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POLÍCIA PENAL DO CEARÁ

TEORIA + EXERCÍCIOS
EM BUSCA DA Farda PRETA

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Art. 5º - Para os efeitos deste Estatuto, consi-
dera-se Sistema Administrativo o complexo de ór-
gãos dos Poderes Legislativo e Executivo e suas
entidades autárquicas.

TÍTULO II
DO PROVIMENTO DOS CARGOS

TÍTULO I CAPÍTULO I
DO REGIME JURÍDICO DO FUNCIONÁRIO DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO ÚNICO Art. 6º - Os cargos públicos do Estado do Ce-


DOS PRINCÍPIOS GERAIS ará são acessíveis a todos brasileiros, observadas
as condições prescritas em lei e regulamento.
Art. 1º - Regime Jurídico do Funcionário Civil Art. 7º - De acordo com a natureza dos car-
é o conjunto de normas e princípios, estabelecidos gos, o seu provimento pode ser em caráter efetivo
por este Estatuto e legislação complementar, re- ou em comissão.
gula- dores das relações entre o Estado e o ocu-
pante de cargo público. Art. 8º - Os cargos em comissão serão provi-
dos, por livre nomeação da autoridade competente,
Art. 2º - Aplica-se o regime jurídico de que dentre pessoas que possuam aptidão profissional e
trata esta lei: reúnam as condições necessárias à sua investi-
I - aos funcionários do Poder Executivo; dura, conforme se dispuser em regulamento.

II - aos funcionários autárquicos do Estado; § 1º - A escolha dos ocupantes de cargos em


comissão poderá recair, ou não, em funcionário do
III - aos funcionários administrativos do Poder Estado, na forma do regulamento.
Legislativo;
§ 2º - No caso de recair a escolha em servidor
IV - aos funcionários administrativos do Tribu- de entidade da Administração Indireta, ou em fun-
nal de Contas do Estado e do Conselho de Contas cionário não subordinado à autoridade competente
dos Municípios. para nomear, o ato de nomeação será precedido
Art. 3º - Funcionário Público Civil é o ocu- da necessária requisição.
pante de cargo público, ou o que, extinto ou decla- § 3º - A posse em cargo em comissão deter-
rado desnecessário o cargo, é posto em disponibi- mina o concomitante afastamento do funcionário do
lidade. cargo efetivo de que for titular, ressalvados os ca-
Art. 4º - Cargo público é o lugar inserido no sos de comprovada acumulação legal.
Sistema Administrativo Civil do Estado, caracteri- Art. 9º - Os cargos públicos são providos por:
zando-se, cada um, por determinado conjunto de
I - nomeação;
atribuições e responsabilidades de natureza per-
manente. II - promoção;
Parágrafo único - Exclui-se da regra conceitual V - reintegração;
deste artigo o conjunto de empregos que, inserido VI - aproveitamento;
no Sistema Administrativo Civil do Estado, se su-
bordina à legislação trabalhista. VII - reversão;
VIII - transposição;

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IX - transformação. a) de vinte e cinco (25) anos, quando se tratar
de ingresso em categoria funcional que importe em
Art. 10º - O ato de provimento deverá indicar
exigência de curso de nível médio; e
a existência de vaga, com os elementos capazes
de identificá-la. b) de trinta e cinco (35) anos, quando se tratar
de ingresso nas demais categorias;
Art. 11 - O disciplinamento normativo das for-
c) independerá dos limites previstos nas alí-
mas de provimento dos cargos públicos referidos
neas anteriores a inscrição do candidato que já
nos itens VIII e IX do art. 9º é objeto de legislação
ocupe cargo integrante do Grupo Segurança Pú-
específica.
blica.
§ 1º - Das inscrições para o concurso consta-
CAPÍTULO II rão, obrigatoriamente:
DO CONCURSO I - o limite de idade dos candidatos, que poderá
variar de dezoito (18) anos completos até cinquenta
Art. 12 - Compete a cada Poder e a cada Au- (50) anos incompletos, na forma estabelecida no
tarquia ou órgão auxiliar, autônomo, a iniciativa dos caput deste artigo;
concursos para provimento dos cargos vagos. II - o grau de instrução exigível, mediante
apresentação do respectivo certificado;
Art. 13 - A realização dos concursos para
provi- mento dos cargos da Administração Direta III - a quantidade de vagas a serem preenchi-
do Poder Executivo competirá ao Órgão Central do das, distribuídas por especialização da disciplina,
Sistema de Pessoal. quando referentes a cargo do Magistério e de ativi-
dades de nível superior ou outros de denominação
§ 1º - A execução dos concursos para pro- genérica;
vimento dos cargos da lotação do Tribunal de Con-
tas do Estado, do Conselho de Contas dos Muni- IV - o prazo de validade do concurso, de dois
cípios e das Autarquias receberá a orientação nor- (2) anos, prorrogável a juízo da autoridade que o
mativa e supervisão técnica do órgão central refe- abriu ou o iniciou;
rido neste artigo. V - descrição sintética do cargo, incluindo
§ 2º - O Órgão Central do Sistema de Pessoal exemplificação de tarefas típicas, horário, condi-
poderá delegar a realização dos concursos aos ór- ções de trabalho e retribuição;
gãos setoriais e seccionais de pessoal das diversas VI - tipos e Programa das Provas;
repartições e entidades, desde que estes apresen-
VII - exigências outras, de acordo com as espe-
tem condições técnicas para efetivação das ativi-
cificações do cargo.
dades de recrutamento e seleção, permanecendo,
sempre, o órgão delegante, com a responsabili- § 2º - Independerá de idade, a inscrição do
dade pela perfeita execução da atividade delegada. candidato que seja servidor de Órgãos da Adminis-
tração Estadual Direta ou Indireta.
Art. 14 - É fixada em cinquenta (50) anos a
idade máxima para inscrição em concurso público § 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, a ha-
destina- do a ingresso nas categorias funcionais bilitação no concurso somente produzirá efeito se,
instituídas de acordo com a Lei Estadual nº. 9.634, no momento da posse ou exercício no novo cargo
de 30 de outubro de 1972, ressalvadas as exce- ou emprego, o candidato ainda possuir a qualidade
ções a seguir indicadas: de servidor ativo, vedada a aposentadoria conco-
mitante para elidir a acumulação do cargo.
I - para a inscrição em concurso para o Grupo
de Tributação e Arrecadação a idade limite é de Art. 15 - Encerradas as inscrições, legal-
trinta e cinco (35) anos. mente pro- cessadas, para concurso destinado ao
provimento de qualquer cargo, não se abrirão no-
II - e para inscrição em concurso destinado ao
vas inscrições antes da realização do concurso.
ingresso nas categorias funcionais do Grupo Segu-
rança Pública, são fixados os seguintes limites má- Art. 16 - Ressalvado o caso de expressa con-
ximos de idade: dição básica para provimento de cargo prevista em

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regulamento, independerá de limite de idade a ins- em comissão ou outra forma de provimento para a
crição, em concurso, de ocupante em cargo público qual não se exija o concurso;
IX - ter atendido às condições especiais, pres-
critas em lei ou regulamento para determinados
CAPÍTULO III
cargos ou categorias funcionais.
DA NOEMAÇÃO
§ 1º - A prova das condições a que se refere
os itens I e II deste artigo não será exigida nos ca-
Art. 17 - A nomeação será feita: sos de transferência, aproveitamento e reversão.
I - em caráter vitalício, nos casos expressa- § 2º - Ninguém poderá ser empossado em
mente previstos na Constituição; cargo efetivo sem declarar, previamente, que não
II - em caráter efetivo, quando se tratar de no- ocupa outro cargo ou exerce função ou emprego
meação para cargo da classe inicial ou singular de público da União, dos Estados, dos Municípios, do
determinada categoria funcional; Distrito Federal, dos Territórios, de Autarquias, em-
presas públicas e sociedades de economia mista,
III - em comissão, quando se tratar de cargo ou apresentar comprovante de exoneração ou dis-
que assim deve ser provido. pensa do outro cargo que ocupava, ou da função
Parágrafo único - Em caso de impedimento ou emprego que exerce, ou, ainda, nos casos de
temporário do titular do cargo em comissão, a au- acumulação legal, comprovante de ter sido a
toridade competente nomeará o substituto, exone- mesma julgada lícita pelo órgão competente.
rando-o, findo o período da substituição.
Art. 21 - São competentes para dar posse:
Art. 18 - Será tornada sem efeito a nomeação I - o Governador do Estado, às autoridades
quando, por ato ou omissão do nomeado, a posse que lhe são diretamente subordinadas;
não se verificar no prazo para esse fim estabele-
cido. II - os Secretários de Estado, aos dirigentes
de repartições que lhes são diretamente subordina-
das;
CAPÍTULO IV III - os dirigentes das Secretarias Administrati-
DA POSSE vas, ou unidades de administração geral equiva-
lente, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de
Contas do Estado, e do Conselho de Contas dos
Art. 19 - Posse é o fato que completa a inves-
Municípios, aos seus funcionários, se de outra ma-
tidura em cargo público. neira não estabelecerem as respectivas leis orgâ-
Parágrafo único - Não haverá posse nos casos nicas e regi- mentos internos;
de promoção, acesso e reintegração. IV - o Diretor-Geral do órgão central do sis-
Art. 20 - Só poderá ser empossado em cargo tema de pessoal, aos demais funcionários da Ad-
público quem satisfizer os seguintes requisitos: ministração Direta;
I - ser brasileiro; V - os dirigentes das Autarquias, aos funcio-
nários dessas entidades.
II - ter completado 18 anos de idade;
Art. 22 - No ato da posse será apresentada
III - estar no gozo dos direitos políticos;
declaração, pelo funcionário empossado, dos bens
IV - estar quite com as obrigações militares e e valores que constituem o seu patrimônio, nos ter-
eleitorais; mos da regulamentação própria.
V - ter boa conduta; Art. 23 - Poderá haver posse por procuração,
VI - gozar saúde, comprovada em inspeção quando se tratar de funcionário ausente do País ou
médica, na forma legal e regulamentar; do Estado, ou, ainda, em casos especiais, a juízo
VII - possuir aptidão para o cargo; da autoridade competente.

VIII - ter-se habilitado previamente em con- Art. 24 - A autoridade de que der posse veri-
curso, exceto nos casos de nomeação para cargo ficará, sob pena de responsabilidade:

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I - se foram satisfeitas as condições legais para contado do início do exercício funcional, durante o
a posse; qual é observado o atendimento dos requisitos ne-
II - se do ato de provimento consta a existência cessários à confirmação do servidor nomeado em
de vaga, com os elementos capazes de identificá- virtude de concurso público
la; § 1º - Como condição para aquisição da esta-
III - em caso de acumulação, se pelo órgão bilidade, é obrigatória a avaliação especial de de-
competente foi declarada lícita. sempenho por comissão instituída para essa finali-
dade.
Art. 25 - A posse ocorrerá no prazo de 30
§ 2º - A avaliação especial de desempenho do
(trinta) dias da publicação do ato de provimento no servidor será realizada:
órgão oficial.
a) extraordinariamente, ainda durante o está-
Parágrafo único - A requerimento do funcioná- gio probatório, diante da ocorrência de algum fato
rio ou de seu representante legal, a autoridade dela motivador, sem prejuízo da avaliação ordiná-
competente para dar posse poderá prorrogar o ria;
prazo previsto neste artigo, até o máximo de 60
(sessenta) dias contados do seu término. b) ordinariamente, logo após o término do es-
tágio probatório, devendo a comissão ater-se ex-
clusiva- mente ao desempenho do servidor durante
CAPÍTULO V o período do estágio.
DA FIANÇA § 2º - O estágio probatório corresponderá a
uma complementação do processo seletivo, de-
vendo ser obrigatoriamente supervisionado pela
Art. 26 - O funcionário nomeado para cargo
autoridade a que estiver sujeito hierarquicamente o
cujo provimento dependa de prestação de fiança
funcionário, ou nos termos do Regulamento.
não poderá entrar em exercício sem a prévia satis-
fação dessa exigência. § 3º - Além de outros específicos indicados em
lei ou regulamento, os requisitos de que trata este
§ 1º - A fiança poderá ser prestada em:
artigo são os seguintes:
I - dinheiro;
I - adaptação do servidor ao trabalho, verifi-
II - título da dívida pública da União ou do Es- cada por meio de avaliação da capacidade e quali-
tado, ações de sociedade de economia mista que o dade no desempenho das atribuições do cargo;
Estado participe como acionista, e
II - equilíbrio emocional e capacidade de inte-
III - apólice de seguro-fidelidade funcional, emi- gração;
tida por instituição oficial ou legalmente autorizada
III - cumprimento dos deveres e obrigações do
para esse fim.
servidor público, inclusive com observância da
§ 2º - O seguro poderá ser feito pela própria ética profissional.
repartição em que terá exercício o funcionário.
§ 4º - O estágio probatório corresponderá a
§ 3º - Não se admitirá o levantamento da fiança uma complementação do concurso público a que
antes de tomada de contas do funcionário. se submeteu o servidor, devendo ser obrigatoria-
§ 4º - O responsável por alcance ou desvio de mente acompanhado e supervisionado pelo Chefe
bens do Estado não ficará isento da ação adminis- Imediato.
trativa que couber, ainda que o valor da fiança seja § 5º - Durante o estágio probatório, os cursos
superior ao dano verificado ao patrimônio público. de treinamento para formação profissional ou aper-
feiçoamento do servidor, promovidos gratuitamente
pela Administração, serão de participação obriga-
CAPÍTULO VI tória e o resultado obtido pelo servidor será consi-
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO derado por ocasião da avaliação especial de de-
sempenho, tendo a reprovação caráter eliminató-
rio.
Art. 27 - Estágio probatório é o triênio de efe-
tivo exercício no cargo de provimento efetivo,

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§ 6º Fica vedada qualquer espécie de afasta- avaliação especial de desempenho será expedido
mento dos servidores em estágio probatório, res- pela autoridade competente para nomear.
salva- dos os casos previstos nos incisos I, II, III,
Art. 29 – O ato administrativo declaratório da
IV, V, VI, VIII, IX, X, XII, XIII, XV, XVI, XVII e XXI do
art. estabilidade do servidor no cargo de provimento
efetivo, após cumprimento do estágio probatório e
§ 7º - O servidor em estágio probatório não fará aprovação na avaliação especial de desempenho,
jus a ascensão funcional. será expedido pela autoridade competente para no-
§ 8º - As faltas disciplinares cometidas pelo mear, retroagindo seus efeitos à data do término do
servidor após o decurso do estágio probatório e an- período do estágio probatório.
tes da conclusão da avaliação especial de desem- Art. 30 - O funcionário estadual que, sendo
penho serão apuradas por meio de processo admi-
estável, tomar posse em outro cargo para cuja con-
nistrativo-disciplinar, precedido de sindicância, esta
firmação se exige estágio probatório, será afas-
quando necessária.
tado do exercício das atribuições do cargo que ocu-
§ 9º - São independentes as instâncias admi- pava, com suspensão do vínculo funcional nos ter-
nistrativas da avaliação especial de desempenho e mos do artigo 66, item I, alíneas a, b e c desta lei.
do processo administrativo-disciplinar, na hipótese
Parágrafo único - Não se aplica o disposto
do parágrafo anterior, sendo que resultando exone-
neste artigo aos casos de acumulação lícita.
ração ou demissão do servidor, em qualquer dos
pro- cedimentos, restará prejudicado o que estiver
ainda em andamento. CAPÍTULO VII
§ 10. Na hipótese de afastamento do servidor DO EXERCÍCIO
em estágio probatório para os fins previstos no in-
cisos V, VI, VIII, IX, X, XIII, XV, XVI, XVIII e XIX do
art. Art. 31 - O início, a interrupção e o reinício do
exercício das atribuições do cargo serão registra-
§ 11. O servidor em estágio probatório poderá dos no cadastro individual do funcionário.
exercer cargo de provimento em comissão ou fun-
ção de direção, chefia ou assessoramento no seu Art. 32 - Ao dirigente da repartição para onde
órgão ou entidade de origem, com função ou fun- for designado o funcionário compete dar-lhe exer-
ções similares ao cargo para o qual foi aprovado cício.
em concurso público, computando-se o tempo para
Art. 33 - O exercício funcional terá início no
avaliação essencial de desempenho do estágio
probatório. prazo de trinta dias, contados da data:

§ 12. O servidor em estágio probatório poderá I - da publicação oficial do ato, no caso de rein-
ser cedido para órgão da Administração Pública di- tegração;
reta ou indireta para exercer quaisquer cargos de II - da posse, nos demais casos.
provi- mento em comissão ou funções de direção, Art. 34 - O funcionário terá exercício na repar-
chefia ou assessoramento no âmbito Federal, Mu- tição onde for lotado o cargo por ele ocupado, não
nicipal ou Estadual, com ônus para o destino, res- podendo dela se afastar, salvo nos casos previstos
tando suspenso o computo do estágio probatório, em lei ou regulamento.
voltando este a ser contado a partir do término da
cessão e, consequente retorno à origem. § 1º - O afastamento não se prolongará por
mais de quatro anos consecutivos, salvo:
Art. 28 - O servidor que durante o estágio pro-
I - quando para exercer as atribuições de cargo
batório não satisfizer qualquer dos requisitos pre-
ou função de direção ou de Governo dos Estados,
vistos no § 3º do artigo anterior, será exonerado,
da União, Distrito Federal, Territórios e Municípios
nos casos dos itens I e II, e demitido na hipótese do
e respectivas entidades da administração indireta;
item III.
II - quando à disposição da Presidência da Re-
Parágrafo único - O ato de exoneração ou de
pública;
demissão do servidor em razão de reprovação na

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III - quando para exercer mandato eletivo, es- sede do mandato eletivo, com todos os direitos e
tadual, federal ou municipal, observado, quanto a vantagens do cargo.
este, o disposto na legislação especial pertinente;
Art. 38 - A remoção por permuta será proces-
IV - quando convocado para serviço militar sada a pedido escrito de ambos os interessados e
obrigatório; de acordo com as demais disposições deste Capí-
V - quando se tratar de funcionário no gozo de tulo.
licença para acompanhar o cônjuge.
§ 2º - Preso preventivamente, pronunciado por CAPÍTULO IX
crime comum ou denunciado por crime inafiançá-
DA SUBSTITUIÇÃO
vel, em processo do qual não haja pronúncia, o fun-
cionário será afastado do exercício, até sentença
passada em julgado. Art. 39 - Haverá substituição nos casos de
§ 3º O funcionário afastado nos termos do pa- impedi- mento legal ou afastamento de titular de
rágrafo anterior terá direito à percepção do benefí- cargo em comissão.
cio do auxílio-reclusão, nos termos desta Lei. Art. 40 - A substituição será automática ou
Art. 35 - Para os efeitos deste Estatuto, en- dependerá de nomeação.
tendesse por lotação a quantidade de cargos, por § 1º - A substituição automática é estabelecida
grupo, categoria funcional e classe, fixada em re- em lei, regulamento, regimento ou manual de ser-
gulamento como necessária ao desenvolvimento viço, e pro- ceder-se-á independentemente de la-
das atividades das unidades e entidades do Sis- vratura de ato.
tema Administrativo Civil do Estado.
§ 2º - Quando depender de ato da adminis-
Art. 36 - Para entrar em exercício, o funcio- tração, o substituto será nomeado pelo Governa-
nário é obrigado a apresentar ao órgão de pessoal dor, Presidente da Assembleia, Presidente do Tri-
os elementos necessários à atualização de seu ca- bunal de Contas, Presidente do Conselho de Con-
dastro individual. tas dos Municípios, ou dirigente autárquico, con-
forme o caso.
§ 3º - A substituição, nos termos dos parágra-
CAPÍTULO VIII
fos anteriores, será gratuita, salvo se exceder de 30
DA REMOÇÃO dias, quando então será remunerada por todo o pe-
ríodo.
Art. 37 - Remoção é o deslocamento do fun- Art. 41 - Em caso de vacância do cargo em
cionário de uma para outra unidade ou entidade do comissão e até seu provimento, poderá ser desig-
Sistema Administrativo, processada de ofício ou a nado, pela autoridade imediatamente superior, um
pedido do funcionário, atendidos o interesse pú- funcionário para responder pelo expediente.
blico e a conveniência administrativa.
Parágrafo único - Ao responsável pelo expedi-
§ 1º - A remoção respeitará a lotação das uni- ente se aplicam as disposições do art. 40, § 3º.
dades ou entidades administrativas interessadas e
será realiza- da, no âmbito de cada uma, pelos res- Art. 42 - Pelo tempo da substituição remune-
pectivos dirigentes e chefes, conforme se dispuser rada, o substituto perceberá o vencimento e a gra-
em regulamento. tificação de representação do cargo, ressalvado o
caso de opção, vedada, porém, a percepção cumu-
§ 2º - O funcionário estadual cujo cônjuge, tam-
lativa de vencimento, gratificações e vantagens.
bém servidor público, for designado ex-offício para
ter exercício em outro ponto do território estadual Art. 46 - Ascensão funcional é a elevação do
ou nacional ou for detentor de mandato eletivo, tem funcionário de um cargo para outro de maiores res-
direito a ser removido ou posto à disposição da uni- ponsabilidades e atribuições mais complexas, ou
dade de serviço estadual que houver no lugar de que exijam maior tempo de preparação profissio-
domicílio do cônjuge ou em que funcionar o órgão nal, de nível de vencimento mais elevado, ou de

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atribuições mais compatíveis com as suas apti- Art. 54 - Reintegrado o funcionário, quem lhe
dões. houver ocupado o lugar será reconduzido ao cargo
Art. 47 - São formas de ascensão funcional: anteriormente ocupado, sem direito a qualquer in-
denização, ou ficará como excedente da lotação.
I - a promoção;
Art. 55 - O funcionário reintegrado será sub-
II - o acesso;
metido a inspeção médica e aposentado, se jul-
III - a transferência. gado incapaz.
Art. 48 - A promoção é a elevação do funcio-
nário à classe imediatamente superior àquela em SEÇÃO II
que se encontra dentro da mesma série de classes
DO APROVEITAMENTO
na categoria funcional a que pertencer.
Art. 49 - Acesso é a ascensão do funcionário
Art. 56 - Aproveitamento é o retorno ao exer-
de classe final da série de classes de uma catego-
cício do cargo do funcionário em disponibilidade.
ria funcional para a classe inicial da série de clas-
ses ou de outra categoria profissional afim. Art. 57 - A juízo e no interesse do Sistema
Art. 50 - Transferência é a passagem do fun- Administrativo, os funcionários estáveis, ocupantes
cionário de uma para outra categoria funcional, de cargos extintos ou declarados desnecessários,
dentro do mesmo quadro, ou não, e atenderá sem- poderão ser compulsoriamente aproveitados em
pre aos aspectos da vocação profissional. outros cargos compatíveis com a sua aptidão fun-
cional, mantido o vencimento do cargo, ou postos
Art. 51 - As formas de ascensão funcional em disponibilidade nos termos do art. 109, pará-
obedecerão sempre a critério seletivo, mediante grafo único da Constituição do Estado.
provas que sejam capazes de verificar a qualifica- § 1º - O aproveitamento dependerá de provas
ção e aptidão necessárias ao desempenho das atri- de habilitação, de sanidade e capacidade física me-
buições do novo cargo, conforme se dispuser em diante exames de suficiência e inspeção médica.
regulamento.
§ 2º - Quando o aproveitamento ocorrer em
cargo cujo vencimento for inferior ao do anteri-
CAPÍTULO XI ormente ocupado, o funcionário perceberá a dife-
DO REINGRESSO NO SISTEMA rença a título de vantagem pessoal, incorporada ao
vencimento para fins de progressão horizontal, dis-
ADMINISTRATIVO ESTADUAL
ponibilidade e aposentadoria.
§ 3º - Não se abrirá concurso público, nem se
SEÇÃO I
preencherá vaga no Sistema Administrativo Esta-
DA REINTEGRAÇÃO dual sem que se verifique, previamente, a inexis-
tência de funcionário a aproveitar, possuidor da ne-
Art. 52 - A reintegração, que decorrerá de de- cessária habilitação.
cisão administrativa ou judicial, é o reingresso do Art. 58 - Na ocorrência de vagas nos quadros
funcionário no serviço administrativo, com ressarci- de pessoal do Estado o aproveitamento terá prece-
mento dos vencimentos relativos ao cargo. dência sobre as demais formas de provimento, res-
Parágrafo único - A decisão administrativa que salvadas as destinadas à promoção e acesso.
de- terminar a reintegração será proferida em re- Parágrafo único - Havendo mais de um concor-
curso ou em virtude de reabilitação funcional deter- rente à mesma vaga, preferência pela ordem:
minada em processo de revisão nos termos deste
Estatuto. I - o de melhor classificação em prova de ha-
bilitação;
Art. 53 - A reintegração será feita no cargo
II - o de maior tempo de disponibilidade; III - o
anteriormente ocupado, o qual será restabelecido
de maior tempo de serviço público; IV - o de maior
caso tenha sido extinto.
prole.

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Art. 59 - Será tornado sem efeito o aproveita- IV - aposentadoria;
mento e cassada a disponibilidade do funcionário, V - falecimento.
se este, cientificado, expressamente, do ato de
aproveitamento, não tomar posse no prazo legal, Art. 63 - Dar-se-á exoneração:
salvo caso de doença comprovada em inspeção I - a pedido do funcionário;
médica.
II - de ofício, nos seguintes casos:
Parágrafo único - Provada em inspeção mé-
a) quando se tratar de cargo em comissão;
dica a incapacidade definitiva, a disponibilidade
será convertida em aposentadoria, com a sua con- b) quando se tratar de posse em outro cargo
sequente decretação. ou emprego da União, do Estado, do Município, do
Distrito Federal, dos Territórios, de Autarquia, de
Empresas Públicas ou de Sociedade de Economia
SEÇÃO III Mista, ressalvados os casos de substituição, cargo
DA REVERSÃO de Governo ou de direção, cargo em comissão e
acumulação legal desde que, no ato de provimento,
seja mencionada esta circunstância;
Art. 60 - Reversão é o reingresso no Sistema
c) na hipótese do não atendimento do prazo
Administrativo do aposentado por invalidez,
para início de exercício, de que trata o artigo 33;
quando insubsistentes os motivos da aposentado-
ria. d) na hipótese do não cumprimento dos requi-
sitos do estágio, nos termos do art. 27.
Art. 61 - A reversão far-se-á de ofício ou a
pedido, de preferência no mesmo cargo ou naquele Art. 64 - A vaga ocorrerá na data:
em que se tenha transformado, ou em cargo de I - da vigência do ato administrativo que lhe
vencimentos e atribuições equivalentes aos do der causa;
cargo anteriormente ocupado, atendido o requisito
da habilitação profissional. II - da morte do ocupante do cargo;

Parágrafo único - São condições essenciais III - da vigência do ato que criar e conceder do-
para que a reversão se efetive: tação para o seu provimento ou do que determinar
esta última medida, se o cargo já estiver criado;
a) que o aposentado não haja completado 60
(sessenta) anos de idade; IV - da vigência do ato que extinguir cargo e
auto- rizar que sua dotação permita o preenchi-
b) que o inativo seja julgado apto em inspeção mento de cargo vago.
médica;
Parágrafo único - Verificada a vaga serão con-
c) que a Administração considere de interesse sideradas abertas, na mesma data, todas as que
do Sistema Administrativo o reingresso do apo- decorrerem de seu preenchimento.
senta- do na atividade.

CAPÍTULO II
TÍTULO III
DA SUSPENSÃO DO VÍNCULO
DA EXTINÇÃO E DA SUSPENÇÃO DO
FUNCIONAL
VÍNCULO FUNCIONAL

Art. 65 - O regime jurídico estabelecido neste


CAPÍTULO I
Estatuto não se aplicará, temporariamente, ao fun-
DA VACÂNCIA DOS CARGOS
cionário estadual:
I - Revogado
Art. 62 - A vacância do cargo resultará de:
II - no caso de opção em caráter temporário,
I - exoneração; pelo regime a que alude o art. 106 da Constituição
II - demissão; Federal ou pelo regime da legislação trabalhista;
III - ascensão funcional; III - no caso de disponibilidade;

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IV - no caso de autorização para o trato de in- Art. 68 - Será considerado de efetivo exercí-
teresses particulares. cio o afastamento em virtude de:
Art. 66 - Os casos indicados no artigo anterior I - férias;
implicam em suspensão do vínculo funcional, acar- II - casamento, até oito dias;
retando os seguintes efeitos:
III - luto, até oito dias, por falecimento de côn-
I - Revogado juge ou companheiro, parentes, consanguíneos ou
II - na hipótese do item II do artigo anterior, o afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto e
funcionário não fará jus à percepção dos vencimen- pais adotivos;
tos, computando-se, entretanto, o período de sus- IV - luto, até dois dias, por falecimento de tio e
pensão do vínculo para fins de disponibilidade e cunhado;
aposentadoria, obrigando o funcionário a continuar
a pagar a sua contribuição de previdência com V - exercício das atribuições de outro cargo
base nos vencimentos do cargo de cujas atribui- esta- dual de provimento em comissão, inclusive da
ções se desvinculou; Administração Indireta do Estado;
III - Revogado VI - convocação para o Serviço Militar;
IV - na hipótese de autorização de afasta- VII - júri e outros serviços obrigatórios;
mento para o trato de interesses particulares, o ser- VIII - desempenho de função eletiva federal,
vidor não fará jus à percepção de vencimentos, esta- dual ou municipal, observada quanto a esta,
tendo porém que recolher mensalmente o percen- a legislação pertinente;
tual de 33 % (trinta e três por cento) incidente sobre
IX - exercício das atribuições de cargo ou fun-
o valor de sua última remuneração para fins de con-
ção de Governo ou direção, por nomeação do Go-
tribuição previdenciária, que será destinada ao Sis-
vernador do Estado;
tema Único de Previdência Social e dos Membros
de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC. X - licença por acidente no trabalho, agressão
não provocada ou doença profissional;
§ 1° - A autorização de afastamento, de que
trata o inciso IV deste artigo, poderá ser concedida XI - licença especial;
sem a obrigatoriedade do recolhimento mensal da XII - licença à funcionária gestante;
alíquota de 33 % (trinta e três por cento), não
sendo, porém, o referido tempo computado para XIII - licença para tratamento de saúde;
obtenção de qualquer benefício previdenciário, in- XIV - licença para tratamento de moléstias que
clusive aposentadoria. impossibilitem o funcionário definitivamente para o
§ 2° - Os valores de contribuição, referidos no trabalho, nos termos em que estabelecer Decreto
inciso IV deste artigo, serão reajustados nas mes- do Chefe do Poder Executivo;
mas proporções da remuneração do servidor no XV - doença, devidamente comprovada, até 36
respectivo cargo. dias por ano e não mais de 3 (três) dias por mês;
XVI - missão ou estudo noutras partes do terri-
tório nacional ou no estrangeiro, quando o afasta-
TÍTULO IV
mento houver sido expressamente autorizado pelo
DOS DIREITOS, VANTAGENS E Governador do Estado, ou pelos Chefes dos Pode-
AUTORIZAÇÕES res Legislativo e Judiciário;
XVII - decorrente de período de trânsito, de vi-
CAPÍTULO I agem do funcionário que mudar de sede, contado
DO CÔMPUTO DO TEMPO DE SERVIÇO da data do desligamento e até o máximo de 15 dias;
XVIII - prisão do funcionário, absolvido por sen-
Art. 67 - Tempo de serviço, para os efeitos tença transitada em julgado;
deste Estatuto, compreende o período de efetivo XIX - prisão administrativa, suspensão preven-
exercício das atribuições de cargo ou emprego pú- tiva, e o período de suspensão, neste último caso,
blico.

9
quando o funcionário for reabilitado em processo III - não será contado, por um sistema, o tempo
de revisão; de contribuição utilizado para a concessão de al-
XX – (Revogado) gum benefício, por outro.

XXI - nascimento de filho, até um dia, para fins § 3° - O tempo de contribuição, a que alude o
de registro civil. inciso I deste artigo, será computado à vista de cer-
tidões passadas com base em folha de pagamento.
§ 1º - Para os efeitos deste Estatuto, entende-
se por acidente de trabalho o evento que cause Art. 70 – A apuração do tempo de contribui-
dano físico ou mental ao funcionário, por efeito ou ção será feita em anos, meses e dias.
ocasião do serviço, inclusive no deslocamento para § 1° - O ano corresponderá a 365 (trezentos e
o trabalho ou deste para o domicílio do funcionário. sessenta e cinco) dias e o mês aos 30 (trinta) dias.
§ 2º - Equipara-se a acidente no trabalho a § 2° - Para o cálculo de qualquer benefício, de-
agressão, quando não provocada, sofrida pelo fun- pois de apurado o tempo de contribuição, este será
cionário no serviço ou em razão dele. convertido em dias, vedado qualquer forma de ar-
§ 3º - Por doença profissional, para os efeitos redondamento.
deste Estatuto, entende-se aquela peculiar ou ine- Art. 71 – É vedado:
rente ao trabalho exercido, comprovada, em qual-
quer hipótese, a relação de causa e efeito. I - o cômputo de tempo fictício para o cálculo
de benefício previdenciário;
§ 4º - Nos casos previstos nos §§ 1º, 2º e 3º
deste artigo, o laudo resultante da inspeção médica II - a concessão de aposentadoria especial,
deve- rá estabelecer, expressamente, a caracteri- nos termos no art. 40, §4° da Constituição Federal,
zação do acidente no trabalho da doença profissio- até que Lei Complementar Federal discipline a ma-
nal. téria;

Art. 69 – Será computado para efeito de dis- III - a percepção de mais de uma aposentado-
ponibilidade e aposentadoria: ria à conta do Sistema Único de Previdência Social
dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos
I - o tempo de contribuição para o Regime Ge- Agentes
ral de Previdência Social – RGPS, bem como para
os Regimes Próprios de Previdência Social – IV - a percepção simultânea de proventos de
RPPS; aposentadoria decorrente de regime próprio de ser-
vidor titular de cargo efetivo, com a remuneração
II - o período de serviço ativo das Forças Ar- de cargo, emprego ou função pública, ressalvados
madas; os cargos acumuláveis previstos na Constituição
III – o tempo de aposentadoria, desde que Federal, os eletivos e os cargos em comissão de-
ocorra reversão; clarados em Lei de livre nomeação e exoneração.
IV – a licença por motivo de doença em pessoa § 1° - Não se considera fictício o tempo defi-
da família, conforme previsto no art. 99 desta Lei, nido em Lei como tempo de contribuição para fins
desde que haja contribuição. de concessão de aposentadoria quando tenha ha-
vido, por parte do servidor, a prestação de serviço
§ 1° - No caso previsto no inciso IV, o afasta-
ou a correspondente contribuição.
mento superior a 6 (seis) meses obedecerá o pre-
visto no inciso IV, do art. 66, desta Lei. § 2° - A vedação prevista no inciso IV, não se
aplica aos membros de Poder e aos inativos, servi-
§ 2° - Na contagem do tempo, de que trata este
dores e militares que, até 16 de dezembro de 1998,
artigo, deverá ser observado o seguinte:
tenham ingressado novamente no serviço público
I - não será admitida a contagem em dobro ou por concurso público de provas ou de provas e títu-
em outras condições especiais; los, e pelas demais formas previstas na Constitui-
II - é vedada a contagem de tempo de contri- ção Federal, sendo-lhes proibida a percepção de
buição, quando concomitantes; mais de uma aposentadoria pelo Sistema Único de
Previdência Social dos Servidores Públicos Ci-
vis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Mem-
bros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC,

10
exceto se decorrentes de cargos acumuláveis pre- extinção do cargo, ou da decretação de sua desne-
vistos na Constituição Federal. cessidade.
§ 3° - O servidor inativo para ser investido em § 1º - Extinto o cargo ou declarada sua desne-
cargo público efetivo não acumulável com aquele cessidade, o servidor ficará em disponibilidade per-
que gerou a aposentadoria deverá renunciar aos cebendo remuneração proporcional por cada ano
pro- ventos desta. de serviço, à razão de:
§ 4° - O aposentado pelo Sistema Único de I - 1/12.775 (um doze mil, setecentos e setenta
Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e e cinco avos) da remuneração por cada dia traba-
Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de lha- do, se homem; e
Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, que estiver II - 1/10.950 (hum dez mil, novecentos e cin-
exercendo ou que voltar a exercer atividade abran- quenta avos) da remuneração por cada dia traba-
gida por este regime é segurado obrigatório em re- lhado, se mulher.
lação a esta atividade, ficando sujeito às contribui-
ções, de que trata esta Lei, para fins de custeio da § 2º - A apuração do tempo de serviço será
Previdência Social, na qualidade de contribuinte feita em dias, sendo o número de dias convertido
solidário. em anos, considerando-se o ano de 365 (trezentos
e sessenta e cinco) dias, permitido o arredonda-
Art. 72 – Observadas as disposições do ar- mento para um ano, na conclusão da conversão, o
tigo anterior, o servidor poderá desaverbar, em que exceder a 182 (cento e oitenta e dois) dias.
qualquer época, total ou parcialmente, seu tempo
§ 3º - Aplicam-se aos vencimentos da disponi-
de contribuição, desde que não tenha sido compu-
bilidade os mesmos critérios de atualização, esta-
tado este tempo para a concessão de qualquer be-
belecidos para os funcionários ativos em geral.
nefício.

