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GOVERNO DA PROVÍNCIA DO ZAIRE

GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÁO

MAGISTÉRIO DO SOYO

Ela não é ciência, nem é arte. Ela é prática

Elaborado por Mister Maria.


Habilitado pedagogicamente no ensino de Empreendedorismo
02-02-2020

Muito se ouve falar sobre Empreendedorismo. Alias, no cenário actual do mercado de


trabalho Angolano, essa tem passado a ser considerada uma característica Essencial para o
sucesso! Mas o que é, afinal Empreendedorismo? Perceba que as melhores oportunidades
não são vistas com os olhos, mas são vistas com a mente!!...Este material de apoio foi
organizado especificamente para alunos da 13ª classe.
As características d´um empreendedor de sucesso podem ser desenvolvidas! 13ªclasse 2020

Conteúdeos Programados para 2020

Tema I: CULTURA EMPREENDEDORA


Subtema I: Empreendedorismo e o Empreendedor
a.a) Empreendedorismo: origem, evolução e importância
a.b) Empreendedor: significado e Importância
a.c) características de um empreendedor
a.d) benefícios de um empreendedor
a.e) tipos de empreendedores

Subtema II: Ética nas atividades Empreendedoras


b.a) Ética: Significado e importância
b.b) Ética no Quotidiano
b.c) Ética nas atividades Empreendedoras
b.d) Benefícios da ética no quotidiano e nas atividades empreendedoras.

Subtema III: Carreira e emprego em Angola


c.a) Carreira: Significado e Importância
c.b) tipos de carreiras em Angola
c.c) Oportunidades de Carreira
c.d) Requisitos para escolha de Carreira
c.e) Empregos: significado e importância
c.f) tipos de empregos
c.g) benefícios e desafios de emprego em Angola
c.h) desemprego e suas causas
c.i) estratégias para obtenção de emprego
c.j) diferenças entre carreira e Emprego em Angola

Tema II: oportunidades Empreendedoras


Subtema II.a) Oportunidades Empreendedoras
II.a.a) Oportunidades empreendedoras: Identificação analise FOFA
II.a.b) Tipos de Oportunidades Empreendedoras
II.a.c) Importância de Oportunidades empreendedoras
II.a.d Formas de Organização de atividades Empreendedoras (Individual, coletiva, familiar)

Subtema II.b: Organização e legalização das atividades Empreendedoras


II.b.a) Identificação de uma oportunidade Empreendedora
II.b.b) Aplicação da Analise FOFA
II.b.c) Formas de organização de uma atividade Empreendedora (singular,
Cooperativa, Privada, Pública e Mista)
II.b.d) Dimensão de Atividades Empreendedoras (Micro, pequena, Media E
Grande)

SubtemaII.c: Ideias Empreendedoras


II:c.a) Qualidades de uma Ideia Empreendedora
II:c.b) Fontes de Ideias Empreendedoras
II.c.c) Importância de Ideias Empreendedoras
II.c.d) Avaliação e Classificação de Ideias Empreendedoras

Elaborado e Adaptado pelo Formador Miguel Afonso (Mister Maria)


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Subtema II.d: Gestao Empreendedora


II.d.a) Significado e Importância das Funções de Gestão
II:d.b) Componentes das Funções de Gestão
II.d.c) Planificação: Significado e Importância
II.d.d) Orçamentação: Significado, Importância e Preparação
II.d.e) Liderança: Significado e Importância. Qualidade e Papel de um Líder
II.d.f) Organização: Significado e Importância
II.d.g) Comunicação: Significado e Importância. Formas de Comunicação
II.d.h) Motivação: Siginificado e Importância. Formas de Motivação
II.d.i) Controlo: Significado e Importância.

Tema III –PROJECTO EMPREENDEDOR & REALIZAÇÃO DA FEIRA EMPREENDEDORA


III.a) Projecto: significado e Importância
III.b) CaracterÍsticas de um projecto Empreendedor
III.c) Estrutura de um projecto Empreendedor
III.d) Normas de apresentação de um projecto Empreendedor
III.e) Preparação e realizaçao da feira do Empreendedorismo

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Porque Empreendedorismo no currículo?


O constante avanço da ciência e da tecnologia no mundo de hoje, obriga a que todos os países apostados
no desenvolvimento sócio-económico e tecnológico,dotem os seus cidadãos de vários saberes (competências),
no sentido de concorrer, com êxito, ao mercado de trabalho, ou seja dotando os cidadãos de várias
competências, como forma de garantir o sucesso pessoal e social.
O Ministério da Educação implementou de 2004 a 2011 o novo sistema educativo, de acordo com a Lei de
Bases do Sistema de Educação (Lei 13/01 de 31 de Dezembro) visando proporcionar aos estudantes
aprendizagens relevantes e significativas, procurando criar as bases para o seu desempenho activo e eficiente
na sociedade.
Partindo deste pressuposto, o Governo decidiu introduzir a disciplina de Empreendedorismo no currículo
do Ensino Secundário como uma das formas de responder às necessidades dos jovens, desenvolvendo a
criatividade, espírito de iniciativa, gosto pelo trabalho e capacidade empreendedora, com a finalidade de
estimular a criação do auto-emprego e a erradicação da pobreza. Para o efeito a esta disciplina foram atribuídos
seis tempos lectivos semanais para cada uma das classes, sendo dois para aulas teóricas e quatro para aulas
práticas.
A implementação da disciplina de Empreendedorismo no currículo do Ensino Secundário em Angola, tem
como principal sustentáculo, a Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei 13/01 de 31 de Dezembro). Este
instrumento jurídico-legal, no seu artigo 3, alínea a), ao definir os objectivos gerais da educação, realça a
necessidade de “…desenvolver harmoniosamente as capacidades…intelectuais e laborais da jovem geração…a
fim de contribuir para o desenvolvimento sócio-económico do País”.

Finalidades da Educação Empreendedora


A educação para o empreendedorismo visa articular a educação e as competências às situações reais
da vida dos jovens. A educação empreendedora estimula os educandos (a) a pensar de forma inovadora sobre
futuras carreiras ou opções de emprego contribuindo para o bem-estar das suas comunidades. O espírito
empreendedor dos educandos (as) é estimulado através da imaginação e criatividade, da descoberta de talentos
e habilitaos a enfrentar questões económicas, sociais e culturais importantes para eles e para as suas
comunidades. Os educandos (as) aprendem a conhecer e a compreender o espírito empreendedor e o papel das
empresas na melhoria da qualidade de vida a nível individual, comunitário e nacional. Esta consciêncialização
abre novos horizontes para o trabalho por conta própria e para o empreendedorismo, criando empregos para
si e para outros, como uma opção de carreira valiosa.
A educação empreendedora também ajuda os jovens a tornarem-se empreendedores
independentemente da sua situação socioeconómica (auto-emprego, emprego remunerado).
Empreendedorismo no ensino inclui o desenvolvimento de conhecimentos e competências formais e
valores pessoais. Com ensino pretende-se promover a auto estima e a confiança, consolidando a criatividade
e o talento dos educandos na formação de conhecimentos, competências e valores relevantes, apoiar e
desenvolver perspectivas e oportunidades que surjam. Os educandos alcançam este objectivo dedicando-se a
actividades de aprendizagem de planificação de carreira, que se resumem em:
• Competências e valores pessoais que aumentam a probabilidade de reconhecer e explorar
oportunidades. O ensino do empreendedorismo realça sobretudo o desenvolvimento de competências e valores
pessoais. Estabelecendo uma base para a aplicação de conhecimentos e competências para proveito próprio,
comunal ou nacional.
• Conhecimentos e competências relacionadas com o desenvolvimento de uma nova actividade,
quando começar, como iniciar e como criar estratégias que garantam sucesso. Juntos, esses dois elementos
principais (competências e valores pessoais e conhecimentos e competências relacionadas com o
desenvolvimento de uma nova actividade) formam as competências empreendedoras:

Qualidades e atitudes pessoais: + Conhecimentos e competências: = Competências Empreendedoras

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- Ser inovativo e criativo - Quê


- Vontade de assumir riscos gerenciáveis - Quando
- Auto confiança e auto estima - Porquê
- Espírito de colaboração (network) - Como

TEMA I: CULTURA EMPREENDEDORA

Introdução
Um dos principais objectivos da educação em qualquer sociedade ou país é o de preparar os cidadãos
para a vida profissional. Na verdade, ao terminar a formação, espera-se encontrar um emprego bem
remunerado. Isto coloca a questão de “quem” deve oferecer postos de trabalho/emprego: Governos? Empresas
privadas? ONGs? Governos em todo o mundo e em particular nos países em desenvolvimento, têm sido os
principais agentes empregadores.
Os sistemas de ensino (em muitos países, especialmente nos países em desenvolvimento) basearam-se
e por vezes ainda se baseiam na preparação de pessoas com capacidades básicas, por forma a tornarem-se
competentes perante futuros agentes empregadores. Muito poucos são os sistemas de ensino que preparam os
educandos (as) com competências suficientes que lhes permitam trabalhar por conta própria.
O auto-emprego muitas vezes nasce como estratégia de sobrevivência para gerar algum rendimento
para se subsistir. Facilmente se encontram jovens com formação académica superior que passam muitos anos
em vão à procura de emprego. O desemprego está na ordem do dia. Isto atira-os, muitas vezes, para as margens
da sociedade e aumenta a probabilidade de caírem na armadilha da pobreza.

Subtema I: Empreendedorismo e o Empreendedor

a) Empreendedorismo: Origem e Etimologia

O termo Empreendedorismo tem sua criação atribuída ao escritor e Economista Richard Cantilon
(Século XVII), no entanto, constata-se que desde os primeiros habitantes da humanidade já havia pessoas que
se destacavam, inovando suas atividades ou produtos. À essas práticas inovadoras dá-se o nome de
Empreendedorismo.
Entre 1271 e 1295, um mercador chamado Marco Polo tentou desenvolver uma rota comercial para o
oriente e, numa iniciativa empreendedora, firmou um contrato com um capitalista a fim de comercializar seus
produtos. Suas viagens e acçoes caracterizam a possoa que pratica Empreendedorismo, ou seja, uma pessoa
Empreendedora que assume riscos físicos e Emocionais afim de atingir seus objetivos.
O vocábulo é derivado da palavra `Empreendera´ do latim, tendo o seu correspondente:
``empreender´´, surgido na língua portuguesa no século XV. A expressão EMPREENDEDORISMO foi originada da
tradução da expressão ENTREPRENEURSHIP da língua Inglesa que, por sua vez, é composta da palavra francesa
ENTREPRENEUR e do sufixo inglês SHIP.
Em 1993, Regina Silvia Pacheco faz um dos primeiros usos da palavra "empreendedorismo" na língua
portuguesa, referindo-se às novas estratégias econômicas adotadas, até então, em cidades estrangeiras.

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b) Evolução
O Conceito Empreendedorismo foi popularizado pelo Economista Joseph Schumpeter, em
1945/1950, como base da sua teoria da DESTRUIÇÃO CRIATIVA.
Mais tarde em 1967 com Kenneth E. Knight e em1970 com Peter Drunker foi introduzido o conceito
de risco, uma pessoa Empreendedora precisa arriscar em algum negócio. E em 1985 com Gifford Pinchote foi
introduzido o conceito de intra-Empreendedora, uma pessoa Empreendedora mas dentro de uma organização.
Mario Manhães Mosso, porém, volta à definição original de empreendedor, do grego, "condutor",
mostrando que o empreendedorismo tem mais chances de sucesso por meio do empresarismo. Isso quer dizer:
não basta o gosto por assumir riscos, é importante um comportamento de empresário, que organiza, planeja e
estuda profundamente o assunto para ter uma atividade com sucesso consistente.
Na década 1990, o empreendedorismo passou a ser foco de políticas públicas e de estudos em
instituições de ensino médio e superior. Isso ocorreu devido ao intenso avanço tecnológico, que forçou as
pessoas da época a se prepararem para inovar, continuando ou tornando-se assim, competitivas no mercado.
Tudo isso, ainda hoje, é observado através dos incentivos governamentais a novos investimentos, integração da
disciplina aos currículos escolares e desburocratização de financiamentos para implementação de novos
negócios.

c) Definições de Empreendedorismo

Empreendedorismo é o principal fator promotor do desenvolvimento econômico e social de


um país. O papel do empreendedor é identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-
las em um negócio lucrativo.
O empreendedorismo pode ser entendido como a disposição ou capacidade de idealizar, coordenar
e realizar projetos. A palavra é também muitas vezes definida como a habilidade em criar e implementar
mudanças, inovações e melhorias a um mercado ou negócio. O empreendedorismo pode não estar relacionado
diretamente a negócios. Pessoas podem demonstrar um pensamento empreendedor em casa, na escola ou na
vida pessoal. O empreendedorismo trata, afinal, de criatividade, solução de problemas e visão estratégica.
Em economia, o empreendedorismo “é um processo dinâmico e social em que indivíduos, isoladamente
ou em colaboração com outros, identificam oportunidades financeiras e reagem através da criação de novas
empresas”. Mas no Sistema de Educação, o empreendedorismo tem um significado mais amplo que vai para
além da constituição de empresas ou de negócios, abrangendo os sistemas sócio-culturais nele implicados.
Assim sendo, o espírito empreendedor “é um processo dinâmico, económico e social onde os indivíduos,
isoladamente ou em colaboração, identificam oportunidades de inovação e reagem transformando ideias em
actividades práticas e específicas, seja no contexto social, cultural ou financeiro. “
Robert Risrich define Empreendedorismo: é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando
tempo e o esforço necessário, assumindo riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo
0s conseguintes recompensas da satisfação econômica e pessoal.
Empreendedorismo: é o acto de Empreender, i.e, identificar ou criar novas oportunidades de negócios,
dando origem, assim a criação de novas Empresas ou ao desenvolvimento de novos negócios ou novas áreas de
atividades Humana.
Empreendedorismo é a arte de fazer acontecer com criatividade e motivação. É a busca do auto conhecimentos.
Agora que já entende melhor o que é empreendedorismo, consideraremos um pouco sobre os tipo de
empreendedorismo:
Empreendedorismo Corporativo:
O empreendedorismo corporativo se trata da identificação, desenvolvimento e implementação
de novas soluções, oportunidades e ações em um negócio ou empresa. Pode ser a exploração de um novo nicho,
criação de um novo produto ou serviço ou até mesmo o desenvolvimento de processos mais eficientes.O objetivo
desse tipo de empreendedorismo é promover a inovação no mercado.

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Empreendedorismo Social
A sociedade onde estamos inseridos ainda apresenta muitos problemas. Esse tipo de
empreendedorismo visa promover mudanças no âmbito social. Ou seja, por meio de uma ideia ou inovação, o
empreendedor social gera desenvolvimento, qualidade de vida, acesso à cultura, melhorias ambientais e
aprimoramentos para as pessoas.
Empreededorismo Individual
Esse é, sem dúvida, o tipo mais conhecido de empreendedorismo. Quando mencionamos o termo, é
no mundo dos negócios que a maioria das pessoas pensa. O empreendedorismo individual trata da criação de
novas empresas. Os negócios em desenvolvimento, sejam inovadores ou não, contam com os empreendedores
individuais para garantir sua concretização e desenvolvimento.

Importância do Empreendedorismo
Qual o impacto do empreendedorismo em Angola e no mundo?
O empreendedorismo é o fator que possibilita o desenvolvimento social e econômico, em todos os
setores de uma comunidade. Seja no âmbito pessoal, local ou mundial, as pessoas empreendedoras são aquelas
que movimentam o mundo para frente.
Vamos tomar como exemplo o avanço científico. Hoje, sabemos muito mais sobre nosso universo e
contamos com tecnologias mais incríveis do que nossos avós poderiam sonhar. Isso é possível apenas através
do empreendedorismo. Seja nos negócios ou no âmbito social, a criatividade, iniciativa e vontade de
transformar o mundo ao seu redor dos empreendedores é o que nos permite ver o avanço do ser humano
como sociedade.
A base do empreendedorismo é a solução de problemas de maneira criativa, eficiente e simples. Sem
ele, não teríamos nenhum avanço: da roda ao smartphone. O empreendedorismo visa tornar nossas vidas
mais fáceis e melhores.
A importância do Empreendedorismo é crucial para a geração de riquezas do pais. Ele promove o
crescimento econômico, melhora a condição da qualidade de vida das pessoas, gera mais empregos e com
isso, vem o aumento de renda da população (familiar). Além do ganho das responsabilidades para com a
empresa que trabalha e, claro com você mesmo.
O empreendedorismo é muito importante para as pessoas, pois é através dele que elas inovam e
transformam o conhecimento em novos produtos.

Desvantagens da prática do Empreendedorismo


1) Requer muito tempo, longas horas de dedicação e esgotamento de tanta energia emocional.
2) Muita tensão inerente ao se dirigir um negócio próprio.
3) Ameaça constante de possibilidade do fracasso.
4) Precisa-se assumir os riscos (físicos, emocionais ou psicológicos e financeiros) para com o fracasso.

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Subtema I- a. b) Empreendedor: significado


Ao indivíduo que leva a cabo atividades relacionada com o empreendedorismo dá-se o nome de
Empreendedor. O termo Empreendedor (Entrepreneur) é de origem francesa e significa `` aquele que Assume
riscos e começa algo novo´´.

O que é ser um Empreendedor?

Ser um empreendedor é muito mais que ser um inventor ou um sonhador. Um empreendedor cria valor
na sociedade e nas empresas, pois é capaz de idealizar seus produtos ou soluções inovadoras, que vão ao
encontro às necessidades das pessoas. Pode ser também, solucionador de problemas, pois tem a capacidade de
pensar fora de sua zona de conforto mental e encontrar soluções onde as outras pessoas vêm apenas o
problema. Além disso, é capaz de materializar suas ideias através do desenvolvimento de novos produtos ou
serviços, que por fim, irão gerar o lucro.
O empreendedor: é o profissional inovador que modifica, com sua forma de agir, qualquer área do
conhecimento humano. Também é utilizado no cenário econômico para designar o fundador de uma empresa
ou entidade, aquele que construiu tudo a duras custas, criando o que ainda não existia. O Empreendedor é
aquele indivíduo que é criativo, inovador, arranjado, que estabelece estratégias que vão delinear seu futuro. É
aquele que sabe determinar quais e como seus produtos ou serviços serão colocados no mercado, é o que
estabelece metas, que inicia projetos, que controla resultados, que visualiza e busca o sucesso do seu
empreendimento.

Quais são os tipos de empreendedores?


