Você está na página 1de 13

Comentário Bíblico de Mateus 24

Direitos Reservados
Todos os direitos autorais deste e-book são reservados ao autor, Sílvio Costa.
A reprodução, distribuição, comunicação pública, adaptação, tradução ou qualquer outra forma de
utilização desta obra, total ou parcial, sem a autorização expressa do autor, é proibida pela lei 9.610.
A violação dos direitos autorais pode resultar em sanções civis e criminais.
Para solicitar autorização para utilizar esta obra, entre em contato
com o autor pelo e-mail: mixdigitalbrasil@gmail.com

© 2024 Comentário de Mateus 24 - Sílvio Costa


Distribuição autorizada a Gospel Trends
Sumário

1. Introdução ao Comentário de Mateus 24


2. A destruição do templo (24:1-2)
3. Sinais do fim dos tempos (24:3-14)
4. O sinal da abominação e a grande fuga (24:15-21)
5. Falsos Cristos e Sinais Enganosos (24:22-28)
6. O retorno triunfante do Rei (24:29-31)
7. A figueira e a certeza da volta de Cristo (24:32-35)
8. A hora incerta e a vigilância (24:36-44)
9. O servo fiel e o servo mau (24:45-51)
10. Conclusão do Comentário de Mateus 24
Introdução

O capítulo 24 de Mateus é um portal que nos transporta para um reino de mistério e profecia,
desvendando os segredos do fim dos tempos. Como um intrincado mapa, traça o curso dos eventos que
marcarão a culminação da história humana, convidando-nos a uma jornada exegética que revelará os
segredos que jazem em suas páginas.
Ao longo desta análise, desbravaremos os ensinamentos enigmáticos de Jesus, explorando parábolas
complexas, advertências solenes e ensinamentos práticos. Juntos, embarcaremos em uma expedição
textual que iluminará os sinais precursores da Grande Tribulação, a iminência da volta de Cristo, a
necessidade de vigilância constante e a recompensa final para os fiéis.
Com perspicácia e reverência, examinaremos cada versículo, desvendando seus símbolos e
mergulhando em suas profundezas. Cada parábola será cuidadosamente dissecada, revelando suas
nuances e ensinamentos atemporais. As advertências de Jesus serão ponderadas com seriedade,
preparando-nos para os desafios que se avizinham.
Ao fim desta jornada, nossa compreensão do fim dos tempos estará transformada. Estaremos mais
preparados para enfrentar os tempos turbulentos que se aproximam e mais ansiosos pela volta gloriosa
do nosso Salvador.
Prepare-se para:
Desvendar os mistérios proféticos do fim dos tempos.
Descobrir a importância da vigilância constante e da fidelidade inabalável.
Compreender as parábolas complexas de Jesus e seus ensinamentos práticos.
Analisar os sinais precursores da Grande Tribulação e da volta de Cristo.
Meditar sobre a recompensa final para os fiéis e o julgamento final.

Junte-se a mim nesta jornada exegética pelo capítulo 24 de Mateus e desvendemos juntos os segredos
do fim dos tempos!
A Destruição do Templo (24:1-2)
Introdução: Em Mateus 24:1-2, encontramos Jesus profetizando a destruição do Templo de Jerusalém. Essa profecia, cumprida no
ano 70 d.C., serve como um prenúncio de eventos futuros, incluindo a Sua Segunda Vinda e o fim dos tempos. Este comentário irá
explorar a mensagem profunda contida nesses versículos, desvendando seus símbolos e aplicando seus ensinamentos aos nossos
dias.

Palavra-chave: Lithos: A palavra grega para "pedra", utilizada por Jesus para simbolizar a totalidade e a completa
destruição do Templo.

Mateus 24:1: "Tendo Jesus saído do templo": Jesus deixa o Templo, um lugar de grande importância religiosa para os judeus.
"Seus discípulos se aproximaram para lhe mostrar as construções do templo": Os discípulos demonstram admiração pela
grandiosidade e beleza do Templo. "Que belo edifício!": Essa exclamação revela a magnificência da estrutura, considerada uma das
mais impressionantes da época.

