Você está na página 1de 16

EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA ____ VARA DE FAMÍLIA,

SUCESSÕES, ÓRFÃOS, INTERDITOS E AUSENTES DA COMARCA DE


FRANCA – SP

(Nome completo), (nacionalidade), (estado civil), com endereço eletrônico


(endereço eletrônico) residente e domiciliado na (endereço completo) e
(Nome completo), (nacionalidade), (estado civil), com endereço eletrônico
(endereço eletrônico) residente e domiciliado na (endereço completo), vem
à presença de V Exa., por seus procuradores ao final assinados, os quais
possuem endereço eletrônico (e-mail do advogado), este representante do
Requerente (NOME), e; (e-mail do advogado), estas representantes da
Requerente (NOME), respectivamente, com endereço profissional estabelecido
em procuração anexa, propor a presente

AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL c/c REGULAMENTAÇÃO DE


GUARDA, PENSÃO ALIMENTÍCIA E DOAÇÃO DE BEM

nos termos dos arts. 226, parágrafo 6º da CF, 1.571, IV do CC, Lei 5.478/1968
c/c o art. 731 e seguintes do CPC, tendo como base os fatos e fundamentos
que a seguir passa a expor.

1. PRELIMINARMENTE: DA FIXAÇÃO DO FORO

1.1. Preliminarmente, Exa., é imperioso destacar que a Divorcianda (NOME)


atualmente é residente e domiciliada em (endereço). Tendo em vista os filhos
menores – incapazes - residirem com a mãe, nesta cidade, é este o Foro
competente para o processamento e julgamento/homologação da presente, na
forma definida no artigo 53, I, “a”, do CPC vigente, a saber:
Art. 53. É competente o foro:

I - para a ação de divórcio, separação, anulação de


casamento e reconhecimento ou dissolução de união
estável:

a) de domicílio do guardião de filho incapaz;


b) do último domicílio do casal, caso não haja filho
incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no
antigo domicílio do casal;

1.2. Diante do quanto exposto, não restam dúvidas acerca da competência


deste Foro para processar e julgar o presente feito, em que pese o casamento
ter sido contraído em Feira de Santana – BA, conforme certidão de casamento
anexada.

2. DOS FATOS

2.1. Os Requerentes contraíram núpcias em (indicar data), pelo regime de


(indicar regime de bens), nos termos da certidão de casamento em anexo,
inclusive, com alteração do nome da Divorcianda de (indicar nome anterior)
para (indicar nome pós casamento).

2.2. Desta união advieram as três filhos menores do casal, cujas respectivas
certidões de nascimento seguem anexas:

a) (Nome do filho 1), nascida em (indicar data de nascimento), hoje


com (indicar idade) anos de idade;
b) (Nome do filho 2), nascida em (indicar data de nascimento), hoje
com (indicar idade) anos de idade;
c) (Nome do filho 3), nascida em (indicar data de nascimento), hoje
com (indicar idade) anos de idade.

2.3. Tendo em vista a existência de razões íntimas para não se continuar com
o matrimônio contraído, os Requerentes, por mera liberalidade, invocam a
prestação jurisdicional com o escopo de ver declarado o DIVÓRCIO
CONSENSUAL do casal, consoante doutrina e jurisprudências dominantes
acerca do tema, e por terem acordado de forma amigável tudo o quanto aqui
disposto.

3. DOS BENS

3.1. Conforme certidão de casamento já citada e anexada, as partes casaram-


se pelo regime de (indicar regime de bens).

3.2. Independentemente dos efeitos do regime de comunhão contraído pelos


Requerentes ou de qualquer doutrina ou jurisprudência sobre o tema,
sobretudo pela necessidade da Requerente (NOME) manter os cuidados com a
boa educação e criação diária dos filhos do casal, especialmente enquanto
menores, e, ainda, o entendimento desta e do Requerente (NOME) acerca da
necessidade de reinserção daquela no mercado de trabalho, ajustam, as
doações de determinados bens por este, àquela, aos filhos do casal e outros
direitos e obrigações, na forma a ser indicada adiante.