Os empreendedores podem ser muito diferentes um dos outros. Por conta disso, podemos classificá-los
em diversos “tipos” de empreendedores. Isso dificulta a nomeação, porém mostra que qualquer pessoa pode
ser um empreendedor independente de suas características. Seguem abaixo vários tipos de empreendedores:

Empreendedor nato
Os empreendedores natos (mitológicos), o quais são geralmente os mais conhecidos e reverenciados.
Normalmente são pessoas que começaram a trabalhar desde muito cedo, com poucas condições, e acabaram
criando grandes empresas. Como desde muito jovens esses empreendedores iniciaram a sua jornada de
trabalho, acabaram adquirindo a habilidade de negociação e venda. São visionários, otimistas, estão sempre à
frente de seu tempo e comprometem-se 100% para realizar os seus sonhos.
Empreendedor que aprende
O empreendedor que aprende pode ser caracterizado por ser aquele que, ao se deparar com uma
oportunidade de negócio, decide aprender a gerir seu próprio empreendimento. Normalmente são aquelas
pessoas que, quando menos esperava, se depararam com uma oportunidade de negócio e tomaram a decisão
de mudar o que faziam na vida para se dedicarem ao próprio negócio. Logo, eles caracterizam-se pelo
inesperado. Muitas vezes, esse tipo de empreendedor imaginava que seria sempre um empregado e não gostava
de assumir riscos; mas, quando surge a oportunidade, ele vê-se entusiasmado. E, então, vem a tomada de
decisão, que para esse tipo de empreendedor pode levar um pouco mais de tempo para que ele possa decidir,
mas ele acaba assumindo o risco e criando seu próprio negócio, ou fazendo algum tipo de parceria ou sociedade.
É o caso clássico de quando a oportunidade “bate na porta”. Um ponto importante a se levantar é que o
empreendedor que aprende necessita do surgimento de uma oportunidade. Sua característica é de ter uma
maior cautela que os demais empreendedores; e, por isso, quando ele se depara com a oportunidade, ele não
assume o risco imediatamente, mas, sim, depois de ver as possibilidades e a viabilidade do negócio ou da ideia.

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Empreendedor serial
O empreendedor serial é aquele que cria um negócio para vendê-lo. Dessa forma, o capital ganho com
essa ideia inicial é utilizado para criar outro, vendê-lo novamente e produzir algo novo sempre, tornando-se uma
atividade cíclica. Assim, a venda é parte do fim de um empreendimento e o começo de um novo.
Empreendedor corporativo
O empreendedor corporativo tem ganhado importância nos últimos anos devido ao crescimento de
multinacionais e à necessidade de inovação e de continuarem evoluindo. São executivos que se destacam e que
buscam crescer dentro da empresa, trazendo bons frutos para a organização. Possuem grande conhecimento
em ferramentas administrativas e sabem gerenciar uma equipe com excelência. Também são considerados
ótimos vendedores e negociadores, pois sabem vender a sua ideia e trabalhar em situações limitadas, nas quais
a empresa não dá toda a liberdade para o empreendedor agir. Esse tipo de empreendedor possui o perfil que é
considerado ideal para ele [o empreendedor] trabalhar em grandes empresas, inclusive eles são muito
procurados por tais organizações. Ele sabe desenvolver seu networking dentro e fora da empresa para trazer
pessoas à equipe e também gerar novas oportunidades. Na maioria das vezes, são pessoas que sabem
autopromover-se e são muito confiantes, adorando trabalhar com grandes metas e com aquelas que geram
grandes recompensas.
Empreendedor social
O empreendedor social vem de qualquer setor que seja sem fins lucrativos, possuindo as
características dos empreendedores tradicionais de criatividade, visão e determinação. Ele busca a inovação
social no lugar do dinheiro por meio do emprego e da focalização na inovação, almejando o benefício social que
ela pode trazer, além de utilizarem de suas experiências organizacionais e empresariais para ajudar os outros.
Os empreendedores sociais podem trabalhar em negócios éticos, órgãos governamentais, públicos, voluntários
e comunitários.
Empreendedor por necessidade
Empreendedores por necessidade são aqueles que iniciaram um empreendimento autônomo por
não possuírem melhores opções para o trabalho e precisam abrir um negócio a fim de gerar renda para si e suas
famílias. O empreendedorismo por necessidade é evidentemente aquele que está visivelmente menos fadado
ao sucesso, embora existam, sim, alguns casos de sucesso. A maioria desses empreendedores entram no
mercado totalmente despreparados, sem conhecimento dos verdadeiros riscos e totalmente expostos ao
fracasso.
Empreendedor herdeiro
O empreendedor herdeiro é motivado desde cedo a empreender. Ele tem a missão de continuar o
legado da família, administrando a empresa e os recursos nela envolvidos a fim de que o empreendimento se
sustente por mais tempo. Atualmente é comum que executivos sejam contratados para gerir empresas
familiares, mas o empreendedor herdeiro sempre acompanha de perto as atividades a fim de dar suas
impressões e sugestões. O perfil de empreendedor herdeiro não é único. Existem os tipos mais inovadores, que
tendem a buscar medidas diferentes das que estão atuando na empresa e que são mais visionários. Por outro
lado, existem o tipo mais conservador, que tende a manter as coisas como estão e tem uma gestão muito mais
próxima da gestão anterior.
Empreendedor normal
O empreendedor normal (planejado) é aquele que busca capacitar-se, preocupando-se com os
próximos passos da organização, minimizando os riscos, que possui clara visão do futuro e de suas metas para a
organização. O planejamento aumenta a capacidade do negócio ser bem sucedido. Logo, o empreendedor normal
seria o mais completo e uma referência a ser seguida, mas que não representa uma quantidade expressiva de
empreendedores na prática.

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Importância do Empreendedor

Os empreendedores são reconhecidos como componentes essenciais para mobilizar capital, agregar valor
aos recursos naturais, produzir bens ou serviços e administrar os meios para a administração do comércio.
O empreendedor é essencial ao processo do desenvolvimento econômico. Em outras palavras não haverá
desenvolvimento econômico sem que na sua base existam lideres Empreendedores.
O Empreendedor busca a mudança, responde e explora a mudança como uma oportunidade. Seu papel
no desenvolvimento econômico envolve mais do que apenas o aumento de produção e renda capital, envolve
iniciar e construir mudanças na estrutura do negócio e na sociedade.

Subtema I- a.c) características de um empreendedor


O Empreendedor tem como características básicas o espirito criativo e pesquisador, constantemente
busca novos caminhos e novas soluções, não perca de vista às necessidades das pessoas; seu papel é identificar
oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em um negócio lucrativo, melhorando assim
seu produto.

As principais características de um Empreendedor: Já percebemos que o empreendedor é


richiado com um conjunto de características. Mas Quais são as características do empreendedor?

1º INICIATIVA: o espirito Empreende dor começa, principalmente, com a capacidade de iniciativa, e essa
é a principal característica pessoal de um Empreendedor. Sempre procura novas oportunidades de negócio, tem
grande conhecimento do mercado. a pessoa empreendedora não espera que alguém lhe diga que um problema
deve ser solucionado. Ela está sempre procurando melhorias e novas formas de fazer as coisas.
2º CAPACIDADE DE LIDERANÇA: o empreendedor deve inspirar os seus colaboradores a darem o seu
melhor em tudo que fazem na empresa. Para tal, deve delegar tarefas e envolver toda equipa no projeto, cada
um deve sentir que o seu contributo gera valor na organização e o líder é quem lhes vai transmitir isso.
3º AMAR O QUE FAZ: deve aliar os seus gostos ao negócio que cria. A paixão pelo que faz é o que
desperta o brilho nos olhos de todo empreendedor de sucesso.
4º CAPACIDADE DE PLANEAMENTO: saber estabelecer metas e objetivos. É preciso ter um
conhecimento de onde está e de onde deseja chegar. Ademais deve criar planos de ações, implementá-
los, analisar e corrigir possíveis erros ou desvios.
5º DOMINIO DA COMUNICAÇÃO (VERBAL E NÃO VERBAL): deve saber expressar suas ideias de
forma clara e objetiva, pois terá contato com clientes, parceiros de negócios e colaboradores. Caso não ...
problemas graves poderão surgir.
6º CAPACIDADE DE AUTO-MOTIVAÇÃO: é o líder, por norma, cabe a ele motivar os colaboradores ou
funcionários, mesmo nos tempos de adversidade. Isso ajuda no desenvolvimento e nas relações e motivação
dos funcionários.
7º AUTO-CONFIANÇA: não deve ser confundida com a falta de confiança. É preciso confiar na sua
capacidade de tomar decisão e guiar a equipa com segurança pelos caminhos que define.
8º PERSISTÊNCIA: No mundo dos negócios existem muitos dias difíceis. Deve ser capaz de controlar as
emoções e ser persistente nos momentos mais complicados. Muitos têm uma boa história de superação nos
negócios.
9º TER UMA BOA REDE DE CONTACTO: deve conhecer pessoas importantes e que sejam
influenciadores dentro da sua área de atividades, isto é importante para desenvolvimento de novas parcerias,

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na negócios, na contratação de novos colaboradores para Empresa, e transmite uma imagem de


profissionalismo.
Criatividade: desenvolver a criatividade é essencial. O empreendedorismo inclui a boa imaginação,
capacidade de solucionar problemas de maneira inovadora e de pensar fora da caixa.
Pensamento estratégico: o planejamento, visão e solução de problemas são características essenciais para
as pessoas empreendedoras.
Autoconfiança: sem confiança em suas capacidades, o empreendedorismo não pode perseverar. Afinal, é
necessário confiar em seu julgamento para demonstrar iniciativa ou propor soluções.
Optimismo: encarar erros como oportunidades de aprendizado e a vida no geral de maneira mais positiva
é uma das características mais proeminentes no empreendedorismo.
Resiliência: resistir, se adaptar e tentar novamente são habilidades necessárias para quem deseja
conquistar qualquer coisa. Aprenda mais sobre a resiliência.
Adaptação: conquistar grandes objetivos inclui encontrar obstáculos e imprevistos no caminho. Por isso, é
preciso possuir a capacidade de se adaptar, ajustar os planos e continuar insistindo.
Manejo da ansiedade e riscos: o empreendedorismo, por definição, exige que você saia da sua zona de
conforto. Por isso é fundamental saber lidar com riscos e ansiedades.
Desejo de protagonismo: finalmente, a pessoa empreendedora tem vontade de se destacar. Quer mudar
o mundo, quer melhorar a vida de outras pessoas e, principalmente, quer deixar um legado em seu nome.

BENEFÍCIOS DE SER EMPREENDEDOR


1º você tem a chance de fazer o que gostas: fazer o que gosta é o mais importante tanto para sua
qualidade de vida quanto para o seu sucesso profissional.
2º Você é seu próprio Chefe: quando você é um empreendedor, você define as regras. Contudo, precisa-se
estabelecer alguma disciplina.
3º Você ganha liberdade: torna independente
4º Você cria seu Futuro: independentemente do que acontecer, você sempre estará trabalhado para fazer
o seu sonho acontecer.
5º Férias eternas: quando você sabe gerir seu tempo e segue suas próprias regras, o trabalho se torna mais
prazeroso e, melhor eficaz.
6º Você se torna um líder: é visto aos olhos de muitos como uma figura que define tendências e inova por
conta própria.
7º Pode fornecer seus serviços a outras empresas.
8º Aumentar a carteira de clientes e garantir a aposentadoria.
9º Capacidade de geração de emprego e aumento do crescimento econômico.
10º Capacidade de estimular uma competição saudável, que gera a criação de produtos de maior qualidade
11º Estimulo ao desenvolvimento de novos mercados.
12º Geração de enorme ganho financeiro pessoal
Também orienta o indivíduo a iniciar sua actividade econômica ou expandir o seu negócio. Permite
estruturar as principais visões e alternativas da viabilidade do negócio e minimizar os riscos já identificados.
Contribui para o estabelecimento duma vantagem competitiva, que pode representar a sobrevivência da
empresa. Serve como instrumento de solicitação de empréstimos e financiamentos junto a instituições
financeiras, novos sócios e investidores (pode abrir conta num banco e aproveitar a linha de crédito).

Como ser um empreendedor de sucesso?


1º Tenha paixão pelo negócio: se não gostar da área na qual está a investir terá grandes dificuldades em
manter a motivação nos tempos de adversidades e motivar os seus colaboradores.

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2º Mantenha-se informado: leia livros, revistas, sites, blogs e frequente eventos e conferências dentro da
sua área de atividade. Conheça casos de sucesso de industrias e a motivação dos seus concorrentes.
3º Invista na sua formação: estuda bastante! Tire cursos, formações em workshops. Tal conhecimentos
básico e teórico, o ajudarão no desenvolvimento do seu negócio a médio ou longo prazo.
4º Dê vida as suas Ideias de negócios. Arrisque, afinal descobrirá se é boa ou não. Se fizer o lançamento no
mercado.
5º divulgue seu negócio: crie uma presença relevante nas redes sociais. Tenha um website profissional de
qualidade e não esqueça de divulgar seu negócio em off-line, produtos como os flyers e os cartazes.

Maiores desafios de um Empreendedor


- Atrair, desenvolver e manter os talentos;
- Pensar e planificar estrategicamente
- Manter um clima de alto desempenho;
- Satisfazer o cliente;
- Gerenciar tempo e stress;
- Ganhar os concorrentes;
- Alinhar visão, estratégia e acção;
- Manter equilíbrio entre trabalho e vida pessoal;
-Melhorar processos internos, estimular a inovação;
- Oferecer bens e serviços de alta qualidade;
- Aumentar o lucro;
-Liderar mudanças culturais;
- Melhorar o processo de tomada de decisões;
- Administrar o grande volume de informações;
- Lidar com personalidades difíceis;
- Estabelecer e manter parcerias;
- Promover o crescimento das empresas;
- Ter mais clientes;

Subtema II- ÉTICA NAS ACTIVIDADES EMPREENDEDORAS


Significado de ética e partes envolvidas na ética empresarial

Actividade 1.1. ESTUDO DE CASO


Lueji, a empresária
Lueji é uma empresária local. Abriu uma escola secundária privada e deu emprego a vinte professores, cinco
cozinheiros e quatro funcionários de apoio. Os funcionários deviam ser pagos
mensalmente. Os membros da comunidade foram muito positivos e mandaram os seus filhos. Quando começou
o primeiro trimestre ela tinha quatrocentos alunos/as.
Todos os alunos/as pagaram as propinas a tempo. Contudo, Lueji não pagou aos seus funcionários;
professores e pessoal de apoio. Começou a guardar dinheiro para construir uma universidade dentro de cinco
anos. Devido ao não pagamento dos salários, alguns professores foram-se embora da escola e os alunos/as
ficaram sem aulas. Embora a empresária contratasse novos funcionários prometendo pagar salários melhores,
nunca o fez com regularidade. Também se recusou a pagar os impostos ao governo e sempre que os funcionários
das finanças apareciam, subornava-os para que a deixassem em paz. Comprou manuais escolares num editor a
quem prometeu pagar no fim do período mas nunca cumpriu o prometido. Outros fornecedores que forneciam

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géneros alimentícios à escola também não foram pagos e deixaram de os fornecer e os que continuaram a fazê-
lo, forneciam bens e serviços de baixa qualidade.

Usando o caso acima referenciado.


. Enumere as várias pessoas que foram prejudicadas pelo comportamento da empresária.
. Na sua opinião a empresa vai ter sucesso? Justifique a sua resposta.

Significado de ética empresarial


Ética empresarial é a forma correcta de fazer e conduzir um negócio sem o prejuízo de terceiros.

a) Partes envolvidas na ética empresarial

As partes envolvidas na ética empresarial são:


- Clientes da empresa com quem a empresa lida.
- Fornecedores da empresa.
- Trabalhadores que trabalham na empresa ou companhia.
- A comunidade na qual a empresa funciona.
- O governo que regula as operações da empresa.

a) Ética empresarial ao lidar com os clientes


A ética empresarial ao lidar com os clientes inclui:

• Honestidade: ser honesto em termos de preço, qualidade e quantidade e na entrega dos produtos aos
clientes, atempadamente e de acordo com as especificações acordadas.
• Cortesia: ser educado, paciente e prestável para com os clientes.
• Responsabilidade: ser capaz de cumprir as suas obrigações conforme o combinado, por exemplo, o
cumprimento atempado dos seus contratos.
• Amabilidade: ser alegre, de bom humor, jovial e delicado quando lida com os clientes.
• Compreensão: ser capaz de compreender certas situações ao lidar com os clientes, por exemplo: se um
cliente perder mercadorias em trânsito, deve ser tratado com compreensão ao exigir o pagamento.

Tratar os clientes com ética.


Uma empresa que trata os clientes com ética tem possibilidades de se expandir no mercado, mantendo os
clientes e atraindo novos clientes. Os clientes sentir-se-ão felizes e a empresa crescerá.

Ética empresarial para com os trabalhadores


A ética empresarial, ao lidar com os trabalhadores inclui:
 Dar-lhes boas condições de trabalho o local de trabalho deve ser um lugar saudável para trabalhar,
além de ter outros benefícios como transporte, alojamento, almoço, assistência médica, etc.
As condições de emprego devem ser claras para o trabalhador em termos de, por exemplo, se é um
emprego temporário, permanente, tipo de contrato. O salário deve ser especificado.
 Pagamento justo o pagamento deve ser justo para os trabalhadores em termos do que a empresa
pode pagar em relação ao salário mínimo.
 Segurança no emprego o trabalhador deve saber quando é que termina o contrato de trabalho.

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 Educação os trabalhadores devem ser tratados com educação em todas as situações, mesmo
quando não têm razão.
 Respeito pelos trabalhadores os trabalhadores devem ser respeitados pela contribuição que
prestam à empresa, por exemplo: não gritando com eles.

b) Ao tratar os trabalhadores com ética, uma empresa ganha a lealdade do trabalhador, dedicação,
serviço de qualidade, eficiência e menos desperdício, o que resulta em maior produtividade e rentabilidade.
PERANTE OS TRABALHADORES
V Ética empresarial para com a sociedade
A ética da empresa para com a sociedade inclui: o envolvimento nos eventos, necessidades sociais do
seguinte modo:
 Ajudando ou trabalhando com a sociedade para preservar o ambiente. Também pode ajudar não
se envolvendo em actividades que prejudiquem o bem-estar social, por exemplo: acumular águas
paradas, danificar zonas de captação de água, bloquear estradas e caminhos, etc.
 Tendo em consideração as normas, por exemplo: deve fazer negócio com aquilo que é aceitável
para a cultura ou para as crenças religiosas dessa sociedade.
 Participando na sociedade, por exemplo, contribuindo para equipas de futebol, para os pobres,
pessoas doentes, deficientes, deslocadas, etc.
 Oferecendo oportunidades de emprego aos membros da comunidade local antes de trazer pessoas
de outros lugares.
ÉTICA PERANTE A SOCIED
Va Ética empresarial para com o governo
Ética empresarial em relação ao governo
A ética empresarial das empresas em relação ao governo inclui:
. O cumprimento das leis que regem o registo e o funcionamento da empresa.
. O cumprimento total e atempado das suas obrigações fiscais.
. O evitar de práticas incorrectas como subornar, enganar os clientes, os financiadores, outras
empresas, etc.
. O cumprimento dos critérios de qualidade e peso.
. O bom relacionamento com os seus trabalhadores, com a sociedade e o respeito pelo ambiente.

