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Extensão de Massinga

Ibraimo Neves Nhapossa


Ronaldo Carlos Maculuve

História da Profissão de Professor: conceito de Professor; Importância do


Professor no PEA

UniSave-Massinga

2023
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Ibraimo Neves Nhapossa


Ronaldo Carlos Maculuve

História da Profissão de Professor: conceito de Professor; Importância do


Professor no PEA

Trabalho da cadeira de História de


Educação, a ser apresentado no
Departamento das Ciências de
Educação e Psicologia, para efeitos de
avaliação.
Docente: Prof. Doutor Tomé Miranda Maloa

UniSave-Massinga

2023
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Índice
I.Introdução................................................................................................................................... 4
II.Objectivos.................................................................................................................................. 4
III.Geral......................................................................................................................................... 4
IV.Expecificos............................................................................................................................... 4
V.Metodologia............................................................................................................................... 4
1.CAPITULO I.............................................................................................................................. 5
1.1.História da profissão do professor............................................................................................5
1.2.Evolução cronológica da profissão docente.............................................................................7
2.CAPITULO II...........................................................................................................................10
2.1.Conceito de Professor............................................................................................................ 10
3.1.Importância do professor no Processo de Ensino-Aprendizagem..........................................12
4.Considerações finais................................................................................................................. 14
5.Referencias Bibliográficas........................................................................................................15
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I.Introdução
O presente trabalho, surge no âmbito de estuda da cadeira de: História de Educação e tem como
tema: A História da profissão do professor.
A partir do tema acima apresentado, o presente trabalho, trará de uma forma explícita a história
da profissão docente, sem deixar de parte, o processo evolutivo da história desta profissão,
podendo assim descrevendo-a em diferentes momentos. Seguidamente a este aspecto, como
segundo ponto, irá apresentar diferentes definições inerentes ao conceito professor, sem deixar
de lados as características de um professor; e por fim o mesmo trabalho vai falar sobre a
importância do professor no Processo de Ensino-aprendizagem.

II.Objectivos
III.Geral
 Compreender a profissão do professor

IV.Expecificos
 Contextualizar o surgimento da profissão do professor;
 Discutir o conceito professor; e
 Explicar o papel do professor no Processo de Ensino-Aprendizagem.

V.Metodologia
No que toca à metodologia, a pesquisa feita é de natureza qualitativa. Para a sua efectivação de
forma sistemática fez se a selecção de obras que debruçam sobre o tema em estudo. Quanto às
técnicas recorreu se a leitura de obras e a consequente compilação de informação em estudo.
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1.CAPITULO I
1.1.História da profissão do professor
De acordo com Caldas (2021: p. 70), em seu percurso, a profissão docente é marcada por uma
multiplicidade de acontecimentos que constituem sua história. São processos de disputas,
negociações, campanhas, lutas por formação, por reconhecimento legal enquanto categoria
profissional, por melhores condições de trabalho e remuneração. Levando em conta os embates
travados com a sociedade e com eles próprios para melhorar o seu estatuto socioeconómico,
quanto iniciativas de segmentos como o Estado, para implementar dispositivos de normatização
e controle do magistério.
De acordo com Garcia, Sobrinho & Garcaia (2014: p. 14), a historiografia da carreira docente
remete inicialmente àqueles que são considerados os primeiros educadores no Brasil: os padres
jesuítas da Companhia de Jesus. Estes educadores chegam ao Brasil com a expedição de Tomé
de Souza (1549), chefiado pelo Padre Manoel da Nóbrega e, três dias após o desembarque, há
registo do início das actividades evangelizadoras com fundamento no ensino.
Segundo (NÓVOA, 1999, p.15-16), citado por Caldas (2021):

“Inicialmente, a função docente desenvolveu-se de forma subsidiária e não


especializada, constituindo uma ocupação secundária de religiosos ou leigos das mais
diversas origens. A génese da profissão de professor tem lugar no seio de algumas
congregações religiosas, que se transformaram em verdadeiras congregações docentes.
Ao longo dos séculos XVII e XVIII, os jesuítas e os oratorianos, por exemplos, foram
progressivamente configurando um corpo de saberes e de técnicas e um conjunto de
normas e de valores específicos da profissão docente“ (p. 73)