3.3. O casal informa, ainda, que não há bens adquiridos em condomínio pelos
mesmos, razão pela qual, diante da inexistência de uma massa patrimonial
conjunta, prevalece a responsabilidade individual pelas dívidas e/ou obrigações
assumidas por cada uma das partes.

4. DA DOAÇÃO DE BEM IMÓVEL EM FAVOR DOS FILHOS DO CASAL

4.1. O Divorciando (NOME), doará para seus 3 (três) filhos menores, (NOME
DE CADA UM), o apartamento (indicar endereço e dados do imóvel), com
Inscrição Imobiliária de nº (Número) junto à Secretaria da Fazenda do
Município de Salvador, livre de qualquer ônus, o qual será adquirido com a
cláusula “Porteira Fechada”, o qual poderá ser utilizado pela Divorcianda
(NOME) em regime de usufruto.

4.1.1. O Divorciando (NOME) compromete-se a doar à Divorcianda (NOME), a


quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para que esta providencie a compra de
utensílios domésticos, valor este a ser doado no ato de assinatura do presente
instrumento, oportunidade na qual esta dará àquele a mais ampla, geral,
irrevogável e irretratável quitação do valor aqui previsto, sem nada a reclamar
em juízo ou fora dele.

4.1.2. Caso o imóvel não esteja livre e desembaraçado de quaisquer ônus,


como também, caso não sejam expedidas as certidões necessárias em nome
dos proprietários do imóvel acima indicado ou do próprio imóvel, os
Divorciandos pactuam que substituirão o bem indicado na Cláusula 4.1, supra,
por outro imóvel de mesmo padrão e também com a cláusula “Porteira
Fechada” ou a ser mobiliado, neste caso, através de convenção entre as
partes, podendo inclusive haver um aditamento deste termo, no que tange
exclusivamente a esta cláusula.

4.1.2. É expressamente vedada a percepção de qualquer renda sobre o imóvel


e que esta seja convertida em favor da Divorcianda (NOME) ou do Divorciando
(NOME) enquanto quaisquer das filhas ainda resida no imóvel, devendo ser
averbada tal cláusula junto à respectiva matrícula no seu competente Cartório
de Registro de Imóveis.

4.1.3. É expressamente vedada às filhas do casal e aos Divorciandos o aluguel


do apartamento indicado na Cláusula 4.1., de forma temporária ou definitiva,
enquanto o filho mais novo não atinja a idade de 21 (vinte e um) anos e
possam tomar decisões sobre a unidade imobiliária em questão, devendo ser
averbada tal cláusula junto à respectiva matrícula no seu competente Cartório
de Registro de Imóveis.
4.1.4. Em caso de renda oriunda do imóvel, a qualquer tempo, esta deverá ser
revertida em favor dos três filhos do casal, de forma proporcional e igualitária,
reduzindo, ao final, o valor pago pelo Divorciando (NOME) a título de pensão
alimentícia, se ainda obrigado a tanto, na forma prevista na Cláusula Oitava
deste instrumento.

4.2. Todas as despesas abaixo destacadas e vinculadas à manutenção e


utilização do bem imóvel indicado no item 4.1., respeitado o limite previsto no
item 4.3. e o prazo indicado no item 4.4., serão pagas pelo Divorciando
(NOME), a saber:

a) IPTU;
b) Despesas com água; energia e gás natural canalizado;
c) TV por assinatura, telefone fixo e acesso à internet, exceto gastos com
pay-per-view;
d) Taxas condominiais, exceto multas impostas pelo condomínio e
eventuais valores decorrentes da utilização de equipamentos comuns
mediante remuneração;
e) Em não sendo adquirido o bem indicado no item 4.1 supra, ou seja,
fazendo incidir a previsão do item 4.1.1, acaso o imóvel a ser adquirido
não contenha a cláusula “Porteira Fechada”, os Divorciandos deverão,
obrigatoriamente, estabelecer um consenso para a compra de móveis e
decoração, incluindo a contratação de arquiteto (a), os quais serão
custeados pelo Divorciando (NOME).

