processos).
 Detalhamento depende dos objetivos.

Francisco Lorentz 277


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)

Mapeamento das Atividades


Exemplo de atividades no processo de montagem de bicicletas:
 Preparar a superfície do quadro;
 Pintar;
 Montar as rodas;
 Acoplar as rodas;
 Montar o banco; entre outras.

Exemplo de atividades do processo de cobrança das


mensalidades de uma Instituição de Ensino:
 Emitir boletos;
 Remeter os boletos para cobrança bancária;
 Receber e conferir listagens de recebimentos;
 Relacionar inadimplentes, entre outras.
Francisco Lorentz 278
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)

ATIVIDADE
É uma ação que utiliza recursos humanos,
materiais, tecnológicos etc. e gera um bem ou
serviço.
Determinadas as atividades, estas são descritas
por verbos associados a objetos (exemplo:
acompanhar pedidos, receber materiais, embalar
produto etc.).
Cada atividade representada deve ser
documentada.
Francisco Lorentz 279
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)

ATIVIDADE
O processo de documentação das atividades deve especificar:
- Entradas (Inputs) que as atividades recebem;
- o modo como as atividades são desempenhadas;
- quem as realiza;
- quais atividades fornecem Inputs;
- quais são as saídas (Outputs) que as atividades produzem;
- que outras atividades recebem os Outputs dessas atividade
e quais são os recursos consumidos para desempenhar
essa atividade.

Francisco Lorentz 280


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)

Direcionadores de Custos - Exemplos

Atividade Direcionador
Vender produtos Faturas emitidas
Programar produção Nº de horas dos engenheiros
Venda por represent. Pedidos
Atender a clientes Número de atendimentos
Reparar produtos Tempo de reparo
Realizar manutenção
Tempo de manutenção preventiva
preventiva

Francisco Lorentz 281


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)


EXEMPLO
Uma indústria de confecções produz dois produtos:
camisas e vestidos. Os custos diretos por unidade são:
Material direto
Produtos Mão de obra direta
(tecidos e aviamentos)
Camisas $ 3,20 $ 1,25
Vestidos $ 4,10 $ 2,00

A produção mensal de camisas é de 12.000 unidades e de


vestidos é de 10.000 unidades.
Os preços de venda unitários são:
 camisas $ 14,25;
 vestidos $ 23,20.
Francisco Lorentz 282
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)


EXEMPLO

Os custos indiretos totalizam $ 107.300,00 e referem-se às


seguintes atividades relevantes:

Atividades Valor
Realizar manutenção preventiva de equipamentos $ 1.500,00
Corte e costura $ 60.000,00
Acabamento $ 37.800,00
Programar produção $ 8.000,00
Total $ 107.300,00

Francisco Lorentz 283


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)

EXEMPLO
Os dados referentes às atividades são os seguintes:

Direcionadores Camisas Vestidos Total

Nº de horas de manutenção de
48 52 100
equipamentos
Nº de horas de corte e costura 400 600 1.000

Nº de horas de acabamento 238 462 700

Nº de horas dos engenheiros 80 120 200

Francisco Lorentz 284


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)

EXEMPLO
1) Cálculo da taxa de aplicação de CIF por atividades:

 Realizar manutenção de equipamentos:


............................. $ 1.500,00 ÷ 100 h = $ 15,00 por hora.
 Cortar e costurar:
............................. $ 60.000,00 ÷ 1.000 h = $ 60,00 por hora.
 Fazer acabamentos:
............................. $ 37.800,00 ÷ 700 h = $ 54,00 por hora.
 Programar produção:
............................. $ 8.000,00 ÷ 200 h = $ 40,00 por hora.

Francisco Lorentz 285


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)


EXEMPLO
2) Distribuição dos custos das atividades aos produtos:

Direcionadores Camisas Vestidos

Nº de horas de manutenção de
48 h x $ 150,00 = $ 720,00 52 h x $ 150,00 = $ 780,00
equipamentos

Nº de horas de corte e costura 400 h x $ 60,00 = $ 24.000,00 600 h x $ 60,00 = $ 36.000,00

Nº de horas de acabamento 238 h x $ 54,00 = $ 12.852,00 462 h x $ 54,00 = $ 24.948,00

Nº de horas dos engenheiros 80 h x $ 40,00 = $ 3.200,00 120 h x $ 40,00 = $ 4.800,00

CIF total $ 40.772,00 $ 66.528,00

Quantidade produzida (÷) 12.000 un. (÷) 10.000 un.