A partir da explicação dos autores acima indicados, percebe-se que esta profissão, na sua fase
inicial era desempenhada como uma actividade secundaria em relação a outras actividades,
conforme segundo Nóvoa (1995, pp.15-16), citado por Grimm (2019: p.19), desenvolveu-se de
forma subsidiária e não especializada, constituindo uma ocupação secundária de religiosos ou
leigos das mais diversas origens. Mas, com a “elaboração de um corpo de saberes e de técnicas”
- consequência lógica do interesse renovado que a era moderna consagra ao porvir da infância e à
intencionalidade educativa” e a “elaboração de um conjunto de normas e de valores - largamente
influenciada por crenças e atitudes morais e religiosas”, “os professores têm uma presença cada
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vez mais activa (e intensa) no terreno educacional”, tornando-se uma ocupação principal. Outro
autor que justifica a mesma ideia acima apresentada foi Costa (2019: p. 4), ao descrever que na
Antiguidade, o conhecimento inicial era o mito e mais tarde a razão. Nessa época os filósofos
eram as primeiras representações de professores, questionavam os mitos e colocavam em questão
a nossa existência. Os pedagogos eram os escravos que levavam os filhos da classe mais alta
para observar os filósofos nas ágoras, dessa maneira, não havia uma relação estabelecida entre o
processo ensino-aprendizagem.
Para melhor prova de que a profissão docente nos primeiros tempos não era tida como uma
profissão específica, mas sim que subsidiava outras actividades, recorremo-nos à explanação de
Garcia, Sobrinho & Garcia (2014: p. 14):

“Entre março de 1549 e outubro de 1570, o Padre Manuel da Nóbrega foi chefe
provincial e superior da missão da Companhia de Jesus enviada para o Estado do Brasil
pelo rei português Dom João III. Desenvolvendo o programa de “catequese e escola”
que põe o Estado do Brasil sob a jurisdição imediata da Coroa, a missão funda colégios
de ler e escrever, abre seminários para as vocações religiosas, ensina ofícios mecânicos
a jovens índios, mamelucos e brancos. Ainda reduz ao catolicismo populações indígenas
das capitanias do Nordeste, Pernambuco, Bahia, Ilhéus, Porto Seguro, e do Sudeste,
Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente”, (p.14).