TÍTULO III
CAPÍTULO II
DA EXTINÇÃO E DA SUSPENÇÃO DO
DA ESTABILIDADE E DA VITALICIEDADE
VÍNCULO FUNCIONAL

Art. 73 - Estabilidade é o direito que adquire


CAPÍTULO IV
o funcionário efetivo de não ser exonerado ou de-
DAS FÉRIAS
mitido, senão em virtude de sentença judicial ou in-
quérito administrativo, em que se lhe tenha sido as-
segura- da ampla defesa. Art. 78 - O funcionário gozará trinta dias con-
Art. 74 - A estabilidade assegura a perma- secutivos, ou não, de férias por ano, de acordo
nência do funcionário no Sistema Administrativo. com a escala organizada pelo dirigente da Unidade
Administrativa, na forma do regulamento.
Art. 75 - O funcionário nomeado em virtude
§ 1º - Se a escala não tiver sido organizada, ou
de concurso público adquire estabilidade depois de houver alteração do exercício funcional, com a mo-
decorridos dois anos de efetivo exercício. vimentação do funcionário, a este caberá requerer,
Parágrafo único - A estabilidade funcional é in- ao superior hierárquico, o gozo das férias, podendo
compatível com o cargo em comissão. a autoridade, apenas, fixar a oportunidade do de-
feri- mento do pedido, dentro do ano a que se vin-
Art. 76 - O funcionário perderá o cargo vitalí-
cular o direito do servidor.
cio somente em virtude de sentença judicial.
§ 2º - O funcionário não poderá gozar, por
ano, mais de dois períodos de férias.
CAPÍTULO III § 3º - O funcionário terá direito a férias após
DA DISPONIBILIDADE cada ano de exercício no Sistema Administrativo.
§ 4º - É vedado levar à conta de férias qualquer
Art. 77 - Disponibilidade é o afastamento de falta ao serviço.
exercício de funcionário estável em virtude da

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§ 5º - Revogado. Art. 86 - São competentes para licenciar o
Art. 79 - A promoção, o acesso, a transferên- funcionário os dirigentes do Sistema Administrativo
cia e a remoção não interromperão as férias. Estadual, admitida a delegação, na forma do Regu-
lamento.
Art. 87 - VETADO.
CAPÍTULO V
DAS LICENÇAS
SEÇÃO II
SEÇÃO I DA LICENÇA PARA TRATAMENTO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DE SAÚDE

Art. 88 - A licença para tratamento de


Art. 80 - Será licenciado o funcionário:
saúde precederá a inspeção médica, nos termos do
I - para tratamento de saúde; Regulamento.
II - por acidente no trabalho, agressão não Art. 89 – O servidor será compulsoriamente
provo- cada e doença profissional; licenciado quando sofrer uma dessas doenças gra-
III - por motivo de doença em pessoa da famí- ves, contagiosas ou incuráveis: tuberculose ativa,
lia; alienação mental, neoplasia maligna, cegueira,
hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante,
IV - quando gestante;
cardiopatia grave, doença de Parkson, espondilo-
V - para serviço militar obrigatório; VI - para artrose anquilosante, epilepsia vera, nefropatia
acompanhar o cônjuge; VII - em caráter especial. grave, estado avançado da doença de Paget (os-
Art. 81 - A licença dependente de inspeção teite deformante), síndrome da deficiência imunoló-
médica terá a duração que for indicada no respec- gica adquirida – Aids, contaminação por radiação,
tivo laudo. com base em conclusão da medicina especiali-
zada, hepatopatia e outras que forem disciplinadas
§ 1º - Findo esse prazo, o paciente será sub- em Lei.
metido a nova inspeção, devendo o laudo concluir
pela volta do funcionário ao exercício, pela prorro- Art. 90 - Verificada a cura clínica, o funcioná-
gação da licença ou, se for o caso, pela aposenta- rio licenciado voltará ao exercício, ainda quando
doria. deva continuar o tratamento, desde que compro-
vada por inspeção médica capacidade para a ativi-
§ 2º - Terminada a licença o funcionário reas-
dade funcional.
sumirá imediatamente o exercício.
Art. 91 - Expirado o prazo de licença previsto
Art. 82 - A licença poderá ser determinada ou
no laudo médico, o funcionário será submetido a
prorrogada, de ofício ou a pedido.
nova inspeção, e aposentado, se for julgado invá-
Parágrafo único - O pedido de prorrogação de- lido.
verá ser apresentado antes de finda a licença, e, se
Art. 92 - No processamento das licenças para
indeferido, contar-se-á como licença o período
compreendido entre a data do término e a do co- tratamento de saúde será observado sigilo no que
nhecimento oficial do despacho. diz respeito aos laudos médicos.

Art. 83 - A licença gozada dentro de sessenta Art. 93 - No curso da licença, o funcionário


dias, contados da determinação da anterior será abster-se-á de qualquer atividade remunerada, sob
considerada como prorrogação. pena de interrupção imediata da mesma licença,
com perda total dos vencimentos, até que reas-
Art. 84 - O funcionário não poderá permane- suma o exercício.
cer em licença por prazo superior a vinte e quatro
meses, salvo nos casos dos itens II, III, V e VI do Art. 94 - O funcionário não poderá recusar a
art. 80, deste Estatuto. inspeção médica determinada pela autoridade
competente, sob pena de suspensão do
Art. 85 – Revogado.

12
pagamento dos vencimentos, até que seja reali- Art. 100 – Fica garantida a possibilidade de
zado exame. prorrogação, por mais 60 (sessenta) dias, da
Art. 95 - Considerado apto em inspeção mé- licença-maternidade, prevista nos art. 7º, inciso
dica, o funcionário reassumirá o exercício imedia- XVIII, e 39, §3º, da Constituição Federal destinada
tamente, sob pena de se apurarem como faltas os às servidoras públicas estaduais.
dias de ausência. §1° - A prorrogação de que trata este artigo
será assegurada à servidora estadual mediante re-
Art. 96 - No curso da licença poderá o funci-
querimento efetivado até o final do primeiro mês
onário requerer inspeção médica, caso se julgue após o parto, e concedida imediatamente após a
em condições de reassumir o exercício. fruição da licença-maternidade de que trata o art.
Art. 97 - Serão integrais os vencimentos do 7º, inciso XVIII, da Constituição Federal.(NR)
funcionário licenciado para tratamento de saúde. § 2° - Durante o período de prorrogação da li-
Parágrafo único. O pagamento dos vencimen- cença-maternidade, a servidora estadual terá di-
tos do servidor licenciado para tratamento de saúde reito à sua remuneração integral.
é mantido por recursos do respectivo órgão de ori- § 3° - É vedado durante a prorrogação da li-
gem. cença-maternidade tratada neste artigo o exercício
Art. 98 – Revogado. de qualquer atividade remunerada Pela servidora
beneficiária, e a criança não poderá ser mantida em
creches ou organização similar, sob pena da perda
SEÇÃO III do direito do benefício e consequente apuração da
responsabilidade funcional.(NR)
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA
EM PESSOA DA FAMÍLIA § 4º O pagamento dos vencimentos da servi-
dora em licença-maternidade, inclusive no período
de prorrogação, é mantido por recursos do respec-
Art. 99 – O servidor poderá ser licenciado por tivo órgão de origem.
motivo de doença na pessoa dos pais, filhos, côn-
juge do qual não esteja separado e de compa-
nheiro(a), desde que prove ser indispensável a sua SEÇÃO V
assistência pessoal e esta não possa ser prestada DA LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR
simultaneamente com exercício funcional. OBRIGATÓRIO
§ 1º - Provar-se-á a doença mediante inspeção
médica realizada conforme as exigências contidas
Art. 101 - O funcionário que for convocado
neste Estatuto quanto à licença para tratamento de
para o serviço militar será licenciado com venci-
saúde.
mentos integrais, ressalvado o direito de opção
§ 2º - A necessidade de assistência ao doente, pela retribuição financeira do serviço militar.
na forma deste artigo, será comprovada mediante
§ 1° - Ao servidor desincorporado conceder-se-
parecer do Serviço de Assistência Social, nos ter-
mos do Regulamento. á prazo não excedente a 30 (trinta) dias para que
reassuma o exercício do cargo, sem perda de ven-
§ 3° - O funcionário licenciado, nos termos cimentos.
desta seção, perceberá vencimentos integrais até
§ 2° - O servidor, de que trata o caput deste
6 (seis) meses. Após este prazo o servidor obede-
artigo, contribuirá para o Sistema Único de Previ-
cerá o disposto no inciso IV, do art. 66 desta Lei,
dência Social dos Servidores Públicos Civis e Mili-
até o limite de 4 (quatro) anos, devendo retornar a
tares, dos Agentes Públicos e dos Membros de Po-
suas atividades funcionais imediatamente ao fim do
der do
período.
Art. 102 - O funcionário, Oficial da Reserva
não remunerada das Forças Armadas, será licenci-
SEÇÃO IV ado, com vencimentos integrais, para cumprimento
DA LICENÇA À GESTANTE dos estágios previstos pela legislação militar, ga-
rantido o direito de opção.

13
SEÇÃO VI e) por luto, até 2 (dois) dias, por falecimento de
DA LICENÇA DO FUNCIONÁRIO PARA tio e cunhado;
ACOMPANHAR O CÔNJUGE f) for realizar missão oficial em outro ponto do
território nacional ou no estrangeiro.
Art. 103 - O funcionário terá direito a licença II - sem direito à percepção dos vencimentos,
sem vencimento, para acompanhar o cônjuge, tam- quando se tratar de afastamento para trato de inte-
bém servidor público, quando, de ofício, for resses particulares;
manda- do servir em outro ponto do Estado, do Ter-
III - com ou sem direito à percepção dos venci-
ritório Nacional, ou no Exterior.
mentos, conforme se dispuser em regulamento,
§ 1º - A licença dependerá do requerimento de- quando para o exercício das atribuições de cargo,
vidamente instruído, admitida a renovação, inde- função ou emprego em entidades e órgãos estra-
pendentemente de reassunção do exercício. nhos ao Sistema Administrativo Estadual.
§ 2º - Finda a causa da licença, o funcionário § 1° - Nos casos previstos nas alíneas a e b, o
retornará ao exercício de suas funções, no prazo servi- dor só poderá solicitar exoneração após o
de trinta dias, após o qual sua ausência será con- seu retorno, desde que trabalhe no mínimo o dobro
siderada abandono de cargo. do tempo em que esteve afastado, ou reembolse o
§ 3º - Existindo no novo local de residência re- montante corrigido monetariamente que o Estado
partição estadual, o funcionário nela será lotado, desembolsou durante seu afastamento.
enquanto durar a sua permanência ali. § 2° - Os dirigentes do Sistema Administrativo
Estadual poderão, ainda, autorizar o servidor, ocu-
Art. 104 - Nas mesmas condições estabele-
pante do cargo efetivo ou em comissão, a integrar
cidas no artigo anterior o funcionário será licenci-
ou assessorar comissões, grupos de trabalho ou
ado quando o outro cônjuge esteja no exercício de
programas, com ou sem afastamento do exercício
mandato eletivo fora de sua sede funcional.
funcional e sem prejuízo dos vencimentos.

CAPÍTULO VI
SEÇÃO II
DAS AUTORIZAÇÕES
DAS AUTORIZAÇÕES PARA INCENTIVO
À FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO
SEÇÃO I
FUNCIONÁRIO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 111 - Poderá ser autorizado o afasta-


Art. 110 - Os dirigentes do Sistema Adminis- mento, até duas horas diárias, ao funcionário que
trativo Estadual autorizarão o funcionário a se afas- frequente curso regular de 1º e 2º graus ou de en-
tar do exercício funcional de acordo com o disposto sino superior.
em Regulamento:
Parágrafo único - A autorização prevista neste
I - sem prejuízo dos vencimentos quando: artigo poderá dispor que a redução do horário dar-
a) for estudante, para incentivo à sua formação se-á por prorrogação do início ou antecipação do
profissional e dentro dos limites estabelecidos término do expediente, diário, conforme considerar
neste Estatuto; mais conveniente ao estudante e aos interesses da
repartição.
b) for estudar em outro ponto do território naci-
onal ou no estrangeiro; Art. 112 - Será autorizado o afastamento do
c) por motivo de casamento, até o máximo de exercício funcional nos dias em que o funcionário
8 (oito) dias; tiver que prestar exames para ingresso em curso
regular de ensino, ou que, estudante, se submeter
d) por motivo de luto até 8 (oito) dias, em de- a provas.
corrência de falecimento de cônjuge ou compa-
nheiro, parentes consanguíneos ou afins, até o 2º Art. 113 - O afastamento para missão ou es-
grau, inclusive madrasta, padrasto e pais adotivos; tudo fora do Estado em outro ponto do território

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nacional ou no estrangeiro será autorizado nos Art. 120 - O funcionário somente poderá re-
mesmos atos que designarem o funcionário a rea- ceber nova autorização para o afastamento pre-
lizar a missão ou estudo, quando do interesse do visto nesta Seção após decorrido pelo menos um
Sistema Administrativo Estadual. ano do efetivo exercício, contado da data em que
Art. 114 - As autorizações previstas nesta reassumiu, em decorrência do término do prazo au-
Seção dependerão de comprovação, mediante do- torizado ou por motivo de desistência ou de cassa-
cumento oficial, das condições previstas para as ção da autorização concedida.
mesmas, podendo a autoridade competente exigi-
la prévia ou posteriormente, conforme julgar conve- CAPÍTULO VII
niente.
DA RETRIBUIÇÃO
Parágrafo único - Concedida a autorização, na
de- pendência da comprovação posterior, sem que SEÇÃO I
esta tenha sido efetuada no prazo estipulado, a au-
toridade anulará a autorização, sem prejuízo de ou- DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
tras providências que considerar cabíveis.
Art. 121 - Todo funcionário, em razão do vín-
culo que mantém com o Sistema Administrativo
SEÇÃO III Estadual, tem direito a uma retribuição pecuniária,
DO AFASTAMENTO PARA O TRATO DE na forma deste Estatuto.
INTERESSES PARTICULARES Art. 122 - As formas de retribuição são as se-
guintes:
Art. 115 – Depois de três anos de efetivo I - vencimento;
exercício e após declaração de aquisição de esta- II - ajuda de custo;
bilidade no cargo de provimento efetivo, o servidor
poderá obter autorização de afastamento para tra- III - diária;
tar de interesses particulares, por um período não IV - Revogado.
superior a quatro anos e sem percepção de remu-
V - gratificações.
neração.
§ 1º - O conjunto das retribuições constitui os
Parágrafo único - O funcionário aguardará em
vencimentos funcionais.
exercício a autorização do seu afastamento.
§ 2º - A retribuição do funcionário disponível
Art. 116 - Não será autorizado o afastamento constitui vencimentos para todos os efeitos legais.
do funcionário removido antes de ter assumido o
exercício. § 3º - A retribuição pecuniária atribuída ao fun-
cionário não sofrerá descontos além dos previstos
Art. 117 - O funcionário poderá, a qualquer expressamente em lei, nem serão objetos de ar-
tempo, desistir da autorização concedida, reassu- resto, sequestro ou penhora, salvo quando se tratar
mindo o exercício das atribuições do seu cargo. de:
Art. 118 - Quando o interesse do Sistema Ad- I - prestação de alimentos determinada judicial-
ministrativo o exigir, a autorização poderá ser cas- mente;
sada, a juízo da autoridade competente, devendo, II - reposição de indenização devida à Fazenda
neste caso, o funcionário ser expressamente notifi- Estadual;
cado para apresentar-se ao serviço no prazo de 30
III – auxílios e benefícios instituídos pela Admi-
(trinta) dias, prorrogável por igual período, findo o
nistração Pública.
qual caracterizar-se-á o abandono do cargo.
§ 4º - As reposições e indenizações devidas à
Art. 119 - A autorização para afastamento do Fazenda Pública Estadual serão descontadas em
exercício para o trato de interesses particulares so- parcelas mensais, não excedentes da décima parte
mente poderá ser prorrogada por período necessá- da remuneração do servidor, assim entendida
rio para complementar o prazo previsto no art. 115 como o vencimento-base, acrescido das vantagens
deste Estatuto. fixas e de caráter pessoal.

15
§ 5º - Se o funcionário for exonerado ou demi- SEÇÃO III
tido, a quantia por ele devida será inscrita como dí- DA AJUDA DE CUSTO
vida ativa para os efeitos legais.

Art. 125 - Será concedida ajuda de custo ao


SEÇÃO II funcionário que for designado, de ofício, para ter
DO VENCIMENTO exercício em nova sede, mesmo fora do Estado.
Parágrafo único - A ajuda de custo destina-se
Art. 123 - Considera-se vencimento a retri- à indenização das despesas de viagem e de nova
buição correspondente ao padrão, nível ou símbolo insta- lação do funcionário.
do cargo a que esteja vinculado o funcionário, em Art. 126 - A ajuda de custo não excederá de
razão do efetivo exercício de função pública. três meses de vencimentos, salvo nos casos de de-
Art. 124 - O funcionário perderá: signação do funcionário para:

I - o vencimento do cargo efetivo, quando no- a) ter exercício fora do Estado;


meado para cargo em comissão, salvo o direito de b) serviço fora do Estado.
opção e de acumulação lícita; Parágrafo único - A ajuda de custo será arbi-
II - o vencimento do cargo efetivo, quando no trada, dentro das respectivas áreas de competên-
exercício de mandato eletivo, federal ou estadual; cia, pelo Governador do Estado, Presidente da As-
III - o vencimento do cargo efetivo, quando dele sembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do Tri-
afastado para exercer mandato eletivo municipal bunal de Contas, do Conselho de Contas dos Mu-
remunerado; nicípios e das Autarquias.

IV - o vencimento do dia, se não comparecer Art. 127 - A ajuda de custo para serviço
ao ser- viço, salvo motivo legal ou doença compro- fora do Estado será calculada na forma disposta
vada, de acordo com o disposto neste Estatuto; em Regulamento.
V - um terço do vencimento do dia, se compa- Art. 128 - O funcionário restituirá a ajuda de
recer ao serviço dentro da hora seguinte à fixação custo:
para o início do expediente, quando se retirar antes
I - quando não se transportar para a nova sede
de findo o período de trabalho;
no prazo determinado;
VI - um terço do vencimento, durante o afasta-
II - quando, antes de terminada a incumbência,
mento por motivo de prisão administrativa, prisão
regressar, pedir exoneração ou abandonar o ser-
preventiva, pronúncia por crime comum, denúncia
viço.
por crime funcional ou condenação por crime inafi-
ançável em processo no qual não haja pronúncia, § 1º - A restituição é de exclusiva responsabili-
tendo direito à diferença, se absolvido; dade pessoal e poderá ser feita parceladamente.
VII - dois terços do vencimento durante o pe- § 2º - Não haverá obrigação de restituir,
ríodo de afastamento em virtude de condenação quando o regresso do funcionário for determinado
por sentença passada em julgado à pena de que de ofício ou por doença comprovada, ou quando o
não resulte em demissão. mesmo for exonerado a pedido, após 90 (noventa)
dias de exercício na nova sede.
Parágrafo único - O funcionário investido em
mandato gratuito de vereador fará jus à percepção
dos seus vencimentos nos dias em que compare- SEÇÃO IV
cer às sessões da Câmara.
DAS DIÁRIAS

Art. 129 - Ao funcionário que se deslocar da


sua repartição em objeto de serviço, conceder-se-
á diária a título de indenização das despesas de

16
alimentação e hospedagem, na forma do Regula- § 1º - O valor da hora de trabalho adicional será
mento. 50% (cinquenta por cento) maior que o da hora nor-
mal de trabalho, apurado através da divisão do va-
Art. 130 - O funcionário que receber diária in-
lor da remuneração mensal do servidor por 30
devida será obrigado a restituí-la de uma só vez, (trinta) e este resultado pelo número de horas cor-
ficando, ainda, sujeito à punição disciplinar. respondentes à carga horária ou regime do servi-
dor.
SEÇÃO VI § 2º - No caso do inciso II, a gratificação será
DAS GRATIFICAÇÕES arbitrada previamente pelo dirigente do órgão ou
entidade da administração pública de qualquer dos
Poderes, através de ato que demonstre a proporci-
Art. 132 - Ao funcionário conceder-se-á gra- onalidade do pagamento, com indicação da estima-
tificação em virtude de: tiva dos dias e dos horários que serão necessários
I - prestação de serviços extraordinários; à consecução dos serviços.
II - representação de Gabinete; § 3º - A despesa total mensal com o paga-
mento da gratificação de que trata este artigo em
III - exercício funcional em determinados lo-
nenhuma hipótese poderá exceder a 1,5% (um e
cais;
meio por cento) do valor total da despesa mensal
IV - execução de trabalho relevante, técnico ou com paga- mento de pessoal, do órgão ou entidade
científico; considerado.
V - serviço ou estudo fora do Estado ou do § 4º - O descumprimento ao disposto neste ar-
País; tigo acarretará responsabilidade para o dirigente do
VI - execução de trabalho em condições espe- órgão ou entidade e seus subordinados envolvi-
ciais, inclusive com risco de vida ou saúde; dos, que ficarão solidariamente obrigados a restituir
ao tesouro estadual as quantias pagas a maior.
VII - participação em órgão de deliberação co-
letiva; Art. 134 - A gratificação pela representação
VIII - participação em comissão examinadora de Gabinete poderá ser concedida a funcionários
de concurso; e a pessoas estranhas ao Sistema Administrativo,
sem qualquer vínculo, com exercício nos gabine-
IX - exercício de magistério, em regime de tes e órgãos de assessoramento técnico do referido
tempo complementar; ou em cursos especiais, le- Sistema, na forma do Regulamento.
galmente instituídos, inclusive para treinamento de
funcionários; Art. 135 - A gratificação pela elaboração ou
execução de trabalho relevante, técnico ou ci-
X - representação;
entífico, será arbitrada e atribuída pelos dirigentes
XI - regime de tempo integral; do Sistema Administrativo Estadual.
XII - de aumento de produtividade; Art. 136 - A gratificação pela execução de tra-
XIII - exercício em órgãos fazendários. balho em condições especiais, inclusive com risco
Parágrafo único - As gratificações não defini- de vida ou de saúde, será atribuída pelos dirigentes
das nesta lei serão objeto de regulamento. do Sistema Administrativo Estadual, observado o
disposto em Regulamento.
Art. 133 - A gratificação pela prestação de
Art. 137 - A gratificação de representação é
serviço extraordinário é a retribuição de serviço
uma indenização atribuída aos ocupantes de car-
cuja execução exija dedicação além do expedi-
gos em comissão e outros que a lei determinar,
ente normal a que estiver sujeito o servidor e será
paga proporcionalmente: tendo em vista despesas de natureza social e pro-
fissional de- terminadas pelo exercício funcional.
I - por hora de trabalho adicional; ou,
Art. 138 - A gratificação por regime de tempo
II - por tarefa especial, levando-se em conta
integral, que se destina ao incremento das ativida-
estimativa do número de dias e de horas necessá-
des de investigação científica, ou tecnológica, e
rios para sua realização.

17
aumento da produtividade, no Sistema Administra- CAPÍTULO VIII
tivo Estadual, será objeto de regulamentação espe- DO DIREITO DE PETIÇÃO
cífica.
§ 1º - No Regulamento de que trata este artigo
Art. 141 - É assegurado ao funcionário e ao
serão obedecidas as seguintes diretrizes gerais;
aposentado o direito de requerer, representar, pe-
I - proporcionalidade que variará de 60 % (ses- dir reconsideração e recorrer.
senta por cento) a 100 % (cem por cento) do valor
do nível de vencimento ou função, observando-se Art. 142 - A petição será dirigida à autoridade
os seguintes fatores de variação; competente para decidir do pedido e encaminhada
por intermédio daquela a quem estiver imediata-
a) complexidade da tarefa; mente subordinado o requerente se for o caso.
b) deslocamentos exigidos para execução das
Art. 143 - O direito de pedir reconsideração,
tarefas;
que será exercido perante a autoridade que houver
c) a situação no mercado de trabalho; expedido o ato, ou proferido a primeira decisão, de-
d) as condições de trabalho; cairá após 60 (sessenta) dias da ciência do ato pelo
peticionante, ou de sua publicação quando esta for
e) as prioridades dos programas, do cargo ou
obrigatória.
grupo de cargos; e
§ 1º - O requerimento e o pedido de reconside-
f) a especialização exigida do funcionário.
ração de que tratam os artigos anteriores deverão
II - A atribuição da gratificação a ocupantes de ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e deci-
cargos ou grupos de cargos será condicionada a didos dentro de 30 (trinta) dias improrrogáveis.
procedimentos administrativos que possibilitem a
§ 2º - É vedado repetir pedido de reconsidera-
verificação das prioridades dos programas, para
ção ou recurso perante a mesma autoridade.
aumento da produtividade ou incremento à investi-
gação científica ou tecnológica, com as justificati- Art. 144 - Caberá recurso:
vas dos programas e subprogramas, a relação dos
I - do indeferimento do pedido de reconsidera-
servidores indispensáveis à sua execução, o prazo
ção;
de duração do regime e a despesa dele decorrente.
II - das decisões sobre os recursos sucessiva-
§ 2º - Excepcionalmente e até a aplicação do
mente interpostos, nos termos do § 1º deste artigo.
Plano de Classificação de Cargos de que trata a Lei
nº 9.634, de 30 de outubro de 1972, o regime de § 1º - O recurso, interposto, perante a autori-
tempo integral poderá ser atribuído a servidores dade que tiver praticado o ato ou proferido a deci-
mensalistas, remanescentes das extintas Tabelas são, será dirigido à autoridade imediatamente su-
Numéricas de Mensalistas, inclusive tendo como perior e, sucessivamente, em escala ascendente,
base de cálculo o nível de vencimentos do cargo às de- mais autoridades.
correspondente à respectiva qualificação profissio- § 2º - No encaminhamento do recurso obser-
nal. var-se-á o disposto na parte final do art. 142.
Art. 139 - A gratificação de produtividade Art. 145 - O pedido de reconsideração e o re-
destina-se a incentivar o aumento de arrecadação curso não têm efeito suspensivo, salvo disposição
dos tributos estaduais, devendo ser objeto de Re- em contrário, e o que for provido retroagirá, nos
gulamentação. efeitos, à data do ato impugnado.
Art. 140 - A gratificação de exercício, atribu- Art. 146 - O direito de pleitear na esfera ad-
ída aos funcionários fazendários, constantes da Lei ministrativa prescreverá em 120 (cento e vinte)
nº 9.375, de 10.07.70, será objeto de regulamenta- dias, salvo estipulação em contrário, prevista ex-
ção própria. pressamente em lei ou regulamento.
Art. 147 - Os prazos estabelecidos neste Ca-
pítulo são fatais e improrrogáveis, e o pedido de re-
consideração e o recurso, quando cabíveis, inter-
rompem a prescrição.

18
Art. 148 - Ao funcionário ou ao seu represen- VI - auxílio-reclusão.
tante legalmente constituído é assegurado, para § 1º - A triagem dos casos apresentados para
efeito de recurso ou pedido de reconsideração, o internamento hospitalar e consequente fiscalização
direito de vista ao processo na repartição compe- e controle será realizado por um Grupo de Traba-
tente durante todo o expediente regulamentar, as- lho, cuja composição e atribuições será determi-
segurado o livre manuseio do processo em local nado pelo Governo do Estado através do Instituto
conveniente. Se o representante do funcionário for de Previdência do Estado – IPEC, mediante ato
advogado, aplica-se o disposto na Lei Federal per- próprio.
tinente.
§ 2º - É assegurado assistência médica gra-
Art. 149 - O disposto neste Capítulo se tuita ao servidor acidentado em serviço ou que te-
aplica, no que couber, aos procedimentos discipli- nha contraído doença profissional, através do Es-
nares. tado.

TÍTULO V CAPÍTULO II
DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA DA APOSENTADORIA

CAPÍTULO I Art. 152 – O servidor será aposentado, con-


DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES forme as regras estabelecidas no art. 40 da Cons-
tituição Federal.
Art. 150 – O Estado assegurará um sistema Parágrafo único – A aposentadoria por invali-
de previdência público que será mantido com a dez será sempre precedida de licença por período
contribuição de seus servidores, ativos, inativos, contínuo não inferior a 24 (vinte e quatro) meses,
pensionistas e do orçamento do Estado, o qual salvo quando a junta médica declarar a incapaci-
compreenderá os seguintes benefícios: dade definitiva para o serviço, ou na hipótese pre-
vista no art. 68, incisco X.
I – quanto ao servidor:
Art. 153 – O processo de aposentadoria se
a) aposentadoria;
inicia:
b) salário-família do servidor aposentado;
I – com o requerimento do interessado, no
*Revogado pelo Art.7º da Lei Complementar nº caso de inatividade voluntária;
210/2019.
II – automaticamente, quando o servidor atinge
c) - Revogada a idade de 70 (setenta) anos;
Redação anterior: c) salário maternidade; III – automaticamente, quando o servidor for
d) - Revogada considerado inválido, na data fixada em laudo emi-
tido pela Perícia Médica Oficial do Estado ou na
II – quanto ao dependente:
ocasião, em que verificada as demais hipóteses do
a) pensão por morte; art. 152, parágrafo único, desta Lei. (NR)
Art. 151 – O Estado assegurará a manuten- IV – Revogado
ção de um sistema de assistência que, dentre ou-
Art. 154 - O funcionário quando aposentado
tros, pres- te os seguintes benefícios e serviços aos
por invalidez terá provento integral, correspon-
servidores e aos seus dependentes:
dente aos vencimentos, incorporáveis do cargo
I – assistência médica; efetivo, se a causa for doença grave, incurável ou
II – assistência hospitalar; contagiosa, a que se refere o artigo 89, ou acidente
no trabalho, ou doença profissional, nos termos do
III – assistência odontológica; inciso X do artigo 68; o provento será proporcional
IV – assistência social; ao tempo de serviço, nos demais casos.
V – auxílio funeral. § 1º - Somente nos casos de invalidez decor-
rente de acidente no trabalho ou doença

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profissional, como configurados nos §§ 1º, 2º, 3º e Art. 159 - O salário-família será pago ao ser-
4º do artigo 68, será aposentado o ocupante do vidor, em quotas, na proporção do respectivo nú-
cargo de provimento em comissão, hipótese em mero de filhos ou equiparados, aplicando-se os
que o respectivo provento será integral. mesmos parâmetros adotados pelo Instituto Nacio-
§ 2º - O funcionário aposentado em decorrên- nal do Seguro Social, quanto à referida prestação
cia da invalidez por acidente em serviço, por mo- assistencial, conforme definido em lei.
léstia profissional, ou por doença grave contagiosa Art. 161 - O salário-família será pago, ainda,
ou in- curável, especificada em Lei, é considerado
nos casos em que o funcionário deixar de perceber
como em efetivo exercício, assegurando-se lhe to-
vencimento ou proventos, sem perda do cargo.
dos os direitos e vantagens atribuídas aos ocupan-
tes de cargo de igual categoria em atividade, ainda Art. 163 - O salário-família não servirá de
que o mencionado cargo tenha ou venha a mudar base para qualquer contribuição, ainda que para
a de- nominação de nível de classificação ou pa- fim de pre- vidência social.
drão de vencimento.
Art. 164 - Será suspenso o pagamento do sa-
Art. 155 – Revogado. lário-família ao funcionário que comprovadamente
descurar da subsistência e educação dos seus de-
Art. 156 - O servidor aposentado compulsori-
pendentes.
amente por motivo de idade, ou nos termos do art.
154, terá os seus proventos proporcionais ao § 1º - Mediante autorização judicial a pessoa
tempo de contribuição. que estiver mantendo os dependentes do funcioná-
rio poderá receber o salário-família enquanto durar
§ 1º - A proporcionalidade dos proventos, com
a situação prevista neste artigo.
base no tempo de contribuição, é a fração, cujo nu-
merador corresponde ao total de dias de contribui- § 2º - O pagamento voltará a ser feito ao funci-
ção e o denominador, o tempo de dias necessários onário tão logo comprovado o desaparecimento
à respectiva aposentadoria voluntária com proven- dos moti- vos determinantes da suspensão.
tos integrais. Art. 165 - Para se habilitar à concessão do
§ 2º - A fração de que trata o parágrafo anterior salário-família o funcionário, o disponível, ou o apo-
será aplicada sobre o valor dos proventos calcula- sentado apresentarão uma declaração de depen-
dos conforme a média aritmética simples das maio- dentes, indicando o cargo que exercer, ou no qual
res remunerações ou subsídios, observando-se, estiver aposentado ou em disponibilidade, mencio-
previamente, que o valor encontrado não poderá nando em relação a cada dependente:
exceder à remuneração do servidor no cargo efe-
I - nome completo, data e local de nascimento,
tivo em que se der a aposentadoria.
comprovado por certidão do registro civil;
Art. 157 – Os proventos de aposentadoria e II - grau de parentesco ou dependência;
as pensões serão reajustados na mesma data em
que se der o reajuste dos benefícios do regime ge- III - no caso de se tratar de maior de 14 (qua-
torze) anos, se total e permanentemente inválido
ral de previdência social, ressalvadas as aposenta-
dorias concedidas conforme os arts. 6° e 7° da para o trabalho, hipótese em que informará a causa
e a espécie de invalidez;
Emenda Constitucional Estadual n° 56, de 7 de ja-
neiro de 2004. (NR). Art. 166 - A declaração do servidor será pres-
tada a seu chefe imediato que a examinará e, após
o seu visto, a encaminhará ao órgão competente
CAPÍTULO III
para o processamento e atendimento da conces-
DO SALÁRIO-FAMÍLIA são.
Art. 167 - O salário-família será concedido à
Art. 158 - O salário-família é o auxílio pecu- vista das declarações prestadas, mediante simples
niário especial concedido pelo Estado ao funcioná- des- pacho que será comunicado ao órgão incum-
rio ativo e ao aposentado como contribuição ao bido da elaboração de folhas de pagamento.
custeio das despesas de manutenção de seus de

20
§1º - Será concedido ao declarante ativo ou (um) mês de seus vencimentos ou proventos, limi-
inativo o prazo de 120 (cento e vinte) dias para o tado o pagamento à quantia de R$ 1.200,00 (um
esclarecimento de qualquer dúvida na declaração, mil e duzentos reais).
o que poderá ser feito por meio de quaisquer pro- Parágrafo único - Quando não houver pessoa
vas admitidas em direito. da família do funcionário no local do falecimento, o
§2º - Não sendo apresentado no prazo o escla- auxílio-funeral será pago a quem promover o en-
recimento de que trata o § 1º, a autoridade conce- terro, mediante comprovação das despesas.
dente determinará a imediata suspensão do paga-
mento do salário-família, até que seja satisfeita a
exigência. CAPÍTULO VI
DO AUXÍLIO-RECLUSÃO
Art. 168 - Verificada, a qualquer tempo, a ine-
xatidão das declarações prestadas, será suspensa
a concessão do salário-família e determinada a re- Art. 173 - A O auxílio-reclusão é devido pelo
posição do indevidamente recebido, mediante o órgão de origem aos dependentes do servidor de
desconto mensal de 10% (dez por cento) da remu- baixa renda recolhido à prisão e que, nessa condi-
neração líquida, em folha de pagamento. ção, não esteja recebendo remuneração decor-
rente do seu cargo.
Art. 169 - O funcionário e o aposentado são
obriga- dos a comunicar a autoridade concedente, § 1º Para fins de definição da baixa renda e da
dentro do prazo de quinze dias, qualquer alteração qualificação dos dependentes, aplicam-se os mes-
que se verifique na situação dos dependentes, da mos parâmetros adotados pelo Instituto Nacional
qual de- corra supressão ou redução do salário-fa- do Seguro Social, quanto à referida prestação as-
mília. sistencial.
Parágrafo único - A não observância desta § 2º O auxílio-reclusão corresponde ao valor
dispo- sição acarretará as mesmas providências in- da remuneração do servidor, observado o limite da
dicadas no artigo anterior. baixa renda, sendo devido pelo período máximo de
12 (doze) meses e, somente, durante o tempo em
Art. 170 - O salário-família será devido em que estiver recolhido à prisão sob regime fechado
relação a cada dependente, a partir do mês em que ou semiaberto, e enquanto for titular desse cargo.
tiver ocorrido o ato ou fato que lhe der origem, dei-
xando de ser devido igualmente em relação a cada § 3º O pagamento do auxílio-reclusão deve es-
dependente no mês seguinte ao ato ou fato que de- tar fundamentado em certidão de efetivo recolhi-
terminar a sua supressão. mento à prisão, sendo obrigatória, para a manuten-
ção do pagamento, a apresentação de declaração
Art. 171 - O salário-família será pago junta- de permanência na condição de presidiário.
mente com os vencimentos ou proventos, pelos ór-
gãos pa- gadores, independentemente de publica-
ção do ato de concessão. TÍTULO VI
DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO IV
CAPÍTULO I
DO AUXÍLIO-DOENÇA
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 172 – Revogado.