CIF unitário (=) $ 3,40 (=) $ 6,65

Francisco Lorentz 286


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)


Outra forma de distribuição dos CIF às atividades:
Direcionadores Camisa Vestido Total
Nº de horas de manutenção de equipamentos 48 h (48%) 52 h (52%) 100 h (100%)
Nº de horas de corte e costura 400 h (40%) 600 h (60%) 1.000 h (100%)
Nº de horas de acabamento 238 h (34%) 462 h (66%) 700h (100%)
Nº de horas dos engenheiros 80 h (40%) 120 h (60%) 200 h (100%)

Distribuição dos custos das atividades aos produtos::


Custos indiretos Camisa Vestido Total
Realizar manutenção $ 720,00 $ 780,00
$ 1.500,00
preventiva de equipamentos (48%) (52%)
$ 24.000,00 $ 36.000,00
Corte e costura $ 60.000,00
(40%) (60%)
$ 12.852,00 $ 24.948,00
Acabamento $ 37.800,00
(34%) (66%)
$ 3.200,00 $ 4.800,00
Programar produção $ 8.000,00
(40%) (60%)
Total dos custos indiretos $ 40.772,00 $ 66.528,00 $ 107.300,00
Francisco Lorentz 287
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)

EXEMPLO
3) Cálculo do custo unitário:
Camisa Vestido

CIF unitário $ 3,40 $ 6,65


(+) Material direto $ 3,20 $ 4,10
(+) Mão de obra direta $ 1,25 $ 2,00
(=) Custo unitário $ 7,85 $ 12,75

Francisco Lorentz 288


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)


Vantagens:
 permitir uma melhoria nas decisões gerenciais.
 otimizar a rentabilidade do negócio.
 informações gerenciais geradas mais confiáveis (utilização de
forma reduzida do rateio dos CIF).
 revisão e/ou implantação dos controles internos das
entidades.
 utilização por empresas de diversos segmentos de atuação
(industrial, comercial, prestador de serviços etc.).
 eliminação e/ou redução de atividades que não agregam valor
ao produto.
 observância aos princípios de contabilidade; entre outros.
Francisco Lorentz 289
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Baseado em Atividades (ABC)

Problemas mais comuns (desvantagens):


 resistência por parte do pessoal à mudança
(psicológico), além da ausência de pessoal competente e
qualificado que viabilize a implantação do sistema.
 complexidade do sistema decorrente da sua sofisticação
(dispêndio de tempo e de recursos).
 necessidade de revisão frequente/periódica do sistema.
 necessidade de organização da empresa anterior à sua
implantação, com integração entre os departamentos;
entre outros.
Francisco Lorentz 290
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS

Pág. 253 a 258 (livro).

Exercícios: _______________.

Francisco Lorentz 291


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custo padrão
Custos para controle

Francisco Lorentz 292


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Controle
No que consiste o controle?
 Fixar um referencial.
 Conhecer a realidade.
 Compará-la com o padrão, obtendo rapidamente
os desvios.
 Determinar prontamente as causas.
 Rápida ação corretiva.

Francisco Lorentz 293


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custo Padrão
O método do custo padrão vai:
 Fixar um custo padrão.
 Determinar o custo real.
 Levantar a variação (desvio).
 Analisar a variação, auxiliando na procura
pelas causas.

Francisco Lorentz 294


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
É um custo que a empresa estabelece como
meta para os seus produtos, considerando
basicamente o preço e a quantidade dos insumos
consumidos na produção, o volume desta, além das
características tecnológicas do processo produtivo de
cada produto.
O grande objetivo do custo padrão é o de servir de
base de comparação entre os valores orçados e
realizados.
Há três tipos básicos de custo padrão:
 Ideal
 Estimado
 Corrente 295
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Custo Padrão Ideal


Tem um conceito mais teórico, pois considera o uso das
melhores práticas e recursos existentes para a
fabricação de um produto ou a prestação de um serviço.