4.2.1. A Divorcianda (NOME), sempre antes de assinar qualquer pacote ou


serviço adicional referente às despesas acima indicadas, deverá consultar o
Divorciando (NOME) para fins de autorização, sob pena de, não sendo
consultado para tal fim, este não ficar obrigado a arcar com as novas despesas
assumidas, observando-se o limite estipulado no item 4.3.
4.3. Os Divorciandos fixam que o pagamento das despesas acima previstas
pelo Divorciando (NOME) para o imóvel doado aos filhos limitar-se-á a 2,5 (dois
e meio) salários mínimos mensais e vigentes à época, pagos sempre no dia 28
(vinte e oito) de cada mês, iniciando-se a partir do mês subsequente ao
protocolo da presente peça, através de depósito bancário na conta corrente
(banco), Agência (Número), Conta Corrente (Número) de titularidade da
Divorcianda. Contudo, em caso de despesas mensais acima deste montante,
estas serão custeadas com o valor da pensão paga pelo Divorciando aos
menores, conforme disposição específica adiante.

4.3.1. A divorcianda ficará obrigada a prestar constas sempre que exigido ao


divorciando, das contas pagas, constantes no item 4.2.

4.4. Os Divorciandos fixam, ainda, que o custeio do Divorciando sobre a


unidade imobiliária em questão será realizado até quando o filho mais novo
complete 21 (vinte e um) anos de idade.

4.5. Conforme disposto no artigo 1.691 do Código Civil, fica vedado aos pais
das menores alienar ou gravar de ônus real o referido imóvel, tampouco
contrair, em nome dele, obrigações que ultrapassem os limites da simples
administração, salvo por necessidade ou evidente interesse da prole, mediante
prévia autorização do juiz.

4.5.1. Os filhas do casal, após o mais novo completar a idade de 21 (vinte e


um) anos, poderão dispor, usar e gozar do bem imóvel da forma que, em
comum acordo, julgarem necessário, inclusive e não tão somente, aliená-lo,
sendo responsáveis pela consequência de seus atos, sem nada poder reclamar
posteriormente, em Juízo ou fora dele, aos Divorciandos.

5. DA DOAÇÃO DE VEÍCULO EM FAVOR DA DIVORCIANDA (NOME)

5.1. O Divorciando (NOME) transferirá à Divorcianda (NOME) um automóvel de


sua propriedade, passando o mesmo para seu nome, com as seguintes
características: 01 (um) veículo da marca (indicar marca), modelo (indicar
modelo), placa (indicar placa), devidamente livre e desembaraçado de
quaisquer ônus.

5.2. Este automóvel será doado para fins de transporte dos filhos do casal para
escola, cursos, atividades, etc., bem como para uso pessoal da Divorcianda
(NOME), quando não houver prejuízo às atividades das infantes, tendo todos
os custos de manutenção arcados pelo Divorciando (NOME), tais quais: IPVA,
seguro automotivo e revisões de rotina, essenciais para o bom funcionamento
e circulação do automóvel.

5.3. Estão expressamente excluídos dos custos de manutenção indicados no


item 5.2., supra, o fornecimento de combustível, a instalação de acessórios não
julgados necessários, além de reparos e desgastes por má utilização não
cobertos pelo seguro automotivos, os quais deverão ser arcados com o valor
da pensão previsto na Cláusula Oitava deste instrumento.

5.4. O Divorciando (NOME) providenciará a transferência no prazo máximo de


noventa dias a partir da homologação do presente instrumento, devendo a
Divorcianda (NOME) disponibilizar o automóvel e promover todos os atos
necessários para tanto.