Art. 174 - O funcionário público é administra-
tiva- mente responsável, perante seus superiores
CAPÍTULO III hierárquicos, pelos ilícitos que cometer.
DO AUXÍLIO-FUNERAL Art. 175 - Considera-se ilícito administrativo
a conduta comissiva ou omissiva, do funcionário,
que importe em violação de dever geral ou espe-
Art. 173 - Será concedido auxílio funeral à fa-
cial, ou de proibição, fixado neste Estatuto e em
mília do funcionário falecido, correspondente a 01
sua legislação complementar, ou que constitua

21
comportamento in- compatível com o decoro funci- competente, a fim de que esta promova a sua apu-
onal ou social. ração.
Parágrafo único - O ilícito administrativo é pu- § 2º - A apuração da responsabilidade funci-
nível, independentemente de acarretar resultado onal será feita através de sindicância ou de inqué-
perturbador do serviço estadual. rito.
Art. 176 - A apuração da responsabilidade § 3º - Se o comportamento funcional irregular
funcional será promovida, de ofício, ou mediante configurar, ao mesmo tempo, responsabilidade ad-
representação, pela autoridade de maior hierarquia ministrativa, civil e penal, a autoridade que determi-
no órgão ou na entidade administrativa em que tiver nou o procedimento disciplinar adotará providên-
ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito ad- cias para a apuração do ilícito civil ou penal,
ministrativo praticado fora do local de trabalho, a quando for o caso, durante ou depois de concluídos
apuração da responsabilidade será promovida pela a sindicância ou o inquérito.
autoridade de maior hierarquia no órgão ou na en- § 4º - Fixada a responsabilidade administrativa
tidade a que pertencer o funcionário a quem se im- do funcionário, a autoridade competente aplicará a
putar a prática da irregularidade. sanção que entender cabível, ou a que for tipificada
Parágrafo único - Se se imputar a prática do neste Estatuto para determinados ilícitos. Na apli-
ilícito a vários funcionários lotados em órgãos diver- cação da sanção, a autoridade levará em conta os
sos do Poder Executivo, a competência para deter- antecedentes do funcionário, as circunstâncias em
minar a apuração da responsabilidade caberá ao que o ilícito ocorreu, a gravidade da infração e os
Governador do Estado. danos que dela provierem para o serviço estatal de
terceiros.
Art. 177 - A responsabilidade civil decorre de
§ 5º - A legítima defesa e o estado de necessi-
conduta funcional, comissiva ou omissiva, dolosa
dade excluem a responsabilidade administrativa.
ou culposa, que acarrete prejuízo para o patrimônio
do Estado, de suas entidades ou de terceiros. § 6º - A alienação mental, comprovada através
de perícia médica oficial excluirá, também, a res-
§ 1º - A indenização de prejuízo causado ao
ponsabilidade administrativa, comunicando o sindi-
Estado ou às suas entidades, no que exceder os
cante ou a Comissão Permanente de Inquérito à
limites da fiança, quando for o caso, será liquidada
autoridade competente o fato, a fim de que seja
mediante prestações mensais descontadas em fo-
providenciada a aposentadoria do funcionário.
lha de paga- mento, não excedentes da décima
parte do venci- mento, à falta de outros bens que § 7º - Considera-se legítima defesa o revide
respondam pelo ressarcimento. moderado e proporcional à agressão ou à iminên-
cia de agressão moral ou física, que atinja ou vise
§ 2º - Em caso de prejuízo a terceiro, o funcio-
a atingir o funcionário, ou seus superiores hierár-
nário responderá perante o Estado ou suas entida-
quicos ou colegas, ou o patrimônio da instituição
des, através de ação regressiva proposta depois de
administrativa a que servir.
transitar em julgado a decisão judicial, que houver
condenado a Fazenda Pública a indenizar o ter- § 8º - Considera-se em estado de necessidade
ceiro prejudicado. o funcionário que realiza atividade indispensável
ao atendimento de uma urgência administrativa, in-
Art. 178 - A responsabilidade penal abrange clusive para fins de preservação do patrimônio pú-
os crimes e contravenções imputados, por lei, ao blico.
funcionário, nesta qualidade.
§ 9º - O exercício da legítima defesa e de ati-
Art. 179 - São independentes as instâncias vidades em virtude do estado de necessidade não
administrativas civil e penal, e cumuláveis as res- serão excludentes de responsabilidade administra-
pectivas cominações. tiva quando houver excesso, imoderação ou des-
§ 1º - Sob pena de responsabilidade, o funcio- proporcionalidade, culposos ou dolosos, na con-
nário que exercer atribuições de chefia, tomando duta do funcionário.
conhecimento de um fato que possa vir a se confi- Art. 180 - A apuração da responsabilidade do
gurar, ou se configure como ilícito administrativo, é funcionário processar-se-á mesmo nos casos de al-
obrigado a representar perante a autoridade teração funcional, inclusive a perda do cargo.

22
Art. 181 - Extingue-se a responsabilidade ad- Art. 185 - A defesa do funcionário no proce-
ministrativa: dimento disciplinar, que é de natureza contraditória,
I - com a morte do funcionário; é privativa de advogado, que a exercitará nos ter-
mos deste Estatuto e nos da legislação federal per-
II - pela prescrição do direito de agir do Estado tinente (Estatuto da Ordem dos Advogados do Bra-
ou de suas entidades em matéria disciplinar. sil).
Art. 182 - O direito ao exercício do poder dis- § 1º - A autoridade competente designará de-
ciplinar prescreve passados cinco anos da data em fensor para o funcionário que, pobre na forma da
que o ilícito tiver ocorrido. lei, ou revel, não indicar advogado, podendo a indi-
Parágrafo único - São imprescritíveis o ilícito cação recair em advogado do Instituto de Previdên-
de abandono de cargo e a respectiva sanção. cia do Estado do Ceará (IPEC).
§ 2º - O funcionário poderá defender-se, pes-
Art. 183 - O inquérito administrativo para
soal- mente, se tiver a qualidade de advogado.
apuração da responsabilidade do funcionário pro-
duzirá, preliminarmente, os seguintes efeitos: Art. 186 - O funcionário público fica sujeito ao
I - afastamento do funcionário indiciado de seu poder disciplinar desde a posse ou, se esta não for
cargo ou função, nos casos de prisão preventiva ou exigida, desde o seu ingresso no exercício funcio-
prisão administrativa; nal.

II - sobrestamento do processo de aposenta- Art. 187 - Se no transcurso do procedimento


doria voluntária; disciplinar outro funcionário for indiciado, o sindi-
cante ou a Comissão Permanente de Inquérito,
III - proibição do afastamento do exercício,
conforme o caso, reabrirá os prazos de defesa para
salvo o caso do item I deste artigo;
o novo indiciado.
IV - proibição de concessão de licença, ou o
seu sobrestamento, salvo a concedida por motivo Art. 188 - A inobservância de qualquer dos
de saúde; preceitos deste Capítulo relativos à forma do pro-
cedimento, à competência e ao direito de ampla de-
V - cessação da disposição, com retorno do fesa acarretará a nulidade do procedimento disci-
funcionário ao seu órgão de origem. plinar
Art. 184 - Assegurar-se-á ao funcionário, no Art. 189 - Aplica-se o disposto neste Título ao
pro- cedimento disciplinar, ampla defesa, consis- procedimento em que for indiciado aposentado ou
tente, sobretudo: funcionário em disponibilidade.
I - no direito de prestar depoimento sobre a im-
putação que lhe é feita e sobre os fatos que a ge-
raram; CAPÍTULO II
II - no direito de apresentar razões preliminares DOS DEVERES
e finais, por escrito, nos termos deste Estatuto;
III - no direito de ser defendido por advogado, Art. 190 - Os deveres do funcionário são ge-
de sua indicação, ou por defensor público, também rais, quando fixados neste Estatuto e legislação
advogado, designado pela autoridade competente; complementar, e especiais, quando fixados tendo
em vista as peculiaridades das atribuições funcio-
IV - no direito de arrolar e inquirir, reinquirir e
nais.
contraditar testemunhas, e requerer acareações;
V - no direito de requerer todas as provas em Art. 191 - São deveres gerais do funcionário:
direito permitidas, inclusive as de natureza pericial; I - lealdade e respeito às instituições constitu-
VI - no direito de argüir prescrição; cionais e administrativas a que servir;
VII - no direito de levantar suspeições e argüir II - observância das normas constitucionais, le-
impedimentos. gais e regulamentares;
III - obediência às ordens de seus superiores
hierárquicos;

23
IV - continência de comportamento, tendo em da qual promanou ou do funcionário a quem se di-
vista o decoro funcional e social; rige;
V - levar, por escrito, ao conhecimento da au- VI - a ordem configurar abuso ou excesso de
toridade superior irregularidades administrativas de poder ou de autoridade.
que tiver ciência em razão do cargo que ocupa, ou § 1º - Em qualquer dos casos referidos neste
da função que exerça; artigo, o funcionário representará contra a ordem,
VI - assiduidade; VII - pontualidade; VIII - urba- fundamentadamente, à autoridade imediatamente
nidade; IX - discrição; superior a que ordenou.
X - guardar sigilo sobre a documentação e os § 2º - Se se tratar de ordem emanada do Pre-
assuntos de natureza reservada de que tenha co- sidente da Assembleia Legislativa, do Chefe do Po-
nhecimento em razão do cargo que ocupa, ou da der Executivo, do Presidente do Tribunal de Contas
função que exerça; e do Presidente do Conselho de Contas dos Muni-
XI - zelar pela economia e conservação do ma- cípios, o funcionário justificará perante essas auto-
terial que lhe for confiado; ridades a escusa da obediência.

XII - atender às notificações para depor ou re-


alizar perícias ou vistorias, tendo em vista procedi- CAPÍTULO III
mentos disciplinares; DAS PROIBIÇÕES
XIII - atender, nos prazos de lei ou regulamen-
tares, as requisições para defesa da Fazenda Pú-
Art. 193 - Ao funcionário é proibido:
blica; XIV - atender, nos prazos que lhe forem assi-
nados por lei ou regulamento, os requerimentos de I - salvo as exceções constitucionais pertinen-
certidões para defesa de direitos e esclarecimentos tes, acumular cargos, funções e empregos públicos
de situações; remunerados, inclusive nas entidades da Adminis-
tração Indireta (autarquias, empresas públicas e
XV - providenciar para que esteja sempre em
sociedades de economia mista);
ordem, no assentamento individual, sua declara-
ção de família; II - referir-se de modo depreciativo às autori-
dades em qualquer ato funcional que praticar, res-
XVI - atender, prontamente, e na medida de
salvado o direito de crítica doutrinária aos atos e
sua competência, os pedidos de informação do Po-
fatos administrativos, inclusive em trabalho público
der Legislativo e às requisições do Poder Judiciá-
e assinado;
rio;
III - retirar, modificar ou substituir qualquer do-
XVII - cumprir, na medida de sua competência,
cumento oficial, com o fim de constituir direito ou
as decisões judiciais ou facilitar-lhes a execução.
obrigação, ou de alterar a verdade dos fatos, bem
Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir como apresentar documento falso com a mesma fi-
ordem de autoridade superior quando: nalidade;
I - a autoridade de quem emanar a ordem for IV - valer-se do exercício funcional para lograr
in- competente; proveito ilícito para si, ou para outrem;
II - não se contiver a ordem na área da compe- V - promover manifestação de desapreço ou
tência do órgão a que servir o funcionário seu des- fazer circular ou subscrever lista de donativos, no
tinatário, ou não se referir a nenhuma das atribui- recinto do trabalho;
ções do servidor; VI - coagir ou aliciar subordinados com objeti-
III - for a ordem expedida sem a forma exigida vos político-partidários;
por lei; VII - participar de diretoria, gerência, adminis-
IV - não tiver sido a ordem publicada, quando tração, conselho técnico ou administrativo, de em-
tal formalidade for essencial à sua validade; presa ou sociedades mercantis;
V - não tiver a ordem como causa uma neces- VIII - pleitear, como procurador ou intermediá-
sidade administrativa ou pública, ou visar a fins não rio, junto aos órgãos e entidades estaduais, salvo
estipulados na regra de competência da autoridade quando se tratar de percepção de vencimentos,

24
proventos ou vantagens de parente consanguíneo ilicitamente devolvendo ao Estado o que houver
ou afim, até o segundo grau civil; percebido no período da acumulação.
IX - praticar a usura; Art. 195 - O aposentado compulsoriamente
X - receber propinas, vantagens ou comissões ou por invalidez não poderá acumular seus proven-
pela prática de atos de oficio; tos com a ocupação de cargo ou o exercício de fun-
ção ou emprego público.
XI - revelar fato de natureza sigilosa, de que
tenha ciência em razão do cargo ou função, salvo Parágrafo único - Não se compreendem na
quando se tratar de depoimento em processo judi- proibição de acumular nem estão sujeitos a quais-
cial, policial ou administrativo; quer limites:
XII - cometer a outrem, salvo os casos previs- I - a percepção conjunta de pensões civis e mi-
tos em lei ou ato administrativo, o desempenho de lita- res;
sua atividade funcional; II - a percepção de pensões com vencimento
XIII - entreter-se, nos locais e horas de traba- ou salário;
lho, com atividades estranhas às relacionadas com III - a percepção de pensões com vencimentos
as suas atribuições, causando prejuízos a estas; de disponibilidade e proventos de aposentadoria e
XIV - deixar de comparecer ao trabalho sem reforma;
causa justificada; IV - a percepção de proventos, quando resul-
XV - ser comerciante; tantes de cargos legalmente acumuláveis.
XVI - contratar com o Estado, ou suas entida-
des, salvo os casos de prestação de serviços téc- CAPÍTULO IV
nicos ou científicos, inclusive os de magistério em
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES E SEUS
caráter eventual;
EFEITOS
XVII - empregar bens do Estado e de suas en-
tidades em serviço particular;
Art. 196 - As sanções aplicáveis ao funcioná-
XVIII - atender pessoas estranhas ao serviço,
rio são as seguintes:
no local de trabalho, para o trato de assuntos parti-
culares; I - repreensão;
XIX - retirar bens de órgãos ou entidades esta- II - suspensão;
duais, salvo quando autorizado pelo superior hie- III - multa;
rárquico e desde que para atender a interesse pú-
blico. IV - demissão;

Parágrafo único - Excluem-se da proibição do V - cassação de disponibilidade;


item XVI os contratos de cláusulas uniformes e os VI - cassação de aposentadoria.
de emprego, em geral, quando, no último caso, não
configurarem acumulação ilícita. Art. 197 - Aplicar-se-á a repreensão, sempre
por escrito, ao funcionário que, em caráter primário,
Art. 194 - É ressalvado ao funcionário o di- a juízo da autoridade competente, cometer falta
reito de acumular cargo, funções e empregos remu- leve, não cominável, por este Estatuto, com outro
nerados, nos casos excepcionais da Constituição tipo de sanção.
Federal.
Art. 198 - Aplicar-se-á a suspensão, através
§1º - Verificada, em inquérito administrativo, de ato escrito, por prazo não superior a 90 (no-
acumulação proibida e provada a boa-fé, o funcio- venta) dias, nos casos de reincidência de falta leve,
nário optará por um dos cargos, funções ou em- e nos de ilícito grave, salvo a expressa cominação,
pregos, não ficando obrigado a restituir o que hou- por lei, de outro tipo de sanção.
ver percebido durante o período da acumulação ve-
dada. Parágrafo único - Por conveniência do serviço,
a suspensão poderá ser convertida em multa, na
§2º - Provada a má-fé, o funcionário perderá base de 50% (cinquenta por cento) por dia de
os cargos, funções ou empregos acumulados

25
vencimento, obrigado, neste caso, o funcionário a poderá reingressar nos quadros funcionais do Es-
permanecer em exercício. tado ou de suas entidades, a qualquer título.
Art. 199 - A demissão será obrigatoriamente Art. 201 - Ao ato que cominar sanção, prece-
aplicada nos seguintes casos: derá sempre procedimento disciplinar, assegurada
I - crime contra a administração pública; ao funcionário indiciado ampla defesa, nos termos
deste Estatuto, pena de nulidade da cominação im-
II - crime comum praticado em detrimento de posta.
dever inerente à função pública ou ao cargo pú-
blico, quando de natureza grave, a critério da auto- Parágrafo único - As sanções referidas nos
ridade competente; itens II e VI do artigo 196 serão cominadas por es-
crito e fundamentalmente, pena de nulidade.
III - abandono de cargo;
Art. 202 - São competentes para aplicação
IV - incontinência pública e escandalosa e prá-
das sanções disciplinares:
tica de jogos proibidos;
I - os Chefes dos Poderes Legislativo e Execu-
V - insubordinação grave em serviço;
tivo, em qualquer caso, e privativamente, nos casos
VI - ofensa física ou moral em serviço contra de demissão e cassação de aposentadoria ou dis-
funcionário ou terceiros; ponibilidade, salvo se se tratar de punição de fun-
VII - aplicação irregular dos dinheiros públicos, cionário autárquico;
que resultem em lesão para o Erário Estadual ou II - os dirigentes superiores das autarquias, em
dilapidação do seu patrimônio; qualquer caso, e, privativamente, nos casos de de-
VIII - quebra do dever de sigilo funcional; missão e cassação, da aposentadoria ou disponibi-
lidade;
IX - corrupção passiva, nos termos da lei penal;
III - os Secretários de Estado e demais dirigen-
X - falta de atendimento ao requisito do estágio tes de órgãos subordinados ou auxiliares, em todos
probatório estabelecido no art. 27, § 1º, item III; os casos, salvo os referidos nos itens I e II;
XI - desídia funcional; IV - os chefes de unidades administrativas em
XII - descumprimento de dever especial ine- geral, nos casos de repreensão, suspensão até 30
rente a cargo em comissão. (trinta) dias e multa correspondente.
§ 1° - Considera-se abandono de cargo a deli- Art. 203 - Além da pena judicial que couber,
berada ausência ao serviço, sem justa causa, por serão considerados como de suspensão os dias
trinta (30) dias consecutivos ou 60 (sessenta) dias, em que o funcionário, notificado deixar de atender
interpoladamente, durante 12 (doze) meses. à convocação para prestação de serviços estatais
§ 2º - Entender-se-á por ausência ao serviço compulsórios, salvo motivo justificado.
com justa causa não só a autorizada por lei, regu- Art. 204 - Será cassada a aposentadoria ou
lamento ou outro ato administrativo, como a que as- disponibilidade se ficar provado, em inquérito admi-
sim for considerada após comprovação em inqué- nistrativo, que o aposentado ou disponível:
rito ou justificação administrativa, esta última re-
querida ao superior hierárquico pelo funcionário in- I - praticou, quando no exercício funcional, ilí-
teressado, valendo a justificação, nos termos deste cito punível com demissão;
parágrafo, apenas para fins disciplinares. II - aceitou cargo ou função que, legalmente,
Art. 200 - Tendo em vista a gravidade do ilí- não poderia ocupar, ou exercer, provada a má-fé;
cito, a demissão poderá ser aplicada com a nota “a III - não assumiu o disponível, no prazo legal,
bem do serviço público”, a qual constará sempre o lugar funcional em que foi aproveitado, salvo mo-
nos casos de demissão referidos nos itens I e VII tivo de força maior;
do artigo 199. IV - perdeu a nacionalidade brasileira.
Parágrafo único - Salvo reabilitação obtida em Parágrafo único - A cassação da aposentado-
pro- cesso disciplinar de revisão, o funcionário de- ria ou disponibilidade extingue o vínculo do
mitido com a nota a que se refere este artigo não

26
aposentado ou do disponível com o Estado ou suas CAPÍTULO V
entidades autárquicas. DA SINDICÂNCIA
Art. 205 - A suspensão preventiva será orde-
nada pela autoridade que determinar a abertura do Art. 209 - A sindicância é o procedimento su-
inquérito administrativo, se, no transcurso deste, a mário através do qual o Estado ou suas autarquias
entender indispensável, nos termos do § 1º deste reúnem elementos informativos para determinar a
artigo. verdade em torno de possíveis irregularidades que
§ 1º - A suspensão preventiva não ultrapassará possam configurar, ou não, ilícitos administrativos,
o prazo de 90 (noventa) dias e somente será deter- aberta pela autoridade de maior hierarquia, no ór-
minada quando o afastamento do funcionário for gão em que ocorreu a irregularidade, ressalvadas
necessário, para que, como indiciado, não venha a em qual- quer caso, permitida a delegação de com-
influir na apuração de sua responsabilidade. petência:
§ 2º - Suspenso preventivamente, o funcioná- I - do Governador, em qualquer caso;
rio terá, entretanto, direito: II - dos Secretários de Estado, dos dirigentes
I - a computar o tempo de serviço relativo ao autárquicos e dos Presidentes da Assembleia Le-
período de suspensão para todos os efeitos legais; gislativa, Tribunal de Contas e do Conselho de
II - a computar o tempo de serviço para todos Contas dos Municípios, em suas respectivas áreas
funcionais.
os fins de lei, relativo ao período que ultrapassar o
prazo da suspensão preventiva; § 1º - Abrir-se-á, também, sindicância para
apuração das aptidões do funcionário, no estágio
III - a perceber os vencimentos relativos ao pe-
probatório, para fins de demissão ou exoneração,
ríodo de suspensão, se reconhecida a sua inocên-
cia no inquérito administrativo; quando for o caso, assegurada ao indiciado ampla
defesa, nos termos dos artigos estatutários que dis-
IV - a perceber as gratificações por tempo de ciplinam o inquérito administrativo, reduzidos os
serviço já prestado e o salário-família. prazos neles estabelecidos, à metade.
Art. 206 - Os Chefes dos Poderes Legisla- § 2º - Aberta a sindicância, suspende-se a flu-
tivo, Executivo e Judiciário, os Presidentes do Tri- ência do período do estágio probatório.
bunal de Contas e do Conselho de Contas dos Mu- § 3º - A sindicância será realizada por funcio-
nicípios, os Secretários de Estado e os dirigentes nário estável, designado pela autoridade que deter-
das Autarquias poderão ordenar a prisão adminis- minar a sua abertura.
trativa do funcionário responsável direto pelos di-
nheiros e valores públicos, ou pelos bens que se § 4º - A sindicância precede o inquérito admi-
encontrarem sob a guarda do Estado ou de suas nistrativo, quando for o caso, sendo-lhe anexada
Autarquias, no caso de alcance ou omissão no re- como peça informativa e preliminar.
colhimento ou na entrega a quem de direito nos § 5º - A sindicância será realizada no prazo
prazos e na forma da lei. máximo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual
§ 1º - Recolhida aos cofres públicos a impor- período, a pedido do sindicante, e a critério da au-
tância desviada, a autoridade que ordenou a prisão toridade que determinou a sua abertura.
revogará imediatamente o ato gerador da custódia. § 6º - Havendo ostensividade ou indícios fortes
§ 2º - A autoridade que ordenar a prisão, que de autoria do ilícito administrativo, o sindicante in-
não poderá ultrapassar a 90 (noventa) dias, comu- diciará o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 3 (três)
nicará imediatamente o fato à autoridade judiciária dias para defesa prévia. A seguir, com o seu rela-
competente e providenciará a abertura e realização tório, encaminhará o processo de sindicância à au-
urgente do processo de tomada de contas. toridade que determinou a sua abertura.

Art. 207 - A prisão, a que se refere o artigo § 7º - O sindicante poderá ser assessorado por
técnicos, de preferência pertencentes aos quadros
anterior, será cumprida em local especial.
funcionais, devendo todos os atos da sindicância
Art. 208 - Aplica-se à prisão administrativa o serem reduzidos a termo por secretário designado
disposto no § 2º do art. 205 deste Estatuto.

27
pelo sindicante, dentre os funcionários do órgão a ao desenvolvimento de seus trabalhos, inclusive os
que pertencer. de secretário e assessoramento.
§ 8º - Ultimada a sindicância, não apurada a Art. 213 - Instaurado o inquérito administra-
responsabilidade administrativa, ou o descumpri- tivo, a autoridade encaminhará seu ato para a Co-
mento dos requisitos do estágio probatório, o pro- missão de Inquérito que for competente, tendo em
cesso será arquivado, fixada a responsabilidade vista o local da ocorrência da irregularidade verifi-
funcional, a autoridade que determinou a sindicân- cada, ou a vinculação funcional do servidor a quem
cia encaminhará os respectivos autos para a Co- se pretende imputar a responsabilidade administra-
missão Permanente de Inquérito Administrativo, tiva.
que funcionará:
Art. 214 - Abertos os trabalhos do inquérito,
I - no Poder Executivo, na Governadoria, nas
o Presidente da Comissão mandará citar o funcio-
Secretarias de Estado, órgãos desconcentrados e
nário acusado, para que, como indiciado, acompa-
nas autarquias;
nhe, na forma do estabelecido neste Estatuto, todo
II - no Poder Legislativo, na Diretoria Geral; o procedimento, requerendo o que for do interesse
III - no Tribunal de Contas e no Conselho de da defesa.
Contas dos Municípios. Parágrafo único - A citação será pessoal, me-
diante protocolo, devendo o servidor dele encarre-
gado consignar, por escrito, a recusa do funcionário
CAPÍTULO VI em recebê-la. Em caso de não ser encontrado o
DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO funcionário, estando ele em lugar incerto e não
sabido, a citação far-se-á por edital, publicado no
Diário Oficial do Estado, com prazo de 15 (quinze)
Art. 210 - O inquérito administrativo é o pro-
dias, depois do que, não comparecendo o citado,
cedi- mento através do qual os órgãos e as autar- ser-lhe-á designado defensor, nos termos do art.
quias do Estado apuram a responsabilidade disci- 184, item III e § 1º do art. 185.
plinar do funcionário.
Art. 215 - Citado, o indiciado poderá requerer
Parágrafo único - São competentes para ins-
taurar o inquérito: suas provas no prazo de 5 (cinco) dias, podendo
renovar o pedido, no curso do inquérito, se neces-
I - o Governador, em qualquer caso; sário para demonstração de fatos novos.
II - os Secretários de Estado, os dirigentes das Art. 216 - A falta de notificação do indiciado
Autarquias e os Presidentes da Assembléia Legis-
ou de seu defensor, para todas as fases do inqué-
lativa, do Tribunal de Contas e do Conselho de
rito, de- terminará a nulidade do procedimento.
Contas dos Municípios, em suas áreas funcio- nais,
permitida a delegação de competência. Art. 217 - Encerrada a fase probatória, o in-
diciado será notificado para apresentar, por seu de-
Art. 211 - O inquérito administrativo será re-
fensor, no prazo de 10 (dez) dias, suas razões fi-
alizado por Comissões Permanentes, instituídas
nais de defesa.
por atos do Governador, do Presidente da Assem-
bleia Legislativa, do Presidente do Tribunal de Con- Art. 218 - Apresentadas as razões finais de
tas, do Presidente do Conselho de Contas dos Mu- defesa, a Comissão encaminhará os autos do in-
nicípios, dos dirigentes das Autarquias e dos ór- quérito, com relatório circunstanciado e conclusivo,
gãos desconcentrados, permitida a delegação de à autoridade competente para o seu julgamento.
poder, no caso do Governador, ao Secretário de
Administração. Art. 219 - Sob pena de nulidade, as reuniões
e as diligências realizadas pela Comissão de In-
Art. 212 - As Comissões Permanentes de In- quérito serão consignadas em atas.
quérito Administrativo compor-se-ão de três mem-
Art. 220 - Da decisão de autoridade julgadora
bros, todos funcionários estáveis do Estado ou de
suas autarquias, presidida pelo servidor que for de- cabe recurso no prazo de 10 (dez) dias, com efeito
signado pela autoridade competente, que colocará suspensivo, para a autoridade hierárquica
à disposição das Comissões o pessoal necessário

28
imediatamente superior, ou para a que for indicada aduzam fatos ou circunstâncias que possam justifi-
em regulamento ou regimento. car a inocência do requerente, mencionados ou
Parágrafo único - Das decisões dos Secretá- não no procedi- mento original.
rios de Estado e do Presidente do Conselho de Parágrafo único - Tratando-se de funcionário
Contas dos Municípios caberá recurso, com efeito falecido ou desaparecido, a revisão poderá ser re-
suspensivo, no prazo deste artigo, para o Governa- que- rida pelo cônjuge, companheiro, descendente,
dor. Das de- cisões do Presidente da Assembleia ascendente colateral consanguíneo até o 2º grau
Legislativa e do Tribunal de Contas caberá recurso, civil.
com os efeitos deste parágrafo, para o Plenário da
Art. 229 - Processar-se-á a revisão em
Assembleia e do Tribunal, respectivamente.
apenso ao processo original.
Art. 221 - O inquérito administrativo será con-
Parágrafo único - Não constitui fundamento
cluído no prazo máximo de 90 (noventa) dias, po- para a revisão a simples alegação de injustiça da
dendo ser prorrogado por igual período, a pedido sanção.
da Comissão, ou a requerimento do indiciado, diri-
gido à autoridade que determinou o procedimento. Art. 230 - O requerimento devidamente ins-
truído será dirigido à autoridade que aplicou a san-
Art. 222 - Em qualquer fase do inquérito será
ção, ou àquela que a tiver confirmado, em grau de
permitida a intervenção do indiciado, por si, ou por recurso.
seu defensor.
Parágrafo único - Para processar a revisão, a
Art. 223 - Havendo mais de um indiciado e autoridade que receber o requerimento nomeará
diversidade de sanções caberá o julgamento à au- uma comissão composta de três funcionários efeti-
toridade competente para imposição da sanção vos, de categoria igual ou superior à do requerente.
mais grave. Neste caso, os prazos assinados aos
indiciados correrão em comum. Art. 231 - Na inicial, o requerente pedirá dia
e hora para inquirição das testemunhas que arrolar.
Art. 224 - O funcionário só poderá ser exone-
Parágrafo único - Será considerada informante
rado, estando respondendo a inquérito administra-
a testemunha que, residindo fora da sede onde fun-
tivo, depois de julgado este com a declaração de
cionar a comissão, prestar depoimento por escrito.
sua inocência.
Art. 232 - Concluído o encargo da comissão,
Art. 225 - Recebidos os autos do inquérito, a
no prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogável por
autoridade julgadora proferirá sua decisão no prazo
trinta (30) dias, nos casos de força maior, será o
improrrogável de 20 (vinte) dias.
processo, com o respectivo relatório, encaminhado
Art. 226 - Declarada a nulidade do inquérito, à autoridade competente para o julgamento.
no todo ou em parte, por falta do cumprimento de Parágrafo único - O prazo para julgamento
formalidade essencial, inclusive o reconhecimento será de 20 (vinte) dias, prorrogável por igual perí-
de direito de defesa, novo procedimento será odo, no caso de serem determinadas novas diligên-
aberto. cias.
Art. 227 - No caso do artigo anterior e no de Art. 233 - Das decisões proferidas em proce-
esgotamento do prazo para a conclusão do inqué- dimento de revisão cabe recurso, na forma do art.
rito, o indiciado, se tiver sido afastado de seu cargo, 220.
retornará ao seu exercício funcional.