Custo Padrão Estimado


Este custo é determinado por meio de uma projeção
para o futuro de dados geralmente observados passado,
sem se levar muito em consideração as ineficiências no
processo produtivo como desperdício dos materiais,
produtividade da mão de obra, preços pagos pelos
insumos, entre outros.
Francisco Lorentz 296
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Custo Padrão Corrente


Este é considerado uma aplicação intermediária - situa-
se entre o Ideal e o Estimado - na busca de um custeio
que mais se aproxime da realidade, levando em
consideração a deficiência existente na produção no
que se refere principalmente aos desperdícios em
função da qualidade dos materiais, mão de obra,
equipamentos, fornecimento de energia, entre outros.

Considera-se, em comparação com o Ideal, como um


custo "mais válido e aceitável”.

297
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Avaliações
 Pode-se descobrir se está utilizando um volume
maior de materiais.
Se pagou preço adequado pelos materiais.
Se está havendo um volume grande de estragos
e perdas além do previsto.
Se a produtividade da mão de obra está
aumentando ou diminuindo.

298
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

CUSTO REAL
 É aquele que ocorreu efetivamente na empresa.
 Quando o custo real é maior que o custo padrão, a
diferença é desfavorável.
 Quando o custo padrão for maior que o real, a
diferença é favorável.
CP > CR Situação Favorável
CP < CR Situação Desfavorável

Francisco Lorentz
299
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Custo Padrão x Custo Real – exemplo 1

Real Padrão Variações

123,00 100,00 23,00 D

128,00 150,00 22,00 F

300
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Custo Padrão x Custo Real – exemplo 2


CUSTO CUSTO
ITENS VARIAÇÃO
REAL PADRÃO
Material
150.000,00 120.000,00 30.000,00 desfavorável
Direito
MOD 350.000,00 360.000,00 10.000,00 favorável

CIF 200.000,00 180.000,00 20.000,00 desfavorável

TOTAL 700.000,00 660.000,00 40.000,00 desfavorável

301
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Padrão

Podemos observar até o momento que o custo


padrão é uma ferramenta de controle dos custos
para a empresa detectar suas ineficiências. A
comparação entre o custo real e o custo padrão
pode ser feita de forma extracontábil, por meio de
relatórios, ou de forma contábil, controlando as
variações na própria contabilidade, por meio de uma
prática denominada custeio padrão.

Observe o exemplo a seguir.

302
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Padrão - exemplo


A Cia. XPTO tem seguintes custos padrão por unidade
para fabricação do seu produto Alfa:
Material direto..................... $ 80,00
Mão de obra direta ............ $ 60,00
CIF....................................... $ 50,00
 Estoques iniciais de Produtos em Elaboração e de Produtos
Acabados no início do período: zero.
 Produção de Alfa: 10.000 unidades totalmente acabadas.
 Produção de Alfa vendida: 8.000 unidades (80%).
 Custos reais levantados no período:
Material direto............ $ 810.000,00
Mão de obra direta.... $ 620.000,00
CIF.............................. $ 490.000,00
Total: $ 1.920.000,00
303
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Custeio Padrão - exemplo


Os custos padrão totais referentes à produção de 10.000
unidades de Alfa foram:
• Material direto......... $ 80,00 x 10.000 un. = $ 800.000,00
• Mão de obra direta. $ 60,00 x 10.000 un. = $ 600.000,00
• CIF............................. $ 50,00 x 10.000 un. = $ 500.000,00
TOTAL: $ 1.900.000,00

Relatório de controle extracontábil do período


Item de custo Custo padrão Custo real Variações
Material direto $ 800.000,00 $ 810.000,00 $ 10.000,00 desfavorável
MOD $ 600.000,00 $ 620.000,00 $ 20.000,00 desfavorável
CIF $ 500.000,00 $ 490.000,00 $ 10.000,00 favorável
Total $ 1.900.000,00 $ 1.920.000,00 $ 20.000,00 desfavorável
304
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva
Custeio Padrão - exemplo
Lançamentos contábeis utilizando os razonetes:

305
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva
Custeio Padrão - exemplo
A contabilização dos custos nos estoques e no CPV
durante o período é feita pelo custo padrão. No final do
período, após os lançamentos de ajustes (variações)
ocorridos em função da comparação entre o custo padrão e o
custo real, em conta específica, serão feitos os ajustes nas
contas de estoques (Produtos Acabados – lançamento a) e
de resultado (lançamento b), de acordo com a transferência
de valores entre elas.
O saldo da conta Variações ($ 20.000,00 desfavorável) foi
ajustado com as contas:
- Estoque de Produtos Acabados (20%) - lançamento “a”, e
- Custo dos Produtos Vendidos (80%) - lançamento “b”.
Por fim, estoques de produtos acabados e o CPV ficarão
com seus saldos ajustados ao valor corrente - $ 384.000,00
e $ 1.536.000,00, respectivamente.
306
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
Análise da variações
 A análise das variações entre o custo real e o custo
padrão é o ponto forte na utilização do custeio padrão
para fins de controle.
 Permite à empresa exercer o controle dos seus
custos, detectando eventuais ineficiências ocorridas na
produção.
 Variações favoráveis e desfavoráveis devem ser
analisadas para determinar as suas origens, suas
causas e seus responsáveis e fornecer orientação para
que sejam realizadas as correções e os ajustes
necessários.
307
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Variações de materiais
O custo padrão do material é constituído de
duas partes: preço e quantidade.
Assim, teremos duas variações de materiais:

 Variação de Preço

 Variação de Quantidade.

308
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Padrão de materiais (matéria-prima)


Preço
MPp = Pp x Qp

Pp MPp = $10 x 1.000


$10
MPp = $10.000

Quantidade
Qp 1.000u
309
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Padrão de materiais (matéria-prima)


Preço
MPr = Pr x Qr
Pr
$11
MPr = $11 x 1.100
MPr = $12.100

Quantidade
Qr 1.100
310
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Variação de material (matéria-prima)


Preço

VMP = MPp - MPr


Pr
11
Pp VMP = $10.000 – $12.100
10
VMP = $2.100 desfavorável

1.000 1.100
Quantidade
Qp Qr
311
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Variação de preço
Preço

Pr
11
13 VP = (Pp- Pr) x Qp
Pp
10
VP = ($10 - $11) x 1.000
VP = $1.000 desfavorável

1.000 1.100
Quantidade
Qp Qr
312
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Variação de quantidade
Preço

Pr
11
13 VQ = (Qp- Qr) x Pp
Pp
10
VQ = (1.000 – 1.100) x $10
VQ = $1.000 desfavorável

1.000 1.100
1.100 Quantidade
Qp Qr
313
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

VMP = $2.100 desfavorável


Preço
VP = $1.000 desfavorável

Pr ?

Pp

VQ = $1.000 desfavorável

Quantidade
Qp Qr
314
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Variação mista
Preço
Vmista = (Qr - Qp) x (Pr- Pp)
Pr
VM = (1.100 – 1.000) x ($11 - $10)
Pp VM = $100

Quantidade
Qp Qr
315
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Gráfico da variação de material


Preço Variação Variação mista
de Preço ou conjunta

Pr

Pp

Custo Padrão

Variação de quantidade

0 Qp Qr Quantidade

Francisco Lorentz
316
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
Variação mista
 A variação mista representa a sobra provocada pela
existência das variações de preço e de quantidade, e é
muito difícil de ser identificada com essas variações.
 Costuma-se, na prática, incluí-la na variação de preço
por meio da seguinte fórmula:
VP = (PR – PP) x QR
Nesse caso, observe que a variação do preço será
calculada em função da quantidade real e não da
quantidade padrão.
VP = ($ 11,00 - $ 10,00) x 1.100 un. = $ 1.100,00

Francisco Lorentz 317


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Variação (total) de preço


Preço

VP
Pr VP = (Pp- Pr) x Qr
Pp VP = ($10 - $11) x 1.100
VP = $1.100 desfavorável

Quantidade
Qp Qr
Francisco Lorentz 318
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Principais causas das variações do preço

 Oscilações do preço do mercado;

 Ineficiência do pessoal da área de compras;


 Compras não programadas ou emergenciais;
 Falta de planejamento financeiro;
 Estimativa deficiente dos padrões fixados.

Francisco Lorentz 319


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Principais causas das variações de quantidade

 Maquinário desgastado, obsoleto;


 Manutenção, na maior parte dos casos,
corretiva e ineficaz;
 Mão de obra não especializada;
 Má qualidade do material;
 Estimativa deficiente dos padrões fixados.