5.6. Os Divorciandos fixam, ainda, que os custeios acerca do automóvel em


questão, serão realizados pelo divorciando (NOME) até quando o filha mais
novo completar a sua maioridade civil, a qual deixa-se fixada nesta cláusula,
para que não haja divergências, como sendo de dezoito anos.

6. DA PENSÃO ALIMENTÍCIA EM FAVOR DA DIVORCIANDA

6.1. A Divorcianda apresenta necessidade temporária de pensão alimentícia,


em razão de estar desempregada, mas apta para o exercício de atividade
laboral, face a dedicação no cuidado e criação das filhas do casal.
6.2. Assim, as partes acordam que o Divorciando (NOME) prestará alimentos
em favor da Divorcianda (NOME) no montante de 4 (quatro) salários mínimos
vigentes à época do pagamento, bem como pagará o plano de saúde desta,
ambos durante o período de 5 (cinco) anos, contados a partir do protocolo da
presente peça, visando assegurar a subsistência da Divorcianda para a sua
potencial inserção no mercado de trabalho.

6.3. O referido valor será pago sempre no dia (indicar dia) de cada mês,
iniciando-se a partir do mês subsequente ao protocolo da presente peça,
através de depósito bancário na conta corrente (indicar conta) de titularidade
da Divorcianda, ou, qualquer outra conta corrente de sua titularidade que venha
a ser indicada ao Divorciando, servindo o comprovante de depósito como
comprovante do adimplemento de sua obrigação.

6.4. O pagamento poderá ser feito em espécie ou cheque, ficando a


Divorcianda obrigada a assinar recibo emitido para este fim específico sempre
que o pagamento seja feito desta forma, inclusive para fins de declaração à
Receita Federal, sendo que, em caso de pagamento em cheque, o recibo
deverá ser assinado após a compensação do título.

7. DOS FILHOS DO CASAL – GUARDA

7.1. Conforme dito alhures, o casal divorciando possuem três filhos menores,
atualmente com (idade do filho 1), (idade do filho 2) e (idade do filho 3)
anos de idade.

7.2. Desta feita, acordam as partes que a guarda dos infantes será unilateral
em favor da Divorcianda (NOME), continuando os menores a residir com a
genitora em (cidade/estado), onde atualmente residem e estudam, razão pela
qual, decidem mantê-los nesta cidade, a pedido da Divorcianda e com a
concordância do Divorciando, visando não trazer prejuízo ao rendimento
escolar dos menores, onde já estão adaptados, nos termos deste instrumento
e do item 7.5. desta Cláusula, devendo os menores, ainda, continuar a residir
e estudar nesta cidade até a maioridade, salvo por decisão conjunta dos
Divorciandos.

7.3. Ambos os genitores declaram aptidão e apresentam plena capacidade de


exercer o poder familiar, bem como absoluto interesse em manter o convívio
com os filhos de forma equilibrada e harmoniosa.

7.4. Independentemente da fixação da guarda unilateral em favor da genitora


das menores, pretendem os Peticionantes que a convivência com os filhos
ocorra de forma equilibrada, independentemente de quem a possua por lei,
mediante divisão de responsabilidades educacionais enquanto genitores das
crianças, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos
filhos, nos termos do art. 1.583, §§ 2º e 3º, do Código Civil.

