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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JAGUARIÚNA

DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA


6° SEMESTRE - NOTURNO

CASO CLÍNICO NORTEADOR


PATOLOGIA ANIMAL ESPECIAL
1º BIMESTRE

BRUNA EDUARDA VENERE DOS SANTOS - 12022744


EVELYN ALEXIA MIRANDA DE FARIA - 12023163
JULIA DONKE SPITZNER - 12023693
MARIA EDUARDA SCOMPARIN - 12023213
MARIA LETÍCIA AVONA DOS SANTOS - 12023262

Jaguariúna
2023

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A figura 2 retrata um prolapso retal e vaginal. Descreva em detalhes as
características patológicas macroscópicas visualizadas na imagem, em ambas
as estruturas, e explique, também em detalhes, a patogenia (formação) destas
lesões.

A ocorrência de prolapso se dá pela diminuição ou falha da sustentação dos órgãos


pelos tecidos de suporte por fraqueza ou pressão. sendo os tipos mais comuns de
prolapso em suinos, o de reto e de vagina (SUPAKORN et al.. 2017).
Os prolapsos de utero e vagina se caracterizam pela protrusão ou reversão de todo
ou parte do utero ou da mucosa vaginal, respectivamente, pela fenda vulvar. No
prolapso retal ocorre a protrusão de uma ou mais camadas do reto pelo ânus
(KAHN&LINE, 2008).

Os fatores predisponentes para a ocorrência dessa patologia são variados e incluem


ação hormonal, nutricional, ambiental e outros fatores relacionados a doenças,
como tosse, diarreia crônica e distocia

O prolapso vaginal é uma condição causada por várias razões, exigindo três fatores
para ocorrer: relaxamento da parede vaginal, um grande lúmen e uma força que a
mova de sua posição original. É comum em vacas leiteiras, especialmente nas
raças Holandesa e Pardo Suíço, e em ovelhas (PRESTES & LANDIM-ALVARENGA,
2006; ALVES et al., 2013).

O prolapso vaginal começa quando uma dobra se forma no assoalho da vagina,


próximo à união vestíbulo-vaginal. Isso causa desconforto, irritação e inflamação da
mucosa exposta, levando ao agravamento do prolapso. Eventualmente, toda a
vagina pode estar prolapsada, com o colo do útero visível na parte inferior do
prolapso. Às vezes, a bexiga ou as alças intestinais podem ser contidas na vagina
prolapsada (DIAS, 2007; VEERAIAH & SRINIVAS, 2010; KUIJLAARS, 2011).

O prolapso se desenvolve de forma progressiva, com três graus: inversão da


vagina, prolapso parcial e prolapso total, sendo os dois primeiros prognósticos
favoráveis e o último reservado. A gravidade pode ser agravada por prolapso retal,
cervical e uterino, morte fetal, aborto, metrite, endotoxemia e septicemia. Em tais

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casos, é importante afastar o animal da reprodução, considerando a alta
probabilidade de recorrência e hereditariedade. Isso é comum em ovinos, ocasional
em bovinos e raro em equinos (ALVES et al., 2013).

As causas das inversões e prolapsos da vagina são variadas, mas alguns fatores
predisponentes são cruciais. Para ocorrer um prolapso, a parede vaginal deve estar
relaxada, o lúmen deve ser amplo e uma força deve retirá-la de sua posição original.
Pode ser causado por predisposição hereditária em bovinos e ovinos, relaxamento
excessivo da fixação vaginal em fêmeas idosas ou multíparas, pressão
intra-abdominal aumentada devido a gestações gemelares em animais com fixação
vaginal frouxa, agentes mecânicos, alimentação inadequada levando a distúrbios
metabólicos e emagrecimento em bovinos e suínos, disfunções hormonais,
hipocalcemia, obesidade, hidropsia dos envoltórios fetais e timpanismo, defeitos
anatômicos e inflamações na região da vulva e reto (NOAKES et al., 2001,
PRESTES & LANDIM-ALVARENGA, 2006).

No caso do prolapso retal ocorre devido à perda do tônus do esfíncter, o que


consequentemente gera o afrouxamento do tecido conectivo submucoso, ou pode
ser devido a uma falha no sistema suspensório do reto (SILVA et al., 2017). Quando
o manejo não atende os critérios de bem-estar animal, ocorre redução nos
parâmetros de reprodução, crescimento e aumento da incidência de doenças. Além
disso, já foi comprovado cientificamente que relações ruins entre animais e as
pessoas responsáveis pelo manejo resultam em redução de produtividade por
medo, estresse e níveis de cortisol mais altos (RIBAS et al.,2015).

Nos suínos, o prolapso é considerado raro, podendo ser parcial ou total (PRESTES
& LANDIM-ALVARENGA, 2006).

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Referências bibliográficas:

WERNER, Igor - PROLAPSO UTERINO: RELATO DE CASO [S.D]. Disponível em:


https://home.unicruz.edu.br/seminario/anais/anais-2014/XIX%20SEMIN%C3%81RI
O%20INTERINSTITUCIONAL%202014%20-%20ANAIS/GRADUACAO/Resumo%2
0Expandido%20Agrarias%20Exatas%20e%20Ambientais/PROLAPSO%20UTERIN
O%20RELATO%20DE%20CASO.pdf

MESSIAS, Caroline - PROLAPSOS VAGINAIS E UTERINOS EM ANIMAIS DE


PRODUÇÃO: ESTUDO RETROSPECTIVO DOS CASOS ATENDIDOS NO
HOSPITAL VETERINÁRIO DE GRANDES ANIMAIS, 2016. Disponível em:
https://bdm.unb.br/handle/10483/16324

CHEROBINI, R. Felipe - PROLAPSO RETAL EM MATRIZES SUÍNAS:


RELEVÂNCIA PARA O BEM-ESTAR ANIMAL [S.D]
Disponível em:
https://eventos.uceff.edu.br/eventosfai_dados/artigos/cibea2018/856.pdf

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