Benefícios na prática de ética empresarial


Benefícios de que gozam as empresas que tratam os clientes e a sociedade com ética:
- Ganhar boa reputação e clientes para os seus produtos e ter, em geral, uma fatia maior do mercado.
- Ter acesso fácil aos inputs (entrada) produzidos pela sociedade
- Desfrutar da protecção dos clientes e da sociedade
- Ter um bom ambiente de trabalho que lhe permite funcionar com baixos custos, sobretudo aqueles que se
relacionam com a sociedade.
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Benefícios de que gozam as empresas que tratam os trabalhadores com ética:
- Boa reputação da empresa
- Trabalhadores empenhados, fiéis e honestos
- Trabalhadores eficientes, eficazes e felizes

Benefícios usufruídos pelas empresas que lidam com ética com o governo:

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- Funcionar sem o receio de serem encerradas pelo governo


- Ter protecção e apoio do governo em caso de necessidade.
- Conseguir um ambiente favorável para as suas operações quer seja económico, político ou social.

RESUMO DO SUBTEMA
Neste subtema você aprendeu que: A ética empresarial é a forma correcta de fazer e conduzir um negócio sem o
prejuízo de terceiros nem do ambiente. A empresa ou o empreendedor, deve praticar a ética empresarial para com os
clientes, os trabalhadores e a sociedade. As empresas que praticam a ética empresarial têm benefícios .

Subtema III: Trabalho, Carreira e emprego em Angola


OBJECTIVO GERAL: Desenvolver atitudes positivas perante o trabalho e o negócio

a) Atitudes e valores perante o trabalho e o negócio


Pessoa há, bem dispostas a fazer qualquer tipo de trabalho - quer para obter redimento para
satisfazer as suas necessidades quer para ajudar os outros ou melhorar a sua vida ou o seu ambiente de
trabalho – respeitam o que os outros estão a fazer pelo proximo ou por si mesmo. Adoram trabalhar e
também respeitam os outros que trabalham. Nao evitam nenhum trabalho, desde que o consideram valioso.
Tambem não desprezam quem trabalha. Agem desta forma, porque reconhecem a dignidade do trabalho.

Significado de trabalho: é uma actividade direcionada para um fim envolvendo esforço mental
ou físico, isto implica que, trabalhar pode se usar o cerébro ou o poder da mente, ou mesmo usa-se o corpo,
isto é, o poder dos músculos.

Tipos de trabalhos:
Há dois tipos principais de trabalho: trabalho qualificado e o trabalho não qualificado.
Trabalho qualificado ou Trabalho profissional: implica o uso de conhecimentos adquiridos e aptidões para
realizar as tarefas ou actividades envolvidas. Para tal, é necessário uma formação numa área especifica. Ou seja
– é aquele que exige uma formação específica para desempenhar um determinada tarefa, com base nos
conhecimentos adquiridos. __ pode ser dada numa sala de aula ou em oficinas- por um formador qualificado e
experiente.
Também é conhecido como trabalho mental/intelectual. Por exemplo: trabalho com um computador,
engenharia, condução, docência ou professorado, secretariado, contabilidade, construção e outros.
É preciso pôr em prática os conhecimentos e as competências adquiridas. O trabalho qualificado envolve
o uso intensivo do cérebro para conduzir ou guiar o esforço que possa estar envolvida. Por exemplo: reparar um
computador, datilografar, escrever no quadro ou tocar piano.
OBS: as pessoas com conhecimentos e aptidões também podem realizar trabalho não Qualificado.

Trabalho não qualificado ou Trabalho Físico / trabalho não profissional: não exige necessariamente uma
educação formal para a obtenção de conhecimentos que permitem desempenhar as tarefas exigidas. Este tipo
de trabalho exige que se observa como é que uma determinada tarefa é feita para se poder realizá-la depois, ou
seja, este tipo de trabalho implica uso de capacidades corporais utilizando o cérebro e os músculos. Na execução
desta actividade, o indivíduo transpira, fica cansado, pode magoar-se e sujar-se. Não implica possuir
previamente conhecimentos ou competências para o fazer. Realizar o trabalho repetidamente permite que se
desenvolva experiência para realizar melhor a tarefa e mais depressa. Estes conhecimentos podem ser
adquiridos no dia-a-dia do indivíduo mediante experiências vividas.

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Este tipo de trabalho envolve principalmente o uso de músculos. O exemplo destas actividades é: cavar,
lavrar, carregar ou transportar objectos ou mercadorias, construir, fabricar, acarretar água, apanhar lenha,
varrer com uma vassoura, cortar árvores, fazer comércio ambulante, entre outros.
NOTA: aqueles que não foram à escola e não possuem conhecimentos técnicos ou aptidões, não podem
realizar trabalho Qualificado.
Razões ou motivos de trabalhar.
Há uma série de trabalhos que se pode realizar dependendo da idade, força física ou habilidade,
conhecimentos e aptidões e requisitos legais. Como jovens e ainda estudantes, pode provavelmente não ser
capaz de se dedicar ao trabalho a tempo inteiro (a sua prioridade deve ser os estudos). Todavia, dedicar algumas
hora do seu tempo livre pode ser-lhe útil, uma vez que:
 Pode ganhar algum dinheiro para propinas ou pequenas despesas.
 Pode ajudá-lo a satisfazer necessidades financeiras
 Talvez é o trabalho que gostas de fazer
 Pode obter conhecimentos e competências de trabalho agora bem como para o futuro.
 Aplicar ou experimentar o que aprendeu na escola.
 Talvez é a sua oportunidade de assumir responsabilidades.
 Para obter rendimento
 Para ajudar outras pessoas
 Por gostar de trabalhar
 Alguns são obrigados a trabalhar
 Pôr em prática conhecimentos e aptidões
 Cultivar os próprios alimentos (para si)
 Por tradição
 Por sentir saudáveis quando trabalhamos
 Melhorar o ambiente.

Observação: os motivos para trabalhar variam de pessoa para pessoa. Quando o trabalho que esta ser
feito Satisfaz as necessidades, aspirações ou interesses da pessoa, então este torna-se muito importante para
si. Portanto, isto significa que a importância do trabalho varia de pessoa para pessoa.

Alguns exemplos de Importância do trabalho:


a) Fonte de rendimento
b) Fonte de autoestima
c) Contribuição para satisfazer as necessidades da comunidade
d) Desenvolvimento de novas aptidões
e) Obtenção de reconhecimento social
f) Exploração dos recursos disponíveis
g) Criação de emprego
h) Limpeza do Ambiente.

a) Carreira: Significado e Importância


Considera-se que etimologicamente a palavra carreira, originou-se do latim carreira, significa ´´estrada
rustica, ou caminho para carros ´´. Passou por diversas transformações ao longo da sua aplicabilidade
histórica. No meado do século XIX esta palavra começou a ser relacionada com a trajetória profissional, dando
sentido da profissão que caminha por etapas.
Uma carreira é o que alguém escolhe fazer e faz como ocupação ou emprego. Adquire os conhecimentos
e as aptidões antes de iniciar uma carreira. Quando iniciar a sua carreira, realizar o trabalho atribuído durante
muito tempo e fizer estudos mais relevantes, a pessoa obtém mais conhecimentos e torna-se perita na carreira.

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Um indivíduo pode iniciar uma carreira começando nos escalões mais baixos (por exemplo: como professor),
mas pode progredir para posições mais elevadas (por exemplo: director da escola) através dum desempenho
excelente e da realização de estudos superiores especializados relevantes.
São exemplos de uma carreira: docência, enfermagem, carpintaria, canalização, canto, política,
jornalismo, artes cénicas. As decisões sobre a carreira podem ser tomadas em qualquer altura da vida, mas
também se pode tomar esta decisão cedo. Isto permite à pessoa trabalhar para concretizar a carreira que
escolheu. A escolha de uma carreira influenciaria, por exemplo, as combinações das disciplinas no ensino
secundário, cursos na universidade e, finalmente, o emprego ou trabalho a procurar quando se terminam os
estudos. Por exemplo, se uma pessoa quiser ser engenheira (ou seja, seguir a carreira de engenharia), então
deve
optar por combinações de disciplinas que incluam Física e Matemática.

Hoje, carreira e´ definida como a soma de todas as cargas ou posições ocupadas por uma pessoa durante
sua vida profissional. Ou e´ um trabalho que se faz durante muito tempo e assim se vai adquirindo conhecimentos
e experiências nas tarefas relacionadas com este trabalho.

Oportunidades de carreira em Angola e suas exigências


há muitas carreiras diferentes em Angola. Todos estes são exemplos de carreiras que podem ser
seleccionadas por si. As oportunidades de carreira estão sempre a mudar. Na verdade, surgem muitas carreiras
novas à medida que outras deixam de ser atractivas e mais ou menos desaparecem. Por exemplo, entre as novas
carreiras que surgiram recentemente encontram-se
as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). As oportunidades de carreira também variam de lugar para
lugar, até dentro do mesmo país. Por exemplo, enquanto as oportunidades de carreira nas zonas rurais de
Angola seriam dominadas pela agricultura e exploração de minas, nas cidades bem como nas grandes vilas
seriam dominadas por tecnologias da informação e comunicação, entretenimento, indústria, comércio e
transportes. Entre outras coisas, a escolha de uma carreira pode ser influenciada pelo local em que se encontra.

Exemplos de carreiras:
a) Educação/Ensino
A Educação é um sector com várias oportunidades de carreira. Por exemplo, ser professor é uma profissão
nobre e é a mãe de todas as profissões. Alguém pode optar por se tornar professor de qualquer nível do ensino,
a partir do Pré-escolar até ao universitário. Um professor é uma pessoa que transmite conhecimentos e
competências aos alunos ou estudantes sob a sua responsabilidade. Há vários tipos de professores, dependendo
do seu nível de formação, escolas e instituições em que trabalham. Por exemplo, há professores do Pré-escolar,
do Ensino Primário e do Secundário. Outros são professores de instituições do Ensino Superior. Para se tornar
professor é preciso terminar o 1.º Ciclo do Ensino Secundário e qualificar-se para ingressar em Escolas de
Formação de Professores para o Ensino Primário e para o 1.º Ciclo do Ensino Secundário ou outras instituições
de Formação de Professores. Concluído o 2.º Ciclo do Ensino Secundário, pode ingressar em instituições
superiores de Formação de Professores.

b) Saúde
É um sector com várias oportunidades de carreira como médicos, enfermeiros, parteiras, assistentes e
técnicos de saúde e de laboratório, farmacêuticos, dentistas, radiologistas, entre outros. Para seguir a carreira
de médico, é preciso primeiro fazer formação em faculdades de medicina e hospitais e depois passar a trabalhar
em hospitais, clínicas ou centros de saúde.

c) Jurídico
No sector jurídico, um indivíduo pode tornar-se advogado, magistrado, juiz, procurador, promotor
público, etc. Para se formar em direito e seguir uma destas carreiras é preciso fazer uma formação superior
numa universidade e depois obter um diploma que permite exercer a profissão.
d) Segurança

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As várias oportunidades de carreira no sector da segurança incluem polícia, exército, guardas prisionais,
serviços secretos e serviços de segurança privada. Para uma pessoa fazer carreira nas forças de segurança tem
que ser disciplinada e ter um mínimo de formação. Às vezes, as pessoas com qualificações em várias áreas como
educação, medicina, direito, engenharia, etc. são recrutadas para os serviços de segurança.

e) Jornalismo
Estas são actividades relacionadas com a recolha e divulgação de informações através de vários meios como
jornais, televisão e rádio. As pessoas com os conhecimentos e as aptidões necessárias podem trabalhar neste
sector como locutores, jornalistas, repórteres, operadores de câmara de televisão, editores, tipógrafos e
engenheiros. Esta área exige normalmente boas capacidades e competências de comunicação.
Os programas de formação dependem da área de especialização em comunicação social. Por exemplo, é
necessário obter um certificado, diploma ou grau em comunicação, jornalismo, etc.

f) Hotelaria e Turismo
Hotelaria e turismo são oportunidades de carreira diferentes que incluem agentes de viagem, marketing,
guias turísticos, guardas florestais, caixas, chefes de cozinha, gerentes, despenseiros e outros. Para trabalhar
neste sector, uma pessoa deve receber formação relevante.

g) Comércio
As actividades realizadas neste sector incluem o comércio (compra e venda de produtos). Há muitas
oportunidades de carreira neste sector, tais como: gestores, contabilistas, economistas, auditores, funcionários
bancários, condutores, engenheiros e outros. É preciso apenas obter a formação adequada. Por exemplo, para
se tornar contabilista é preciso ter formação em contabilidade e finanças.

h)) Indústria e Produção


O sector da indústria e produção abrange carreiras em profissões técnicas e cargos de direcção. A fim de
tornar os processos de produção e fabrico o mais eficazes possível, cada passo na linha de produção deve ser
analisado e melhorado. É importante que todas as máquinas envolvidas estejam a funcionar bem e por isso há
sempre técnicos encarregues de fazer com que as máquinas funcionem.

h) Construção
carreiras neste sector abrangem arquitectura, fiscalização, carpintaria, canalização, engenharia civil,
engenharia electrotécnica, etc. A formação para estas carreiras exige que se tenha estudado disciplinas de
ciências e técnicas em escolas técnicas e nas universidades.

Há muitas outras oportunidades de carreira.


36 Selecção de carreira
É importante que pensem no que querem fazer na vida e que se preparem para as vossas carreiras futuras,
pois isto afecta as vossas oportunidades de encontrar trabalho quando terminarem os estudos. Devem
responder a algumas das perguntas seguintes para que possam preparar-se:
• O que quero fazer com a minha vida?
• Qual é o trabalho dos meus sonhos?
• O que é que consigo fazer bem?
• O que é que gosto de fazer?
As decisões que afectarão a sua vida durante muitos anos devem ser tomadas com cuidado e lógica. A
escolha de uma carreira é influenciada por muitos factores, entre os quais:
• Interesses pessoais.
• Antecedentes e preferências familiares.
• Preferências académicas e realização.

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• Aptidões pessoais.
• Política do governo.
• Influência da escola, professores, amigos, etc.
• O meio circundante.

Requisitos para a escolha de uma carreira adequada


Passos ao escolher uma carreira
Para aumentar as possibilidades de fazer a escolha certa de uma carreira, pode seguir os seguintes passos:
Passo 1 – Defina as suas necessidades e os seus objectivos, o que implica fazer perguntas, tais como:
. Onde quero viver?
. Quanto tempo passarei no trabalho?
. Far-me-á diferença viajar muito? Prefiro ficar perto de casa?
. Quanto dinheiro preciso de ganhar?
Passo 2 – Identifique os seus próprios recursos, implica analisar os seus recursos e reflectir sobre si próprio:
. Quais são os meus valores? (interesses, conhecimentos, aptidões, personalidade, etc.).
. Pode analisar os seus próprios recursos através de observação, experimentação e experiência.
Passo 3 – Identifique as escolhas de carreira:
. Que carreiras me permitem satisfazer as minhas necessidades e os meus objectivos?
Passo 4 – Recolha de informação: descubra os detalhes sobre as carreiras identificadas:
. O que se faz normalmente nesta carreira? (relações de trabalho, salário...).
Passo 5 – Avalie as escolhas de carreira: agora conseguirá combinar os seus valores, interesses,
conhecimentos e aptidões com as informações que recolheu sobre a carreira. Este processo de avaliação deve
prepará-lo para tomar uma decisão.
Passo 6 – Decida sobre a carreira:
. Qual a que satisfaz os seus objectivos e interesses pessoais? Porquê?
Passo 7 – Planeie como conseguir a carreira: Nos dois passos anteriores do processo de tomada de decisão,
faça a escolha da sua carreira e planeie como realizá-la.

Pode mudar as suas escolhas de carreira várias vezes, mas é importante tomar uma decisão e fazer um
plano. Se a sua decisão se tornar pouco realista ou indesejável, pode repetir o processo de tomada de decisão
para chegar à escolha de uma nova carreira.

Emprego: significado e importância


O termo emprego como sinonimo de trabalho e´ usado para designar uma ocupaçaoo ou ofício. todavia,
hoje emprego entende-se dominantemente como trabalho assalariado em relaçao de dependência. o
empregado ou o trabalhador estabelece um contrato com a sua entidade empregadora ou patronal ,atraves do
qual decidem o preço pelo qual será vendida a força de trabalho bem como as condiçoes mediante as quais ira
ser prestado o respectivo trabalho.

Tipos de Emprego em Angola


Por conta própria Isto é, quando uma pessoa ou um grupo de pessoas iniciam as suas próprias actividades
económicas ou sociais a fim de satisfazerem as suas necessidades. O trabalho por conta própria permite aos
indivíduos ganhar a vida directamente através das suas próprias actividades em vez de trabalharem para outras
pessoas. Uma pessoa que tenha a sua própria loja, agricultores que trabalham na sua exploração agrícola,
professores que dão aulas nas suas escolas privadas, médicos que trabalham nas suas clínicas, advogados que
têm os seus escritórios ou contabilistas que trabalham nas suas empresas de contabilidade são exemplos de
trabalhadores por conta própria.

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Os negócios constituem a maioria das oportunidades de trabalho por conta própria. A dimensão das
actividades económicas ou sociais do trabalho por conta própria pode variar desde dar emprego a uma pessoa
até muitas pessoas. O trabalho por conta própria proporciona satisfação no emprego bem como ganhos
razoáveis para o dono do negócio ou da actividade.

Trabalho Remunerado o trabalho remunerado, também conhecido por emprego remunerado, verifica-se
quando alguém trabalha para outra pessoa, empresa, governo, organizações não-governamentais, etc. e é-lhe
pago um salário ou ordenado periodicamente. Em vez de trabalharem para si mesmas (nas suas próprias
actividades económicas ou sociais, como no caso das pessoas que trabalham por conta própria), algumas
pessoas preferem trabalhar para terceiros. Essas pessoas estão empregadas. Quem lhes dá trabalho são os seus
patrões. As pessoas trabalham por conta de outrem por um período determinado. Mediante um pagamento
periódico acordado (geralmente dinheiro ou equivalente) o empregado concorda em prestar serviços ao
empregador e isto geralmente está sujeito a um contrato escrito.

Trabalho Voluntário o trabalho voluntário é aquele em que se escolhe prestar serviços a outra pessoa,
instituição, comunidade ou organização gratuitamente. A pessoa pode fazer isto como forma de praticar o bem
ou ajudar outra pessoa (é comum as pessoas prestarem serviço voluntário a pessoas idosas, doentes ou a
crianças). Actualmente muitas pessoas fazem trabalho voluntário nas suas comunidades como forma de
proteger o ambiente. Contudo, cada vez mais, muitos jovens estão a realizar trabalho voluntário como uma
estratégia para obter a experiência profissional que é exigida pela maioria dos empregadores.
Em vez de ficarem em casa, muitos jovens procuram organizações ou comunidades para realizarem
trabalho voluntário. Gradualmente esses jovens obtêm mais conhecimentos e competências, bem como
experiência profissional. Isto aumenta o reconhecimento social e a confiança e, ao mesmo tempo, melhora as
possibilidades de conseguir emprego.