Mateus 24:2: "Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada": Jesus profetiza a completa
destruição do Templo, contrariando a expectativa dos discípulos. "E tudo isso acontecerá antes desta geração passar": Jesus
anuncia que a profecia se cumpriria dentro da vida daquela geração.
Desvendando os símbolos:
O Templo: Simboliza a ordem religiosa judaica e a presença de Deus entre o Seu povo.
A destruição do Templo: Representa o fim da antiga ordem e o início de uma nova era, marcada pela Segunda Vinda de Jesus.
A mensagem revelada: A profecia de Jesus revela:
A soberania de Deus sobre todas as coisas, inclusive as instituições religiosas.
A importância de estar preparado para as mudanças e os eventos finais.
A necessidade de fé em Jesus, mesmo em tempos de grande tribulação.

Correlações bíblicas:
Daniel 9:26: A profecia de Daniel sobre as "setenta semanas" também aponta para a destruição do Templo.
Mateus 26:61: Jesus reitera a profecia da destruição do Templo durante Seu julgamento.
Lucas 21:20-24: Jesus oferece instruções aos discípulos sobre como escapar da destruição de Jerusalém.
Significado para hoje: A mensagem de Mateus 24:1-2 nos ensina:
A importância de discernir os sinais dos tempos e estar preparado para a Segunda Vinda de Jesus.
A necessidade de manter a fé em Deus, mesmo em tempos de grande dificuldade.
A importância de viver uma vida de acordo com os ensinamentos de Jesus.

Conclusão: A profecia de Jesus sobre a destruição do Templo serve como um aviso e um lembrete da Sua iminente volta. É um
chamado à vigilância, à fé e à preparação para os eventos finais. Que possamos ouvir e seguir os ensinamentos de Jesus, a fim de
estarmos prontos para o Seu glorioso retorno.
Sinais do Fim dos Tempos (24:3-14)
Introdução: Em Mateus 24:3-14, Jesus, em resposta aos seus discípulos (Mateus 24:3), oferece um panorama detalhado dos
eventos que precederão a Sua Segunda Vinda. Este período, conhecido como a Grande Tribulação, será marcado por grandes
tribulações e sofrimentos para a humanidade (Mateus 24:21).

Palavra-chave: Parousia: A palavra grega para "Segunda Vinda", o evento central profetizado por Jesus (Mateus 24:3, 27,
30, 37, 39).

Mateus 24:3-8:
Jesus adverte sobre falsos profetas (Mateus 24:4-5), guerras e rumores de guerras (Mateus 24:6), fome e pestilências (Mateus
24:7), terremotos em vários lugares (Mateus 24:7).
Ele destaca que esses eventos são apenas o "princípio das dores", prenunciando sofrimentos ainda maiores (Mateus 24:8).
Os discípulos serão odiados e entregues à morte por causa do nome de Jesus (Mateus 24:9).

Mateus 24:9-14:
Jesus fala da apostasia (Mateus 24:10), do esfriamento do amor (Mateus 24:12) e do aumento da iniqüidade (Mateus 24:12).
O Evangelho será pregado em todo o mundo antes da "grande tribulação" (Mateus 24:14).
Jesus profetiza a Sua Segunda Vinda, que será precedida por sinais cósmicos (Mateus 24:29-30) e pela angústia das nações
(Mateus 24:30).

Desvendando os símbolos:
Falsos profetas: Figuras que se apresentarão como o Messias, desviando as pessoas da verdade (Mateus 24:4-5).
Guerras, fome, pestilências e terremotos: Símbolos de sofrimento e tribulação (Mateus 24:6-7).
Sinais cósmicos: Eventos celestes que marcarão a Segunda Vinda de Jesus (Mateus 24:29-30).
A mensagem revelada:
A Grande Tribulação será um período de grande sofrimento para a humanidade (Mateus 24:21).
A fé dos discípulos será testada, mas Jesus estará com eles até o fim (Mateus 24:9-13).
A Segunda Vinda de Jesus é um evento certo e iminente (Mateus 24:30-31).

Correlações bíblicas:
Apocalipse 6-18: O livro do Apocalipse oferece uma descrição detalhada dos eventos da Grande Tribulação.
Daniel 12:1: Daniel profetiza sobre um tempo de grande tribulação como nenhum outro na história.
2 Tessalonicenses 2:1-12: Paulo fala sobre a apostasia e o surgimento do Anticristo antes da Segunda Vinda.

Significado para hoje: A mensagem de Mateus 24:3-14 nos ensina:


A importância de estar preparado para os tempos difíceis que virão (Mateus 24:44).
A necessidade de manter a fé em Deus, mesmo em meio às tribulações (Mateus 24:13).
A importância de viver uma vida santa e vigilante, aguardando a volta de Jesus (Mateus 24:42).