7.5. Levando-se em consideração a preferência da Divorcianda (NOME) em


educar os filhos na cidade de (cidade/estado), as menores permanecerão
residindo com esta, no imóvel regulamentado no item 4.1, sendo o acesso ao
Divorciando (NOME), às crianças, além de outras disposições, regulado da
seguinte forma:
a) As crianças passarão os finais de semana com o pai,
quinzenalmente, em seu lar (cidade/estado), podendo o pai,
contudo, visitá-las quando quiser e sem aviso prévio, limitando-se
esta condição ao Playground do Edifício em que estas morarem
com a mãe, desde que não prejudique os estudos dos infantes,
comprometendo-se a genitora a ser flexível e acessível, mantendo o
bom relacionamento de amizade e companheirismo com o genitor.

b) Em casos extremos, é vedada à Divorcianda (NOME) impedir o


acesso do Divorciando (NOME) ao apartamento, desde que
comunicada, quando este for convidado a adentrá-lo por qualquer
um dos filhos, quando houver aniversário de quaisquer dos filhos, e,
ainda, em situações que necessitem a presença do pai, como por
exemplo, em casos de doença ou recuperação de saúde dos filhos,
de período de dificuldades psicológicas, como perda de entes
queridos e amigos. Nestes casos, o Divorciando deverá comunicar,
ajustando horários de acordo com a rotina dos menores e da
Divorcianda, sendo expressamente vedado o acesso do Divorciando
ao quarto desta.

c) Sempre que houver necessidade e consenso entre as partes, os


infantes poderão ficar períodos maiores com o Divorciando;

d) A mãe poderá estar presente junto aos filhos, nos finais de semana
e nas férias escolares em que estes passarem com o pai, quando
houver dificuldade de adaptação destas crianças à esta nova vida,
haja vista a pouca idade e incapacidade de compreensão dos fatos;

e) Natal e celebração de ano novo alternados, ainda que os feriados


sejam durante os dias de convivência do outro;

f) Nas férias escolares de janeiro, os menores permanecerão, nos


primeiros quinze dias, com quem tiver passado o ano novo
imediatamente anterior e a outra quinzena com o outro genitor. Nas
férias escolares de junho/julho passarão a metade das férias com o
pai e a oura metade com a mãe;

g) Dia dos pais e aniversário do pai, as menores passarão na


companhia deste;

h) Dia das mães e aniversário da mãe, as menores passarão na


companhia desta;

i) A decisão sobre as comemorações dos aniversários das crianças


serão tomadas de forma alternada, sendo a primeira delas tomada
pela Divorcianda (NOME) e posteriormente pelo Divorciando (NOME),
e assim sucessivamente, sendo que, mediante ajuste entre estes,
poderá ser comemorado de forma diversa ao revezamento,
mantendo-se o direito de escolha no ano subsequente àquele que
abriu mão do seu direito de decidir como e onde comemorar os
aniversários, com prorrogação da alternância e, sempre, com direito
de acesso e participação do outro genitor ao aniversário dos filhos.

j) Em caso de viagens, deve haver o aviso para o outro genitor com


setenta e duas horas de antecedência, salvo viagens urgentes,
quando tal aviso deverá ser desconsiderado;

k) O Divorciando deverá ser regularmente informado pela Divorcianda


a respeito dos menores, no que se refere, por exemplo, à saúde dos
mesmos, rendimento escolar, atividades cotidianas, dentre outros
aspectos que garantam a participação do genitor na criação,
cuidado e educação dos seus filhos;

l) No caso de decisões sobre assuntos escolares e cursos


extracurriculares dos menores, o genitor deverá sempre ser
consultado para deliberação em conjunto com a genitora;

m) A Divorcianda não poderá impedir o pai de ver seus filhos,


imotivadamente, sempre levando em consideração o bem-estar dos
menores e o bom-senso entre as partes, notadamente eventuais
situações excepcionais de rápida passagem pelo genitor em
Salvador e em havendo possibilidade de ver seus filhos
rapidamente, desde que previamente avisada a genitora;

n) Quando a Divorcianda necessitar que os menores fiquem com o


Divorciando, deverá avisá-lo com antecedência mínima de 72
(setenta e duas) horas;

7.6. Em caso de ausência temporária ou definitiva da Divorcianda (NOME), a


guarda será automaticamente transferida ao Divorciando (NOME), sendo que,
em caso de ausência temporária da Divorcianda, a guarda será transferida
também de forma temporária, apenas e tão somente pelo período no qual a
Divorcianda (NOME) não esteja em condições de ter a guarda das filhas,
devendo, de forma imediata após a retomada das devidas condições, ter a
guarda reestabelecida.