Francisco Lorentz 320


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
Variação de mão de obra direta
As variações do padrão da mão de obra direta são variação
da taxa (salário) e variação da eficiência (tempo).
Da mesma forma que material, as variações de MOD são
calculadas com o uso das fórmulas abaixo:
Variação de taxa (salário)
Onde:
VT = (TR – TP) x HP
TR = Tx salarial real
Variação de eficiência (tempo)
TP = Tx salarial padrão
VE = (HR – HP) x TP
HR = horas reais
Variação mista
HP = horas padrão
VM = [(HR – HP) x (TR – TP)]
Francisco Lorentz 321
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Variação de mão de obra direta


Exemplo: uma indústria fixou os seguintes padrões para a
mão de obra dieta utilizada na fabricação de um dos
produtos de sua linha:

322
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
Variação de mão de obra direta
Cálculo das variações:
Variação da taxa: VT = (TR – TP) x HP
VT = ($ 5,00 - $ 7,00) x 3 h = $ 6,00 favorável

Variação da eficiência: VE = (HR – HP) x TP


VE = (4 h – 3 h) x $ 7,00 = $ 7,00 desfavorável

Variação mista: VM = (HR – HP) x (TR – TP)


VM = (4 h – 3 h) x ($ 5,00 - $ 7,00) = $ 2,00 favorável
Francisco Lorentz 323
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
Variação de mão de obra direta

Principais causas das variações de taxa (salário)

 Uso de mão de obra não qualificada;


 Oscilações no preço da mão de obra;
 Política de remuneração inadequada;
 Sazonalidade da mão de obra;
 Estimativa deficiente dos padrões fixados.

Francisco Lorentz 324


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
Variação de mão de obra direta
Principais causas das variações de eficiência (tempo)

 Paralisação anormal das máquinas;


 Falta de treinamento adequado aos operários;
 Falta de motivação;
 Sobretempos devidos ao material;
 Estimativa deficiente dos padrões fixados.

Francisco Lorentz 325


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO

Variação dos custos indiretos de fabricação

Diferentemente do material e da mão de obra, a tarefa


de cálculo das variações de CIF é mais complexa e
envolve o uso de três tipos de variações :
 Volume
 Custo
 Eficiência

Francisco Lorentz 326


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
Variação de CIF
Exemplo: Uma empresa industrial apresentou as seguintes
informações:
– Custo indireto variável: $ 15,00 por unidade
– Custos indiretos fixos: $ 10.000,00 por período
– Volume padrão de produção no período: 1.000 unidades
– Padrão de produtividade: 1 hora-máquina por unidade.

Para a produção de 1.000 unidades no período o custo indireto


padrão total será:
Custos indiretos variáveis: $ 15,00 x 1.000 un. = $ 15.000,00
(+) Custos indiretos fixos $ 10.000,00
(=) Total $ 25.000,00

O custo indireto padrão por unidade será: $ 25.000,00 / 1.000 un. =


$ 25,00
327
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
Variação de CIF

Os custos indiretos de fabricação reais para o


mesmo período foram $ 26.000,00 para um volume
real de produção de 800 unidades, que consumiram
880 horas para ficarem prontas.
Assim, o custo indireto total real por unidade
produzida será: $ 26.000,00 / 800 un. = $ 32.50.
A variação total será de $ 7,50 desfavorável ($ 32,50
- $ 25,00).

328
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
Variação de CIF
Variação do volume (VV)
 Faz a análise de aumento ou redução de custo provocado
pelo maior ou menor volume real de produção em relação ao
volume estabelecido como padrão.
 Afeta apenas o cálculo dos custos indiretos fixos por
unidade.
 A VV será sempre desfavorável quando houver redução no
volume de produção, já que, com a redução do volume, haverá
um acréscimo no custo unitário. Será favorável quando ocorrer
o contrário.
Fórmula:
VV = CIF padrão no volume padrão – CIF que seria padrão no volume real
329
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
Variação de CIF
Variação do volume (VV) – exemplo
De acordo com as informações de custos apresentadas e não
havendo nenhuma variação nos custos, com a redução do
padrão de 1.000 unidades para 800 no período, o CIF que seria
padrão no volume real, será:
Custos indiretos variáveis: $ 15,00 x 800 un. = $ 12.000,00
(+) Custos indiretos fixos = $ 10.000,00
(=) Total $ 22.000,00

O CIF por unidade, então, seria: $ 22.000,00 / 800 un. = $ 27,50.