No caso de Brazil, conforme explica Caldas (2021: p. 72), a história da profissão docente não
pode deixar de considerar a herança portuguesa, dos tempos da colonização. Com os colo-
nizadores no século XV, chegaram também a Companhia de Jesus ao Brasil, ordem jesuítica que
promoveu a catequese dos índios, a educação dos filhos dos colonos, a formação de novos
sacerdotes e da elite intelectual, além do controle da fé e da moral dos habitantes da nova terra.
As primeiras escolas reuniam os filhos dos índios e dos colonos, no entanto, os jesuítas
separavam a “catequização” (filhos índios/filhos colonos) e os “instruídos” (filhos colonos),
neste caso, os filhos dos colonos instruídos, poderiam continuar os estudos além da escola
elementar. Logo, os jesuítas montaram a estrutura dos três cursos a serem seguidos após
aprenderem a ler, escrever e contar nas escolas: a) letras humanas; b) filosofia e ciência (ou
artes); c) teologia e ciências sagradas. Cursos voltados a formação, na devida ordem, do
humanista, do filósofo e do teólogo. (ARANHA, 2006), citado por Caldas (2021: p. 72).
Costa (2019: p. 4), descreve que após o surgimento da democracia na Grécia Antiga, a busca por
explicações relacionadas a existência deixa de ser o foco principal das questões filosóficas. Saber
falar para fazer valer seus interesses era agora o propósito desses filósofos. Assim surgem os
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sofistas, que ensinavam a quem pudesse pagá-los, procurando persuadir e convencer aqueles que
lhe escutavam. Embora os processos relacionados a educação variassem de uma sociedade para a
outra, a figura do professor sempre esteve à frente desses processos, além disso, a educação tinha
papel centrado na figura do sofista no processo de ensino-aprendizagem, e mesmo enveredando
discussões mais intensas acerca da constituição pessoal e profissional do professor, pode-se dizer
que desde a Antiguidade, a figura central do processo educacional era o professor (idem).
Nóvoa (1995, pp.15-16), citado por Grimm (2019: p.19), desenvolveu-se de forma subsidiária e
não especializada, constituindo uma ocupação secundária de religiosos ou leigos das mais
diversas origens. Mas, com a “elaboração de um corpo de saberes e de técnicas” - consequência
lógica do interesse renovado que a era moderna consagra ao porvir da infância e à
intencionalidade educativa” e a “elaboração de um conjunto de normas e de valores - largamente
influenciada por crenças e atitudes morais e religiosas”, “os professores têm uma presença cada
vez mais activa (e intensa) no terreno educacional”, tornando-se uma ocupação principal.
Com o passar dos tempos, segundo Adão (1998: p.124), concretamente na segunda metade do
século XVIII, a acção do Estado foi de criar condições adequadas ao desenvolvimento do
processo de profissionalização da actividade docente. Após (1759-1772), os professores são
obrigados a possuir uma autorização régia para o exercício da actividade, obtida mediante
concurso nacional e exame público e são remunerados directamente pelo Estado, o qual exerce
um controlo efectivo sobre os docentes, graças a diversas medidas, donde sobressai a criação de
um organismo encarregado da direcção e coordenação do ensino e de visitas periódicas de
inspecção.

1.2.Evolução cronológica da profissão docente


Admitindo que toda a profissionalidade e prática docente são históricas, diacrónicas e
sincrónicas, decidiu-se apresentar os momentos históricos mais relevantes para o estudo
cronológico da profissão de professor. Nisso, pode se verificar que ao longo da história da
profissão docente, verifica-se que esta continua a desenvolver-se segundo processos antagónicos.

De acordo com Rico (2010: p. 34), existem quatro etapas evolutivas na história da profissão
docente:
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Segundo Alarcão (2001), citado por Rico (2010: p.35)o século XVIII preconiza o momento do
reconhecimento e a valorização do trabalho de professor como tarefa principal e a tempo inteiro,
deixando de ser um ofício secundário e clerical, e posteriormente, uma tarefa de leigos.

Foi a partir do século XVI que se começou a falar de ensino, encontrando-se solidamente ligado
à autoridade eclesiástica, expandiu-se aproximadamente até ao século XVIII, que estando apenas
reservado a uma elite a tinha como uma actividade, unicamente, suplementar. Teve o seu início
nas congregações religiosas, nomeadamente, os jesuítas e os oratianos, estando ao longo dos
séculos XVII e XVIII essencialmente ligado ao poder clerical.
Rico, (2010: p. 34) defende que a profissão docente oscilou entre um processo de estatização do
ensino, onde um corpo de professores sob o controlo da igreja (religiosos) era substituído por um
corpo de professores sob o controlo do estado (laicos), sem no entanto se alterar o modelo de
professor, permanecendo este muito próximo do arquétipo do sacerdote.

A segunda metade do século XVIII é um período chave na história da educação e da profissão


docente” (p. 12), pois por toda a Europa germina a necessidade de se delinear o “perfil do
professor ideal” (Nóvoa, 1992, p.12), aquilatando o facto, entre ser religioso ou laico, ser
integrado numa corporação docente ou actuar em nome individual (Júlia, 1981 citado por Nóvoa,
1992, p.12) foi um momento decisivo para se considerar e valorizar o trabalho do professor. O
mesmo autor sublinha também que a segunda metade do século XVIII é um período chave na
história da educação e da profissão docente.