8. DA PENSÃO ALIMENTÍCIA

8.1. O Divorciando ficará responsável pelo pagamento de pensão alimentícia


para os filhos no importe total de 15 (quinze) salários mínimos vigentes à época
do pagamento, incluindo-se, nesta importância, todo o combustível necessário
para o deslocamento da Divorcianda e dos filhos do casal e outras despesas
que se façam necessárias para o sustento dos infantes, tais como, lazer,
alimentação, viagens, conforto (vestuário e afins), instrução extracurriculares,
bem como festas de aniversário e viagens promovidas pela escola, etc.,
excluídas aquelas expressamente previstas nos itens 4.2, 5.2 e 8.5, sendo que
o referido valor será pago em favor dos menores, proporcionalmente, até que o
menor alcance a idade de 21 (vinte e um) anos, para que possam usufruir a
pensão de forma proporcional e igualitária.

8.2. O referido valor será pago sempre no dia (indicar data) de cada mês,
iniciando-se a partir do mês subsequente ao protocolo da presente peça,
mediante depósito bancário na conta corrente (indicar conta) de titularidade
da Divorcianda, a qual se compromete, sempre que solicitada pelo Divorciando,
a prestar à este, esclarecimentos e eventuais demonstrativos e comprovantes,
quando necessário, acerca das despesas dos filhos.

8.3. Esta conta corrente será exclusiva para a movimentação da pensão


alimentícia, não podendo confundir-se com a vinculada à pensão em favor da
Divorcianda, ficando com a Divorcianda (NOME) toda responsabilidade por
qualquer movimentação.
8.4. O pagamento poderá ser feito em espécie ou cheque, devendo a
Divorcianda assinar recibo emitido para este fim específico sempre que o
pagamento seja feito desta forma, inclusive para fins de declaração à Receita
Federal, sendo que, em caso de pagamento em cheque, o recibo deverá ser
assinado após a compensação do título.

8.5 O Divorciando (NOME), independentemente dos valores pagos a título de


pensão alimentícia, arcará com as seguintes despesas dos filhos dos
Divorciandos:

a) Despesas com instituições escolares, até os 18 (dezoito) anos


completados de cada um dos filhos;
b) Custeio de possível curso pré-vestibular dos menores, após a
conclusão do ensino médio, limitadas ao período de um ano e limitado
ao valor de 1 (um) salário mínimo vigente à época para cada um dos
filhos;
c) Custeio de faculdades/universidades dos três filhos,
independentemente da maioridade, limitado até:
c.1.) 24 (vinte e quatro) anos de idade para cada um dos filhos, e;
c.2) limitado o valor de forma individual de 3 (três) salários mínimos
vigentes, para cada um dos filhos, exceto se venha(m) a cursar os
cursos de odontologia ou medicina, caso no qual, o limite para
qualquer um destes cursos será limitado a 5 (cinco) salários mínimos,
em razão destes cursos possuírem mensalidades mais caras.
d) Plano de saúde dos filhos, até que cada uma complete 21 (vinte e
um) anos de idade.
e) O custo equivalente a duas secretárias, leia-se, empregada(s)
doméstica(s), (cada uma com um salário mínimo previsto em lei ou
convenção coletiva, o que prevalecer, acrescido dos encargos legais),
à disposição para a Divorcianda (NOME), para que esta contrate até
duas secretárias fixas, diaristas, etc., para auxílio nos cuidados diários
do lar, sob seu exclusivo interesse e responsabilidade, a ser pago
sempre no dia (indicar dia) de cada mês, através de depósito
bancário na conta corrente (indicar conta) de titularidade da
Divorcianda todo dia (indicar dia), iniciando-se a partir do mês
subsequente ao protocolo da presente peça, observando-se o disposto
nos itens 8.2 e 8.3, com a manutenção do custeio equivalente à duas
secretárias até que o filho mais novo complete (indicar idade) anos,
sendo que, após este evento, será reduzido tal custo para o
equivalente a uma secretária apenas, até que o filho mais novo
complete 18 (dezoito) anos, data a partir de qual cessará o custeio
aqui previsto.

