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Conselho Regional de Fisioterapia

e Terapia Ocupacional da 2ª Região

CARTILHA CREFITO-2

ILPI
INSTITUIÇÃO DE LONGA
PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

PERGUNTAS & RESPOSTAS


Conselho Regional de Fisioterapia
e Terapia Ocupacional da 2ª Região

INSTITUIÇÃO DE LONGA
PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

As ILPIs são instituições governamentais ou


não governamentais, de caráter residencial,
destinadas ao domicílio coletivo de pessoas
com idade igual ou superior a 60 anos, com
ou sem suporte familiar e em condições de
liberdade, dignidade e cidadania.

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SUMÁRIO
07 Cartilha Crefito-2 ILPI
Prerrogativas nas atuações profissionais de
fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais nas ILPI

07 PERGUNTA 1
Pode o fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional
atuarem como responsáveis técnicos gerais das ILPI e
não somente como responsáveis técnicos específicos
de suas respectivas categorias?

09 PERGUNTA 2
O CREFITO-2 pode fiscalizar as ILPI?

11 PERGUNTA 3
As ILPI precisam ter adequada acessibilidade nas suas
dependências?

15 PERGUNTA 4
O fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional deve
participar da construção do Plano de Atenção Integral
à Saúde dos residentes nas ILPI?

17 PERGUNTA 5
O fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional devem
participar da construção do Plano de Atendimento
Individualizado a Pessoa Idosa (PIA)?

19 PERGUNTA 6
O fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional
pertencente a equipe de saúde da ILPI deve contribuir
na notificação imediata à autoridade sanitária local na
ocorrência de eventos sentinelas?

06 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalizando, vale destacarmos um trecho do Parecer
Técnico Crefito-2 n.º 005, de 23 de abril de 2021:

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Conselho Regional de Fisioterapia
e Terapia Ocupacional da 2ª Região

Cartilha Crefito-2 ILPI


Prerrogativas nas atuações profissionais de
fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais
nas ILPI correlacionando com o previsto na
RDC ANVISA Nº 502, DE 27 DE MAIO DE 2021
e Lei Estadual 8049 de 17 de julho de 2018.

A RDC Anvisa 502 é aplicável a toda instituição de


longa permanência para idosos, governamental
ou não governamental, destinada à moradia
coletiva de pessoas com idade igual ou superior a
60 (sessenta) anos, com ou sem suporte familiar.

A lei 8049/18, estabelece normas para o


funcionamento de instituições de longa
permanência de idosos, no âmbito do Estado do
Rio de Janeiro.

Elaboramos um guia orientador com perguntas e


respostas para melhor esclarecimento aos
profissionais, como também aos gestores, fiscais
do Ministério Público, da Vigilância Sanitária,
dentre outros.

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PERGUNTA 1

Pode o fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional


atuarem como responsáveis técnicos gerais das
ILPI e não somente como responsáveis técnicos
específicos de suas respectivas categorias?

RESPOSTA
Sim. Conforme o Art. 10 e 11 da RDC 502, toda ILPI
deve possuir um Responsável Técnico - RT pelo
serviço, que responderá pela instituição junto à
autoridade sanitária local. Esse RT deve ter nível
superior, não delimitando uma categoria específica
para isso. Portanto, fisioterapeuta e/ou terapeuta
ocupacional pode ser RT de uma ILPI, exercendo sua
atuação além da responsabilidade técnica específica
de suas categorias. No Art. 4 da Lei 8049/18, também
traz a informação da RDC 502 a respeito do
responsável técnico e ainda complementa que seja,
preferencialmente, com especialização em
Gerontologia. Já na condição de RT específico da
Fisioterapia e/ou Terapia Ocupacional, caso esses
profissionais sejam membros da equipe de saúde da
ILPI é obrigatório ser exercida, com base na Resolução
COFFITO 139, devendo esses profissionais efetuarem
o registro no CREFITO-2 de responsabilidade técnica,
além do cadastro da ILPI em que trabalham, conforme
estabelecido na Resolução CREFITO-2 nº 67, de 23 de
janeiro de 2020.