1.2.5. Benefícios e desafios de diferentes tipos de emprego em Angola


Benefícios e desafios do trabalho por conta própria e do trabalho remunerado
Benefícios do trabalho por conta própria
As pessoas que trabalham por conta própria têm os seguintes benefícios:
. Obtenção de uma posição na sociedade. A pessoa torna-se admirada e respeitada pela contribuição da sua
empresa para a sociedade (em particular, em termos de facilitação do acesso a bens e serviços que fornece).
Isto é particularmente mais acentuado quando o negócio ou a actividade são bem-sucedidos.
. Melhoria no nível de vida, devido a rendimentos elevados obtidos através de salários ou ordenados, bem
como dos lucros.
. Satisfação no trabalho resultante da criação do seu próprio emprego.
. Fornecimento de bens e serviços à comunidade pela empresa ou por actividades sociais.
. Desenvolvimento da autoconfiança e da auto-estima. Tal acontece porque uma pessoa que trabalha por
conta própria sente que pode desenvencilhar-se sozinha.
. Criação de emprego para o proprietário, os seus familiares e alguns membros da comunidade.
. Possibilidade de se tornar independente e de ser o seu próprio patrão.
. Permite a criatividade e a inovação da pessoa que trabalha por conta própria.
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Desafios do trabalho por conta própria
Muitas horas de trabalho e irregulares. Uma pessoa tem que trabalhar muito e, na maioria dos casos,
durante muitas horas para manter e garantir o sucesso da sua actividade. Em muitos casos, as actividades
pessoais, familiares ou na comunidade podem interferir com os planos de trabalho, em particular quando a
actividade ainda está no início e exige muita atenção.
Incerteza do rendimento: uma pessoa que trabalha por conta própria não tem um rendimento fixo no fim
dum determinado período, por exemplo um mês, pois os seus lucros dependem do desempenho da sua
empresa.

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Um estilo de vida modesto devido ao trabalho árduo e a muitas horas de trabalho. Uma pessoa que trabalha
por conta própria normalmente passa a maior parte do seu tempo no trabalho e pode não ter tempo suficiente
para relaxar e descansar, principalmente no início do negócio.
Pode haver poucos ou nenhuns benefícios ou direitos como transporte, alojamento, cuidados de saúde,
principalmente no início do negócio.
Uma pessoa que trabalha por conta própria corre o risco de perder o seu dinheiro e o seu emprego se o
negócio falir.
O futuro duma pessoa que trabalha por conta própria é incerto. Por exemplo, no caso de o sócio principal
(por exemplo, numa empresa de contabilidade) falecer, a firma pode fechar.
Tem de aprender constantemente a garantir o sucesso das suas actividades, pois é o sócio principal.

Benefícios do trabalho remunerado


O trabalho realizado é certo e específico, pois é definido na altura do acordo ou contrato. Os
deveres e as responsabilidades do empregado estão definidos claramente.
O trabalhador tem um rendimento fixo. O montante ganho como salário ou ordenado é fixado pelo
empregador na altura das negociações e é bem conhecido pelo empregado.
Há a possibilidade de o empregado ter benefícios como transporte, assistência médica, refeições,
indemnização de fim de contrato, etc.
As horas de trabalho tendem a ser fixas e podem até ser favoráveis ao trabalhador.
O trabalhador normalmente trabalha num sistema estabelecido e bem organizado de controlo ou
administração.
Pode ser concedida uma promoção ao trabalhador e este pode ter um futuro menos incerto se o negócio
ou as actividades do empregador estiverem a correr bem.
Risco mínimo de prejuízo no trabalho remunerado, porque o empregador suporta a maior parte dos riscos.
O empregado tem mais certeza sobre o seu emprego futuro. Além disso, durante o período de
trabalho combinado, o empregado tem garantia de emprego.
42
Desafios do trabalho remunerado
Perda de independência do empregado. Tem que seguir rigorosamente horários, ordens e instruções do
empregador, muitas vezes sem questionar nem poder fazer alterações. Pagamento ou rendimento fixo: o
empregado recebe um salário ou ordenado acordado que pode não mudar, independentemente dos esforços
realizados e dos produtos/ resultados conseguidos.
Implementar ideias de outras pessoas pode ser difícil às vezes. O trabalhador deve procurar realizar ideias
dadas pelo empregador e por vezes não é fácil implementar as ideias dos outros.
Pode haver segurança limitada no emprego para o trabalhador. Deve estar preparado para perder o
emprego se o empregador assim o decidir.
Responsabilidade limitada, pois não pode ultrapassar o que foi acordado.
Espaço limitado para criatividade e inovação, pois está a cumprir ordens.

Desemprego
Desemprego significa que uma pessoa não tem ocupação laboral de nenhum tipo. Há mais pessoas à
procura de emprego do que empregos disponíveis no mercado de trabalho. O indicador de desemprego é a taxa
de desemprego.
Actualmente muitos países são confrontados com o grande problema do desemprego, sobretudo entre os
jovens. As causas do desemprego incluem as seguintes:
O número periódico de pessoas que aspiram entrar no mercado de trabalho é muito superior ao número de
empregos existentes para as absorver.
A maior parte das pessoas que procura emprego não possui os conhecimentos nem as aptidões
exigidas pelos empregadores.
Há muito poucos empregadores para criar e dar emprego aos que procuram.

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Poucos empregadores dão estágio profissional aos candidatos ao primeiro emprego.


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OPORTUNIDADE DE EMPREGO EM ANGOLA
Existem diferentes tipos de oportunidades de Emprego em Angola: algumas pessoas podem optar por
fazer o seu próprio trabalho e trabalhar por conta própria. Por outro lado, outras optam por um emprego
remunerado. Outras ainda fazendo trabalhos voluntários.
Como exemplos podem ser citados os seguintes:
• Agricultura – com esta actividade, as comunidades cultivam a terra para produzir alimentos (milho,
mandioca, feijão, soja, ginguba, hortícolas, frutas e outros), floricultura, cana-de-açúcar, algodão, café, criação
de animais (gado bovino, caprino, suíno, cavalos, burros, aves, peixes); para além disso, pode-se também
produzir carne, leite, pele, e em outros casos, pode-se aproveitar os excrementos para a fertilização dos campos.
• Comércio – é uma actividade que consiste na compra e venda de produtos que pode ser efectuada através
da sua troca por dinheiro ou por outros produtos. Como exemplos de produtos comercializáveis, citam-se
aqueles vindos da indústria como as chapas de zinco, lozalite, telhas, ferro, colchões, livros, cadernos, lápis,
lazeiras, borrachas, vestuários e outros e ainda os da agricultura como as hortícolas, flores, frutas, legumes
animais.
• Indústria – trata-se de um trabalho que consiste na transformação de matérias – primas em produtos
acabados, tais como o óleo de cozinha, o pão, as bebidas, o vestuário, o sabão, os lubrificantes, as farinhas, as
conservas de frutas, de peixe, de carne e outros.
• Prestação de serviços – é a utilização dos conhecimentos e capacidades para executar tarefas solicitadas e
pagas por outra pessoa. Exemplos: secretariado, atendimento ao público num estabelecimento comercial (loja,
cantina, restaurante, bar, salão de cabeleireira, barbearia, hotel, posto de venda de combustível, estação de
serviços e outros)
IMPORTÂNCIA DO EMPREGO
Existe um conjunto de valores que se podem obter a partir do trabalho, nomeadamente:
• Auto emprego – trabalhar por conta própria, o que contribui para a sua independência económica, auto
– confiança, tomada de decisões e supressão de suas necessidades.
• Reconhecimentos sociais – através do seu esforço, triunfam e granjeiam respeito e reconhecimento
dentro da sua comunidade
• Maior rendimento – para se obter maior rendimento, é necessário que o trabalho comercial ou
remunerado seja executado com sucesso por longo período.
• Melhor nível de vida – Com os rendimentos, o indivíduo envolvido no trabalho pode adquirir bens e
serviços dos quais não tinha acesso anteriormente.
• Investir os seus recursos e as suas capacidades produtivamente – é a oportunidade que as pessoas têm
de através do trabalho, utilizarem os recursos e conhecimentos até agora achados inúteis.
• Ser útil à sociedade – As pessoas desocupadas quando absorvidas pelo trabalho, não têm tempo para
transgredirem a lei.
• Produzir novos bens e serviços que melhoram a qualidade de vida das pessoas, isto é, o fabrico de
veículos de transporte, medicamentos, e outros.
• Desenvolver talentos – O trabalho permite desenvolver talentos que contribuem para o bem-estar e
evolução pessoal e da sociedade.
• Preservar a cultura – o trabalho artístico permite preservar a cultura (a dança, o canto, a poesia, o
teatro, as artes plásticas, a escultura e outros).
• Concorrência – o espírito de concorrência promove a qualidade de trabalho e melhora os rendimentos.
 Ajuda-nos a satisfazer as nossas necessidades
 Dá reconhecimento social
 Ajuda-nos a ganhar ou aumentar os nossos rendimentos
 Torna-nos cidadãosresponsaveis

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 Dá-nos independência e auto-confiança


Torna-nos úteis para as nossas familias, comunidades e no nosso país
Resumo do Subtema 1.2
Neste subtema sobre carreiras em Angola, aprendeu que uma carreira é o trabalho que se realiza
durante muito tempo e do qual se obtêm conhecimentos e competências. Esteve em contacto com vários
exemplos de carreira e conheceu os benefícios de ter uma carreira. Aprendeu que o emprego é o trabalho que
se realiza por conta própria, o trabalho remunerado ou o trabalho voluntário. Aprendeu, também, que é bom
estar empregado, apesar de os diversos tipos de trabalho apresentarem desafios diferentes.
Além disso, aprendeu que trabalho, carreira e emprego estão estreitamente relacionados. Aprendeu
que é útil uma pessoa escolher uma carreira e preparar-se para o mundo real, nomeadamente o mercado de
trabalho, que não é favorável aos jovens angolanos. Também vimos os passos básicos que devem ser seguidos
na escolha de uma carreira.
O próximo subtema de Empreendedorismo permitir-lhe-á descobrir como se pode tornar um empresário
de carreira, os benefícios que terá ao tornar-se um empresário, a importância de ser um empresário e como
superar os desafios associados ao facto de ser um empresário.
Portanto, existem uma grande ligaçao entre carreira, trabalho e emprego.quando se escolhe fazer um
trabalho na mesma área durante muito tempo, a pessoa tornasse conhecedora e habil assim nosso emprego
torna-se nova carreira.

Tema II: oportunidades Empreendedoras


Subtema II a) Oportunidades Empreendedoras ou de Negócio em Angola
Objectivo geral: Identificar as oportunidade de negócio em Angola

Introdução ao tema II
Em angola muitas pessoas estão a tentar conseguir trabalho que os ajude a ganhar a vida. Jovens,
velhos, homens e mulheres, todos passam muito tempo à procura de emprego em qualquer lugar, jornais,
internet, indo de um escritor para outro ou de um local de construção para outro. Pessoas que terminaram o
ensino superior, ensino secundário e ensino básico e outras de escolas técnicas, todas estão de olhos postos no
governo com a esperança que lhes dê emprego. Infelizmente a experiência tem demonstrado que o governo
não consegue arranjar emprego para cada cidadão Angolano em busca de trabalho. Mas felizmente, o governo
criou um ambiente propício que permite às pessoas criarem o seu próprio emprego, iniciando e administrando
o seu próprio negócio, seja ele micro, pequeno, médio ou grande.
O governo também elaborou e Introduziu o programa de Empreendedorismo no ensino secundário para
que os alunos obtenham competências empresarias (conhecimentos, aptidões e atitudes) que os ajudem a
começar e administrar os próprios negócios.
Oportunidade: uma possibilidade que pode ser aproveitado em proveito próprio. A bem dizer,
temos oportunidade de negócio quando existe uma procura real ou potencial por um bem ou serviço que ainda
não está satisfeita, isto é, quando existe uma lacuna, um vazio no mercado.

Negócios (ou actividades empreendedoras)


Os negócio fazem parte integrante da nossa vida. Na maior parte das vezes, nosso bem estar depende
deles. Os negócios fornecem muitos bens e serviços. Exemplos: não podíamos ler um livro, nem compra-lo,
andar de carro, ouvir música, nem ver televisor.

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Significado de Negócios: é qualquer actividade econômica legal, realizada por um indivíduo ou por um
grupo de indivíduos, motivada por desejo de satisfazer as necessidades dos clientes e obter lucro. Por exemplo,
explorar uma loja, um restaurante, cultivar legumes para vender e prestar serviços como: cabelereiro, de saúde.
Ainda são exemplos de negócios orientados para a satisfação das necessidades dos clientes e também para
obtenção de lucros.
Os negócios são actividades que envolvem a produção ou venda de produtos (bens ou serviços) para
satisfazer as necessidades dos clientes e obter lucros.
No mundo moderno de hoje, os negócios envolvem a troca de bens ou serviços por dinheiro afim de obter
lucros. Antigamente, os negócios envolviam a troca de bens ou serviços por outros bens ou serviços. Por
exemplo, uma pessoa pode trocar um saco de feijão por uma ou duas cabras. Por outro lado, também se podia
trabalhar para outra pessoa e ser paga em espécie, ou seja, recebia um cacho de bananas ou uma vaca como
pagamento.

II.a.a) Oportunidades empreendedoras: Identificação analise


FOFA
A MATRIZ FOFA NA IDENTIFICAÇÃO DE OPRTUNIDADES

FORÇAS FRAQUEZAS
INTERNAS INTERNAS
(strengths)
(weakness )
ANÁLISE DE
CONTEXTO
OPORTUNI-
DADES (SWOT AMEAÇAS
EXTERNAS
EXTERNAS
(opportunities
) (threats)

ANÁLISE SWOT – FOFA Permite sistematizar informações disponíveis e obter uma leitura transparente do”
campo de batalha”, de modo a poder tomar uma decisão balanceada.

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Forças: Fraquezas:
Algo que você faz direito. Pode ser Algo que você não tem ou que faz
uma habilidade, uma capacidade mal em relação aos rivais. Uma
ou uma vantagem competitiva condição que o deixa em
sobre o concorrente. desvantagens.
Oportunidades: Ameaças:
Uma via realista para o Um fator sobre o qual você pode
crescimento de seu negócio no levar a uma queda seus negócios.
futuro. Algo a ser usado para
desenvolver vantagem
competitiva.
FACTORES INTERNOS
Forças: Fraquezas:
Quais são suas vantagens? O que pode ser melhorado?
O que você faz bem? O que é mal feito?
O que deve ser evitado?

FACTORES EXTERNOS
Oportunidades: Ameaças:
Quais são as tendências de mercado? Que obstáculos você encara?
Como podem ser exploradas? O que a concorrência está
Que chances há para mim? fazendo?
Que efeito terá o avanço da
tecnologia?
Forças: (aspectos favoráveis internos) - Recursos ou capacitações que, se adequadamente aproveitados,
podem ajudar a Instituição de forma decisiva no cumprimento efetivo de sua missão.
- Quadros capacitados
- Tecnologias de gestão e de operação
- Recursos financeiros
Oportunidades (aspectos favoráveis externas) - factores ou situações identificadas no ambiente externo
que poderão contribuir para o desempenho da Instituição.
- Incentivo externo à modernização da gestão
- Tecnologia disponível para virtualização e modernização de processos de trabalho
Fraquezas (aspectos desfavoráveis internos) constituem deficiências associadas a recursos ou capacitações
que, se ignoradas ou não enfrentadas, poderão dificultar a Instituição no desempenho efetivo de sua Missão.
- Ausência de padrões de procedimentos
- Falta de capacitação dos quadros da Instituição
- Falta de recursos financeiros
Ameaças externas (aspectos desfavoraveis) -factores ou situações identificadas no ambiente externo que,
se ignoradas ou não enfrentadas, poderão dificultar a Instituição no desempenho efectivo de sua Missão.
- Meios alternativos para atendimento às políticas públicas vinculadas à Instituição
- Legislação
- Fatores econômico-financeiros
Conclusão de analise SWOT
Logo, após ter realizado uma Análise SWOT você será capaz de observar as vantagens e os pontos fracos
de seu empreendimento de maneira mais transparente, bem como sua situação perante o mercado. O Uso
desta ferramenta irá lhe ajudar a estruturar a informação disponível da sua instituição ou um produto no
mercado, bem como ter uma boa visão de sua situação atual e do desenvolvimento de seus prospectos.

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O passo seguinte será escolher o melhor caminho para o desenvolvimento, evitar danos e fazer uso dos
recursos disponíveis de forma eficiente e eficaz, utilizando as oportunidades apresentadas pelo mercado.
A comparação entre pontos fortes e fracos junto com as oportunidades de mercado e ameaças lhe
permitirá responder as seguintes questões:
1. Como posso tirar vantagem das novas oportunidades, utilizando meus pontos fortes?
2. Quais pontos Fracos posso melhorar?
3. Com quais pontos fortes é possível neutralizar as ameaças?
4. Quais ameaças, aliadas às fraquezas, preciso temer mais?
Respostas a estas ideias, bem como novas idéias e planos que apareçam durante o seu trabalho
podem ser incluídas nos sub tópicos. Então, qualquer detalhe importante, idéia ou perspectiva não escapará à
sua atenção.

II.a.b) Tipos de Oportunidades Empreendedoras


Há muitos negócios em Angola. Os negócios variam ou são diferentes uns dos outros, em termos de
produtos que fornecem aos seus clientes, do tipo de clientes que servem, dos meios de produção que utilizam,
da dimensão, da localização (zona urbana ou rural), etc. encontram-se ainda mais diferenças no montante do
capital investido, número de empregados que têm, tipo de sociedade construída, tecnologia que utilizam e as
fontes ou tipos de energia que utilizam nas suas operações.
Todas estas diferenças dão origem a diferentes tipos de negócios que se encontram em Angola. De
momento, iremos concentrar-nos em tipos de negócios segundo os produtos que fornecem e os meios de
produção que utilizam para garantir os produtos (bens e serviços) que fornecem aos seus clientes.
Os principais tipos de NEGÓCIOS:

1) COMÉRCIO: são actividades econômicas ou negócios que se dedicam à compra e venda de produtos.
Sabem onde se encontram os produtos de que os seus clientes necessitam. Então, compram-nos e
colocam-nos à disposição dos clientes. Normalmente não alteram a forma dos produtos que
compram e vendem. Podem talvez dividi-los em quantidades ou tamanhos, solicitados pelos clientes
(por exemplo: comprar um saco de açúcar de 50 kg, abri-lo e vender o açúcar aos clientes em
quantidades diferentes, consoante as suas necessidades).
O comercio inclui grossistas (que vendem em grandes quantidades e geralmente a outros comerciantes
que vão revender o que compraram) e retalhistas (grandes ou pequenos) que vendem em pequenas
quantidades ou unidades aos seus clientes, a Mercearias, a vendedores dos mercados (que vendem seus
produtos nos mercados), quiosques e vendedores ambulantes.
Importa realçar que o comercio, como qualquer outro tipo de negócio, difere em dimensão. Embora os
retalhistas sejam normalmente mais pequenos que os grossistas, existem grandes retalhistas com várias lojas,
supermercados, grandes armazéns ou cadeias de lojas. Seguem-se por ordem descendente de tamanho as
mercearias, os vendedores dos mercados, os quiosques e os vendedores ambulantes.
O comercio normalmente está situado perto dos seus clientes.