TÍTULO VII
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
DA REVISÃO
CAPÍTULO ÚNICO
Art. 228 - A qualquer tempo poderá ser re- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E
querida a revisão do procedimento administrativo TRASITÓRIAS
de que resultou sanção disciplinar, quando se

29
Art. 234 - O órgão central do sistema de pes- § 2º - O funcionário não perceberá, a qualquer
soal do Poder Executivo e os assemelhados do Po- título, importância mensal superior à recebida pelo
der Legislativo e entidades autárquicas fornecerão Governador do Estado, não se computando, entre-
ao funcionário cartão de identidade, dele devendo tanto, no cálculo, diárias, ajudas de custo, gratifica-
constar o retrato, a impressão digital, a filiação, a ção por serviço ou estudo fora do Estado e a pro-
data de nascimento e a qualificação funcional do gressão horizontal.
identificado. Art. 240 - É vedado pôr o funcionário à dis-
Parágrafo único - Será recolhido o cartão do posição de entidade de direito privado, estranha no
funcionário que for exonerado, demitido ou aposen- Sistema Administrativo, salvo em caso de convê-
tado. nio, ou para exercer função considerada pelo sis-
tema de rele- vante interesse social.
Art. 235 - Salvo disposição expressa em con-
trário, os prazos previstos neste Estatuto somente Art. 241 - São isentos de qualquer tributo ou
correrão nos dias úteis, excluindo-se o dia inicial. emolumentos os requerimentos, certidões e outros
papéis que interessem ao funcionário público ou a
Art. 236 - Nos dias úteis, só por determinação
aposentado, nessas qualidades.
dos Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo
poderão deixar de funcionar os órgãos e entidades Art. 242 - Nenhum tributo estadual incidirá
estaduais. sobre os vencimentos, proventos ou qualquer van-
tagem do funcionário ou do aposentado, nem sobre
Art. 237 - É assegurado aos funcionários o
os atos ou títulos referentes à sua vida funcional.
direito de se agruparem em associação de classe,
sem caráter sindical ou político-partidário. Art. 243 - As normas do regime disciplinar
Parágrafo único - Essas Associações, que de- previstas neste Estatuto, salvo as de natureza ad-
verão ter personalidade jurídica de direito privado, jetiva, não se aplicam aos casos pendentes.
representarão os que integrarem o seu quadro so- Art. 244 - O afastamento do funcionário ocu-
cial perante as autoridades administrativas, em ma- pante de cargo de chefia, direção, fiscalização ou
téria de interesse da coletividade funcional. arrecadação, para disputar mandato eletivo, dar-
Art. 238 - O dia 28 de outubro será consa- se-á nos termos da legislação eleitoral pertinente.
grado ao funcionário público estadual e comemo- Parágrafo único - Durante o afastamento de
rado, oficialmente, na forma do que for disposto em que trata este artigo o funcionário não perceberá os
Regulamento. vencimentos ou vantagens do cargo que momenta-
neamente detinha ou de que for ocupante efetivo,
Art. 239 - Ressalvadas as exceções constan-
exceto o salário-família, considerando-se o afasta-
tes de disposição expressa em lei, bem como os mento como autorização para o trato de interesses
casos de acumulação lícita, o funcionário não po- particulares.
derá receber, mensalmente, importância total su-
perior a noventa por cento da percebida pelos Se- Art. 245 - Ao ex-combatente da Força do
cretários de Estado. Exército, da Expedicionária Brasileira, da Força Aé-
§ 1º - Ficam excluídas do limite deste artigo: rea Brasileira, da Marinha de Guerra e da Marinha
Mercante do Brasil, que tenha participado efetiva-
I - a gratificação representação; mente de operações bélicas na segunda Guerra
II - salário-família; Mundial, e cuja situação se encontra definida na Lei
Federal nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, são
III - progressão horizontal;
assegurados os seguintes direitos:
IV - diárias e ajuda de custo;
I - estabilidade, se funcionário público;
V - gratificação pela participação em órgão de
II - aproveitamento no serviço público, sem a
deliberação coletiva;
exigência do disposto no art. 106, § 1º da Constitui-
VI - gratificação de exercício; ção do Estado;
VII - gratificação por prestação de serviço ex- III - aposentadoria com proventos integrais aos
traordinário. 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo, se

30
funcionário público da Administração direta ou au- oficial, será ele readaptado, mediante transferên-
tárquica; cia, em cargo de atribuições compatíveis com o seu
IV - benefício do Instituto de Previdência; novo estado psíquico ou somático.

V - promoção após interstício legal, e se hou- Parágrafo único - A readaptação obedecerá ao


ver vaga; disposto nos arts. 50 e 51 deste Estatuto.

VI - assistência médica, hospitalar e educacio- Art. 251 – É permitida a consignação faculta-


nal, se carente de recurso. tiva em folha de pagamento inerente à remunera-
ção, subsídios, proventos.
Art. 246 - As atuais funções gratificadas pas-
sam à categoria de cargos em comissão, conver- § 1º - A soma das consignações facultativas
tendo-se automaticamente os valores das gratifica- não excederá de 40% (quarenta por cento) da re-
ções em gratificações de representação, mantida a muneração, subsídios e proventos, deduzidas as
simbologia vigente até definição regulamentar. consignações obrigatórias.
§ 2º - Serão computados, para efeito do cálculo
Art. 247 - Aplica-se o regime desta lei aos es-
previsto neste artigo, o vencimento-base, as vanta-
tabilizados nos termos do § 2º do Art. 177 da Cons- gens fixas e as de caráter pessoal.
tituição Federal de 1967, com a redação dada pelo
art. 194 da Emenda Constitucional nº 1, de 17 de § 3º - Não se aplica o disposto neste artigo aos
outubro de 1969, desde que sujeitos ao regime do ocupantes exclusivamente de cargo de provimento
Estatuto anterior, quando da aquisição da estabili- em comissão, bem como aos contratados por
dade. tempo determinado, de que trata o inciso XIV do
art. 154 da Constituição do Estado do Ceará.
Parágrafo único - Com a estabilidade, as fun-
ções de caráter eventual dos servidores em geral Art. 252 - A partir de 1º. de janeiro de 1974,
passam a ser de natureza permanente, caracteri- todas as gratificações adicionais por tempo de ser-
zando-se como cargo, devendo como tal, serem viço per- cebidas pelos funcionários deverão ser
considera- das, para todos os efeitos. convertidas na progressão horizontal prevista no
Capítulo X, Seção I, do Titulo II, deste Estatuto.
Art. 248 - O funcionário que esteja com o seu
vínculo funcional suspenso, ou no gozo de licença, Art. 253 - O Estado, na forma que dispuser
poderá ser, a qualquer tempo, citado para se de- Decreto do Governador do Estado, poderá assegu-
fender em procedimento disciplinar, ou notificado rar bolsa de estudo ao funcionário, como incentivo
para nele prestar depoimento, ou realizar ou se à sua profissionalização, em cursos não regulares
submeter a provas de natureza pericial, salvo ma- de formação, treinamento, aperfeiçoamento e de
nifesta impossibilidade por motivo de doença, justi- especialização profissionais, mantidos por entida-
ficada perante o sindicante ou Comissão Perma- des oficiais ou particulares, de reconhecida e notó-
nente de Inquérito. ria idoneidade.
Art. 249 - São considerados concursos públi- Parágrafo único - O Decreto a que se refere
cos, gerando todos os efeitos que lhe são atinen- este artigo poderá dispor sobre a concessão de bol-
tes, os exames de provas de habilitação ou seleção sas de estudo para funcionários em cursos de ex-
realizados para a admissão de candidatos a fun- tensão universitária e de pós-graduação.
ções das extintas TNM e que se revestiram das ca- Art. 254 – A carga horária de trabalho de
racterísticas essenciais dos concursos públicos, trinta (30) horas semanais, a que estão obrigados
consideradas, como tais, a acessibilidade a todos os servi- dores públicos do Sistema Administrativo
os brasileiros, o caráter competitivo e eliminatório e Estadual, será prestada, em período e tempo cor-
ampla divulgação. rido das segundas às sextas-feiras.
Parágrafo único - A declaração de equivalên- Parágrafo único – Os servidores que ocupam
cia será feita pelo órgão central do sistema de pes- cargo de magistrado, procurador, assessor jurídico,
soal, mediante provocação do interessado. professor, médico, engenheiro, agrônomo, servido-
Art. 250 - Reduzida a capacidade do funcio- res públicos estatutários e demais atividades asse-
nário para o exercício das atribuições do cargo que melhadas, bem como os que exercem cargo em
ocupa, comprovada através de perícia médica

31
comissão terão seus regimes de trabalho definidos Administrativo e Operacional, prevista no item 2, do
em regulamento próprio. anexo I, da Lei nº12.386, de 9 de dezembro de
1994, fica redenominada para carreira Segurança
Art. 255 - Continuam em vigor as Leis e Re-
Penitenciária e estruturada na forma do anexo I,
gulamentos que disciplinam os institutos previstos desta Lei.
neste Estatuto, desde que com ele não colidam, até
que novas normas sejam expedidas. COMENTÁRIO: Esse Artigo encontra-se
desatualizado por conta de uma inovação que foi
Art. 256 - Os Poderes Legislativo e Execu- a lei 17.388/2021. No início a carreira era
tivo, no âmbito de suas respectivas competências, denominada de Guarda penitenciária, Então
expedirão os atos necessários a complementação surgiu a lei 14.582/09 e mudou a nomenclatura
para segurança penitenciária conforme você leu
e explicitação deste Estatuto. no art.1. Acontece que a Lei 17.388/2021 inovou e
Art. 257 - Aplicam-se as disposições deste transformou a figura do segurança penitenciário
em Policia penal. Segue o artigo para que você
Estatuto subsidiariamente, no que couber, ao Ma- possa compreender:
gistério Estadual em todos os graus de ensino, ao Art. 1º A carreira de Segurança Penitenciária,
pessoal da Policia Civil de carreira e aos funcioná- disciplinada na Lei nº 14.582, de 21 de dezembro
rios administrativos do Poder Judiciário. de 2009, passa a denominar-se, nos termos do art.
188-B, da Constituição do Estado, carreira de
Art. 258 - Esta lei entrará em vigor a 1º de Polícia Penal. §1º Em face do disposto no caput
janeiro 1974, ficando revogadas todas as disposi- deste artigo, os cargos ou as funções de Agente
ções legais ou regulamentares que, implícita ou ex- Penitenciário, integrantes da estrutura da
plicitamente, colidam com este Estatuto, especial- Secretaria da Administração Penitenciária - SAP
passam à denominação de Policial Penal
mente a Lei nº 4.196, de 5 de setembro de 1958; a
Lei nº 4.658, de 19 de novembro de 1959; a Lei nº Art. 2º Os ocupantes dos cargos/funções de
7.999, de 11 de maio de 1965; a Lei nº 8.384, de Agente Penitenciário, da carreira Segurança Peni-
10 de janeiro de 1966; a Lei nº 9.226, de 27 de no- tenciária redenominada pelo art.1º desta Lei, são
vembro de 1968; a Lei nº 9.260, de 12 de dezembro posicionados na forma do anexo II.
de 1968, no que diz respeito ao funcionário autár- Art. 3º A Tabela vencimental para a carreira
quico; a Lei nº 9.381, de 27 de julho de 1970; a Lei
Segurança Penitenciária é a prevista no anexo III.
nº 9.443, de 9 de março de 1971 e a Lei nº 9.496,
de 19 julho de 1971. COMENTÁRIO: Artigo 2 e 3 encontram-se em
desuso. O que vale é o anexo da lei 17.388/2021.
Art.4° Os servidores integrantes da carreira
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO redenominada por esta Lei são submetidos ao re-
DO CEARÁ, em Fortaleza, 14 de maio de 1974. gime de plantão de 24 (vinte e quatro) x 72 (setenta
e duas) horas.
COMENTÁRIO: A regra é o policial penal
trabalha um dia e folgar três, mas existe a
possibilidade do policial penal trabalhar dois dias
e folgar seis. Fique atento pois o policial também
pode trabalhar três e folgar nove dias, mas essa
situação de trabalhar três dias seguidos não é
aplicada a todos os policiais e sim para aqueles
que residem longe. Olha só o que fala a ordem de
serviço numero 25:
Ordem de Serviço Nº 25/2021 – Estabelece a
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ flexibilização da jornada de trabalho dos policiais
FAÇO SABER QUE A ASSEMBLEIA LEGISLA- penais do Estado do Ceará
TIVA DECRETOU E EU SANCIONO A SEGUINTE 1. Para Policiais Penais que residem à
distância, igual ou superior, de 200 km do local de
LEI: trabalho, poderá ser autorizada a realização
cumulativa ao plantão de 02 (duas) compensações
de jornada de trabalho.
Art.1º A carreira Guarda Penitenciária, inte- 2. Para Policiais Penais que residem à
grante do Grupo Ocupacional Atividades de Apoio distância inferior a 200 km, em local não

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compreendido dentro da Região Metropolitana de a percepção de Abono Especial por Reforço
Fortaleza, poderá ser autorizada a realização Operacional.
cumulativa ao plantão de 01 (uma) compensação Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua
Art. 5º A estrutura remuneratória dos Agentes publicação, sendo que a alteração de que trata o
art. 1º surtirá efeitos pelo prazo de 2 (dois) anos,
Penitenciários, integrantes da Carreira de Segu- contados da publicação, período necessário à
rança Penitenciária, é composta pelo vencimento contratação pelo Estado, por concurso público, de
base constante do anexo III, da Gratificação de Ati- novos agentes penitenciários
vidades Especiais e de Risco – GAER, prevista no § 1º O Abono Especial por Reforço Operacio-
art. 7º e Adicional Noturno previsto no art. 8º, todos nal é de natureza voluntária e a operação de re-
desta Lei. forço operacional deverá ser planejada pela Secre-
§1º Além das parcelas previstas no caput deste taria da Justiça e Cidadania, utilizando-se no má-
artigo, o Agente Penitenciário integrante da Car- ximo 50% (cinquenta por cento) do efetivo de Agen-
reira de Segurança Penitenciária, poderá receber tes Penitenciários ativos, conforme a natureza do
vantagem pessoal, sendo esta compreendida trabalho de segurança penitenciária a ser desen-
como o valor já incorporado à remuneração do volvido nos termos do anexo único desta Lei.
Agente decorrente do exercício de cargo em comis- § 2º O abono de que trata este artigo não será
são e a Gratificação por Adicional de Tempo de incorporado aos vencimentos para nenhum efeito,
Serviço para aqueles que já tinham implementado inclusive previdenciário, bem como não será consi-
as condições para tanto quando da edição da Lei derado para cálculo de quaisquer vantagens pecu-
nº 12.913, de 18 de junho de 1999. niárias.
§2º Poderá ainda o Agente Penitenciário inte- § 3º O abono Especial por Reforço Operacio-
grante da Carreira de Segurança Penitenciária per- nal será limitado à execução de, no máximo, 84 (oi-
ceber complemento, este entendido como a parte tenta e quatro) horas reforços operacionais por
percebida pelo agente que ultrapasse os valores mês, além da jornada normal de trabalho do Agente
decorrentes da presente Lei, percebida no mês an- Penitenciário, dispensado, em situações excepcio-
terior ao da publicação desta norma, excluídas a nais e devidamente motivadas, o cumprimento de
vantagem pessoal e a gratificação por adicional de intervalo entre as jornadas regular e especial. (Re-
tempo de serviço. dação dada pela Lei N.º 16.825, de 13.01.19)
Art.5º-A. Fica instituído o Abono Especial por § 4.º No caso de agentes penitenciários esca-
Reforço Operacional ao Agente Penitenciário* que, lados para os serviços de que trata este artigo, cujo
em caráter voluntário, participar de serviço para o número de horas mensais prestadas a esse título
qual seja designado eventualmente, nos termos seja inferior ao limite previsto no § 3º, o respectivo
desta Lei e do respectivo regulamento. (Acrescen- excedente poderá ser remanejado, para a presta-
tado pela Lei nº 16.063/16) ção de serviço operacional por outro agente esca-
lado para esse fim, observada a limitação do § 1.º.
Comentário: FIQUE ATENTO, POIS HOJE O
PERCENTUAL MAXÍMO DE POLICIAIS QUE
(Redação dada pela Lei n.º 17.167/2020)
PODEM PARTICIPAR DO SERVIÇO EXTRA É 50%. § 5.º Não se sujeitará ao limite a que se refere
ANTIGAMENTE EXISTIA O VALOR DE 75%: o § 3.º deste artigo, o agente penitenciário para o
LEI N.º 16.120, DE 14.10.16 (D.O. 14.10.16)
qual seja remanejado, parcial ou totalmente, o ex-
Dispõe sobre o AUMENTO PROVISÓRIO DO
PERCENTUAL MÁXIMO do efetivo de agentes cedente de horas previsto no § 4.º. (Redação dada
penitenciários que pode ser empregado para pela Lei n.º 17.167/2020)
atividades de reforço operacional, nos termos da § 6.º Poderão participar do serviço a que se re-
lei n.º 14.582, de 21 de dezembro de 2009, com
fere o caput deste artigo, para fins de recebimento
redação dada pela lei n.º 16.063, de 7 de julho de
2016. do Abono Especial por Reforço Operacional, agen-
Art. 1º Fica alterado para 75% (setenta e cinco tes penitenciários que ocupem cargo de provimento
por cento) o percentual máximo de utilização do em comissão ou estejam no exercício de função de
efetivo de agentes penitenciários do Estado para confiança na sede da Secretaria da Administração
os fins do disposto no art. 5º- A, da Lei n.º 14.582, Penitenciária ou em unidades prisionais do Estado.
de 21 de dezembro de 2009, com redação dada (Redação dada pela Lei n.º 17.167/2020)
pela Lei n.º 16.063, de 7 de julho de 2016, mediante

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COMENTÁRIO : AQUI VAI UM RESUMO se de mecanismos para o auxílio na reinserção do
SOBRE O AERO( SERVIÇO EXTRA ) apenado no retorno ao convívio social.

➢ É um serviço voluntário SEGUE ABAIXO A LEITURA DA LEI 18.438:


➢ Utiliza no máximo 50% do efetivo
➢ Somente os servidores ativos participam LEI Nº18.438, DE 27 DE JULHO DE 2023.
➢ Não é incorporado aos vencimentos para ALTERA A LEI Nº 14.582, DE 21 DE
nenhum efeito DEZEMBRO DE 2009, QUE TRATA DA CARREIRA
➢ Não é considerado para cálculo de quaisquer DE POLÍCIA PENAL NO ESTADO DO CEARÁ.
vantagens pecuniárias Faço saber que a Assembleia Legislativa
➢ Limitado a execução de 84 horas de reforço ao decretou e eu sanciono a seguinte Lei:
mês Art. 1.º A Lei n.º 14.582, de 21 de dezembro de
2009, passa a vigorar acrescida do art. 5.º-B,
Art. 5º-B. Ao policial penal que participar do conforme a seguinte redação:
serviço de reforço operacional previsto no art. 5.°- “Art. 5º-B. Ao policial penal que participar do
A desta Lei, desempenhando atividades de resso- serviço de reforço operacional previsto no art. 5.°-
cialização do preso, de promoção da saúde e/ou A desta Lei, desempenhando atividades de
ressocialização do preso, de promoção da saúde
atividades operacionais diferenciadas, no âmbito
e/ou atividades operacionais diferenciadas, no
do programa específico criado pela Secretaria da âmbito do programa específico criado pela
Administração Penitenciária e Ressocialização – Secretaria da Administração Penitenciária e
SAP, fará jus à percepção do adicional financeiro Ressocialização – SAP, fará jus à percepção do
no valor de R$ 13,00 (treze reais) por hora traba- adicional financeiro no valor de R$ 13,00 (treze
lhada em reforço operacional, cumulado com o va- reais) por hora trabalhada em reforço operacional,
lor da hora pago atualmente para as atividades pre- cumulado com o valor da hora pago atualmente
para as atividades previstas no art. 5.°-A.
vistas no art. 5.°-A. § 1.° O programa a que se refere o caput deste
§ 1.° O programa a que se refere o caput deste artigo será regulamentado em portaria do
artigo será regulamentado em portaria do dirigente dirigente máximo da SAP, a qual disporá sobre as
condições para recebimento do adicional.
máximo da SAP, a qual disporá sobre as condições
§ 2.° O pagamento do adicional nos termos
para recebimento do adicional. deste artigo dependerá da prévia dotação
§ 2.° O pagamento do adicional nos termos orçamentária e disponibilidade financeira dos
deste artigo dependerá da prévia dotação orça- recursos.” (NR)
Art. 2.º O abono e o adicional previstos nos
mentária e disponibilidade financeira dos recursos. arts. 5.º-A e 5.º-B, da Lei n.º 14.582, de 21 de
COMENTÁRIO: ATUALMENTE EXISTE UM dezembro de 2009, serão atualizados conforme
AUMENTO DE 13 REAIS EM CADA HORA DE índices de revisão geral dos servidores públicos
SERVIÇO EXTRA QUE O POLICIAL PENAL estaduais.
EXECUTA. Art. 3.º As despesas decorrentes desta Lei
A portaria Nº 464 de 2023 regulamentou o correrão por conta de dotação orçamentária da
Programa mencionado na Lei Estadual Nº18. 438, SAP, as quais serão suplementadas, se
de 27 de julho de 2023, dispondo sobre as necessário.
condições para o recebimento do adicional ao Art. 4.º Esta Lei entra em vigor na data de sua
Abono Especial por Reforço Operacional pelos publicação. Art. 5.º Revogam-se as disposições
policiais penais integrantes da carreira de Polícia em contrário. PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO
Penal do Estado do Ceará. GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza,
Além disso, criou o Programa de Apoio e 27 de julho de 2023
Incentivo ao Trabalho, Saúde e Educação no Art. 6º Fica concedido, a partir de 1º de se-
Ambiente Penitenciário que visa fomentar as
tembro de 2008, Abono aos Agentes Penitenciários
atividades de ressocialização do preso, promoção
da saúde e operações diferenciadas auxiliares a na forma do anexo IV, da presente Lei, valor este
ressocialização, através de atividades absorvido na composição da remuneração, decor-
desempenhadas pelos policiais penais, utilizando- rente da redenominação da Carreira de Segurança
Penitenciária.
§1º O disposto no caput deste artigo aplica-se
aos aposentados e aos pensionistas.
§2º O abono previsto neste artigo não poderá
ser considerado ou computado para fins de

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concessão ou de cálculos de vantagens financeiras vida ou de saúde, prevista no inciso VI, do art. 132,
de qualquer natureza, cessando integralmente os da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974, e no pará-
pagamentos a esse título quando da implementa- grafo único, art. 1º, da Lei nº 9.598, de 28 de junho
ção da tabela vencimental que trata o anexo III. de 1972, e no art. 7° da Lei n° 9.788, de 4 de de-
zembro de 1973, é incompatível com a percepção
Art.7º Fica instituída a Gratificação de Ativida-
das gratificações previstas nesta Lei, sendo vedado
des Especiais e de Risco – GAER, devida aos ser- o seu pagamento aos integrantes da carreira rede-
vidores em atividades ocupantes dos cargos/fun- nominada por esta Lei.
ções de Agente Penitenciário, integrantes da car-
reira de Segurança Penitenciária, passa a ser de- Art. 10. Fica extinta e cessa seu pagamento
vida nos percentuais de 70% (setenta por cento), em relação aos integrantes da carreira de Segu-
sobre o vencimento básico, a partir de fevereiro de rança Penitenciária a Gratificação Especial de Lo-
2017, 80% (oitenta por cento) a partir de janeiro de calização Carcerária, o Abono Provisório e o Acrés-
2018, e 100% (cem por cento) a partir de novembro cimo de 40% (quarenta por cento) sobre o venci-
de 2018. (Redação dada pela Lei Nº 16.102, 02 de mento base, previstos no art. 1º e seus parágrafos,
setembro de 2016) no art. 2º e parágrafo único, e art. 3º, da Lei nº
§ 1º A GAER prevista no caput é devida aos 13.095, de 12 de janeiro de 2001.
integrantes da carreira prevista no art.1º desta Lei, Art. 11. A gratificação que trata o art. 7º desta
como compensação do acréscimo da jornada, Lei é incompatível com a percepção de qualquer
quando no efetivo exercício sob regime de plantão gratificação pela prestação de serviços extraordi-
de 24 (vinte e quatro) horas de trabalho por 72 (se- nários, com exceção dos serviços eventuais a que
tenta e duas) horas de descanso, perfazendo uma estiverem inscritos voluntariamente os agentes pe-
carga horária semanal de 48 (quarenta e oito) ho- nitenciários designados eventualmente pela Secre-
ras. (Nova redação dada pela Lei n.º 16.583, de taria da Justiça e Cidadania*, a título de Reforço
03.07.18). Operacional, na forma do art. 5º- A desta Lei. (Nova
§ 2º Os servidores ocupantes dos cargos/fun- redação dada pela Lei n.º 16.063/16)
ções de Agentes Penitenciários quando no exercí- Art. 12. A Gratificação de que trata o art. 7°
cio de cargos comissionados nas unidades prisio-
desta Lei, será incorporada aos proventos de apo-
nais, na Coordenadoria do Sistema Penal, cujas
sentadoria, desde que o servidor tenha contribuído
atribuições sejam de natureza penitenciária, ou,
por pelo menos 60 (sessenta) meses ininterruptos
ainda, na Célula de Inteligência Penitenciária, vin-
para o Sistema Único de Previdência Social dos
culada ao Gabinete da Secretaria da Justiça e Ci-
Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes
dadania, farão jus a GAER. (Nova redação dada
Públicos e dos Membros de Poder do Estado do
pela Lei n.º 14.966, de 13.07.11)
Ceará – SUPSEC. (Nova redação dada pela Lei n.º
Art. 8° É devido aos servidores ocupantes 15.154, de 09.05.12)
dos cargos/funções de Agente Penitenciário o adi- §1° Para os servidores que implementarem as
cional por trabalho noturno nas seguintes condi- regras dos arts. 3° e 6° da Emenda Constitucional
ções: Federal n° 41, de 19 de dezembro de 2003, ou do
§ 1° O adicional por trabalho noturno é devido art. 3°, da Emenda Constitucional Federal n° 47, de
ao servidor cujo trabalho seja executado entre 22 5 de julho de 2005, e cujo período de percepção
(vinte e duas horas) de um dia às 5 (cinco) horas por ocasião do pedido de aposentadoria seja me-
do dia seguinte; nor do que 60 (sessenta) meses, será observada a
média aritmética do período de percepção, multipli-
§ 2° A hora de trabalho noturno será compu-
cado pela fração cujo numerador será o número
tada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30
correspondente ao total de meses trabalhados e o
(trinta) segundos;
denominador será sempre o numeral 60 (ses-
§ 3° O trabalho noturno será remunerado com senta).
um acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) so-
§2° O disposto neste artigo não se aplica para
bre o valor da hora diurno.
os servidores que se aposentarem pelas regras
Art. 9º A Gratificação pela execução de traba- previstas no art.40 da Constituição Federal, com a
lho em condições especiais, inclusive com risco de redação dada pela Emenda Constitucional Federal

35
n° 41, de 19 de dezembro de 2003, nos termos da § 2º O ingresso na Polícia Penal dar-se-á para
Legislação Federal. o preenchimento de cargos vagos, mediante prévia
aprovação em concurso público de provas ou de
Art. 13. Ficam mantidas as regras instituídas
provas e títulos, na forma e nas condições como
no Capítulo IV, da Lei n° 12.386, de 9 de dezembro dispuser o edital do concurso, atendidos cumulati-
de 1994, referente à ascensão funcional do servi- vamente os seguintes requisitos:
dor ocupante do cargo/função de Agente Peniten-
ciário, conforme a estrutura e composição cons- I – ser brasileiro;
tante no anexo I, sem prejuízo do interstício em II – estar no gozo dos direitos políticos;
curso.
III – estar quite com as obrigações militares e
Parágrafo único. Os critérios específicos e os eleitorais;
procedimentos para aplicação do princípio do mé-
IV – ter, na data da inscrição no concurso,
rito e/ou da antiguidade para a efetivação da pro-
idade igual ou superior a 18 (dezoito) anos, e idade
gressão e da promoção são os definidos no De-
máxima de 34 (trinta e quatro) anos, 11 (onze) me-
creto n° 22.793, de 1° de outubro de 1993, até que
ses e 29 (vinte e nove) dias;
sejam definidos novos critérios.
V – gozar de boa saúde física e mental, com-
Art. 14. As despesas decorrentes desta Lei provada em inspeção médica oficial;
correrão por conta de dotação orçamentária da Se-
cretaria da Justiça e Cidadania – SEJUS, podendo VI – ter conduta social irrepreensível, compro-
ser suplementada, em caso de necessidade. (Nova vada idoneidade moral e não possuir antecedentes
redação dada pela Lei n.º16.063/16) criminais;
VII – ser previamente aprovado em concurso
Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de
público de provas ou de provas e títulos, em con-
sua publicação.
formidade com as etapas previstas no art. 2.º da Lei
Art. 16. Ficam revogadas as disposições em n.º 14.958, de 8 de julho de 2011;
contrário. PALÁCIO IRACEMA, DO GOVERNO DO VIII – ser previamente aprovado em curso de
ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 21 de dezem- formação técnico-policial;
bro de 2009.
IX – possuir Carteira Nacional de Habilitação,
no mínimo B.” (Incluído pela Lei Nº18.269, de
16.12.2022 (D.O 19.12.22)
Art. 2º A remuneração do ocupante do cargo
DISPÕE SOBRE A DENOMINAÇÃO DO ou da função de Policial Penal, a que se refere o
CARGO, A CARREIRA E A ESTRUTURA REMU- art. 1.º desta Lei, fica alterada na forma do Anexo
NERATÓRIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS RE- Único desta Lei.
GIDOS PELA LEI Nº 14.582, DE 21 DE DEZEM- Art. 3º Fica estabelecido auxílio-alimentação
BRO DE 2009. O GOVERNADOR DO ESTADO
no valor de R$ 259,57 (duzentos e cinquenta e
DO CEARÁ Faço saber que a Assembleia Legisla-
nove reais e cinquenta e sete centavos), a ser pago
tiva decretou e eu sanciono a seguinte Lei
mensalmente e de forma linear aos ocupantes do
Art. 1º A carreira de Segurança Penitenciária, cargo estadual de Policial Penal.
disciplinada na Lei nº 14.582, de 21 de dezembro Parágrafo único. O valor do auxílio-alimenta-
de 2009, passa a denominar-se, nos termos do art. ção a que se refere o caput deste artigo será atua-
188-B, da Constituição do Estado, carreira de Polí- lizado conforme os índices de revisão geral remu-
cia Penal. neratória dos servidores públicos estaduais, apli-
§1º Em face do disposto no caput deste artigo, cando-se, quanto às condições de recebimento, o
os cargos ou as funções de Agente Penitenciário, disposto na Lei nº 15.173, de 22 de junho de 2012,
integrantes da estrutura da Secretaria da Adminis- com exceção do art. 6.º da referida Lei.
tração Penitenciária - SAP passam à denominação Art. 4º O disposto nesta Lei aplica-se aos ser-
de Policial Penal.
vidores inativos dos cargos a que se refere seu art.