Conclusão: A profecia de Jesus sobre a Grande Tribulação e a Segunda Vinda serve como um aviso e um lembrete da necessidade
de estarmos preparados para os eventos finais. É um chamado à fé, à esperança e à perseverança em meio às tribulações. Que
possamos ouvir e seguir os ensinamentos de Jesus, a fim de estarmos prontos para o Seu glorioso retorno.
O Sinal da Abominação e a Grande Fuga (24:15-21)
Introdução: Em Mateus 24:15-21, Jesus continua a descrever os eventos que antecederão a Sua Segunda Vinda. Ele fala sobre o
"Sinal da Abominação Desoladora", um evento que marcará o início da Grande Tribulação. Ele também instrui seus discípulos sobre
como escapar da destruição que virá.

Palavra-chave: "Bdelussôma tês erêmôseôs": A frase grega que significa "abominação da desolação" (Mateus 24:15),
referindo-se a um evento que causará grande profanação e desolação no Templo de Jerusalém.

Mateus 24:15:
Jesus instrui seus discípulos a prestarem atenção ao "Sinal da Abominação Desoladora", profetizado por Daniel (Mateus 24:15).
Esse sinal indicará o início da Grande Tribulação, um período de grande sofrimento para a humanidade (Mateus 24:21).

Mateus 24:16:
Jesus instrui os que estiverem na Judeia a fugirem para os montes (Mateus 24:16).
Essa fuga será necessária para escapar da destruição que virá sobre Jerusalém e a Judeia (Mateus 24:2).

Mateus 24:17-18:
Jesus instrui os que estiverem em suas casas a não entrarem para pegar seus bens (Mateus 24:17).
Aqueles que estiverem no campo não devem voltar para buscar suas vestes (Mateus 24:18).
A urgência da fuga é enfatizada, pois a destruição será rápida e implacável (Mateus 24:21-22).

Mateus 24:19-20:
Jesus pronuncia um ai sobre as mulheres grávidas e as que amamentarem naqueles dias (Mateus 24:19).
A fuga será especialmente difícil para elas devido à sua condição física (Mateus 24:19).
Jesus pede aos seus discípulos que orem para que a fuga não aconteça no inverno ou no sábado (Mateus 24:20).
Essas condições tornariam a fuga ainda mais difícil e perigosa (Mateus 24:20).

Mateus 24:21:
Jesus adverte que a Grande Tribulação será um tempo de grande aflição, como nunca antes visto na história (Mateus 24:21).
Esse período de sofrimento será uma provação para a fé dos discípulos (Mateus 24:21).

Desvendando os símbolos:
O Sinal da Abominação Desoladora: Esse símbolo pode se referir a vários eventos, como a profanação do Templo de Jerusalém
por Antíoco Epifânio IV em 167 a.C., a destruição do Templo pelos romanos em 70 d.C., ou a futura profanação do Templo pelo
Anticristo.
Montes: Simbolizam um lugar de refúgio e segurança.
A mensagem revelada:
A Grande Tribulação será um período de grande sofrimento para a humanidade.
Os discípulos de Jesus devem estar preparados para fugir da destruição que virá.
Jesus estará com seus discípulos durante a Grande Tribulação.

Correlações bíblicas:
Daniel 9:27: Daniel profetiza sobre a "abominação que causa desolação" que será colocada no Templo.
Apocalipse 13:1-10: O Apocalipse fala sobre o Anticristo, que profanará o Templo e perseguirá os cristãos.
2 Tessalonicenses 2:1-12: Paulo fala sobre a apostasia e o surgimento do Anticristo antes da Segunda Vinda.

Significado para hoje:


A mensagem de Mateus 24:15-21 nos ensina:

A importância de estar vigilante e preparado para os tempos difíceis que virão (Mateus 24:15).
A necessidade de confiar em Deus e na Sua providência, mesmo em meio à tribulação (Mateus 24:16-18).
A compaixão de Jesus por aqueles que sofrerão durante a Grande Tribulação (Mateus 24:19).
A importância de orar por livramento e por força para enfrentar os tempos difíceis (Mateus 24:20).