2- NEGÓCIOS DE MANUFACTURAÇÃO: estes são negócios que processam matérias-primas para


produzir vários produtos. Alguns fabricantes processam matérias-primas para fazer produtos novos (produtos
totalmente novos que são diferentes das matérias-primas utilizadas). Outros acrescentam valor aos produtos
existentes para melhorar a sua qualidade, utilização ou duração do seu armazenamento (por exemplo: o
processamento de lacticínios). Um grande sector em que está presente a manufacturação é a indústria nos
seguintes sectores: siderurgia (extração do ferro dos seus minérios com o objectivo de serem trabalhados para
várias aplicações), tratamento de águas (tratamento da água com qualidade para consumo humano e vida
marinha), tratamento dos resíduos sólidos urbanos (reciclagem dos diferentes produtos), agricultura
(tratamento

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da terra com produtos, de modo a torná-los férteis), petróleo (transformação em gasolina, gasóleo, gás,
alcatrão, etc).
O negócio de manufacturação baseia-se na produção e venda de produtos manufacturados. A
manufacturação processa matérias-primas para criar produtos acabados ou bens de que os clientes precisam.
Estes clientes podem ser pessoas, instituições como escolas, hospitais, serviços do governo ou outros negócios.
A manufacturação transforma matérias-primas e produz outros produtos, por exemplo: moer milho para
fabricar farinha de milho, usar farinha de trigo para fazer pão, misturar ingredientes diferentes e submetê-los a
vários processos para produzir bebidas diferentes, etc.
Em alguns processos de manufacturação, os materiais mafacturados usados são os mesmos, mas podem
ter o seu valor ou a sua duração aumentados ou a duração de armazenamento aumentada (por ex: leite
pasteurizado ou processado). Noutros casos, os materiais usados podem ser reduzidos a pequenas dimensões
e podem ser embalados para melhorar o seu aspecto, a sua apresentação ou manuseamento.
Outros Exemplos:
- uma empresa de manufacturação pode abater arvores e processá-las para ter madeira para vender.
- outra empresa de manufacturação pode comprar a madeira e transformá-la em móveis.
- outra empresa ainda de manufacturação pode processar a madeira numa variedade diferentes.

3- PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: este tipo de Negócio presta serviços aos clientes. Os produtos
invisíveis e inatingíveis que fornecem benefícios usufruídos pelos clientes são conhecidos por
serviços. São exemplos de serviços: um corte de cabelo, um exame médico, educação, lavar
carros, lavar roupas, engraxar sapatos, e transportes. São ainda serviços: agências de turismos,
restaurantes, bares e hotéis, escritórios, escolas de condução, bancos, seguros, publicidades,
pintura e decoração, serviços de limpeza.
Nota:
. Além do dinheiro necessário para iniciar o negócio, é necessário que os proprietários, empregados e os
parceiros tenham conhecimentos especializados e competências para prestar esses serviços aos clientes. Podem
utilizar apenas as mãos ou trabalhar com o auxílio de várias ferramentas e equipamentos para prestar os serviços
necessários aos seus clientes.
. Os conhecimentos e competências para a prestação dos serviços necessários podem ser obtidos através do
ensino formal ou através da formação em exercício(experiência).
4- AGRONEGÓCIOS: são actividades econômicas que produzem produtos agrícolas ou apoiam a
produção agrícola fornecendo os produtos resultantes da produção, prestando serviços de apoio,
comprando ou processando produtos agrícolas.
Obs.: alguns agronegócios precisam de terra para serem realizados, enquanto outros podem ser realizados
sem-terra ou com parcelas de terra muito pequena. São exemplos destes negócios a produção de culturas como
tomate, arroz, árvores de frutas, mandioca, flores, etc. Também existem outras formas de exploração, como a
criação de animais: gado, porcos, aves domésticas (galinhas, avestruzes, etc.). Outros exemplos de agronegócios
são a aquacultura (cultura em água, viveiros aquáticos, criação de peixes e crustáceos) e a apicultura (arte de
criar abelhas, aproveitando os seus produtos: mel e cera). No entanto, os exemplos aqui apresentados não são
comuns a todas as regiões, variam de acordo com as características do terreno, clima, hábitos e costumes da
população.
5- NEGÓCIOS DE EXTRAÇÃO: Alguns negócios assentam simplesmente na natureza para obter
ou colher materiais que mais tarde são processados e vendidos como produtos. Por exemplo, o
negócio de extracção de pedras parte as rochas existentes para produzir pedras diferentes
necessárias para a construção. Os negócios de extracção de areia também extraem areia para
vender. Os negócios de exploração de petróleo extraem o petróleo (ou refinam-no) ou vendem-
no a refinarias. Os negócios de exploração de minas extraem vários minerais (ouro, diamantes,
cobre, etc.) para vender.

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II.a.c) Importância de Oportunidades empreendedoras


Quando uma pessoa inicia um negócio espera obter lucros e outros benefícios com esse negócio. Além
dos clientes, que são beneficiários diretos, outras pessoas também se beneficiam com os negócios de várias
maneiras. Os negócios são muito importantes para os seus proprietários, empregados, clientes, outros negócios,
comunidades nas quais se encontram situados e governo. Portanto, várias partes beneficiam dos negócios de
forma diferente.
1- Apoiam actividades da comunidade
2- Complementam outros negócios
3- Geram rendimentos para os seus proprietários
4- Sao fonte de outros negócios
5- Levam bens e serviços para mais próximo da comunidade
6- Fornecem um mercado para os produtos locais
7- Criam emprego
8- Há maior rendimentos para a comunidade
9- Grande desenvolvimento de infra-estruturas socias
10- Fonte de receita para o governo
11- E há grande responsabilidade social corporativa

75

II.a.d Formas de Organização de atividades


Empreendedoras (Individual, coletiva, familiar) em Angola
Formas legais de constituição de empresas em Angola

Os empresários perguntam muitas vezes se existe uma forma que seja a melhor de constituição de uma
empresa. A resposta é NÃO. A melhor forma de constituição de empresa depende da preferência do empresário,
da sua capacidade técnica e financeira, das políticas fiscais em vigor no país, das necessidades e dos objectivos
da empresa, etc.
Um empresário pode constituir uma empresa de acordo com qualquer tipo de propriedade aceitável.
Existem várias formas legais de constituição de empresas que o empresário pode escolher em função da sua
conveniência.

As principais formas de constituição de empresas são: sociedade singular, sociedade em nome


colectivo, cooperativa e companhia.
IMPORTÂNCIA DOS NEGÓCIOS
Sociedade singular: Esta é a forma mais comum de constituição de empresa (em particular micro e pequenas
empresas) em Angola. Numa sociedade unipessoal, o empresário é o único dono do negócio. Ele inicia o negócio,
contribui com o capital necessário e gere o negócio. Se forem necessários mais empregados, estes são o cônjuge
e os filhos. Também contrata pouco pessoal e com baixa remuneração. Recebe todos os lucros e perdas do
negócio. Além disso, o empresário deve adquirir sozinho as instalações e o equipamento necessários e o stock
de produtos a vender.
O empresário desempenha as funções normais de gestão do negócio, ou seja, planear, orçamentar, chefiar
e controlar as operações do negócio. Desempenha também todas as funções de gestão como, por exemplo,
marketing, produção, organização e gestão financeira, sozinho ou com o apoio dos seus familiares.
Uma sociedade singular não exige registo nos serviços do governo (mas pode ter que obter licenças de
funcionamento nas autoridades relevantes, se houver) antes de começar a funcionar. Portanto, é muito
simples iniciar e administrar este tipo de negócio e é o que o torna a forma mais comum de constituição de

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empresas no país. Uma pessoa dorme e sonha iniciar um negócio. Analisa o seu sonho, prepara um plano de
negócios simples para determinar a sua viabilidade e necessidades e confirma se conseguirá lucros.
Mais tarde mobiliza o capital e outros recursos necessários. Depois já é possível iniciar o seu negócio!
Perante a lei, o negócio tem a identidade do seu proprietário e, uma vez que o negócio e proprietário são o
mesmo, a morte do proprietário pode marcar o fim da sociedade singular.

Vantagens de uma sociedade singular:


Liberdade: porque possuem todo o negócio, os proprietários não têm que prestar contas a ninguém a não
ser a eles próprios.
- Os proprietários colhem todos os benefícios de um negócio bem-sucedido.
- As sociedades singulares são simples de iniciar e de gerir. Nenhuma lei as obriga a registar-se num serviço
do governo e não têm um processo complexo de funcionamento (principalmente porque o dono é também o
administrador). É por isto que esta forma legal de constituição de empresas atrai fortemente o empresário que
gosta de fazer tudo sozinho, é independente ou é a primeira vez que se dedica a negócios.
- As despesas iniciais são poucas, principalmente porque as empresas são pequenas e não requerem muitos
procedimentos para arrancar.
- Têm um alto nível de sigilo pois, contrariamente a outros tipos de constituição de empresas, o proprietário
não depende de ninguém. O segredo protege o negócio dos concorrentes.
76
Desafios de uma sociedade singular:
- Como empresário e negócio são a mesma coisa, quando falecer o negócio deixa de existir. Portanto, o
negócio não tem continuidade (não é perpétuo).
- Um proprietário único aguenta todos os prejuízos do seu negócio.
- Como empresário, um proprietário único assume sozinho todos os passivos (ou dívidas) do negócio. Na
eventualidade de o negócio não cumprir as suas obrigações, o proprietário é pessoalmente responsável pelo
pagamento de todas as dívidas. Tem que pagar todas as dívidas do negócio, nem que para isso tenha que utilizar
as suas poupanças pessoais e outros bens (se o negócio não produzir ou não tiver liquidez suficiente).
- Geralmente a sociedade singular tem falta de capital. Isto deve-se sobretudo ao facto de que aquilo que tem
é o que proprietário consegue mobilizar. Também muitas vezes é-lhes difícil mobilizar fundos para iniciar ou
expandir as suas operações. Os bancos e outros financiadores tendem a associar a sociedade singular a
instabilidade e incerteza.
- As sociedades singulares sofrem muitas vezes de má gestão, porque é uma só pessoa a geri-las. Uma vez que
uma pessoa não pode ser especialista em todas as áreas de gestão de negócios
(marketing, produção, organização, financiamento e gestão do pessoal), os negócios sofrem com
as deficiências do proprietário.

Sociedade em nome colectivo


Uma sociedade em nome colectivo é uma forma legal de constituição de empresa que existe quando
duas ou mais pessoas (no máximo vinte) se unem, juntam os seus recursos (dinheiro e conhecimentos técnicos)
a fim de realizarem um negócio. Os sócios partilham igualmente os benefícios, os prejuízos e as dívidas do
negócio, a não ser que seja determinado de outra maneira na sua escritura ou no seu acordo de sociedade.
Esta forma é quase idêntica à da sociedade singular, porque ambas têm responsabilidade ilimitada, não
requerem registo e a morte de qualquer dos sócios assinala o fim da sociedade. No caso de a empresa não
conseguir cumprir as suas obrigações, os empresários (sócios) serão chamados a cumpri-las, recorrendo aos
seus recursos pessoais.
A necessidade de mobilizar mais capital e de ter melhor capacidade de gestão e funcionamento da
empresa leva muitas vezes à constituição duma sociedade em nome colectivo.

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Características principais de uma sociedade em nome colectivo:


 Associação de duas ou mais pessoas, vinte no máximo.
 Existência de uma relação contratual, quer seja um acordo escrito ou verbal entre os sócios.
 Existência de um negócio legal.
 Partilha de lucros e perdas conforme acordado pelos sócios.
 Responsabilidade mútua entre os sócios.
 Não há separação entre sócios e empresa.
 Responsabilidade ilimitada da empresa.
 Restrição de transferência dos interesses de um sócio; isto é, só podem transferir os seus interesses
para outros sócios com o consentimento dos demais associados.
 Extrema boa-fé dos sócios.

Formação de uma sociedade em nome colectivo


Uma sociedade em nome colectivo pode ser formada através de um acordo entre duas ou mais pessoas. O
acordo pode ser verbal ou escrito, mas é conveniente que todos os termos e condições da sociedade sejam
postos por escrito de modo a evitar qualquer mal entendido e diferendos entre os sócios. Esse acordo escrito
entre os sócios é conhecido por escritura de constituição de sociedade. Deve ser assinado por todos os sócios e
devidamente carimbado. Pode ser alterado com o consentimento mútuo de todos os sócios.
Uma escritura de constituição de sociedade em nome colectivo geralmente contém a seguinte
informação:
 Nome da sociedade;
 Nome e endereço de todos os sócios;
 Natureza do negócio da sociedade;
 Data do acordo;
 Local principal do negócio da sociedade;
 Duração da sociedade, se for o caso;
 Montante do capital com que cada sócio contribuiu;
 A proporção segundo a qual lucros e perdas devem ser distribuídos pelos sócios;
 Empréstimos e adiantamentos pagos pelos sócios e juros que lhes são pagos;
 Montante dos levantamentos permitidos a cada sócio e taxa de juros;
 Montante do salário ou da comissão a pagar a cada sócio;
 Deveres, poderes e obrigações de cada sócio;
 Manutenção de contas e auditoria;
 Modo de avaliação do fundo de comércio por ocasião de admissão, reforma ou morte de um sócio;
 Procedimentos de dissolução da sociedade e liquidação das contas;
 Arbitragem da resolução de diferendos entre sócios;
 Disposição no caso de um sócio se tornar insolvente.

8 Vantagens de constituir uma empresa como sociedade em nome colectivo

Juntar as capacidades: As sociedades em nome colectivo podem ser mais bem geridas do que as sociedades
singulares. Contrariamente às sociedades singulares, o número de sócios vai de dois a vinte. Isto permite juntar
recursos, competências e discernimento de várias pessoas. Recursos, competências e discernimento
combinados resultam numa gestão mais eficiente do negócio.
Fácil constituição: Tal como acontece nas sociedades singulares, as sociedades em nome colectivo são
geralmente fáceis de organizar, com poucos requisitos legais. É necessária uma escritura de constituição de
sociedade ou um acordo e o processo de registo é muito simples. De igual modo, uma sociedade em nome
colectivo pode ser dissolvida facilmente, em qualquer altura, sem passar por formalidades legais. O registo duma
sociedade não é essencial e o acordo de sociedade pode não ser por escrito.

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Mais recursos financeiros: Como várias pessoas ou sócios contribuem para o capital da empresa, é possível
mobilizar mais recursos financeiros do que no caso da sociedade singular. A solvabilidade da empresa também
é maior, porque cada sócio é pessoal e conjuntamente responsável pelas dívidas da empresa. Portanto, há um
maior âmbito para expansão e crescimento do negócio.
Flexibilidade das operações: Embora não tanto como na sociedade singular, uma sociedade em nome
colectivo tem flexibilidade suficiente nas suas operações quotidianas. A natureza e o local dos negócios podem
mudar sempre que os sócios assim o desejarem. O acordo pode ser alterado e podem ser admitidos novos sócios
sempre que necessário. Uma sociedade em nome colectivo está livre da maioria dos controlos do governo, com
excepção de leis fundiárias gerais e de alguns requisitos para a obtenção da licença de funcionamento.
Incentivo pessoal e supervisão directa: Não há separação entre a posse e a gestão. Os sócios são os
proprietários e gestores do negócio. Partilham (de acordo com a sua escritura de constituição de sociedade) os
lucros e as perdas do negócio. O controlo pessoal pelos sócios aumenta a possibilidade de sucesso. A
responsabilidade ilimitada incentiva a precaução e o cuidado por parte dos parceiros. O receio de
responsabilidade ilimitada desencoraja acções imprudentes e precipitadas. Também motiva os parceiros a fazer
o seu melhor.
Continuidade ou sobrevivência: As possibilidades de continuidade ou sobrevivência da sociedade em nome
colectivo são maiores do que as da sociedade singular. Uma sociedade em nome colectivo pode continuar a
existir após a morte ou insolvência de um sócio se os restantes sócios assim o desejarem. O risco de prejuízo é
diminuído por ser partilhado por duas ou mais pessoas. No caso de uma linha de negócios não ter êxito, a
sociedade pode seguir outra linha de negócios para compensar os prejuízos.
79
Desafios associados à constituição de uma sociedade em nome colectivo
Responsabilidade ilimitada: Cada sócio é conjunta e igualmente responsável pela totalidade das dívidas da
sociedade. A propriedade privada dos sócios não está isenta do risco de prejuízo devido à sociedade.
Culpa comum Um sócio sofre não só com os seus próprios erros, mas também com os erros, lapsos ou
desonestidade dos outros sócios. Este facto pode afectar negativamente o espírito empresarial, pois os sócios
podem hesitar em aventurar-se em novos negócios com o receio de sofrerem prejuízos.
Recursos limitados O montante de recursos financeiros numa sociedade em nome colectivo limita-se às
contribuições feitas pelos sócios. Portanto a constituição duma sociedade em nome colectivo pode não ser
muito adequada para negócios que envolvem grandes investimentos em capital, superiores aos que podem ser
mobilizados pelos seus proprietários.
Risco de agência implicada: Os actos de um sócio são vinculativos, tanto para a empresa como para os
outros sócios. Um sócio incompetente ou desonesto causará problemas aos restantes sócios devido aos seus
actos, omissões ou comissões. Portanto, a escolha de um parceiro nos negócios torna-se tão importante como
a escolha de um parceiro para a vida!
Conflitos ou falta de harmonia: O sucesso duma sociedade em nome colectivo depende da compreensão
mútua e da cooperação entre os parceiros. O desacordo contínuo e as brigas entre sócios podem paralisar o
negócio e a tomada de decisões urgentes.
Falta de continuidade: Uma sociedade em nome colectivo pode chegar ao fim devido à reforma,
incapacidade, insolvência e morte de um sócio. Isto torna incerta a duração duma sociedade em nome colectivo,
embora esta tenha possibilidades de durar mais do que a sociedade singular.
Interesses intransferíveis: Nenhum sócio pode transferir as suas acções ou os seus interesses no negócio
para uma pessoa de fora (à sua escolha) sem o consentimento de todos os outros sócios. Isto torna o
investimento num negócio fixo, uma vez que a transferência de capital é interdita.
80 Desconfiança pública Uma sociedade em nome colectivo não tem a confiança do público, porque é mais ou
menos como um espectáculo de uma só pessoa. Por exemplo, a falta de publicidade dos seus negócios prejudica
a confiança na empresa.
Como consequência dos desafios e das limitações supracitados das sociedades em nome colectivo,
estas não são comuns. Como forma de constituição duma empresa, está em declínio e não é popular. A maior
parte dos empresários prefere constituir companhias e outras pessoas formam cooperativas.