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1.º, bem como à pensão deles decorrentes, desde dezembro de 2009, serão atualizados conforme ín-
que regido o benefício pela paridade constitucional. dices de revisão geral dos servidores públicos es-
taduais.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor a partir de 1.º
de janeiro de 2022, observado, quanto aos efeitos Art. 3.º As despesas decorrentes desta Lei
financeiros, o disposto no seu Anexo Único. correrão por conta de dotação orçamentária da
PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO SAP, as quais serão suplementadas, se necessá-
ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 26 de feve- rio.
reiro de 2021. Camilo Sobreira de Santana GO- Art. 4.º Esta Lei entra em vigor na data de sua
VERNADOR DO ESTADO publicação.
Art. 5.º Revogam-se as disposições em con-
trário.
PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO
ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 27 de julho de
2023

ALTERA A LEI Nº 14.582, DE 21 DE DEZEM-


BRO DE 2009, QUE TRATA DA CARREIRA DE
POLÍCIA PENAL NO ESTADO DO CEARÁ. Regulamenta o Programa mencionado na Lei
Estadual Nº18. 438, de 27 de julho de 2023, dis-
Faço saber que a Assembleia Legislativa de-
pondo sobre as condições para o recebimento do
cretou e eu sanciono a seguinte Lei:
adicional ao Abono Especial por Reforço Operacio-
nal
Art. 1.º A Lei n.º 14.582, de 21 de dezembro
de 2009, passa a vigorar acrescida do art. 5.º-B, Art.1º Esta Portaria regulamenta o Programa
conforme a seguinte redação:
mencionado na Lei Estadual Nº18. 438, de 27 de
“Art. 5º-B. Ao policial penal que participar do julho de 2023, dispondo sobre as condições para o
serviço de reforço operacional previsto no art. 5.°- recebimento do adicional ao Abono Especial por
A desta Lei, desempenhando atividades de resso- Reforço Operacional pelos policiais penais inte-
cialização do preso, de promoção da saúde e/ou grantes da carreira de Polícia Penal do Estado do
atividades operacionais diferenciadas, no âmbito Ceará.
do programa específico criado pela Secretaria da Art.2º Fica criado o Programa de Apoio e In-
Administração Penitenciária e Ressocialização –
centivo ao Trabalho, Saúde e Educação no Ambi-
SAP, fará jus à percepção do adicional financeiro
ente Penitenciário que visa fomentar as atividades
no valor de R$ 13,00 (treze reais) por hora traba-
de ressocialização do preso, promoção da saúde e
lhada em reforço operacional, cumulado com o va-
operações diferenciadas auxiliares a ressocializa-
lor da hora pago atualmente para as atividades pre-
ção, através de atividades desempenhadas pelos
vistas no art. 5.°-A.
policiais penais, utilizando-se de mecanismos para
§ 1.° O programa a que se refere o caput deste o auxílio na reinserção do apenado no retorno ao
artigo será regulamentado em portaria do dirigente convívio social.
máximo da SAP, a qual disporá sobre as condições
para recebimento do adicional. Art.3º O adicional ao abono especial por re-
forço operacional é devido aos policiais penais ati-
§ 2.° O pagamento do adicional nos termos vos, além da jornada de trabalho, pela participação
deste artigo dependerá da prévia dotação orça- nas operações especiais de que trata esta Portaria.
mentária e disponibilidade financeira dos recursos.”
(NR) §1º O adicional de que trata o “caput” deste ar-
tigo é destinado ao Policial Penal que trabalhe, efe-
Art. 2.º O abono e o adicional previstos nos tivamente, 40 (quarenta) horas semanais, no
arts. 5.º-A e 5.º-B, da Lei n.º 14.582, de 21 de

37
mínimo e, desde que, voluntariamente, em período §3º O Policial Penal que, indicado dentre os
de folga, seja designado para atuar no Programa inscritos para participar da escala especial, nos ter-
de que trata o art. 2º desta Portaria, quando estiver mos deste artigo, faltar ao serviço, da escala nor-
desempenhando suas atividades intramuros ou ex- mal ou especial, sem motivo justificável, não po-
tramuros: derá participar do Programa nos 03 (três) meses
I – ações de ressocialização, que envolvam: subsequentes.

a) atividades culturais, de lazer e esporte; §4º Nos termos da Lei nº18. 438, de 27 de julho
de 2023, o valor do adicional financeiro de que trata
b) qualificação de pessoas para reinserção ao o caput deste artigo, é de R$ 13,00 (treze reais) por
mercado de trabalho; hora de serviço, cumulado com o valor da hora
c) capacitação profissional teórica e/ou prática; pago a título de Abono por Reforço Operacional
previsto no art. 5º-A, da Lei nº. 14.582/2009.
d) realização das atividades voltadas ao ensino
e aprendizagem; §5º Para a realização das atividades de resso-
cialização voltadas à educação, saúde e trabalho é
e) acompanhamento em atividades de trabalho
possível que o adicional de reforço operacional seja
que sejam assistidas pela Secretaria da Adminis-
direcionado para ações de escolta, custódia e se-
tração Penitenciária e Ressocialização;
gurança do ambiente de ensino, e/ou local desig-
f) e outras atividades correlatas. nado para realizar a referida atividade.
II- promoção da saúde: Art. 4º O adicional de que trata o art. 1º desta
a) escoltas hospitalares e/ou acompanhamen- norma é um instrumento de desenvolvimento e va-
tos; lorização de recursos humanos, com vistas à efici-
b) encaminhamento e/ou acompanhamento ência, à eficácia e à efetividade das ações relativas
para consultas e outros procedimentos afins; à execução da gestão do Sistema Prisional do Es-
tado do Ceará, propiciando a reinserção das pes-
c) promoção à saúde e atividades desportivas; soas em situação de privação de liberdade no re-
d) ações de promoção ao bem estar das pes- torno à sociedade.
soas envolvidas no Sistema Penitenciário fomenta- Art.5º O planejamento, a administração e o
das pela SAP;
acompanhamento da execução do Adicional ao Re-
e) e outras atividades correlatas. forço Operacional, ficará a cargo da Célula de Se-
III – operações diferenciadas, tais como: gurança, Controle e Disciplina – CECOD, para
efeito de fixação do efetivo de Policiais Penais e o
a) reforço das equipes de escoltas hospitalares consequente pagamento do abono de que trata
e judiciais; esta Portaria.
b) reforço das atividades de policiamento, se- §1º As unidades da Região Metropolitana en-
gurança e custódia voltadas à ressocialização, as- caminharão a Célula de Segurança, Controle e Dis-
sistência e promoção do desenvolvimento das pes- ciplina - CECOD as escalas de serviço especial em
soas assistidas pela SAP; conjunto com a escala de serviço normal.
c) reforço nos plantões dos estabelecimentos §2º A Célula de Segurança, Controle e Disci-
penais; plina – CECOD, autorizará a escala especial reque-
d) mutirões judiciários e outros necessários à rida nos moldes do §1º, conforme o número geral
ressocialização, a fim de garantir a universalização de horas/mês disponível.
da ressocialização e assistência das pessoas as-
Art.6º Para participar das atividades do refe-
sistidas pela SAP;
rido Programa, o Policial Penal em atividade, de-
e) e outras atividades correlatas. verá:
§2º Em qualquer hipótese a execução do Re- I - estar em pleno gozo da saúde física e men-
forço Operacional não poderá prejudicar a escala tal;
ou jornada normal à qual estiver submetido o servi-
dor.

38
II - aderir ao regime especial de trabalho volun- Art.10 Após a execução mensal das escalas
tariamente, mediante inscrição, perante a Unidade especiais a Célula de Segurança, Controle e Disci-
hierarquicamente vinculado. plina - CECOD encaminhará a respectiva frequên-
§1º Após a publicação da escala de serviço cia à Coordenadoria de Gestão de Pessoas - CO-
com a indicação do Policial Penal para reforço às GEP. Art.11. A Coordenadoria de Gestão de Pes-
atividades operacionais só será admitida desistên- soas - COGEP deverá elaborar Mapa de Registro
cia se comunicada ao chefe imediato, formalmente, atualizado do pessoal cadastrado que preencha os
até 48 (quarenta e oito) horas antes da operação requisitos previstos neste normativo a fim de aten-
para a qual foi designado. der a operacionalidade procedimental, bem como o
registro no SISAERO - Sistema de Abono Especial
§2º Caso não ocorra a comunicação prevista
por Reforço Operacional.
no parágrafo anterior, aplicar-se-á o disposto no
art.3º, §3º, desta Portaria. Art.12 Compete à COGEP, por meio do res-
pectivo Setor de Folha de Pagamento, a execução
Art.7º. Fará jus à participação no Programa
do procedimento para pagamento do Adicional ao
de Apoio e Incentivo ao Trabalho, Saúde e Educa-
Abono Especial por Reforço Operacional, utili-
ção no Ambiente Penitenciário, o Policial Penal que
zando rubrica criada especificamente para este fim.
não estiver afastado de suas atividades funcionais
por motivo de licença, dispensa, férias, cumpri- Art.13. O adicional ao abono especial por re-
mento de sanção disciplinar, afastamento preven- forço operacional será lançado pelo setor de Folha
tivo, aposentadoria, ou qualquer outra situação que de Pagamento, no mês subsequente ao da execu-
impeça o exercício profissional. ção das operações realizadas, e constará na folha
de pagamento do servidor.
Art.8º A convocação do Policia Penal se rea-
lizará por ato dos seus respectivos superiores hie- Art.14. Os valores devidos referente ao adici-
rárquicos imediatos e/ou a Célula de Segurança, onal deverão ser lançados pelo setor de pessoal
Controle e Disciplina – CECOD e Coordenadoria até o fechamento da folha de pagamento do mês
Especial de Administração Prisional - COEAP, no subsequente à operação. Art.15 Esta Portaria entra
período e m que estiver de folga, com o fim de aten- em vigor a partir de publicação.
der às necessidades do Programa.
Art.16 Revogam-se as disposições em con-
Art.9º. Não poderá se habilitar ao Programa trário.
de Apoio e Incentivo ao Trabalho, Saúde e Educa-
ção no Ambiente Penitenciário, o servidor que esti-
ver de licença/afastamento para tratamento de sa- SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO PENI-
úde própria. TENCIÁRIA E RESSOCIALIZAÇÃO, em Fortaleza,
31 de julho de 2023
I - Após o término do afastamento/ licença o
policial penal somente poderá participar do Pro-
grama decorrido os seguintes prazos:
a) de 15 (quinze) dias, quando nos afastamen-
tos de até 03 (três) dias;
b) de 25 (vinte e cinco) dias, quando nas licen-
ças de 04 (quatro), ou mais dias, até o limite de 15
(quinze) dias;
c) de 30 (trinta) dias, quando nas licenças su- Estabelece e padroniza normas e procedimen-
periores a 16 (dezesseis) dias. tos operacionais do sistema penitenciário do es-
tado do Ceará.
II – O Policial Penal que deixar de frequentar
com assiduidade, salvo justo motivo, cursos em
que haja sido matriculado pelo órgão responsável,
Art. 1 - Estabelecer e Padronizar as Normas
pelo Sistema Penitenciário ou por este designado,
fica inabilitado para participar do Programa, até a e regras de segurança do trabalho do Sistema Pe-
conclusão do curso. nitenciário do Estado do Ceará e seus anexos, a

39
serem adotados e cumpridos no interior dos Esta- IV – o Coordenador Especial do Sistema Prisi-
belecimentos Prisionais, por todos os servidores, onal;
colaboradores, presos, visitantes ou qualquer pes- V – o Supervisor da Célula de Segurança, Con-
soa que porventura necessite adentrar nos Estabe- trole e Disciplina;
lecimentos Prisionais desta Unidade Federativa.
VI – o Diretor de Unidade, Diretor Adjunto,
Chefe do Núcleo de Segurança e Disciplina, Ge-
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS rente de Patrimônio e o Chefe de Equipe.
Art. 7 - A direção da Unidade Prisional será
Art. 2 - Eventuais regras de segurança ou as- composta pelo Diretor, Diretor Adjunto, Chefe de
suntos não abordados nesta normativa deverão ser Segurança e Disciplina, Gerente de Patrimônio e
formalizados através de documento próprio, rela- Chefe de Equipe.
tando as possíveis sugestões ou problemas que te-
nham ocorrido em função da lacuna legislativa exis-
tente. DAS ATRIBUIÇÕES
Art. 3 - Os casos omissos ou excepcionais
que não estão elencados nesta Instrução Norma- Art. 8 - Ao Agente Penitenciário, compete:
tiva serão resolvidos pelo Secretário da Administra- I – observar as normas legais e regulamenta-
ção Penitenciária ou, por ele encaminhado às pes- res, bem como cumprir as ordens superiores, salvo
soas competentes, para se necessário, seja alte- quando manifestamente ilegais;
rado o presente documento ou elaborado instru-
II – tratar com urbanidade e cordialidade os
mento específico.
servidores, colaboradores e visitantes em geral;
Art. 4 - A não observância do que está dis- III – colaborar para a disciplina coletiva e efici-
posto nesta IN, ensejará sanções disciplinares em ência das atividades e operações;
desfavor do servidor, conforme previsto no Estatuto
dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ce- IV – ser assíduo e pontual ao serviço, exer-
ará e Legislações pertinentes. cendo com zelo e dedicação as atribuições do
cargo, bem como ser leal à Instituição;
Art. 5 - Este dispositivo entrará em vigor na
V – atender com presteza e prontidão aos de-
data de sua publicação, revogadas a INSTRUÇÃO
mais servidores do Sistema Prisional, servidores de
NORMATIVA SEJUS Nº 02/2018 e as disposições
outras Instituições, bem como o público em geral,
em contrário.
prestando as informações requeridas, salvo
quando protegidas por sigilo ou que comprometam
a segurança e a disciplina na Unidade;
DA HIERARQUIA
VI – levar por escrito ao conhecimento da Che-
Art. 6 - A Secretaria da Administração Peni- fia Imediata as irregularidades de que tiver ciência
em razão do cargo ou da função que exerça;
tenciária – SAP, não obstante a sua pluralidade se-
torial, prima pela observância ao sequenciamento VII – zelar pela economia do material e conser-
hierárquico bem como, por suas características es- vação do patrimônio público;
peciais; fundamenta-se também na hierarquia fun- VIII – guardar sigilo sobre a documentação e
cional, disciplina e, sobretudo, na defesa dos direi- os assuntos de natureza reservada de que tenha
tos e garantias individuais da pessoa humana, con- conhecimento em razão do cargo que ocupa, ou da
forme abaixo discriminado: função que exerça;
I – o Secretário da Secretaria da Administração XIX – desempenhar ações preventivas e re-
Penitenciária; pressivas, no âmbito do Sistema Prisional, visando
II – o Secretário Executivo da Administração coibir:
Penitenciária; a) o tráfico e o uso de substâncias ilícitas;
III – o Secretário Executivo de Planejamento e b) o cometimento de crimes ou transgressões;
Gestão Interna;

40
c) a comunicação não autorizada de presos XXI – apresentar-se ao serviço com o devido
com o mundo exterior; asseio e apresentação pessoal;
d) a entrada e permanência de armas, objetos XXII – comunicar, em tempo hábil ao chefe
ou instrumentos ilícitos que atentam contra a segu- imediato, os abusos ou desvios dos quais tiver co-
rança e integridade física de servidores e/ou tercei- nhecimento;
ros e presos; e XXIII – colaborar com o asseio e a conserva-
e) a tentativa de fuga, verificando as grades, ção de seu local de trabalho bem como mantê-lo
cobogós e toda a estrutura; limpo;
X – garantir a ordem, a disciplina e a segurança XXIV – verificar previamente sua escala de
das Unidades Prisionais; serviço, bem como se apresentar, com antecedên-
XI – preencher, redigir e digitar relatórios, for- cia, à chefia a que estiver subordinado, ou justificar
mulários e comunicações internas e externas, bem de imediato a impossibilidade de fazê-lo;
como manter atualizados os sistemas informatiza- XXV – prestar auxílio, quando dispuser dos
dos; meios para fazê-lo, às autoridades públicas ou a
XII – exercer atividades de escolta, custódia e seus Agentes que, no exercício de suas funções,
condução de presos à presença de Autoridades, necessitem de seu apoio imediato;
quando requerido; XXVI – repassar imediatamente à chefia ime-
XIII – conduzir veículos oficiais e viaturas para diata, qualquer objeto achado, recuperado ou que
os quais esteja habilitado, conforme carteira nacio- lhe seja entregue em razão de suas atribuições;
nal de habilitação - CNH; XXVII – utilizar linguagem formal e respeitosa
XIV – exercer atividades de escolta de Autori- em comunicação oficial, informação ou ato seme-
dades e/ou Servidores do Sistema Prisional; lhante;

XV – executar operações de escolta e custódia XXVIII – não frequentar, uniformizado e em ra-


de presos em movimentações internas, externas e zão de serviço, lugares incompatíveis com o decoro
transferências entre Unidades Prisionais do Ceará da função;
ou para outros Estados; XXIX – não induzir superior ou colega a erro ou
XVI – exercer atividades relacionadas ao mo- engano;
nitoramento eletrônico e/ou outras tecnologias dire- XXX – não veicular ou propiciar a divulgação
cionadas aos presos; de notícia falsa, documentação, imagens, áudios e
XVII – operar sistemas informatizados, de radi- vídeos de fatos ocorridos nesta Instituição, con-
ocomunicação no âmbito das atividades internas e tendo informações reservadas ou que exponham a
externas do Sistema Prisional; estrutura física ou as regras de segurança de que
tenha conhecimento ou acesso em razão do cargo
XVIII – desempenhar atribuições inerentes ao que ocupa, ou da função que exerça, nos meios de
cargo ocupado, aplicando, quando autorizado e ha- comunicação em geral, como jornais, sites, redes
bilitado para tal, técnicas de averiguação e pes- sociais, blogs, aplicativos, imprensa, etc.;
quisa, bem como de inteligência, contrainteligência
e monitoramento diversos; XXXI – realizar, apenas quando previamente
autorizado pelo superior hierárquico, trabalhos ou
XIX – ministrar treinamentos voltados à ativi- operações conjuntas com outros órgãos ou seus
dade de segurança penitenciária desde que devi- Agentes;
damente habilitado e autorizado pela administra-
ção superior da SAP, que prevaleça o interesse pú- XXXII – não abandonar ou se ausentar do
blico na qualificação do servidor e que o curso seja posto de serviço em que esteja escalado sem pré-
compatível com o desempenho de sua função; via autorização de seu superior imediato, nem se
manter desatento ou displicente quando o estiver
XX – deverá apresentar-se ao serviço, por- ocupando, configurando desídia essas últimas con-
tando identidade funcional, bem como devida- dutas;
mente uniformizado e com os equipamentos neces-
sários ao desempenho da função; XXXIII - não publicar, sem ordem expressa da
autoridade competente, documentos oficiais, ainda

41
que não sejam de caráter reservado, ou ensejar a IV – dar cumprimento às determinações judici-
divulgação do seu conteúdo, no todo ou em parte; ais e prestar aos Juízes, Tribunais, Ministério Pú-
XXXIV – não dar, alugar, penhorar ou vender a blico, Defensoria Pública e Conselho Penitenciário
qualquer pessoa ou instituição, peças de uniforme as informações que lhe forem solicitadas, relativas
ou de equipamento, novas ou usadas; aos condenados e aos presos provisórios;

XXXV – primar pela compostura e sobriedade V – assegurar o normal funcionamento da Uni-


profissional quando em serviço ou em qualquer cir- dade, observando e fazendo observar as normas
cunstância em que se apresente como Agente Pe- da Lei de Execução Penal e de normas correlatas;
nitenciário, uniformizado ou não; VI – administrar as Unidades traçando diretri-
XXXVI – não usar uniforme quando não estiver zes, orientando e controlando e fiscalizando a exe-
de serviço; cução das atividades sob sua responsabilidade;

XXXVII – abster-se de fazer uso de bebidas al- VII – realizar outras atividades dentro de sua
coólicas ou se apresentar embriagado estando em área de competência.
serviço ou uniformizado; Parágrafo Único. O ocupante do cargo de Di-
XXXVIII – manter atualizados junto à COGEP retor de Unidade Prisional será escolhido, obrigato-
os dados pessoais, comunicando qualquer altera- riamente, entre os servidores estáveis de carreira
ção de endereço e/ou telefone; de segurança penitenciária da Secretaria da Admi-
nistração Penitenciária, de acordo com os critérios
XXXIX - atender às requisições judiciais e ad- estabelecidos no art. 75 da Lei de Execuções Pe-
ministrativas e, quando estiver de plantão, dar ciên- nais.
cia prévia à chefia imediata, da necessidade de au-
sentar-se do posto de serviço, pelo tempo neces- Art. 10. Ao Diretor Adjunto, compete:
sário para atender à requisição, mediante apresen- I – assessorar diretamente o Diretor da Uni-
tação de documentação comprobatória, salvo ca- dade Prisional no desempenho de suas atribuições,
sos excepcionais que serão tratados com a direção principalmente na direção, coordenação, orienta-
da Unidade/ Chefia imediata; ção e fiscalização dos trabalhos técnicos, adminis-
XL - exercer atividades correlatas. trativos, operacionais, laborais, educativos, religio-
sos, esportivos e culturais da Unidade respectiva;
§ 1º. Todos os Agentes Penitenciários deverão
estar aptos à execução das atividades específicas II – substituir, em seus afastamentos, ausên-
de suas atribuições, consoante, a necessidade que cias e impedimentos legais, o Diretor da Unidade
lhe seja apresentada. Prisional, independente de designação específica;
§ 2º. A descrição e regulamentação quanto ao III – autorizar a expedição de certidões relati-
Uniforme estão dispostas no Decreto Nº 32.535, de vas aos assuntos da Unidade;
27 de fevereiro de 2018, e em suas posteriores al- IV – acompanhar a execução do plano de fé-
terações. rias dos servidores da Unidade;
Art. 9. Ao Diretor de Unidade Prisional, com- V – preparar dentro dos prazos estipulados os
pete: documentos de controle de frequência, faltas, licen-
I – comunicar, imediatamente, à CEAP e à ças e quaisquer alterações relativos aos servidores
Gestão Superior da SAP sobre qualquer alteração e colaboradores, encaminhando-os à Coordenado-
ou eventualidade que venha ocorrer na Unidade ria Especial de Administração Penitenciária –
Prisional; CEAP e Coordenadoria de Gestão de Pessoas -
COGEP;
II – dirigir, coordenar, orientar e fiscalizar os
trabalhos técnicos, administrativos, operacionais, VI – exercer outras atribuições que lhes forem
laborais, educativos, religiosos, esportivos e cultu- conferidas ou delegadas.
rais da Unidade respectiva § 1º. A substituição prevista neste artigo será
III – adotar medidas necessárias à preserva- gratuita, salvo se exceder 30 (trinta) dias, quando
ção dos Direitos e Garantias Individuais dos pre- então será remunerada por todo o período, de
sos; acordo com o § 3º, do art. 40, da Lei Nº. 9.826, de
14 de maio de 1974.

42
§ 2º. O termo substituição contempla as nome- IX – proceder com a identificação, fiscalização
ações que ocorrem em substituição ao titular do e conferência de todo o material permanente em
cargo em comissão em casos de afastamento ou uso na unidade;
de impedimento do titular, por tempo determinado. X – adotar as medidas de segurança contra in-
§ 3º. É considerado afastamento para fins de cêndio nas dependências da Unidade especial-
substituição: mente na área de prontuário e almoxarifado;
a) férias; XI – fiscalizar e providenciar a manutenção
b) licença saúde; e preventiva e corretiva de veículos, máquinas, equi-
pamentos e móveis em uso na unidade;
c) licença gestante.
XII – zelar pela conservação e limpeza do pré-
§ 4º. O cargo de Diretor Adjunto deve, obriga- dio, acompanhando e fiscalizando as atividades a
toriamente, ser ocupado por servidor estável de serem executadas;
carreira de segurança penitenciária da Secretaria
da Administração Penitenciária. XIII – executar e controlar os serviços de repro-
dução reprográfica ou similar de documentos, pu-
Art. 11. Ao Gerente Administrativo, compete: blicações e impressos de interesse da Unidade;
I – organizar, controlar, executar e fiscalizar as XIV – organizar a prestação de contas dos su-
atividades de apoio necessárias ao bom funciona- primentos de fundos destinados a Unidade Prisio-
mento operacional da Unidade Prisional, inclusive nal, conforme legislação específica;
a manutenção preventiva e corretiva; XV – exercer outras atividades correlatas.
II – receber, controlar e distribuir gêneros ali- Parágrafo Único – O cargo de Gerente Admi-
mentícios, destinados ao consumo da Unidade; nistrativo deverá ser ocupado obrigatoriamente,
III – supervisionar os serviços de copa e de co- por servidor de carreira de segurança penitenciária
zinha; da Secretaria da Administração Penitenciária, pre-
IV – requisitar o material de expediente e pro- ferencialmente estável, mediante indicação do dire-
videnciar a redistribuição junto aos demais serviços tor do estabelecimento e com anuência da Gestão
da Unidade Prisional; Superior da SAP.

V – manter sob sua guarda e responsabilidade Art. 12. Ao Chefe de Segurança e Disciplina
todos os pertences do preso, de uso não permitido, (CSD) compete:
pelo prazo de 30 (trinta) dias, que deverão ser en- I – gerenciar o setor de Segurança e Disciplina,
tregues aos familiares, ao advogado ou quem o elaborando o plano de segurança interna da Uni-
preso indicar, fornecendo a estes comprovantes de dade Prisional, visando proteger a vida e a incolu-
recebimento. Expirado o prazo supracitado, e não midade física dos servidores de carreira, colabora-
realizada a retirada dos pertences nos termos dores, presos, visitantes em geral, a garantia das
acima, os bem de valor serão protocolados e guar- instalações físicas, bem como promover o conjunto
dados em local apropriado que serão entregues de medidas que assegurem o cumprimento da dis-
aos presos quando deixarem as Unidades Prisio- ciplina prisional;
nais;
II – fiscalizar, organizar, controlar e orientar os
VI – manter em bom estado de funcionamento Agentes Penitenciários no exercício de suas atri-
as instalações elétricas, telefônicas, hidrosanitárias buições na ocupação dos postos e execução das
e de climatização do prédio requisitando, com an- atividades inerentes;
tecedência, o material que for necessário para este
fim; III – orientar os presos quanto aos seus direi-
tos, deveres e normas de conduta a serem obser-
VII – elaborar o relatório anual das atividades vadas, quando de sua chegada à Unidade;
inerentes ao serviço e do inventário patrimonial;
IV – demarcar a área de segurança e movi-
VIII – efetuar o balancete mensal do estoque mentação interna com as devidas sinalizações;
de mercadoria existente;

43
V – fazer constar no prontuário disciplinar dos servidor de carreira de segurança penitenciária da
presos as ocorrências e alterações havidas com Secretaria da Administração Penitenciária, prefe-
estes; rencialmente estável, mediante indicação do diretor
VI – controlar e acompanhar a movimentação do estabelecimento e com anuência da Gestão Su-
de preso, quando das transferências internas; perior da SAP.

VII – supervisionar e manter atualizada, no sis- Art. 13. Ao Chefe de Equipe, compete:
tema informatizado (SISPEN), a relação geral dos I – responder pela unidade prisional na ausên-
presos com sua devida localização dentro do esta- cia da direção;
belecimento prisional;
II – supervisionar a equipe de plantão obser-
VIII – encaminhar ao Conselho Disciplinar as vando as determinações superiores;
faltas disciplinares, praticadas por presos para co-
nhecimento e julgamento; III – conferir e ler os relatórios das equipes an-
teriores ao seu plantão;
IX – promover vistorias regulares nos presos e
nas dependências da Unidade Prisional, de caráter IV – conferir o material e equipamentos de se-
preventivo ou sempre que houver fundadas suspei- gurança sob sua responsabilidade, discriminados
tas de porte ou uso, de qualquer material ou objeto, em relatório anterior, informando ao CSD, qualquer
ilícito ou proibido, que possam ser utilizados para divergência na quantidade, estado de conservação
prática de crimes ou faltas disciplinares; e funcionamento dos mesmos;

X – manter atualizados registros e ocorrências V – elaborar a escala do serviço diário, distri-


funcionais relativas aos Agentes Penitenciários; buindo os Agentes para ocupação nos postos de
serviço, observando as diretrizes do plano de segu-
XI – organizar, supervisionar e fiscalizar a com- rança;
posição das equipes no desempenho e execução
de suas funções; VI – registrar a frequência dos Agentes em ser-
viço;
XII – propor à Direção a implantação e modifi-
cação de postos de serviço quando se fizer neces- VII – comunicar, imediatamente, ao CSD da
sário à segurança e bom funcionamento da Uni- Unidade a falta injustificada de servidor para que
dade; sejam tomadas as providências cabíveis;

XIII – zelar, orientar e fiscalizar, pelo bom fun- VIII – fiscalizar a ocupação dos postos de ser-
cionamento, a manutenção dos equipamentos e viço e a execução das atividades de rotina pelos
implementos necessários à execução dos serviços servidores de plantão;
de segurança interna; IX – dar encaminhamento e supervisionar a
XIV – promover mensalmente, em caráter ordi- execução das determinações da Direção e do
nário, reuniões com os Agentes Penitenciários e Chefe de Segurança e Disciplina;
extraordinariamente, quando necessário; X – comunicar, imediatamente, qualquer ocor-
XV – sugerir ao diretor, quando solicitado, no- rência que comprometa a ordem, a segurança e a
mes para escolha e designação dos chefes de disciplina da Unidade, ao Chefe de Segurança e
equipes; Disciplina e/ou Chefia Imediata e Diretor, relatando
em seguida, de forma circunstanciada, por escrito;
XVI – manter em arquivo o registro das pes-
soas que visitam a Unidade; XI – em caso de emergência que comprometa
a integridade física do preso, autorizar transferên-
XVII – comunicar, diariamente, ao diretor e/ou cia interna, ou se for o caso, a saída temporária do
substituto, as alterações constantes no relatório de mesmo para atendimento médico, mediante es-
serviço diário; colta, diante da ausência de seu superior hierár-
XVIII – manter informado o diretor sobre quais- quico, devendo ser observada a comunicação pos-
quer alterações havidas na Unidade; terior;
XIX – exercer outras atividades correlatas. XII – atualizar o sistema informatizado (SIS-
PEN), todas as vezes que fizer movimentação de
§1º. O cargo de Chefe de Segurança e Disci-
plina deverá ser ocupado, obrigatoriamente, por

44
preso para cumprir sua pena em local diferente ao § 2º. Ocorrendo remoção do servidor, antes da
que ele ocupava anteriormente; reposição do serviço previamente agendado, essa
XIII – exercer a vigilância, em conjunto com os condição deverá ser informada a CEAP a fim de vi-
Agentes Penitenciários de plantão, cumprindo e fa- abilizar a reposição e não acarretar prejuízo ao ser-
zendo cumprir as normas e regulamentos da Uni- viço.
dade; Art. 17. O requerimento de permuta deverá
XIV – elaborar relatório circunstanciado ao final ser encaminhado à chefia imediata, através de for-
de seu plantão, registrando todas as ocorrências mulário padrão, anexo a esta IN que, posterior-
havidas; mente, o enviará ao Chefe de Segurança e Disci-
plina para análise que o remeterá à Direção que
XV – exercer outras atividades correlatas.
decidirá sobre o deferimento.
Parágrafo Único – O cargo de Chefe de Equipe
Parágrafo único. É ato discricionário do Diretor
dos Agentes Penitenciários deverá ser ocupado
o deferimento ou não da solicitação de permuta.
obrigatoriamente por servidor de carreira de segu-
rança penitenciária da Secretaria da Administração Art. 18. O requerimento de permuta deverá
Penitenciária, preferencialmente estável, mediante conter as informações que se seguem, sob pena de
indicação do Chefe de Segurança e Disciplina com indeferimento:
anuência do diretor da Unidade e da Gestão Supe-
I. o nome completo e matrícula do substituto e
rior da SAP.
do substituído;
II. a justificativa para troca solicitada;
DA ESCALA DE SERVIÇO III. quantidade de permutas realizadas no mês;
IV. datas em que ocorrerão as substituições;
Art. 14. Os servidores de segurança peniten-
ciária são submetidos ao regime de plantão de 24 V. a assinatura de ambos servidores;
(vinte e quatro) x 72 (setenta e duas) horas, con- VI. anuência do Chefe de Segurança e Disci-
forme legislação vigente . plina.
Art. 19. O pedido deverá ser efetuado com
DAS PERMUTAS E REPOSIÇÕES DE antecedência mínima de 05 (cinco) dias úteis, e,
caso seja autorizado, as partes interessadas rece-
PLANTÃO
berão uma cópia, para que apresentem aos chefes
de plantão no dia de serviço da substituição.
Art. 15. Os Agentes Penitenciários em re- Parágrafo único. O requerimento original de
gime de plantão poderão solicitar até 04 (quatro) permuta deverá ser arquivado nos assentamentos
trocas de serviço durante o mês, não podendo ul- funcionais dos servidores.
trapassar 48 (quarenta e oito) horas consecutivas,
somados o dia de seu plantão com o dia da per- Art. 20. Caso ocorra a autorização da Dire-
muta. ção e uma das partes envolvidas na solicitação
descumpra o estabelecido por ocasião do pedido,
Parágrafo único. A jornada de trabalho sema-
o responsável pelo descumprimento será impedido
nal não poderá ser superior a 48 (quarenta e oito)
de efetuar nova solicitação por período de 90 (no-
horas, somadas as horas trabalhadas da escala or-
venta) dias, sendo efetuado o desconto da falta ao
dinária com o dia da troca do referido plantão.
serviço daquele que não compareceu e tomadas as
Art. 16. A permuta, em regra, ocorrerá entre demais medidas administrativas cabíveis.
Agentes Penitenciários lotados na mesma Unidade Parágrafo único. A falta ao serviço do substi-
Prisional e a reposição do serviço deverá ocorrer tuto não desobriga o substituído a cumprir com a
no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados do autorização anteriormente deferida, devendo esse
dia da sua solicitação. se apresentar ao trabalho no dia que consta no re-
§ 1º. Os casos omissos serão analisados pelas querimento administrativo.
direções e encaminhados à CEAP para delibera-
ção.

45
Art. 21. Caso ambos descumpram o estabe- Parágrafo único. Em se tratando de licença de
lecido na solicitação, a Chefia imediata tomará as saúde o servidor deverá apresentar o atestado à
medidas necessárias para suprir a vacância do Unidade no prazo de 48h (quarenta e oito) horas,
posto. sob pena de ter lançado em sua ficha funcional a
falta ao serviço.
Art. 22. O Agente Penitenciário convocado
para suprir a vacância do posto, por solicitação da Art. 28. Na falta injustificada do servidor, o
Chefia Imediata, terá este período compensado de chefe de plantão deverá registrar no relatório diário
acordo com a legislação pertinente. e comunicar, imediatamente, ao Diretor da Unidade
Prisional através de relatório para que este o enca-
Art. 23. Os Agentes que descumprirem a so- minhe à CEAP para as providências cabíveis, tão
licitação de permuta, responderão procedimento logo tome ciência.
administrativo em razão do ocorrido, em conformi-
dade com o Estatuto dos Servidores Públicos do
Estado do Ceará. DOS PROTOCOLOS E PROCEDIMENTOS
Art. 24. Não será permitida a troca de plantão DE SEGURANÇA DOS RECURSOS E
remunerada, sob pena de responsabilidade admi- EQUIPAMENTOS DE USO DOS AGENTES
nistrativa dos envolvidos. PENITENCIÁRIOS
Art. 25. Não haverá distinção na escala de
plantão dos servidores lotados nas Unidades Prisi- Art. 29. Os agentes penitenciários poderão
onais, devendo ser observado o estabelecido na ter à sua disposição, conforme disponibilidade e
Lei Nº. 14.582/2009 e suas posteriores alterações. necessidade, para o exercício de atividade para o
qual estiver escalado, conforme determinação de
seu superior hierárquico, respeitada sua capaci-
DA FREQUÊNCIA DOS SERVIDORES dade técnica, os seguintes recursos e equipamen-
LOTADOS NAS UNIDADES tos abaixo elencados:
I - rádio HT;
Art. 26. As frequências dos servidores serão II - telefone;
registradas, obrigatoriamente, por meio de registro
biométrico e em modelo de frequência padrão dis- III - computador com acesso à Internet e ao
ponibilizado pela Coordenadoria de Gestão de Pes- SISPEN;
soas – COGEP, anexo a esta Instrução Normativa, IV - algemas e suas respectivas chaves;
estabelecido pela Secretaria da Administração Pe- V - tonfas;
nitenciária, considerando o início e o término de
sua jornada de trabalho. VI - colete balístico;
Parágrafo único. Na impossibilidade de se fa- VII - arma curta;
zer o registro biométrico, deverá o diretor da Uni- VIII - arma longa; e
dade Prisional, através de relatório próprio e jun-
IX - instrumentos de Menor Potencial Ofensivo;
tada de documentos comprobatórios, atestar a fre-
quência do referido servidor, sendo ele o responsá- X - outros que se façam necessários, especifi-
vel pela veracidade das informações contidas no camente ao posto.
relatório, sob pena de responder administrativa e Parágrafo único. A disponibilização quantita-
penalmente. tiva dos recursos e equipamentos elencados nos
Art. 27. Em caso de impossibilidade de com- incisos deste artigo respeitará as especificidades
parecimento ao serviço, com a falta devidamente próprias de cada Unidade Prisional.
justificada, deverá o servidor comunicar imediata-
mente ao chefe imediato para que este possa, em
tempo hábil, tomar as medidas necessárias a fim
de minimizar os prejuízos às atividades do serviço.