Conclusão:
A profecia de Jesus sobre o Sinal da Abominação Desoladora e a Grande Fuga serve como um aviso para os Seus seguidores. É um
chamado à preparação, à confiança em Deus e à compaixão pelos que sofrerão. Enquanto não sabemos a natureza exata do "Sinal",
a mensagem central é clara: Jesus estará com o Seu povo durante os tempos difíceis, e a fé Nele é a nossa fonte de esperança e
refúgio.
Falsos Cristos e Sinais Enganosos (24:22-28)
Introdução: Em Mateus 24:22-28, Jesus adverte seus discípulos sobre o surgimento de falsos cristos e profetas durante a Grande
Tribulação. Ele os instrui a não serem enganados por esses impostores e a permanecerem fiéis a Ele.

Palavra-chave: "Pseudochristos": A palavra grega para "falso cristo", referindo-se a um impostor que se apresenta como
o Messias (Mateus 24:24).

Mateus 24:22:
Jesus adverte que surgirão falsos cristos e profetas durante a Grande Tribulação (Mateus 24:22).
Esses impostores tentarão enganar os discípulos e levá-los astray da fé em Jesus (Mateus 24:24).

Mateus 24:23:
Jesus instrui seus discípulos a não acreditarem em ninguém que se apresentar como o Messias (Mateus 24:23).
Ele mesmo os avisará sobre a Sua Segunda Vinda, e não haverá necessidade de outros sinais (Mateus 24:23).

Mateus 24:24:
Jesus adverte que os falsos cristos e profetas realizarão grandes sinais e prodígios (Mateus 24:24).
Esses sinais podem ser enganosos e levar muitos a acreditar que esses impostores são o verdadeiro Messias (Mateus 24:24).

Mateus 24:25:
Jesus adverte que os falsos cristos e profetas tentarão enganar até mesmo os "eleitos", os seguidores fiéis de Jesus (Mateus
24:25).

Ele os incentiva a permanecerem vigilantes e fiéis à Sua palavra (Mateus 24:25).

Mateus 24:26:
Jesus instrui seus discípulos a não acreditarem em ninguém que disser que Ele está no deserto ou em uma casa particular
(Mateus 24:26).

A Sua Segunda Vinda será um evento público e visível para todos (Mateus 24:27).

Mateus 24:27:
Jesus compara a Sua Segunda Vinda ao relâmpago, que é visível de todas as partes (Mateus 24:27).
Todos verão a Sua volta, e não haverá necessidade de buscar por Ele em lugares específicos (Mateus 24:27).

Mateus 24:28:
Jesus usa a parábola das águias e do cadáver para ilustrar que a Sua Segunda Vinda será um evento inegável (Mateus 24:28).
Onde estiver o "cadáver", ou seja, o mundo corrompido, as águias, ou seja, os anjos de Deus, se reunirão para a Sua volta
(Mateus 24:28).

Desvendando os símbolos:
Falsos cristos e profetas: Simbolizam os impostores que tentarão desviar as pessoas da fé verdadeira.
Sinais e prodígios: Simbolizam os eventos miraculosos que podem ser usados para enganar as pessoas.
Relâmpago: Simboliza a visibilidade e a rapidez da Segunda Vinda de Jesus.

Águias: Simbolizam os anjos de Deus que se reunirão para a volta de Jesus.


A mensagem revelada:
Jesus estará atento aos Seus discípulos durante a Grande Tribulação.
Os discípulos devem estar vigilantes e fiéis à palavra de Jesus, evitando serem enganados por falsos cristos e profetas.
A Segunda Vinda de Jesus será um evento público e visível para todos.

Correlações bíblicas:
Deuteronômio 13:1-5: Deus adverte sobre falsos profetas que devem ser rejeitados (Deuteronômio 13:1-5).
1 João 4:1-3: O apóstolo João instrui os cristãos a discernir o espírito da verdade do espírito do erro (1 João 4:1-3).

2 Tessalonicenses 2:1-12: Paulo fala sobre o surgimento do Anticristo, que realizará sinais e prodígios enganosos (2
Tessalonicenses 2:9).

Significado para hoje:


A mensagem de Mateus 24:22-28 nos ensina:

A importância de conhecer bem as Escrituras para discernir o ensino verdadeiro do falso (2 Timóteo 3:16-17).
A necessidade de permanecer vigilante e firme na fé em Jesus, mesmo em meio a falsos ensinamentos e líderes (Colossenses
2:8).

A certeza da Segunda Vinda de Jesus, que será um evento glorioso e inegável (1 Tessalonicenses 4:13-18).