Assim, a VV será: $ 25,00 - $ 27,50 = $ 2,50 desfavorável.
Em função da diminuição no volume de produção, houve um
acréscimo do custo unitário, logo desfavorável.
330
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
Variação de CIF
Variação do custo (VC)
 Corresponde à variação no valor de aquisição dos custos
indiretos de fabricação (fixos e variáveis) utilizados no
processo de fabricação.
Fórmula:
VC = CIF que seria padrão no volume real - CIF real

Continuando com as informações do nosso exemplo,


inicialmente temos que calcular o CIF real por unidade, que
será: $ 26.000,00 / 800 un. = $ 32,50.

Assim, a variação de custo será: $ 27,50 - $ 32,50 = $ 5,00


desfavorável.
331
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
Variação de CIF

Variação da eficiência (VE)


 A VE avalia o impacto nos custos em função do maior ou
menor tempo consumido na fabricação de uma unidade de
produto.

Fórmula:

VC = CIF que seria padrão no volume real - CIF padrão ao


volume real ajustado pela ineficiência

332
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
Variação de CIF
Variação da eficiência (VE) – exemplo
No nosso exemplo: produção real de 800 unidades; produtividade
padrão por produto: 1 hora-máquina. Foram gastas realmente 880
horas-máquina para a fabricação de 800 unidades, havendo um
acréscimo na produção de 80 horas-máquina.
Assim, os custos indiretos serão:
Custos indiretos variáveis: $ 15,00 x 880 un. = $ 13.200,00
(+) Custos indiretos fixos = $ 10.000,00
(=) Total $ 23.200,00
O CIF por unidade, então, seria: $ 23.200,00 / 800 un. = $ 29,00
A variação da eficiência será: $ 27,50 - $ 29,00 = $ 1,50
desfavorável.
333
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

CUSTO PADRÃO
No sistema de custo padrão produzem-se relatórios que
tornam possível um controle mais rápido das operações por parte
dos gestores.
Os padrões de custos podem ser um importante instrumento para
a avaliação do desempenho.
O custo padrão é um poderoso auxílio ao trabalho de elaboração e
acompanhamento dos orçamentos.
Como limitações do custo padrão podemos relacionar as seguintes:
 Os padrões, muitas vezes, tendem a se tornar rígidos ou
inflexíveis, mesmo em períodos de tempo relativamente curtos.
 Quando os padrões são alterados frequentemente, sua eficácia
para a aferição do desempenho é enfraquecida, já que isto se
assemelha a medir as atividades através de critérios elásticos.

334
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS

Pág. 274 e 282 (livro).

Exercícios: __________________________.

Francisco Lorentz
335
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Formação do Preço de
Venda