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PERGUNTA 2

O CREFITO-2 pode fiscalizar as ILPI?

RESPOSTA
Assim como qualquer Conselho Profissional, o
CREFITO-2 deve fiscalizar a ILPI que possuir
fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional vinculado à
sua equipe de trabalho, devendo essa instituição exigir
registro desse profissional no seu Conselho de Classe,
de acordo com o Art. 17 da RDC 502. Além disso, vale
ressaltar que por intermédio do artigo 7°, inciso III da
Lei Federal 6316/75, que Cria o Conselho Federal e os
Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional e dá outras providências, compete
também ao CREFITO-2 fiscalizar as instituições na
área de sua jurisdição, representando, inclusive, às
autoridades competentes, sobre os fatos que apurar e
cuja solução ou repressão não seja de sua alçada,
corroborando com o que diz o Estatuto da Pessoa
Idosa, que no parágrafo primeiro do artigo 4°, refere
ser dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos
direitos da pessoa idosa.

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PERGUNTA 3

As ILPI precisam ter adequada acessibilidade nas


suas dependências?

RESPOSTA
Em conformidade com os Art. 20, 21 e 24 da RDC 502,
também citados no Art. 7 da Lei 8049/18 a Instituição
deve atender aos requisitos de infraestrutura física e
deve oferecer, dentre outras coisas, instalações em
condições de habitabilidade, segurança e garantir a
acessibilidade a todas as pessoas com dificuldade de
locomoção.

O exercício da Especialidade Profissional de Fisioterapia


e de Terapia Ocupacional em Gerontologia, respaldados
respectivamente nas Resoluções COFFITO 476 e 477,
estão condicionados a contribuírem na acessibilidade da
pessoa idosa.

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PERGUNTA 5

O fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional deve


participar da construção do Plano de Atenção
Integral à Saúde dos residentes nas ILPI?

RESPOSTA
É dever das instituições a elaboração do Plano de
Atenção, como consta nos Art. 36 e 37 da RDC 502, e,
nesta situação, sendo o fisioterapeuta e/ou terapeuta
ocupacional membro da equipe multiprofissional de
saúde da ILPI, deve contribuir na elaboração,
informando as condições funcionais e relação com os
aspectos clínicos das pessoas idosas, em todos os
níveis de atenção à saúde, através medidas
epidemiológicas e de rastreamento da funcionalidade,
de acordo com o Parecer Técnico Crefito-2 n.º 008, de
31 de maio de 2021. Isso também tem o respaldo no
parágrafo segundo do Art. 4 da Lei 8049/18, que
menciona a obrigatoriedade da presença do
fisioterapeuta e terapeuta ocupacional na equipe
multiprofissional das ILPI, para atendimento aos graus
de dependência II e III, além das ILPI terem obrigações
em garantir os meios necessários para a avaliação
integral da pessoa idosa com registro e atualização de
prontuário, mediante a adoção de métodos
gerontogeriátricos, utilizando escalas de atividades
diárias e escalas de rastreio cognitivo, de forma a
assegurar acompanhamento biopsicossocial, de
acordo com o nível de complexidade de cada caso,
conforme mencionado no Art. 7 da referida lei.

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PERGUNTA 5

O fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional


devem participar da construção do Plano de
Atendimento Individualizado a Pessoa Idosa (PIA)?

RESPOSTA
Sim. O PIA não está previsto na legislação RDC 502 e
Lei 8049/18, no entanto, é instrumento garantidor do
atendimento personalizado preconizado pelo artigo 50,
inciso V do Estatuto da Pessoa Idosa e cobrado sua
existência e o devido preenchimento nas fiscalizações
realizadas pelo Ministério Público. Pela Lei 8049/18
tornar obrigatória a presença do fisioterapeuta e do
terapeuta ocupacional nas ILPI, estes profissionais
precisam fazer parte do preenchimento deste
instrumento, além de assinar e carimbar, sujeito à
fiscalização pelo CREFITO-2.