Conclusão:
Jesus adverte seus discípulos sobre os perigos do engano durante a Grande Tribulação. Ele os chama a serem fiéis e a confiarem
em Sua palavra. A mensagem é válida para todos os tempos: Jesus é o único Salvador, e a Sua Segunda Vinda será um evento
universal e glorioso.
O Retorno Triunfante do Rei (24:29-31)
Introdução: Em Mateus 24:29-31, Jesus oferece um vislumbre dramático do fim dos tempos, culminando no Seu retorno triunfante.
Este breve texto, carregado de simbolismo e significado, é crucial para a compreensão da escatologia cristã.

Palavra chave: Σημεῖον (s meion): "Sinal" em grego. Refere-se a um evento miraculoso que aponta para uma realidade
maior. Neste contexto, o sinal do Filho do Homem é um evento cósmico que anuncia Sua volta.

Mateus 24:29: "Logo depois da aflição daqueles dias": Refere-se ao período de grande tribulação que precederá a Segunda Vinda
(cf. Daniel 12:1). "O sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz": Fenômenos celestes que simbolizam a convulsão cósmica que
acompanhará o retorno de Jesus (cf. Joel 2:31; Apocalipse 6:12). "As estrelas cairão do céu": Linguagem simbólica que representa a
queda de poderes angélicos e governos (cf. Apocalipse 8:10-12). "Os poderes dos céus serão abalados": Refere-se à desordem
que atingirá as esferas celestes (cf. Isaías 34:4).
Mateus 24:30: "Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem": Sinal misterioso que identificará a Segunda Vinda de Jesus.
"Todas as tribos da terra se lamentarão": Reação de terror e desespero diante da majestade de Jesus (cf. Apocalipse 1:7). "Verão o
Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória": Retrato vívido da volta triunfante de Jesus como Rei e
Juiz (cf. Daniel 7:13-14).
Mateus 24:31: "Ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta": Os anjos atuarão como agentes de Deus na coleta dos
Seus escolhidos (cf. 1 Tessalonicenses 4:16). "Ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade
dos céus": Reunião dos fiéis de todas as partes do mundo para o encontro com o Senhor (cf. Mateus 13:41).
Desvendando os símbolos:
Sol, lua e estrelas: Representam os poderes celestes e as autoridades terrenas que serão abalados pela volta de Jesus.
Nuvens: Simbolizam a glória e a majestade divina.
Trombeta: Anuncia o momento solene do julgamento final.
A mensagem revelada: Este texto apresenta a volta de Jesus como um evento grandioso e inconfundível, acompanhado por sinais
cósmicos, terror entre os ímpios e grande alegria para os fiéis. É um momento de julgamento final, onde os justos serão separados
dos injustos (cf. Mateus 25:31-46).

Correlações bíblicas:
Daniel 7:13-14: Visão profética da Segunda Vinda de Jesus.
Apocalipse 1:7: Retorno de Jesus em glória e majestade.
1 Tessalonicenses 4:16-17: Arrebatamento dos fiéis ao encontro com o Senhor.

Significado para hoje: Este texto nos convida a viver em constante vigilância e expectativa da volta de Jesus. É um momento de
esperança para os que creem, mas de terror para os que rejeitam o Evangelho. Devemos nos preparar para este dia, buscando viver
uma vida santa e agradável a Deus (cf. 2 Pedro 3:11-14).

Conclusão: Mateus 24:29-31 não é apenas uma descrição dramática do fim dos tempos. É uma mensagem de encorajamento e
alerta. Jesus virá novamente, trazendo julgamento e glória. Para aqueles que creem nele, há a promessa de um futuro glorioso. Para
aqueles que o rejeitam, resta o arrependimento. Ao estudarmos este texto, somos confrontados com a realidade final de nossas
vidas e a importância de vivermos de acordo com a vontade de Deus. A escolha é nossa: viver em temor do julgamento ou em
alegre expectativa do encontro com o nosso Salvador.
A Figueira e a Certeza da Volta de Cristo (24:32-35)
Introdução: Em Mateus 24:32-35, Jesus utiliza a parábola da figueira para ilustrar a certeza e a iminência da Sua volta. Através de
uma linguagem simples e acessível, Ele oferece aos Seus discípulos um sinal visível que os ajudaria a discernir a proximidade do fim
dos tempos.