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Companhia
Um negócio pode assumir a forma de uma companhia devidamente registada na Conservatória de Registo
Comercial. Uma companhia registada pode ser formada por duas ou mais pessoas que se tornam suas
proprietárias ou accionistas (isto é, pessoas que contribuíram ou investiram o seu dinheiro para formar uma
companhia).
Os accionistas elegem entre si os directores para gerirem a companhia em seu nome e actuar como
representantes da companhia. A eleição dos directores é realizada de acordo com as acções que cada accionista
detém.
A Companhia de Responsabilidade Limitada é uma entidade legal distinta dos seus proprietários ou
accionistas. Isto significa que, perante a lei, a companhia é considerada uma pessoa jurídica, com direitos e
responsabilidades legais. Pode mover ou ser-lhe movida uma acção judicial, possuir e dispor de bens e
administrar um negócio conforme especificado nos seus estatutos.
Devido às necessidades crescentes dos negócios modernos, pode ser necessária a mobilização
de amplos recursos financeiros e de gestão. A sociedade singular e a sociedade em nome colectivo
não conseguiram satisfazer estas necessidades devido às suas limitações como, por exemplo, a
responsabilidade ilimitada, a falta de continuidade e os recursos limitados. As companhias evoluíram como uma
forma diferente de organização dos negócios para superar estas limitações. As companhias tornaram-se a forma
predominante de constituição de empresas para uma série de negócios, quer sejam pequenas, médias ou
grandes empresas, pois possibilita reunir ou mobilizar vastos recursos financeiros e de gestão, com a vantagem
de responsabilidade limitada e de continuidade das operações.

Características de uma companhia


Entidade jurídica à parte Uma companhia tem uma existência totalmente distinta e independente dos
seus membros. Pode ter bens e assinar contratos em seu próprio nome. Pode ser-lhe movida e pode mover uma
acção judicial.
Podem existir contratos e processos judiciais entre a companhia e os membros que a constituem (ou seja,
sócios, empregados, credores e devedores). O activo e o passivo da companhia não pertencem a cada membro
e vice-versa. Nenhum sócio pode reclamar directamente qualquer direito de propriedade dos bens da
companhia.
Pessoa colectiva artificial Uma companhia é uma pessoa colectiva tal como você , os seus pais ou amigos.
A única diferença é que, enquanto uma pessoa singular nasce de uma mulher, a companhia é criada por lei. É
uma pessoa artificial, porque não passa a existir através do nascimento e não possui as características físicas de
uma pessoa. Tal como acontece com uma pessoa, tem direitos e deveres nos termos da lei. É intangível e
indivisível.
8 Sucessão perpétua: Uma companhia tem existência contínua e ininterrupta e a sua vida não é afectada
pela morte, insolvência, loucura, etc., dos seus proprietários ou directores. Os accionistas podem entrar e sair,
mas a companhia sobrevive enquanto não for liquidada. Sendo uma entidade jurídica, uma companhia pode ser
dissolvida apenas através dum processo jurídico de encerramento. É como um rio que mantém a sua identidade,
embora as partes que o compõem possam mudar continuamente.
Responsabilidade limitada: A responsabilidade dos membros duma sociedade anónima limita-se ao valor
das acções subscritas (ou seja, o valor das acções que uma pessoa decidiu subscrever numa empresa, quer tenha
pago ou não) ou ao montante de uma garantia dada por eles. Numa sociedade anónima, não se pode pedir aos
seus membros que paguem um montante superior ao que é devido sobre as acções que detêm, mesmo que os
bens da companhia sejam insuficientes para satisfazer totalmente os credores ou para pagar o que deve.
Carimbo comum: Uma companhia, sendo uma pessoa artificial, não pode assinar. Portanto, a lei prevê o
uso de um carimbo comum (um carimbo da companhia) como substituto da assinatura. O carimbo comum com
o nome da companhia gravado é a sua assinatura e serve de prova da aprovação dos documentos pela
companhia. Qualquer documento com o carimbo comum da companhia e devidamente assinado por pelo
menos dois directores é legalmente vinculativo para a companhia.

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Transferência das acções As acções de uma sociedade anónima são transferíveis livremente (as duma
sociedade anónima de responsabilidade limitada não são). Podem ser compradas e vendidas através da bolsa
de valores. Cada membro é livre para transferir as suas acções sem o consentimento dos outros membros
(excepto no casos duma sociedade anónima de responsabilidade limitada em que é preciso primeiro o
consentimento dos outros accionistas).
Separação da propriedade e gestão O número de accionistas numa sociedade anónima é geralmente
muito grande e todos eles ou a maioria não podem participar activamente na gestão quotidiana da companhia.
Assim, elegem os seus representantes, conhecidos por directores, para gerirem a companhia em seu
nome. O controlo representativo é pois uma característica importante da companhia.
Sociedade anónima de pessoas Uma companhia é uma sociedade anónima de pessoas ou uma associação
registada de pessoas. Uma pessoa pode constituir uma companhia nos termos da lei. Numa sociedade anónima,
são necessárias pelo menos sete pessoas (e numa sociedade anónima de responsabilidade limitada pelo menos
duas).
Uma Sociedade Anónima Uma sociedade anónima é uma associação de accionistas ou proprietários que
está registada oficialmente. Está organizada de modo a atribuir aos seus proprietários responsabilidade limitada.
É mais fácil mobilizar grandes somas de capital com uma companhia de responsabilidade limitada e esta
proporciona oportunidades de trazer mais competências, tanto para os proprietários como para a sua gestão.
Uma sociedade anónima pode ser de responsabilidade limitada.
82 Uma sociedade anónima de responsabilidade limitada é quando a companhia pertence a um
mínimo de duas (2) e a um máximo de cinquenta (50) pessoas. As acções numa sociedade anónima de
responsabilidade limitada só podem ser vendidas a título privado (ou seja, a um dos donos existentes ou aos
que eles aprovarem). Esta forma de constituição de sociedade não é muito flexível no caso de ser necessário
expandir e não consegue trazer facilmente novos accionistas. Os donos têm responsabilidade limitada e
beneficiam de acesso mais fácil ao crédito.
Sociedade Anónima Este é um tipo de companhia de responsabilidade limitada que pode oferecer ou
vender acções ao público. Uma sociedade anónima deve incluir as palavras “sociedade anónima” ou a sua
abreviatura SA no fim, como parte do nome legal da companhia.

Cooperativas
Uma cooperativa é uma forma democrática de organização dos negócios, é utilizada e controlada
exclusivamente pelos seus membros. Todos os membros têm igual autoridade sobre a forma como a cooperativa
é gerida, visando a promoção dos seus interesses económicos e sociais.
objectivo principal que leva as pessoas à criação de uma cooperativa é melhorar as suas condições
económicas e sociais.
Características de uma cooperativa
 As cooperativas em todo o mundo têm características comuns:
 Os membros estão unidos através de interesses comuns.
 Os membros procuram atingir o objectivo de melhorar o seu bem-estar económico e social através de
acções conjuntas (ou realizando algumas actividades conjuntamente).
 Os membros usam a cooperativa conjuntamente para terem facilmente acesso a bens ou serviços a um
preço acessível (motivo pelo qual a cooperativa foi criada). Independentemente da dimensão das suas
actividades, o propósito da cooperativa é utilizar recursos comuns (contribuições dos seus membros)
para produzir ou obter bens ou serviços de que os seus membros necessitam.
 As cooperativas baseiam-se nos valores da auto ajuda, auto responsabilidade, democracia,
 igualdade, equidade e solidariedade (ou necessidade de trabalhar em conjunto).

Ao iniciarem uma cooperativa, as pessoas devem primeiro identificar uma necessidade comum (bens ou
serviços) que gostariam de satisfazer trabalhando conjuntamente. Depois de a identificarem, começam a

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convencer os seus colegas a juntarem-se para começar uma cooperativa que os ajude a ter acesso fácil e a um
bom preço aos bens e serviços identificados.
Depois de terem mobilizado um número razoável de pessoas interessadas (por exemplo, dez, vinte ou
trinta, quanto mais melhor, pois ajudará a mobilizar mais fundos) devem reunir-se, discutir e chegar a um acordo
sobre o negócio ou as actividades da cooperativa a ser constituída, o nome da cooperativa, onde vai funcionar,
quanto é que cada pessoa deve pagar para se tornar membro e a contribuição mínima de cada pessoa para o
capital social. Devem também eleger entre si os líderes que serão responsáveis pela gestão dos assuntos da
cooperativa, inclusive o seu registo.
O Departamento de Desenvolvimento de Cooperativas no Ministério da Indústria normalmente publica
directivas sobre como constituir uma cooperativa, processos e procedimentos a seguir. Os dirigentes eleitos
devem procurar essas directivas para serem devidamente orientados durante a formação da cooperativa e a
gestão das suas operações.
Qualquer excedente ou lucro que uma cooperativa faça com as suas operações é normalmente partilhado
entre os seus membros com base no volume de negócios que cada membro realizou com a cooperativa
(clientela) ou no número de quotas ou da sua contribuição para o capital da cooperativa.
Para as comunidades que não são muito ricas, será mais fácil iniciar negócios utilizando o modelo de
cooperativa, pois este permite-lhes juntar os seus parcos recursos e mobilizar um montante significativo para
iniciar. É muito fácil constituir cooperativas. Aqueles que desejarem criar uma cooperativa juntam-se, juntam os
seus recursos (fazendo pequenas contribuições), preenchem os documentos necessários e depois registam-se
no serviço do governo responsável. As pessoas podem utilizar uma cooperativa para iniciar e gerir negócios que
as ajudem a satisfazer várias das suas necessidades como, por exemplo, artigos de mercearia, transportes,
serviços financeiros, gestão do ambiente, educação para os filhos, etc.

Para beneficiar os seus membros, uma cooperativa deve:


 Pertencer aos seus membros
 Ser utilizada pelos seus membros
 Ser controlada pelos seus membros
 Beneficiar os seus membros.
Portanto, as questões fundamentais que um membro deve colocar a si mesmo, como membro e utilizador
da cooperativa, são:
 Pertence-me?
 Utilizo-a?
 Controlo-a?
 Beneficio dela?

O ideal seria que as respostas a todas estas perguntas fossem um SIM para que a entidade seja descrita
como uma boa cooperativa. Se a resposta a qualquer das perguntas for um NÃO, significa que a organização ou
instituição não é uma cooperativa.

Actividade 2.11
Pense na sua comunidade e:
 Identifique e enumere as necessidades (bens e serviços) que as pessoas podem satisfazer melhor
se iniciarem uma cooperativa.
 Identifique uma cooperativa existente e os bens ou serviços que fornece aos seus membros.
 Tente iniciar uma cooperativa com os seus colegas de turma para terem acesso a alguns bens e
serviços de que precisam.

Porque estaria um empresário interessado nas formas legais de constituição de uma empresa? É importante
que um empresário verifique as formas legais de constituição de empresas no processo inicial de montagem do
seu negócio, porque cada forma legal tem implicações diferentes quanto ao seguinte:
1. Os requisitos ou procedimentos para iniciar as operações do negócio;

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2. Montante de capital a ser investido no negócio;


3. Responsabilidade dos donos do negócio;
4. Continuidade do negócio no caso de o empresário falecer;
5. Controlo das operações do negócio;
6. Responsabilidades e deveres fiscais;
7. Obtenção de uma licença de funcionamento.
Sendo assim, qual é a forma legal de constituição de uma empresa apropriada para o seu
negócio?
Como a maior parte dos donos de negócios, quer uma forma legal que:
. O proteja de ser pessoalmente responsável por opiniões desfavoráveis ao seu negócio;
. Lhe dê a possibilidade de transferir a propriedade conforme desejar, em especial se quiser mantê-la na
família ou continuar o negócio independentemente da presença ou não de outros sócios;
. Tenha uma estrutura de gestão simples e funcional;
. Tenha poucos custos organizacionais e administrativos;
. Lhe dê a possibilidade de fazer negócio sem complicações em mais de uma região (talvez não seja relevante
agora, mas pode vir a sê-lo no futuro);
. Lhe permita aproveitar as leis fiscais e manter os impostos o mais baixo possível.
A sua escolha da constituição e organização legal da empresa faz uma grande diferença, se tiver em conta os
factores acima mencionados.
Mesmo depois de escolher uma forma legal de constituição da empresa, não é obrigado a continuar com
esta para sempre. Se o seu negócio crescer, se as suas necessidades mudarem ou se surgirem novas
oportunidades, pode mudar de uma forma legal de constituição da empresa para outra. Contudo, deve verificar
primeiro, tendo em atenção os factores já mencionados anteriormente. Por exemplo, passar de uma sociedade
unipessoal para uma companhia pode ter muitas implicações desfavoráveis em termos de impostos.
Para mais informações sobre formas de constituição de empresas, responsabilidade, registo,
documentação necessária, custo do registo, impostos, estrutura legal e continuidade após o falecimento do
dono ou accionista, etc., deve contactar com organizações de apoio a empresas e com os serviços relevantes do
governo, como o Departamento de Desenvolvimento de Cooperativas no Ministério da Indústria.
85
Actividade 2.12
Que forma legal de constituição de empresa é esta?
 No fim do ano lectivo, utilizando as suas poupanças, compra roupa usada a outros alunos.
Durante as férias, limpa-a e utiliza-a para fazer almofadas. Depois vende as almofadas na sua
aldeia e obtém lucros.
 Com a autorização das autoridades escolares, três amigos seus abrem um pequeno quiosque na
sua escola. Fazem isto juntando a sua mesada e comprando e armazenando mercadoria no seu
quiosque. As suas despesas semanais, incluindo o pagamento pelo seu trabalho foram de 1,000
AKZ. A receita da semana foi de cerca de 1,600 AKZ. Quando estavam a iniciar o seu negócio
concordaram em partilhar igualmente os lucros e perdas.
 As pessoas na sua comunidade estão cansadas de viver numa área infestada pelos mosquitos.
Os mosquitos desenvolvem-se na água estagnada em muitos lugares da comunidade. Além disso,
não há mosquiteiros impregnados de insecticida nem fornecedores de medicamentos básicos
para a malária. Cerca de 50 membros da comunidade decidiram criar e registar uma organização.
Esta organização mobilizará os seus membros para acabar com a água estagnada na comunidade.
também montará uma loja que irá vender mosquiteiros impregnados de insecticida a um preço
acessível e medicamentos contra a malária apenas aos seus membros.
 Há um mercado florescente para carne na sua cidade provincial. Constatando esta oportunidade,
seis dos seus colegas da aldeia contribuíram com um grande montante em dinheiro, formaram e
registaram uma organização de negócios. A organização compra gado nas aldeias e fornece-o a
um matadouro na cidade provincial.

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II.b.d) Dimensão de Atividades Empreendedoras (Micro,


pequena, Media E Grande)
Tamanho de empreendimentos de empresas em Angola (micro,
pequena, média e grande)

Actividade 2.13
Compare a sua escola com outra do bairro.
- Qual delas é maior?
- Que factores utilizou para determinar que escola é maior do que a outra?

Classificação das empresas de acordo com a sua dimensão


Tal como as escolas, as empresas variam em dimensão. Algumas empresas são muito pequenas, outras são
apenas pequenas, enquanto outras são médias ou grandes. Tal como utilizou factores para determinar que
escola é maior (a sua ou a outra), vários factores são também utilizados para determinar as diferentes dimensões
das empresas.
87
Actividade 2.14
Num grupo formado pelo professor com seus colegas de turma, discuta e explique como é que os
seguintes factores podem ser utilizados para determinar a dimensão de uma empresa:
 Capital investido na empresa.
 Volume de vendas (quantidade de produtos vendidos) num dado período.
 Número de clientes atendidos durante um certo período.
 Número de empregados.
 Máquinas utilizadas.
 Volume ou quantidade de produtos produzidos.
 Instalações da empresa.
 Energia utilizada.

Micro empresas
Micro empresas são empresas muito pequenas, normalmente criadas por muitas pessoas nas aldeias bem
como nos centros urbanos. Geralmente são criadas por pessoas de baixos rendimentos. As suas características
principais são:
 Funcionam com muito pouco capital (até ao máximo de três mil dólares (US$ 3,000) e esta é uma das
razões pelas quais são geralmente criadas por pessoas de baixos rendimentos.
 Utilizam tecnologia muito simples ou nenhuma tecnologia nas suas operações.
 Cada uma pertence a uma pessoa que a gere sozinha ou, no máximo, com a ajuda de membros da sua
família.
 Não empregam pessoas qualificadas. Dependem das aptidões dos seus proprietários ou membros da
família, mas geralmente podem ter uma a quatro pessoas a trabalhar.
 Geralmente não estão registadas.
 As vendas são fracas em quantidade e valor, porque o seu capital é pequeno. O seu alvo é o mercado
local ou a comunidade que se movimenta nessa zona.
 A maior parte não funciona a partir das suas próprias instalações permanentes, utilizando estruturas
temporárias (quiosques) e outras são ambulantes.
 Serve um pequeno número de clientes. Normalmente atende clientes na sua vizinhança.
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Pequenas empresas
As pequenas empresas são maiores do que as micro empresas e as suas características são:

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 As pequenas empresas funcionam com capital (dinheiro ou valores de recursos investidos na empresa
pelo seu proprietário) que vai de três mil a cinco mil dólares (US$ 3,000 a 5,000).
 As pequenas empresas têm entre cinco a cinquenta empregados.
 Funcionam a partir de instalações fixas que pertencem ao proprietário ou são arrendadas.
 Utilizam tecnologia simples e produzem bens principalmente para o mercado local.
 A maior parte é iniciada como sociedade unipessoal (pertencente a uma única pessoa), enquanto outras
podem ser sociedades em nome colectivo.
 As suas vendas são fracas, mas superiores às das micro empresas em quantidade e valor.

Médias empresas
As médias empresas são maiores do que as pequenas. As suas principais características são as seguintes:
 As médias empresas precisam de mais capital em comparação com as pequenas empresas. O seu capital
pode ir de cinquenta mil a cinco milhões de dólares (US$50,000 a 5,000,000).
 Empregam directamente entre cinquenta a duzentas pessoas, algumas das quais são qualificadas em
áreas específicas do negócio. Essas pessoas podem ser directores, contabilistas, operadores de
máquinas e outros.
 Operam a partir de grandes instalações fixas geralmente pertencentes à empresa e dotadas de
electricidade, água e telefone.
 São companhias registadas de responsabilidade limitada ou funcionam como sociedades em nome
colectivo.
 Utilizam máquinas e equipamento sofisticados, manuseados por trabalhadores qualificados.
 A sua produção é grande e conseguem produzir tanto para o mercado local como para mercados
externos.
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Grandes empresas
Grandes empresas são as que possuem as seguintes características:
 Têm um capital relativamente elevado, superior ao utilizado pelas médias empresas.
 Empregam directamente mais de duzentas pessoas, algumas das quais são pessoal altamente
qualificado, tais como directores, contabilistas, engenheiros, técnicos e vendedores.
 Estão registadas como sociedades anónimas. Algumas estão registadas como “joint ventures” entre o
governo e privados.
 Utilizam equipamento e máquinas sofisticados e alguns dos métodos de produção mais modernos.
 Produzem bens e prestam serviços em grande escala aos mercados locais e estrangeiros. Vendem
dentro e fora do país.

** Este número pode variar dependendo de a empresa utilizar mais mão-de-obra ou mais máquinas. Uma
empresa que use muitas máquinas automáticas utilizará menos mão-de-obra, enquanto uma que tenha sistemas
manuais utilizará mais mão-de-obra.