Francisco Lorentz 336


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Formação de Preços
Principais influências sobre as decisões de preço:
clientes, concorrentes e custos.
CLIENTES
Além de conhecer os custos do processo, é necessário
conhecer as questões relativas ao preço pela ótica dos
clientes, pois o aumento de preço pode fazer com que os
clientes rejeitem o produto e prefiram o de um concorrente
ou o substituam. O cliente leva também em consideração,
em geral, a qualidade, a marca, o design, a embalagem e os
serviços agregados.
Existem clientes que preferem pagar um pouco mais em
troca de um produto que apresente características melhores.
Francisco Lorentz
337
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Formação de Preços
CONCORRENTES
A concorrência é outro fator que influencia a formação
dos preços. Os preços e os serviços de um concorrente
podem forçar a empresa a reduzir seus preços para ser
competitiva.
Mesmo sabendo, na maioria dos casos, que o preço de
venda praticado deve ser próximo do preço de
mercado, adotar simplesmente o preço praticado pela
concorrência sem conhecer a sua estrutura de custos
pode ser uma prática desastrosa, pois certamente os
custos dos concorrentes não correspondem aos custos
da empresa.
Francisco Lorentz
338
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Formação de Preços
CUSTOS
Para fazer o cálculo do preço de venda corretamente,
deve-se ter em mente as margens de lucratividade de
forma que ele permita cobrir seus custos básicos,
trazendo resultados financeiros satisfatórios.
O custo constitui o piso do preço. Um preço de venda
inferior ao seu custo implica perdas, que, dependendo
de suas dimensões, afetam diretamente a saúde
financeira e a substância patrimonial (investimentos) da
empresa, podendo até inviabilizar a continuidade do
negócio.
Francisco Lorentz
339
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Formação de Preços
PREÇO MARK-UP
 A metodologia dominante de formação de preços
consiste na aplicação de um percentual (mark-
up) sobre o custo de produção ou operação.
 No cálculo do mark-up são inseridos todos os
fatores que se deseja cobrar no preço de venda
sob a forma de percentuais, como por exemplo,
os tributos incidentes sobre vendas, comissão dos
vendedores, taxa cobrada pela administradora do
cartão de crédito nas vendas nessa modalidade,
margem de lucro desejada para cada produto etc.
Francisco Lorentz
340
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Formação de Preços
M AR K -UP Divisor/ M ultiplicador
Considere a estrutura de preço de venda a seguir :
Fatores Margens
Impostos s/ vendas (ICMS/PIS/COFINS) 18,65%
Despesas fixas 10%
Comissões 2%
Lucro desejado (antes do IR) 15%
Total do fator 45,65%

Francisco Lorentz 341


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Formação de Preços
M AR K -UP Divisor/ M ultiplicador
(vendas à vista)
Mark-up Divisor:
100% – 45,65% 1 – 0,4565 = 0,5435
100
Mark-up Multiplicador:
100 1 = 1,8399264
100% - 45,65% 0,5435
100

342
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Formação de Preços
M AR K-UP Divisor/ M ultiplicador
Supondo que o custo da mercadoria seja $100,00, observe
o cálculo do preço de venda à vista:
Mark-up multiplicador
• Custo = $ 100,00
• Mark-up multiplicador = 1,8399264
• Preço de venda = $ 100,00 x 1,8399264 = $ 183,99

Mark-up divisor
• Custo = $ 100,00
• Mark-up divisor = 0,5435
• Preço de venda = $ 100,00 ÷ 0,5435 = $ 183,99

Francisco Lorentz 343


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Formação de Preços
M ARK -UP Divisor/ M ultiplicador
Decompondo o preço obtido, temos:
Itens Valores ($) Percentuais
Preço de Venda 183,99 100,00%
(-) impostos 34,31 18,65%
(-) comissões 3,68 2,00%
(=) preço de venda líquido 146,00
(-) custo da mercadoria vendida 100,00
(=) margem de lucro bruto 46,00 25,00%
(-) despesas fixas 18,40 10,00%
(=) Lucro (lucro antes do IR) 27,60 15,00 %

Francisco Lorentz 344


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva
Formação de Preços
Mark-up considerando as vendas a prazo
Nas vendas a prazo é acrescentado ao preço à vista um custo
financeiro, que representa um financiamento ao cliente em
função do prazo concedido.

Preço de venda a prazo com acréscimo financeiro “por


fora”
O valor do preço de venda obtido, nesse caso, incorpora o custo
financeiro da venda a prazo, além de servir de base para o cálculo
dos impostos e comissões.

Preço de venda a prazo com acréscimo financeiro “por


dentro”
Por esse método, os juros a serem cobrados do cliente pelo
financiamento da venda são inseridos no cálculo do mark-up,
sendo considerado como um dos percentuais integrantes que
compõe tal fator. Francisco Lorentz 345
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Mark-up considerando as vendas a prazo

Preço de venda a prazo com acréscimo financeiro “por


fora”
Continuando com as informações do exemplo anterior
(preço de venda à vista: $ 183,99), vamos supor que a empresa
decida vender a mercadoria a prazo (60 dias) a uma taxa de juros
de 5% ao mês. Nesse caso, qual seria o preço de venda a prazo?

O acréscimo financeiro, em termos percentuais, corresponderá à:


 Taxa equivalente (5% ao mês em 2 meses)
Tx Eq.= (1+ i)ⁿ - 1 = (1 + 0,05)² - 1 = 0,1025 ou 10,25%
onde i = taxa de juros (em fração decimal);
n = prazo (meses).