46
DOS POSTOS DE SERVIÇO DOS POSTOS NOS BLOCOS E ALAS

Art. 30. Posto de serviço é o local, determi- Art. 36. Ao Agente Penitenciário de serviço
nado pela direção ou autoridade competente, do nos Blocos e Alas compete:
qual o profissional não pode se afastar, sob pena I – quando se tratar de atividade ordinária:
de perder a visão da área protegida, o controle de
acesso ou que de alguma forma comprometa a se- a) exercer a vigilância aproximada, sempre em
gurança da unidade. contato visual, ficando responsável pela guarda e
vigilância das alas como também pelo resguardo
Parágrafo único. O servidor somente poderá da ordem e disciplina nas mesmas;
se retirar do posto de serviço mediante rendição no
local ou quando determinado pela chefia imediata, b) ser responsável pelos materiais e equipa-
não podendo esse ficar abandonado ou desocu- mentos pertencentes ao posto escalado;
pado, ainda que temporária ou transitoriamente. c) permanecer em estado de alerta para iden-
Art. 31. Na troca de plantão, o servidor de- tificar, sempre que possível, presos que descum-
pram as normas de segurança a fim de que possam
verá aguardar rendição em seu posto de serviço,
ser responsabilizados pelas suas condutas, comu-
sob pena de responder, administrativa e penal-
nicando por HT qualquer situação que fuja à nor-
mente, pelo abandono do posto e por suas eventu-
malidade e que necessite de apoio;
ais consequências.
d) efetuar rondas minuciosas no interior das
Art. 32. O servidor que estiver assumindo o alas verificando portas, cadeados e as condições
posto de serviço deverá efetuar a conferência em no interior das celas da Unidade, bem como na
todo equipamento destinado à segurança do setor. área externa entre os blocos, nos fundos da cela
Parágrafo único. Diante da constatação de ir- onde ficam reclusos os presos, e pelas muralhas,
regularidades de que trata este artigo, o servidor com o máximo de atenção, configurando desídia o
antes de assumir o posto de serviço, deverá infor- não cumprimento;
mar o ocorrido ao seu superior imediato para to- e) proceder às ações de retirada e recolhi-
mada de providências cabíveis. mento de interno de dentro das celas devidamente
Art. 33. No momento da rendição do posto, o revistado e algemado,
servidor deverá tomar ciência de todas as ativida- f) acompanhar e fiscalizar a distribuição da ali-
des que estão sendo executadas e suas eventuais mentação e a execução da higienização das alas
alterações. feitas pelos internos;
Art. 34. No posto de serviço, o servidor de- g) executar a soltura, vigilância e recolhimento
verá se manter atento em toda e qualquer atividade do banho de sol;
de segurança em que esteja responsável pela vigi- h) realizar a contagem e a conferência nominal
lância e execução, devendo ainda acompanhar as dos presos;
mensagens pelo HT respondendo prontamente
quando chamado. i) resguardar o direito ao atendimento jurídico
e de saúde à pessoa presa;
Parágrafo único. Fica proibido portar ou utili-
zar, no posto de serviço, livros, apostilas, cadernos, j) executar vistorias estruturais dentro das ce-
revistas, jogos, resumos e similares, que não sejam las sempre que os presos estiverem em banho de
relacionados às atividades do local em virtude do sol e revistas gerais e estruturais sempre que se
comprometimento da atenção do servidor no exer- fizerem necessárias;
cício de suas atividades. l) acompanhar visual e pessoalmente qualquer
movimentação de interno pelas dependências da
Art. 35. O Sistema de Videomonitoramento,
Unidade;
em hipótese alguma, suprirá o trabalho e a pre-
sença física do Agente Penitenciário no posto de m) exercer outras atividades correlatas.
serviço, servindo apenas como item de segurança II – quando se tratar de motim, rebelião ou si-
suplementar. tuações da perturbação da ordem e disciplina:

47
a) tomando conhecimento, comunicar imedia- Parágrafo único. É vedado ao servidor aden-
tamente o fato, via HT ou outro meio disponível, ao trar nas dependências onde tenham contato com
chefe imediato para que este entre em contato com pessoas presas portando arma de fogo com muni-
o CIOPS e Direção, e providenciar de imediato os ção letal bem como facas, canivetes ou análogos,
equipamentos de segurança necessários e dispo- ressalvados aqueles autorizados pela direção da
níveis para restabelecer a ordem e a disciplina; Unidade ou autoridade superior da SAP.
b) tentar identificar e informar o local exato e a
extensão da emergência;
DO POSTO DE GUARDA EXTERNA
c) agir efetivamente, utilizando os meios ne-
cessários, para conter e evitar que a ação dos pre-
sos se propague a outras áreas da Unidade Prisio- Art. 37. Ao servidor escalado no posto de
nal; guarda externa, tais como guaritas, muralhas,
alambrados e portões de acesso, compete:
d) solicitar, se necessário, recursos adicionais
à chefia superior; I – fazer a segurança do perímetro externo e
interno da Unidade Prisional, contribuindo direta-
e) monitorar a movimentação dos presos até a mente para o seu normal funcionamento, mediante
chegada dos grupos de apoio especiais e de agen- a vigilância e segurança preventiva e combativa;
tes de outras unidades, caso seja necessário o
apoio; II – estar provido de armamento longo e curto,
com munição letal e colete balístico para garantia
f) acompanhar as mensagens e orientações da segurança do servidor, do setor e do serviço, e
pelos HTs; outros equipamentos que estejam disponíveis e
g) proceder com a retirada, de dentro da Uni- que possam auxiliar na execução das referidas ati-
dade Prisional, das pessoas que não atuam na vidades;
área operacional; III – agir, imediatamente, diante de situações
h) estabelecer perímetro e isolar a área de se- provenientes de perigo identificado e passíveis de
gurança; comprometer a segurança orgânica da Unidade
i) manter a Direção informada, caso a mesma Prisional, a fim de conter e dispersar a ação de
não se encontre na Unidade Prisional, sobre as me- modo a eliminar ou minimizar, ao máximo, os riscos
didas adotadas para retomada da ordem e disci- à segurança de todos;
plina do local; IV – solicitar apoio e comunicar, imediata-
j) controlada a emergência, apoiar os procedi- mente, à chefia imediata e à autoridade compe-
mentos de revista nos presos, nas celas e demais tente para conhecimento e/ou providências, toda si-
locais indicados pelo Coordenador da operação; tuação identificada como possível risco a segu-
rança;
l) encerrada a emergência, prestar informa-
ções a fim de subsidiar a elaboração do Relatório V – exercer outras atividades correlatas.
minucioso sobre o fato e outros procedimentos ne-
cessários.
DOS PROCEDIMENTOS DE ENTRADA NO
m) proceder com o atendimento médico aos COMPLEXO PENITENCIÁRIO E NAS
presos, caso seja necessário, responsabilização
UNIDADES PRISIONAIS
administrativa e penal daqueles que forem identifi-
cados como participantes da ação de subversão a
ordem e a disciplina. Art. 38. Para efeitos desta normativa, consi-
n) quando devidamente autorizado ou determi- deram-se 02 (dois) tipos de acesso à área de segu-
nado por superior hierárquico, prestar apoio à outra rança prisional:
Unidade Prisional quando em momento de fato crí- I – acesso ao complexo penitenciário quando
tico; na área de segurança existir mais de uma unidade
o) exercer outras atividades correlatas. prisional;
II – acesso à unidade/estabelecimento prisio-
nal propriamente a partir de seu portão principal.

48
Art. 39. Os estabelecimentos prisionais se autorizados pela Direção ou autoridade superior ou
constituem em área de segurança e de acesso res- que a situação de emergência o exigir.
trito e controlado, exigindo a adoção de medidas Parágrafo único. Das pessoas autorizadas,
preventivas quando do ingresso de pessoas e veí- quando se fizer necessário que a arma seja reco-
culos, em prol da segurança, da ordem e da disci- lhida, essa deverá ser guardada em local seguro
plina. conforme determinado pela direção da Unidade.
Art. 44. Fica proibida a entrada, permanência
DO INGRESSO DE PESSOAS ou uso de aparelho de telefonia móvel celular, bem
como seus acessórios, e de qualquer outro equipa-
mento ou dispositivo eletrônico de comunicação,
Art. 40. Somente será autorizada a entrada capaz de transmitir ou receber sinais eletromagné-
de qualquer pessoa nos estabelecimentos prisio- ticos, no interior das Unidades Prisionais, Guaritas,
nais do Estado de Ceará mediante identificação ofi- Passadiços e áreas de circulação comum.
cial, válida e com foto, e demais procedimentos de
segurança que se fizerem necessários. Art. 45. Excetuam-se da proibição do artigo
anterior os equipamentos de radiocomunicação do
Art. 41. O servidor que estiver no controle de acervo da SAP, utilizados no serviço diário das Uni-
acesso da unidade prisional, deverá solicitar a iden- dades, bem como os aparelhos de telefonia móvel
tificação da pessoa e registrar em livro próprio os dos servidores e colaboradores lotados na UP, no
dados necessários. âmbito interno da área administrativa, previamente
Art. 42. As pessoas que tiverem acesso aos cadastrados junto à Direção da Unidade e das pes-
estabelecimentos prisionais sejam elas servidores, soas autorizadas pela Direção ou autoridade supe-
colaboradores da SAP ou de outros órgãos públi- rior desta Secretaria.
cos, prestadores de serviços, fornecedores, tercei-
ros, advogados, dentre outros, deverão, obrigatori- DOS ADVOGADOS
amente, ser devidamente cadastradas e credenci-
adas no Sistema de Informações Penitenciárias –
SISPEN, constando em registro o nome, número Art. 46. Não será permitido ao advogado o
do documento de identificação, dia e hora da en- acesso ao interior da Unidade Prisional acompa-
trada e saída bem como a finalidade do acesso, nhado de terceiros.
ressalvados aqueles devidamente autorizados pela
Art. 47. Na recepção o servidor efetuará o ca-
direção ou autoridade superior da SAP ou que a si-
dastramento e registro do advogado no Sistema -
tuação de emergência assim o exigir.
SISPEN, bem como fará constar no livro de in-
Art. 42. Os fornecedores e prestadores de gresso, onde será feito seu registro com o número
serviço deverão enviar, antecipadamente, os docu- da Ordem, qual o cliente que atenderá, a data, ho-
mentos e informações solicitadas pela SAP com a rário da entrada, horário da saída e assinatura do
identificação dos funcionários das empresas con- advogado.
tratadas que necessitarão de acesso às Unidades
Art. 48. O advogado deverá se identificar
Prisionais.
apresentando sua credencial de registro na Ordem
Parágrafo único. Sempre que ocorrerem mu- dos advogados do Brasil – OAB, para que seja ve-
danças das pessoas contratadas, essas só terão rificada a veracidade e validade do documento, in-
acesso às referidas Unidades após o cumprimento formando a que veio e com quem deseja falar; em
do caput deste artigo. seguida, o servidor que o atendeu deverá comuni-
Art. 43. É expressamente proibida a entrada car ao Chefe de Equipe para providenciar o enca-
minhamento do preso ao parlatório, devendo o Pro-
de qualquer pessoa portando arma de fogo e muni-
fissional do Direito aguardar a retirada de seu cli-
ções, de qualquer espécie, no interior dos estabe-
ente e autorização para seguir ao parlatório.
lecimentos prisionais em local que haja circulação
de pessoa presa ou a partir da área delimitada por Art. 49. Não será permitida ao advogado, du-
responsável pela segurança, Diretor ou autoridade rante atendimento jurídico, a entrega de alimentos
competente, salvo os casos excepcionais ou objetos destinados aos presos.

49
Art. 50. A entrega de material por advogado Art. 59. Os documentos solicitados ao Depar-
só será permitida com prévia autorização da Dire- tamento de Divisão de Prontuários - DIPRON, de-
ção da Unidade, quando o preso não receber visita verão ser requeridos no próprio setor e emitidos em
de familiar, ficando restrito ao kit de higiene, de- até 5 dias úteis contados da data da solicitação,
vendo submeter-se às regras de segurança, obser- salvo em situações urgentes a serem definidas pela
vando o rol de materiais permitidos em conformi- Direção da Unidade.
dade com a Portaria Nº. 04/2020 de 15 de janeiro
Art. 60. É vedada ao advogado, a entrada e
de 2020, suas posteriores alterações, ou outra que
venha substituí-la. a saída dos locais de atendimentos com cartas, bi-
lhetes ou objetos, sem análise prévia, exceto docu-
Art. 51. O advogado poderá estar acompa- mentos judiciais.
nhado de estagiário, desde que, este possua cre-
Art. 61. Não será permitida ao advogado a
dencial registrada no órgão de classe – OAB; con-
tudo, em hipótese alguma, o estagiário poderá retirada de pertences de seus clientes aos finais de
adentrar sem a companhia do advogado. semana e feriados.

Art. 52. O advogado não poderá adentrar à Art. 62. Não serão aceitos alvará de soltura e
Unidade portando materiais ou objetos que não es- decisões judiciais apresentados por advogado.
tejam autorizados, tais como: aparelho de telefone Art. 63. Após o horário de expediente, so-
móvel, carteira, agenda, cigarros, isqueiro, pasta, mente será permitido o ingresso para atendimento
chaves, aparelhos eletroeletrônicos, relógios den- se previamente agendado com a direção e medi-
tre outros. Contudo, caso necessário, o profissional ante autorização da CEAP a fim de resguardar a
será orientado a guardar seus pertences, em local segurança do causídico e que o atendimento seja
apropriado. incluído no plano de segurança do Estabeleci-
Art. 53. O advogado será conduzido até a mento.
sala de espera, onde aguardará a autorização do Art. 64. Caso o advogado necessite de al-
Agente Penitenciário de plantão para seu desloca- guma outra informação, deverá ser encaminhado a
mento até a sala destinada para o atendimento ju- Direção da Unidade.
rídico ou ao destino final.
Art. 65. Em casos excepcionais nas rotinas
Art. 54. O advogado deverá ser submetido à das Unidades Prisionais tais como: dia de visitação,
busca eletrônica, na entrada e na saída de seu entregas de malote, vistorias, alterações de segu-
atendimento, através de body scan e, na falta rança, deverá prevalecer a preservação da integri-
deste, por detectores de metais. dade física do preso, bem como o interesse cole-
Art. 55. O profissional interessado no in- tivo, até que sejam concluídas as atividades em an-
gresso que se opuser ao cumprimento da determi- damento, ou restabelecida a ordem e a disciplina.
nação acima, terá sua entrada proibida e será co-
municado ao Órgão de Classe no qual está regis- OFICIAIS DE JUSTIÇA
trado.
Art. 56. Após a busca eletrônica o advogado Art. 66. No primeiro portão de acesso à Uni-
será conduzido, na entrada e na saída, por um dade Prisional, o oficial de justiça deverá apresen-
Agente Penitenciário até o local de atendimento. tar carteira funcional visando à identificação e
Art. 57. Ao término do atendimento, o advo- acesso ao estacionamento.
gado sairá da sala de parlatório ou local apropriado Art. 67. O acesso do oficial de justiça deverá
antes do preso, que ficará aguardando no local. ocorrer em horário de expediente da Unidade Prisi-
Art. 58. O preso deverá ser revistado sem onal, salvo em casos excepcionais, com prévia au-
roupas, e estas revistadas à parte, antes e depois torização da Direção e ratificação da Administração
de acessar as salas de parlatório ou sala de aten- Superior da Pasta.
dimento, não sendo permitida a saída do local com Art. 68. Somente será permitido o ingresso
qualquer tipo de objeto ou material. do oficial de justiça após o horário de expediente

50
da Unidade Prisional, se previamente agendado Art. 80. Caso o oficial de justiça necessite de
com a direção e autorizado pela CEAP. alguma outra informação deverá ser encaminhado
Art. 69. Depois de identificado, se o oficial de a Direção da Unidade.
justiça estiver com veículo próprio ou de serviço,
deverá ser orientado a deixar na vaga destinada ao
DO INGRESSO DE VEÍCULOS
estacionamento, quando houver.
Art. 70. Não será permitido ao Oficial de Jus-
Art. 81. Somente serão autorizados entrar
tiça o acesso ao interior da unidade, acompanhado
com veículo particular nos complexos penitenciá-
de terceiros.
rios:
Art. 71. Acompanhado de um Agente Peni- I – os servidores e colaboradores da SAP;
tenciário, o oficial deverá ser encaminhado até a re-
cepção ou setor de vistoria, objetivando a busca II – autoridades públicas ou servidores de ou-
eletrônica através de detectores de metais. tros órgãos, em razão de serviço;
III – fornecedores e prestadores de serviço de-
Art. 72. O serventuário da Justiça interes-
vidamente cadastrados e autorizados;
sado no ingresso, que se opuser ao cumprimento
da determinação acima, terá sua entrada proibida IV – advogados, no exercício da profissão;
e o fato será comunicado ao Juízo responsável. V – as pessoas devidamente autorizadas pelas
Art. 73. Sempre que o oficial da justiça in- Direções de unidade prisional ou autoridade Supe-
gressar em qualquer Unidade Prisional, deverá por- rior da SAP.
tar somente materiais ou objetos que sejam estrita- Art. 82. Os advogados poderão ter acesso
mente necessários para o cumprimento de seu de- com motoristas, caso necessário, e deverão estaci-
ver funcional. onar os veículos em local próprio, fora da Unidade
Art. 74. Após busca eletrônica, o oficial será Prisional.
acompanhado, na entrada e na saída, por um Art. 83. No controle de acesso ao Complexo
Agente Penitenciário até o local do atendimento, Penitenciário e estabelecimentos prisionais deverá
devendo o servidor permanecer até a conclusão do ser feita a identificação do motorista, do veículo e
procedimento. de seus ocupantes, em ficha própria, constando o
Art. 75. Não será permitida ao oficial de jus- nome do servidor que fez a identificação.
tiça a entrega de alimentos ou objetos destinados § 1º. A identificação do condutor deverá conter
aos presos. o nome, número do documento de identificação,
cargo/profissão, horário de entrada e saída, destino
Art. 76. Após dar ciência ao preso do teor da
e finalidade.
intimação/citação, deverá encaminhar a documen-
tação à direção para as providências cabíveis e § 2º. O veículo deverá ser identificado com nú-
posterior arquivamento no prontuário. mero da placa, modelo e cor predominante, exceto
as viaturas caracterizadas pertencentes à SAP.
Art. 77. Caso o referido setor esteja fechado,
o Oficial de Justiça entregará os documentos ao Art. 84. Todo e qualquer veículo que adentrar
Chefe de Equipe, que deverão ser registrados em nos estabelecimentos prisionais deverá ser revis-
livro de protocolo e remetidos ao setor responsável. tado na entrada e na saída, qualquer que seja o
usuário ou carga transportada, salvo veículo de ca-
Art. 78. Após o atendimento, o preso deverá ráter oficial, em serviço, nos casos de motim, rebe-
ser revistado sem roupas, e estas revistadas a lião, intervenção e movimentação de detentos em
parte, antes e depois de acessar as salas de aten- caráter de urgência.
dimento, não sendo permitida a saída do local com
§1º. Ao passar no posto de acesso o veículo
qualquer tipo de objeto ou material não permitido.
deverá ter os vidros abaixados e seu porta-malas
Art. 79. É vedada ao Oficial de Justiça a en- aberto pelo condutor do veículo.
trada e a saída dos locais de atendimento com car- §2º. Em se tratando de veículos com comparti-
tas ou objetos, exceto documentos judiciais. mento de carga isolado e fechado, do tipo baú, van

51
ou similar, este compartimento será também inspe- Art. 92. A realização de revista manual de-
cionado, bem como, a parte inferior do veículo. verá ser realizada por Agente Penitenciário e ocor-
Art. 85. O veículo que estiver estacionado na rerá nas seguintes hipóteses:
área de acesso das unidades prisionais deverá per- I – o estado de saúde impeça que a pessoa a
manecer devidamente fechado e sem qualquer ser revistada se submeta a determinados equipa-
ocupante no seu interior, ressalvados os veículos mentos de revista eletrônica;
oficiais de autoridades e viaturas operacionais. II – quando não existir equipamento eletrônico
ou este não estiver funcionando;
DAS REVISTAS III – após a realização da revista eletrônica,
subsistir fundada suspeita de porte ou posse de ob-
jetos, produtos ou substâncias, cuja entrada seja
Art. 86. Considera-se revista manual toda proibida.
inspeção realizada mediante contato físico da mão
do Agente público competente, sobre a roupa da § 1º. A revista prevista neste artigo deverá ser
pessoa revistada, sendo vedado o desnudamento realizada por servidor habilitado do mesmo sexo do
total ou parcial, o toque nas partes íntimas, o uso revistado.
de espelhos, o uso de cães farejadores, bem como § 2. O servidor ou a pessoa interessada no in-
a introdução de quaisquer objetos nas cavidades gresso, que se opuser ao cumprimento da determi-
corporais da pessoa revistada. nação do caput, terá seu ingresso proibido.
Parágrafo único. A retirada de calçados, casa- Art. 93. Os servidores plantonistas somente
cos, jaquetas e similares, bem como de acessórios, poderão adentrar no interior das Unidades Prisio-
não caracteriza desnudamento. nais com objetos necessários para o desenvolvi-
Art. 87. Considera-se revista eletrônica toda mento de suas funções e após os mesmos serem
inspeção realizada mediante uso de equipamentos vistoriados.
eletrônicos, detectores de metais, body scanners, Art. 94. Os servidores que necessitarem utili-
aparelhos de raio-x ou similares. zar armários ficam previamente informados que, se
Art. 88. Considera-se revista material aquela necessário, a revista dos mesmos será realizada
realizada em pertences e objetos (bolsas, mochi- na presença de seus usuários. Caso ausente, o ar-
las, bornal, malas etc.) devendo ser feita de forma mário será aberto para revista sendo posterior-
manual e eletrônica ou com uso de cães farejado- mente lacrado e dada a ciência ao responsável.
res. Art. 95. Aparelhos de telefonia celular, cha-
Art. 89. Toda pessoa que adentrar na Uni- ves ou outros objetos que não são permitidos ao
dade Prisional, bem como os servidores e colabo- funcionário o porte e uso durante a permanência na
radores, deverão se submeter à revista eletrônica e Unidade, no momento do ingresso, deverão ficar
material, preservando-se a integridade física, psi- guardados nos veículos ou em armários.
cológica e moral da pessoa revistada. Art. 96. É expressamente proibido a qualquer
Art. 90. A revista pessoal à qual devem se pessoa que adentre no interior da Unidade Prisio-
submeter todos que queiram ter acesso a uma Uni- nal ou nas guaritas de vigilância, internas e exter-
dade Prisional para manter contato com pessoa nas, o uso e porte de aparelhos telefônicos, apare-
presa ou ainda para prestar serviços, ainda que lhos eletroeletrônicos, uso de mochilas ou valises e
exerçam qualquer cargo ou função pública, será re- o uso ou porte de cigarros, estando o infrator sujeito
alizada com respeito à dignidade da pessoa hu- às sanções previstas em Lei.
mana, sendo vedada qualquer forma de desnuda- Art. 97. Antes e depois das visitas, os presos
mento, tratamento desumano ou degradante. deverão ser submetidos à revista.
Art. 91. Onde houver body scan, obrigatoria- Art. 98. Os visitantes deverão ser revistados
mente, este será o meio utilizado para a revista ele- antes de adentrarem e na saída da Unidade Prisio-
trônica. nal.

52
PROCEDIMENTOS INTERNOS anotados, dentre outros, foto, seus dados de iden-
DO INGRESSO, DO REINGRESSO, DAS tificação e qualificação, de forma completa, dia e
hora da chegada, situação de saúde física e men-
TRANSFERÊNCIAS E DA SOLTURA
tal, aptidão profissional e alcunhas.
§ 1º. Nos prontuários físicos e eletrônicos fica-
Art. 99. O ingresso de preso em Unidade Pri- rão arquivados todos os documentos relativos ao
sional poderá ser por transferência da custódia da preso, inclusive, sempre que possível, certidão atu-
Polícia Civil para o Sistema Penitenciário, advindo alizada de antecedentes criminais, bem como com-
de outra Unidade, cumprimento de mandado de pri- provante do seu domicílio de origem.
são ou custódia excepcional e temporária, concre-
tizando-se com a conferência dos dados de identi- § 2º. O prontuário eletrônico acontecerá atra-
ficação e documentação obrigatória de ingresso es- vés de alimentação do Sistema de Informação Pe-
pecificada, além do cadastramento em sistema pró- nitenciária – SISPEN, e o preenchimento, em sua
prio desta Secretaria. integralidade, das informações solicitadas.
§ 3º. Em hipótese alguma o responsável pelo
Art. 100. O ingresso/admissão do preso pro-
cadastro dos presos deverá efetuar registros abre-
visório ou condenado precede a apresentação dos viando iniciais de nome e sobrenome.
seguintes documentos:
Art. 103. Caso o preso já esteja cadastrado
I – guia do Auto de prisão em flagrante e/ou do
mandado de prisão judicial; no Sistema SISPEN, deverá ser realizada a atuali-
zação do banco de dados, inclusive fotos, contudo,
II – guia de recolhimento, expedida pela auto- o campo endereço não deverá ser alterado o ante-
ridade judiciária competente, observando-se o dis- rior, mas adicionado um novo endereço, se for o
posto nos Artigos 105 a 107 da Lei Nº. 7.210/84, caso.
em caso de preso condenado;
Art. 104. Na realização do cadastro, o res-
III – comprovação de que o mesmo foi subme-
ponsável deverá efetuar a matrícula interna do
tido a exame ad cautelam (exame de corpo de de-
preso, e anexar ao seu prontuário.
lito);
IV – comprovante de identificação precedida Art. 105. Nos ingressos de presos provisó-
de foto criminal do preso junto à Delegacia de Cap- rios, não haverá abertura de prontuário, permane-
turas e Polinter ou órgão da Secretaria de Segu- cendo o cadastro da Unidade de origem.
rança Pública e Defesa Social - SSPDS correspon- Art. 106. A todo preso que ingressar em Uni-
dente, quando possível; e dade Prisional deverá ser feita a preleção sobre os
V – documento de autorização da CATVA, e/ou direitos e deveres do preso, conforme legislação vi-
da Corregedoria no âmbito de suas respectivas gente, bem como as regras disciplinares das Uni-
competências, salvo nos casos de presos oriundos dades Prisionais, que deverá ser efetivada pela Di-
da audiência de custódia da Comarca de Fortaleza reção ou membros da segurança penitenciária.
ou por decisão judicial.
Art. 107. Os pertences trazidos com o preso
Parágrafo Único. O procedimento para in- cuja posse não seja permitida, bem como objetos
gresso do preso no Centro de Triagem e Observa- de valor e dinheiro serão inventariados e encami-
ção Criminológica será regulamentado em portaria nhados à Direção/Chefia Imediata, mediante re-
própria, considerando a especificidade desta Uni- cibo, e poderão ser entregues aos familiares, ao
dade. advogado ou a quem o preso autorizar por escrito.
Art. 101. Após a coleta da documentação ne- § 1º. Em caso de transferência de preso para
cessária para o ingresso do preso, o Agente/cola- outra Unidade e este possua pertences e objetos
borador responsável deverá, obrigatoriamente, re- inventariados na Unidade de ingresso, esses deve-
alizar o cadastramento do mesmo no SISPEN. rão ser encaminhados juntos com a transferência
do preso.
Art. 102. No ato do ingresso, será aberto em
nome do preso prontuário físico e eletrônico, devi- § 2º. Os pertences e objetos inventariados que
damente numerado em ordem seriada, onde serão não forem retirados pelas pessoas indicadas no

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caput serão entregues ao preso quando de sua sa- Art. 113. O tempo para permanência do
ída da Unidade Prisional. preso em período de adaptação nas celas de tria-
§ 3º. Em caso de falecimento do preso, os va- gem e identificação, por ocasião de seu ingresso
lores e bens a este pertencente, devidamente in- em Unidade Prisional, será de 30 (trinta) dias, no
ventariados, serão entregues aos familiares, aten- mínimo, a fim de que possam se adaptar às regras
didas as disposições legais pertinentes. de segurança da Unidade Prisional, saindo em pe-
ríodo anterior somente com ordem da Direção ou
Art. 108. Os responsáveis pelo ingresso e em caso de emergência.
admissão do preso deverão encaminhar, ato contí-
nuo, à conclusão do procedimento, a relação dos Art. 114. Durante o período de adaptação, a
presos admitidos à Chefia de Segurança e Disci- pessoa presa não poderá receber visitas.
plina e/ou Administrador, para conhecimento e pro- Art. 115. Sempre que ocorrer o ingresso de
vidências relacionadas à realização da acolhida e
pessoa presa, o servidor ou colaborador deverá ve-
alocação.
rificar se o mesmo é provisório ou condenado para
Art. 109. Os estabelecimentos destinados a orientação a individualização da execução penal,
mulheres terão estrutura adequada às suas espe- segundo seus antecedentes e personalidade,
cificidades e os responsáveis pela segurança in- quando possível.
terna serão Agentes Penitenciários do sexo femi- Art. 116. Os presos com idade superior a 60
nino, exceto em eventos críticos ou festivos.
(sessenta) anos, sempre que possível, deverão ser
Art. 110. No momento do ingresso, será pro- alojados em local separado, devendo ser comuni-
videnciada a entrega, a pessoa presa, de uniforme cado à chefia imediata.
cedido pela Unidade Prisional, bem como do kit bá- Art. 117. A transferência é o deslocamento
sico de higiene, colchão, lençol e utensílios para re-
da pessoa presa de uma Unidade Prisional para
alizar suas refeições, mediante termo de recebi-
outra e se dará mediante autorização ou determi-
mento com o qual o custodiado também será res-
nação da CEAP.
ponsável pela guarda e conservação dos mesmos,
podendo responder, administrativa e penal e civil- Art. 118. A Direção/Administração da Uni-
mente, em caso de danos propositais nesses. dade Prisional deverá preparar a documentação do
§ 1º. Somente será feita a entrega de novo ma- preso com antecedência de 24 (vinte e quatro) ho-
terial por substituição daquele que foi entregue an- ras, a fim de agilizar a transferência e a escolta.
teriormente, com o recolhimento desse pelo servi- Art. 119. Após a adequação do SISPEN,
dor que efetivar a troca, mediante termo assinado uma vez que todos os documentos estiverem digi-
pela pessoa presa do recebimento. talizados e inseridos no referido Sistema, os pron-
§ 2º. Para as Unidades Prisionais que não te- tuários físicos padronizados do preso deverão se-
nham condições de entregar o uniforme à pessoa guir para a nova Unidade, permanecendo cópia na
presa, deverão oportunizar a entrada de roupas Unidade Prisional de origem.
que obedecem às características padrões das for- Art. 120. Todos os pertences e documenta-
necidas pelo Estado, vedando quaisquer outras.
ção recebidos e produzidos durante a custódia da
Art. 111. Os termos de recebimento de ma- pessoa presa na Unidade Prisional deverão ser en-
teriais assinados pelas pessoas presas deverão ser caminhados através da escolta.
arquivados em seus prontuários.
Art. 121. O alvará de soltura deverá ser cum-
Art.112. No ingresso de pessoa presa ao Sis- prido pelo Diretor da Unidade Prisional ou seu
tema Penitenciário, deverão ser providenciados o substituto, em 24h (vinte e quatro horas) contadas
corte do cabelo em tamanho único, retirada da do seu recebimento, após a realização das consul-
barba e do bigode, informando-a que é seu dever a tas aos bancos de dados necessários.
higiene pessoal e asseio da cela e o seu descum- Parágrafo único. Na Ausência do Diretor e Vice
primento resultará na adoção das medidas discipli- Diretor bem como nos finais de semana ou feriado
nares cabíveis de acordo com o estabelecido na Lei prolongado em que não se tenha expediente admi-
de Execução Penal e legislações correlatas. nistrativo, o chefe de plantão deverá comunicar a

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Direção tão logo tome ciência para que sejam to- REVISTA DO PRESO E SEUS PERTENCES
madas as providências cabíveis ao cumprimento
do alvará.
Art. 126. O Agente Penitenciário deverá ori-
Art. 122. Deverá ser feita a comunicação ao entar o preso a tirar a roupa por completo, revistar
respectivo juiz que expediu o alvará de soltura bem as peças manualmente e individualmente e,
como ao juiz da Vara de Execuções Penais quanto quando necessário, passar o detector de metais
ao seu cumprimento ou as razões que o impossibi- nos chinelos, colchão e/ou em objetos de uso pes-
litaram justificando a manutenção da prisão. soal que não sejam maleáveis.
Art. 123. Nos casos em que o alvará de sol- Art. 127. Para a revista do preso, o Agente
tura esteja condicionado ao uso de tornozeleira ele- Penitenciário deverá solicitar aquele que abra a
trônica, tão logo tenha ciência, o Diretor da Unidade boca, levante a língua e com o dedo indicador abra
Prisional deverá entrar em contato com o setor de o canto das bochechas e gengivas. Em caso do uso
monitoramento eletrônico para que providencie as de prótese dentária, solicitar sua retirada para re-
medidas necessárias para sua execução a fim de vista, devolvendo-a a seguir; averiguar cabelo, cos-
dar cumprimento à determinação judicial conforme tas, sola dos pés, palmas das mãos estendidas,
o previsto no artigo 119. embaixo das axilas e o agachamento por quantas
vezes forem necessárias, visando averiguar as par-
tes íntimas.
HORÁRIOS DOS PROCEDIMENTOS
DIÁRIOS NAS UNIDADES PRISIONAIS
PROCEDIMENTOS DE REVISTAS
Art. 124. A rotina ordinária, nas Unidades Pri- DAS CELAS
sionais do Estado do Ceará, obedecerá como base
os horários abaixo descritos, sem prejuízo das de- Art. 128. Quando o Agente Penitenciário for
mais atividades: executar alguma atividade no interior das alas, vi-
I – alvorada, contagem e conferência nominal vências e celas, devem ser observados todos os
dos internos, distribuição do café da manhã, reco- procedimentos de segurança necessários.
lhimento de lixo, limpeza da Unidade e retirada de Art. 129. Durante o horário de banho de sol
internos para atendimentos diversos previamente dos presos, é obrigatório a realização da revista es-
relacionado e informado: 06h às 8h; trutural das celas, de acordo com os procedimentos
II – banho de sol matinal de: 08h às 12h; a seguir:
III – distribuição do almoço: 11h; I – os Agentes responsáveis pela revista deve-
IV – banho de sol vespertino de: 13h às 17h; rão entrar nas celas e fazer a verificação da estru-
tura física: piso, paredes, teto e instalações hidros-
V – distribuição do jantar: a partir das 16h; sanitárias, no intuito de verificar se houve qualquer
VI – contagem e conferência nominal dos inter- dano e/ou alteração estrutural na cela;
nos: Logo após o encerramento das atividades e II – verificar a existência de quaisquer materi-
trancamento de todos os presos. ais não permitidos e/ ou excessos, providenciando
Parágrafo único. A logística para distribuição a retirada, se houver;
de alimentação a partir de sua chegada à unidade, III – revistar as grades, olhando atentamente
não deverá ultrapassar o período de 01 (uma) hora, para averiguar se não estão serradas ou danifica-
sob pena do prejuízo nutricional dos alimentos. das;
Art. 125. A Direção organizará e informará IV – não permitir que sejam colados cartazes,
outros horários necessários para atendimentos, ati- cartolinas ou papelões nas paredes, seja nas celas,
vidades laborais, educativas, religiosas e visitas, ou em outros locais que porventura os presos de-
respeitando os protocolos adotados pela secreta- vam permanecer, bem como não permitir que seja
ria. riscado ou danificado o interior da cela; se isso
ocorrer, imediatamente fazer comunicação escrita

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ao Chefe de equipe, que tomará as medidas cabí- Art. 134. Antes de abrir celas para retirada
veis; de preso, bem como nos procedimentos de saída e
V – assinar termo de vistoria, indicando as al- recolhimento do horário de banho de sol, atendi-
terações observadas no ato da revista. mentos de saúde, atendimento de advogado, ofici-
nas, sala de aula ou retorno de visita, o Agente Pe-
§ 1º. Caso seja encontrado qualquer ilícito, ou
nitenciário deverá certificar-se que os portões dos
dano ao patrimônio, identificado o autor, deverá ser
corredores e das demais celas estejam fechados.
encaminhado para registro de ocorrência na Dele-
gacia Policial e após o procedimento ser encami- Art. 135. Nas saídas e por todo o trajeto para
nhado à cela de isolamento disciplinar preventivo. as movimentações internas, será necessário o uso
§2º. Iniciar o Procedimento Administrativo Dis- de algemas, salvo em situações excepcionais,
ciplinar dos autores que foram identificados. desde que respeitado os padrões de segurança.