Após “duzentos anos de actividade pedagógica ininterrupta da Companhia de Jesus” efectuou-se


a partir do século XVIII, a passagem da responsabilidade do Clero para o poder do Estado. Os
professores aparecem então como um corpo profissional sob a tutela do estado (Rico, 2010: p.
35).
Um dos caracteres reformadores e inovadores do século XVIII consistiu em definir normas
“uniformes de selecção e de nomeação dos professores” (Nóvoa, 1992, p. 14). Esta conjuntura
permitiu o favorecimento da valorização do trabalho do professor a tempo inteiro, no entanto, ao
criar um grupo profissional mais dependente do estado gerou um maior isolamento profissional e
de submissão disciplinar.
A partir do final do século XVIII é criado o enquadramento legal que concede ao professor uma
licença/autorização o que outorga um efectivo “suporte legal ao exercício da actividade docente”
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(Nóvoa, 1992, p. 14), tornando-se num processo decisório de profissionalização da actividade


docente, facilitando deste modo a “definição de um perfil de competências técnicas, que servirá
de base ao recrutamento dos professores e ao delinear de uma carreira docente” (idem, p.14).
Rico (2010: p. 38), explica que só no século XIX é que são criadas instituições de formação para
docentes, “graças à conjugação de interesses, nomeadamente do Estado e dos professores”. A
mesma ideia é secundada por (Nóvoa, 1992: p. 15), ao defender que, considerou-se que para o
exercício da profissão, os docentes careciam de ter uma formação específica especializada e
duradoura.
Foi nesta senda que segundo Rico (2010: p. 38-39), começaram a aparecer escolas responsáveis
pela formação docente e os professores passam a angariar um estatuto social, começando a
constituírem-se em associações profissionais, perspectivando a defesa de um estatuto
“socioprofissional por 3 eixos reivindicativos: melhoria do estatuto, controlo da profissão e a
definição de uma carreira. Segundo o autor, este período decisivo preconizado pelo processo de
profissionalização dos docentes vai permitir, por um lado, a reafirmação do estatuto e da imagem
docente, mas por outro, vai configurar um apertado controlo do estado.
Em meados do século XIX, paralelamente com a inserção do ensino normal surge um “novo
movimento associativo docente” (Nóvoa, 1992, p. 16) que irrompe de uma tomada de
consciência colectiva como grupo profissional. Foi uma conjuntura marcante no processo de
profissionalização dos professores, uma vez que as associações trabalharam para o
desenvolvimento de um espírito de corpo uno, congregando diferentes sensibilidades numa
consciência comum.
A segunda metade do século XIX, segundo o mesmo autor, marca uma importante conjuntura ao
nível do estatuto profissional docente prevendo já alguma incerteza e imprevisibilidade da
profissão.
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2.CAPITULO II

2.1.Conceito de Professor
Para Caldas (2021: p.71) o professor é um profissional do ensino porque detém o conhecimento
sobre o que e de que maneira ensinar a alguém. Seu trabalho é específico porque consiste na
sistematização de saberes que dizem respeito à cultura erudita, vinculados à ciência, à arte, à
filosofia, em oposição àqueles de ordem popular, quotidiano e espontâneo. É um trabalho
realizado de modo intencional mediante a apropriação de um conhecimento específico que
requer formação especializada e criteriosa. É uma tarefa complexa que envolve domínio rigoroso
dos campos técnico e didáctico, além de constante postura de questionamento sobre sua acção.
No entanto, vale destacar que é preciso conhecer sua história, lutas, embastes e conquistas para
compreender os entraves e dilemas que ainda permeiam essa profissão.

De acordo com Rosa (1999: p. 197), ser professor, significa seguir um conjunto de rotinas
prescritas a partir de uma visão científica do acto de ensinar. Estes conhecimentos, por sua vez,
seriam obtidos a partir da Pesquisa Científica, metodologicamente igual àquela das Ciências
duras já estabelecidas, e com uma história de sucessos na compreensão (e manipulação) do meio
ambiente.
Para Nóvoa (1992), citado por Rico (2010: p. 27) defende que o docente é um actor social, porque
além de reflectir a sua cultura e o seu contexto social, realiza interacções entre si e os alunos,
estabelecendo intercâmbios e relações comunicacionais.
Referenciando outra perspectiva sobre o conceito de profissional, Alarcão (2001), citado por
Rico (2010: p. 30) identifica um conjunto de características que definem e descrevem o professor
como profissional e que concorrem para um saber próprio, revelando que o professor é:
 Detentor de um saber profissional próprio e de uma cultura partilhada;
 Possuidor de um conjunto de habilitações relevantes, que atestam a sua preparação para o
ensino;
 Gestor responsável pelo currículo escolar dos seus alunos;
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 Investigador da sua própria actividade, circunscrevendo o seu exercício ao seu campo de