O preço de venda a prazo será: $ 183,99 x 1,1025 = $ 202,85

Francisco Lorentz 346


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Mark-up considerando as vendas a prazo


Preço de venda a prazo com acréscimo financeiro “por fora”
Decompondo esse preço, temos:

Itens Valores ($) Percentuais


Preço de Venda 202,85 100,00%
(-) custo financeiro* 18,86
(-) impostos 37,83 18,65%
(-) comissões 4,06 2,00%
(=) preço de venda líquido 142,10
(-) custo da mercadoria vendida 100,00
(=) margem de lucro bruto 42,10 20,75%
(-) despesas fixas 20,28 10,00%
(=) Lucro (lucro antes do IR) 21,82 10,76%
* P reço de venda a prazo – preço de venda à vista ($ 202,85 - $ 183,99)
Francisco Lorentz 347
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Mark-up considerando as vendas a prazo

Preço de venda a prazo com acréscimo


financeiro “por dentro”

Por esse método, os juros a serem


cobrados do cliente pelo financiamento da
venda são inseridos no cálculo do mark-
up, sendo considerado como um dos
percentuais integrantes que compõe tal
fator.

Francisco Lorentz 348


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Mark-up considerando as vendas a prazo

Preço de venda a prazo com acréscimo financeiro “por dentro”

Considerando a mesma informação de venda a prazo do nosso


exemplo, teremos a seguinte estrutura de preço de venda para a
elaboração do mark-up (divisor ou multiplicador) com a taxa
equivalente de juros já calculada (10,25%) para o acréscimo
financeiro:
Fatores Margens
Impostos s/ vendas (ICMS/PIS/COFINS) 18,65%
Despesas fixas 10%
Comissões 2%
Lucro desejado 15%
Acréscimo financeiro 10,25%
Total 55,90%
Francisco Lorentz 349
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Mark-up considerando as vendas a prazo

Preço de venda a prazo com acréscimo financeiro “por dentro”

Determinação do mark-up divisor:

100% – 55,90% = 1 – 0,559 = 0,441


100

Mantendo o custo da mercadoria nos mesmos $100,00, o preço de


venda a prazo será:

Custo = $ 100,00
Mark-up divisor = 0,441
Preço de venda = $ 100,00 ÷ 0,441 = $ 226,76

Francisco Lorentz 350


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Mark-up considerando as vendas a prazo

Preço de venda a prazo com acréscimo financeiro “por dentro”


Decompondo esse preço, temos:

Itens Valores ($) Percentuais


Preço de Venda 226,76 100,00%
(-) custo financeiro 23,24 10,25%
(-) impostos 42,29 18,65%
(-) comissões 4,54 2,00%
(=) preço de venda líquido 156,69
(-) custo da mercadoria vendida 100,00
(=) margem de lucro bruto 56,59
(-) despesas fixas 22,67 10,00%
(=) lucro (antes do IR) 34,02 15,00%

Francisco Lorentz 351


CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Formação de Preços
Cálculo do mark-up
O uso do mark-up facilita o processo de precificação das
mercadorias, produtos e serviços. No entanto, o cálculo errado
de mark-up pode trazer consequências desastrosas para as
empresas. O gestor poderá incorrer em erros se praticá-lo
indiscriminadamente, como por exemplo:
 Não ter o conhecimento de seus custos e, assim, praticar
preços mais altos do que poderia estar praticando, reduzindo
sua competitividade, já que a concorrência terá uma imensa
vantagem sobre a clientela; no caso oposto, observa-se que os
prejuízos, geralmente não identificados a curto prazo, podem
comprometer a continuidade de um empreendimento;
 Não ter conhecimento de sua lucratividade real e, quando da
concessão de descontos, ultrapassar os limites aceitáveis e
incorrer em prejuízo; e
 Aplicar o mesmo mark-up para todos os produtos.
Francisco Lorentz 352
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

EXERCÍCIOS

Pág. 292 a 295 (livro).

Exercícios: ______________________.

353
Francisco Lorentz
CONTABILIDADE e ANÁLISE DE CUSTOS - Uma abordagem prática e objetiva

Francisco Lorentz

franciscolorentz@gmail.com

354

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