Atenção
A dimensão de uma empresa varia de país para país e esses dados só deve ser utilizado para ter uma ideia
rápida das possíveis dimensões das empresas. Também mostra como podem ser usados os diferentes factores
para determinar as dimensões de uma empresa. Por exemplo, a que pode ser uma grande empresa em Angola
pode ser uma média empresa na África do Sul (que está economicamente mais desenvolvida do que Angola) e
uma pequena empresa nos Estados Unidos (que estão economicamente mais desenvolvidos do que a África do
Sul e Angola).
Contudo, o que nós temos que notar nesta fase é que os empresários podem iniciar empresas de qualquer
tamanho, dependendo da sua habilidade, nomeadamente das suas competências empresariais, do seu capital,
dos conhecimentos técnicos e da dimensão do mercado que pretendem servir. Os empresários com mais
sucesso começam com micro ou pequenas empresas, mas empregam as suas capacidades empresariais para as
gerir muito bem. Como resultado, a empresa cresce, expande-se e torna-se uma grande empresa. Portanto não

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se deve sentir receio de começar com os meios de que se dispõe. O que é preciso é dedicar-se à empresa e
utilizar as aptidões e competências empresariais para a gerir bem.
91 Além disso, nos negócios quando se começa um pequeno empreendimento e se cai consegue-se erguer e
começar tudo de novo. Mas quando se começa em grande e se cai, a queda é igualmente grande e fica-se
desfeito. Portanto, não se consegue erguer e começar de novo.

Resumo do subtema 2.1


Diferentes tipos, formas legais de constituição de empresa e diferentes dimensões das empresas têm
implicações diferentes no processo de arranque de um negócio, requisitos e funcionamento. Portanto, como
potencial empresário deve estar familiarizado com os mesmos. A maior parte destes aspectos foram tratados
neste subtema. Conhecer e estar familiarizado com dimensões e formas de empresas que existem em Angola,
a sua importância bem como as dimensões e as formas legais de constituição de empresas que se pode escolher
e iniciar, é mais um passo para saber que negócio escolher, iniciar e administrarcessidades e Problemas Soluções
criativas e fantasias

Ideias empr o Legalização de Negócios em Angola


Registo de um negócio
O registo do nome do negócio
Os negócios devem ser registados em conformidade com a legislação em vigor, com um nome. Este nome
pode ou não ser o do (s) dono (s). Por exemplo: EMICFER LDA.

Actividade 2.1.
Faça o levantamento, nos arredores onde se localiza a escola, de cinco negócios (farmácia, estação de
serviço, mini ou supermercados, e outros) com os seus respectivos nomes, conforme foram registados.

Requisitos para o registo do negócio


A pessoa que deseja constituir um negócio deve dirigir-se à Conservatória do Registo Comercial para registar
o seu negócio, onde receberá as devidas informações. Em Angola, os escritórios para o registo encontram-se
nas capitais das Províncias.
O registo do negócio pode ser realizado pelo próprio dono ou por intermédio de um advogado. Se o dono
do negócio opta por um advogado, tem que pagar uma taxa. A maior parte dos advogados cobram em Kwanzas
pelo serviço prestado ao dono. Se a documentação solicitada estiver conforme, a Conservatória do Registo
Comercial emite um certificado de constituição que comprova que o negócio se encontra registado.
6
Licença comercial (alvará)
Obtenção da licença comercial para o funcionamento de
empresas
A licença comercial pode ser obtida na Direcção Nacional de Comércio, do Ministério do Comércio ou na
Direcção Provincial de Comercio onde se localiza a empresa. A finalidade da licença comercial é a de permitir ao
empresário funcionar nos termos da legislação, sob protecção da Administração Local.
27
Actividade 2.3.
ESTUDO DE CASO
O Senhor Ngunza, desde muito jovem queria dedicar-se à venda de diversos artigos, tais como pão, produtos
lácteos, açúcar, bolachas, rebuçados e outros. Na idade adulta, reabilitou um dos anexos da residência de um
irmão da sua mãe, que lhe foi cedida. Arrumou o espaço. Contratou um carpinteiro para o fabrico de três

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prateleiras onde colocaria os produtos a comercializar, um pintor para pintar as paredes e um electricista para
rever o sistema de iluminação que durante muito tempo não funcionara. Enquanto o carpinteiro, o pintor e o
electricista faziam os trabalhos encomendados pelo Senhor Ngunza, este adquiria, em diversos armazéns de
venda a grosso, os produtos que comercializaria no seu futuro estabelecimento comercial ao mesmo que
estabelecia um contrato verbal com os armazenistas para regulares aquisições de produtos.
Concluídos os trabalhos encomendados, pagou ao carpinteiro Kz. 60.000,00 ao pintor Kz.40.000,00 e ao
electricista, Kz. 50.000.00, perfazendo Kz. 150.000,00. Pela primeira remessa de compras que efectuou nos
armazéns, teve uma despesa de Kz. 400.000,00. O Senhor Ngunza, auxiliando-se de dois sobrinhos, divulgou na
vizinhança a abertura do seu estabelecimento comercial. No dia acordado abriram-se as portas, verificando-se
um razoável número de clientes que para ali se dirigiram a comprar alguns produtos.
Aos 52 dias, após iniciada a comercialização de produtos no estabelecimento comercial do Senhor Ngunza,
apresentaram-se no local funcionários da Polícia Económica que solicitaram ao proprietário a documentação
que autoriza a actividade comercial. Não sendo apresentada a documentação exigida, os funcionários da Polícia
Económica selaram o estabelecimento, accionando um processo judicial contra o Senhor Ngunza.
Enquanto decorria o processo judicial, o estabelecimento mantevese fechado durante três meses. Muitos
produtos deterioram-se e ao Senhor Ngunza foi-lhe aplicada uma multa de KZ. 350.000.00

1. Qual foi a causa do encerramento do estabelecimento comercial do Senhor Nguanza?


2. Considera correcto a divulgação da abertura do estabelecimento orientada pelo Senhor Ngunza aos seus
sobrinhos? Porquê?
3. Que conselhos daria ao Senhor Ngunza para não cometer o mesmo erro?
28
Procedimentos para a obtenção da licença comercial
Constituem procedimentos para a obtenção da licença comercial os seguintes:
 Adquirir e preencher o formulário de pedido de obtenção da licença comercial.
 Parecer das autoridades competentes certificando que a empresa está conforme com as exigências
municipais. Por exemplo, possuir mecanismos de eliminação de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, que
permitam manter a higiene do local e a área adjacente, evitar a poluição sonora e visual.
 Declaração de imposto do ano transacto. Este requisito não é aplicável às empresas de pequena
dimensão. Por exemplo, os quiosques, os vendedores ambulantes, os engraxadores organizados em
cooperativas, os criadores de aves domésticas.
 Declaração do Serviço de Bombeiros que confirma a existência de equipamento apropriado contra
incêndio nas instalações da empresa.
 Recibo de imposto escalonado ou progressivo. Por exemplo: o Imposto de Desenvolvimento Local, que
é um imposto pessoal cobrado pelas autoridades locais que serve para assegurar que o empresário paga
o seu imposto progressivo na área onde funciona a sua empresa. É uma das principais fontes de receitas
das Administrações Locais.
 Inspecção realizada pela Direcção de Saúde e pelo Gabinete Técnico da Administração Municipal para
certificar que as instalações reúnem as condições técnicas e sanitárias adequadas para esse tipo de
negócio.
 Taxas ou comissões da licença pagas depois de a entidade competente avaliar o requerente e
determinar o montante a pagar de acordo com o leque de comissões estipulado anualmente.
29
Processo de legalização de uma empresa
Passos para a criação de uma empresa em Angola
1) Solicitar o atestado de residência na Administração Comunal.
2) Registar a denominação social da empresa no Ficheiro Central de Denominações, mediante a
apresentação de uma cópia do Bilhete de Identidade e preenchimento do respectivo formulário.

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3) Solicitar o Cartão de Contribuinte no Bairro Fiscal, mediante a apresentação de uma declaração para
constituição de empresa e cópia do Bilhete de Identidade.
4) Pagar o Imposto para início de actividade na Repartição do Bairro Fiscal, mediante a apresentação de uma
cópia do cartão de contribuinte e o preenchimento do documento de Arrecadação de Receitas.
5) Registar o início da actividade comercial na Conservatória do Registo Comercial, sendo necessário a
entrega de uma cópia do Bilhete de Identidade, o número do contribuinte e declaração para constituição da
empresa.
6) Fazer o registo Estatístico da Empresa no Instituto Nacional de Estatística, tendo como requisitos uma
cópia do Bilhete de Identidade, o número do contribuinte, declaração de constituição da empresa, da liquidação
de imposto e preenchimento de um requerimento.
7) Fazer a publicação da Empresa no Diário da República, na Imprensa Nacional, sendo exigido cópia da
Certidão de Registo Comercial.
8) Obter o parecer de Enquadramento Urbanístico e Interesse na Administração Municipal, exigindo-se cópia
do Bilhete de Identidade, liquidação de imposto, fazer o requerimento, contrato de arrendamento ou título de
propriedade, o croqui de localização e declaração de renúncia.
9) Obter o licenciamento para o exercício de actividade no Ministério do Comércio, sendo necessário o
preenchimento de quatro formulários, cópia do cartão de contribuinte, parecer do enquadramento urbanístico,
cópia da certidão comercial e registo criminal.
10) Fazer a inscrição dos Trabalhadores no Instituto Nacional de Segurança Social, mediante o
preenchimento de formulário e cópia do cartão do contribuinte.
11) Obter a proposta de investimento nacional na Agência Nacional de Investimento Privado, sendo exigido
a certidão de denominação social, cópia do registo autenticada ou cópia do Bilhete de Identidade (em caso de
pessoa singular), certidão do Bairro Fiscal e certidão da Segurança Social.
12) Efectuar o registo comercial definitivo da empresa.
30
RESUMO DO SUBTEMA 2.1.
Neste subtema você aprendeu que: Os negócios são registados na Conservatória do Registo Comercial ou
nas suas delegações provinciais com um nome. Pode ser registado pelo próprio dono ou por intermédio de um
advogado.
A licença comercial permite que o negócio funcione nos termos da lei, tendo que obedecer ao
cumprimento, por parte do proprietário do negócio, de certos requisitos.
A legalização de um negócio passa pela entrega de uma série de documentos, onde se incluem
principalmente, o atestado de residência, a cópia do Bilhete de Identidade e do cartão de contribuinte, o registo
do negócio na Conservatória do Registo Comercial e no Instituto Nacional de Estatística, exigindo-se também o
parecer da Administração Municipal, além do licenciamento da actividade de negócio no Ministério do Comércio
e a inscrição dos trabalhadores no Instituto Nacional de Segurança Social, entre outros.

31 Processo de criação de uma empresa

O processo de criação inclui os seguintes passos:


 Identificar uma oportunidade de negócio;
 Pesquisar o mercado;
 Preparar o plano empresarial;
 Avaliar a tecnologia e os equipamentos;
 Começar as operações da empresa.

Identificação de uma oportunidade de negócio


O futuro empresário tem que decidir sobre o tipo de empreendimento que deseja criar. Isto exige dele a
identificação das oportunidades de negócio da zona ou área. Identificadas as oportunidades de negócio,

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selecciona aquela que lhe permita alcançar os objectivos pretendidos. O negócio escolhido deve ser possível e
viável.

Pesquisa de mercado
O sucesso de qualquer empresa é a sua capacidade de servir e satisfazer os seus clientes com preços
lucrativos durante um longo período. Como parte do processo de criação de uma empresa, o empresário deve
fazer uma pesquisa de mercado relativamente à oportunidade do negócio que pretende iniciar. A pesquisa de
mercado permite ao empresário:
A. Determinar o mercado alvo e suas exigências, assim como a capacidade da empresa em satisfazer as
necessidades do cliente.
B. Analisar as vantagens da empresa em relação a outras empresas que já funcionam ou outras que se
pretendem criar. A pesquisa de mercado inclui também o conhecimento dos futuros clientes em relação
ao que compram, onde compram, quando compram, como compram e quanto compram ou “o que,
onde, quando, como e que quantidade compram”.
32
Preparação do plano empresarial
Um plano empresarial é um resumo escrito do negócio proposto. É, portanto, um passo necessário no
processo de arranque de uma empresa porque: Ajuda o empresário a escolher a melhor oportunidade de
negócio entre outras alternativas possíveis; Guia o empresário nas suas operações empresariais diárias; Obriga
o empresário a reflectir sobre as operações da empresa, assim como definir estratégias que permitam
ultrapassar alguns dos desafios antes que estes se concretizem ou prejudiquem as suas operações.
Os futuros financiadores do empreendimento estabelecem normas antes de concretizar o
financiamento. O plano empresarial ajuda o empresário a responder a perguntas como as seguintes:
Posso fazê-lo? Posso vendê-lo? Posso ganhar com isso?

Avaliação da tecnologia e os equipamentos


É necessário que o empresário verifique os sistemas de produção para produzir os produtos e, ou serviços
desejados. Também verificará os equipamentos necessários para o funcionamento dos sistemas de produção
que tenciona usar. É importante que o empresário faça esta análise como parte do processo de criação da sua
empresa pelas seguintes razões:
 Determinar o tipo, a qualidade e a quantidade de matérias-primas necessárias;
 Estabelecer as capacidades da mão-de-obra necessária para o funcionamento do sistema de
produção ou da prestação de serviços;
 Conhecer a disponibilidade dos meios necessários e os requisitos para a sua manutenção;
 Estabelecer as exigências de funcionamento e manutenção dos equipamentos e suas implicações no
bom funcionamento da empresa;
 Começar as operações da empresa
Depois do empresário ter concluído o processo de criação da empresa, está em condições de começar o
seu empreendimento. Partindo do pressuposto de que o empresário decidiu criar, por exemplo, uma empresa
comercial de materiais de construção, pode iniciar as operações do seguinte modo:
i. Mobilizar e organizar os fundos necessários.
ii. Arranjar e limpar as instalações da empresa.
iii. Comprar as mercadorias necessárias.
iv. Abastecer a loja e iniciar a actividade de comercialização.
v. Abrir contas bancárias e organizar a contabilidade.luções criativas e fantasias

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SubtemaII.c: Ideias Empreendedoras


O que são ideias de negócios?
Numa tentativa para permanecerem competitivos, os empresários reconhecem constantemente várias
formas e meios de resolver ou satisfazer as necessidades existentes ou futuras das comunidades, bem como os
problemas. Também pensam em diferentes formas e meios de melhorar o desempenho do seu negócio e dos
seus produtos para satisfazerem as necessidades e os gostos dos clientes sempre em mudança. Os empresários
geralmente têm êxito por encontrarem rapidamente novas formas e meios de satisfazer essas necessidades ou
de resolver problemas identificados. As respostas, as formas e os meios que as pessoas ou as empresas usam
para solucionarem problemas identificados ou satisfazerem necessidades existentes ou constatadas, são
conhecidas por ideias de negócios.
Ideias de negócios: sao sonhos ou pensamentos para solucionarb problemas identificados ou constatados
parab satisfazer as necessidades actuais ou futuras dos clientes, comunidade ou do Ambiente. Exemplos: qual é
a oportunidade para essas ideias?
 Esta cidade é quente assim o ano todo. Ventonia e comida
 Esta cidade é cheia de jovens. Ciber café, cinema.
 Esta praia ENCHE NA MAIORIA DOS MESES. Roupa e sumos.
 O atendimento deste restaurante é muito lento. Cria um.
 Estes bons alimentos sao produzidos mas nao chegam a nossa mesa.
 Que linda praia! Mas anda sempre vazia! turismo e hotel.

II:c.a) Qualidades de uma Ideia Empreendedora a pesquisar....

II:c.b) Fontes de Ideias Empreendedoras


• Pesquisa
• Olhar nas ruas
• Idéias que deram certo em outros lugares
• Experiência enquanto consumidores
• Experiência no emprego
• Mudanças demográficas e sociais
• Caos económico, crises, atrasos
• Como usar as capacidades e habilidades pessoais
• Feiras, exposições e eventos relacionados a sectores;
• Participar de reuniões com os concorrentes, clientes, empregados, fornecedores e empresários de
outros sectores;
• Procurar compreender as tendências de mercado, situações econômicas, políticas, sociais etc.

II.c.c) Importância de Ideias Empreendedoras ( a pesquisar....)

Subtema II.d: Gestao Empreendedora


Funções de gestão de negócios

Componentes das Funções de Gestão de Negócios


Após a realização das actividades, obterá o seguinte:
Conhecimentos: Diferencia entre funções de gestão de negócios.
Competências: Distingue as diferentes funções de gestão de negócios.

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Atitudes: Fica informado e aprecia as diferentes funções de gestão.12


Planeamento, liderança, organização e controlo

Significado de Gestão
O termo gestão é empregue em geral por muitas pessoas em várias situações e para vários fins. Portanto,
o termo é definido de forma diferente por diferentes académicos. É entendimento comum que gestão é o
processo de realizar actividades de forma eficiente e eficaz com e através de outras pessoas com a ajuda dos
recursos necessários. Portanto, para os nossos fins, podemos considerar que gestão é o acto de reunir pessoas
e outros recursos e de os orientar para que alcancem os fins e objectivos pretendidos.
Os indivíduos que lideram os esforços dos outros a fim de alcançarem os fins e objectivos do negócio são
conhecidos como gestores. Como devem ter notado, para conseguir organizar com sucesso uma festa de
aniversário, alguém teve que gerir os esforços dos restantes membros do grupo e outros recursos necessários
para a festa. Como é que os bons gestores ajudam um negócio a atingir os seus fins e objectivos? Os gestores
desempenham quatro funções principais de gestão, ao reunirem pessoas e recursos, guiando-os para alcançar
os fins e objectivos pretendidos do negócio ou da organização. Estas funções de gestão incluem planificar,
organizar, liderar e controlar. Estas funções são analisadas em seguida.