Palavra chave: Συγγενεῖς (syggeneis): "Família" em grego. Neste contexto, refere-se à geração que presenciaria os sinais
da volta de Jesus.

Mateus 24:32:
"Aprendei, pois, a parábola da figueira": Jesus convida os discípulos a observarem a figueira como um exemplo natural que
ilustra uma verdade espiritual.
"Quando os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão": O brotar da figueira indica a
chegada do verão, um evento natural previsível.

Mateus 24:33:
"Assim também vós, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas": Jesus aplica a parábola à Sua
volta, afirmando que a observância dos sinais profetizados indicaria a proximidade do evento.

Mateus 24:34:
"Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam": Jesus garante que a geração
que presenciasse os sinais profetizados também presenciaria a Sua volta.

Mateus 24:35:
"O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão": Jesus enfatiza a confiabilidade e a eternidade de Suas
palavras, contrastando-as com a natureza transitória do mundo.

Desvendando os símbolos:
Figueira: Simboliza Israel e, por extensão, a Igreja.
Ramos renovados e folhas brotando: Representam o florescimento e a restauração.
Verão: Simboliza o fim dos tempos e a volta de Jesus.
A mensagem revelada: A parábola da figueira nos ensina que a volta de Jesus é um evento certo e iminente. Os sinais profetizados
por Jesus, como guerras, fomes, pestilências e terremotos (cf. Mateus 24:6-8), servem como um aviso para que estejamos
preparados para Sua vinda.

Correlações bíblicas:
Lucas 21:29-33: Parábola da figueira em Lucas.
Apocalipse 6:12-14: Sinais cósmicos que precedem a Segunda Vinda.
2 Pedro 3:10-14: Retorno de Jesus e a transformação do mundo.

Significado para hoje: Este texto nos convida a viver em constante vigilância e expectativa da volta de Jesus. Devemos nos
preparar para este dia, buscando viver uma vida santa e agradável a Deus. A parábola da figueira também nos ensina a ter fé nas
palavras de Jesus, pois elas são eternas e infalíveis.
Conclusão: A parábola da figueira é um chamado à vigilância e à esperança. Ao observarmos os sinais profetizados por Jesus,
podemos ter a certeza de que a Sua volta está próxima. É tempo de nos prepararmos para este dia glorioso, vivendo uma vida
dedicada a Deus e aguardando com alegria o encontro com o nosso Salvador.
A Hora Incerta e a Vigilância (24:36-44)
Introdução: Em Mateus 24:36-44, Jesus conclui Seu discurso sobre o fim dos tempos com uma advertência sobre a incerteza da
hora de Sua volta. Ele enfatiza a importância da vigilância constante e da fidelidade dos Seus servos, utilizando parábolas e
ensinamentos práticos.

Palavra chave: Ἀγρυπνεῖτε (agrypněte): "Vigiai" em grego. É um chamado à atenção constante e à preparação para a
volta de Jesus.

Mateus 24:36: "Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai": Jesus afirma a Sua
autoridade divina, reconhecendo que o conhecimento da hora de Sua volta é exclusivo do Pai.
Mateus 24:37: "E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem": Jesus compara a Sua volta ao
tempo de Noé, quando as pessoas viviam em ignorância e descaso até que o dilúvio os surpreendeu.
Mateus 24:38-39: "Porque, assim como nos dias antes do dilúvio, comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até
ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do
Filho do Homem": Jesus descreve a indiferença e a falta de preparação que caracterizaram a geração de Noé, alertando para o
mesmo perigo em relação à Sua volta.

Mateus 24:40-41: "Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado outro; Duas estarão moendo no moinho, será
tomada uma, e deixada outra": Jesus utiliza parábolas para mostrar que a volta de Jesus será repentina e surpreenderá a todos,
tanto os crentes como os incrédulos.
Mateus 24:42-44: "Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família
soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria arrombar a sua casa. Portanto, estai vós também
apercebidos, porque à hora em que não pensais, virá o Filho do Homem": Jesus exorta os Seus discípulos à vigilância constante,
utilizando a parábola do ladrão para ilustrar a necessidade de estarmos sempre preparados para Sua volta.
Desvendando os símbolos:
Noé e o dilúvio: Símbolo do julgamento final e da necessidade de arrependimento.
Campo e moinho: Lugares de trabalho que representam o cotidiano da vida.
Ladrão: Símbolo da volta de Jesus, que será repentina e inesperada.
A mensagem revelada: Este texto nos ensina que a hora da volta de Jesus é incerta, mas que devemos estar sempre preparados
para ela. A vigilância constante e a fidelidade aos ensinamentos de Jesus são essenciais para que sejamos encontrados prontos
quando Ele voltar.