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PERGUNTA 6

O fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional


pertencente a equipe de saúde da ILPI deve
contribuir na notificação imediata à autoridade
sanitária local na ocorrência de eventos sentinelas?

RESPOSTA
Sim. Um evento sentinela característico e que consta
na RDC 502 é a ocorrência de queda com lesão. O
fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional deve incluir
o planejamento e execução de medidas de prevenção
de quedas, bem como de manutenção da capacidade
funcional, além de promoção de saúde e prevenção de
doenças e agravos próprios do processo de
envelhecimento, de acordo com o Parecer Técnico
Crefito-2 n. º 008, de 31 de maio de 2021.

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Considerações finais

Finalizando, vale destacarmos um


trecho do Parecer Técnico Crefito-2
n.º 005, de 23 de abril de 2021:

“É importante frisar que a Fisioterapia e a


Terapia Ocupacional, assim como outras
profissões da área da saúde, são profissões
que devem ser exercidas de forma autônoma e
independente por serem também profissões de
primeira abordagem e importantes no contexto
de promoção, prevenção e assistência em
saúde. A assistência à saúde é direito do
cidadão, que tem a liberdade de buscar a
melhor assistência”.

Portanto, o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional


realizam consultas, diagnosticam, prescrevem suas
condutas terapêuticas, fazem reavaliações e podem
dar alta de suas condutas, diante da necessidade e das
condições clínico-funcionais dos pacientes.

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Conselho Regional de Fisioterapia
e Terapia Ocupacional da 2ª Região

Diretoria Crefito-2

Presidente: Dr. Wilen Heil e Silva


Vice-presidente: Dr. Diego Faria
Diretora-secretária: Dra. Denise Flávio
Diretor-tesoureiro: Dr. Leonardo Fonseca
Diretor de Fiscalização Dr. Carlos Roberto Pinto Pereira

Conselheiros

Dra. Anke Bergmann


Dr. Álisson Hygino
Dr. Raphael Correia Caetano
Dr. Rafael Floriano
Dr. João Carlos Magalhães
Dra. Simone Ferreira
Dr. Clailson Farias
Dr. Wagner Bezerra
Dr. Leandro de Azeredo
Dr. Rubens Guimarães
Dr. Leonardo Brito
Dra. Solange Canavarro

Rio de Janeiro, 2023 - 1ª Edição

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Conselho Regional de Fisioterapia
e Terapia Ocupacional da 2ª Região

Créditos

Autoria CT Gerontologia
Diagramador Davi Ferreira

Equipe de Comunicação
Diretor Dr. Álisson Hygino

Assessores Rodrigo Marinho,


Rodolfo Abreu e
Juliana Carnevale

Estagiários Davi Ferreira,


Larissa Branco,
Leandro dos Anjos,
Lucas Caruso,
Lucas Munford e
Leandro dos Anjos

Rio de Janeiro, 2023 - 1ª Edição

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Conselho Regional de Fisioterapia
e Terapia Ocupacional da 2ª Região

PRODUZIDO EM JUNHO DE 2023

Câmara Técnica de
Gerontologia do Crefito-2

Coordenadores
Coordenador: Dr. Rubens Guimarães Mendonça
Coordenador Adjunto: Dr. Raphael Correia
Coordenador Adjunto: Dr. Christiano Barbosa

Membros
Dra. Ana Carla de Souza Nogueira
Dra. Ana Paula Petrungaro Novello
Dra. Márcia Ramos da Silva Do Nascimento
Dra. Juliana Lauria Filgueiras
Dr. Luiz Felipe da Silva Figueiredo
Dra. Cynthia da Silva Arcoverde
Dra. Patrícia Diógenes Suassuna
Dra. Gabriela Alves Mendes
Dra. Diana Jasmim Amar Moreir

Rio de Janeiro, 2023 - 1ª Edição

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Conselho Regional de Fisioterapia
e Terapia Ocupacional da 2ª Região

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