PLANEAR :
Implica definir fins, objectivos e estratégias a longo e curto prazo para os realizar. Planear é uma função
de gestão que envolve a definição dos fins e objectivos do negócio e a determinação das formas como podem
ser realizados. O bom planeamento implica fixar fins realistas que devem ser escritos. O plano para atingir os
fins traça os passos básicos a seguir. Ao mesmo tempo, o plano é flexível e permite mudanças ao longo da
implementação das actividades planificadas. O plano contém estratégias a curto e longo prazo para utilizar os
recursos do negócio de modo a alcançarem-se os fins e objectivos previstos.
Ao planificar deve-se:
 Fixar os fins e objectivos do negócio;
 Determinar acções alternativas para alcançar os fins e objectivos;
 Seleccionar a melhor alternativa que permita alcançar os fins e objectivos;
 Formular estratégias para transformar as alternativas escolhidas em acções que levarão à
realização dos fins e objectivos fixados. A finalidade do planeamento é tentar reduzir a incerteza do futuro. Um
empresário estabelece uma direcção e uma atitude que lhe permitem fixar e alcançar fins e objectivos, avaliar
alternativas e escolher a melhor alternativa para beneficiar o negócio, atribuir tempo para actividades e fazer a
máxima utilização dos recursos.
129 Geralmente a planificação está intimamente ligado ao orçamento. Um plano precisa de recursos para poder
ser implementado com êxito. E organizar Obter, atribuir e coordenar recursos para que as actividades do
negócio possam ser implementadas e os seus fins e objectivos alcançados.
Organizar implica determinar o trabalho ou as actividades que devem ser realizadas, obter e atribuir
recursos (pessoas, capital, máquinas, instalações, inputs, etc.) e coordenar a implementação das actividades
para que o negócio possa funcionar e realizar os seus fins e objectivos. Para que isto aconteça, um gestor divide
os planos de negócios em tarefas ou actividades simples a realizar. Então o gestor decide quem as vai realizar e
que recursos são necessários e distribui-os em conformidade.
Se os recursos estiverem disponíveis na empresa, o gestor certifica-se de que são aplicados às tarefas ou
actividades sempre que for necessário. Se os recursos não estiverem disponíveis, o gestor procura-os e coloca-
os à disposição das pessoas a quem confiou as tarefas ou actividades que conduzirão à realização dos fins e
objectivos previstos.
Quando um gestor ou líder tiver dirigido a sua equipa no desenvolvimento do plano e do orçamento para
o período determinado (a melhor forma de utilizar os recursos limitados da empresa), então tem que organizar
os recursos no plano. Por exemplo, as pessoas precisam de saber:
• Onde é que são necessários.
• Para que é que são necessários.
• De que outros recursos precisarão para realizar o trabalho.

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Todas as pessoas devem ser informadas para que conheçam e compreendam o plano e como vão ser
organizadas. Tudo isto faz parte de organizar um negócio/empresa. As organizações empresariais assumem
muitas formas; é feita a seguir uma descrição.
14 Organigramas
Um organigrama é um desenho que mostra os papéis de vários indivíduos numa organização e a relação
entre os mesmos.

Âmbito do controlo
O âmbito do controlo de um indivíduo é o número de pessoas que dirige ou supervisiona directamente.
Organizar dá uma estrutura às actividades de uma empresa.

LIDERAR Influenciar, guiar e dirigir pessoas sob a sua responsabilidade para que realizem as tarefas que
lhes foram confiadas e atinjam as metas fixadas. O total destas metas levará a atingir os fins e objectivos do
negócio.
Liderar implica influenciar, ensinar, guiar e orientar as pessoas na realização das suas tarefas a fim de
atingirem os fins e objectivos fixados. Sempre que as pessoas pensam em gestão, pensam em orientar os
empregados. Os bons gestores compreendem e gostam das pessoas. No mundo laboral de hoje, os gestores têm
que lidar de forma criativa com uma mão-de-obra muito diversificada. Os bons gestores não consideram os
empregados apenas em termos do que podem produzir ou dos problemas que podem causar; eles reconhecem
o potencial da pessoa para o negócio e actuam em conformidade.
Liderança
Os negócios, tal como as organizações, instituições ou actividades (como a festa de aniversário), também
precisam de líderes. Sem liderança, os empregados podem tornar-se improdutivos e os recursos podem ser
desperdiçados. Sem liderança, podem surgir muitos problemas, outros podem ficar por resolver e pode-se
desperdiçar muito dinheiro.
Os negócios, tal como as organizações ou instituições, precisam de bons líderes para organizar, motivar e
dar orientação aos restantes empregados.
Os líderes de qualquer tipo de organização ou instituição são necessários para que a instituição utilize os
seus recursos e alcance os seus fins e objectivos. Em particular, os líderes são importantes para guiar e motivar
os trabalhadores de modo que estes alcancem o seu potencial máximo. Os bons líderes dão a motivação extra
que é necessária para se alcançar o máximo de eficiência e excelência. Os bons líderes guiam e ajudam as
pessoas a tomar decisões e a seguir um plano de acção. Você pode vir a ser um desses líderes.

Quais as características de um bom líder?


Algumas pessoas acreditam que certas pessoas já nascem líderes, outras herdam as capacidades de
liderança dos seus pais e outras, ainda, estão destinadas a serem seguidores! Embora seja verdade que algumas
pessoas possuem maiores capacidades naturais de liderança, também é verdade que as pessoas podem
aprender a tornar-se bons líderes. As pessoas podem começar tomando posições e virem a tornar-se líderes de
sucesso, aprendendo continuamente em exercício e aplicando os seus conhecimentos e as suas aptidões. Ao
longo deste processo, melhoram e aperfeiçoam os seus conhecimentos e aptidões, tornando-se melhores
líderes. Estas são provas de que o trabalho árduo e a inteligência são muito importantes para formar o líder.
Então quais as características de um bom líder?

Autoridade
Muitas pessoas acreditam que a autoridade faz o líder. Em todas as organizações, quer seja empresa,
governo, escola ou organização social, existe um sistema de autoridade. Sobretudo no passado, os líderes
utilizavam a sua posição de autoridade para controlar os seus subalternos. Todas as ordens vinham “de cima”.
Estes líderes não se importavam se os trabalhadores aprovavam ou desaprovavam as ordens dadas.
Hoje a autoridade é muito menos eficaz do que costumava ser como mecanismo de liderança. A ideia de
trabalho de equipa a todos os níveis das operações está a tornar-se uma prática mais comum. A chave para o
sucesso com esta abordagem é a maior participação do trabalhador na tomada de decisão. Grupos de

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trabalhadores assumem maior responsabilidade de liderança. O bom líder guia e apoia os trabalhadores em vez
de lhes dar ordens incontestáveis.

Qualidades pessoais
Se não for a autoridade, então o que têm os bons líderes que faz com que os outros os sigam? A maioria é
mentalmente alerta, vigorosa e enérgica. São muito entusiastas e têm atitudes positivas. Os estudos também
mostram que os líderes são capazes de tomar decisões rápidas e exactas. Outras características de liderança
são: inteligência, imaginação, honestidade, integridade, conhecimentos e boa saúde.
135
Estilo de liderança
Não existe uma forma melhor de liderar. Diferentes líderes têm estilos diferentes e o que serve para um
não serve para outro. Alguns lideram silenciosamente, preferindo liderar dando o exemplo. Outros são mais
faladores, conversando sempre com as pessoas e encorajando-as. Alguns líderes envolvem-se em cada parte do
trabalho. Outros preferem delegar a autoridade e ficar nos bastidores até serem necessários.
Provavelmente já reparou que algumas pessoas que não se encontram em posições de liderança parecem
ter mais capacidades de liderança do que outras que são líderes. Como é que isto acontece?

Imagem
Como é que as pessoas se tornam líderes? Porque é que algumas são escolhidas para papéis de liderança
e outras não? As imagens que os indivíduos projectam e as imagens que têm de si mesmos têm muito a ver com
isto. A sua imagem é como os outros o vêem. Se a maior parte das pessoas tiver uma impressão favorável a seu
respeito, tem uma boa imagem. Se parece ser inteligente, honesto, bem organizado, respeitado pelos outros e
conseguir que as coisas se façam, as pessoas vê-lo ão como um potencial líder. Terão confiança em si e irão
conceder-lhe oportunidades de liderança. Por exemplo, muitos estudantes são reconhecidos muito cedo pelo
seu desempenho desportivo. Outros são identificados pela sua excelência artística ou académica. Outros ainda
sobressaem pela sua personalidade notável, que os torna automaticamente populares onde quer que se
encontrem. Devido às suas realizações superiores, estes estudantes muitas vezes tornam-se famosos e podem
vir a assumir papéis de liderança. Contudo, para manter uma imagem de liderança estes estudantes precisam
de qualidades pessoais de liderança (já vistas acima), para além destes talentos que lhes granjearam o
reconhecimento em primeiro lugar. Os líderes têm ideias positivas, são motivados; não precisam que alguém os
motive. Também conhecem bem as organizações que lideram.

Capacidades de comunicação
As capacidades de comunicação, de escutar e de ler são importantes, porque são instrumentos de
aprendizagem. Os líderes devem saber muitas coisas e não podem parar de aprender. Escrever também é uma
aptidão importante para a maioria dos líderes. No mundo dos negócios, os líderes redigem mensagens e
relatórios descrevendo as suas ideias e os seus planos aos trabalhadores e investidores. O sucesso dum negócio
pode depender da forma clara e persuasiva como o líder redige estas mensagens.
A capacidade de falar com fluência é essencial para a liderança. Os líderes devem ser capazes de falar de
modo a passarem a mensagem clara e persuasivamente e convencer as suas audiências a verem o seu lado da
questão ou compreenderem o seu pensamento. Os discursos do líder podem também mobilizar os seus
subordinados para uma causa comum.
136
CONTROLAR Fixar critérios ou metas para o trabalho, avaliar o desempenho e resolver problemas que
impedem a conclusão de certas tarefas ou de atingir os alvos definidos.
12 Os gestores atribuem responsabilidades e recursos no quadro das suas funções de organização, com base
numa ideia daquilo que podem realizar com os seus recursos. O controlo implica definir critérios ou metas para
o trabalho e resolver problemas que impeçam a conclusão das tarefas necessárias segundo estes critérios. Por
exemplo, as vendas podem incluir percentagens sobre as vendas. Controlar envolve também monitorizar e
avaliar as actividades que os trabalhadores executam e os procedimentos que utilizam para alcançar os
objectivos do negócio.

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Os gestores devem avaliar a forma como os trabalhadores trabalham. Ao avaliarem o trabalho que está a
ser feito, os gestores podem dar sugestões de melhoria ou podem trabalhar com os empregados para fixar novos
objectivos. Muitas vezes os aumentos de salário baseiam-se nestas avaliações.

ORÇAMENTAÇÃO
O dinheiro é um recurso limitado e, contudo, as pessoas querem sempre mais bens e serviços do que o
que podem pagar com o dinheiro que têm. Isto obriga-as a pensar (planificar) no que devem fazer com o dinheiro
de que dispõem antes de comprar. Depois, devem atribuir o dinheiro ao que precisam de comprar e verificar se
é suficiente ou não.
Tal como deve ter compreendido ao organizar a festa de aniversário, não se consegue fazer tudo o que se
quer quando os recursos são limitados. Por exemplo, pode precisar de comprar uma camisa, umas calças, um
par de sapatos, uma gravata e um relógio para uma festa, mas o dinheiro de que dispõe chega apenas para uma
ou duas coisas. Então quais dessas coisas são mais importantes para si? Terá que ver quais são as necessidades
e definir prioridades, ou seja, o que é mais necessário e o que é menos necessário. Quando se definem
prioridades e objectivos na forma de utilizar os recursos, diz-se que se está a planificar. Portanto, uma tarefa
importante que deve realizar é a orçamentação. Quando tiver elaborado o seu plano, tem que o traduzir em
termos financeiros atribuindo os recursos necessários para a sua implementação. Um orçamento é, pois, um
plano expresso em termos financeiros. Reflecte as suas intenções, fins e objectivos, técnicas de gestão,
investimento nos negócios e como é que a sua empresa pretende produzir e vender os seus produtos e
estratégias de comercialização, que conduziriam à realização das metas de desempenho propostas, em
particular à obtenção de lucros.
O orçamento mostra a distribuição do dinheiro (ou de outros recursos de que se dispõe) pelos vários itens
do seu plano de modo a satisfazer as necessidades do negócio e, ao mesmo tempo, rentabiliza os meios e max
imiza os lucros ou os seus benefícios. Um orçamento é como um roteiro ou um guia que se elabora e depois se
tenta seguir ao realizar uma acção planificada.
131
Passos na orçamentação
Orçamentar torna-se mais fácil se o processo for dividido em vários passos. Por exemplo, pode adoptarn os
seguintes passos no seu exercício de orçamentação:
 Definir os seus objectivos ou o que gostaria de realizar. Faça a si mesmo as seguintes perguntas ao
preparar-se para definir os seus fins e objectivos:
- O que pretendo realizar no próximo período (semana, mês, ano, cinco anos, etc.)?
- Qual é mais importante para mim?
Os meus fins e objectivos são SMART (sigla em inglês) ou seja, específicos, mensuráveis, atingíveis, realistas
e com prazos definidos?
Não vale a pena fixar um objectivo que esteja fora do seu alcance no tempo que tem disponível. Por
exemplo, como aluno da 10ª classe estaria fora do seu alcance fixar como objectivo a construção duma casa
antes do fim do ano! Um orçamento deve ajudar a determinar que objectivos consegue realizar com o dinheiro
de que dispõe.
Calcular o montante que tem ou consegue obter durante o período do plano Saber quanto dinheiro tem
disponível ou pode obter durante o período do plano é um passo importante no processo de orçamentação.
Este é constituído pelo dinheiro que mobilizou para iniciar o seu negócio mais o dinheiro (rendimento) que
conseguirá ao vender os seus produtos (bens ou serviços) aos seus clientes durante o período do plano. Outras
formas de rendimentos podem ser o dinheiro que recebe semanalmente de casa, salários que recebe por fazer
qualquer trabalho ou juros das suas poupanças numa conta num banco ou em qualquer outra instituição
financeira.

Calcular as suas despesas


Irá gastar o seu dinheiro com os artigos na sua lista de prioridades ou com as coisas que disse que teria que
fazer no seu plano.Para um negócio, as despesas podem ser fixas ou não. As despesas fixas são as que têm que
ser pagas regularmente. O montante a pagar tende a ser semelhante durante um período bastante longo e se

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mudar, muda muito pouco. Contudo, são despesas que têm que ser feitas. Para um negócio, as despesas fixas
podem incluir as licenças anuais, a renda, o salário do gerente, etc. e não consegue reduzir nem evitar essas
despesas fixas sem criar problemas.
As despesas variáveis são aquelas sobre cujo montante não tem controlo. Incluem despesas como
telefonemas, custos dos produtos a vender, água, transportes, etc. O montante destas despesas geralmente
varia de mês para mês. Uma boa forma de começar a calcular as suas despesas é ver quanto pagou por produtos
semelhantes no passado e o volume ou nível a que os seus negócios funcionaram.
Quanto mais despesas estiverem documentadas, mais fácil será calculá-las.
Em algumas famílias as despesas fixas representam a maior parte do seu orçamento. Em alguns casos, as
despesas fixas estimadas são quase iguais aos seus rendimentos. Quando isto acontece, devem encontrar
formas e meios de aumentarem as suas receitas ou encontrar formas de reduzirem as despesas fixas (por
exemplo: arrendando uma casa mais pequena ou mudando para outro lugar onde o custo de vida seja mais
baixo) de modo a combinarem com os seus rendimentos.
132 Se um orçamento não cobrir todas as despesas estimadas, haverá um problema real durante a
implementação do plano!

Poupanças Um orçamento não está realmente completo sem um plano regular de poupanças. As
poupanças são valiosas, não só para necessidades futuras, mas também protegem o plano de despesas que não
foi orçamentado e que podem ser superiores ao orçamento.

Fazer o balanço e ajustar o orçamento


Este é o passo mais importante no processo de orçamentação. O rendimento total estimado para o período
do plano, geralmente um mês, um trimestre ou um ano, deve ser igual às despesas totais e poupanças para o
mesmo período. Se as despesas totais estimadas e as poupanças forem superiores aos rendimentos, terá que
fazer algumas alterações no orçamento. Por exemplo, pode reduzir nas estimativas das despesas ou nas
poupanças. Pode rever também as receitas (por exemplo: planificando trabalho extra, encontrando um emprego
que pague mais ou vendendo mais dos seus produtos).

Importância da planificação e da orçamentação


Uma vez que os recursos para satisfazer as suas necessidades serão sempre limitados, e que mais tarde
nos seus negócios não poderá subscrever as despesas que poderá ter ao adaptar-se a acontecimentos
inesperados nas suas operações empresariais, é importante que planifique e orçamente previamente. O
planeamento e a orçamentação não só ajudam a alcançar os fins e objectivos estabelecidos, mas também
ajudam a fazer um balanço dos recursos disponíveis e dos que entrarão e como poderá utilizá-los melhor, bem
como superar quaisquer constrangimentos operacionais que possam surgir na sua utilização.
Subtema II. E: Projeto Empreendedor (a pesquisar.... Tudo)
II. E.a) Projecto: Significado e importância
II.E.b) Características de um Projecto Empreendedor
II.E.c) Estrutura de um Projecto Empreendedor
II.E.d) Normas de Apresentação de um Projecto Empreendedor

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As características d´um empreendedor de sucesso podem ser desenvolvidas! 13ªclasse 2020

Glossário:
Controlar Fixar metas e critérios para o trabalho e avaliar o desempenho real em comparação com os mesmos
e resolver os problemas que impeçam a sua realização.
Funções de Gestão: Estas referem-se aos objectivos de gestão como planear, organizar, liderar e controlar.
Gestão: A arte de planear, organizar, liderar e controlar os recursos de um negócio para realizar os objectivos
desse negócio.
Orçamentar: Este é o processo de atribuição do seu dinheiro (ou outros recursos que tiver) aos vários itens no
seu plano, de modo a poder implementá-lo e alcançar os fins e objectivos fixados.
Orçamento: Este é o produto do exercício de orçamentação. Pode-se dizer que um orçamento é um plano
expresso em termos financeiros.
Organizar: Organizar implica determinar o trabalho ou as actividades que devem ser realizadas, obter e atribuir
recursos (pessoas, capital, máquinas, instalações, inputs, etc.) e coordenar a implementação das actividades
para que a empresa ou organização possa funcionar muito bem e alcançar os seus objectivos.
Planificar: Processo de definir fins e objectivos e como serão realizados.
PLANO EMPREENDEDOR: é um documento que descreve todod o conjunto de informação sobre as necessidades
financeiras da empresa e praticas de onde se pretendo chegar. Documento com o objectivo de estruturar as
principais ideias; Opções para que o empreendedor possa analisar e decidir quanto à viabilidade do negócio;
Orienta-o para onde os propósitos da empresa irão; Muito utilizado para a obtenção de financiamento para o
início do empreendimento.
Como elaborar: Identificação de oportunidades: qual é a oportunidade? O que falta no mercado? O que ja
existe e precisa ser melhorado?
Operacionalização da ideia: o que fazer para atingir o alvo (preço, promoção, produto, praça)? Como
produzir?
Quantos custos?

Elaborado e Adaptado pelo Formador Miguel Afonso (Mister Maria)


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As características d´um empreendedor de sucesso podem ser desenvolvidas! 13ªclasse 2020

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
Manua do Aluno da disciplina de empreendedorismo 10ª classe Luanda 2013 -- INIDE
Manua do Aluno da disciplina de empreendedorismo 11ª classe Luanda 2012 -- INIDE
Manua do Aluno da disciplina de empreendedorismo 12ª classe Luanda 2014 -- INIDE
Programa de Empreendedorismo- 10ªclasse- 2º Ciclo do Ensino secundário geral –ensino técnico-profissional e Formacão de professores do 1º ciclo- fase experimentação 2015
Programa de Empreendedorismo- 11 ªclasse- 2º Ciclo do Ensino secundário geral –ensino técnico-profissional e Formacão de professores do 1º ciclo – fase experimentação 2015
Programa de Empreendedorismo- 12 ªclasse- 2º Ciclo do Ensino secundário geral –ensino técnico-profissional e Formacão de professores do 1º ciclo – fase experimentação 2015
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995451015

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