Correlações bíblicas:
Lucas 12:40: Semelhança com a parábola do ladrão.
1 Tessalonicenses 5:1-11: Exortação à vigilância e à preparação para a volta de Jesus.
2 Pedro 3:10-14: Retorno de Jesus e a transformação do mundo.

Significado para hoje: Este texto nos convida a vivermos uma vida de constante vigilância e compromisso com Deus. Devemos nos
afastar dos prazeres mundanos e nos dedicar à prática da justiça, da misericórdia e do amor, aguardando com esperança a volta do
nosso Senhor.
Conclusão: A incerteza da hora da volta de Jesus não deve ser motivo de ansiedade, mas sim um incentivo para uma vida
transformada. Ao vivermos cada dia como se fosse o último, buscando fazer a vontade de Deus e compartilhar o Evangelho,
estaremos prontos para encontrá-Lo, seja quando for. O texto de Mateus 24:36-44 funciona como um poderoso chamado à
fidelidade e à perseverança. É um lembrete de que a nossa esperança final está em Cristo, e que a Sua volta trará a consumação do
Seu plano de redenção.
O Servo Fiel e o Servo Mau (24:45-51)
Introdução: Em Mateus 24:45-51, Jesus conclui Sua série de parábolas sobre o fim dos tempos com a parábola do servo fiel e do
servo mau. Através desta parábola, Ele ensina sobre a importância da fidelidade e da responsabilidade dos Seus servos na
administração dos bens do Reino de Deus.

Palavra chave: Πιστὸς (pistos): "Fiel" em grego. Refere-se àquele que é confiável e que cumpre seus deveres com
diligência.

Mateus 24:45: "Qual é, pois, o servo fiel e prudente, que o senhor constituiu sobre a sua casa, para dar-lhes o sustento a seu
tempo?": Jesus apresenta a parábola, questionando os discípulos sobre quem seria o servo ideal para administrar os bens do
senhor.

Mateus 24:46: "Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar servindo assim": Jesus declara a bem-
aventurança do servo que for encontrado cumprindo seus deveres com fidelidade e diligência.

Mateus 24:47: "Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens": Jesus promete ao servo fiel uma grande recompensa
por sua fidelidade, concedendo-lhe autoridade sobre todos os seus bens.

Mateus 24:48: "Mas, se aquele servo disser consigo mesmo: Meu senhor tarda em vir; e começar a espancar os seus
conservos, e comer e beber com os bêbados": Jesus descreve o comportamento do servo infiel, que se entrega ao ócio, à
negligência e aos prazeres mundanos.
Mateus 24:49: "Virá o senhor daquele servo num dia em que ele o não espera, e à hora em que ele não sabe": Jesus adverte que
a volta do senhor será repentina e inesperada, surpreendendo tanto o servo fiel quanto o infiel.
Mateus 24:50: "E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes": Jesus descreve o
destino terrível do servo infiel, que será condenado ao sofrimento eterno.
Mateus 24:51: "Assim será também no fim dos tempos": Jesus aplica a parábola ao fim dos tempos, afirmando que a fidelidade e a
responsabilidade dos servos serão essenciais para a sua recompensa final.
Desvendando os símbolos:
Servo: Representa os discípulos e todos os que professam a fé em Cristo.
Bens do senhor: Representam os dons, talentos e recursos que Deus concede aos Seus servos para a administração do Reino.
Voltar do senhor: Simboliza a volta de Jesus Cristo para julgar os vivos e os mortos.
A mensagem revelada: A parábola do servo fiel e do servo mau nos ensina sobre a importância da fidelidade e da responsabilidade
na administração dos bens do Reino de Deus. Devemos ser diligentes no cumprimento dos nossos deveres, utilizando os dons e
talentos que Deus nos concedeu para servir ao próximo e promover o Reino de Deus.

Correlações bíblicas: Mateus 25:14-30: Parábola dos talentos; Lucas 12:42-48: Parábola do mordomo fiel; 1 Coríntios 4:1-5:
Responsabilidade dos servos de Deus.