8.5.1. O Divorciando (NOME), pagará ainda o curso bilíngue da escola das


crianças até sua conclusão, limitando-se, contudo, aos 10 anos de idade de
cada um dos infantes.

8.6. Caberão aos Divorciandos a escolha dos estabelecimentos escolares que


seus filhos frequentarão, havendo a necessidade, nestes casos, de se chegar a
um consenso entre ambos.

9. DO USO DO NOME

9.1. A Divorcianda voltará a usar o nome de solteira, qual seja, (NOME).

10. DO DIREITO

10.1. O divórcio consensual direto já é devidamente amparado pela legislação


brasileira, nos termos do art. 226 da Carta Política:

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial


proteção do Estado.
( ...)
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.

10.2. No mesmo sentido, o CC/2002 preceitua:


Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:
(...)
IV - pelo divórcio.

10.3. Destarte, conforme demonstrado, inexiste óbices para a homologação,


por sentença, do acordo firmado entre os Requerentes.

10.4. Ademais, é bom enfatizar que os alimentos devem ser pactuados na


proporção da necessidade do impúbere e dos recursos da pessoa obrigada
(artigo 1.694, § 1º). Neste diapasão, considerando as condições dos
Requerentes; considerando as necessidades dos infantes, fruto do enlace
matrimonial e a manutenção do padrão de vida destes, sempre em compasso
com a realidade econômica do Divorciando, considerando que é obrigação dos
genitores contribuírem para o sustento de seus filhos, pugnam os
Requerentes pela homologação do presente acordo no que tange aos
alimentos e demais itens previstos neste instrumento, na forma acima
descrita.

10.5. Por fim, afirmam os Requerentes que não possuem outros filhos,
aduzindo o Divorciando (NOME), que possui outros bens e rendas suficientes
para a sua subsistência, em conformidade com o art. 548 do CC.

11. DOS PEDIDOS

11.1. Em face do exposto REQUEREM os Demandantes:

a) O estabelecimento do segredo de justiça do presente feito, nos termos


do artigo 189, II, do CPC;

b) A HOMOLOGAÇÃO, POR SENTENÇA, DO ACORDO firmado entre os


Requerentes nos moldes em que fora aqui apresentado, com fulcro no
artigo 1.571 do Código Civil c/c o artigo 731 e seguintes do Código de
Processo Civil;

c) Seja intimado o digno representante do Ministério Público, para,


querendo, manifestar-se acerca do presente, nos termos do art. 178, II,
CPC/2015;

d) Seja, de logo, decretado o divórcio do casal e, após o trânsito em


julgado da sentença, seja expedido o competente mandado ao Cartório
de Registro Civil – (indicar o cartório) para fins de averbação;

e) Seja expedido o competente mandado ao Cartório de Registro Civil para


alteração do nome da Divorcianda (NOME) para o nome de solteira,
(NOME).

Dá-se à causa o valor de R$ 100,00 (cem reais) para meros efeitos fiscais.

Termos em que,
pede deferimento.

Local, dia, mês e ano.

___________________________ __________________________
(NOME) (NOME)
Divorciando Divorcianda

___________________________ ___________________________
NOME DO ADVOGADO NOME DA ADVOGADA
OAB/UF 0000 OAB/UF 0000
Patrono do Divorciando Patronesse da Divorcianda

Você também pode gostar