acção;
 Conhecedor e consciente que, para além da formação inicial tem de realizar formação ao
longo da vida, onde se inclui a formação contínua e especializada;
 Promotor de um trabalho colaborativo e em equipa, tendo em vista a consecução de
projectos comuns, contrariando a tendência do individualismo e do isolamento
profissional;

2.2.Características do professor

De acordo com a perspectiva de Roldão (1999), citado por Rico (2010: p. 31) o conceito de
profissionalidade é o que “caracteriza um profissional e distinguindo-o de outros profissionais.
No caso da profissão docente, a autora acima indicada, parte das seguintes pressuposições para
definir o professor como um profissional:
 O docente descreve-se como um “profissional da educação ou seja, aquele que detém o
saber profissional;
 A sua profissionalidade agrega uma história passada e recente, exercendo dinâmicas
interacções sociais entre grupos;
 O seu corpo profissional é construído segundo a base de uma cultura profissional comum,
o que lhe atribui o sentido de pertença ao seu próprio grupo profissional.
Rico (2010: p. 31) ainda citando Roldão (1999), considerou que para a caracterização da
profissionalidade docente deve ser observado um conjunto de indicadores, que têm como
referência quatro eixos estruturais, como “a natureza específica da actividade exercida; o saber
requerido para a exercer; o poder de decisão sobre a acção e o nível de reflexividade sobre a
acção que permite modificá-la.
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3.CAPITULO III

3.1.Importância do professor no Processo de Ensino-Aprendizagem

Na visão de Carvalho (2013: p. 202) com intuito de responder ao principal desafio de sua
profissão, o professor deve propiciar o acesso à cultura e a ciência, tendo consciência de que se
faz necessário à inclusão de todos, sem excepção de nenhum educando na participação do saber
mediante ao contexto social. Nisto, o mesmo autor refere que a função de professor no processo
de ensino-aprendizagem é de propiciar ao aluno o acesso à cultura e à ciência, mediante a
inclusão de todos os sujeitos neste processo que se consolida mediante o ensinar e o aprender.
Nesta perspectiva, sua responsabilidade está posta a fim de garantir que o aluno evolua,
conscientizando-o, sobretudo, do que precisa fazer para ampliar sempre mais o seu
conhecimento. Compreende-se então que, além de lançar mão de várias estratégias de ensino que
vem ajudar o aluno a aprender, sua tarefa é de despertar o estudante à busca por aprender. Neste
sentido, ser professor, não significa ser bom orador ou saber todos os conceitos de determinada
área, tendo em vista que os alunos os memorizem, pois, não se deve aprender pela memória,
mais sim sobre o que realmente foi compreendido pela inteligência, (idem).
A função do professor, segundo Rico (2010: p. 27-28), está centrada nas características que
assentam na construção de “um corpo de conhecimentos e de técnicas” que suportam o
desempenho docente em três vertentes, o metodológico, respeitante “às técnicas e aos
instrumentos da acção” o disciplinar, canalizado no âmbito de um determinado conhecimento e
ciência, restrito a uma disciplina ou área e o científico, referenciado “às ciências da educação,
numa perspectiva autónoma” onde todos os saberes intrínsecos à sua especificidade se articulam
e se completam, aliando o conhecimento científico ao prático e aplicado, a ciência à técnica e os
saberes aos métodos, promovendo assim um agente qualificado para ensinar, educar e instruir.
Para Silva (2017: p. 10), falar do papel do professor no processo ensino/aprendizagem explorado
neste trabalho, é mostrar como deve ser permeada sua prática: não como um mero transmissor de
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informações, mas como um gerenciador do conhecimento, valorizando a experiência e o