Significado para hoje: Esta parábola nos convida a uma reflexão sobre a nossa fidelidade a Deus. Que tipo de servo somos?
Estamos cumprindo nossos deveres com diligência e sabedoria? Ou estamos nos descuidando e nos entregando aos prazeres
mundanos? A volta de Jesus é certa e iminente. Devemos estar preparados para este dia, vivendo uma vida dedicada a Deus e ao
serviço ao próximo.

Conclusão: A parábola do servo fiel e do servo mau não apenas nos adverte sobre a incerteza da hora da volta de Jesus, mas
também nos desafia a viver uma vida de constante vigilância e fidelidade. Devemos ser servos responsáveis que utilizam seus dons
e talentos para servir a Deus e ao próximo. A recompensa para o servo fiel é imensa, enquanto o servo infiel sofrerá as
consequências de sua negligência.
Conclusão do Comentário Bíblico de Mateus 24
O capítulo 24 de Mateus é um portal que nos transporta para o futuro, revelando os eventos que marcarão o fim dos tempos.
Através de uma série de parábolas, advertências e ensinamentos, Jesus oferece aos seus discípulos, e a todos nós, um mapa
detalhado para navegarmos por esse período crucial da história humana.
A Jornada Começa: Sinais Precursores da Grande Tribulação (Mateus 24:1-14). O capítulo iniciou com a descrição dos eventos
que antecederão a Grande Tribulação, um período de intensa tribulação e sofrimento para a humanidade. Jesus profetizou guerras,
fomes, pestilências, perseguições e apostasia como sinais que indicarão a proximidade do fim.

Parábola da Figueira: Um Símile Revelador (Mateus 24:32-35). Utilizando a parábola da figueira, Jesus ensinou que a geração que
presenciar o florescimento da figueira, ou seja, o cumprimento dos sinais profetizados, também presenciará a Sua volta. A
mensagem é clara: a volta de Cristo é iminente e a geração atual deve estar preparada.
A Certeza da Volta de Cristo: Uma Verdade Inabalável (Mateus 24:36-44). Ao contrário da data precisa, a volta de Cristo é uma
certeza inabalável. Jesus advertiu seus discípulos contra especulações e os exorta à vigilância constante.
Parábolas do Servo Fiel e do Servo Mau: Um Chamado à Fidelidade (Mateus 24:45-51). Através das parábolas do servo fiel e do
servo mau, Jesus ilustrou as diferentes recompensas que serão dadas aos servos que se mantiverem fiéis e aos que se
descuidarem de seus deveres. A mensagem é clara: a fidelidade e a responsabilidade são essenciais para a nossa recompensa final.

O Julgamento Final: Recompensa e Condenação (Mateus 24:52-51). O capítulo 24 culminou com a descrição do julgamento final,
onde todos os seres humanos serão separados como ovelhas e bodes. Os justos receberão a recompensa eterna do Reino de Deus,
enquanto os infiéis serão condenados ao sofrimento eterno.
Desvendando os Símbolos:
Figueira: Simboliza Israel e, por extensão, a Igreja.
Ramos renovados e folhas brotando: Representam o florescimento e a restauração.
Verão: Simboliza o fim dos tempos e a volta de Jesus.
Servo fiel: Aquele que se mantém vigilante e cumpre seus deveres.
Servo mau: Aquele que se descuida e se entrega aos prazeres mundanos.
Ovelhas e bodes: Símbolos dos justos e dos infiéis.
Aplicando à Vida:
Vigiai e orai: Esteja atento aos sinais dos tempos e viva em constante oração.
Seja fiel e diligente: Utilize seus dons e talentos para servir a Deus e ao próximo.
Prepare-se para a volta de Cristo: Examine suas prioridades e viva uma vida transformada.
Conclusão: O capítulo 24 de Mateus é um mapa profético que nos guia pelos eventos que marcarão o fim dos tempos. Através de
suas parábolas, advertências e ensinamentos, Jesus nos convida à vigilância constante, à fidelidade inabalável e ao serviço
diligente. Que a mensagem deste capítulo inspire a cada um de nós a viver uma vida transformada, aguardando com expectativa o
encontro com o nosso Salvador e Rei.

Lembre-se: a volta de Jesus é uma certeza, não uma data. Que este estudo tenha nos motivado a nos prepararmos para esse dia
glorioso, buscando viver em santidade e justiça, aguardando com esperança a consumação do Reino de Deus.

Você também pode gostar