Art. 130. Caso seja verificado qualquer tipo Art. 136. É permitido ao preso, autorizado
de alteração, deverá ser imediatamente comuni- pelo Agente, retirar da cela o colchão, roupas de
cada ao Chefe de Equipe/Chefia Imediata, que de- cama e objetos de uso pessoal por ocasião de
terminará as providências a serem tomadas. transferência interna, desde que os materiais sejam
devidamente vistoriados.
Art. 137. Na saída e retorno do banho de sol
DA CONTAGEM E CONFERÊNCIA o preso não poderá levar consigo nenhum tipo de
NOMINAL DOS PRESOS objeto que não seja sua própria vestimenta.
Art. 138. É proibido o deslocamento de pre-
Art. 131. Caberá ao Agente Penitenciário a sos ao setor administrativo, salvo com prévia auto-
responsabilidade sobre a contagem e a conferência rização do Diretor ou da chefia imediata e devida-
nominal dos presos que deverá ser realizada diari- mente escoltado por Agente Penitenciário.
amente ao final das rotinas do dia e na retomada
das atividades ao amanhecer e/ou quantas vezes Art. 139. A retirada dos presos deverá ser co-
forem necessárias ou determinado pela chefia ime- ordenada pelo Chefe de Equipe ou Chefia Imedi-
diata. ata, devendo ser observadas as regras de segu-
rança interna, bem como deve ser evitado o ex-
cesso de presos nos corredores.
DOS PROCEDIMENTOS DE ALGEMAÇÃO
Art. 140. Em caso de problemas de indisci-
plina ou que perturbem a ordem e segurança du-
Art. 132. O uso de algemas visa garantir a rante o procedimento realizado, imediatamente de-
segurança das pessoas e da Unidade Prisional du- verá ser isolado o local, realizado o fechamento de
rante a movimentação interna e externa de preso. todos os portões e acionada a chefia imediata para
Será obrigatório observado as ressalvas estabele- providências. Contudo, em hipótese alguma, po-
cidas desta IN. derá ocorrer o abandono do local até que sejam
restabelecidas a ordem e a disciplina.
Art. 141. O acesso de presos à área coletiva
DESLOCAMENTO INTERNO DE PRESOS
de visitas será estabelecido pelo Gestor da Uni-
dade Prisional, observando sempre as regras aqui
Art. 133. Para qualquer tipo de deslocamento definidas e as questões de segurança interna.
o preso deverá ser revistado sem roupas, e estas
revistadas a parte, antes e depois de acessar os
locais permitidos, não sendo autorizada a entrada DESLOCAMENTO EXTERNO DE PRESOS
e a saída do local com qualquer tipo de objeto ou
material, salvo com expressa autorização do Chefe Art. 142. Deslocamentos externos, devida-
de Equipe ou Chefia Imediata, o que deverá ser re-
mente autorizados, sempre deverão ser escoltados
gistrada em Relatório Diário de Plantão.
por Agentes Penitenciários observando as condi-
ções e procedimentos de segurança.

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Art. 143. Qualquer atividade laboral envol- III – condução de presos para atendimento de
vendo presos e ferramentas deverão ser sempre saúde rotineiro ou emergencial;
acompanhadas. O preso deverá ser revistado na IV – encaminhamento de preso para compare-
saída e no retorno, constatando em Relatório de cer a sepultamento de ascendentes, descenden-
Plantão o número de ferramentas que serão utiliza- tes, irmãos e cônjuges; (Art. 120 LEP);
das no serviço.
V – acompanhamento de presos a cartórios,
bancos e demais instituições públicas, com a de-
DAS VISITAS ÀS PESSOAS PRIVADAS vida ordem judicial;
DE LIBERDADE E DO INGRESSO DE VI – condução de presos às delegacias, em
MATERIAIS E OBJETOS PERMITIDOS caso de infração pena; e
NAS UNIDADES VI – outras que forem determinadas por autori-
dade competente.

Art. 144. As visitas aos presos o ingresso de § 1º. A escolta externa para comparecimento a
objetos, alimentação e outros, nas Unidades Prisi- sepultamento será realizada mediante apresenta-
onais, além do disposto nesta normativa, estão re- ção do atestado de óbito e demais documentos, ob-
gulamentados através da Portaria SAP Nº. servadas as normas de segurança, não sendo per-
004/2020, publicada no DOE de 15 de janeiro de mitida escolta para velório.
2020, suas posteriores alterações ou outra que ve- Art. 148. Nas escoltas decorrentes de de-
nha substitui-la. mandas interestaduais deverão ser observadas as
seguintes diretrizes:
DAS ESCOLATAS DA ESCOLTA EXTERNA I – ao receber a requisição de outro Estado, re-
lativamente à escolta de preso, a Unidade Prisional
deverá encaminhar a referida requisição, à Coorde-
Art. 145. A escolta externa de presos será re- nadoria Administrativa da CEAP que após análise,
alizada pelos Agentes Penitenciários da Unidade, deliberará para Assessoria Operacional daquela
salvo em casos de presos, ou grupo de presos, que Coordenadoria operacionalizar a missão;
requeiram programa de segurança mais elaborado,
II – uma vez autorizada a escolta, a Unidade
ocasião em que será remetido aos grupos especi-
Prisional de destino deverá ser contatada pela
ais.
equipe da escolta, de modo a confirmar se está ci-
§ 1º. As escoltas, função indelegável, obrigato- ente do procedimento; e
riamente serão feitas por Agentes Penitenciários e
III – cabe à Assessoria Operacional da CEAP
em veículos oficiais em toda a sua composição.
gerenciar, junto às Unidades Prisionais e Células
§ 2º. A equipe da escolta será composta por Regionais, todas as etapas programáticas para efe-
número de integrantes da segurança condizentes tivação da Escolta, inclusive o registro dos escol-
com a proporção numérica de presos, perfil criminal tantes, escoltados e veículo.
e complexidade do evento.
Art. 149. Os Agentes Penitenciários escala-
Art. 146. A escolta de presos de alta pericu- dos para realização de escolta são legalmente res-
losidade será realizada pelos Grupos Especiais. ponsáveis pelos equipamentos que utilizam e pelos
Parágrafo único: Em nenhuma hipótese será presos que transportam, submetendo-se às san-
permitida a presença de colaboradores terceiriza- ções administrativas e penais cabíveis nos casos
dos neste procedimento, inclusive como motorista. de irregularidades.

Art. 147. A escolta será realizada nas seguin- Art. 150. As informações referentes ao pla-
tes ocasiões: nejamento da execução da escolta deverão ser tra-
tadas pela Direção/administração da Unidade dire-
I – transferência de presos entre Unidades da tamente com a Coordenação Operacional da
SAP; CEAP.
II – determinação de autoridade judicial;

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Art. 151. No caso de transferência entre as VI – outros que se façam necessários especifi-
Unidades da SAP, é indispensável levar o ofício de camente ao posto.
apresentação e devidas autorizações e cópias dos Art. 155. A escolta em ambulância contará,
prontuários gerais padronizados do preso e a mo- minimamente, com um Agente Penitenciário, pre-
vimentação no SISPEN. sente junto à equipe de socorristas, no comparti-
Art. 152. No caso de realização de escolta mento de pacientes, durante todo o trajeto, sendo
coletiva, considerada a obrigação de preservar a in- que, na cabine, deverá estar outro Agente Peniten-
tegridade física e moral dos presos, deve-se obser- ciário.
var a condição de cada um: § 1º. A ambulância que esteja transportando
I – estado de saúde e gênero; presos, além da presença dos Agentes Penitenciá-
rios junto ao preso e ao motorista, poderá ser es-
II – existência de comparsas entre os presos a coltada por uma ou mais viaturas do Sistema Prisi-
serem escoltados juntos; e onal.
III – existência de inimigos ou problemas de § 2º. O Agente Penitenciário só não permane-
convivência entre os presos a serem escoltados cerá junto à equipe de socorristas quando sua pre-
juntos. sença inviabilizar o atendimento; contudo, dever-
Parágrafo único. No caso de escolta de presas se-á levar em conta a segurança dos socorristas e
há que observar também a existência de grávidas do próprio preso, sendo que tal situação deverá ser
e suas respectivas condições, visando estabelecer resolvida em comum acordo com os profissionais
procedimentos em consonância ao que estabelece da saúde.
o Código de Processo Penal, LEP e legislações § 3º. No caso previsto no § 2º deste artigo,
pertinentes. quando não houver consenso entre a equipe de es-
Art. 153. A Unidade Prisional, em eventual colta e os profissionais de saúde envolvidos na
impossibilidade de realização de procedimento de operação, a situação deverá ser rapidamente co-
escolta externa, comunicará o fato imediatamente municada à Direção/ Administração da Unidade
à Assessoria Operacional da CEAP, de modo que Prisional, a qual deverá orientar a conduta mais
ainda disponha de tempo hábil para providenciar acertada por parte dos Agentes Penitenciários ou
apoio junto às demais Unidades Prisionais ou ori- comunicar a CEAP para as providências cabíveis.
entar a adoção de outros procedimentos.

DA ESCOLATA AÉREA
DA ESCOLATA EXTERNA HOSPITALAR
Art. 156. O planejamento da escolta aérea,
Art. 154. Define-se como escolta hospitalar o bem como a designação da equipe que irá executá-
acompanhamento, vigilância e custódia de presos la, deverá observar os seguintes requisitos:
em hospitais, clínicas médicas ou similares, públi- I – encaminhar os dados pessoais do preso
cas ou particulares, realizados por Agentes Peni- para a Coordenadoria de Inteligência para análise
tenciários, aos quais cumpre: de periculosidade;
I – a trajar obrigatoriamente o uniforme; II – enviar à Unidade Federativa de destino,
II – respeitar as normas da administração do com antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis,
Estabelecimento Hospitalar, sem prejuízo dos cri- ofício de solicitação de apoio e informações acerca
térios de segurança da escolta; do pessoal que será designado a receber e prestar
o suporte necessário à escolta, informando, ainda,
III – manter sempre o preso dentro do seu
dados dos escoltantes e do (s) escoltado (s), nú-
campo de visão;
mero do voo, horário de embarque e desembarque
IV – não se afastar do posto de serviço sem nos aeroportos;
prévia rendição;
III – antes de iniciar o procedimento de cotação
V – observar o estrito cumprimento das regras e compra de passagens, verificar, via contato tele-
de algemação; e fônico ou por e-mail, se a Unidade Prisional de

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destino do preso está ciente da realização da de- momento do desembarque e reembarque em outra
manda; e IV – montar pasta de viagem com toda aeronave.
documentação referente à demanda, a saber: § 1º. Durante o voo, o preso não deverá ser
a) cópia do ofício de solicitação de apoio enca- algemado a assentos, mesas ou a quaisquer outras
minhado ao Estado de destino do preso e resposta; partes da aeronave, devendo, quando aplicável,
b) ofício e/ou ordem judicial das autorizações permanecer algemado para frente, com as algemas
da transferência; presas no cinto de algemação.

c) cópia do prontuário do preso; § 2º. Quando da necessidade do uso de ba-


nheiro por parte do escoltado, deverão os escoltan-
d) recibo de entrega do preso; e tes vistoriar todo o local antes e após, certificando-
e) laudo do exame de corpo de delito. se da impossibilidade de acessos a fugas, bem
como da posse de materiais que possam ser utili-
Art. 157. A equipe que executará a escolta zados para fins que comprometam o êxito da mis-
aérea deverá ser integrada por, no mínimo, dois são.
Agentes Penitenciários para cada preso, em obser-
vância às regras dispostas na Resolução ANAC Nº
461 de 25 de janeiro de 2018, que dispõe sobre os DO USO DE VEÍCULOS OFICIAIS
procedimentos de embarque e desembarque de
passageiros armados, despacho de armas de fogo
e de munição e transporte de passageiros sob cus- Art. 158. Consideram-se veículos oficiais os
tódia a bordo de aeronaves civis, os quais deverão: de propriedade da SAP, bem como os locados, ce-
didos e aqueles objetos de convênio, caracteriza-
I – trajar roupa social, preferencialmente bla- dos ou não.
zer;
Art. 159. Os veículos oficiais serão sempre
II – ter sob cautela arma curta;
utilizadas de maneira adequada, no que tange a
III – portar algemas; limpeza, lotação máxima, velocidade compatível e
IV – conferir toda a documentação do preso; condições básicas de segurança para trafegar, de-
vendo seu condutor evitar expô-los a situações que
V – conferir nas passagens aéreas o nome dos
lhe acarretem desgastes e avarias, assim como
Agentes Penitenciários e o nome do (s) preso (s)
usá-los dentro das reais necessidades de serviço,
que embarcarão na aeronave;
de forma a economizar combustível, respondendo
VI – assegurar que o (s) preso (s) esteja tra- por eventuais danos causados a título de dolo ou
jando roupas comuns, sendo vedado o uso de ber- culpa.
mudas e camisetas;
Art. 160. É obrigatório uso de cinto de segu-
VII – chegar, no mínimo, com duas horas de rança e a observância de todas as normas de trân-
antecedência ao aeroporto; sito durante o uso dos veículos oficiais, sendo ve-
VIII – realizar o check in de todos que embar- dado aos condutores o uso de aparelho celular en-
carão, inclusive do preso; quanto estiver dirigindo bem como a utilização das
IX – dirigir-se ao posto da Polícia Federal para faixas exclusivas aos ônibus.
preenchimento do “Formulário de Embarque de Art. 161. O Livro de Registro de Movimenta-
Passageiro Portando Arma de Fogo”; ção será fornecido pelo Núcleo de Transporte - NU-
X – solicitar que a Polícia Federal local faça TRAN, e somente será substituído mediante a con-
contato com a Polícia Federal do aeroporto de des- tra-apresentação do anteriormente utilizado e esse
tino, a fim de dar ciência da chegada do grupo de deverá permanecer arquivado no referido Setor
escolta para eventual apoio; por, no mínimo, 05 (cinco) anos.
XI – realizar o procedimento de revista no Art. 162. Compete ao chefe do Núcleo de
preso em ambiente reservado no aeroporto; e Transporte - NUTRAN, e aos Gerentes de Patrimô-
XII – dirigir-se, nas viagens com escalas de nio das Unidades Prisionais realizar vistorias sema-
voo, à Polícia Federal ou Órgão competente no nais nos veículos oficiais, preferencialmente, no pe-
ríodo matutino das segundas- feiras, nas quais

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serão observados todos os itens obrigatórios de se- mediante assinatura de termo de compromisso, in-
gurança e as condições gerais, inclusive limpeza, e dicando empresa particular para recuperação do
fiscalizar os registros de movimentação efetuados bem.
nas cadernetas de controle. § 2º. Caberá ao NUTRAN a aprovação do con-
Art. 163. Cabe ao chefe do NUTRAN e aos serto e caso seja constatado que a recuperação do
Gerentes de Patrimônio ter o conhecimento do es- bem tenha sido executada fora dos padrões de
tado geral dos veículos sob sua responsabilidade e qualidade exigidos, o condutor/responsável deverá
providenciar as manutenções periódicas indispen- adotar as providências necessárias, objetivando re-
sáveis à sua conservação para que se mantenham parar as falhas detectadas.
nas melhores condições possíveis de funciona- § 3º. O condutor se negando a reparar o dano
mento. ao veículo oficial em que deu causa por dolo ou
Art. 164. Incumbe ao condutor do veículo ofi- culpa, conforme parágrafo anterior, o Setor de
Transporte deverá tomar providência com as medi-
cial zelar pelas condições básicas de funciona-
das legais cabíveis.
mento e fazer as devidas anotações no respectivo
Livro de Registro de Movimentação, observando, Art. 168. Ficam proibidos a condução e o
antes de colocá-lo em circulação, o seu estado ge- abastecimento de veículos oficiais por quem não
ral de conservação e higiene, componentes de se- esteja devidamente autorizado.
gurança, nível de óleo do motor e do sistema hi-
dráulico, freios, embreagem, pneus e nível de água Art. 169. Recebidas as notificações de infra-
do sistema de arrefecimento. ções de trânsito, o NUTRAN, no prazo de 24 (vinte
e quatro) horas, deverá, sob pena de responsabili-
Parágrafo único. A inobservância de qualquer dade solidária de seu chefe, encaminhá-las às Uni-
das providências do caput acarretará na responsa- dades Prisionais para as providências cabíveis.
bilização do servidor por eventual prejuízo.
Art. 170. Caberá ao condutor de veículo ofi-
Art. 165. Incumbe ainda aos condutores de
cial a responsabilidade pela justificativa das infra-
veículos oficiais portar sempre carteira funcional ou ções decorrentes de atos praticados por ele na di-
crachá, documentos de habilitação devidamente reção do veículo, nos termos do Código de Trânsito
atualizados, documentos e cartão de abasteci- Brasileiro, através de relatório que deverá ser en-
mento relativos ao veículo. caminhado ao NUTRAN, sob pena de assumir a
Art. 166. É obrigatório ao condutor de veículo responsabilidade pela infração caso não seja feita
oficial anotar os deslocamentos efetuados no res- a referida justificativa.
pectivo Livro de Registro de Movimentação indi- § 1º. Não sendo possível identificar o condutor
cando a data, o destino, a hora de saída e chegada do veículo oficial, por deficiência no controle de mo-
com os respectivos dados do hodômetro do veí- vimentação, assumirá a responsabilidade pelo ato
culo, sua identificação pessoal e matrícula, bem cometido aquele em que a veículo estiver sob sua
como os dados referentes a abastecimento, cautela.
quando for o efetuar, de forma legível.
§ 2º. No recurso, obrigatoriamente, constarão
Art. 167. Os danos de qualquer natureza nome, cargo, matrícula, lotação e as circunstâncias
ocasionados em viatura, decorrentes de acidente que o levaram a cometer o ato infracional.
de tráfego ou provocados por outrem, serão objeto
Art. 171. Utilização de viaturas em desa-
de registro de ocorrência policial, com descrição
cordo com as disposições desta Instrução Norma-
das circunstâncias precisas do evento e rol de tes-
tiva e legislações correlatas implicará em respon-
temunhas, devidamente individualizadas, e subme-
sabilidade civil, administrativa e penal, conforme o
tidos obrigatoriamente a exame pericial e serão,
caso.
imediatamente, comunicados ao NUTRAN.
§ 1º. Adotadas as providências, apurada a res-
ponsabilidade e comprovado que a causa determi-
nante do dano se deu por dolo ou culpa do condutor
do veículo oficial envolvido no acidente de trânsito,
este será responsável pelo reparo do dano

60
RELATÓRIO DIÁRIO DE PLANTÃO XIV – registro do número geral de presos por
ala/vivência e cela, e demais locais em que estejam
recolhidos; e
Art. 172. O Chefe de Equipe que estiver as-
sumindo o plantão efetuará a abertura do relatório XV – outras informações que a Direção enten-
diário do mesmo, seguindo o modelo padrão anexo der necessárias.
a esta IN, com o preenchimento das seguintes in-
formações:
PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS
I – titularidade e registro dos Agentes Peniten- EM SITUAÇÕES ADVERSAS
ciários de plantão, especificando os postos de ser-
viços e horários que cada integrante ocupará;
Art. 173. É proibido o ingresso de Agentes
II – recebimento e conferência do material per-
Penitenciários masculinos nas celas e/ou aloja-
manente e material de consumo, especificando
mentos das presas, salvo se acompanhados por
cada um deles;
uma Agente penitenciária feminina.
III – tomar conhecimento do registro da conta-
gem geral de presos e alterações que porventura Art. 174. Em caso de falta de energia elétrica
tenham ocorrido no plantão anterior; deverá ser feito contato telefônico com a Compa-
nhia de Energia Elétrica informando o problema
IV – registrar as movimentações internas e ex- ocorrido e solicitando conserto imediato, regis-
ternas de presos relatando a motivação, origem e trando o protocolo em relatório de plantão.
destino do deslocamento;
§ 1º. Durante a falta de energia elétrica, os
V – registrar as ocorrências do plantão; Agentes Penitenciários deverão ligar de imediato o
VI – entradas e saídas de presos, constando o gerador e efetuar rondas internas e externas em to-
número da cela onde ingressou e/ou para onde foi dos os setores.
transferido; § 2º. Constar no relatório de plantão e fazer Bo-
VII – registro dos presos que receberam visitas letim de Ocorrência Interna para o Chefe de Segu-
ou atendimento de advogados; rança relatando dia, horário da queda e da reto-
VIII – registros dos horários em que foram rea- mada da energia e providências tomadas, indi-
lizadas revistas e vistorias nas celas bem como os cando protocolo, nome de atendente e horário do
servidores que as executaram; contato telefônico com a Companhia Elétrica res-
ponsável, origem e motivo, quando possível.
IX – registros dos horários em que foram reali-
zadas as contagens e conferências nominais dos Art. 175. Em caso de tumultos durante o ho-
presos bem como os servidores que as executa- rário de visitas, o servidor escalado no posto de-
ram; verá comunicar imediatamente a Direção da Uni-
dade e providenciar a retirada dos visitantes, con-
X – registro dos presos que receberam atendi-
duzindo- os a um local seguro para posterior con-
mentos assistenciais, identificando os profissionais
ferência através do documento de identificação.
e especificando o tipo de atendimento realizado;
XI – registro das faltas disciplinares ocorridas, Art. 176. Após os visitantes serem identifica-
constando de forma circunstanciada, sobretudo o dos individualmente, com acompanhamento de um
nome completo dos envolvidos, independente da Agente Penitenciário, deverão ser encaminhados
comunicação interna por escrito enviada à chefia para fora da Unidade Prisional; contudo, as cartei-
imediata; ras dos visitantes deverão ser recolhidas e infor-
mado a todos que o documento poderá ser retirado
XII – alterações ocorridas que envolvam servi- posteriormente com a Direção.
dores, constando horários de saída e chegada,
sempre que porventura o Agente Penitenciário ne- Art. 177. Em casos de eventos críticos e ou-
cessitar se ausentar de seu posto de trabalho; tras situações complexas que necessitem de apoio
especializado deverá ser acionada, prioritaria-
XIII – registro de chegadas tardias de Agentes
mente, equipe especializada da Secretaria da Ad-
Penitenciários, bem como de faltas, informando se
ministração Penitenciária.
foram justificadas ou não;

61
Art. 178. Em caso de necessidade de inter- uso de imagem e depoimento anexo a esta norma-
venção da Polícia Militar, em caráter urgente e ex- tiva.
cepcional, em qualquer das Unidades Prisionais do Art. 184. É vedado qualquer registro e com-
Estado do Ceará, sua permanência no interior das partilhamento de fotos, áudio ou vídeo, em aplicati-
mesmas se dará pelo tempo estritamente necessá- vos de mensagens, redes sociais ou qualquer outro
rio ao restabelecimento da ordem e da segurança meio de comunicação, que exponham o sistema
interna. prisional ou seus servidores, no todo ou em parte,
Art. 179. Em caso de ocorrências diversas, salvo quando solicitado e autorizado formalmente
tais como: fugas, evasões, óbitos, acidentes, etc. o pela administração superior da pasta.
local será isolado e o evento será comunicado ime- Art. 185. Não é permitido compartilhar infor-
diatamente à CEAP que dará ciência à Administra- mações inerentes à administração institucional a
ção Superior, ao Poder Judiciário, à Polícia Judici- grupos de mensagens instantâneas, redes sociais,
ária e será solicitada, se for o caso, a Perícia Fo- jornais, revistas e outros.
rense. Para tanto, será elaborado relatório infor-
mando as circunstâncias em que ocorreu o inci-
dente. DISPOSIÇÕES FINAIS

DO RESGISTRO E PUBLICAÇÃO DE Art. 186. É proibido o uso ou porte de cigar-


IMAGENS E DO ACESSO AOS MEIOS ros e similares a qualquer pessoa que adentrar na
DE COMUNICAÇÃO Unidade Prisional em conformidade com a Lei Fe-
deral Nº. 12.546 de 2011.

Art. 180. É vedado, aos servidores e colabo- Art. 187. O descumprimento das normas vi-
radores desta Secretaria da Administração Peni- gentes acarretará Responsabilidade Administrativa
tenciária, conceder informações institucionais aos e Penal, ficando as obrigações e direitos atrelados
meios de comunicação através de entrevistas e/ou ao disposto em Lei específica de cada categoria
declarações à imprensa sem prévia ciência e funcional.
anuência da administração superior da SAP, bem Art. 188. Casamentos civis, registro de filhos
como, da Assessoria de Comunicação – ASCOM. e reconhecimento de filhos em cartório serão feitos
Art. 181. Não é permitida a entrada da im- através do setor competente que poderá prestar as
prensa em qualquer Unidade Prisional desta Secre- orientações necessárias.
taria da Administração Penitenciária sem prévia Art. 189. Retirada de valores monetários em
anuência expressa da administração superior da instituições bancárias, por presos (as) somente se-
Pasta e ciência da assessoria de comunicação, rão realizadas com autorização do MM Juiz da Vara
com intuito de resguardar a segurança dos profissi- de Execuções Penais da Comarca.
onais de imprensa, dos servidores e presos.
Art. 190. Em caso de evasão, falecimento ou
Art. 182. O registro de quaisquer imagens transferência definitiva do preso (a), os familiares
dentro das Unidades Prisionais deve ser feito, es- terão um prazo máximo de 30 dias para retirar os
tritamente, pela Assessoria de Comunicação da pertences do mesmo. Caso isto não aconteça, os
Secretaria da Administração Penitenciária ou, ex- pertences serão doados.
cepcionalmente, pelos servidores responsáveis pe-
las atividades a serem desenvolvidas, sempre com Art. 191. É proibido a todos os colaboradores
a prévia ciência e autorização da referida Assesso- e servidores negociar e/ou receber presentes dos
ria, mediante apresentação de Termo de Autoriza- presos (as) e/ou de seus familiares.
ção do Servidor/Colaborador. Art. 192. Não será autorizado o repasse de
Art. 183. Os presos, porventura identificados informações pessoais de colaboradores ou servi-
em registros de imagens das Unidades Prisionais, dores. Caso ocorra ligação telefônica ou alguém
deverão autorizar o seu uso, por escrito, com o de- compareça na Unidade Prisional solicitando-as,
vido preenchimento do Termo de Autorização para deve ser orientado que as solicite formalmente

62
através de processo protocolado na sede da SAP, II – Comprovante de residência atual, no má-
o qual será encaminhado ao Comitê de Acesso à ximo de três meses, no nome do postulante a visi-
Informação da pasta. tante (fatura de água, luz ou telefone). Caso não
SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO PENI- possua, deverá apresentar declaração simples de
TENCIÁRIA, em Fortaleza, 19 de maio de 2020. próprio punho, devendo ser informada de que po-
derá receber visita in loco para verificação, não
Luis Mauro Albuquerque Araújo sendo óbice à visitação o fato da pessoa estar em
situação de rua ou acolhimento institucional.
III – 01(uma) foto 3x4, recente.
Art. 4º. Para a realização de cadastro de côn-
juge ou companheiro (a) será necessário, para
comprovação, a apresentação de documento con-
forme as especificações dos incisos abaixo:
REGULAMENTA E DISCIPLINAM OS PRO-
CEDIMENTOS DE VISITA AS PESSOAS PRIVA- I – Certidão de casamento civil; ou
DAS DE LIBERDADE NAS UNIDADES PRISIO- II – Escritura Pública Declaratória de União Es-
NAIS DO ESTADO DO CEARÁ. tável bilateral, devidamente registrada em cartório;
Art.1º. Regulamentar e disciplinar os procedi- ou
mentos de visita as pessoas privadas de liberdade III – Certidão de casamento religioso ou;
das Unidades Prisionais do Estado do Ceará. IV – Prova de encargos domésticos ou;
V – Comprovação de existência de sociedade
CAPÍTULO I ou comunhão nos atos da vida civil ou;
DOS DIAS DE VISITA VI – Declaração do imposto de renda em que
conste o (a) interessado (a) como dependente da
Art. 2º. A direção de cada Unidade Prisional, pessoa privadas de liberdade ou;
após anuência da administração superior, determi- VII – Prova de mesmo domicílio ou;
nará os dias em que as pessoas privadas de liber- VIII – Conta bancária conjunta ou;
dade receberão a visita do cônjuge, companheiro,
parentes e amigos, considerando as condições es- IX – certidão de nascimento dos filhos em co-
truturais, de segurança e especificidades de cada mum ou;
estabelecimento, conforme o disposto no Art. 41, X – Outros documentos que possam levar à
inciso X, da Lei nº. 7.210/1984. convicção do fato a comprovar.
Parágrafo Único. Fica ainda, a cargo da dire- § 1º. A documentação apresentada pelo visi-
ção de cada Unidade Prisional, dar publicidade ao tante deverá ser anterior a data da prisão do visi-
cronograma de visitação as pessoas privadas de li- tado.
berdade.
§ 2º No cadastro de visitante não haverá dis-
criminação para com as relações homoafetivas.
CAPÍTULO II Art. 5º. Para a realização de cadastro de cri-
DO CADASTRO DE VISITANTES anças e adolescentes será necessário a apresen-
tação dos seguintes documentos abaixo relaciona-
Art. 3º. O cadastro de visita será realizado dos:
mediante apresentação dos seguintes documen- I – Original e cópia do documento oficial, com
tos: foto, do responsável legal;
I – Original e fotocópias da Identidade (RG) ou II – Original e cópia da certidão de nascimento
documento oficial de identidade legível com foto da criança ou adolescente;
(CNH, RG ou CTPS), no qual a fisionomia do visi-
tante não tenha sofrido grandes mudanças, e do III – 01 (uma) foto 3x4 recente.
CPF, frente e verso;

63
Art. 6º. Para cadastro de visita como parente CAPÍTULO IV
serão aceitos pedidos para aquelas pessoas que DO ACESSO DE VISITANTES EM
comprovarem o vínculo parental até o 2º grau, me- DIAS DE VISITAÇÃO
diante documento público, devidamente registrado
em cartório.
Art. 13. O agendamento de visita poderá/de-
Art. 7º. Caso o postulante à visitação esteja verá ser feito através de sistema informatizado,
na condição de vítima nos processos criminais im- com emissão de senha pessoal e intransferível, na
putados a pessoas privadas de liberdade, o cadas- internet, em endereço eletrônico a ser disponibili-
tro só será realizado mediante expressa autoriza- zado pela Secretaria.
ção judicial.
Parágrafo único. Caso a pessoa não tenha
Art. 8º. O cadastro de visita deverá ser reva- acesso à internet, o agendamento poderá ser reali-
lidado a cada 02 (dois) anos com a reapresentação zado na sede do Núcleo de Assistência à Família –
dos documentos necessários ao cadastro de visi- NUASF.
tante. O não cumprimento deste dispositivo impli- Art. 14. A pessoa interessada em visitar as
cará na suspensão da visita até a regularização da
pessoas privadas de liberdade nas Unidades Prisi-
mesma.
onais na condição de pais, cônjuge, companheiro
Parágrafo único. O Cadastro de visitação po- (a), filhos (as), demais parentes e amigos (as) de-
derá ser revalidada em até 30 (trinta) dias anterio- verá estar devidamente cadastrada, agendada e
res a data de seu vencimento. portando documento oficial com foto.
CAPÍTULO III DOS PRAZOS Parágrafo único. A criança e o adolescente só
poderão ingressar à Unidade Prisional se acompa-
Art. 9º. No caso de cancelamento de visita-
nhadas pelo responsável legal indicado no seu res-
ção de esposo (a), companheiro (a), parente ou
pectivo cadastro.
amigo (a) por parte da pessoa privada de liberdade,
o (a) mesmo (a) terá que cumprir o prazo mínimo Art. 15. A permanência de visitante, previa-
de 30 (trinta) dias para requerer a reativação do mente cadastrado, compreenderá o período das
mesmo cadastro. 08h às 12h, para visitas sociais, no número máximo
Parágrafo Único. Se a reativação do cadastro de 02 (duas) pessoas adultas por custodiado nos
for realizada em até 90 (noventa) dias, não será ne- dias estabelecidos pela direção da Unidade Prisio-
cessária a realização de novo cadastro. nal, respeitando suas características particulares
após anuência da Administração Superior da SAP.
Art. 10. O (a) esposo (a), companheiro (a),
parente ou amigo que tiveram o cadastro cance- Art. 16. A visita social será realizada com vi-
lado pelas pessoas privadas de liberdade não po- gilância a fim de garantir segurança de todos, po-
derão requerer novo cadastro com o mesmo “sta- dendo ser realizada em ambientes setorizados.
tus” pelo prazo mínimo de 90 (noventa) dias. Art. 17. Não será permitida a realização de
Art. 11. Quando o cancelamento do cadastro visita no interior das alas e celas.
de visitante for requerido pelo mesmo, este so- Art. 18. Não será permitida, por ato devida-
mente poderá solicitar novo cadastro para visitação mente justificado pelo Diretor, a visita de pessoa
após 90 (noventa) dias daquele requerimento. que:
Art. 12. Somente serão realizados novos ca- I– Comprovadamente oferecer risco à segu-
dastros de esposo (a), companheiro (a), parente ou rança da Unidade Prisional;
amigo (a) após cumprido o prazo de 90 (noventa)
II – Chegar à Unidade Prisional em dia e hora
dias do cancelamento do cadastro da última pes-
não estabelecido para visitação;
soa visitante com o mesmo status cadastrado.
III – Não apresentar documento de identifica-
ção oficial com foto;