conhecimento internalizado de seu aluno na busca de sua formação como pessoa capaz de
pensar, criar e vivenciar o novo, assim como da formação de sua cidadania.
De acordo com Silva (2012; p. 15), a identidade do professor pode ser construída de forma
positiva por duas vias, que recupero da ética aristotélica: ser professor é possuir virtudes morais,
que apenas se concretiza praticando acções moralmente positivas como puro ato de ensinar
alguém ou alguma coisa: ser professor é possuir virtudes intelectuais, que se conquistam pela
aprendizagem que se adquire com o fim de poder ser útil aos outros.
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4.Considerações finais

A elaboração do presente trabalho culminou com o esclarecimento de várias dúvidas, que nos
tem apoquentado. Como funcionários (docentes), foi possível compreender a origem e evolução
histórica da profissão docente. E que numa primeira fase esta actividade, não era tida como
actividade especializada, e que também não existia uma formação especifica para esta profissão,
visto que quem a exerciam eram padres, ensinando assuntos relacionados com os seus interesses,
mas com o passar dos tempos os estados foram interferindo na formação do corpo docente,
deixando assim de ser uma actividade/profissão de segundo plano, passando a ser exercida por
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pessoal capacitado e sem interferência eclesiásticas, pois os estados passaram a definir critérios
de formação destes e pagando os seus salários.
No que concerne à importância do professor o Processo de Ensino-Aprendizagem, concluímos
que para que o professor efectivar as suas actividades, ele deve dominar um conjunto variado de
procedimentos, que lhe permitam, entre outros, desenvolver a capacidade de auto-avaliação dos
alunos, analisar as respectivas respostas a questões abertas, proporcionar escrito sobre os
trabalhos que realizam, organizar relatórios síntese descritivos do seu aproveitamento. Para tal, o
professor necessita, pois, de considerar uma variedade de instrumentos de avaliação que
permitam recolher informações que vão muito para além do que o teste escrito tradicional
permite avaliar. Leal e Abrantes sugerem um conjunto de ideias, entre os quais se destacam
relatórios e ensaios, produtos diversos gerados pelos alunos, testes em duas fases, pequenas
tarefas orais, entrevistas individuais, observação do trabalho dos alunos na aula.

5.Referencias Bibliográficas
Caldas I.F. (2021). HISTÓRIA DA PROFISSÃO DOCENTE NO BRASIL: DEBATES E
REPRESENTAÇÕES. 2o vol. Conedu.
Castro, M.B; Nehring, C.M. e Frantz, W. (2020). O Papel do Professor no Processo de Ensino e
Aprendizagem dos Sujeitos; Júri.
Carvalho, A.C.R. (2013). PAPEL DO PROFESSOR FRENTE A APRENDIZAGEM: PROCESSO
AVALIATIVO NO ENSINO-APRENDIZAGEM. Universidade Estadual de Londrina.
Costa, F.P.T. (2019). A HISTÓRIA DA PROFISSÃO DOCENTE: IMAGENS E AUTOIMAGENS.
Garcia, T,CM; Sobrinho, D.M.S e Garcia, T.F.M. (2014). Profissão Docente. Natal-RN.
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Grimm, G.S. (2019). Historiografia recente sobre a profissão docente em Brasil. DF, Brasília.
Rosa, P.R.S. (1999). O QUE É SER PROFESSOR?PREMISSAS PARA A DEFINICAO DE UM
DOMINIO DE MATERIA NA AREA DE ENSINO DAS CIENCIAS. Universidade Federal MS.
Rico, A.M.R.F. (2010). Perfil do Professor: A (in)sustentável diferença de Ser Professor, Hoje.
Dissertação apresentada na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias para
obtenção do grau de Mestre em Ciências da Educação. Lisboa.
Roldão, M. C. (1998). Que é ser professor hoje? – A profissionalidade docente revisitada.
Revista da ESES.

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