64
IV – Apresentar sintomas de embriaguez ou locomoção deverá comparecer à Unidade Prisio-
conduta alterada que levem a presunção de con- nal, em horário de expediente, das 08h às 17h, de
sumo de drogas e/ou entorpecentes; segunda a sexta-feira, para apresentar os referidos
V – Estiver visivelmente portando alguma do- laudos.
ença infectocontagiosa (ex. catapora, conjuntivite), § 1º As pessoas com deficiência, os idosos
com o fito de resguardar o bem comum da coletivi- com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos,
dade; as gestantes, as lactantes, as pessoas com crian-
VI – Estiver com gesso, curativos ou ataduras ças de colo, os obesos ou qualquer pessoa em con-
e cinta. dição de limitação física, terão atendimento priori-
tário.
Parágrafo único. A direção da Unidade Prisio-
nal poderá negar o cadastramento de visitante § 2º O cadastro do visitante prioritário com li-
quando a especificidade fática do delito ao qual res- mitação temporária deverá ser realizado junto à
pondem ou pelo qual foi condenada guarde relação própria Unidade Prisional ou nas sedes dos Nú-
com a vulneração do ambiente prisional, cabendo- cleos de Cadastro de Visitante - NUCAV em horário
lhe, em tais casos, expor de forma clara os motivos de expediente, das 08h às 17h, de segunda a
do indeferimento. sexta-feira, apresentando os referidos laudos mé-
dicos que comprovem tal condição.
§ 3º O cadastro do visitante prioritário com li-
SEÇÃO I mitação permanente deverá ser realizado junto às
DO ACESSO DE CRIANÇAS E sedes dos Núcleos de Cadastro de Visitante - NU-
DOS ADOLESCENTES CAV em horário de expediente, das 08h às 17h, de
segunda a sexta-feira, apresentando os referidos
Art. 19. Nos dias de visita serão limitados a laudos médicos que comprovem tal condição.
02 (dois) filhos (as) e/ou netos (as), crianças com
idades compreendidas entre 06 (seis) meses a 12 SEÇÃO III
(doze) anos incompletos, somente podendo ingres- DA MULHER GRÁVIDA
sar nas Unidades Prisionais se acompanhados de
pai, mãe ou responsável legal e que visite a mesma
pessoa privada de liberdade, portando documento Art. 22. A visitante terá assegurado o seu di-
oficial com foto com o devido cadastro e agenda- reito de visitação social, até o 7º (sétimo) mês de
mento, nos termos do parágrafo único, art.14. gestação, em local designado pela direção da Uni-
dade Prisional.
Art. 20. Ao adolescente, filho ou neto, com
idade compreendida entre 12 (doze) anos e 18 (de- Parágrafo único. A comprovação de gestação
zoito) anos incompletos, poderá ter seu direito à vi- deverá ser realizada por meio de atestado de
sita social quando devidamente cadastrado e pre- acompanhamento pré-natal, onde o NUCAV de-
viamente agendada, em local determinado pela Di- verá realizar o cadastro de acesso prioritário até o
reção da Unidade, somente podendo ingressar nas sétimo mês de gestação.
Unidades Prisionais se acompanhados de pai,
mãe, ou responsável legal, portando documento SEÇÃO IV
oficial com foto, nos termos do parágrafo único,
DA CUSTÓDIA E TRATAMENTO
art.14.
PSIQUIÁTRICO

SEÇÃO II Art. 23. A pessoa privada de liberdade reco-


DOS VISITANTES COM USO lhida em ala hospitalar ou enfermaria de Unidade
TEMPORÁRIO DE PRÓTESES E OBJETOS prisional, que por recomendação médica esteja im-
DE AUXÍLIO À LOCOMOÇÃO possibilitado de receber visitação em local determi-
nado, poderá solicitar agendamento de visita social
extraordinária, mediante autorização do Diretor,
Art. 21. Ao visitante que faça uso de muletas,
observando as orientações médicas.
cadeira de rodas ou outro objeto que auxilie em sua

65
Parágrafo único. A recusa de autorização de § 3º. Fica vedado o ingresso de visitante por-
visita social, presencial ou por meio de vídeo, por tando peças de roupas em duplicidade ou de time
parte da direção do estabelecimento deverá ser de futebol e acessórios, tais como: relógio, boné,
justificada e comunicada para a família e para a de- óculos esportivo, cinto, grampo de cabelo, fivela ou
fesa da pessoa internada. tipo similar de prendedor de cabelo, bijuterias, pe-
ças em prata e/ou ouro, jóias, adornos, afins e o
Art. 24. Por se tratar de estabelecimento para
uso ou porte de cigarros e similares.
cumprimento de Medida de Segurança e objeti-
vando auxiliar no tratamento do (a) internado (a)
portador (a) de transtorno mental, ficará a cargo e CAPÍTULO VI
sob a responsabilidade da Direção da Unidade Pe- DOS MATERIAIS OU OBJETOS COM
nal estabelecer horário e número de visitantes. ENTRADA PERMITIDA

SEÇÃO V DOS SETORES DE TRIAGEM Art. 27. O ingresso de material de limpeza,


peça de vestuário, gêneros alimentícios, produtos
Art. 25. Por se tratar de local de rotina dife- para higiene pessoal e medicamentos ficará condi-
renciada a pessoa privada de liberdade só poderá cionado ao cumprimento dos critérios de acondici-
receber visita após o término do período de triagem onamento, embalagem, quantidade e periodicidade
que será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e no má- estabelecidos no ANEXO ÚNICO desta Portaria.
ximo de até 60 (sessenta) dias. §1º. Os medicamentos somente serão aceitos
por solicitação e/ou prescrição médica do setor de
saúde da Unidade Prisional.
CAPÍTULO V
DAS VESTIMENTAS E ACESSÓRIOS Art. 28. Os materiais poderão ser entregues,
AOS VISITANTES por visitante devidamente cadastrado portando do-
cumento oficial com foto, a pessoa privada de liber-
dade para a qual faz visitação em dias e horários
Art. 26. Somente será permitida a entrada de estipulados por esta Secretaria e, aos fins de se-
visitante que: mana, para as pessoas que forem efetivamente vi-
I - estiver trajando camisetas ou blusas, com sitar pessoa privada de liberdade em qualquer das
exceção na cor preta, sem botões e sem estampas; Unidades Prisionais.
II - estiver trajando calças de tecidos finos, com §1º Os materiais que não estiverem em confor-
exceção na cor preta, sem cordões, sem massa midade com o Anexo Único desta portaria, não se-
metálica, sem bolsos, sem botões, e sem estam- rão recebidos e a Unidade Prisional não fará a
pas; guarda e nem se responsabilizará por materiais
abandonados e/ou não identificados.
III - estiver trajando saias ou vestidos, com ex-
ceção na cor preta, sem estampas, sem cordões, §2º Eventuais alterações posteriores referente
sem massa metálica, sem bolsos e sem botões; a lista dos materiais permitidos deverão ser publici-
zados com antecedência mínima de 07 (sete) dias
IV – usando prendedor de cabelo de plástico
para os visitantes.
ou tecido sem nenhum componente metálico.
V - estiver calçando sandálias de borracha com
solado único, na cor clara e sem estampas, tipo CAPÍTULO VII
rasteira. DA REVISTA DE VISITANTES
§ 1º. A visitante deverá estar usando roupas na
linha do joelho, cobrindo os ombros e os seios, sem Art. 29. Os visitantes deverão ser submetidos
transparência. à revista através de bodyscanner antes de serem
§ 2º. Será vedada a entrada de peças de ves- conduzidos ao local apropriado e, quando neces-
tuário, com bojo e aspas. sário, ao término da visitação, obedecendo aos pro-
cedimentos de segurança, preservando a

66
dignidade e a integridade física, psicológica e moral visitante terá assegurado o seu direito de visitação
das pessoas. social em local designado pela direção.
§1º. As revistas devem ser realizadas por pro- Art. 31. O (a) visitante que se opuser ao cum-
cedimentos visuais e eletrônicos, utilizando-se apa- primento das determinações supracitadas terá sua
relhos de imagens e detectores de metais, dentre entrada proibida.
outros.
§2º. Nos casos em que a revista por aparelho
CAPÍTULO VIII
eletrônico de inspeção apontar alguma irregulari-
dade, ou nos casos em que não for possível rea- DA VISITA ÍNTIMA
lizá-la, em razão de indisponibilidade ou das condi-
ções de saúde do visitante, a pessoa poderá ser Art. 32. A visita íntima, considerada uma re-
encaminhada para a revista manual. galia, poderá ser concedida a pessoa privada de li-
§3º. A revista manual será efetuada em local berdade, de forma excepcional e esporádica,
apropriado à natureza do procedimento, por servi- desde que preenchidos os requisitos de comporta-
dor penal do mesmo gênero do visitante, sendo ve- mento, disciplina e a realização do cadastro de côn-
dada a revista intima, o desnudamento ou qualquer juge ou companheiro (a) conforme o art. 4º desta
outra prática vexatória, tais como agachamentos ou portaria.
saltos. §1º A concessão da regalia será deferida pelo
§4º. No caso de visitante travesti, transexual ou Secretário ou a quem ele delegar, de acordo com a
intersexual, sua identidade de gênero definirá o gê- conveniência e discricionariedade.
nero de servidor penal responsável pelo procedi- § 2º. Só poderá haver visita íntima nas unida-
mento da revista manual, respeitando o direito ao des prisionais que dispuserem de local apropriado
uso do nome social, nos termos da Resolução CNJ destinado para tal finalidade, onde a mesma ocor-
nº.270 de 11 de dezembro de 2018, e resolução rerá a critério da SAP.
CNJ nº.348, de 13 de outubro de 2020.
§ 3º. Fica vedada a visita íntima no interior das
§5º. A revista manual deverá obedecer às se- celas ou em qualquer outro local que não esteja
guintes diretrizes: destinado para tal fim.
I – Autorização pela pessoa a ser revistada; §4º. A regalia deverá ser assegurada, vedada
II – Execução por servidor penal do mesmo gê- as restrições de gênero ou orientação sexual, res-
nero da pessoa visitante, respeitada a autoidentifi- peitado o direito ao uso do nome social, nos termos
cação de gênero das travestis, transexuais e inter- da Resolução CNJ nº. 270 de 11 de dezembro de
sexuais, nos termos dos parágrafos anteriores; 2018, e Resolução CNJ nº. 348, de 13 de outubro
de 2020.
III – Vedação de desnudamento ou toque nas
partes íntimas dos visitantes;
IV – Vedação de revista manual em crianças e CAPÍTULO IX
adolescentes, conforme os artigos 17 e 18 do Es- DA SUSPENSÃO DO DIREITO DE VISITA
tatuto da Criança e do Adolescente.
§6º. Havendo indícios de porte de material pro- Art. 33. A pessoa privada de liberdade que
ibido que, em tese, tipifique ilícito penal, o visitante cometer falta disciplinar leve, média ou grave, po-
será conduzido ao órgão policial local para as pro- derá ter restringido ou suspenso o direito a visita.
vidências legais cabíveis, devendo ser oportuni- §1º. Em nenhuma hipótese a suspensão do di-
zada comunicação previa com membro da família reito de visitas poderá ser aplicado como sanção
ou advogado. coletiva.
§7º. Crianças com fraldas deverão tê-las subs- §2º. Eventual suspensão do direito deverá ser
tituídas pelo seu responsável, mediante inspeção comunicada imediatamente à família da pessoa pri-
de servidor penal. vada de liberdade.
Art. 30. Na impossibilidade, por recomenda- §3º. Deverá ser assegurado o amplo conheci-
ção médica de passagem pelo bodyscanner, o (a) mento às pessoas privadas de liberdade e aos

67
visitantes acerca do rol de atividades compreendi- 6) Instrumento capaz de ofender a integridade
das como conduta ilícitas, explicitando as sanções física de outrem;
cabíveis em cada um dos casos. 7) Serra ou qualquer tipo de ferramentas.
§4º. No caso de realização de conduta ilícita b) No caso de reincidência de fatos previstos
pelo visitante deverá ser instaurado processo admi- no inciso anterior.
nistrativo, com garantia da ampla defesa e contra-
ditório, comunicando o interessado, Ministério Pú- §1º. O visitante flagrado por qualquer das con-
blico e a Defensoria Pública. dutas previstas neste artigo será apresentado à au-
toridade policial para as providências cabíveis.
§5º. Nos casos em que houver suspensão do
direito de visita ou restrição de algum familiar ou §2º. A Unidade Prisional deverá suspender o
amigo a compor o rol de visitantes, é recomendado cadastro da pessoa que tiver com o direito de visita
que sejam ouvidas as equipes multidisciplinares, suspenso.
especialmente as assistentes sociais ou psicólo- §3º. Comprovada a inocência, a visita será res-
gos, por meio de produção técnica, como relatórios, tabelecida mediante requerimento da parte interes-
a fim de que haja manifestação fundamentada sada.
acerca do direito à visita e composição de vínculos.
Art. 34. Em caso de rebelião, motins ou situ- CAPÍTULO X
ações de perturbação da ordem e disciplina que DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
comprometam a segurança, o diretor da Unidade
Prisional poderá suspender as visitas buscando
restabelecer a ordem, a segurança e a disciplina da Art. 36. Todos os setores que compõem as
mesma. Unidades Prisionais deverão cumprir integralmente
o presente regulamento, facilitando o processo
Art. 35. O (A) visitante poderá ter seu in- para todos que dele participam, principalmente as
gresso suspenso, por decisão motivada da direção pessoas privadas de liberdade e seus familiares.
da unidade, pelos prazos a seguir:
Art. 37. A constatação de falha decorrente de
I – 90 (noventa) dias a 180 (cento e oitenta)
negligência, facilitação ou conivência no acesso de
dias, quando:
visitantes às Unidades Prisionais em desconformi-
a) em decorrência, da sua conduta, resultar dade ao que preconiza esta Portaria estará passí-
qualquer fato danoso à ordem, à segurança e à dis- vel de sanções administrativas, civis e penais,
ciplina da Unidade; quando cabíveis.
b) tentar adentrar a Unidade com qualquer Art. 38. As situações excepcionais serão
substância ou objetos que comprometam à ordem, analisadas pelo Diretor da Unidade Prisional e sub-
à disciplina e à segurança da Unidade. metidas à Coordenadoria Especial da Administra-
II – Pelo período em que perdurar o processo ção Prisional, para deliberações.
de instrução e julgamento:
Art. 39. Esta Portaria entra em vigor a partir
a) quando for flagrado tentando entrar na Uni- de sua assinatura. Revogam-se as disposições
dade portando qualquer dos objetos relacionados contrárias, em especial as Portarias nº. 04/2020 e
abaixo: 1203/2021. SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO
1) Armas de fogo de qualquer espécie e muni- PENITENCIÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ, em
ções; Fortaleza, 28 de outubro de 2022
2) Explosivos;
3) Substâncias entorpecentes;
4) Aparelhos, peças ou acessórios de telefo-
nes celulares, chips, bips, pager, ou de qualquer
tipo de instrumento de comunicação;
5) Produto de circulação proibida em Lei;

68
Art. 3. Os policiais penais de carreira e os ser-
vidores públicos do quadro permanente da SAP
respondem civil, penal e administrativamente pelo
exercício irregular de suas atribuições, sujeitando-
se, cumulativamente, às cominações cabíveis nas
respectivas esferas.
Parágrafo único. O agente público legalmente
Dispõe sobre o regime disciplinar dos policiais afastado do exercício funcional não estará isento
penais e demais servidores públicos do quadro per- de responsabilidade, nos termos do caput deste ar-
manente da Secretaria da Administração penitenci- tigo, por infrações cometidas antes ou durante o
ária do Estado – sap. afastamento, observadas as disposições desta Lei.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ Art. 4. A responsabilidade civil do agente pú-


Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou blico decorre de ato doloso ou culposo que, nos ter-
e eu sanciono a seguinte Lei: mos do § 6.º do art. 37 da Constituição Federal, im-
porte em dano ao Estado ou a terceiros.
§ 1º. A indenização devida em razão de res-
CAPÍTULO I ponsabilização será descontada da remuneração
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS do agente público, não lhe excedendo o desconto
a 1/10 (um décimo) do valor total, exceto nos casos
Art. 1. Esta Lei dispõe sobre o regime disci- de danos decorrentes de atos dolosos enquadra-
dos na Lei Federal n.º 8.429, de 2 de junho de
plinar aplicável aos agentes públicos do quadro
1992, situação em que o ressarcimento se dará de
permanente da Secretaria da Administração Peni-
uma só vez.
tenciária – SAP, definindo regras sobre o compor-
tamento ético, bem como os procedimentos para § 2º. Em caso de prejuízo a terceiros, o servi-
apuração da responsabilidade administrativa disci- dor responderá perante o Estado, em ação regres-
plinar. siva proposta na forma da legislação.
Art. 2. Estão sujeitos às disposições desta Lei Art. 5. A apuração da responsabilidade funci-
os policiais penais de carreira e demais servidores onal, nos termos desta Lei, se processa por meio
públicos do quadro permanente da SAP. de investigação preliminar, de sindicância ou de
processo administrativo disciplinar, assegurados
§ 1º. Compete à Controladoria Geral de Disci-
em ambos o contraditório e a ampla defesa.
plina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário - CGD apurar a responsabilidade dis- § 1º. A investigação preliminar e a sindicância
ciplinar dos policiais penais de carreira, nos termos poderão tramitar perante a Secretaria da Adminis-
da Lei Complementar n.º 98, de 13 de junho de tração Penitenciária do Estado do Ceará – SAP,
2011. por delegação do Controlador-Geral de Disciplina
dos Órgãos de Segurança Pública.
§ 2º. É da competência da Procuradoria de
Processo Administrativo Disciplinar – Propad, ór- § 2º. Sob pena de responsabilização, o agente
gão de execução programática da Procuradoria- público exercente de função de chefia, ao tomar co-
Geral do Estado, apurar a responsabilidade disci- nhecimento de fato que possa configurar ilícito ad-
plinar dos demais servidores públicos do quadro ministrativo, deve representar perante autoridade
permanente da SAP, nos termos da Lei Comple- competente, para apuração do fato.
mentar n.º 58, de 31 de março de 2006. § 3º. Configurando a conduta funcional irregu-
lar, a um só tempo, ilícito administrativo, civil e pe-
nal, a autoridade competente para determinar a
CAPÍTULO II
abertura do procedimento disciplinar adotará provi-
DA RESPONSABILIDADE dências para a apuração da responsabilidade civil
ou penal, quando for o caso, durante ou após con-
cluída a sindicância ou o processo administrativo
disciplinar.

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§ 4º. A legítima defesa e o estado de necessi- VIII – preencher formulários próprios descritos
dade excluem a responsabilidade administrativa, no Procedimento Operacional Padrão (POP), den-
assim como a alienação mental ao tempo do fato, tre outros;
comprovada por perícia médica oficial. IX – utilizar, conservar e guardar adequada-
§ 5º. Considera-se legítima defesa o revide mente aparelhos, materiais, veículos, armamentos,
moderado e proporcional à agressão ou à iminên- equipamentos, banco de dados, operação de sis-
cia de agressão moral ou física, que atinja ou vise tema de monitoramento, sistemas de comunicação
a atingir o servidor, os seus superiores hierárqui- e outros disponíveis para o sistema prisional;
cos, colegas de trabalho ou o patrimônio da institui- X – desempenhar suas funções agindo sempre
ção administrativa a que servir. com discrição, honestidade, imparcialidade, respei-
§ 6º. Considera-se em estado de necessidade tando os princípios da legalidade, impessoalidade,
o agente público cuja conduta se revele indispen- moralidade, publicidade, bem como lealdade às
sável ao atendimento de urgência administrativa, normas constitucionais;
inclusive para fins de preservação do patrimônio XI – respeitar e fazer respeitar a hierarquia do
público. serviço público, obedecendo às ordens superiores,
§ 7º. A legítima defesa e o estado de necessi- exceto se manifestamente ilegal;
dade não excluem a responsabilização administra- XII – fazer cumprir as regras, os princípios e
tiva em caso de excesso, imoderação ou despro- fundamentos institucionais que regem o Sistema
porcionalidade do ato praticado, culposo ou doloso. Penitenciário;
XIII – comparecer no horário regular do expe-
CAPÍTULO III diente ou escala de plantão com pontualidade para
DOS DEVERES FUNCIONAIS exercer os atos de seu ofício;
XIV – ter irrepreensível conduta profissional,
colaborando para o prestígio do serviço público e
Art. 6. São deveres dos agentes públicos
zelando pela dignidade de suas funções;
abrangidos por esta Lei:
XV – desempenhar com zelo, presteza, efici-
I – desempenhar as atribuições legais e regu-
ência e produtividade, dentro dos prazos, os servi-
lamentares inerentes ao cargo ou função com zelo,
ços a seu cargo e os que, na forma da lei, lhe sejam
dedicação, eficiência e probidade;
atribuídos;
II – participar, no caso de policiais penais, de
XVI – tratar as pessoas com urbanidade;
treinamentos ou cursos ofertados pelo Estado que
busquem manter a preparação física e intelectual XVII – zelar pela economia e conservação do
necessária para o exercício de sua função; material que lhe for confiado;
III – manter conduta pública e privada compa- XVIII – fazer uso correto do uniforme, identi-
tível com a dignidade da função; dade funcional, brevês e distintivos do Sistema Pe-
nitenciário, conforme disciplinado em regulamento
IV – adotar as providências cabíveis e fazer as
próprio;
comunicações devidas, em face das irregularida-
des que ocorram em serviço ou de que tenha co- XIX – guardar sigilo sobre assunto da reparti-
nhecimento; ção;
V – oferecer aos internos informações sobre as XX – levar as irregularidades de que tiver ciên-
normas que orientarão seu tratamento, regras dis- cia em razão do cargo ao conhecimento da autori-
ciplinares e seus direitos e deveres; dade superior ou, quando houver suspeita do en-
volvimento desta, ao conhecimento de outra auto-
VI – cumprir suas obrigações de maneira que
ridade competente para apuração;
inspirem respeito e exerçam influências benéficas
aos internos; XXI – cumprir de forma pessoal e integral a
carga horária do seu cargo e/ou função pública;
VII – registrar as atividades de trabalho de na-
tureza interna e externa em livros de ocorrências; XXII – representar contra ilegalidade, abuso de
poder ou omissão no cumprimento da lei;

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XXIII – manter atualizados junto à Coordena- X – deixar de repassar ou de comunicar imedi-
doria de Gestão de Pessoas da Secretaria da Ad- atamente ao superior hierárquico qualquer objeto
ministração Penitenciária os dados pessoais, co- achado, recuperado ou que lhe seja entregue em
municando qualquer alteração no estado civil, de razão de suas atribuições;
endereço e/ou telefone. XI – salvo justo motivo, chegar atrasado ao
Parágrafo único. O disposto neste artigo não serviço ou plantão para o qual estiver escalado,
exime o agente público da obediência a outros de- caso não reincidente.
veres previstos em lei, regulamento e norma in-
Art. 9. Configuram transgressões disciplina-
terna inerentes à natureza da função.
res de segundo grau:
I – negligenciar a guarda de bens, armas, ins-
CAPÍTULO IV trumentos ou valores pertencentes à repartição pe-
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES nitenciária ou valores e bens pertencentes a presos
ou a terceiros, que estejam sob sua responsabili-
dade;
Art. 7. Pela gravidade, as transgressões dis-
ciplinares classificam-se em: II – deixar de comunicar à autoridade compe-
tente informação que venha a comprometer a or-
I – de primeiro grau; dem pública ou o bom andamento do serviço;
II – de segundo grau; III – fazer uso indevido da cédula funcional ou
III – de terceiro grau; da arma que lhe haja sido confiada para o serviço,
caso não constitua falta mais grave;
IV – de quarto grau.
IV – indicar ou insinuar nome de advogado
Parágrafo único. As transgressões previstas
para assistir pessoa que esteja presa;
neste artigo aplicam-se aos servidores do quadro
permanente da SAP, no que for compatível com o V – deixar de frequentar com assiduidade,
exercício das respectivas funções. salvo justo motivo, cursos em que haja sido matri-
culado pelo órgão responsável pelo sistema peni-
Art. 8. Configuram transgressões disciplina- tenciário ou por este designado;
res de primeiro grau:
VI – abster-se, sem justo motivo, de aceitar en-
I – permutar horário de serviço ou execução de cargos inerentes à categoria funcional;
tarefa sem expressa permissão da autoridade com-
petente; VII – ofender os colegas de trabalho e demais
servidores que compõem o sistema penitenciário,
II – usar vestuário inadequado para o serviço; com palavras, atos ou gestos, qualquer que seja o
III – exibir desnecessariamente arma, distintivo meio empregado;
ou algema; VIII – agir com dolo ou culpa, provocando o ex-
IV – deixar de ostentar distintivo, quando exi- travio ou danificando objetos, livros e material de
gido para o serviço; expediente do estabelecimento penitenciário, caso
não constitua falta mais grave;
V – não se apresentar ao serviço, sem justo
motivo, ao término de licença de qualquer natureza, IX – valer-se do cargo para lograr proveito pes-
férias ou dispensa de serviço; soal ou de outrem, em detrimento da dignidade da
função pública, caso não constitua falta mais grave;
VI – tratar de interesse particular na repartição;
X – participar de gerência ou administração de
VII – atribuir-se indevidamente qualidade fun-
sociedade privada, personificada ou não, exercer o
cional diversa do cargo ou da função que exerce;
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista
VIII – acionar desnecessariamente sirene de ou comanditário;
viatura policial;
XI – atuar, como procurador ou intermediário,
IX – utilizar a chefia seus agentes de forma in- junto a repartições públicas, salvo quando se tratar
compatível com o serviço policial penal; de benefícios previdenciários ou assistenciais de

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parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou com- sociais, blogs, aplicativos, imprensa e demais
panheiro; meios de comunicação e interação social;
XII – aceitar comissão, emprego ou pensão de XXVIII – apresentar-se ao trabalho alcoolizado
estado estrangeiro; ou sob efeito de substância que determine depen-
XIII – praticar usura sob qualquer de suas for- dência física ou psíquica;
mas; XXIX – deixar de atender às requisições judici-
XIV – proceder de forma desidiosa; ais e administrativas ou deixar de dar ciência à che-
fia imediata, em caso de impossibilidade de fazê-lo;
XV – utilizar pessoal ou recursos materiais da
repartição em serviços ou atividades particulares; XXX – deixar de comunicar previamente à che-
fia imediata acerca da necessidade de ausentar-se
XVI – incumbir a terceiros o cumprimento da da unidade de serviço para atender requisição, me-
carga horária do seu cargo, salvo se previamente diante apresentação de documentação comproba-
autorizada a permuta de acordo com regulamento tória.
interno;
Art. 10. Configuram transgressões disciplina-
XVII – ausentar-se do serviço sem autorização
res do terceiro grau:
superior;
I – promover ou facilitar fuga de presos;
XVIII – retirar, sem prévia autorização da auto-
ridade competente, qualquer documento ou objeto II – aplicar de forma irregular dinheiro público;
da instituição, caso não constitua falta mais grave; III – abandonar cargo, tal considerada a injus-
XIX – permitir visitas, inobservando a fixação tificada ausência ao serviço por mais de 30 (trinta)
dos dias e horários próprios, de cônjuges, compa- dias consecutivos ou 60 (sessenta) dias intercala-
nheiros, parentes e amigos dos presos; dos, no período de 12 (doze) meses;
XX – deixar de cumprir ordens emanadas de IV – cobrar carceragem, custas, emolumentos
autoridades competentes, salvo se manifesta- ou qualquer outra despesa;
mente ilegal; V – praticar ato definido como crime que, por
XXI – eximir-se do cumprimento de suas fun- natureza e configuração, o incompatibilize para o
ções; exercício da função;
XXII – recusar-se ou criar dolosamente obstá- VI – promover ou facilitar a entrada de equipa-
culo a prestar depoimento e/ou ser acareado na mentos eletrônicos, armas, bebidas alcoólicas e
qualidade de testemunha, ou recusar-se a executar substâncias entorpecentes nas dependências das
trabalho solicitado para instruir processo judicial ou unidades prisionais;
administrativo; VII– praticar ato de improbidade administrativa;
XXIII – gerar por palavra ou gestos ofensivos VIII – adotar conduta que caracterize inconti-
descrédito à Instituição Penitenciária; nência pública ou postura escandalosa na reparti-
XXIV– desrespeitar decisão ou ordem judicial, ção;
ou procrastinar seu cumprimento; IX – provocar ou participar de greve ou parali-
XXV – praticar ato definido em lei como abuso sação total ou parcial, em prejuízo do serviço poli-
de poder; cial penal ou outros serviços inerentes à adminis-
tração penitenciária;
XXVI – salvo justo motivo, faltar ou chegar
atrasado ao serviço ou plantão para o qual estiver X – cometer crime tipificado em lei quando pra-
escalado, se reincidente, abandoná-lo ou deixar de ticado em detrimento de dever inerente ao cargo ou
comunicar, com antecedência, à autoridade supe- função, ou quando o crime for considerado de na-
rior a que estiver subordinado a impossibilidade de tureza grave, a critério da autoridade competente;
comparecer à instituição; XI– executar medida privativa da liberdade in-
XXVII – veicular ou propiciar a divulgação de dividual sem as formalidades legais ou com abuso
notícia falsa, documentação, imagens, áudios e ví- de poder;
deos de fatos ocorridos na SAP, nos meios de co-
municação em geral, como jornais, sites, redes

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XII – negligenciar na revista do preso, dei- IV – a demissão a bem do serviço público;
xando de apreender produtos ilícitos ou proibidos, V – a cassação de aposentadoria ou disponibi-
conforme disposições regulamentares; lidade.
XIII– permitir que os presos conservem em seu
Art. 13. A pena de repreensão será aplicada
poder instrumentos que possam causar danos nas
dependências a que estejam recolhidos, ou produ- por escrito no caso de inobservância aos deveres
zir lesões em terceiros; funcionais previstos no art. 6.º desta Lei.

XIV – dar, vender, ceder, alugar ou emprestar Art. 14. A suspensão será aplicada:
cédula de identidade, distintivo funcional, peças de I – por até 30 (trinta) dias na hipótese de trans-
uniformes ou de equipamentos novos ou usados; gressão de primeiro grau ou na reincidência de falta
XV – agredir fisicamente, em serviço, servidor já punida com repreensão;
ou particular, salvo em legítima defesa própria ou II – de 30 (trinta) a 90 (noventa) dias na hipó-
de outrem; tese de transgressão de segundo grau.
XVI – fazer uso, em serviço ou uniformizado, § 1.º Durante o período de suspensão, o
de substância que acarrete dependência física ou agente público não fará jus aos direitos e vanta-
psíquica; gens inerentes ao exercício do cargo.
XVII – acumular cargos, funções e empregos § 2.º A autoridade competente para aplicar a
públicos remunerados, salvo nos casos permitidos pena de suspensão poderá convertê-la, antes do
na Constituição Federal, permitida a opção, ao final início de sua execução, em multa equivalente a
do processo disciplinar, caso constatada a boa-fé 50% (cinquenta por cento) da remuneração corres-
na acumulação. pondente ao período da suspensão, devendo o
Art. 11. Configuram transgressões disciplina- agente público permanecer em serviço.
res de quarto grau: Art. 15. A sanção cabível em casos de trans-
I – traficar substância que determine depen- gressão disciplinar de terceiro grau é a demissão.
dência física ou psíquica; Parágrafo único. A demissão dar-se-á a bem
II – revelar dolosamente segredo ou assunto do serviço público na hipótese de transgressão dis-
de que tenha conhecimento, em razão de cargo ou ciplinar de quarto grau e de transgressão disciplinar
função, que possam prejudicar o bom andamento de terceiro grau em que a gravidade da infração
e/ou funcionamento do serviço na repartição ou em justificar a medida, a critério da autoridade julga-
unidades prisionais; dora.
III – praticar tortura ou crimes definidos como Art. 16. A sanção de cassação de aposenta-
hediondos; doria ou de disponibilidade será aplicada ao agente
IV – exigir, solicitar ou receber vantagem inde- público que houver praticado, em atividade, trans-
vida, ou aceitar promessa de tal vantagem, direta- gressão disciplinar sujeita à penalidade de demis-
mente ou por intermédio de outrem, para si ou para são, inclusive a bem do serviço.
terceiro, em razão das funções, ainda que fora Art. 17. As sanções disciplinares resultarão
desta. de sindicância e de procedimento administrativo
disciplinar, os quais reger-se-ão conforme disposto
no art. 20 desta Lei, assegurados o exercício do
CAPÍTULO V contraditório e da ampla defesa, bem como os re-
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES cursos e meios a ela inerentes.
Parágrafo único. Na aplicação da sanção, a
Art. 12. Constituem sanções disciplinares: autoridade competente levará em consideração os
I – a repreensão; antecedentes funcionais do agente público, as cir-
cunstâncias em que o ilícito ocorreu, a natureza e
II – a suspensão; a gravidade da infração e os danos que dela provi-
III – a demissão; erem.

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CAPÍTULO VI Segurança Pública e Sistema Penitenciário para
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE aplicar as sanções previstas nesta Lei.
Art. 20. A apuração disciplinar de que trata
Art. 18. Extingue-se a punibilidade da trans- esta Lei dar-se-á em atenção aos princípios da le-
gressão disciplinar: galidade, da moralidade, da impessoalidade e da
justa motivação, sem prejuízo da observância às
I – pela morte do agente público; demais normas éticas e comportamentais definidas
II – pela prescrição. como padrão de conduta para a gestão administra-
tiva estadual, levando em consideração, em espe-
§ 1.º A prescrição se consuma nos seguintes
cial, o disposto na Lei n.º 15.036, de 18 de novem-
prazos:
bro de 2011.
I – para infrações sujeitas à pena de repreen-
são, em 2 (dois) anos; Art. 21. Ao regime disciplinar de que trata
esta Lei aplicar-se-á subsidiariamente as disposi-
II – para infrações sujeitas à pena de suspen- ções estatutárias inerentes aos servidores públicos
são, em 4 (quatro) anos; em geral do Estado.
III – para infrações sujeitas à pena de demis-
Art. 22. Esta Lei Complementar entra em vi-
são, de demissão a bem do serviço público e de
cassação de aposentadoria ou disponibilidade, em gor na data de sua publicação.
6 (seis) anos.
§ 2.º Não se aplica o disposto no § 1.º deste PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO
artigo: ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 26 de novem-
I – a ilícitos caracterizados como crime, cuja bro de 2021.
prescrição dar-se nos prazos e condições previstos Camilo Sobreira de Santana
na legislação penal; GOVERNADOR DO ESTADO
II – no caso de abandono de cargo, cujo prazo
de prescrição não se inicia enquanto estiver em
curso o ilícito.
§ 3.º O prazo de prescrição inicia-se na data
em que conhecido o fato e interrompe-se pela aber-
tura de sindicância ou de processo administrativo,
quando for o caso.
§ 4.º Suspensa a tramitação de sindicância ou
de processo administrativo disciplinar por qualquer
motivo imperioso devidamente justificado pela au-
toridade competente, inclusive em razão de inci-
dente de insanidade mental, o curso da prescrição
também se considerará suspenso, sendo retomado
após o definitivo julgamento do incidente ou
quando findo o impedimento que motivou a suspen-
são.

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 19. Conforme previsto em legislação es-


pecífica, são competentes o Chefe do Executivo e
o Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de

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